Revista Essência - Edição 123 - Hospital Santa Catarina de Blumenau

Ano 22 Edição 123 OUT•NOV•DEZ 2017

Aprenda a gerenciar melhor o seu tempo e alcançar as suas metas Trombose: 60% dos casos são associados à internação hospitalar.

PÁG. 06

Densitometria Óssea: para que serve?

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Escoliose Idiopática, o que é?

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www.hsc.com.br

MÉTODO REVOLUCIONÁRIO CONTRA O ESTRESSE: ABANDONAR AS PREOCUPAÇÕES NO FUNDO DO MAR. Apesar de investir permanentemente em novas tecnologias e em seu corpo clínico, o HSC Blumenau acredita que cuidar da saúde é a verdadeira evolução. E você, tem cuidado da sua?

Entrar em contato com a natureza reduz o estresse, melhora a pressão arterial, diminui as infecções e aumenta a produção de glóbulos brancos, o que fortalece a defesa do nosso organismo. Isso só para começar.

Hospital Santa Catarina de Blumenau. Ainda não inventaram nada melhor pra saúde do que viver bem.

HOSPITAL SANTA CATARINA BLUMENAU

Diretor Técnico: Mário Celso Schmitt - CRMSC:1538 - RQE:1221.

CERTIFICADO nº 0632/001/068 VALIDADE: 09/01/2020

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EXPEDIENTE

Foto: Luan de Souza

EDITORIAL

ELE ESTÁ CHEGANDO . . . por Maciel Costa Diretor-Superintendente

Mais um ano chegou e com ele uma série de novas e infinitas possibilidades para fazer diferente. Afinal, existem momentos na vida que é preciso mudar. Não podemos seguir adiante se ficarmos parado no nosso comodismo. O processo de mudança acontece no nosso dia a dia e com muito esforço! Somente quando nos abrimos às mudanças é

As mudanças são sempre bem-vindas.

Elas chegam e transformam o ambiente e as pessoas.

que conseguimos perseguir e avistar novos rumos. Ou nos adaptamos a elas, ou somos deixados para trás. E para evoluir é preciso mudar.

Aqui, as mudanças são sempre bem-vindas. Elas chegam e transformam o ambientes e as pessoas. Na assistência, nos serviços de suporte, no atendimento ao cliente... Estamos sempre em busca da melhoria contínua, além de estarmos antenados ao mercado.

E é por isso caro(a) leitor(a), que a partir da próxima edição a Revista Essência será digital e estará disponível para leitura e/ou download no site do Hospital, em: www.hsc.com.br. O formato mudou, mas a qualidade continua a mesma. Então, caso queira receber a revista por e-mail entre em contato com o nosso setor de comunicação através do e-mail: comunicação@hsc.com.br ou telefone (47)3036-6125 e cadastre o seu e-mail.

A Revista Essência é uma publicação do Hospital Santa Catarina de Blumenau. DiretorSuperintendente: Maciel Costa. Diretor Técnico: Mário Celso Schmitt - CRMSC:1538 - RQE:1221.

Projeto Gráfico: Seven Comunicação Total.

Jornalista Responsável: Fabiane Moraes SC 4152.

Foto de Capa: Banco de Imagem. Redação: Rua Amazonas, 301, Bairro Garcia, Blumenau – SC, CEP 89020-900, tel.: (47) 3036-6034, e-mail: fabiane.moraes@hsc.com.br. Conselho Editorial: Maciel Costa, Ernandi D. S. Palmeira, Maurício de Andrade, Mário Celso Schmitt, Genemir Raduenz, Sirlete Aparecida Leite Krug, Eduarda Prawucki.

Anúncios: Fabiane Moraes, tel.: (47) 3036-6034, e-mail: fabiane.moraes@hsc.com.br. Impressão: Tipotil Gráfica e Editora Ltda. Tiragem: 3 mil exemplares. A Redação não se responsabiliza pelos conceitos emitidos em artigos assinados.

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NESTA EDIÇÃO 05 • COM LEVEZA

Aproveite o verão sem descuidar da saúde

06 • EM QUESTÃO

08 • EM QUESTÃO Densitometria Óssea: para que serve?

10 • EM QUESTÃO

Os principais avanços no tratamento do câncer

12 • CAPA

Aprenda a gerenciar melhor o seu tempo e alcançar as suas meta

16 • DIÁLOGO ABERTO Com Hans Martin Meyer

18 • INTERNAS 20 • ARTIGO

Escoliose Idiopática, o que é?

22 • CRÔNICA

Pseudocianose Pigmentar Exógena

05 COM LEVEZA

APROVEITE O VERÃO SEM DESCUIDAR DA SAÚDE por Fabiane Moraes

O verão chegou e com ele o sol, que em demasia pode ser o nosso principal inimigo. A insolação, que atinge especialmente as crianças, ocorre por conta do aumento da temperatura do corpo por falha na transpiração, o que faz com que o corpo não consiga se resfriar sozinho. Isso pode causar desde sintomas leves até a morte.

A insolação é causada pelo excesso de exposição ao sol - principalmente entre 10h e 16h - e ao calor intenso. Entre os sintomas destacam-se dor de cabeça, tontura, náusea, pele seca sem transpiração, aumento da temperatura do corpo, aumento da frequência cardíaca, desmaio, coma ou até a mesmo a morte.

O mais importante é diminuir a temperatura. Compressas frias na cabeça, na região das axilas, nas virilhas e no pescoço ou banho de imersão em água fria são suficientes para os casos mais leves de insolação, enquanto que nos casos mais graves, onde há coma ou confusão mental, respiração rápida e desidratação, o atendimento de emergência é essencial.

PREVINA-SE! • Beba bastante água; • Utilize o protetor solar e retoque-o, no mínimo, de três em três horas; • Evite a exposição ao sol entre 10h e 15h; • Use óculos, boné e camiseta.

06 EM QUESTÃO

TROMBOSE: 60% DOS CASOS SÃO ASSOCIADOS À INTERNAÇÃO HOSPITALAR por por Fabiane Fabiane Moraes Moraes

Em todo o mundo, uma em cada quatro pessoas morre de causas relacionadas à trombose, indica a Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia. De acordo com o cardiologista do Hospital Santa Catarina de Blumenau Dr. Humberto Bolognini Tridapalli, trombose é a formação de coágulos sanguíneos potencialmente fatais que surgem na corrente sanguínea, principalmente em membros inferiores. “Sua

principal complicação aguda é a Embolia Pulmonar (EP), que é a migração do coágulo da circulação (trombo) para o pulmão”, explica. Um coágulo na corrente sanguínea (geralmente na perna ou pelve) é conhecido como Trombose Venosa Profunda (TVP). Juntos, a EP e a TVP formam o Tromboembolismo Venoso. Segundo as Diretrizes Brasileiras de Prevenção de TEV são fatores de risco para o desenvolvimento de

07 EM QUESTÃO

TEV o uso de anticoncepcionais ou tratamento hormonal, tabagismo (cigarro), varizes, insuficiência cardíaca, tumores malignos, obesidade, história prévia de trombose venosa, infecções graves, traumatismo, idade avançada, fase final da gestação e o puerpério (pós-parto).

“Assim como pacientes com anormalidades genéticas do sistema de coagulação e submetidos a cirurgias de médio e grande porte ou qualquer outra situação que obrigue uma imobilização prolongada (paralisias, infarto agudo do miocárdio, viagens aéreas longas, internações hospitalares prolongadas, entre outras)”, completa.

Os principais sintomas são dor e inchaço no membro acometido, embora nem sempre apresente sintomas. O tratamento é à base de medicamentos anticoagulantes (impedem a formação do trombo e evolução da trombose) ou fibrinolíticos (que “dissolvem” o trombo).

Conforme o cardiologista até 60% de todos os tipos de TEV são associados à internação hospitalar, sendo a principal causa de morte hospitalar evitável, antes da infecção e pneumonia.

MEDIDAS DE PREVENÇÃO No HSC Blumenau, o Protocolo de Prevenção de Profilaxia de TEV existe há alguns anos e até 2015 atendia um grupo específico de pacientes.

Em 2016, o protocolo foi reestruturado, visando atender todos os pacientes internados acima de 18 anos.

De acordo com a farmacêutica do Hospital Santa Catarina de Blumenau Leticia Heidrich Pacheco, de janeiro a dezembro de 2017 foram avaliados 5.693 pacientes, sendo que desses, 1.841 eram de alto risco.

Por isso, uma equipe multidisciplinar, formada por enfermeiro, farmacêutico clínico, fisioterapeuta e médico, avalia todo paciente internado, considerando o motivo da internação e seus fatores de risco. “O paciente é avaliado nas primeiras 24 horas de internação, e reavaliado posteriormente, três vezes por semana.

A profilaxia recomendada é individualizada, o que garante a segurança do paciente”, finaliza a enfermeira do Hospital Santa Catarina de Blumenau, Lídia Fabiana da Silva Manske.

08 EM QUESTÃO

DENSITOMETRIA ÓSSEA: PARA QUE SERVE? por Fabiane Moraes

09 EM QUESTÃO

Indicada especialmente para sedentários, fumantes, mulheres na menopausa e pacientes com osteopenia, osteoporose ou histórico familiar de fratura, a Densitometria Óssea é o exame que visa avaliar e diagnosticar casos de osteoporose ou de doenças que atingem os ossos.

De acordo com o técnico de Radiologia do Hospital Santa Catarina de Blumenau, Daniel Ricardo Lerch Machado, o exame mede a densidade mineral dos ossos - com base na concentração de cálcio – e a compara com valores de referência, considerando a idade e o sexo do paciente. “Ele detecta a redução de massa óssea e aponta qual tipo de intervenção precisará ser feita”, aponta.

O exame é realizado por meio de aparelhos que avaliam a coluna lombar, o terço distal do radio e a região próxima ao fêmur – por serem áreas mais sujeitas ao risco de fraturas.

O técnico de Radiologia explica que o exame é rápido – dura em média 15 minutos, indolor e não invasivo. “Não há a necessidade de preparo especial, recomendá-se apenas que o paciente não tome suplementos que contenham cálcio, uma vez que isso pode interferir no resultado e consequentemente no diagnóstico”, destaca.

A Densitometria Óssea é indicada para mulheres acima de 65 anos e homens acima de 70 anos.

Entretanto, pode ser indicada para homens e mulheres de qualquer idade desde que preencham um dos critérios abaixo principalmente para casos de fatores de risco: • • • • • • •

Sedentarismo; Menopausa; Histórico familiar de fratura ou de osteoporose; Medicações que aumentam o risco de osteoporose; Doenças que aumentam o risco de osteoporose; Monitorar osteoporose já diagnosticada; Monitorar tratamento.

ONDE ENCONTRAR? A Bluimagem – Clínica de Diagnóstico por Imagem do Hospital Santa Catarina de Blumenau disponibiliza, desde outubro de 2017, a Densitometria Óssea. Localizada na Rua Amazonas, 301, no Bairro Garcia, a Clínica funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 20h, e aos sábados, das 7h às 13h, sem fechar para almoço. Para agendar o exame, entre em contato através do telefone (47) 3036-6023.

10 EM QUESTÃO

OS PRINCIPAIS AVANÇOS NO TRATAMENTO DO CÂNCER por Fabiane Moraes

É inquestionável que o câncer é um problema de saúde pública, principalmente nos países em desenvolvimento, responsáveis por 80% dos mais de 20 milhões de novos casos estimados para as próximas décadas, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA) e com base nos documentos da International Agency for Research no Cancer (IARC) e da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Para o Brasil, a estimativa para o biênio 2016-2017 apontou a ocorrência de 600 mil novos casos de câncer. Excluindo os cânceres de pele não melanoma, os cânceres de próstata (61 mil) em homens serão os mais frequentes, seguidos do pulmão, intestino e estômago.

Nas mulheres os mais frequentes serão cânceres de mama (58 mil), intestino e colo de útero.

11 EM QUESTÃO

Há 26 anos a Bucco Assessoria e De acordo com o cirurgião oncológico da Clínica Vidar e do Hospital Santa Catarina de Blumenau, Dr. Rinaldo Danesi Pinto, apesar destes dados assustadores, a grande notícia nos últimos anos é que a ciência médica está deixando médicos, pacientes e familiares cada vez mais empoderados no combate do câncer.

“As novas armas contra o câncer estão tanto no âmbito tecnológico quanto na abordagem multidisciplinar especializada”, destaca.

“Os avanços tecnológicos permitem hoje cirurgias menos invasivas e menos mutiladoras com o mínimo de sequelas, como as cirurgias laparoscópicas, cirurgias robóticas e ablações tumorais por radiofrequência e micro-ondas”, completa o cirurgião.

O estudo genômico - ramo da genética bioquímica que engloba todo e qualquer estudo do genoma (conjunto de genes) permite melhor conhecimento das características das células tumorais, possibilitando uma medicina mais personalizada e a utilização de medicamentos específicos, como antagonistas hormonais, anticorpos monoclonais e modalidades da terapia alvo-dirigida.

A aplicação da quimioterapia diretamente na cavidade abdominal (HIPEC) permite tratamento de pacientes que há algum tempo estavam fora de perspectivas terapêuticas.

Na área da radioterapia atualmente há máquinas com muito mais precisão, programadas para irradiar apenas o tumor, preservando ao máximo os órgãos saudáveis adjacentes.

Segundo Dr. Rinaldo, mais relevante ainda que as novas tecnologias é o entendimento de que os pacientes portadores de câncer devem ter uma abordagem multidisciplinar especializada no tratamento do câncer. “Tradicionalmente entendemos que o médico recomendável para o tratamento do câncer é o oncologista (cancerologista), mas não percebemos que os outros profissionais envolvidos como cirurgião, psicólogos, nutricionistas, enfermeiros também devem ser especialistas em oncologia”, explica.

Inúmeros estudos têm demonstrado, por exemplo, que cirurgias realizadas por um cirurgião especialista em operar Câncer (aquele cirurgião que além de ter título de cirurgião geral tem título de cirurgião oncológico) tem resultados significativamente melhores quando comparado às cirurgias realizadas por um cirurgião não oncológico.

“Fazer a cirurgia de câncer com quem é especialista no tratamento de câncer faz toda a diferença! Os pacientes com câncer merecem ser tratados por um time multidisciplinar especializado em oncologia”, finaliza.

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12 CAPA

APRENDA A GERENCIAR MELHOR O SEU TEMPO E ALCANÇAR AS SUAS METAS 2017 deixou aquela sensação de que passou rápido demais?

Atenção, a gestão de tempo poderá ser sua aliada no próximo ano. por Fabiane Moraes

13 CAPA

Com a chegada de mais um novo ano, é natural começarmos a refletir sobre o que fizemos das nossas vidas, as funções e as metas que atingimos ou deixamos passar. É comum também a realização de promessas e planos. Um dos maiores empecilhos, no entanto, é o tempo, cada dia mais difícil de administrar com a quantidade de tarefas e informações da vida moderna.

Por isso, para ajudá-lo a encarar uma série de compromissos que esse ano nos reserva, preparamos algumas dicas para que você possa administrar melhor o seu tempo e fazer aquilo que tanto gosta ou planeja.

14 CAPA

DEFINA METAS E OBJETIVOS TANGÍVEIS Defina os objetivos e metas que são realmente importantes para você, tanto profissional quanto pessoalmente. Organize-se! Trace objetivos diários e avalie quais recursos e habilidades serão utilizados para realizar as tarefas.

Trabalhe com metas tangíveis e prazos adequados - curtos ou longos dependendo da complexidade para execução. Divida as metas mais longas em etapas e ações, e coloque prazos mais curtos para cada uma delas. Isso irá ajudá-lo a não perder o foco. E não se esqueça de revisar todas as atividades executadas. Essa atitude ajuda a propor melhorias ou ideias que poderão ser aplicadas futuramente.

15 CAPA

DEIXE UMA BRECHA PARA O IMPREVISTO Administrar não tem nada a ver com um controle absoluto de tudo que for tomar o seu tempo. Uma boa administração é feita com organização, planejamento, execução e avaliação com base em prioridades e metas.

Sempre podem surgir novas demandas ou imprevistos, por isso flexibilidade e margem para mudanças são primordiais. Mais do que organização e planejamento, a gestão do tempo é essencial para definir os rumos e objetivos que você quer alcançar.

COMECE PELAS ATIVIDADES MAIS DIFÍCEIS A produtividade é a maior aliada da administração do tempo. Quando definimos as metas, conseguimos definir também os horários e o tempo necessário para a realização dessas atividades.

Escolha realizar as atividades mais importan-

tes - ou complexas - no horário em que você costuma estar mais disposto. Pode ser de manhã, à tarde ou à noite, descubra o horário em que você está mais cheio de energia.

SEJA CONSCIENTE NA HORA DE FAZER SUAS ESCOLHAS A vida é feita de escolhas. Todas as atividades, assim como os seus respectivos resultados, são advindos das escolhas que fazemos, sejam elas grandes ou pequenas. Então, seja consciente e responsável!

Caso as opções não sejam as melhores, busque alternativas para modificá-las. Uma forma de mensurar a importância das atividades é tentar imaginar um cenário onde a tarefa não foi realizada e analisar as suas consequências, isso certamente irá ajudar a perceber quais as prioridades.

E por fim, comemore, afinal, a vida é feita de pequenas conquistas.

16 DIÁLOGO ABERTO

com

HANS MARTIN MEYER Sr. Hans Martin Meyer fala dos desafios à frente da Diretoria Executiva do Conselho de Administração

Em entrevista à equipe de jornalismo da Revista Essência, o senhor Hans Martin Meyer fala um pouco sobre a sua trajetória como a Diretoria Executiva do Conselho de Administração.

17 DIÁLOGO ABERTO

Fale um pouco da sua trajetória, conquistas, formação, entre outras.

Meyer - Sou Blumenauense, nascido há 78 anos, tendo vivido quase que todo o período da minha vida nesta cidade. Já desde muito jovem optei por ingressar no mercado de trabalho. Aos 19 anos iniciei minhas atividades profissionais em vendas, na empresa de representações fundada pelo meu pai. Nessa função, tive o privilégio de conhecer todo o estado de Santa Catarina. Talvez, como poucos, posso dizer que conheço quase todos os seus 295 municípios. Essa experiência contribuiu para que eu criasse mais duas empresas de distribuição e uma de logística. Sou casado desde 1965 com Rosita, e tenho três filhos. Os três estão na direção das empresas, que em conjunto com um sócio numa delas, têm a responsabilidade de liderar os quase 200 colaboradores do Grupo.

Desde quando o senhor integra a Diretoria Executiva do Conselho de Administração?

Meyer - Integro o Conselho do Hospital Santa Catarina de Blumenau desde 1997, tendo exercido o cargo de vice-presidente nos últimos 12 anos. Desde 03/07/17, assumi a Presidência da Diretoria Executiva do Conselho de Administração, tendo sido eleito pela Assembleia de 17/04/17 para o período de 2017/2020. Assumi este honroso cargo, cônscio da responsabilidade que isso representa, porém, tranquilo, pois conto com uma equipe de valorosos e dedicados diretores e conselheiros, todos muito comprometidos com o Hospital Santa Catarina de Blumenau. Além das minhas intensas atividades pro-

fissionais, sempre estive envolvido em atividades comunitárias.

Além de integrar diversos Conselhos, fui presidente da ACIB – Associação Empresarial de Blumenau no período de 1993 a 1997.

Como se encontrava o Hospital no momento em que o senhor assumiu a presidência?

Meyer - Recebi a presidência em um momento que o HSC Blumenau vive uma das suas melhores fases. Quando acabamos de receber os prêmios de Melhores Empresas para se trabalhar na área da Saúde e Excelência em Saúde, nos tornamos membro titular da Anahp e possuímos acreditações e certificações importantes como a ONA e a ISO 9001. Todos certamente frutos da gestão anterior sob a incumbência do Sr. Hans Prayon, e méritos de uma diretoria executiva operacional, liderada pelo superintendente Sr. Maciel Costa. O resultado desse reconhecimento, também é percebido pelo acentuado comprometimento em todo o Corpo Técnico Administrativo/ Operacional de todas as áreas da nossa Instituição. Isso tem sido reconhecido, não apenas local e regionalmente, mas sobretudo nacionalmente, como demonstram os prêmios de destaque recebidos.

Desde o momento em que o senhor assumiu, quais foram às mudanças mais importantes?

Meyer - Nunca tive a intenção de promover mudanças significativas, até porque já é grande a responsabilidade de dar continuidade ao excelente desempenho que vive o nosso hospital. Talvez mude apenas o estilo, que é próprio de cada um.

Quais são os maiores desafios?

Meyer - Os desafios são inúmeros. Sem dúvida, é preciso olhar para o futuro com esperança e determinação, sem nos deixar embriagar momentaneamente com os sucessos conquistados.

A área da saúde é complexa e desafiadora. Temos que ficar alertas e atentos às inovações tecnológicas que devem caminhar juntos com a capacitação dos profissionais que precisam estar alinhados com as tendências inovadoras do conhecimento. Fomentar e apoiar este equilíbrio com harmonia, é um grande desafio a perseguir.

E quais os principais projetos para o futuro?

Meyer - Continuar mantendo com a área operacional um clima de cooperação, apoiando sempre que possível todas as ações sugeridas que venham de encontro à dinâmica necessária para o desenvolvimento da Instituição. Contribuir sempre para que tenhamos um clima leal e de extrema cooperação com a classe médica, que é o fundamento básico da nossa atividade, proporcionando-lhes o ambiente adequado ao exercício das suas nobres funções. Em apoiando e incentivando essa sinergia entre todos os órgãos operacionais envolvidos, não tenho dúvidas de que seremos cada vez mais referência no setor. Esse é o meu propósito junto com os meus pares para fazermos jus a responsabilidade e confiança em nós depositadas, conduzindo o Hospital rumo ao seu centenário, elevando-o ao nível de destaque que merece.

18 INTERNAS

ANGIOKLINIK CADA VEZ MAIS PRÓXIMA DO HSC BLUMENAU por Eduarda Prawucki

O Hospital Santa Catarina de Blumenau sabe da importância de oferecer uma variedade de serviços especializados e qualificados, por isso, firmou a mais de seis anos uma parceria com a Angioklinik.

Com mais de mil atendimentos por mês, a Angioklinik é um Centro Médico Vascular focado no atendimento ambulatorial e hospitalar de doenças arteriais, venosas e linfáticas.

Englobando médicos especialistas em angiologia, cirurgia vascular, cirurgia endovascular, angiorradiologia e radiologia intervencionista, o Centro Médico Vascular possui nove anos de experiência, mais de oito mil tratamentos por técnica endovascular, dos quais, aproximadamente 750 foram correções endo-

vasculares de Aneurisma de Aorta Abdominal e Torácica.

O Centro atua no diagnóstico e tratamento em procedimentos cirúrgicos vasculares e endovasculares, além de procedimentos estéticos para o combate das varizes.

Os especialistas Dr. Fabrício Zucco, Dr. Jorge Oliveira da Rocha Filho e o Dr. Bernardo Ristow são médicos da Angioklinik que ficam de sobreaviso para as possíveis emergências no HSC Blumenau em suas respectivas áreas de atuação.

A Angioklinik possui três unidades de atendimento, e no primeiro semestre de 2018 abrirá a quarta. A estrutura que será ocupada pela clínica está em construção e ficará situada no corredor de acesso às clínicas parceiras do HSC Blumenau.

19 INTERNAS

CIRURGIA FEITA NO HSC BLUMENAU VIRA PAUTA EM WASHINGTON, EUA gton, EUA, no dia 31 de outubro, na 34ª edição do Congresso American Society Metabolic & Bariatric, na sessão de inovações em técnicas e condutas na cirurgia bariátrica.

De acordo com o cirurgião do Aparelho Digestivo, Dr.Felipe Koleski essa é a primeira vez que um hospital de Blumenau foi representado desta forma em um congresso americano. “Isso é resultado das excelentes condições de trabalho que nós cirurgiões temos aqui no HSC Blumenau”, destaca.

Arquivo Pessoal

O Cirurgião do Aparelho Digestivo, Dr. Felipe Koleski, em conjunto com o Cirurgião Hepato-bileo-pancreático, Dr. Rinaldo Danesi Pinto e Dr. Fernando Kleis encaminharam o vídeo de uma Cirurgia Bariátrica, realizada no Hospital Santa Catarina de Blumenau, para a American Society for Metabolic & Bariatric Surgery (Sociedade Americana de Cirurgia Metabólica e Bariátrica).

O vídeo foi selecionado e transmitido durante a ObesityWeek (Semana da Obesidade) em Washin-

20 ARTIGO

ESCOLIOSE IDIOPÁTICA, O QUE É? por Dr. Fábio Kazuo Soejima e Dr. Fabiano Caumo – Ortopedistas e traumatologistas

A escoliose é o termo genérico utilizado para definir a curva lateral da coluna vertebral no plano frontal. O valor angular de 10 graus foi estabelecido como limite para a definição da escoliose.

A realização de exames radiográficos é o padrão-ouro para o diagnóstico e avaliação da escoliose. A classificação da escoliose baseada na sua etiologia apresenta um amplo espectro e foi organizada pela Scoliosis Research Society (SRS). As principais escolioses estruturadas foram classificadas em idiopáticas (60 a 80%), congênitas (15%), neuromusculares (10%) e neurofibromatose (5%).

A etiologia da escoliose idiopática permanece desconhecida e várias teorias têm sido propostas com base em fatores genéticos, alterações do tecido ósseo, do tecido muscular e do disco intervertebral, anomalia do crescimento vertebral ou alteração do sistema nervoso central.

A prevalência da escoliose idiopática varia de acordo com a magnitude da curva: de 0,5 a 3 casos a cada 100 habitantes para curvas maiores de 10 graus e de 1,5 a 3 casos a cada 1.000 habitantes para curvas maiores de 30 graus - demonstrando que as curvas graves são menos frequentes.

A escoliose idiopática é subdividida em diferentes tipos, de acordo com a idade de início da deformidade: infantil (0 a 3 anos), juvenil (4 a 10 anos) e adolescente (11 a 17 anos). A porcentagem dos diferentes tipos e sua história natural não são semelhantes, sendo observado um grande predomínio em adolescentes (infantil - 0,5%; juvenil - 10,5% e adolescente - 89%). A escoliose idiopática do adolescente está associada ao estirão de crescimento.

A proporção entre os sexos masculino e feminino é semelhante nas curvas pequenas. Todavia, predomina o sexo feminino nas curvas maiores. O risco de progressão está associado com a idade, o potencial de crescimento, o sexo, a magnitude e a localização da curva.

O tratamento da escoliose idiopática está intimamente relacionado à história natural da doença, que deve ser conhecida, a fim de evitar a exposição dos pacientes a tratamentos desnecessários.

As curvas com menos de 20 graus requerem apenas monitoramento, pois a maioria não progride.

O tratamento com órteses (coletes) é utilizado apenas para impedir a progressão e está indica-

21 ARTIGO

do para curvas com valores angulares entre 20 e 45 graus, em crianças que apresentam potencial de crescimento. A utilização das órteses acarreta inúmeros problemas que devem ser considerados: o bullying, a autoimagem negativa, a dor, o clima quente da região e a falta de cooperação familiar.

De modo geral, o tratamento cirúrgico é indicado para curvas maiores de 45 graus, em pacientes que não atingiram a maturidade esquelética, com objetivo direto de interrupção da progressão da curva, melhora do alinhamento e do equilíbrio do tronco.

Ressalta-se a importância da divulgação da deformidade e a realização periódica do School Screening – Rastreamento Escolar de Escoliose. Esse é um programa recomendado pela Sociedade de Pesquisa em

Escoliose e pela Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos, e é obrigatório - por lei - nas escolas de 26 estados dos Estados Unidos. Os alunos são submetidos a um exame muito simples: levantam suas camisas e se inclinam ligeiramente para a frente, para que o contorno da coluna vertebral possa ser visto através da pele. Desta forma, fica mais fácil ver se a coluna vertebral parece saudável ou se uma curva está presente.

Como a escoliose, geralmente, aparece na adolescência, uma triagem escolar anual é importante, pois permite que a deformidade da coluna vertebral seja detectada precocemente. Assim, o tratamento pode ser iniciado o mais cedo possível, o que pode ajudar a prevenir a progressão da curva e sequelas ao paciente.

22 CRÔNICA

Foto: Marion Rupp

PSEUDOCIANOSE PIGMENTAR EXÓGENA por Dr. Cezar Zillig - Médico Neurocirurgião Esse caso ocorreu aqui em Blumenau há mais de trinta anos. Trata-se de uma dessas pérolas que de quando em quando se tem notícia e passam a fazer parte do folclore da profissão médica.

Conto a história assim como ela che-

Lá pela tantas aconteceu: a madame “passou mal” ficou realmente “ruim", pendeu para o lado e aterrizou no regaço do vizinho, já com respiração ruidosa.

Foi um corre-corre. Bateram afli-

lecida Walquiria. Foi um show.

A ambulância até que veio rápido, e rapidamente a enferma foi embarcada, partindo-se em disparada rumo ao hospital, com sirene aberta fazendo o usual estardalhaço, chamando a aten-

gou a mim, não procurei saber mais detalhes, pois já estava boa demais.

Deu-se num daqueles dias de verão abafado e úmido, provavelmente antes da “trevoada”, quando uma pequena multidão se acotovelava na sala de espera num ambulatório da periferia. Todo mundo suando, se abanando, e de certa forma sofrendo. Uma “Frau” se sobressaía, pois além de enorme e ocupar mais de um lugar do banco, procurava chamar a atenção com suspiros e abanos, se enxugando constantemente com um lencinho.

Cada vez que a enfermeira aparecia para chamar o “próximo!”, a dama aumentava o mormaço da pequena sala, suspirando mais alto e soltando pequenos gemidos, correndo o lencinho com maior vigor pelo rosto e colo e, por vezes, dava uma geral pelos braços roliços. Estava convencida que seu caso era mais grave e urgente do que de toda aquela turma; aos poucos começou a se indignar com a indiferença da atendente - burra? Insensível? - que não reconhecia a evidência dos fatos.

tamente na porta do consultório e a enfermeira acorreu finalmente, se assustando com o que viu: paciente desfalecida, as pálpebras tremelicantes, os dedos das mãos repuxados e o mais aterrador: estava toda azul, cianótica!

Chamado, o doutor veio solícito e não perdeu tempo; insuficiência respiratória – diagnosticou – chamem a ambulância! (Uma ambulância qualquer, pois quando isto se deu o SAMU ainda nem tinha sido criado. SOS Unimed nem em sonhos existia). E a ambulância foi acionada com tudo a que tinha direito, tão urgente caso; mais que a habitual Caravan branca e sua maca, vieram também tubo e máscara de oxigênio, material de entubação, etc. e tal.

Tudo reunido às pressas especialmente para a emergência em questão.

Enquanto o socorro não chega, o jovem esculápio ajoelhado ali mesmo no chão da sala de espera procurava desesperadamente uma veia em meio àquela adiposidade toda, enquanto imaginava o horror que seria ter de se atracar num boca a boca com a desfa-

ção da cidade toda.

Bem, agora é que vem o melhor da história e justamente aqui, eu não sei bem quem fez o insólito diagnóstico e matou a charada; provavelmente alguém da enfermagem que ao tirar da mão da paciente o tal lencinho, que por sinal era azul escuro, estava se desbotando e causando toda aquela "cianose" horrível. Até a maca já tinha manchas da cianose.

Epílogo: a paciente, vendo-se alvo de tanta atenção, recuperou-se prontamente; afinal, conseguiu muito mais do que tinha esperado. Ah, a "cianose", foi devidamente tratada com esponja, água e sabão.

Por que Pseudocianose Pigmentar Exógena? Bem, pseudo porque a cor violeta azulada da pele não era uma cianose real, que se encontra em casos de grave dificuldade respiratória; a paciente estava azulada porque sem querer acabou se pintando com a tinta do lencinho barato. Pigmentar devido aos pigmentos da tinta e exógena porque era externa, a flor da pele.

HOSPITAL SANTA CATARINA BLUMENAU

AMBIENTE HUMANIZADO, ESTRUTURA INTEGRADA E UMA EQUIPE ESPECIALIZADA EM DEIXAR ALGO BEM CLARO: HÁ MUITA VIDA PELA FRENTE.

12 salas de atendimento individualizado.

Sala de emergência e sala pediátrica.

Equipe médica e estrutura integradas ao HSC Blumenau.

O HSC Blumenau lança seu novo Centro de Oncologia em um espaço totalmente integrado à sua estrutura. Este novo complexo garante mais conforto, privacidade e toda a segurança que só o apoio de um hospital pode oferecer.

Novo ONCO HSC. Sua vida merece o melhor tratamento.

Diretor Técnico: Mário Celso Schmitt - CRMSC:1538 - RQE:1221.

CERTIFICADO nº 0632/001/068 VALIDADE: 09/01/2020