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A Espera

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Os dois lados

Os dois lados

Espera... Quem espera... Sempre alcança, desespera, morre de tédio ou adormece. Rói as unhas ou dá de "frosques". Sai à procura, resolve casos inexactos. Enfia-se nos "coffee's", bebe uns copos. Salta a estrada, rebola-se no chão frio. Estanca frente às lojas, arregala os olhos. Cheira os fritos que pairam no ar enchendo de agonias o estomago . Salta muros de lamentações abraça-se às inconfidências. Esperneia as suas necessidades nas redes iradas das verdades. Devota-se ao culto comestível e (im)paciente, rasgando as frases mais pertinentes. Segue (des)conselhos apropriados mergulhando de chapa num lago. Salta barras do infortúnio por entre fumos. Rega plantas do pseudo quintal chega a casa leva um murro de um código postal. Senta a espera das melhoras de um navio amargurado, amarra a burra da desgraça nas contas espalhadas no chão. Olha as horas num relógio desbotado sem números ou ponteiros. Cansou o corpo e a mente nas voltas e revoltas que o mundo dá. E quem se cansa da espera... Remedeia-se Como cansa a espera... Quando tudo descamba.

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