Dezembro / 2010
Sobre o evento O Simpósio de Aprendizagem em Ambientes Virtuais – Simpav é um evento promovido pelo Núcleo de Interfaces Computacionais da Ufes, visando fomentar uma cultura de pesquisa em EAD no Espírito Santo. O Simpav é um evento multidisciplinar que contempla investigações nas áreas de Psicologia, Design, Educação e Tecnologia e seus diálogos com os processos de aprendizagem em ambientes virtuais – Moodle, Blackboard, TelEduc, AulaNet, ILMS e afins – e com a elaboração e avaliação de material didático em qualquer mídia. Realizadores O Simpav é uma realização do Núcleo de Interfaces Computacionais (NIC) do Departamento de Desenho Industrial da Universidade Federal do ES em parceria com o Programa de PósGraduação em Psicologia da Ufes e com o Centro Acadêmico de Desenho Industrial – CADI. Comissão Organizadora Prof. Hugo Cristo, Msc. (Presidente, NIC/DDI-Ufes) Cintia Miguel (NIC/DDI-Ufes) Isabela Avancini (NIC/DDI-Ufes) Marcos Accioly (NIC/DDI-Ufes) Marianna Schmidt (NIC/DDI-Ufes) Vinicius Bispo (NIC/DDI-Ufes) Marcus Rangel (NIC/DDI-Ufes) Comitê Técnico-Científico Profª. Drª. Claudia Broetto Rosseti (Ufes) Profª. Drª. Daísa Teixeira (Ufes) Profª. Drª. Heliana Soneghet Pacheco (Ufes) Prof. Dr. Rogerio Câmara (Unb)
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PROGRAMAÇÃO – SEXTA 10 / DEZ Cemuni IV, Centro de Artes Atividade Credenciamento
Local
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Secretaria do Evento (Cemuni IV)
18:00
Cerimônia de Abertura 19:00 Conferência: EAD na UFES Prof. Dr. Reinaldo Centoducatte Vice-reitor da UFES e Presidente do NE@AD Auditório do Centro de Artes (Cemuni IV) Conferência: EAD no Brasil Joelma de Riz (Univix)
20:00
Mesa redonda Perspectivas para o crescimento da EAD no ES
21:00
PROGRAMAÇÃO – SÁBADO 11 / DEZ Sala 07, Cemuni IV Comunicações Orais
Eixo
Avaliação em EAD - Reflexões, perspectivas e desafios em aprendizagem. Angela Saleme
Em busca de uma avaliação automática de atividades discursivas. Felipe Mutz, Lucas Veronese, Marcia Oliveira, Patrick Ciarelli e Elias Oliveira
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09:00
Avaliação
09:20
A inclusão digital e a melhoria da qualidade de vida através do ensino de Bioética. Denise S. D. Bernini, Lucas Raphael Vazzoler Freitas e Iris Cônsoli de Araujo
09:40
Formação de professores com e para o uso das tecnologias da informação e comunicação. Denise S. D. Bernini, Daniela B. Fiorini e Giselda S. Alvaro
10:00
Interfaces para materiais didáticos digitais: um estudo de caso. Lucas Coradini Aulas de física em Flash: um recurso didático para professores e alunos do ensino médio. Rodrigo Alexander Medeiros e Anderson Coser Gaudio
Design Instrucional
10:20
10:40
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Uma proposta de uso de ferramentas on-line para a educação tecnológica. Cíntia Miguel, Marcos Accioly e Hugo Cristo
Plataformas Virtuais
11:00
Modelos conceituais e aprendizado: estudo sobre o contexto do Centro de Artes – UFES Isabela Avancini, Vinícius Bispo, Marianna Schmidt e Hugo Cristo.
Plataformas Virtuais
11:20
Gestão das plataformas virtuais de aprendizagem - indicadores para a qualidade do aprendizado e diminuição da evasão. Lucia Sanchez
12:00 Teorias de Aprendizagem em Ambientes Virtuais
Interação social piagetiana e sua aplicabilidade a ambientes virtuais. Samira Saleme
12:20
Sala 08, Cemuni IV Webconferências
Eixo
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Objetos de aprendizagem: análise crítica, aplicabilidade e estudo de caso utilizando o software Reload Learning Design. Neila Batista Xavier e Antônio Ferreira Santana Filho
Avaliação
09:00
Utilização de redes sociais na web como estímulo à interação e ao aprendizado. Cláudio Cleverson de Lima e Patrícia Brandalise Scherer Bassani
09:20
As dificuldades encontradas na utilização da plataforma Moodle e de ferramentas de comunicação e informação por professores de graduação e mestrandos. Ana Cecília Togni
09:40
Estratégia de ensino e aprendizagem no Moodle: um estudo de caso. Patrícia Ribeiro Vasconcellos
Plataformas Virtuais
10:00
MDV3D - Estratégias para a formação docente da educação superior. Sandra Andrea Assumpção Maria, Patricia Alejandra Behar e Larissa Ebeling
10:20
Uma proposta de formação continuada para a Educação a Distância através do desenvolvimento e aplicação dos objetos de aprendizagem ARQUEAD e GESTEAD. Maira Bernardi, Ketia Kellen Silva e Patricia Behar
10:40
Prática reflexiva em formação a distância possibilitada pelo uso do diário de bordo. Patrícia Beatriz de Macedo Vianna e Lucila Maria Costi Santarosa
Teorias de Aprendizagem em Ambientes Virtuais
11:00
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Auditório do Centro de Artes, Cemuni IV Conferências
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TelEduc Fernanda Maria Pereira Freire (UNICAMP)
14:00
Moodle Saymon Castro de Souza (CEAD/IFES)
15:00
ILMS Giovanni Livio (ESAB)
16:00
Mesa Redonda: Aprendizagem em Ambientes Virtuais Moderação: Prof. Dr. Heliana Pacheco (UFES)
17:00
PROGRAMAÇÃO – DOMINGO 12 / DEZ Sala 07, Cemuni IV Comunicações Orais
Eixo
Predição de desempenho futuro em atividades acadêmicas baseadas na aplicação da Teoria de Bayes. Tania Gava, Elias de Oliveira, Luciana Ferrari e Attilio Provedel
Uma interface de correção automática de pequenas questões discursivas para moodle. Fabrício Júlio, Márcia Oliveira, Hylson Vescovi, e Elias Oliveira
09:00
Avaliação
Recursos adicionais para melhoria da avaliação processual no moodle. Sostenes D. Oliveira e Henrique M. Cristovão
Linguagem de descrição de tarefas para criação rápida e personalizada de cursos no Moodle. Lucas D. Serqueira e Henrique M. Cristovão
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09:20
09:40
Design Instrucional
AVA UNIBUE ON-LINE - um relato de experiência. Andre Paula e Ymiracy Polak
10:00
10:00 Plataformas Virtuais
Ferramenta para criação de grupos de trabalho em atividades no Moodle. Lucas S. Magalhaes e Henrique M. Cristovão A disciplina instrumento à distância; um desafio para a música na EAD. Ernesto Hartmann e Mirna Costa
10:20 Teorias de Aprendizagem em Ambientes Virtuais
10:40
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Sala 07, Cemuni IV Webconferências A colaboração crítica na produção de novas tecnologias na formação de professores. Lucilene Fonseca Dificuldades na linguagem escrita e simbólicas específicas da matemática e química nos ambientes virtuais. José Bueno e Ana Braga Leitura e escrita na mídia em ambientes virtuais de aprendizagem. Mariana Pícaro Cerigatto
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Plataformas Virtuais
11:00
11:20 Teorias de Aprendizagem em Ambientes Virtuais 11:40
RESUMOS DOS TRABALHOS SELECIONADOS Eixo: Avaliação Avaliação em EAD - Reflexões, perspectivas e desafios em aprendizagem. Angela Saleme O presente trabalho aborda uma reflexão sobre a importância da avaliação no processo ensino aprendizagem em EAD – Ensino à Distância, ao tempo em que explora os diversos tipos de métodos e técnicas de avaliação utilizados no AVA- Ambiente virtual de aprendizagem. O fato de que na educação a distância se está lidando com tecnologias das mais sofisticadas, não tem assegurado igual avanço nos modelos pedagógicas do ensino, e menos ainda, na pedagogia da avaliação da aprendizagem. A avaliação não implica necessariamente em examinar apenas o desempenho através de um questionário de perguntas e respostas previamente elaboradas, mas também em considerar a participação dos estudantes através da interação, de suas dúvidas, comentários, participação em fóruns, videoconferência e demais ferramentas de apoio à aprendizagem. No que diz respeito à legislação, a sustentação legal para a modalidade de educação à distância foram estabelecidas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996), que foi regulamentada pelo Decreto n.º 5.622, publicado no D.O.U. de 20/12/05. Avaliar o desempenho de alunos requer um feedback de ambas as partes com vistas ao reposicionamento acerca das tendências observadas, uma vez que tais práticas sinalizam aspectos que embasam as discussões sobre os sistemas de avaliação. Sendo a avaliação um dos eixos centrais da educação, torna-se relevante diagnosticar a temática ilustrando com trechos de entrevista de tutores, alunos e professores vinculados à UAB- Universidade Aberta do Brasil – vinculados à Universidade Federal do Espírito Santo, revelando algumas percepções aliadas à legislação existente sobre o assunto. Para tanto torna-se necessário relatar também as principais funções do tutor na atuação on line com vistas a enfatizar a necessidade de se aprimorar mais a cada dia com possibilidades de novas atitudes, repensadas a partir das concepções que sustentam tais práticas. Portanto, inovação é a palavra de ordem diante na necessidade de aprender continuamente. Em busca de uma avaliação automática de atividades discursivas. Felipe Mutz, Lucas Veronese, Marcia Oliveira, Patrick Ciarelli e Elias Oliveira No processo de ensino sabemos que quanto mais vezes submetermos nossos aprendizes a variadas experiências de aprendizagem, mais chances teremos de corrigir rumos equivocados desses aprendizes (Perrenoud, 1998). O problema é que essa abordagem apresenta logo de imediato o professor como um primeiro gargalo da adoção dessa valorosa prática. Sim, a experiência mostra que o professor já assorbebado de atividades não dá conta de aumentar ainda mais seus processos de observação contínuo, de forma individualizada, a cada estudante. Quando nos voltamos às atividades que exijam do aprendiz uma expressão textual, o gargalo humano é ainda mais grave tendo em vista a geração da grande porção de textos que uma turma de 40-50 alunos podem produzir. Nesse contexto, a equipe do grupo de pesquisa em Recuperação Inteligente da Informação/UFES vem se debruçando sobre esse problema no sentido de buscar ferramentas automáticas que auxiliem o professor a lidar com esse desafio: corrigir mais e melhor atividades de aprendizagem de formato respostas quase-discursivas. Esse projeto vem em um crescente de abordagem de tipos respostas. Em (Oliveira e Oliveira, 2008) apontamos o sucesso que foi a utilização de análise automática de atividades,
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tanto para o professor como muito mais para os alunos, em um particular tipo de atividade onde o nível de discursividade ainda era muito reduzido. Na experiência, o professor saiu de um patamar limitante de cerca de 40 exercícios realizados em sala de aula ao longo de um semestre em uma turma, com muitas dificuldades de gerência e muito labor por parte do professor, para uma média de 100 exercícios realizados, agora não pela turma como um todo, mas por cada aluno ao longo de um semestre. Mais recentemente, fizemos alguns significativos avanços no sentido de tratar respostas de cunho mais discursivos, os resultados foram apresentados no artigo (Oliveira, Fraga, Oliveira, e Marchesi, 2010). Nesse último trabalho relatamos que, em uma atividade onde o aluno deveria descrever o assunto de um determinado material biblioteconômico, utilizando-se para isso cerca de até 5 palavras. Foram avaliados mais de 6.000 respostas manualmente pelo professor. Dessa grande quantidade de atividades, extremamente enfadonha, apresentamos uma possível proposta de, com a ajuda de algoritmos de Inteligência Artificial, requerermos do professor a correção de apenas 6 das 6.000 respostas dadas pelos alunos. Nesse trabalho queremos apresentar um passo adiante de nosso trabalho: um experimento de avaliação automática de respostas discursivas, alguns desafios a serem enfrentados, algumas estratégias já em curso de uso para solucionar problemas tais como variações sintática do uso de uma palavra, sinonímia e polissemia. Muito embora sejam resultados preliminares, nossa avaliação nos sugere ser promissores. Predição de desempenho futuro em atividades acadêmicas baseadas na aplicação da Teoria de Bayes. Tania Gava, Elias de Oliveira, Luciana Ferrari e Attilio Provedel Embora a Educação a Distância (EaD) não seja um conceito novo, essa modalidade de ensino tem sido viabilizada e potencializada pelas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), permitindo a quebra de barreiras de tempo e espaço. Inicialmente a EaD limitou-se apenas a uma imitação do paradigma da educação presencial, mas atualmente tem sido facilitada pelos Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA), e pelas facilidades da web 2.0, oferecendo inúmeras ferramentas de suporte às comunidades virtuais de aprendizagem no que diz respeito à interação e colaboração entre seus membros. No entanto, os AVA ainda são carentes em oferecer recursos de apoio à aprendizagem, tais como diferentes estratégias de avaliação e acompanhamento do processo de aprendizagem, principalmente para grandes comunidades, onde o número de mediadores geralmente é insuficiente para um atendimento individualizado e de qualidade. Nesse contexto, esse trabalho tem como objetivo apresentar uma proposta de uso da teoria da probabilidade, especificamente a Teoria de Bayes, para predizer informações sobre o processo de aprendizagem de um determinado grupo de alunos, com base nos resultados de suas provas objetivas realizadas no Moodle. Este software livre é amplamente utilizado para gestão da aprendizagem e de trabalho colaborativo. Um dos problemas enfrentados atualmente relacionados à aprendizagem é a necessidade de se oferecer uma grande quantidade de atividades aos alunos, mas que acarreta grande esforço mecânico e cognitivo despendido pelo professor nessa correção. Como uma solução, ambientes virtuais como o Moodle já têm utilizado recursos de aplicação e correção automática de avaliações objetivas, gerando assim uma grande massa de dados, crescente ao longo de tempo. Embora o uso de ferramental matemático e probabilístico já seja consagrado em outras áreas de conhecimento, este ainda tem sido pouco usado para predizer e inferir resultados sobre o processo de aprendizagem de alunos e o acompanhamento desse processo. A Teoria de Bayes é uma dessas ferramentas, por meio da qual se pode calcular a probabilidade de uma hipótese dada pela observação de uma evidência. Como estudo de caso, utilizaremos como evidência o resultado de provas objetivas equivalentes às provas do ENADE relativas a um determinado curso de graduação, aplicadas ao longo do curso, e como hipótese o desempenho dos alunos nas provas do ENADE. Com a análise dos resultados obtidos, será possível identificar informações relevantes a respeito do processo de aprendizagem dos alunos, tais como o perfil de cada aluno comparado ao que se espera de um aluno egresso daquele determinado curso. Estas informações podem culminar em ações, como por exemplo, a adoção de medidas preventivas ao se detectar os assuntos de maior dificuldade de um grupo de alunos. Uma interface de correção automática de pequenas questões discursivas para Moodle. Márcia Gonçalves de Oliveira, Hylson Vescovi Netto e Elias Oliveira A indexação é um conhecimento da área de Ciência da Informação utilizado para a representação temática de documentos. Nessa atividade o aprendiz tem de ler o material bibliográfico e, a posteriori, extrair desse material expressões textuais que sintetizem o tema abordado em todo o material. O usual é se utilizar para isso algo em torno de três ou até cinco palavras. Foi devido a essa observação que um corretor automático de pequenas questões discursivas foi desenvolvido por Oliveira et al. (2010) com o propósito de auxiliar professores na correção desses tipos de questões. Através dessa ferramenta computacional, foi possível corrigir automaticamente cerca de 7.000 atividades de indexação, com precisão de 90.4% na atribuição de notas a essas atividades de alunos. Por outro lado, sabendo que a popularidade do Moodle como ferramenta de apoio à gerência de atividades de ensino tem crescido,
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optamos por incorporar essa ferramenta como um plugin dentro do próprio Moodle. Portanto, este trabalho apresenta uma proposta de sistema online de atividades de pequenas questões discursivas para apoio à correção automática de exercícios no interior do Moodle. O objetivo é ter um sistema que possibilite ao professor acompanhar melhor seus alunos por ações de avaliação formativa (Perrenoud, 1998). As funcionalidades que esse sistema online oferecerá são as seguintes: especificação de tarefas e de modelos de pequenas questões discursivas pelo professor, realização de atividades por alunos, emissão de feedbacks de desempenhos, avaliação de atividades e geração de entrada de dados para um corretor automático dessas atividades. A contribuição que este trabalho oferece para a aprendizagem é favorecer a redução dos esforços realizados pelo professor na correção manual de uma grande quantidade de exercícios em ambientes virtuais de aprendizagem. Uma vez reduzidos esses esforços, o professor disponibilizará de maior tempo para o acompanhamento da aprendizagem de seus alunos. A inclusão digital e a melhoria da qualidade de vida através do ensino de Bioética. Denise S. D. Bernini, Lucas Raphael Vazzoler Freitas e Iris Cônsoli de Araújo Dado ao grande avanço tecnológico dos últimos anos e as novas exigências deste cenário social fazse necessário que a prática pedagógica se adapte a todo esse processo, para conseqüente sucesso educacional. Analisar os primeiros resultados obtidos da disciplina Bioética na modalidade semipresencial, através do programa e-escola São Camilo Virtual. Metodologia: A metodologia utilizada basea-se em referências bibliográficas sobre o ensino de Bioética na Educação Superior e a implantação do programa e-escola São Camilo Virtual, que implantou a oferta de disciplinas semipresenciais nos cursos de graduação presencial, foi utilizada também a pesquisa qualitativa considerando a existência de uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, além da análise de dados sobre preceitos teóricos que permitiram os ajustes tempo real sobre o estudo. A incorporação de disciplinas na modalidade semipresencial, têm se mostrado eficaz, pois além de oferecer uma educação inovadora e autônoma, pode ser também, com o planejamento adequado, uma proposta educativa de muita qualidade e geradora de economia financeira, centrada dentro de um contexto construcionista. Além de oferecer ao aluno subsídios para uma alfabetização tecnológica preparando-o para a Sociedade da Informação. Conclui-se que após o entendimento e a participação dos alunos no projeto e-escola São Camilo Virtual, rompe-se o paradigma de que a aprendizagem se dá apenas com o professor presencialmente conduzindo o processo, e no que se refere ao ensino da Bioética, como disciplina que sugere a reflexão do papel da consciência humana frente a situações problematizadoras, nada melhor do que opinar valores, crenças, ideias, pressupostos esses oferecidos pelas ferramentas do programa, entre elas, o fórum de discussão. Objetos de aprendizagem: análise crítica, aplicabilidade e estudo de caso utilizando o software Reload Learning Design. Neila Batista Xavier e Antônio Ferreira Santana Filho The Internet offers a wide variety of materials that can be used in the teaching-learning process. These materials can be used in various disciplines and are available in various formats. Yet it was realized the need and importance of adopting a standard that aims at organizing and sequencing of learning objects and their reuse by providing interoperability between virtual learning environments, considering the pedagogical planning, accessibility and effective use of these objects, thus obtaining a significant improvement in the methodology used in learning projects. This work makes a critical analysis of existing learning objects, and analyzing the Reload-LDEditor which in essence offers a clear and precise for the development of a learning design, since the description of roles, represented by a group of people until the creation of the structured environment containing learning objects and services to be used by the proposed activities in the learning unit. This approach was validated by modeling a case study conducted in the context of discipline Logic and Programming Techniques taught on Campus Coari, of the Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas. Recursos adicionais para melhoria da avaliação processual no Moodle. Sostenes D. Oliveira e Henrique M. Cristovão A educação a distância permite romper barreiras de tempo e espaço ampliando a quantidade de alunos atendidos e possibilitando levar a educação a regiões mais remotas. O uso crescente das tecnologias de telecomunicação e informática aplicadas à educação a distância vêem propiciando diversas facilidades para esta modalidade de ensino. Os recursos da internet podem ser utilizados como uma ferramenta poderosa neste contexto através da disponibilização de serviços de comunicação síncrona e assíncrona, fazendo-a avançar na direção de redes de distribuição de conhecimentos e de métodos de aprendizagem inovadores. Munido dessas tecnologias, os AVAs (ambientes virtuais de aprendizagem) constituem-se em facilitadores para a educação a distância permitindo a integração de diversos serviços num único portal. Os AVAs diferem-se um dos outros, principalmente, pela qualidade e
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diversidade das ferramentas e módulos oferecidos. Mas, em quase todos os casos, possuem deficiências na forma do registro da avaliação processual. A investigação destas deficiências junto aos usuários fomenta um conjunto de tarefas desafiadoras incluindo a sua implementação através de módulos complementares e/ou auxiliares para suprir estas demandas. Este trabalho tem como objetivo investigar o Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment (Moodle) especificando e implementando modificações para suporte mais adequado da avaliação processual. A metodologia do trabalho está acontecendo através do estudo sistemático da sua arquitetura, dos seus elementos constituintes, das formas de configuração e instalação bem como seu código fonte e, principalmente, através da escrita e incorporação de novos códigos na linguagem PHP sobre o banco de dados MySQL. O levantamento específico dos requisitos no contexto da avaliação processual está sendo realizado através de entrevistas com usuários (tutores e professores) que tem relatado demandas pontuais para viabilizar o acompanhamento do aluno por meio de algum recurso inserido no próprio Moodle. Este projeto de pesquisa está sendo realizado na direção onde cada aluno deverá possuir um histórico avaliativo com interface fácil e intuitiva para permitir inserções diversas e atualizações pelo educador. Desta forma, a partir de qualquer ponto do ambiente Moodle, o professor poderá fazer registros qualitativos e quantitativos a respeito das atividades realizadas de um determinado aluno, seja a partir de um fórum ou de uma tarefa entregue em arquivo, ou ainda para registros avaliativos de grupos de alunos. Espera-se que, além do módulo construído, obtenha-se ganho com a formação de um grupo atuante e sensível a questões e problemas em AVAs e abra possibilidades para outros trabalhos de pesquisa na área.
Eixo: Design Instrucional Formação de professores com e para o uso das tecnologias da informação e comunicação. Denise S. D. Bernini, Daniela B. Fiorini e Giselda S. Alvaro Este estudo relata a experiência realizada no curso de graduação presencial para licenciaturas com a oferta da disciplina na modalidade semipresencial em que os alunos vivenciaram o uso de diferentes recursos das TICs na graduação, em seguida com a elaboração de projetos, aplicação e avaliação da sua prática. A formação de professores integrando o uso das TICs no Sul do Espírito Santo é um desafio as diferentes realidades encontradas, além da inicial resistência dos alunos pela modalidade semipresencial. Os resultados foram satisfatórios e divulgados através de vídeos publicados pelos alunos na Internet. Esta experiência tem sido realizada com qualidade capacitando tanto os discentes quanto os docentes para a metodologia. Interfaces para materiais didáticos digitais: um estudo de caso. Lucas Coradini O presente artigo demonstra primeiramente um panorama geral entre dois tipos distintos de interfaces para aulas virtuais, visando destacar pontos fortes e fracos no desenvolvimento de material didático digital utilizando-se as tecnologias FLASH e XHTML. Para confirmar as vantagens e benefícios de um determinado modelo, serão aqui apresentados os resultados de uma pesquisa - entre alunos matriculados em disciplinas virtuais - que comparam as duas propostas de interfaces, avaliando-se prioritariamente a preferência dos alunos nos quesitos apresentação, interação e navegação. Além dos esclarecimentos que as questões objetivas proporcionam, as respostas discursivas foram agrupadas por temas, a fim de que os relatos norteiem futuras adaptações e modificações no material didático. Aulas de física em flash: um recurso didático para professores e alunos do ensino médio. Rodrigo Alexander Medeiros e Anderson Coser Gaudio As “Aulas de Física em Flash” são um produto do projeto de extensão “Novas Tecnologias no Ensino de Física”, desenvolvido no Departamento de Física da Universidade Federal do Espírito Santo e coordenado pelo autor. As aulas são produzidas originalmente para uso em sala de aula das escolas de ensino médio da rede pública estadual do município de Vitória-ES. No entanto, com acesso universal via internet, espera-se que as mesmas possam ser utilizadas em casa pelos estudantes de ensino médio e, eventualmente, de ensino superior, para complementar seu aprendizado de física. As Aulas de Física em Flash são um conjunto de aulas narradas e animadas por meio do software Adobe Flash. As aulas são divididas em seções, cada uma com duração média de cinco minutos. O conteúdo das aulas é focado nos conceitos de física, nas leis da física e suas aplicações diversas. Os aspectos históricos pertinentes a esses conteúdos são sempre destacados. As aulas atualmente disponíveis são Medições, Tempo, Princípios Matemáticos, Posição e Deslocamento, Velocidade, Aceleração e Movimento. Essas aulas têm basicamente duas funções. A primeira é servir de recurso didático em sala de aula para os professores de física do ensino médio. O professor pode utilizar as aulas para auxiliar na exposição de
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novos conteúdos e para fazer revisões de conteúdos já apresentados. Nessas condições, o meio de utilização das aulas é a TV Multimídia, presente em praticamente todas as salas de aula da rede pública estadual do ES. A segunda função das aulas em Flash é a de servir de material de apoio ao estudo extraclasse dos alunos, que podem assistir às aulas em casa. Assim, as aulas podem ser acessadas via internet a partir do site do autor (profanderson.net/files/aulasemflash.php) e a partir do site YouTube (youtube.com/user/acgaudio). Em fevereiro de 2010, um conjunto de trinta e uma seções de aula foi distribuído às treze escolas estaduais de ensino médio do município de Vitória para os primeiros testes de campo. Recentemente, houve divulgação dessas aulas nas demais escolas estaduais do ES, num total de 388 (trezentos e oitenta e oito) escolas. Em novembro de 2010, as aulas em Flash foram licenciadas para uso no projeto Projeto Primeiro Aprender Digital, uma iniciativa do Governo do Estado do Ceará, através de sua Secretaria da Educação, bem como para o Portal do Professor do MEC, que compõe o Banco Internacional de Objetos Educacionais - BIOE. (PROEX-UFES) Linguagem de descrição de tarefas para criação rápida e personalizada de cursos no Moodle. Lucas D. Serqueira e Henrique M. Cristovão A educação a distância ganhou muito fôlego com os AVAs (ambientes virtuais de aprendizagem), sistemas computacionais disponíveis na internet destinados ao suporte de atividades mediadas pelas tecnologias e informação e comunicação. Os AVAs oferecem uma coletânea de ferramentas digitais para apoiar o professor, o aluno e o administrador em suas tarefas relacionadas ao ensino e controle acadêmico. Os AVAs diferem-se um dos outros, principalmente, pela qualidade e diversidade das ferramentas e módulos oferecidos. Mas, em quase todos os casos, possuem deficiências: em ações de apoio à prática educativa, na integração com outros ambientes e na manutenibilidade. Este projeto de pesquisa investiga o AVA Moodle (Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment) e propõe inovações para a área de Design Instrucional. O Moodle foi escolhido por possuir uma distribuição livre (open source) sobre a Licença Pública GNU e uma vasta comunidade de utilizadores em vários países, sendo um dos mais utilizados mundialmente. Atualmente a especificação de uma sala virtual no Moodle é feita de forma bastante trabalhosa e com ações repetitivas ao longo de todo o processo de criação e manutenção dos cursos. Este trabalho propõe, através da construção de um compilador, uma linguagem de alto nível para especificação e configuração de cursos, salas e atividades. A criação do compilador seguirá as etapas de análise (léxica, sintática e semântica) e síntese (geração de código intermediário, otimização e geração de código destino), e está sendo feito na linguagem Java utilizando-se a ferramenta Javacc (é um compiler-to-compiler) e, na parte destino, a linguagem PHP com o Banco de Dados MySQL. Como hipótese espera-se, que a criação de cursos virtuais no Moodle fique mais ágil, confiável, menos vulnerável a erros, com um bom nível de alterabilidade e baixo custo de manutenção, uma vez que o próprio professor poderá especificar com exatidão, através de uma linguagem de fácil aprendizado, o curso com todos os detalhes de sua configuração, tais como: atividades, recursos de comunicação e interação, avaliações, aparência, organização temporal etc. Para levantamento dos requisitos, estão sendo feitas entrevistas com usuários tanto do âmbito do design instrucional quanto da parte pedagógica, envolvendo tutores, professores e coordenadores usuários do ambiente. Espera-se com este projeto de pesquisa que, além da ferramenta construída, obtenha-se ganho com a formação de um grupo atuante e sensível a questões e problemas na área de design instrucional em AVAs abrindo possibilidades para que outros pesquisadores venham agregar mais esforços para melhoria da EAD.
Eixo: Plataformas Virtuais de Aprendizagem Utilização de redes sociais na web como estímulo à interação e ao aprendizado. Cláudio Cleverson de Lima e Patrícia Brandalise Scherer Bassani Este trabalho apresenta um estudo de caso sobre a utilização de redes sociais na comunicação mediada por computador por uma turma de alunos que estão sendo capacitados para o mercado de trabalho, através do projeto Jovem Profissional Feevale. Os participantes são jovens entre 15 e 21 anos, provenientes de famílias de baixa renda, em situação de vulnerabilidade social e estudantes do Ensino Médio de três escolas públicas do município de Campo Bom/RS. A turma, composta por 20 alunos, iniciou as atividades conhecendo os recursos básicos do computador e pacotes de aplicativos para escritório, evoluindo para a utilização da Internet. Com o decorrer do curso, incrementou-se o aspecto interacionista através da utilização de ferramentas da web 2.0, mais especificamente ferramentas presentes em redes sociais na Internet, adotadas como estímulo à interação entre os participantes do projeto e servindo de apoio ao aprendizado e aquisição do conhecimento. O período de observação das atividades da turma foi de 40 dias e os resultados obtidos sinalizaram no sentido de que a utilização das ferramentas interativas presentes em redes sociais podem ser utilizadas com dois enfoques principais: a) na socialização dos jovens, mais notadamente em relação àqueles de comportamento mais introspectivo, aos quais a virtualização permitiu maior liberdade de expressão e b) na aquisição de habilidades e
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competências técnicas úteis quando do ingresso no mercado de trabalho, como a correta utilização do computador, a troca de informações no trabalho em equipe e rápida adaptação ao manuseio de diferentes softwares. Finalizamos considerando que houve indicativos de que o uso de redes sociais e blogs favoreceu a interação deste grupo de estudantes, significando a possibilidade de que estas habilidades estendam-se à sua futura área profissional, favorecendo o desempenho social e técnico desses jovens quando do ingresso no mercado de trabalho. As dificuldades encontradas na utilização da plataforma Moodle e de ferramentas de comunicação e informação por professores de graduação e mestrandos. Ana Cecília Togni O professor quando efetua sua prática pedagógica reflete nas atividades desenvolvidas suas concepções do que são os processos de ensinar e aprender. Este artigo trata das concepções de diferentes grupos de professores no que se refere à utilização em diversos níveis de ensino da plataforma Moodle. Estes grupos foram selecionados sob dois enfoques: a) o primeiro por participar de capacitação pedagógica oferecida pela instituição, realizando um Fórum semipresencial sobre a utilização de ferramentas de comunicação e informação em sala de aula e, b) o segundo alunos do Mestrado Profissional em Ensino de Ciências Exatas realizando a Disciplina Ambientes Virtuais, que faz parte de seu currículo. Saliente-se que a Instituição, entre 2000 e 2008, utilizou a plataforma Teleduc e, que a partir de 2008 gradativamente foi implantando a plataforma Moodle, sendo que nesse momento é a única utilizada e, na qual foram planejadas e realizadas as atividades pedagógicas propostas. (Para ambos os grupos, ao iniciar as atividades foram realizados os seguintes questionamentos: a) Como são desenvolvidas suas práticas pedagógicas nas diferentes disciplinas que ministram? b) Qual o nível de domínio das diferentes tecnologias, nos aspectos metodológicos do ensino e no uso de recursos multimídia na perspectiva da atualização, contextualização e cientificidade?c) Que fatores contribuem para a construção de aprendizagens significativas e efetivas através desses recursos?d) Que aspectos dificultam esse processo?Ao responderem essas questões, os envolvidos salientaram a dificuldade na utilização da plataforma, pois, por oferecer mais recursos que o Teleduc exigia inicialmente mais atenção do que aquela. Outras dificuldades apresentadas: pelos mestrandos: a) Insegurança; b) Falta de tempo para estudar e elaborar materiais pedagógicos que propiciem a utilização da plataforma ou de outras ferramentas de comunicação e informação; c) grande número de alunos nas escolas; d) Laboratórios de Informática precários ou inexistentes; e) dificuldades de acesso a sites ou repositórios virtuais onde pudessem acessar material para as aulas. Por sua vez os professores da Instituição disseram que além da maior complexidade da plataforma, não há tempo suficiente para estudá-la, o que gerou e ainda gera problemas com seus alunos. Este grupo disse ainda que como sua formação foi realizada sem o uso de tecnologias e, agora é necessário utilizá-las causa também como no outro grupo insegurança. Assim se percebe pelas falas dos dois grupos de professores há muito por fazer tanto nas escolas onde os primeiros atuam como nas Instituições onde os segundos exercem suas atividades pedagógicas e aqueles são formados, pois PERRENOUD (2000) a escola não pode ignorar o que se passa no mundo, uma vez que as tecnologias de informação e comunicação vêm transformando espetacularmente não apenas nossas formas de comunicação, mas também as de trabalhar, decidir e pensar. AVA UNIBUE ON-LINE - um relato de experiência. André Paula e Ymiracy Polak O presente é um relato de experiência sobre o planejamento, a implementação e a implantação do AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem), numa instituição privada de ensino superior. O AVA UNIUBE ON-LINE é uma ferramenta desenvolvida por uma equipe multidisciplinar, teve seu inicio em 2009 e se encontra em pleno uso, atendendo aos cursos de graduação, de extensão e de pós-graduação da Universidade de Uberaba (UNIUBE). Seu conceito tecnológico está amparado num modelo de três camadas: (a) gestão acadêmica - onde os alunos têm acesso a informações gerais (nota, frequência, currículo, dentre outras) e os gestores/professores acompanham e auxiliam o aluno; (b) gestão administrativa - é a secretaria virtual que possibilita ao aluno gerenciar seus dados junto à instituição; e, (c) sala de aula virtual - é o ambiente de aprendizagem onde se destacam as ferramentas: guia do componente, apresentação do componente em vídeo pelo professor, agenda, orientação de estudos, aulas web, atividades de aprendizagem, fórum, biblioteca virtual, portfólio, diário de bordo e perguntas mais frequentes (FAQ). O AVA UNIUBE ON-LINE é um ambiente dotado de ferramentas que possibilitam a organização, o desenvolvimento e dão suporte ao processo de aprendizagem em EAD. É um ambiente simples, interativo, participativo e que possibilita a distancia transacional, contribuindo para que haja maior integração entre os atores no cenário da EAD. Seu projeto teve como base os conceitos da web 2.0 e os atributos das Redes Sociais Acadêmicas. A escolha dos conceitos que fundamentaram a plataforma em foco decorre do fato de que a mesma tem como principal objetivo desenvolver o conhecimento de forma coletiva e colaborativa. Além dos sorveis pedagógicos, o AVA UNIUBE ON-LINE favorece o monitoramento acadêmico e outras ferramentas que possibilitam seu uso para vários perfis. Ressalta-se
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que, após sua implementação e implantação, houve expressiva melhoria na interação e participação dos diversos atores envolvidos com a proposta. Vale ressaltar as dificuldades inerentes aos imigrantes digitais e da inserção de uma nova cultura de trabalho na instituição: o virtual. Estratégia de ensino e aprendizagem no MOODLE: um estudo de caso. Patricia Ribeiro Vasconcellos O presente trabalho trata da Educação Online como caminho democrático de educação, destacando indicativos para o desenvolvimento de uma proposta que privilegie os processos colaborativos e interacionais de construção do conhecimento em ambientes virtuais de aprendizagem (AVA). Origina-se da pesquisa de Mestrado intitulada: “Processos Colaborativos e Interacionais de Construção do Conhecimento em Ambientes Virtuais de Aprendizagem”. O objetivo específico que será apresentado aqui é: “Analisar as interfaces da plataforma MOODLE, utilizadas no módulo em estudo. Analisa-se, em perspectiva qualitativa e longitudinal, o caso do “Módulo 3 – Psicologia da Aprendizagem”, da pesquisa interinstitucional “Formação para a docência online” (2007-2009), A referida pesquisa envolveu 13 Programas de Pós-Graduação, ligados à educação e aconteceu no ambiente MOODLE. Cada programa projetou, desenvolveu e pôs a prova um módulo de estudo. Nos demais módulos seus componentes atuaram como alunos. Serão explicitadas a didática desenvolvida, bem como as formas de avaliação e de mediação pedagógica realizadas ao longo do Módulo 3. Ou seja, serão apresentadas as estratégias de ensino e aprendizagem desenvolvidas. Também destacar-se-á a importância da configuração do AVA. A estruturação didática precisa ser baseada em posturas pedagógicas claras. O AVA não define a proposta pedagógica em Educação Online. Ao contrário, é a proposta pedagógica que define como o AVA será configurado e utilizado. Isto ficou claro nas análises realizadas neste estudo. Destacam-se as Unidades Didáticas: 1. Parte comum a todo o módulo 3: fórum de “Boas-Vindas”, “Glossário de Psicologia da Aprendizagem”, bate-papo e fórum “Vamos Fuxicar?”. 2. Unidade I – Aprendizagem - conceitos básicos, componentes e características da aprendizagem: A) “Leituras e Navegações” (roteiro/orientação didática) e B) “Hipertexto” (livro/texto-base); C) “Atividades e Interatividade...” (fórum “Co-criando o Hipertexto da Unidade” e fórum “Brincando de Labirinto” – ambos voltados à construção dos conceitos da Unidade); D) fórum “Portfólio Avaliando a Aprendizagem” (avaliação da Unidade). 3. Unidade II – O Cognitivismo clássico - o interacionismo de Piaget e o sócio-interacionismo de Vygotsky. Aprendizagem interativa e colaborativa e ambientes virtuais: a estrutura se mantém (menos o fórum Labirinto), mas as atividades abordam os temas desta Unidade. A novidade está nó fórum conceitual - “Entrevista com Piaget e Vygotsky”. 4. Unidade III – Aprendizagem e formação de conceitos no ciberespaço: Vergnaud e a gênese dos campos conceituais; a “teoria do Protótipo” de Eleanor Rosch; a “ecologia cognitiva” de Pierry Lévy: a estrutura se mantém, menos na atividade conceitual que é uma WIKI chamada “Conceitos, saberes e competências para a docência online: co-criando um roteiro”. MDV3D - Estratégias para a formação docente da educação superior. Sandra Andrea Assumpção Maria, Patricia Alejandra Behar e Larissa Ebeling O presente estudo tem como objetivo apresentar algumas estratégias pedagógicas para o uso dos Mundos Digitais Virtuais em 3D (MDV3D) no processo de formação docente da Educação Superior. A formação continuada perpassa por dilemas e fatores que contribuem para uma descontinuidade do seu processo: falta de recursos e de condições de trabalho, piso salarial, entre outros. Diante destes aspectos, se faz necessário planejar uma proposta de formação que precisa ser baseada em situações que os façam fugir do “tradicional”, considerando novas formas de ensinar, de aprender e de interagir. Para isso, devese revisar e atualizar elementos que são fundamentais para a construção desta proposta formativa, como os estudos históricos desta formação e as estratégias pedagógicas. Com o advento das TDVs (Tecnologias Digitais Virtuais) tornou-se possível ampliar significativamente as possibilidades do trabalho docente, principalmente através da utilização de espaços digitais virtuais que estimulem a convivência e as interações sociais. Os MDV3D são meios tecnológicos que se concretizam a partir da possibilidade de representar diferentes espaços de convivência, de socialização e de aprendizagem. Seu grande diferencial na educação é a sensação de presença que é possibilitada pela representação do “eu” digital virtual através de um avatar. O Second Life (SL) é um exemplo de MDV3D rico em possibilidades educacionais e que apresenta inúmeros meios tecnológicos para a interação e a comunicação entre os avatares, como através das linguagens textual, oral, gestual e gráfica. Além disso, ampliam-se as possibilidades pedagógicas quando estes ambientes são utilizados de forma diferenciada e integrada às ferramentas da Web 2.0, como o Youtube, os Ambientes Virtuais de Aprendizagens (AVAs), entre outros. Diante dessas possibilidades, torna-se possível relacionar os meios tecnológicos com ações educacionais, para que
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possam ser construídas propostas de formação continuada que sejam aplicadas tanto no contexto da Educação a Distância (EAD) como na educação presencial. No entanto, a utilização de uma tecnologia não garante inovação, precisa-se refletir sobre as estratégias pedagógicas que serão adotadas, para que a utilização dos MDV3Ds seja, de fato, diferenciadora nos processos formativos dos professores universitários. Com isso, destacam-se algumas sugestões de estratégias pedagógicas que podem ser aplicadas na formação docente: - Encontros, palestras ou aulas dialogadas: o professor define o local do encontro e utiliza diferentes meios de comunicação e interação. - Uso de displays: são painéis que possibilitam a inclusão de slides, imagens e vídeos. - Objetos de aprendizagem (OAs): permite vivenciar situações através de realidade virtual aumentada. - Simuladores: podem ser criados espaços para simular lugares reais, espaços que nunca existiram e qualquer outro objeto. - Exploração dos espaços digitais virtuais: exploração livre se espaços que pode ser realizada com toda a turma, em pequenos grupos ou individualmente. - Criação e Modelagem de objetos: construção de objetos de maneira individual ou coletiva. - Notecards: documentos de textos simples que se pode criar e compartilhar no SL. Com isso, este estudo buscou indicar estratégias pedagógicas para o uso de MDV3D na formação docente aliados às TDVs, de modo a favorecer e potencializar as possibilidades educacionais das práticas pedagógicas. Uma proposta de formação continuada para a Educação a Distância através do desenvolvimento e aplicação dos objetos de aprendizagem ARQUEAD e GESTEAD. Maira Bernardi, Ketia Kellen Silva e Patricia Behar No contexto educacional brasileiro, a produção de materiais educacionais digitais na forma de objetos de aprendizagem, tem sido uma boa opção para a apresentação de conceitos e conteúdos de forma mais dinâmica e interativa. Assim, neste artigo, apresenta-se um estudo sobre a elaboração e desenvolvimento dos Objetos de Aprendizagem (OAs) ARQUEAD e GESTEAD e a construção e aplicação de uma arquitetura pedagógica (AP) de curso de formação continuada de professores do Ensino Superior através do uso agregado desses objetos. O ARQUEAD e o GESTEAD são OAs sobre Arquiteturas Pedagógicas e Gestão da Educação a Distância (EAD), respectivamente. Ambos foram projetados pela equipe do Núcleo de Tecnologia Digital aplicada à Educação (NUTED) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A metodologia de construção teve como embasamento teórico Amante e Morgado (2001). Estes objetos foram construídos com o intuito de oportunizar, através de material digital, um aprofundamento de conhecimentos teórico-práticos sobre as temáticas citadas no contexto da EAD. Assim, foi elaborada a arquitetura pedagógica do curso Prática Pedagógica em EAD (PPEAD) – um enfoque didático-metodológico, com o uso agregado dos Objetos ARQUEAD e GESTEAD. O objetivo central do PPEAD foi de propiciar um espaço de capacitação de professores para o desenvolvimento de metodologias voltadas para uma prática pedagógica em educação à distância, visando enfatizar a construção de arquiteturas pedagógicas, bem como aspectos de gestão em EAD para uma aprendizagem colaborativa/cooperativa. O PPEAD foi oferecido em quatro edições, sendo dois em formatos de oficina e dois em cursos de extensão, aplicadas através do uso das plataformas ROODA (Rede Cooperativa de Aprendizagem) e Moodle Institucional UFRGS. A metodologia constituída para o curso foi centrada na proposição de atividades prático-reflexivas, partindo da fundamentação teórica sobre as temáticas tratadas. Como o curso foi desenvolvido na modalidade à distância, definiu-se pela realização de atividades propostas em forma de desafios, com experimentação e análise de situações-problemas, a fim de oportunizar aos participantes um contato com a prática pedagógica no contexto da EAD e a construção do planejamento de uma arquitetura pedagógica. Dentre essas, destacam-se: construção de mapa conceitual, análise e construção de uma arquitetura pedagógica. Através da construção e aplicação da arquitetura pedagógica do curso PPEAD, percebeu-se que os participantes consideraram o uso agregado dos objetos ARQUEAD e GESTEAD como recurso pedagógico que oportunizou referenciais teóricos e atividades voltadas ao estudo da aprendizagem na EAD. Através das atividades propostas na AP do curso, os alunos se apropriaram dos conceitos para construção das arquiteturas pedagógicas e conseguiram colocá-los em prática no momento de construir sua AP, que era a etapa final da AP do curso. Entende-se que a atividade oportunizou a compreensão da concepção de AP não somente como um sistema ou conjunto de estratégias, mas como um conjunto de elementos organizacionais, tecnológicos, metodológicos e instrucionais voltados para uma melhor prática pedagógica (Behar, 2009). Nesta perspectiva, foi observado que a AP constituída do curso PPEAD produziu relevantes conexões teóricas sobre a gestão e o planejamento na modalidade a distância.
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Ferramenta para criação de grupos de trabalho em atividades no Moodle. Lucas S. Magalhaes e Henrique M. Cristovão Os AVAs (ambientes virtuais de aprendizagem), sistemas informatizados projetados para dar apoio ao ensino à distância, vêm se tornando ferramentas bastante populares no processo de aprendizagem e colaboração à distância, utilizando a Internet como veículo de comunicação e acompanhamento pedagógico. A gama de ferramentas de suporte ao aprendizado é grande, desde elementos síncronos como chat e web-conferência até assíncronas como fórum e blog, além de ferramentas de edição colaborativa, como os wikis. Assim, professores e estudantes comunicam-se e tem a quebra das barreiras de tempo e espaço permitindo aprendizagens e interações que antes não seriam possíveis. Um AVA bastante popular, e objeto deste estudo, é o Moodle (Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment). Ele é um sistema Web baseado em Software Livre e licenciado sobre a licença GNU GPL, e é uma das ferramentas mais populares para apoio ao ensino à distância no mundo, dispondo de diversas ferramentas, módulos, configurações possibilitando o oferecimento de muitas atividades e dinâmicas diferentes. Mas, como a maioria dos AVA's disponíveis no mercado, o Moodle, apesar de parecer completo, ainda carece de recursos em praticamente todos os seus módulos. Principalmente na área de trabalhos cooperativos, o Moodle, não oferece facilidades e flexibilidade para que um professor elabore, sem dificuldade, atividades que possam usufruir dos benefícios oriundos de trabalhos coletivos. Este projeto de pesquisa está sendo desenvolvido com o objetivo de oferecer ferramental suficiente para a criação e manutenção de grupos de trabalho no Moodle para atividades corriqueiras, como um fórum, uma entrega de atividade offline entre outros. O professor poderá registrar notas para o grupo a partir da atividade coletiva que foi corrigida. Além disto, está sendo desenvolvido também, através de uma interface fácil e intuitiva, um recurso para a formação dos grupos pelos próprios alunos de forma rápida e direta. Para diagnóstico desses problemas, foi feita entrevista com usuários que relataram a deficiência no gerenciamento de grupos por parte do Moodle sem atender às demandas dos educadores. A construção do recurso proposto está sendo feita a partir do estudo da arquitetura do Moodle com o uso da linguagem PHP associada ao bando de dados MySQL por intermédio de uma camada feita na linguagem XML. Além do recurso que está sendo construído espera-se que este projeto de pesquisa venha ajudar na formação de um grupo de educadores e pesquisadores dispostos a propor e inserir recursos pedagógicos inovadores em AVAs existentes. Uma proposta de uso de ferramentas on-line para a educação tecnológica. Cintia Miguel, Marcos Accioly e Hugo Cristo Este trabalho apresenta uma proposta de utilização e incorporação de serviços on-line do Google como ferramentas educacionais na sala de aula, visando contribuir para a ampliação do repertório de atividades de apoio ao processo de ensino-aprendizagem. A pesquisa foi realizada a partir de três referenciais: 1) os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) do Ensino Médio (MEC, 2000), que enfatizam a importância da discussão acerca do papel da educação em uma sociedade tecnológica para que a escola não seja colocada à margem da sociedade; 2) os estudos de Paulo Freire (2006), que sugerem a utilização do repertório social do aluno e que a sala de aula deve ser um local de troca de saberes; 3) a teoria da mediação de Vygotsky (1998, p.74), que descreve a internalização ou aprendizado como ""a reconstrução interna de uma operação externa"", e apresenta o conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) como um possível contexto mediador entre o que o aprendiz realiza sozinho (nível de desenvolvimento real) e o que ele realiza com o apoio de alguém mais experiente ou de uma ferramenta psicológica (nível de desenvolvimento potencial). Partindo dos conceitos apresentados, diversos serviços do Google foram investigados considerando os seguintes critérios: primeiro, fomentar as atividades em grupo, estimulando a mediação interpessoal do conhecimento; segundo, que fornecessem ao aluno possibilidade de internalizar uma determinada operação, transformando um processo interpessoal em intrapessoal; terceiro, que oferecessem oportunidades de aprendizado de conteúdos definidos nos PCNs em sintonia com o repertório e contexto social do aluno. Com base na análise, foram selecionados os serviços on-line gratuitos Google trends, Google acadêmico beta, Google similar images, Google moderator e Google docs, para os quais foram elaboradas dinâmicas de uso em sala de aula por diversas disciplinas do ensino médio. Por fim, as propostas de uso de cada ferramenta, assim como os papéis do professor e dos alunos nas atividades serão apresentados e discutidas em detalhe. Modelos conceituais e aprendizado: estudo sobre o contexto do Centro de Artes - UFES. Isabela Avancini, Vinícius Bispo, Marianna Schimidt e Hugo Cristo Este trabalho apresenta a situação atual de uma pesquisa em andamento acerca dos modelos conceituais dos alunos do Centro de Artes da Universidade Federal do Espírito Santo sobre o processo de aprendizado.
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Os modelos conceituais, também chamados de esquemas mentais, são estruturas de conhecimentos criadas por meio de categorização, um dos processos mentais básicos (MICHENER, DELAMATER e MYERS, 2005, p.131). Temos em nossas mentes um conjunto de atributos típicos que são protótipos de categorias, podendo estes serem de pessoas, conceitos, atividades, coisas, etc. Essas categorias se relacionam umas com as outras e formam os esquemas mentais. Para Cybis (2007, p.296), os conhecimentos que estruturam os esquemas mentais são representações simbólicas produzidas pelas pessoas a partir de suas experiências com a realidade. Vygotsky (1998, p.44) concorda com a essa visão, ao sugerir que categorizamos o mundo de acordo com a relação que temos com ele e que são essas interações que garantem o sentido e o significado que atribuímos a tudo. Porém, quando esse autor propõe que iniciamos a rotulação e categorização do mundo por meio do desenvolvimento da linguagem e da fala, ele está assumindo também que as representações simbólicas dos conhecimentos que estruturam nossos esquemas mentais são as palavras (idem, p.44). Por outro lado, ao descrever a aquisição da linguagem como um fenômeno necessariamente social, Vygotsky (ibid, p.101) enfatiza a dimensão histórico-cultural do processo: o indivíduo elaboraria os modelos mentais nas suas interações com outras pessoas, com o contexto histórico e com os significados próprios da cultura onde estaria inserido. A perspectiva de Vygotsky ainda sugere que o desenvolvimento da linguagem nos possibilitou organizar de forma seqüenciada o que a nossa percepção natural nos oferece de forma simultânea (ibid, p.47). Além de reorganizar nosso campo visual-espacial, a fala nos auxilia a criar um campo temporal, e assim, temos a capacidade de dirigir nossa atenção de uma maneira dinâmica; percebemos mudanças na situação imediata do ponto de vista de atividades passadas, e podemos agir no presente com a perspectiva de futuro. A possibilidade de combinar elementos dos campos visuais presente e passado num único campo de atenção, nos leva à reconstrução da memória, outra função cognitiva fundamental. Segundo Michener, DeLamater e Myers (2005, p.135), a memória humana é reconstrutiva: não nos recordamos de tudo, mas o suficiente para identificar o esquema adequado e então, a partir dele, completamos as lacunas. A relação da memória com os esquemas mentais envolveria a produção de novos conhecimentos, pois os esquemas definem um contexto próprio e determinam como o conhecimento seria aplicado em determinada situação (Kim, 1996, citado por Schlünzen Junior, 2003, p.60), influenciando não apenas a forma como entendemos o mundo, mas também como agimos. A articulação das idéias dos autores citados sugere um possível cenário para a investigação dos modelos conceituais: o significado das palavras no discurso poderia ser entendido como uma fonte de investigação dos esquemas dos indivíduos sobre um determinado assunto. Esse discurso, elaborado por meio do uso da linguagem em um determinado contexto sócio-histórico, manifestaria as representações simbólicas do indivíduo e seus relacionamentos com as funções cognitivas de percepção, memória e atenção. Partindo do cenário descrito, a pesquisa em andamento visa investigar os modelos mentais de 300 alunos do Centro de Artes da Ufes sobre o contexto de aprendizado no qual estão inseridos. Foram selecionados aleatoriamente 50 alunos de cada um dos seis cursos do Centro: Arquitetura, Desenho Industrial, Música, Comunicação Social, Artes Visuais e Artes Plásticas. A coleta de dados está sendo realizada por meio de entrevistas em profundidade que buscam levantar os hábitos de uso das tecnologias de informação e comunicação dos alunos, suas percepções sobre o ambiente de aprendizado e os recursos audiovisuais de apoio didático, o papel dos atores (professores, alunos, monitoria) e as avaliações sobre as melhores estratégias didáticas para os principais tipos de conteúdo abordados pelos cursos do Centro. Espera-se que a partir dos resultados seja possível descrever modelos mentais que possam contribuir para a construção de um ambiente virtual de aprendizagem que proporcione ferramentas de apoio ao aprendizado não-presencial de conteúdos das áreas de Artes, Design, Arquitetura, Música e Comunicação Social, em sintonia com as expectativas dos alunos do Centro de Artes. A colaboração crítica na produção de novas tecnologias na formação de professores. Lucilene Fonseca Este trabalho objetiva compartilhar a experiência como professora em um curso de Pós-Graduação ao ministrar a disciplina Concepções Interativas e Novas Tecnologias no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) durante o ano de 2009. Fato que motivou o estudo do papel da linguagem presente nas atividades realizadas com alunos-professores em contextos tecnológicos. Este trabalho de pesquisa objetiva analisar a formação de professores como profissionais reflexivos e críticos no contexto de uma disciplina que tem como foco o uso da tecnologia. A fundamentação teórica desta investigação esta centrada na Teoria Sócio-Historico-Cultural de Vygotsky (1925/2004, 1930ª, b/2004, 1930/1991, 1934/2001), Leontiev (1978) e pesquisadores como Engeström (1987, 1999, 2001), Liberali (2007), Magalhães (2007) e no contexto a distância Almeida (2003). O projeto nasce dos seguintes questionamentos: como e por que a organização das atividades virtuais cria contextos para aprendizagem e desenvolvimento das questões em discussão?
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Responder como se deu a organização e o desenvolvimento da atividade de criação do ambiente pelo aluno-professor e, como promover a colaboração crítica por meio do uso de novas tecnologias. E, na externalização, saber como trabalham com seus aprendizes a partir dos trabalhos realizados durante a disciplina. A pesquisa se organiza como uma atividade de ensino-aprendizagem em contextos presenciais e virtuais, cujo objeto está na formação de professores em uma Cadeia Criativa, quando parceiros partilham sentidos e juntos compartilham significados de uma atividade, que se dá em três momentos. Inicialmente o aluno-professor deseja aprender a criar um ambiente virtual para promover a colaboração entre seus aprendizes, a seguir ele o cria e relata no Yahoo Grupos seu percurso. Depois o usa com seus alunos para promover a aprendizagem. A metodologia utilizada visa analisar a linguagem nas atividades desenvolvidas e armazenadas online, que está no arcabouço da Linguística Aplicada Crítica por produzir conhecimento, transformar esse contexto sócio-histórico escolar em que, pela e na linguagem em atividades, os alunos-professores passam a questionar, buscar entender, saber os porquês etc., tornam-se críticos ao interagirem de maneira crítico-colaborativa durante as aulas. Os resultados da análise mostram que a ação da professora na organização de uma atividade virtual, online, cria contextos para que os alunos-professores se desenvolvam crítico-colaborativamente. A experiência de colaboração vivida por esses alunos pode acalorar perspectivas ao desenvolvimento de um processo pedagógico virtual. Há presença da contradição no diálogo entre os envolvidos, que se operacionaliza nas ações da docente, ao oferecer-lhes condições para que se atualizem e cresçam no movimento de um processo histórico e social.
Eixo: Teoria de Aprendizagem em Ambientes Virtuais Dificuldades na linguagem escrita e simbólicas específicas da matemática e química nos ambientes virtuais. José Boeno e Ana Braga O trabalho é pautado na avaliação da produção textual e da linguagem específica das ciências exatas dos alunos universitários dos cursos de Licenciatura em Química, Administração de Empresas e Ciências Contábeis na modalidade a distância. Efetuamos a comparação da produção escrita de um mesmo grupo de alunos de um semestre letivo com o seguinte, a análise da produção textual foi qualitativa verificando a linguagem textual e específica das disciplinas de exatas. Essa avaliação foi feita por meio da participação em Chats, Fóruns e Envio de atividades. Diante da análise das mensagens inseridas nos fóruns e no ambiente virtual percebe-se significativo ganho na escrita formal. Os iniciantes costumam apresentar muitos vícios de escrita, não se preocupam com a clareza do texto e nem com a construção gramatical. Com o decorrer do tempo avalia-se que a forma de comunicação apresentou melhora substancial. Entretanto não se consegue a consolidação da linguagem científica própria das ciências exatas, ficando deficiente sua utilização. Novas estratégias nos cursos de Licenciatura em Química, Administração de Empresas e Ciências Contábeis da Unimes estão sendo aplicadas com o objetivo de sanar a deficiência da linguagem científica através da EAD, pois entendemos que esta é imprescindível para o sucesso de um profissional em sua área. Observamos que a utilização do envio de tarefas off-line foi um ganho significativo para a apropriação da linguagem específica da química, uma vez que há a necessidade da utilização da formulação de equações, de regras de três, de símbolos, fórmulas, estabelecer relações entre massa e quantidade de matéria, entre outras. Desta forma conseguimos diminuir este hiato que encontramos nos limites técnicos da formatação das plataformas disponíveis para a EAD. Na área de Matemática, embora ainda não plenamente difundido, temos o recurso do WIRIS para facilitar a produção textual fluente com os sinais e símbolos da Matemática. Destacamos, no nosso entendimento, uma diferenciação relevante para a atuação do docente das Ciências Exatas com as outras áreas do conhecimento, pois estes devem estar preparados para as diferenciações existentes no ensino de EAD, uma vez que existem limitações técnicas que devem ser superadas. Leitura e escrita na mídia em ambientes virtuais de aprendizagem. Mariana Pícaro Cerigatto A exploração da linguagem da mídia, como a do cinema, do jornalismo, da publicidade, entre outras, recebe cada vez mais atenção não só em estudos acadêmicos. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB/1996) e a Proposta Curricular do Estado de São Paulo proporcionam fundamentos para o trabalho com a linguagem da mídia na escola. No entanto, é visível a ausência de preparação dos professores da educação básica para lidar com tais linguagens em sala de aula em atividades de ensino e aprendizagem.
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Dentro deste contexto, a autora sugere um caminho para suprir essa falta de preparação através da Educação a Distância (EaD). Aproveitando-se de plataformas educacionais digitais, que se esboçam em ambientes virtuais, é viável propor novos experimentos de apropriação da linguagem da mídia, a fim de familiarizar futuros educadores com os recursos interativos, de armazenamento e manipulação das informações que as plataformas virtuais de aprendizagem oferecem. Assim, a proposta aponta possibilidades de realizar alfabetização às mídias através das próprias mídias digitais e recursos tecnológicos. O estudo ganha sentido se observarmos o currículo dos cursos de licenciatura: constata-se que a maioria deles não contempla disciplinas presenciais que qualifiquem os futuros docentes a utilizarem a mídia em sala de aula. A convergência entre as tecnologias da informação e comunicação (TIC) multiplicou o efeito que cada tecnologia tinha individualmente. Plataformas educacionais, como Moodle ou Teleduc, são produtos que resultam dessa convergência. A linguagem digital possibilita a multiplicação de possibilidades de escolha, de interação, pois permite registrar, editar, combinar, manipular as informações. Essas novas possibilidades representam um ganho para a formulação de conteúdos e materiais didáticos de alfabetização às mídias, pois facilitam o contato com linguagens multimídia, entre outras possibilidades. As plataformas virtuais a distância podem ainda contribuir para estimular o desenvolvimento competências, como a autoaprendizagem, a capacidade de pesquisa, a autonomia, entre outras. A elaboração de conteúdos pedagógicos de alfabetização às mídias segue o pressuposto de que a metodologia da abordagem inglesa, a Media Literacy, é um caminho adequado para desenvolver um olhar crítico da mídia e que a tecnologia digital mediada por plataformas EaD tem potencial educativo para a realização dessas atividades. Media literacy, Mídia-educação, leitura crítica dos meios, educomunicação e educação para a mídia são alguns dos termos usados para caracterizar uma área interdisciplinar do conhecimento que se preocupa em desenvolver formas de ensinar e aprender aspectos relevantes da inserção dos meios de comunicação na sociedade. Assim, a “literacia em mídia” é o resultado esperado dessas ações pedagógicas, que envolvem, necessariamente, a compreensão crítica e a participação ativa. Especificamente na Inglaterra, o Communications Act de 2003 (a lei geral das comunicações) estabeleceu como uma das tarefas do Ofcom, órgão regulador de mídia neste país, promover a Media Literacy. De lá para cá, uma série de medidas estão sendo postas em prática, entre elas o fomento de programas de educação para a mídia em espaços de educação formal e não-formal, utilizando-se das TIC. Gestão das plataformas virtuais de aprendizagem - indicadores para a qualidade do aprendizado e diminuição da evasão. Lucia Sanchez A gestão das plataformas virtuais de aprendizagem requerem mais do que uma simples ordenação de conteúdos e mídias, requer um rigoroso planejamento onde se deve pensar na perfeita adequação de conteúdos, linguagem, mídias, ferramentas e público alvo a que se destina. Prática reflexiva em formação a distância possibilitada pelo uso do diário de bordo. Patrícia Beatriz de Macedo Vianna e Lucila Maria Costi Santarosa O artigo em questão apresenta os resultados de uma pesquisa realizada no Curso de Formação de Professores em Tecnologias de Informação e Comunicação Acessíveis desenvolvido por intermédio da Universidade Aberta do Brasil (UAB) em uma parceria entre o Ministério da Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Núcleo de Informática na Educação Especial e Centro Interdisciplinar de Novas Tecnologias na Educação desta mesma universidade. O estudo buscou problematizar a utilização da ferramenta Diário de Bordo como recurso pedagógico de apoio ao desenvolvimento de uma postura reflexiva pelos professores em formação, por meio de autoavaliações, podendo levar à (re) construção da prática docente no que tange ao uso das Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação Especial. A metodologia utilizada na pesquisa foi o estudo de caso e a coleta dos dados foi feita no próprio ambiente do curso, especialmente, na ferramenta “Diário de Bordo” do Ambiente Virtual de Aprendizagem Teleduc, na qual eram registradas reflexões sistemáticas dos professores cursistas, durante toda a formação realizada. A análise dos dados foi realizada por meio da transcrição e tabulação das falas dos participantes, as quais foram submetidas a uma análise textual discursiva, seguindo as etapas de separação, unitarização, categorização e escrita de meta-textos. No presente estudo, as autoavaliações foram realizadas semanalmente e ao final de cada módulo do curso, contendo questões abertas que visavam promover uma reflexão “na” e “sobre” a prática docente. Os resultados possibilitaram verificar a importância da ferramenta Diário de Bordo em um ambiente virtual de aprendizagem (AVA) para a formação de professores, desde que, as autoavaliações sejam sistematizadas e tenham objetivos definidos durante o percurso da formação. Ficou evidenciado, também, o quanto é importante os cursos de formação de professores reservarem um espaço para a reflexão sistemática, com estratégias para desenvolvê-la e torná-la parte do habitus do professor.
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Interação social piagetiana e sua aplicabilidade a ambientes virtuais. Samira Saleme Muitas e importantes transformações nas relações humanas têm ocorrido em função dos novos usos e finalidades proporcionados pelo computador (Cosentino, 2006), e esse fato traz consigo a necessidade de uso de métodos e abordagens diferenciados, pois tais interfaces “nos desafiam de forma perturbadora para pensarmos as implicações epistêmicas e ontológicas de uma nova cultura” (Pellanda, 2006: 123). Nos “Estudos Sociológicos”, Piaget definiu a interação social em termos de operações de “trocas” realizadas entre indivíduos, e contextualizou seus escritos na Sociologia Estática ou Sincrônica. Para representar as interações realizadas entre sujeito e objeto, Piaget (1965/1973) recorreu à lógica formal e à matemática, fazendo uso da lógica operatória. Ao se remeter às ações interindividuais, Piaget inicia a conceituação do que foi tomado como objeto de estudo desta pesquisa, e afirma que todos os fatos sociais podem ser reduzidos a “interações entre indivíduos e, mais precisamente, às interações que modificam o indivíduo de maneira durável” (Piaget, 1965/1973: 114). Uma troca, em Piaget, é uma seqüência de ações e prestação de serviços entre indivíduos, envolvendo ainda valores específicos, sendo esses o investimento, satisfação, reconhecimento e crédito. Analisar as ações dos sujeitos nesses ditos “mundos virtuais” e trazê-las à luz da teoria piagetianatornou-se, portanto, o desafio a ser destrinchado ao longo dessa pesquisa. A análise do que Piaget (1983) chamou de interação ou mesmo indissociação entre sujeito e objeto, pode ser feita, segundo recomendações do próprio autor, sob dois pontos de vista: o dos fatos em si (como fenômenos tais quais se apresentam, considerando a história dos fatos propriamente ditos e a do indivíduo) e o de uma análise interna ou epistemológica (p.137). Os episódios interativos, portanto, podem ser descritos via análise microgenética. A interação social virtual pressupõe um espaço de ação, e uma troca aí estabelecida. A presença social nesse espaço não precisa ser, necessariamente, ligada à presença física, pois pode se localizar em diferentes dimensões espaçotemporais. O social se caracteriza, desse modo, como “espaço de encontro”, e se consideramos que nossas experiências são dominadas por categorias de espaço e tempo, o “virtual” pode ser adotado também como esse espaço de ação, ou simplesmente como “espaço dos fluxos” de ações sociais, dentre outras, como aponta Castells (2000)4. Logicamente, o rearranjo espacial trazido pelo “espaço dos fluxos” também requer o reconhecimento de que as ações, mesmo as sociais, também se expressam e se transpõem para esses novos espaços. Isso implica, necessariamente, em novos rearranjos metodológicos, que precisarão ser explorados.É fato que a Psicologia não pode fechar os olhos para esta “realidade”, mas torna-se importante ressaltar que todos os cuidados metodológicos são essenciais exatamente por estarmos diante de um fato novo: o de incluir máquinas e seres vivos como integrantes de objeto de um mesmo estudo. A disciplina instrumento a distância; um desafio para a música na EAD. Ernesto Hartmann e Mirna Costa O ano de 2010 celebra o décimo aniversário de um projeto pioneiro no estado, a criação do curso de Licenciatura em Música modalidade presencial da UFES, o primeiro do Espírito Santo. Ainda neste ano, a UFES realizou processo seletivo e iniciou o curso de Bacharelado em Música com habilitação em Composição de Trilhas, outra iniciativa única não só no estado como no país. Compreendendo a sua missão prevista no projeto de interiorização, a UFES, através do Núcleo de Educação à Distância - Ne@ad, ampliou a oferta de vagas pela modalidade à distância assinando um convênio em 2007 com a UFRGS para a oferta de um curso de Licenciatura em Educação Musical pelo projeto piloto PROLICEN, que abrange uma rede de pólos em diversas regiões do país, contemplando o pólo de Linhares no estado do Espírito Santo. Este curso encontra-se atualmente em seu sexto período (de nove previstos) com 53 alunos matriculados. Apesar de não ser o único curso de Licenciatura em Música oferecido nesta modalidade, ainda, a própria academia não compreende a dinâmica e os processos envolvidos na EAD na área de música. A área de performance, oriunda dos cursos de bacharelados, tem se demonstrado bastante cética em relação aos avanços obtidos tanto no referencial teórico-pedagógico do ensino de instrumento à distância, como no seu quase que total desconhecimento das tecnologias e ferramentas utilizadas atualmente pelos cursos EAD. É quase inexistente uma bibliografia no nosso idioma sobre o ensino de instrumento na modalidade à distância, sendo que disciplinas desta natureza já ocorrem em cursos como o do convênio mencionado. No Brasil, a tradição conservatorial de ensino de instrumento nos cursos superiores, seja de bacharelado ou licenciatura - dado que os cursos de licenciatura quase que na totalidade eram apêndices dos cursos de bacharelado, com raríssimas exceções, entre elas a do curso de Licenciatura da UFES ainda retrata uma tendência à adoção de um perfil predominantemente instrucional, calcado em uma relação demasiadamente individualista entre o professor e o aluno (visto que a maioria esmagadora das aulas são individuais e não em grupo), assemelhando-se a um modelo mestre-artesão/discípulo. Especificamente na área de teclado, a grande rejeição ainda observada à utilização de técnicas de ensino
I SIMPAV – 10, 11 e 12 de Dezembro de 2010 Universidade Federal do Espírito Santo
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em grupo apenas corrobora para o aprofundamento deste modelo como hegemônico, apesar dos inúmeros trabalhos científicos que legitimam o ensino em grupo como opção eficiente e viável. O estudo de caso objeto deste trabalho propõe uma análise do E-book de Teclado (material didático da disciplina Teclado do curso de Licenciatura em Música EAD UFRGS/UFES, elaborado pelo corpo docente e discente do curso) a luz do pensamento de Keith Swanwick, um dos mais relevantes teóricos da Educação Musical do último quarto do século XX. A partir da proposta do modelo espiral de aprendizagem musical, pretende-se observar como se desenvolve o conteúdo da disciplina, e, fundamentalmente, fornecer subsídios teóricos para a esta disciplina, condição essencial para a oferta de cursos de Bacharelado em Instrumento modalidade EAD e o aprimoramento dos cursos atualmente em andamento.