Revista anecra fev14

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MERCADO CRESCEU 11% EM 2013

+ 31,9% VENDAS JANEIRO 2014

ESTÁGIOS PEJENE

# 316 FEV 2014 MENSAL 2,50 €

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS EMPRESAS DO COMÉRCIO E DA REPARAÇÃO AUTOMÓVEL PESSOA COLETIVA DE UTILIDADE PÚBLICA

EM FOCO ANTÓNIO CHÍCHARO

ENTREVISTA ENGº JORGE JACOB

Presidente da Direção da ANECRA

Presidente da ANSR

NOVIDADES

OPEL LANÇA GAMA DE SEIS MODELOS GPL EM PORTUGAL PÁG # 12

24ª CONVENÇÃO ANUAL DA ANECRA ANECRA LIDERA A MUDANÇA PÁG # 04

GPL E GN A ENVOLVÊNCIA E A POSIÇÃO DA ANECRA

PÁG # 22 1


MERCADO CRESCEU 11% EM 2013

+ 31,9% VENDAS JANEIRO 2014

ESTÁGIOS PEJENE

# 316 FEV 2014 MENSAL 2,50 €

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS EMPRESAS DO COMÉRCIO E DA REPARAÇÃO AUTOMÓVEL PESSOA COLETIVA DE UTILIDADE PÚBLICA

EM FOCO ANTÓNIO CHÍCHARO

ENTREVISTA ENGº JORGE JACOB

Presidente da Direção da ANECRA

Presidente da ANSR

NOVIDADES

OPEL LANÇA GAMA DE SEIS MODELOS GPL EM PORTUGAL PÁG # 12

24ª CONVENÇÃO ANUAL DA ANECRA ANECRA LIDERA A MUDANÇA PÁG # 04

GPL E GN A ENVOLVÊNCIA E A POSIÇÃO DA ANECRA

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MERCADO CRESCEU 11% EM 2013

+ 31,9% VENDAS JANEIRO 2014

ESTÁGIOS PEJENE

# 316 FEV 2014 MENSAL 2,50 €

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS EMPRESAS DO COMÉRCIO E DA REPARAÇÃO AUTOMÓVEL PESSOA COLETIVA DE UTILIDADE PÚBLICA

EM FOCO ANTÓNIO CHÍCHARO

ENTREVISTA ENGº JORGE JACOB

Presidente da Direção da ANECRA

Presidente da ANSR

NOVIDADES

OPEL LANÇA GAMA DE SEIS MODELOS GPL EM PORTUGAL PÁG # 12

24ª CONVENÇÃO ANUAL DA ANECRA ANECRA LIDERA A MUDANÇA PÁG # 04

GPL E GN A ENVOLVÊNCIA E A POSIÇÃO DA ANECRA

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A ANECRA NÃO PÁRA. EM LIDERAMOS A MUDANÇA! FOCO ANTÓNIO CHÍCHARO

Presidente da Direção da ANECRA

FICHA TÉCNICA ANECRA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS EMPRESAS DO COMÉRCIO E DA REPARAÇÃO AUTOMÓVEL PESSOA COLETIVA DE UTILIDADE PÚBLICA

ANECRA NOVAMENTE NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA Criado no seio da Comissão Parlamentar de Economia e Obras Públicas, o Grupo de Trabalho do Setor Automóvel convidou a ANECRA para uma Audição que teve lugar na Assembleia da República no passado dia 4 de Fevereiro. Constituiu objetivo desta Audição assegurar ao Grupo de Trabalho a recolha e apreciação dos contributos da Associação, tendentes à avaliação do estado do Setor e à procura das soluções mais adequadas para inverter a grave situação recessiva em que o mesmo se encontra. Nesta Audição, depois de terem feito um exaustivo diagnóstico sobre o estado do Setor, os representantes da ANECRA apresentaram pormenorizadamente, propostas e sugestões, quer no contexto do seu Manifesto em Defesa do Setor Automóvel, quer inerentes à publicação recente de legislação e regulamentação no quadro fiscal relativo ao automóvel, que afetarão não só, as empresas e profissionais do Setor, como também os próprios consumidores. O trabalho da ANECRA foi reconhecido e saudado pelos deputados de todos os partidos que constituem este Grupo de Trabalho, tendo ao mesmo tempo evidenciado, que a Resolução da Assembleia da República nº 128/2013, publicada em 7 de Agosto do ano passado, servirá de cartilha para o Plano de Atividades deste Grupo de Trabalho, tendo sido expressamente afirmado que, a maior parte do conteúdo desta Resolução, teve por base inequívoca as propostas apresentadas pela ANECRA, através do seu Manifesto. Ficou assente a intenção do Grupo de Trabalho do Setor Automóvel, em contar

com a indispensável e ativa colaboração da ANECRA, no sentido de ajudar na procura da resolução dos principais problemas do Setor Automóvel, em que, prioritariamente, se enquadram preocupações relativas ao combate à Economia Paralela na Reparação e Manutenção Automóvel, à revisão da Fiscalidade Automóvel, abordando em particular, temas atuais como a dedutibilidade do IVA em viaturas comerciais ligeiras de caixa aberta, o aumento significativo da Tributação Autónoma sobre veículos, os Pagamentos Especiais por Conta já concretizados e sem retorno, para além da suspensão do pagamento do IUC incidente sobre os veículos usados aparcados nos stands, para venda, à retoma do Sistema de Incentivos ao Abate de Veículos em Fim de Vida, ao regime das Contra-Ordenações Ambientais, à revisão da legislação sobre Obrigações Ambientais, ao desenvolvimento do GPL Auto e à publicação de legislação respeitante ao processo de Registo de Propriedade Automóvel. A ANECRA NÃO PÁRA Assim, “Liderando a Mudança” com o apoio inquestionável dos seus Associados e dos Empresários e Profissionais do Setor Automóvel em geral, a ANECRA continuará a desenvolver, de forma determinada e empenhada, todos os esforços, tendo em vista a concretização urgente das Medidas que integram o seu Manifesto, na prossecução dos objetivos orientados, não só para a inversão do estado em que se encontra o Setor, como também para assegurar a recuperação e o crescimento sustentado das empresas, quer do Comércio, quer da Manutenção e Reparação Automóvel, que fazem parte do seu universo.

Av. Almirante Gago Coutinho Nº 100 1749-124 Lisboa Tels. 21 392 90 30 - Fax 21 397 85 04 e-mail: lisboa@anecra.pt ANECRA PORTO Av. da Boavista, 2450 - 4100-118 Porto Tel. 22 618 98 43 Fax 22 618 98 64 e-mail: porto@anecra.pt ANECRA LEIRIA Av. Marquês de Pombal, Lote 25, 1º C 2400-152 Leiria Tel. 244 8146 86 Fax 244 81 47 19 e-mail: leiria@anecra.pt DIRETOR: António Chícharo DIRETOR: Adjunto:Jorge R. Neves da Silva DIREÇÃO FINANCEIRA: José Luís Veríssimo COLABORAÇÃO TÉCNICA: Augusto Bernardo, Isabel Figueira, João Patrício, Patrícia Paz PUBLICIDADE: C&C – Consultores de Comunicação, Lda Pedro Sena tel. 210 307 842 / 210 307 800 anecra.revista@cec-online.pt José Fernando, Joaquim Alves Pereira PROPRIEDADE: ANECRA Av. Almirante Gago Coutinho Nº 100 1749-124 Lisboa Tels. 21 392 90 30 Fax 21 397 85 04 EDIÇÃO C&C - Consultores de Comunicação, Lda Largo da Rosa, n.º 7 - 3º 1149-054 Lisboa Tel. 210 307 800 anecra.revista@cec-online.pt www.cec-online.pt IMPRESSÃO: Grafisol - Artes Gráficas, Lda TIRAGEM: 7.500 exemplares PREÇO: 2,50 € REPRODUÇÃO DE ARTIGOS: É permitida em Portugal a reprodução dos artigos publicados na Revista ANECRA, desde que a origem seja assinalada de forma inequívoca e informados os nossos serviços. Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores. INSCRIÇÃO NA ICS: 110781 - Depósito Legal nº 17107/87 MEMBROS ATIVOS: C.C.P. - Confederação do Comércio e Serviços de Portugal; E.T.O. - European Tuning Organization; C.E.C.R.A. - Comité Europeu do Comércio e da Reparação Automóvel Isenta ao abrigo do nº.1 da al. a) do artigo 12º do D.R. nº 8/99 de 09.06 www.anecra.pt

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24ª CONVENÇÃO ANUAL ANECRA

COMO LIDERAR A MUDANÇA A 24ª CONVENÇÃO ANUAL DA ANECRA REALIZADA NO CENTRO DE CONGRESSOS DE LISBOA A 29 E 30 DE NOVEMBRO DE 2013, FOI SUBORDINADA AO TEMA “COMO LIDERAR A MUDANÇA” E CONTOU COM A PARTICIPAÇÃO ATIVA E MUITO INTERESSADA DE CERCA DE 630 CONGRESSISTAS NOS DOIS DIAS DE TRABALHOS.

CARINA OLIVEIRA DEPUTADA (PSD) GRUPO DE TRABALHO PARA O SECTOR AUTOMÓVEL

JORGE JACOB PRESIDENTE DA ANSR

Para além de ser a intenção da ANECRA, contextualizar na temática desta 24ª Convenção Anual, as preocupações que decorrem dos resultados já alcançados com a implementação do “Manifesto da ANECRA em Defesa do Sector Automóvel”, cujo êxito é devidamente evidenciado pelo facto de, as Medidas nele incluídas, terem constituído a base de 80% da “Resolução da Assembleia da República nº 128/2013”, através da qual, “se recomenda ao Governo o estudo e a adoção de Medidas urgentes de apoio e sustentabilidade para o Setor Automóvel Nacional”, também foi propósito desta Associação criar condições para a concretização destas Medidas, suscitando caminhos e opções que conduzam à liderança na mudança.


CAMILO LOURENÇO COMENTADOR DE ECONOMIA

ANTÓNIO CHÍCHARO PRESIDENTE DA DIREÇÃO DA ANECRA

ALEXANDRE FERREIRA VICE-PRESIDENTE DA DIREÇÃO DA ANECRA

Os temas abordados e as questões trazidas a debate, nos diversos painéis, permitiram-nos retirar diversas conclusões e pontos de reflexão evidenciando-se, nomeadamente, o grande Projeto ANECRA, que visa liderar a mudança, juntando clientes e setor automóvel, na Internet. Através da criação em breve do pioneiro Projecto de Mudança “Portal do Automóvel” a ANECRA propõe-se inovar, levando as empresas da área da Reparação, suas Associadas, a trilhar novos caminhos, a atrair e a fidelizar mais clientes. A ANECRA, ao promover este Projeto, lança um desafio a todos os que estejam direta ou indiretamente ligados ao setor, quer sejam associados ou não, quer estejam ligados ao poder político ou ao setor privado, quer sejam empresas ou consumidores, partilhando assim, a “Liderança na Mudança”.

JORGE NEVES DA SILVA SECRETÁRIO GERAL DA ANECRA

O TEMA PRINCIPAL “COMO LIDERAR A MUDANÇA“ PERMITIU À ANECRA CONCRETIZAR COM SUCESSO OS OBJETIVOS PREVIAMENTE DEFINIDOS PARA ESTE GRANDE EVENTO, NUM DESAFIO PERSPETIVADO NO SENTIDO DA CRIAÇÃO DE UMA COMUNICAÇÃO INOVADORA E DIRECIONADA PARA A RESOLUÇÃO DOS GRAVES PROBLEMAS COM QUE SE CONFRONTAM DIARIAMENTE OS EMPRESÁRIOS E PROFISSIONAIS DO SETOR AUTOMÓVEL, EM PORTUGAL.

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DISCURSO DE BOAS VINDAS DO PRESIDENTE DA DIREÇÃO NA SESSÃO SOLENE DE ABERTURA DA 24ª. CONVENÇÃO DA ANECRA “COMO LIDERAR A MUDANÇA” É A TEMÁTICA QUE PRETENDEMOS ABORDAR NESTA 24ª CONVENÇÃO ANUAL DA ANECRA

O Protocolo celebrado entre a ANECRA e a Associação Portuguesa de Seguradores, consubstanciado num Código de Boas Práticas, constitui outro exemplo de Mudança no relacionamento com grandes clientes. É inquestionável que o Mundo mudou e o negócio das empresas do setor automóvel, também.

Apesar das dificuldades sentidas pelo Setor, a ANECRA tem uma estratégia definida relativamente ao futuro, que perspetiva a resolução conjunta dos problemas existentes, com vista ao crescimento e sustentabilidade do Setor Automóvel em Portugal.

Liderar a mudança é igualmente, inovar e acompanhar as novas tecnologias que se apresentam como instrumentos capazes de indicar novos caminhos, atrair e fidelizar mais clientes.

Porque vivemos num Mundo em constante Mudança, a ANECRA, propõe-se apoiar as empresas suas associadas, numa perspetiva de sucesso, proporcionando-lhes as condições necessárias para alcançar maior notoriedade, para angariar mais clientes e concretizar melhores negócios com menores custos, inovando e correspondendo aos novos desafios que se lhes vão impondo. Propomo-nos liderar essa Mudança, nas alterações legislativas com impacto no negócio, nomeadamente em matéria relativa ao Processo do Registo Automóvel e implicações na polémica sobre o IUC, aos incentivos comunitários para o Setor, ao financiamento e apoio das empresas, no combate à Economia Paralela e na alteração legislativa em matérias ambientais, entre outras áreas.

É neste contexto que a ANECRA, se pretende assumir como catalisador de todos aqueles que, estando no Setor Automóvel, adiram ao “Grande Projecto da ANECRA na Internet”, que será apresentado no final dos nossos trabalhos. Queremos que a temática “Liderar a Mudança”, se assuma como um desafio para todos, quer estejam ligados ao setor, associados e não associados, quer estejam ligados ao poder político ou ao setor privado, quer sejam empresas, quer sejam consumidores. Contamos convosco e com a vossa participação ativa nesta 24ª Convenção Anual da ANECRA, para que, em conjunto, possamos verdadeiramente partilhar a liderança na mudança.


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JORGE JACOB ELOGIA A POSTURA DA ANECRA NA PROMOÇÃO DA SEGURANÇA RODOVIÁRIA. NESSE SENTIDO, O PRESIDENTE DA AUTORIDADE NACIONAL DE SEGURANÇA RODOVIÁRIA (ANSR) DIZ QUE É PRECISO REFORÇAR A ATENÇÃO DADA AOS PNEUS, PORQUE “EM TEMPOS DE CRISE, A TENDÊNCIA É DESCURAR O SEU ESTADO”. ANSR E ANECRA PODEM, POR ISSO, VOLTAR A COLABORAR PARA QUE AS OFICINAS DIVULGUEM JUNTO DOS CLIENTES A IMPORTÂNCIA DOS CONDUTORES TEREM OS PNEUMÁTICOS EM ORDEM. ANECRA (A): Quais são os principais objetivos e preocupações da ANSR no tocante à mobilidade e segurança rodoviária? Jorge Jacob (JJ): A ANSR tem como missão coordenar a política de segurança rodoviária do país. A nossa grande preocupação é contribuir para a continuação da redução da sinistralidade do país em torno de duas grandes áreas: uma é a prevenção (com campanhas pedagógicas e alertas em coordenação com outras entidades); e a outra é a fiscalização, nomeadamente o regime sancionatório e a gestão dos processos de contraordenações. As grandes campanhas que temos gravitam à volta das alturas do ano em que há maior tráfego, como a Páscoa, o Natal, as férias e as peregrinações a Fátima, por exem-

plo. Mas a curto prazo estamos a preparar uma campanha sobre as bicicletas e o novo papel que é atribuído aos velocípedes com o novo Código da Estrada, que os colocou em pé de igualdade de direitos face aos restantes veículos, nomeadamente ao nível da regra da prioridade. Temos uma preocupação centrada sobre os ciclistas pelos maiores riscos a que as novas regras os expõem e iremos tentar contribuir para adequar o comportamento dos ciclistas neste novo quadro. Vamos elaborar um “Guia do ciclista” com as regras que se aplicam ao velocípede. Esse guia é para ser editado antes de maio; e em simultâneo queríamos fazer uma campanha de sensibilização junto dos ciclistas em articulação com as polícias. Outra campanha que estamos a preparar nos “media”, em paralelo, tem a ver com a recomendação para os ciclistas apostarem na sua iluminação para serem vistos.


ENTREVISTA

JORGE JACOB PRESIDENTE DA AUTORIDADE NACIONAL DE SEGURANÇA RODOVIÁRIA (ANSR)

A: Que resultados têm conseguido no âmbito do plano rodoviário nacional? JJ: Neste momento estamos a trabalhar em Portugal, em termos estatísticos, com o conceito de “morto a 30 dias”, seguindo a prática da União Europeia. E isso fez-nos subir quantitativamente a sinistralidade, pois não estávamos a contabilizar corretamente o morto a 30 dias, algo que está agora normalizado, desde 2010. Mas o que se tem constatado é que desde 2001 tem havido uma quebra significativa da sinistralidade até 2006 e a partir desse ano temos tido uma descida sustentada. Nós tínhamos fixado um objetivo na Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária (ENSR) de termos 623 mortos, em 2015. E se virmos os números com mortos a 30 dias já estamos abaixo da curva da tendência, relativamente a 2012 e 2013. Se se mantiver esta descida, iremos atingir o objetivo. Temos alguma parte do mérito, mas de facto isso deve-se porque temos melhores estradas, melhores automóveis e melhor comportamento dos condutores, entre outros aspetos que convergiram para o alcançar desta meta. Isto levou a que o Governo fixasse para 2015 um objetivo qualitativo (de ficarmos entre os 10 melhores países da Europa) e um quantitativo (62 mortos por milhão de habitantes). De 2010 para 2011, fomos o quarto país europeu na redução mais acentuada da sinistralidade. O objetivo de ficarmos entre os 10 melhores não é fácil porque os outros países também estão a melhorar muito. Mas mantemos a meta. A União Europeia fixou também outro objetivo para a evolução da mortalidade

“A ANECRA TEM DADO UM CONTRIBUTO INESTIMÁVEL À SEGURANÇA RODOVIÁRIA” 9


que, entre 2010 e 2020, terá de cair para metade, ou seja, em 2010 tivemos cerca de 940 mortos e em 2020 teremos de ter cerca de 470. Neste momento estamos abaixo da tendência. Estamos a evoluir bem e, provavelmente, iremos conseguir e talvez superar o objetivo global da União Europeia o que, em 10 anos, é notável. E estamos a prever poder lançar no final do ano ou início de 2015 uma campanha para tentarmos reduzir os acidentes mortais nas autoestradas para tornar estas vias ainda mais seguras. Para além disso, temos outra campanha que queremos lançar antes do final do ano virada para os tratores agrícolas, pois temos dos piores índices de mortalidade com os tratores e queremos reduzir esta incidência, o que vai exigir também alterações legislativas. A: Como tem sido a adaptação dos vários utentes da via às alterações que o Código da Estrada sofreu? JJ: Fizemos um esforço de divulgação das alterações ao Código. Promovemos sessões públicas de informação, estive na Convenção da ANECRA a apresentar também as novidades, estive também nas companhias de seguros só para referir alguns casos. Temos distribuído folhetos com a colaboração das polícias e estamos a preparar uma edição do Código da Estrada nossa e temos previstas ainda mais sessões. Não temos ainda um feedback conclusivo sobre o comportamento e a adaptação dos condutores face às recentes alterações ao Código e não temos dados estatísticos ainda com significância, nesta altura. A: Quais foram as vantagens e desvantagens dessas alterações? JJ: Ainda não estou em condições de ter um pensamento estruturado sobre o assunto por algumas razões. Desde logo, porque havia normas do antigo Código da Estrada que eram inconstitucionais. Aliás, foi isso que levou a que o Código fosse à Assembleia da República: sanar

normas que eram inconstitucionais. Uma dessas normas prendia-se com a questão do pagamento das coimas por infrações leves. Quando alguém era autuado por uma infração leve, como é o caso da falta de cinto de segurança, e pagava logo o valor da coima (o pagamento era a assunção da culpa), ainda que apresentasse defesa, a mesma já não era apreciada. Aproveitando a ida do diploma para o Parlamento, tentou-se depois aperfeiçoar algumas regras de trânsito, como é o caso das rotundas, e tentou simplificar-se o regime processual das contra ordenações rodoviárias. Também no desenvolvimento deste processo legislativo introduziram-se novos conceitos, como é o caso dos utilizadores vulneráveis e das zonas de coexistência. Considero que uma das grandes vantagens deste novo Código foi a criação do conceito do utilizador vulnerável e o acréscimo de direitos que isto lhe trouxe para meios urbanos, nas vilas e aldeias. Mas na estrada a aplicação deste novo conceito é uma desvantagem. Há um aspeto preocupante relacionado com as bicicletas que tem a ver com as diferenças de velocidade entre veículos – quanto mais díspares forem, maiores riscos representam em termos de sinistralidade. E, como é sabido, as bicicletas não conseguem circular à velocidade dos automóveis, logo a probabilidade de colisões vai aumentar. Portanto, é uma regra que tem as suas vantagens, mas também lhe reconheço desvantagens e essa avaliação também se aplica às zonas de coexistência. Estamos a analisar como as coisas estão a ser encaradas por todos os utentes. Estamos a preparar uma norma técnica para a conceção das zonas de coexistência porque não pode ser à livre vontade de uma câmara municipal decidir os locais onde pode criar esses pontos de coabitação. Essas zonas têm de ter regras técnicas para serem consideradas como tal e para que se regulem os conflitos todos, de modo a que peões, condutores e ciclistas coexistam pacificamente. A: E o articulado das rotundas vai ser revisto? JJ: Não está previsto até porque o que se fez na revisão do Código da Estrada foi clarificar o regime de circulação em rotundas e sancionar


ENTREVISTA

“DEVEMOS REFORÇAR A ATENÇÃO QUE É PRECISO DAR AOS PNEUS” o seu incumprimento. O que se passa é que as rotundas não têm normas de dimensionamento, conceção, desenho e da sua inserção na rede. É algo que não está normalizado e tem de haver normas para o desenho das rotundas para que depois as regras estipuladas no Código da Estrada para utilização das placas giratórias possam produzir o efeito pretendido. É um aspeto que na ENSR iremos tentar colmatar, o da melhoria das infraestruturas rodoviárias municipais, embora seja uma matéria tutelada pelo IMT e por outras áreas da administração pública – urbanismo e ordenamento do território. A: A atual conjuntura económica tem influenciado a segurança rodoviária? JJ: Eu entendo que sim. O que notamos é que tem havido redução dos volumes de tráfego, o que faz diminuir o risco de acidente. Depois as pessoas para pouparem gasolina baixaram a velocidade e isso também minimiza riscos. São dois efeitos conjugados no mesmo sentido que favorecem a quebra da sinistralidade. Outra coisa que se nota é a transferência de tráfego das autoestradas para as estradas nacionais. E aqui pode dizer-se que este facto age em sentido contrário aos outros dois, mas a verdade é que temos de aprofundar os estudos para compreender o fenómeno, até porque nas estradas secundárias as velocidades são mais baixas do que as das autoestradas. E tendencialmente, com velocidades mais baixas as consequências dos acidentes são menores. A ANSR ainda não tem a noção clara disso. O que também estamos a admitir é que esta transferência de tráfego está, eventualmente, a fazer aumentar o número de acidentes. Ou seja, estamos com uma redução significativa do número de vítimas mortais, mas esse decréscimo já não é tão significativo no número de feridos graves e leves. O número de acidentes não tem diminuído, o índice de gravidade é que tem baixado. A: A crise faz com que as pessoas não sejam tão cuidadosas com os carros, descurando a manutenção das viaturas. Isso tem feito aumentar a insegurança? JJ: Não temos ainda essa noção, embora nós estejamos a detetar um acréscimo do número de autos por falta de inspeção. Mas é um tema que carece de mais dados para nos pronunciarmos.

A: Como é que avalia aquilo que a ANECRA tem feito enquanto entidade promotora da segurança rodoviária. JJ: O papel da ANECRA tem sido muito positivo. Por um lado, ao nível dos seus associados e oficinas tem-nos sensibilizado a mensagem transmitida aos seus clientes para a necessidade de atenção que deverão dar ao veículo, às inspeções e revisões e isso é fundamental. Um dos fatores que tem contribuído para a redução da sinistralidade é também a atenção dada ao veículo. Portanto, não apenas o parque mais moderno, mas também a manutenção que é assegurada aos automóveis tem contribuído certamente para a baixa da sinistralidade. Nesse aspeto, a ANECRA tem dado um contributo inestimável. A: Os pneus são um aspeto muitas vezes descurado pelos condutores… JJ: A ANECRA já fez campanhas a destacar a relevância de ter pneus em condições, mas é uma das áreas em que é preciso voltar à carga e reforçar a atenção que é preciso dar aos pneus, porque e sobretudo em tempos de crise, a tendência é descurar o estado dos pneumáticos. E há anomalias de pneus que são facilmente visíveis quando se olham para os pneus dos carros. O próprio condutor deveria ter o cuidado de verificar o estado do pneu e tomar medidas. Creio que poderíamos colaborar com a ANECRA na tentativa de divulgar a importância de ter os pneus em ordem. A: E como tem funcionado a articulação e colaboração entre a ANSR e a ANECRA? JJ: Tem funcionado bem. Temos tido uma boa relação, temos dado o apoio que a ANECRA pede e sempre que há oportunidade de colaborar em campanhas conjuntas também o temos feito. E é o que esperamos que continue a haver. Pontualmente, como é o caso dos pneus, podemos prever ter uma campanha mais cerrada sobre este equipamento do carro. Nós estamos disponíveis e tenho a certeza que a ANECRA também estará.

A: E se tem havido mais carros por inspecionar, também é de admitir que haja mais carros a não fazer as revisões programadas dos seus carros… JJ: Provavelmente.

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LANÇAMENTOS

OPEL LANÇA GAMA DE SEIS MODELOS GPL EM PORTUGAL

GAMA OPEL GPL MODELO

PREÇO (DESDE)

CORSA 1.2 GO!

FlexFuel 85 cv

MERIVA TOURER 1.4 TURBO

FlexFuel 120 cv

MOKKA 1.4 TURBO

FlexFuel 140 cv

ASTRA 1.4 TURBO

FlexFuel 140 cv

ASTRA SPORTS TOURER 1.4 TURBO

FlexFuel 140 cv

ZAFIRA TOURER 1.4 TURBO

FlexFuel

INSIGNIA 1.4 TURBO

FlexFuel 140 cv

INSIGNIA SPORTS TOURER 1.4 TURBO FlexFuel

15 290€ 20 390€ 24 340€ 23 600€ 24 400€ 28 170€ 28 850€ 30 150€


A OPEL INTRODUZIU NO MERCADO PORTUGUÊS UMA GAMA COMPLETA DE MODELOS FLEXFUEL A GPL (GÁS DE PETRÓLEO LIQUEFEITO).

AO TODO, SÃO 10 VERSÕES DISTRIBUÍDAS POR SEIS MODELOS: DO UTILITÁRIO CORSA AOS FAMILIARES INSIGNIA (BERLINA E CARRINHA), DOS MONOVOLUMES MERIVA TOURER E ZAFIRA TOURER AO SUV MOKKA, PASSANDO PELO FAMILIAR MÉDIO ASTRA (CARRO E CARRINHA). A oferta GPL da Opel assenta nos blocos a gasolina 1.2 com 85 cv (no caso do Corsa) e 1.4 Turbo com 120 e 140 cv. “A legislação portuguesa, finalmente, produziu [em 2013] alterações que eliminaram a discriminação a que estes veículos estavam sujeitos. Faltava uma oferta diversificada, capaz de propor uma solução moderna e competitiva em cada segmento”, aponta João Falcão Neves, Diretor-Geral da General Motors Portugal. Os dez novos elementos da gama FlexFuel da Opel estão equipados de série com sistemas de alimentação de autogás instalados na fábrica, usufruindo de plena cobertura de garantia da marca. A designação FlexFuel destaca o facto destas versões poderem funcionar a autogás ou a gasolina, bastando ao condutor premir uma tecla na consola central do tabliê para selecionar um ou outro combustível. O depósito de gás está instalado no espaço da roda sobressalente, o que quer dizer que o habitáculo mantém a volumetria inalterada, tanto para passageiros como para bagagens. Em termos de preços (ver tabela), o Corsa GPL custa mais mil euros que o corsa 1.2 a gasolina, mas menos 2600 euros face ao Corsa 1.3 CDTI, ao passo que o Meriva Tourer Bi-Fuel custa mais 700 euros que o seu homólogo a gasolina, mas menos 600 euros que a versão 1.3 CDTI.

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A HYUNDAI ACABA DE INTRODUZIR NO MERCADO NACIONAL A NOVA GERAÇÃO DO SEU i10.

HYUNDAI i10

TAMBÉM PASSA A TER GPL

Além das versões equipadas com os propulsores 1.0 litros e 1.25 litros da família de motores “Kappa”, o modelo de segmento A da marca coreana, que foi projetado e fabricado na Europa, merece destaque pelo facto de oferecer também aos clientes uma variante GPL, instalada de fábrica. Nesta versão a sua potência máxima é de 67 cv às 6200 rpm com 90 Nm de binário produzido às 3500 rpm. A versão Bifuel está associada ao 1.0 litros (998 cc) e a uma caixa manual de cinco velocidades. Os seus consumos em modo GPL são de 8,3 l/100 km (em cidade), 5,4 l/100 km (extra urbano) e 6,5 l/100 km (ciclo combinado). O seu preço é de 13 390 euros, mais 1500 euros do que a versão equivalente 100% a gasolina.

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NOTICIAS

FORMAÇÃO CZ EM MANUTENÇÃO DE MOTORES ARRANCA EM ABRIL Tal como vem sendo habitual, desde o ano 2000, o Centro Zaragoza em Espanha, vai realizar durante o primeiro semestre do ano três ações formativas. A primeira dessas sessões está direcionada para “operações auxiliares de manutenção em eletromecânica de automóveis”. Terá uma duração de 280 horas e começou no passado dia 3 de fevereiro e termina em 25 de abril. A segunda formação diz respeito à “manutenção de estruturas de carroçarias de veículos”. Terá uma duração de 530 horas e termina em 25 de julho, isto depois de ter arrancado em 17 de fevereiro. Por fim, os interessados em “manutenção do motor e seus sistemas auxiliares” pode contar com uma formação de 450 horas e cujo começo está previsto para abril. O objetivo destas sessões é que quem as frequente adquira conhecimentos e capacidades que favoreçam a sua inserção laboral e o seu desenvolvimento profissional.

de peças da carroçaria. Estes novos produtos bicomponentes em base poliuretano são especialmente baixos em emissões, pelo que são mais seguros de utilizar pelos técnicos. Esta nova gama de adesivos caracteriza-se por se apresentar numa embalagem de cartuchos duplos com uma boquilha misturadora para a sua aplicação. Assim, os dois componentes do produto misturam-se de forma automática e nas proporções adequadas, assegurando uma melhor qualidade do processo de reparação que está a ser feito. O produto Teroson PU 9225 SF ME pode ser usado para reparar todas as partes de plástico do exterior do veículo. Sendo aplicada à temperatura ambiente, a mistura é curada, utilizando uma lâmpada IR, de 60 a 70 °C. A peça reparada pode, então, ser lixada facilmente e aplicando o produto Terokal 150 também se pode pintar sem problemas. O Teroson PU 9225 UF ME é uma nova versão do Teroson PU 9225 SF ME, de cura ultra-rápida. O seu grande benefício está em permitir reparar pequenas fissuras e danos em plásticos de engenharia e reconstruir peças plásticas com tempos de fixação inferiores a um minuto. É, por exemplo, indicado para reparar suportes de faróis, patilhas de ancoragem de para-choques e todo o tipo de elementos plásticos na carroçaria dos veículos sem necessidade de efetuar grandes fixações mecânicas. Em menos de cinco minutos é possível recriar uma pequena peça plástica conforme a sua geometria original.

KITS DE MONTAGEM PARA TURBOS PSA 1.6 HDI A Krautli Portugal acaba de incorporar no seu programa de turbo compressores, dois kits de acessórios para facilitar a montagem dos Turbos PSA 1.6HDi DV6 90 cv/110 cv. Estão, assim, disponíveis dois kits para uma correta montagem dos turbos em questão: KIT 110 PSA (motores 1.6Hdi 110cv, Turbos Garrett 753420 / 750030 / 740821 / 762328); e KIT 90 PSA (motores 1.6Hdi 90cv, Turbos Mitsubishi 4917307500).

O Teroson PU 6700 ME é ideal para a aderência de materiais diferentes. Pode ser empregue em metal, madeira e na maioria dos plásticos e superfícies pintadas. Estes três produtos estão disponíveis em cartuchos duplos de 50 ml (25 ml cada cartucho).

TEROSON TEROKAL 5055, COLA EM VEZ DE SOLDADURA Entretanto, a Teroson da Henkel, marca para fixação, vedação, revestimento e reforço em carroçarias automóveis e aplicações de reparações de veículos, lançou um novo produto, Teroson Terokal 5055. Trata-se de uma cola estrutural para painéis e elementos da carroçaria que pode substituir os métodos convencionais, como a soldadura ou fixações mecânicas.

NOVOS ADESIVOS HENKEL PARA REPARAÇÃO DE PLÁSTICOS

Este adesivo de alta resistência permite, por exemplo, realizar uniões em aço sem estar tratado ou pintado, em zincados, galvanizados e alumínios.

A Henkel desenvolveu três novos adesivos de altas prestações para a reparação de componentes plásticos de veículos e para a união

Além do mais Teroson Terokal 5055 funciona ainda como um revestimento anticorrosivo para a proteção das uniões que foram soldadas na carroçaria.

AMG E PETRONAS INTENSIFICAM PARCERIA A evolução da forte parceria técnica entre a PETRONAS e a MERCEDES AMG PETRONAS Formula One Team nas pistas, bem como a estreita relação comercial com a Mercedes-AMG no que diz respeito ao primeiro enchimento de lubrificantes na fábrica, atingiu recentemente um novo e importante nível de colaboração: o fornecimento do óleo de motor PETRONAS SYNTIUM 7000 para a produção da nova série de motores de 4 cilindros da Mercedes-Benz A 45 AMG e do Mercedes-Benz CLA 45 AMG. Nos termos do novo acordo, todos os motores AMG M133 produzidos em Kölleda, Alemanha são lubrificados com óleo de motor PETRONAS Syntium, sendo o motor 2.0L turbo desenvolvido para ter o melhor desempenho com PETRONAS Syntium 7000 – o mesmo lubrificante formulado para satisfazer as exigências mesmo nas condições mais rigorosas, como a Formula 1.


Por ano, a academia R-M e esta certificação X-Ray forma uma média de 600 pessoas. “Todos os anos, aparecem cerca de mil cores novas no mercado. Surgem novas tendências, tais como as cores de três fases e os nossos técnicos necessitam não só de saber como identificar e aplicar as cores como também de conhecer os novos processos necessários para as reparar”, refere a R-M.

NOVO DISCO DE TRAVÃO COM ROLAMENTO INTEGRADO

PROGRAMA DE FESTOOL COM PROMOÇÕES PARA SÓCIOS

A Metelli expandiu a sua gama de componentes de travão, com o lançamento de um disco de travão com rolamento integrado especialmente concebido para o eixo traseiro de veículos franceses. Este novo produto é o resultado da montagem de um disco de travão, um rolamento e uma série de acessórios, incluindo o anel de sensor de ABS. A sua característica é o rolamento integrado, composto por um par de rolos cónicos inseridos no orifício de montagem do disco de travão, que o fixa ao cubo de roda. Os modelos de discos de travão com rolamento integrado desenhados pela Metelli podem ser instalados no eixo traseiro dos Renault Clio, Scénic, Modus, Grand Scénic, Laguna, Velsatis, Espace, Citroën C4, Peugeot 207 e 307/308. Por seu lado e ainda relativamente à Metelli, esta empresa introduziu no início deste ano 27 novos códigos de referência para pastilhas de travão, cobrindo os modelos de veículos mais recentes, como o Fiat 500, o Panda 2013, o Ducato 2010, o Opel Adam 2013, o Ford Focus, o Ka 2012 e modelos da BMW (Série 5 e X3 2010).

O programa de colaboração “Quality System Partner” introduziu em 2014 novidades para os seus sócios, as oficinas de reparação automóvel. Às oito vantagens oferecidas até agora, como o assessoramento personalizado ou a garantia total para toda a maquinaria da marca, a Festool Automotive Systems acrescenta o acesso a promoções exclusivas e a oferta de condições de compra preferenciais. O objetivo do fabricante alemão de soluções de sistema é proporcionar ferramentas que potenciem a redução de custos, economia de materiais e melhoria da rentabilidade. Para se ser sócio “Quality System Partner” e beneficiar-se das vantagens exclusivas do programa, existe apenas uma condição: a oficina de reparação automóvel tem de utilizar o processo de lixagem em quatro passos, que consiste na combinação das lixadoras, acessórios e abrasivos.

SUBSTITUIÇÃO DE KITS DE DISTRIBUIÇÃO A PREÇOS PROMOCIONAIS A rede de oficinas Topcar lançou uma campanha promocional exclusiva de “preços chave na mão” de substituição de kits de distribuição e bomba de água, em vigor até março. Os componentes em causa são da SKF, abrangendo as principais motorizações Diesel do parque automóvel nacional, possuindo três níveis de preços fixos para os clientes: 299€ para motores 1.4 HDi, TDI, TCDi e 1.5 DCi; 319€ para motores 1.6 HDi, TDCi e 2.0 HDi; 399€ para motor 1.9TDI. Os três níveis de preço (com IVA) incluem todas as peças, líquidos e mão-de-obra definidos para estas operações.

NOVO CATÁLOGO DE AMORTECEDORES CERTIFICAÇÃO X-RAY EM CORES A equipa de formadores da R-M tem vindo da dar formação a National Head Trainers (NHT), gestores de formação nacionais, os quais, por sua vez, terão como missão formar os técnicos responsáveis em cada país por transmitir os conhecimentos adquiridos no novo Centro de Competências de Reparação (RCC) de Clermont, designadamente em matéria de novos produtos, processos e tendências.

A SWAG lançou um novo catálogo com a completa gama de amortecedores a gás para os mais populares veículos europeus, onde estão listadas um total de 665 referências, todas com qualidade equivalente à origem. Para tornar a consulta mais simplificada e intuitiva, o catálogo está dividido em três categorias: Amortecedores de Mala e Capot, Amortecedores de Direção e Amortecedores da Correia Auxiliar. Este novo catálogo está disponível na sua versão impressa e ainda em formato PDF, que poderá ser descarregado gratuitamente no site www.swag.de.

60 NOVAS CORES CRIADAS A PPG criou mais de 60 novas cores para os fabricantes de automóveis, com base em estudos feitos junto dos consumidores, no sentido de compreender quais são as preferências do mercado. Essas novas cores deverão começar a ser incluídas nos veículos de 2016 e 1027. Essa nova gama de cores está agrupada em cinco paletes, tendo sido batizadas de Hi-Breed, Mosaic, New Spirit, Magnifigance e Theorem.

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CONCESSIONÁRIO “TIVEMOS QUE NOS AJUSTAR À CRISE E 2014 JÁ SERÁ MELHOR” ANECRA (A): COMO É QUE ESTÁ O SETOR, VISTO DO LADO DO CONCESSIONÁRIO?

ANTÓNIO CHÍCHARO RESPONSÁVEL DA CONCESSÃO TOYOTA, EM BEJA ALÉM DE PRESIDENTE DA ANECRA, ANTÓNIO CHÍCHARO TEM TAMBÉM UMA CONCESSÃO AUTOMÓVEL, EM BEJA, DA MARCA TOYOTA. COM 32 EMPREGADOS, A “JOSÉ CÂNDIDO CHÍCHARO & FILHOS” TEVE DE REDUZIR O NÚMERO DE VENDEDORES PARA SE AJUSTAR À CRISE, MAS, EM CONTRAPARTIDA, AUMENTOU JÁ O NÚMERO DE POSTOS DE TRABALHO NA ASSISTÊNCIA. ANTÓNIO CHÍCHARO ESPERA QUE AO AUMENTO DA PROCURA QUE SE SENTE, CORRESPONDAM MAIS NEGÓCIOS EM 2014.

António Chícharo (AC): O setor teve dois anos muito complicados, os de 2012 e 2013. Em 2013, fizemos alguns ajustamentos em todos os concessionários, em termos de número de vendedores, de apoio às vendas e da assistência. No final de 2013, notámos algum incremento na procura. Nesta altura, a procura continua incentivada, mas a realização do negócio ainda dificilmente é palpável e é contabilizada. A: O CRESCIMENTO QUE SE NOTOU NAS ESTATÍSTICAS É JÁ UM SINAL DE RETOMA? AC: É, especialmente nas marcas que têm viaturas a preços mais baixos. Na nossa concessão isso sente-se. A: COMO É QUE FOI O SEU ANO DE 2013? AC: Na nossa concessão, o ano de 2013 foi melhor que o de 2012. Tivemos um aumento de faturação e tivemos um aumento de procura dos nossos produtos, tanto dos serviços de assistência, como da venda de automóveis. Os lucros é que diminuíram. Faturámos mais, mas lucrámos menos. Isto quer dizer que na área do negócio cada vez as margens disponíveis começam a ficar mais curtas.

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“EM 2012 E 2013 CONSEGUIMOS ALCANÇAR SEMPRE OS OBJETIVOS”

A: COMO É QUE ESTÁ A SER ESTE INÍCIO DE 2014? AC: Começou melhor do que 2013, tanto na área da venda de viaturas, como na área da reparação. A: TEM ESPERANÇA QUE NO FINAL DESTE ANO SE CONCLUA QUE HOUVE UMA MELHORIA EFETIVA? AC: Tenho esperanças que 2014 seja um pouco melhor que 2013, mas não vamos ainda recuperar as vendas que fizemos em 2008 ou em 2006. A: QUE VALORES É QUE SERIAM ACEITÁVEIS PARA QUE 2014 FOSSE CONSIDERADO UM ANO POSITIVO? AC: As marcas todas retificaram os objetivos que tinham com os concessionários [em função da crise geral]. Nós, na redução que tivemos em 2012 e 2013, conseguimos alcançar sempre os objetivos. Para 2014, já temos uns objetivos um pouco mais elevados. É minha previsão que vamos ultrapassar também esses novos objetivos, em termos de número de vendas de viaturas, até porque temos, dentro de relativamente pouco tempo, alguns modelos novos, os quais, só por si, incentivam mais algumas vendas. A: ALÉM DA TOYOTA, VENDE MAIS ALGUMA MARCA? AC: Já tive outras concessões, mas neste momento só tenho Toyota. A: COMO É QUE É VISTA A TOYOTA NA ZONA DE BEJA? AC: A Toyota é vista como uma marca de confiança e qualidade. Hoje, a nossa venda de viaturas está mais ligada ao setor agrícola com as pick-up e os veículos de todo o terreno e aí somos líderes de mercado nessa zona. Por experiência, posso dizer que as pessoas quando estão interessadas numa pick up, após consultarem várias marcas, só deixam de comprar Toyota por uma questão de preço, porque a Toyota é 1000 ou 1500 euros mais cara do que a concorrente, mas a curto prazo também se arrependem dessa decisão, porque os custos de manutenção da Toyota são completamente diferentes. Falando da fidelização dos clientes, temos, por exemplo, nas nossas oficinas, clientes que vão com os nossos carros à nossa assistência há 15 e 20 anos, apesar da garantia há muito ter passado, quando o que se verifica na generalidade das pessoas é que, quando a garantia dos carros termina, os proprietários das viaturas vão para sítios mais baratos fazer a manutenção. E isso acontece porque sabem que têm um produto de qualidade que querem mantê-lo dentro das suas características originais.

A: NA SUA CONCESSÃO QUE MEDIDAS APLICOU PARA FAZER FRENTE A ESTA CRISE? AC: Tivemos um ajustamento em termos de número de vendedores. Não nos poderíamos dar ao luxo de termos quatro ou cinco vendedores quando vendíamos dois ou três carros por mês. A: QUANTAS PESSOAS TRABALHAM, NESTE MOMENTO, NA SUA CONCESSÃO? AC: Trabalham 32. Fizemos um ajustamento no número de vendedores, mas só aí, porque na parte da assistência criámos quatro postos de trabalho novos e agora estamos a criar mais dois. Fizemos também ajustamentos nos custos dos consumíveis, como combustíveis, eletricidade e telefones e chegámos ao fim, em 2013, com resultados positivos relativamente interessantes. A: FIZERAM ALGUM INVESTIMENTO NO APÓS-VENDA? AC: Fizemos investimentos que já estavam programados e orçamentados do ano anterior, tendo substituído todos os nossos equipamentos da área da chapa e pintura. Foi algo que rondou os 150 mil euros. A: ESSE INVESTIMENTO AJUDOU AO NEGÓCIO? AC: Ajudou. Nós com as instalações e equipamentos antigos efetuávamos meia dúzia de reparações de chapa e pintura e agora, felizmente, com mais postos de trabalho que admitimos temos praticamente os tempos todos ocupados das pessoas que trabalham nesse departamento. E O FUTURO DA MARCA COMO SERÁ? AC: Estivemos há poucos dias em Berlim, com a própria administração da Toyota do Japão, em que nos foram mostrados os novos modelos que vão estar disponíveis até 2017 e 2018. O que vimos, independentemente da exposição de marketing e publicidade que é naturalmente feita em torno destes eventos e apresentações, deixou-nos muito confortáveis em termos de futuro. Se não houver grande cataclismo na área financeira, penso que, a partir de 2015 e 2016, esquecemo-nos dos anos de crise que ficaram para trás, porque os modelos estão mais adaptados aos gostos dos europeus do que estavam no passado e os preços que se fala também têm alguma mexidas. A: EM TERMOS DE LOCOMOÇÃO TEREMOS NOVIDADES? AC: Está na moda os híbridos e a marca é pioneira nessa área, tendo-nos sido mostrado o carro a hidrogénio que está pronto.

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A ANECRA ESTEVE SEMPRE NA LINHA DA FRENTE EM PROL DO DESENVOLVIMENTO DO GPL EM PORTUGAL. EIS ALGUNS EXEMPLOS DESTE EMPENHO, AO LONGO DOS ANOS: PROPOSTAS DE QUADRO LEGAL MAIS FAVORÁVEL À UTILIZAÇÃO DO COMBUSTÍVEL Ao longo de quase 20 anos, a Associação apresentou aos organismos da tutela propostas de revisão de uma legislação obsoleta e inibidora do crescimento do GPL. Veja-se a proibição de viaturas a GPL estacionarem em espaços fechados e a obrigatoriedade de terem um dístico identificador azul.

palmente porque não foram publicados os diplomas complementares, necessários.

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE BENEFÍCIOS FISCAIS A ANECRA fez diligências junto de diversos organismos oficiais para se potenciar a criação de benefícios nas vertentes da aquisição (na redução do ISV, quer para veículos novos, quer para veículos usados importados, e da base de incidência do IUC) e da utilização de GPL (na diminuição do preço deste combustível e na concessão de benefícios para a alteração de viaturas para GPL).

Estivemos de acordo com a proposta deste projeto de diploma, por referir que a competência do IMTT, para o reconhecimento de entidades montadoras ou reparadoras na área da adaptação e reparação dos automóveis à utilização do GPL, poderia ser delegada nas associações declaradas de utilidade pública.

ENQUADRAMENTO LEGAL DOS PROFISSIONAIS A ANECRA desenvolveu esforços para criar categorias profissionais específicas, como mecânico de Autogás e Técnico de Gásauto. FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS A ANECRA promoveu e realizou cursos para os profissionais do GPL, com o apoio do Centro de Formação Profissional da Reparação Automóvel (CEPRA), batendo-se ainda para que o acesso à formação se tornasse mais facilitado, para mais empresas poderem aceder à atividade. PROPOSTAS ANECRA O Decreto-Lei n.º 136/2006 (que veio revogar o diploma anterior que durou 15 anos, o Decreto-Lei 195/91), deveria ter regulado devidamente a utilização do GPL. A publicação deste diploma parecia, ao início, ser um passo à frente. Mas mostrou-se também ineficaz, princi-

Em 2010, surgiu um projeto de Decreto-Lei que visava revogar o Decreto-Lei n.º 136/2006, e que vinha ao encontro do que a ANECRA tinha vindo a propor. Relembramos a apreciação que a ANECRA fez a este projeto:

Propusemos que os veículos equipados conforme os requisitos do Regulamento ECE/ONU n.º 67 deveriam passar a estar autorizados a estacionar em locais fechados e a necessitar apenas de possuir averbamento no respetivo documento único do veículo, dispensando o dístico identificador. Os restantes veículos a GPL deveriam manter a identificação exterior. Propusemos que as habilitações para o exercício das funções de técnico de gás e mecânico de autogás, deveriam poder ser obtidas em entidade formadora reconhecida. Propusemos também que as instalações para montar e reparar componentes GPL, deveriam dispor de ventilação natural através de aberturas ao nível do teto e solo que permitissem o rápido escoamento para o exterior de uma eventual fuga de gases, não sendo permitida a sua localização em pisos abaixo do nível do solo. As instalações sem ventilação natural, deveriam dispor de um medidor de concentração de gás, dotado de sistema de alarme.


GPL E GN

A ENVOLVÊNCIA E A POSIÇÃO DA ANECRA DESDE A DÉCADA DE 1990, QUE A ANECRA SUBLINHA QUE O GPL É UM COMBUSTÍVEL DE ELEIÇÃO, NO TOCANTE À MINIMIZAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL ASSOCIADO AO FUNCIONAMENTO DOS MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA, E À MAXIMIZAÇÃO DA DURABILIDADE DESSES PROPULSORES.

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FINALMENTE, A NOVA LEGISLAÇÃO A Lei n.º 13/2013, de 31 de Janeiro, veio estabelecer os princípios para a utilização de GPL e gás natural comprimido e liquefeito (GN) em veículos. ENTRE OUTROS ASPETOS, DIZ ESTE NOVO DIPLOMA O SEGUINTE: Os veículos que utilizem GPL ou GN como combustível devem garantir um nível de segurança adequado, devendo obedecer às prescrições técnicas a estabelecer em portaria. Os veículos GPL cujos componentes tenham sido aprovados e instalados segundo este regime, podem estacionar em parques fechados e abaixo do nível do solo, que devem ser ventilados e cumprir as disposições do regime de segurança contra incêndios em edifícios e demais legislação aplicável ao estacionamento. Os veículos GPL cujos componentes não tenham sido aprovados de acordo com este regime não podem estacionar em parques fechados, salvo se os mesmos dispuserem de ventilação natural através de aberturas no tecto e solo, que permitam o rápido escoamento de uma eventual fuga de gases. Estes veículos não podem estacionar em locais situados abaixo do nível do solo. Os veículos ligeiros GPL ou GN devem exibir, de forma visível do exterior, uma vinheta identificadora, de modelo a estabelecer por portaria. Tal não se aplica a veículos das categorias M2, M3, N2 e N3. Sobre o fabrico, adaptação e reparação de veículos automóveis a GPL e GN, só podem ser efetuados em estabelecimentos específicos para esse fim, controlados pelo IMT. O exercício das atividades de mecânico e técnico de auto/gás fica condicionado à posse de título profissional do IMT, que pode delegar a competência de emissão destes títulos em organismos reconhecidos, associações ou outras entidades. PARA SE OBTER TÍTULO PROFISSIONAL PARA O EXERCÍCIO DA ATIVIDADE DE MECÂNICO DE AUTO/GÁS DEVE REUNIR-SE OS SEGUINTES REQUISITOS: a) Possuir formação adequada na área de mecânica ou mecatrónica automóvel, designadamente através de: i) Curso de mecânica ou mecatrónica automóvel; ii) Certificação profissional obtida em processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências, de mecânica ou mecatrónica automóvel; iii) Outra formação adequada na área de mecânica ou mecatrónica automóvel, aceite por despacho do Presidente do Conselho Diretivo do IMT ou por entidade competente; iv) Experiência superior a 3 anos em mecânica automóvel demonstrada através da apresentação de curriculum vitae, acompanhado por declaração das respetivas entidades empregadoras que corrobore essa experiência. b) Ter frequentado, com aproveitamento, cursos de formação adequados à especialidade de mecânico de auto/gás. O requisito para exercício das atividades de mecânico de auto/gás pode igualmente ser cumprido pela frequência, com aproveitamento, de curso integrado de mecânico de auto/gás. Embora a regulamentação necessária à execução desta lei devesse ter sido emitida em 90 dias (até dia 1 de Maio de 2013), tal só ocorreu em 25 de junho (Portaria 207-A/2013), com a sua entrada em vigor a acontecer 15 dias depois. GPL e GN: agora a nova legislação pode ser aplicada. Segundo essa Portaria, os veículos que utilizem GPL ou GN devem garantir uma segurança adequada, em conformidade com os Regulamentos ECE/ONU n.º 67 e 110. A adaptação ou reparação de veículos matriculados à utilização de GPL ou GN em território nacional só pode ser efetuada por entidade

instaladora ou reparadora que aqui opere legalmente, controlada pelo IMT. A entidade que realiza a adaptação deve garantir a conformidade da montagem segundo as prescrições técnicas fixadas nos referidos regulamentos da ECE/ONU, sendo responsável pela verificação de que o veículo cumpre com as especificações estabelecidas pelo seu fabricante e pelo fabricante dos componentes inerentes, bem como pela garantia de que a adaptação não introduz uma diminuição nas condições de segurança do carro. A conformidade da adaptação à utilização de GPL ou GN e o correto funcionamento de cada veículo são atestados por um certificado emitido pela entidade instaladora ou reparadora, que consta nesta Portaria. A circulação de qualquer veículo adaptado para GPL está condicionada à sua aprovação em inspeção técnica extraordinária, onde é obrigatória a apresentação de certificado, passado pela entidade instaladora ou reparadora. O certificado deverá ter sido emitido há menos de 30 dias da data de inspeção.

OS VEÍCULOS QUE USEM SISTEMAS DE ALIMENTAÇÃO A GPL DEVEM EXIBIR:

UMA VINHETA IDENTIFICADORA NO CANTO INFERIOR DIREITO DO PARA-BRISAS, DE ACORDO COM O MODELO DEFINIDO (VEÍCULOS DAS CATEGORIAS M1 E N1);

UM DÍSTICO IDENTIFICADOR DE ACORDO COM O MODELO DEFINIDO, AFIXADO À RETAGUARDA (CATEGORIAS M2 E M3).

As entidades que se dediquem à adaptação e reparação de veículos GPL ou GN podem exercer essa atividade desde que apresentem mera comunicação prévia, segundo o Decreto-Lei n.º 48/2011, alterado pelo Decreto -Lei n.º 141/2012, e do artigo 17.º do regulamento publicado com a Portaria. As entidades instaladoras ou reparadoras devem manter um registo atualizado de todas as adaptações ou reparações efetuadas em veículos, o qual pode ser solicitado a todo tempo pelo IMT. Compete às entidades instaladoras ou reparadoras assegurar que os técnicos e mecânicos de auto/gás possuem a formação e título profissional exigíveis. As entidades instaladoras ou reparadoras devem dispor de um seguro de responsabilidade civil válido (valor mínimo obrigatório de €600.000,00, sendo este valor atualizado em cada ano). As instalações para reparação ou instalação de GPL ou GN devem dispor de ventilação natural através de aberturas ao nível do teto e solo. Não são permitidas montagens e reparações em locais abaixo do nível do solo. As instalações devem dispor de um medidor de concentração de gás e sistema de alarme calibrado. Os veículos que já usem sistemas de alimentação a GPL ou GN, aprovados em inspeção técnica extraordinária ao abrigo do regime anterior a esta Portaria podem ser apresentados a nova inspeção técnica extraordinária. Se não o fizerem podem manter-se em circulação, mas devem fazer esta inspeção para poderem estacionar em parques fechados e abandonar o dístico azul. A ANECRA saúda a aprovação da nova lei. Já há quase 20 anos que esta associação defende a atualização de um quadro legal desajustado e inibidor do desenvolvimento do GPL, e a necessidade de regulamentar a utilização de GN. Este novo quadro legal vem na sua generalidade de encontro às pretensões da ANECRA. Significativa parte do seu texto está em sintonia com muitas das propostas que a ANECRA entregou no IMTT e na extinta DGV.


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INFORMAÇÃO FISCAL DIREITO À DEDUÇÃO – VIATURAS LIGEIRAS DE MERCADORIAS Ofício Circulado n.º 30152, de 16 Outubro É considerada viatura de turismo, por não se destinar exclusivamente ao transporte de mercadorias, qualquer viatura ligeira que possua mais de 3 lugares, com inclusão do condutor, pelo que não confere direito à dedução do IVA contido nas respetivas despesas, ainda que o tipo de veículo inscrito no certificado de matrícula seja mercadorias, nos termos do disposto na alínea a) do n.º 1 do artigo 21.º do Código. Refere na alínea a) do n.º 1 do artigo 21.º do Código do IVA: “Exclui-se, todavia, do direito à dedução o imposto contido nas seguintes despesas: Despesas relativas à aquisição, fabrico ou importação, à locação, à utilização, à transformação e reparação de viaturas de turismo, de barcos de recreio, helicópteros, aviões, motos e motociclos. É considerado viatura de turismo qualquer veículo automóvel, com inclusão do reboque, que, pelo seu tipo de construção e equipamento, não seja destinado unicamente ao transporte de mercadorias ou a uma utilização com carácter agrícola, comercial ou industrial ou que, sendo misto ou de transporte de passageiros, não tenha mais de nove lugares, com inclusão do condutor;”. Vem a AT esclarecer neste Ofício-Circulado, que é considerada viatura de turismo, por não se destinar exclusivamente ao transporte de mercadorias, qualquer viatura ligeira que possua mais de 3 lugares,

com inclusão do condutor, pelo que não confere direito à dedução do IVA contido nas respetivas despesas ( aquisição, fabrico ou importação, locação, utilização, transformação ou reparação) ainda que o tipo de veículo inscrito no certificado de matrícula seja mercadorias, nos termos do disposto na alínea a) do n.º 1 do artigo 21.º do Código. Para que seja possível deduzir o IVA nestes casos, não é suficiente que os bens sejam utilizáveis para a realização de operações tributáveis. Ainda que estas viaturas sejam utilizados e indispensáveis para a atividade do sujeito passivo, o direito à dedução apenas pode ser exercida nas situações em que o objeto da atividade é a venda ou exploração desses bens, como, por exemplo, a venda e/ou locação de automóveis, o ensino da condução ou a exploração de táxis.

EMISSÃO DE FATURAS EM PAPEL PRÉ-IMPRESSO O Ofício circulado n.º 30156/2013, de 18 de Dezembro, vem esclarecer a aplicação do n.º 14 do artigo 36.º do CIVA: “Nas faturas processadas através de sistemas informáticos, todas as menções obrigatórias, incluindo o nome, a firma ou a denominação social e o número de identificação fiscal do sujeito passivo adquirente, devem ser inseridas pelo respetivo programa ou equipamento informático de faturação.”

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FORMAÇÃO PEJENE - 22ª EDIÇÃO

O PEJENE tem como função integrar o estagiário numa empresa/instituição, desenvolvendo tarefas específicas de acordo com um Plano de Estágio previamente elaborado de acordo com a área de formação do estagiário.

Já se encontram abertas até ao dia 28 de Abril as inscrições para a 22ª Edição do PEJENE – Programa de Estágios de Jovens Estudantes do Ensino Superior nas Empresas.

Compete às empresas/instituições receptoras e formadoras pagar, no mínimo, mensalmente aos estagiários os subsídios de alimentação e de transporte de igual valor ao atribuído aos trabalhadores dessas entidades. Para além disso, deverão ainda fazer um Seguro de Acidentes aos estagiários, coincidente com o período de estágio.

Objetivos O PEJENE visa a criação de uma relação directa entre a Escola e a Empresa, através do desenvolvimento de projetos conjuntos de formação em local de trabalho, ainda durante o período de estudo dos jovens. Através deste Programa, os jovens serão colocados em empresas no período de interrupção das suas atividades lectivas de Verão, período esse coincidente com maiores necessidades das empresas em termos de recursos humanos, não perturbando, assim e também, o plano curricular dos estudantes.

Candidaturas As candidaturas das empresas interessadas deverão ser formalizadas até 28 de Abril de 2014, directamente no site do Programa, em www. fjuventude.pt/pejene2014

Características dos Estágios

Os jovens interessados poderão inscrever-se a partir de 2 de Maio de 2014.

Os estágios terão a duração de 2 a 3 meses, devendo decorrer entre Julho e Setembro de 2014, sendo certo que se privilegiará os estágios com duração de 3 meses, uma vez que é este o período mais solicitado pelas empresas aderentes.

Patrícia Paz Gabinete para a Qualificação

PLANO DE FORMAÇÃO 2014 LOCAL

CURSO

DESIGNAÇÃO

DURAÇÃO

LISBOA

Atendimento e Serviço no Pós Venda - NOVIDADE!

0397

LISBOA

INÍCIO

FIM

DIAS

HORÁRIO

25h

24-Abr-14

09-Mai-14

2ª/4ª/6ª

19h/22h

50h 25h 50h 25h

14-Abr-14 22-Abr-14 17-Mar-14 25-Mar-14

23-Mai-14 20-Mai-14 23-Abr-14 17-Abr-14

2ª/4ª/6ª 3ª e 5ª 2ª/4ª/6ª 3ª e 5ª

19h/22h 19h/22h 19h/22h 19h/22h

25h 25h 25h 50h 25h

05-Mai-14 02-Jun-14 17-Mar-14 14-Abr-14 06-Mai-14

21-Mai-14 18-Jun-14 02-Abr-14 26-Mai-14 29-Mai-14

2ª/4ª/6ª 2ª/4ª/6ª 2ª/4ª/6ª 2ª/4ª/6ª 3ª/5ª

19h/22h 19h/22h 19h/22h 19h/22h 19h/22h

50h 25h

31-Mar-14 17-Mar-14

09-Mai-14 02-Abr-14

2ª/4ª/6ª 2ª/4ª/6ª

19h/22h 19h/22h

25h

25-Mar-14

09-Abr-14

2ª/4ª/6ª

19h/22h

NORTE BARCELOS PONTE LIMA PORTO

7843 0397 1602 0397

Técnicas de negociação e venda - NOVIDADE! Atendimento e Serviço no Pós Venda - NOVIDADE! Gestão das Reclamações e conflitos com clientes - NOVIDADE! Atendimento e Serviço no Pós Venda - NOVIDADE! CENTRO

AVEIRO LEIRIA

1531 0397 0397 5427 1532

Gestão de conflitos Atendimento e Serviço no Pós Venda - NOVIDADE! Atendimento e Serviço no Pós Venda - NOVIDADE! Legislação Laboral – Contrato trabalho/Direitos individuais Gestão Reclamações – normas e estratégias - NOVIDADE! ALENTEJO

ÉVORA SANTARÉM

1602 1610

Gestão das Reclamações e conflitos com clientes - NOVIDADE! Gestão de Resíduos, recolha e classificação ALGARVE

LAGOA

1531

Gestão de Conflitos

VALOR DE INSCRIÇÃO POR PARTICIPANTE (ISENTO DE IVA)

Área Comportamental, Gestão e Legislação: 25h 50h

GRATUITO GRATUITO

50€ 100€

NOTAS: AS INSCRIÇÕES ESTÃO JÁ ABERTAS e são consideradas por ordem de chegada até ao limite máximo de participantes. A realização das ações nas datas e locais indicados encontra-se sujeita ao número mínimo de 15 inscrições. Os programas dos cursos e a ficha de inscrição estão disponíveis para consulta e impressão em www.anecra.pt. Para informações adicionais contacte directamente o Gabinete para a Qualificação. A atividade formativa da ANECRA está acreditada pela Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT). Presentemente o nosso Plano de Formação é co-financiado pelo POPH - PROGRAMA OPERACIONAL DO POTENCIAL HUMANO, inserido no QREN. No final dos cursos, os participantes com assiduidade e aproveitamento recebem um Certificado de Qualificações, válido para o cumprimento do número mínimo de 35 horas anuais de formação certificada, de acordo com o Código do Trabalho. A ANECRA elabora também programas de formação “à medida” das necessidades das empresas associadas, ajustando a sua proposta de formação às competências que se pretendem desenvolver.

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MERCADO

MERCADO AUTOMÓVEL CRESCEU 11% EM 2013 VEÍCULOS LIGEIROS DE PASSAGEIROS Em dezembro, as vendas de automóveis ligeiros de passageiros cifraram-se em 8612 unidades, ou seja, mais 2253 unidades que no mesmo mês do ano passado, correspondendo a um crescimento de 35,4%. No que toca ao acumulado, de janeiro a dezembro de 2013 venderam-se 105 898 ligeiros de passageiros, equivalendo a um aumento de 11,1% (+10 589 unidades), face a igual período do ano transato. Ranking/Quota de Mercado (jan-dez.): 1º Renault (11,6%); 2º Volkswagen (9,6%); 3º Peugeot (8,9%); 4º BMW (7,2%); 5º Mercedes-Benz (6,6%) VEÍCULOS COMERCIAIS LIGEIROS Quanto ao mercado de veículos comerciais ligeiros, no mês de dezembro de 2013 verificou-se uma subida de 55,6%, face a igual mês do ano anterior, tendo sido comercializadas 3693 unidades (+1319). Em termos acumulados, nos doze meses do ano passado, as vendas de veículos neste segmento foram de 18 224 veículos, ou seja, mais 2213 unidades vendidas face ao ano antecedente (13,8%). Ranking/Quota de Mercado (jan.-dez.): 1º Renault (20,5%); 2º Peugeot (15,1%); 3º Citroën (14%); 4º VW (9,9%); 5º Fiat (8,5%) Veículos Pesados O comércio de veículos pesados (de passageiros e mercadorias) em dezembro de 2013 cresceu 266%, face ao mesmo mês de 2012, fruto de terem sido vendidas 527 viaturas, o que traduz mais 383 veículos transacionados.

Já no que respeita a valores acumulados, de janeiro a dezembro de 2013 registou-se um crescimento de 11,7%, face ao período homólogo do ano anterior, totalizando 126 684 viaturas comercializadas. Assim, nos primeiros doze meses de 2013 venderam-se mais 13 249 veículos em Portugal, em comparação com o mesmo período do ano de 2012. Ranking/Quota de Mercado (jan.-dez.): 1º Renault (12,9%); 2º Peugeot (9,6%); 3º Volkswagen (9,4%); 4º Mercedes-Benz (6,7%); 5º Opel (6,4%). A RETER: - O mercado automóvel (ligeiros e pesados) cresceu 44,6% no mês de dezembro e 11,7% no total do ano. - Ligeiros de passageiros: crescimento de 11,1% em 2013. - As vendas de pesados subiram 21,1% em 2013 - As variações percentuais positivas que se registaram em termos de mercado são enganadoras, dado que o ano de comparação (2012) foi anormalmente baixo.

SETOR AUTOMÓVEL PORTUGAL VENDAS EM 2013 JANEIRO / DEZEMBRO

UNIDADES

DIFERENÇAS

2012

2013

UNID.

%

Em relação ao total do ano de 2013, venderam-se em Portugal 2562 veículos pesados, mais 447 unidades que no ano anterior, correspondendo a um acréscimo de 21,1%. Ranking/Quota de Mercado (jan.-dez.): 1º Mercedes-Benz (19,6%); 2º Volvo (19,4%); 3º Renault (15,1%); 4º MAN (13,4%); 5º Scania (10,4%).

* LIGEIROS PASSAGEIROS

95.309

105.898

10.589

11,1

COMERCIAIS LIGEIROS

16.011

18.224

2.213

13,8

1.892

2.388

496

26,2

223

174

-49

-22,0

Mercado total Em dezembro de 2013, o total de veículos novos vendidos em Portugal atingiu as 12 832 unidades, crescendo 44,6%, face ao mesmo mês do ano precedente.

TOTAL DE PESADOS

2.115

2.562

447

21,1

113.435

126.684

13.249

11,7

PESADOS MERCADORIAS PESADOS PASSAGEIROS

TOTAIS

Fonte: Gabinete de Estudos Económicos da ANECRA * Inclui os veículos de todo o terreno

VENDAS MERCADO TOTAL JANEIRO / DEZEMBRO Fonte: ANECRA-GEE

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MERCADO

MERCADO AUTOMÓVEL COMEÇA ANO DE 2014 A CRESCER 31,9% Veículos Ligeiros de Passageiros No mês de janeiro, venderam-se 9255 ligeiros de passageiros, ou seja, mais 2234 unidades que no mesmo mês do ano passado, correspondendo a um crescimento de 31,8%. Ranking/Quota de Mercado (janeiro 2014): 1º BMW (10,2%); 2º Renault (9,7%); 3º VW (9,7%); 4º Peugeot (9,5%); 5º Mercedes-Benz (9,2%).

A RETER: - O mercado automóvel total (ligeiros e pesados) assinalou um aumento de 31,9%, no primeiro mês do ano. - Ligeiros de passageiros: acréscimo de 31,8% em janeiro. - As vendas de pesados subiram 46,2% em janeiro. - Apesar do crescimento, o volume de vendas em janeiro apresenta o terceiro volume mais baixo dos últimos 15 anos considerando os meses de janeiro.

Veículos Comerciais Ligeiros Nos comerciais ligeiros, em janeiro, assinalou-se uma subida de 29,2%, face a igual mês do ano anterior, tendo sido comercializadas 1318 unidades (+298). Ranking/Quota de Mercado (janeiro 2014): 1º Renault (18,1%); 2º Peugeot (14%); 3º Citroën (12,4%); 4º Fiat (10,6%); 5º VW (7,8%).

SETOR AUTOMÓVEL PORTUGAL VENDAS EM 2014

Veículos Pesados Em janeiro, foram comercializados 326 viaturas pesadas, o que representa um crescimento de 46,2%, face ao mesmo mês de 2012 (mais 103 veículos transacionados).

2013

2014

UNID.

%

Ranking/Quota de Mercado (janeiro 2014): 1º Mercedes-Benz (24,8%); 2º MAN (22,4%); 3º Renault (11,7%); 4º Scania (11,7%); 5º Volvo (10,4%).

* LIGEIROS PASSAGEIROS

7.021

9.255

2.234

31,8

COMERCIAIS LIGEIROS

1.020

1.318

298

29,2

Mercado total Em janeiro, o total de veículos novos vendidos em Portugal em todo o tipo de categorias atingiu as 10 899 unidades, um acréscimo de 31,9%, face ao mesmo mês de 2013. Ranking/Quota de Mercado (janeiro 2014): 1º Renault (10,8%); 2º Peugeot (9,8%); 3º Volkswagen (9,2%); 4º Mercedes-Benz (9,3%); 5º Opel (3,5%).

PESADOS MERCADORIAS

177

281

104

58,8

PESADOS PASSAGEIROS

46

45

-1

-2,2

223

326

103

46,2

8.264

10.899

2.635

31,9

JANEIRO

TOTAL DE PESADOS TOTAIS

UNIDADES

DIFERENÇAS

Fonte: Gabinete de Estudos Económicos da ANECRA * Inclui os veículos de todo o terreno

VENDAS MERCADO TOTAL JANEIRO

Fonte: ANECRA-GEE

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CORREIO DO ASSOCIADO EMPRESA ASSOCIADA:

EMPRESA ASSOCIADA:

Qual a duração das férias no Sector Automóvel, em 2014?

Como poderá esta empresa aceder ao Protocolo celebrado entre a ANECRA e APS?

GABINETE JURÍDICO: Na sequência da entrada em vigor da Lei 23/2012, de 25 de Junho, que procedeu à alteração da Lei nº 7/2009, de 12 de Fevereiro (Código do Trabalho), resultou a revogação da majoração do período de férias, previsto no nº 3 do artigo 238º CT, atendendo à assiduidade do trabalhador no ano a que se reportava o direito. Previa, ainda, o nº 3 do artigo 7º da Lei 23/2012, a redução em montante equivalente até três dias de majoração ao período anual de férias que se encontrassem estabelecidas em disposições de instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho ou clausulas de contratos de trabalho posteriores a 1 de Dezembro de 2013 e anteriores à sua entrada em vigor. Tendo sido suscitada a inconstitucionalidade desta norma, o Tribunal Constitucional, apenas veio considerar inconstitucional, a prevalência do Código do Trabalho, sobre Contratos Colectivos que consagrassem a majoração, até aos 25 dias de férias. Neste sentido, e considerando que o Contrato Colectivo de Trabalho para o Setor Automóvel, publicado no Boletim do Trabalho e Emprego nº 37 de 08.10.2010, não prevê período superior aos 22 dias úteis, nem direito a qualquer majoração em função da assiduidade dos trabalhadores (Clausula 65ª do CCTV Automóvel), a Decisão de Inconstitucionalidade, proferida pelo Tribunal Constitucional, não tem qualquer efeito no Sector Automóvel, mantendo-se o período de 22 dias úteis de férias para os seus trabalhadores, em 2014. Situação diferente, será a consagração da majoração, através de Contrato Individual de Trabalho. EMPRESA ASSOCIADA: Qual o coeficiente de actualização de rendas a vigorar em 2014? GABINETE JURÍDICO: A Portaria nº 352/2013, de 4 de Dezembro, publicou o coeficiente 1,0099, para efeitos de correcção extraordinária das rendas aplicável ao arrendamento para fins não habitacionais (incluindo o comercio ou industria), para vigorar no ano de 2014, o qual foi fixado pelo Aviso nº 11753/2013 (II Série), de 20 de Setembro, do Instituto Nacional de Estatística, IP. Assim, na falta de acordo escrito sobre o regime de actualização da renda, o senhorio interessado na actualização anual da renda, deve comunicar por escrito ao arrendatário, com a antecedência mínima de 30 (trinta) dias, em relação ao vencimento da renda, o coeficiente de actualização e a nova renda dele resultante.

GABINETE JURÍDICO: Entre a ANECRA e a Associação Portuguesa de Seguradores foi celebrado um Acordo de Colaboração que visa simplificar e melhorar o relacionamento entre as Seguradoras e as Oficinas de Reparação Automóvel, no âmbito de sinistros garantidos por contratos de seguro. Esta parceria institucional, traduz-se num conjunto de Boas Práticas, assenta na Boa Fé Negocial e reconhece, entre outros importantes aspectos, o Direito de Escolha da Oficina por parte do proprietário da viatura sinistrada que detenha a direcção efectiva da reparação. Para que as empresas associadas interessadas, possam beneficiar das vantagens deste Acordo de Colaboração devem formalizar a sua adesão através do preenchimento de uma Declaração de Adesão e de uma Ficha de Oficina, disponíveis no site da ANECRA, em www.anecra.pt, cujos originais depois de assinados, deverão ser remetidos à ANECRA. EMPRESA ASSOCIADA: Mantém-se o pagamento de subsídios de férias e Natal em duodécimos? GABINETE JURÍDICO: O artigo 257.º do OE 2014 aprovado pela Lei 83-C/2013 de 31 de Dezembro que entrou em vigor no passado dia 1 de Janeiro, prevê a extensão de vigência da Lei n.º 11/2013, de 28 de Janeiro que consagra o pagamento em duodécimos aos trabalhadores dos Subsídios de Férias e Natal. Tal como sucedeu em 2013, o pagamento de 50% do subsídio de férias e 50% do subsídio de natal em duodécimos, pode ser afastado, por manifestação expressa do trabalhador, a exercer no prazo de 5 dias a contar da entrada em vigor da Lei do OE/2014, devendo informar a entidade empregadora de que não está interessado em receber dessa forma. Fevereiro de 2014 Gabinete Jurídico da ANECRA Isabel Figueira


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A ANECRA NÃO PÁRA. EM LIDERAMOS A MUDANÇA! FOCO ANTÓNIO CHÍCHARO

Presidente da Direção da ANECRA

FICHA TÉCNICA ANECRA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS EMPRESAS DO COMÉRCIO E DA REPARAÇÃO AUTOMÓVEL PESSOA COLETIVA DE UTILIDADE PÚBLICA

ANECRA NOVAMENTE NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA Criado no seio da Comissão Parlamentar de Economia e Obras Públicas, o Grupo de Trabalho do Setor Automóvel convidou a ANECRA para uma Audição que teve lugar na Assembleia da República no passado dia 4 de Fevereiro. Constituiu objetivo desta Audição assegurar ao Grupo de Trabalho a recolha e apreciação dos contributos da Associação, tendentes à avaliação do estado do Setor e à procura das soluções mais adequadas para inverter a grave situação recessiva em que o mesmo se encontra. Nesta Audição, depois de terem feito um exaustivo diagnóstico sobre o estado do Setor, os representantes da ANECRA apresentaram pormenorizadamente, propostas e sugestões, quer no contexto do seu Manifesto em Defesa do Setor Automóvel, quer inerentes à publicação recente de legislação e regulamentação no quadro fiscal relativo ao automóvel, que afetarão não só, as empresas e profissionais do Setor, como também os próprios consumidores. O trabalho da ANECRA foi reconhecido e saudado pelos deputados de todos os partidos que constituem este Grupo de Trabalho, tendo ao mesmo tempo evidenciado, que a Resolução da Assembleia da República nº 128/2013, publicada em 7 de Agosto do ano passado, servirá de cartilha para o Plano de Atividades deste Grupo de Trabalho, tendo sido expressamente afirmado que, a maior parte do conteúdo desta Resolução, teve por base inequívoca as propostas apresentadas pela ANECRA, através do seu Manifesto. Ficou assente a intenção do Grupo de Trabalho do Setor Automóvel, em contar

com a indispensável e ativa colaboração da ANECRA, no sentido de ajudar na procura da resolução dos principais problemas do Setor Automóvel, em que, prioritariamente, se enquadram preocupações relativas ao combate à Economia Paralela na Reparação e Manutenção Automóvel, à revisão da Fiscalidade Automóvel, abordando em particular, temas atuais como a dedutibilidade do IVA em viaturas comerciais ligeiras de caixa aberta, o aumento significativo da Tributação Autónoma sobre veículos, os Pagamentos Especiais por Conta já concretizados e sem retorno, para além da suspensão do pagamento do IUC incidente sobre os veículos usados aparcados nos stands, para venda, à retoma do Sistema de Incentivos ao Abate de Veículos em Fim de Vida, ao regime das Contra-Ordenações Ambientais, à revisão da legislação sobre Obrigações Ambientais, ao desenvolvimento do GPL Auto e à publicação de legislação respeitante ao processo de Registo de Propriedade Automóvel. A ANECRA NÃO PÁRA Assim, “Liderando a Mudança” com o apoio inquestionável dos seus Associados e dos Empresários e Profissionais do Setor Automóvel em geral, a ANECRA continuará a desenvolver, de forma determinada e empenhada, todos os esforços, tendo em vista a concretização urgente das Medidas que integram o seu Manifesto, na prossecução dos objetivos orientados, não só para a inversão do estado em que se encontra o Setor, como também para assegurar a recuperação e o crescimento sustentado das empresas, quer do Comércio, quer da Manutenção e Reparação Automóvel, que fazem parte do seu universo.

Av. Almirante Gago Coutinho Nº 100 1749-124 Lisboa Tels. 21 392 90 30 - Fax 21 397 85 04 e-mail: lisboa@anecra.pt ANECRA PORTO Av. da Boavista, 2450 - 4100-118 Porto Tel. 22 618 98 43 Fax 22 618 98 64 e-mail: porto@anecra.pt ANECRA LEIRIA Av. Marquês de Pombal, Lote 25, 1º C 2400-152 Leiria Tel. 244 8146 86 Fax 244 81 47 19 e-mail: leiria@anecra.pt DIRETOR: António Chícharo DIRETOR: Adjunto:Jorge R. Neves da Silva DIREÇÃO FINANCEIRA: José Luís Veríssimo COLABORAÇÃO TÉCNICA: Augusto Bernardo, Isabel Figueira, João Patrício, Patrícia Paz PUBLICIDADE: C&C – Consultores de Comunicação, Lda Pedro Sena tel. 210 307 842 / 210 307 800 anecra.revista@cec-online.pt José Fernando, Joaquim Alves Pereira PROPRIEDADE: ANECRA Av. Almirante Gago Coutinho Nº 100 1749-124 Lisboa Tels. 21 392 90 30 Fax 21 397 85 04 EDIÇÃO C&C - Consultores de Comunicação, Lda Largo da Rosa, n.º 7 - 3º 1149-054 Lisboa Tel. 210 307 800 anecra.revista@cec-online.pt www.cec-online.pt IMPRESSÃO: Grafisol - Artes Gráficas, Lda TIRAGEM: 7.500 exemplares PREÇO: 2,50 € REPRODUÇÃO DE ARTIGOS: É permitida em Portugal a reprodução dos artigos publicados na Revista ANECRA, desde que a origem seja assinalada de forma inequívoca e informados os nossos serviços. Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores. INSCRIÇÃO NA ICS: 110781 - Depósito Legal nº 17107/87 MEMBROS ATIVOS: C.C.P. - Confederação do Comércio e Serviços de Portugal; E.T.O. - European Tuning Organization; C.E.C.R.A. - Comité Europeu do Comércio e da Reparação Automóvel Isenta ao abrigo do nº.1 da al. a) do artigo 12º do D.R. nº 8/99 de 09.06 www.anecra.pt

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24ª CONVENÇÃO ANUAL ANECRA

COMO LIDERAR A MUDANÇA A 24ª CONVENÇÃO ANUAL DA ANECRA REALIZADA NO CENTRO DE CONGRESSOS DE LISBOA A 29 E 30 DE NOVEMBRO DE 2013, FOI SUBORDINADA AO TEMA “COMO LIDERAR A MUDANÇA” E CONTOU COM A PARTICIPAÇÃO ATIVA E MUITO INTERESSADA DE CERCA DE 630 CONGRESSISTAS NOS DOIS DIAS DE TRABALHOS.

CARINA OLIVEIRA DEPUTADA (PSD) GRUPO DE TRABALHO PARA O SECTOR AUTOMÓVEL

JORGE JACOB PRESIDENTE DA ANSR

Para além de ser a intenção da ANECRA, contextualizar na temática desta 24ª Convenção Anual, as preocupações que decorrem dos resultados já alcançados com a implementação do “Manifesto da ANECRA em Defesa do Sector Automóvel”, cujo êxito é devidamente evidenciado pelo facto de, as Medidas nele incluídas, terem constituído a base de 80% da “Resolução da Assembleia da República nº 128/2013”, através da qual, “se recomenda ao Governo o estudo e a adoção de Medidas urgentes de apoio e sustentabilidade para o Setor Automóvel Nacional”, também foi propósito desta Associação criar condições para a concretização destas Medidas, suscitando caminhos e opções que conduzam à liderança na mudança.


CAMILO LOURENÇO COMENTADOR DE ECONOMIA

ANTÓNIO CHÍCHARO PRESIDENTE DA DIREÇÃO DA ANECRA

ALEXANDRE FERREIRA VICE-PRESIDENTE DA DIREÇÃO DA ANECRA

Os temas abordados e as questões trazidas a debate, nos diversos painéis, permitiram-nos retirar diversas conclusões e pontos de reflexão evidenciando-se, nomeadamente, o grande Projeto ANECRA, que visa liderar a mudança, juntando clientes e setor automóvel, na Internet. Através da criação em breve do pioneiro Projecto de Mudança “Portal do Automóvel” a ANECRA propõe-se inovar, levando as empresas da área da Reparação, suas Associadas, a trilhar novos caminhos, a atrair e a fidelizar mais clientes. A ANECRA, ao promover este Projeto, lança um desafio a todos os que estejam direta ou indiretamente ligados ao setor, quer sejam associados ou não, quer estejam ligados ao poder político ou ao setor privado, quer sejam empresas ou consumidores, partilhando assim, a “Liderança na Mudança”.

JORGE NEVES DA SILVA SECRETÁRIO GERAL DA ANECRA

O TEMA PRINCIPAL “COMO LIDERAR A MUDANÇA“ PERMITIU À ANECRA CONCRETIZAR COM SUCESSO OS OBJETIVOS PREVIAMENTE DEFINIDOS PARA ESTE GRANDE EVENTO, NUM DESAFIO PERSPETIVADO NO SENTIDO DA CRIAÇÃO DE UMA COMUNICAÇÃO INOVADORA E DIRECIONADA PARA A RESOLUÇÃO DOS GRAVES PROBLEMAS COM QUE SE CONFRONTAM DIARIAMENTE OS EMPRESÁRIOS E PROFISSIONAIS DO SETOR AUTOMÓVEL, EM PORTUGAL.

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JORGE JACOB ELOGIA A POSTURA DA ANECRA NA PROMOÇÃO DA SEGURANÇA RODOVIÁRIA. NESSE SENTIDO, O PRESIDENTE DA AUTORIDADE NACIONAL DE SEGURANÇA RODOVIÁRIA (ANSR) DIZ QUE É PRECISO REFORÇAR A ATENÇÃO DADA AOS PNEUS, PORQUE “EM TEMPOS DE CRISE, A TENDÊNCIA É DESCURAR O SEU ESTADO”. ANSR E ANECRA PODEM, POR ISSO, VOLTAR A COLABORAR PARA QUE AS OFICINAS DIVULGUEM JUNTO DOS CLIENTES A IMPORTÂNCIA DOS CONDUTORES TEREM OS PNEUMÁTICOS EM ORDEM. ANECRA (A): QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS OBjETIVOS E PREOCUPAÇõES DA ANSR NO TOCANTE à MOBILIDADE E SEGURANÇA RODOVIÁRIA? Jorge Jacob (JJ): A ANSR tem como missão coordenar a política de segurança rodoviária do país. A nossa grande preocupação é contribuir para a continuação da redução da sinistralidade do país em torno de duas grandes áreas: uma é a prevenção (com campanhas pedagógicas e alertas em coordenação com outras entidades); e a outra é a fiscalização, nomeadamente o regime sancionatório e a gestão dos processos de contraordenações. As grandes campanhas que temos gravitam à volta das alturas do ano em que há maior tráfego, como a Páscoa, o Natal, as férias e as peregrinações a Fátima, por exem-

plo. Mas a curto prazo estamos a preparar uma campanha sobre as bicicletas e o novo papel que é atribuído aos velocípedes com o novo Código da Estrada, que os colocou em pé de igualdade de direitos face aos restantes veículos, nomeadamente ao nível da regra da prioridade. Temos uma preocupação centrada sobre os ciclistas pelos maiores riscos a que as novas regras os expõem e iremos tentar contribuir para adequar o comportamento dos ciclistas neste novo quadro. Vamos elaborar um “Guia do ciclista” com as regras que se aplicam ao velocípede. Esse guia é para ser editado antes de maio; e em simultâneo queríamos fazer uma campanha de sensibilização junto dos ciclistas em articulação com as polícias. Outra campanha que estamos a preparar nos “media”, em paralelo, tem a ver com a recomendação para os ciclistas apostarem na sua iluminação para serem vistos.


ENTREVISTA

JORGE JACOB PRESIDENTE DA AUTORIDADE NACIONAL DE SEGURANÇA RODOVIÁRIA (ANSR)

A: QUE RESULTADOS TêM CONSEGUIDO NO âMBITO DO PLANO RODOVIÁRIO NACIONAL? JJ: Neste momento estamos a trabalhar em Portugal, em termos estatísticos, com o conceito de “morto a 30 dias”, seguindo a prática da União Europeia. E isso fez-nos subir quantitativamente a sinistralidade, pois não estávamos a contabilizar corretamente o morto a 30 dias, algo que está agora normalizado, desde 2010. Mas o que se tem constatado é que desde 2001 tem havido uma quebra significativa da sinistralidade até 2006 e a partir desse ano temos tido uma descida sustentada. Nós tínhamos fixado um objetivo na Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária (ENSR) de termos 623 mortos, em 2015. E se virmos os números com mortos a 30 dias já estamos abaixo da curva da tendência, relativamente a 2012 e 2013. Se se mantiver esta descida, iremos atingir o objetivo. Temos alguma parte do mérito, mas de facto isso deve-se porque temos melhores estradas, melhores automóveis e melhor comportamento dos condutores, entre outros aspetos que convergiram para o alcançar desta meta. Isto levou a que o Governo fixasse para 2015 um objetivo qualitativo (de ficarmos entre os 10 melhores países da Europa) e um quantitativo (62 mortos por milhão de habitantes). De 2010 para 2011, fomos o quarto país europeu na redução mais acentuada da sinistralidade. O objetivo de ficarmos entre os 10 melhores não é fácil porque os outros países também estão a melhorar muito. Mas mantemos a meta. A União Europeia fixou também outro objetivo para a evolução da mortalidade

“A ANECRA TEM DADO UM CONTRIBUTO INESTIMÁVEL À SEGURANÇA RODOVIÁRIA” 9


que, entre 2010 e 2020, terá de cair para metade, ou seja, em 2010 tivemos cerca de 940 mortos e em 2020 teremos de ter cerca de 470. Neste momento estamos abaixo da tendência. Estamos a evoluir bem e, provavelmente, iremos conseguir e talvez superar o objetivo global da União Europeia o que, em 10 anos, é notável. E estamos a prever poder lançar no final do ano ou início de 2015 uma campanha para tentarmos reduzir os acidentes mortais nas autoestradas para tornar estas vias ainda mais seguras. Para além disso, temos outra campanha que queremos lançar antes do final do ano virada para os tratores agrícolas, pois temos dos piores índices de mortalidade com os tratores e queremos reduzir esta incidência, o que vai exigir também alterações legislativas. A: COMO TEM SIDO A ADAPTAÇÃO DOS VÁRIOS UTENTES DA VIA àS ALTERAÇõES QUE O CÓDIGO DA ESTRADA SOFREU? JJ: Fizemos um esforço de divulgação das alterações ao Código. Promovemos sessões públicas de informação, estive na Convenção da ANECRA a apresentar também as novidades, estive também nas companhias de seguros só para referir alguns casos. Temos distribuído folhetos com a colaboração das polícias e estamos a preparar uma edição do Código da Estrada nossa e temos previstas ainda mais sessões. Não temos ainda um feedback conclusivo sobre o comportamento e a adaptação dos condutores face às recentes alterações ao Código e não temos dados estatísticos ainda com significância, nesta altura. A: QUAIS FORAM AS VANTAGENS E DESVANTAGENS DESSAS ALTERAÇõES? JJ: Ainda não estou em condições de ter um pensamento estruturado sobre o assunto por algumas razões. Desde logo, porque havia normas do antigo Código da Estrada que eram inconstitucionais. Aliás, foi isso que levou a que o Código fosse à Assembleia da República: sanar

normas que eram inconstitucionais. Uma dessas normas prendia-se com a questão do pagamento das coimas por infrações leves. Quando alguém era autuado por uma infração leve, como é o caso da falta de cinto de segurança, e pagava logo o valor da coima (o pagamento era a assunção da culpa), ainda que apresentasse defesa, a mesma já não era apreciada. Aproveitando a ida do diploma para o Parlamento, tentou-se depois aperfeiçoar algumas regras de trânsito, como é o caso das rotundas, e tentou simplificar-se o regime processual das contra ordenações rodoviárias. Também no desenvolvimento deste processo legislativo introduziram-se novos conceitos, como é o caso dos utilizadores vulneráveis e das zonas de coexistência. Considero que uma das grandes vantagens deste novo Código foi a criação do conceito do utilizador vulnerável e o acréscimo de direitos que isto lhe trouxe para meios urbanos, nas vilas e aldeias. Mas na estrada a aplicação deste novo conceito é uma desvantagem. Há um aspeto preocupante relacionado com as bicicletas que tem a ver com as diferenças de velocidade entre veículos – quanto mais díspares forem, maiores riscos representam em termos de sinistralidade. E, como é sabido, as bicicletas não conseguem circular à velocidade dos automóveis, logo a probabilidade de colisões vai aumentar. Portanto, é uma regra que tem as suas vantagens, mas também lhe reconheço desvantagens e essa avaliação também se aplica às zonas de coexistência. Estamos a analisar como as coisas estão a ser encaradas por todos os utentes. Estamos a preparar uma norma técnica para a conceção das zonas de coexistência porque não pode ser à livre vontade de uma câmara municipal decidir os locais onde pode criar esses pontos de coabitação. Essas zonas têm de ter regras técnicas para serem consideradas como tal e para que se regulem os conflitos todos, de modo a que peões, condutores e ciclistas coexistam pacificamente. A: E O ARTICULADO DAS ROTUNDAS VAI SER REVISTO? JJ: Não está previsto até porque o que se fez na revisão do Código da Estrada foi clarificar o regime de circulação em rotundas e sancionar


ENTREVISTA

“DEVEMOS REFORÇAR A ATENÇÃO QUE É PRECISO DAR AOS PNEUS” o seu incumprimento. O que se passa é que as rotundas não têm normas de dimensionamento, conceção, desenho e da sua inserção na rede. É algo que não está normalizado e tem de haver normas para o desenho das rotundas para que depois as regras estipuladas no Código da Estrada para utilização das placas giratórias possam produzir o efeito pretendido. É um aspeto que na ENSR iremos tentar colmatar, o da melhoria das infraestruturas rodoviárias municipais, embora seja uma matéria tutelada pelo IMT e por outras áreas da administração pública – urbanismo e ordenamento do território. A: A ATUAL CONjUNTURA ECONÓMICA TEM INFLUENCIADO A SEGURANÇA RODOVIÁRIA? JJ: Eu entendo que sim. O que notamos é que tem havido redução dos volumes de tráfego, o que faz diminuir o risco de acidente. Depois as pessoas para pouparem gasolina baixaram a velocidade e isso também minimiza riscos. São dois efeitos conjugados no mesmo sentido que favorecem a quebra da sinistralidade. Outra coisa que se nota é a transferência de tráfego das autoestradas para as estradas nacionais. E aqui pode dizer-se que este facto age em sentido contrário aos outros dois, mas a verdade é que temos de aprofundar os estudos para compreender o fenómeno, até porque nas estradas secundárias as velocidades são mais baixas do que as das autoestradas. E tendencialmente, com velocidades mais baixas as consequências dos acidentes são menores. A ANSR ainda não tem a noção clara disso. O que também estamos a admitir é que esta transferência de tráfego está, eventualmente, a fazer aumentar o número de acidentes. Ou seja, estamos com uma redução significativa do número de vítimas mortais, mas esse decréscimo já não é tão significativo no número de feridos graves e leves. O número de acidentes não tem diminuído, o índice de gravidade é que tem baixado. A: A CRISE FAz COM QUE AS PESSOAS NÃO SEjAM TÃO CUIDADOSAS COM OS CARROS, DESCURANDO A MANUTENÇÃO DAS VIATURAS. ISSO TEM FEITO AUMENTAR A INSEGURANÇA? JJ: Não temos ainda essa noção, embora nós estejamos a detetar um acréscimo do número de autos por falta de inspeção. Mas é um tema que carece de mais dados para nos pronunciarmos.

A: COMO É QUE AVALIA AQUILO QUE A ANECRA TEM FEITO ENQUANTO ENTIDADE PROMOTORA DA SEGURANÇA RODOVIÁRIA. JJ: O papel da ANECRA tem sido muito positivo. Por um lado, ao nível dos seus associados e oficinas tem-nos sensibilizado a mensagem transmitida aos seus clientes para a necessidade de atenção que deverão dar ao veículo, às inspeções e revisões e isso é fundamental. Um dos fatores que tem contribuído para a redução da sinistralidade é também a atenção dada ao veículo. Portanto, não apenas o parque mais moderno, mas também a manutenção que é assegurada aos automóveis tem contribuído certamente para a baixa da sinistralidade. Nesse aspeto, a ANECRA tem dado um contributo inestimável. A: OS PNEUS SÃO UM ASPETO MUITAS VEzES DESCURADO PELOS CONDUTORES… JJ: A ANECRA já fez campanhas a destacar a relevância de ter pneus em condições, mas é uma das áreas em que é preciso voltar à carga e reforçar a atenção que é preciso dar aos pneus, porque e sobretudo em tempos de crise, a tendência é descurar o estado dos pneumáticos. E há anomalias de pneus que são facilmente visíveis quando se olham para os pneus dos carros. O próprio condutor deveria ter o cuidado de verificar o estado do pneu e tomar medidas. Creio que poderíamos colaborar com a ANECRA na tentativa de divulgar a importância de ter os pneus em ordem. A: E COMO TEM FUNCIONADO A ARTICULAÇÃO E COLABORAÇÃO ENTRE A ANSR E A ANECRA? JJ: Tem funcionado bem. Temos tido uma boa relação, temos dado o apoio que a ANECRA pede e sempre que há oportunidade de colaborar em campanhas conjuntas também o temos feito. E é o que esperamos que continue a haver. Pontualmente, como é o caso dos pneus, podemos prever ter uma campanha mais cerrada sobre este equipamento do carro. Nós estamos disponíveis e tenho a certeza que a ANECRA também estará.

A: E SE TEM HAVIDO MAIS CARROS POR INSPECIONAR, TAMBÉM É DE ADMITIR QUE HAjA MAIS CARROS A NÃO FAzER AS REVISõES PROGRAMADAS DOS SEUS CARROS… JJ: Provavelmente.

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A OPEL INTRODUZIU NO MERCADO PORTUGUÊS UMA GAMA COMPLETA DE MODELOS FLEXFUEL A GPL (GÁS DE PETRÓLEO LIQUEFEITO).

AO TODO, SÃO 10 VERSõES DISTRIBUÍDAS POR SEIS MODELOS: DO UTILITÁRIO CORSA AOS FAMILIARES INSIGNIA (BERLINA E CARRINHA), DOS MONOVOLUMES MERIVA TOURER E zAFIRA TOURER AO SUV MOKKA, PASSANDO PELO FAMILIAR MÉDIO ASTRA (CARRO E CARRINHA). A oferta GPL da Opel assenta nos blocos a gasolina 1.2 com 85 cv (no caso do Corsa) e 1.4 Turbo com 120 e 140 cv. “A legislação portuguesa, finalmente, produziu [em 2013] alterações que eliminaram a discriminação a que estes veículos estavam sujeitos. Faltava uma oferta diversificada, capaz de propor uma solução moderna e competitiva em cada segmento”, aponta João Falcão Neves, Diretor-Geral da General Motors Portugal. Os dez novos elementos da gama FlexFuel da Opel estão equipados de série com sistemas de alimentação de autogás instalados na fábrica, usufruindo de plena cobertura de garantia da marca. A designação FlexFuel destaca o facto destas versões poderem funcionar a autogás ou a gasolina, bastando ao condutor premir uma tecla na consola central do tabliê para selecionar um ou outro combustível. O depósito de gás está instalado no espaço da roda sobressalente, o que quer dizer que o habitáculo mantém a volumetria inalterada, tanto para passageiros como para bagagens. Em termos de preços (ver tabela), o Corsa GPL custa mais mil euros que o corsa 1.2 a gasolina, mas menos 2600 euros face ao Corsa 1.3 CDTI, ao passo que o Meriva Tourer Bi-Fuel custa mais 700 euros que o seu homólogo a gasolina, mas menos 600 euros que a versão 1.3 CDTI.

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A HYUNDAI ACABA DE INTRODUZIR NO MERCADO NACIONAL A NOVA GERAÇÃO DO SEU i10.

HYUNDAI i10

TAMBÉM PASSA A TER GPL

Além das versões equipadas com os propulsores 1.0 litros e 1.25 litros da família de motores “Kappa”, o modelo de segmento A da marca coreana, que foi projetado e fabricado na Europa, merece destaque pelo facto de oferecer também aos clientes uma variante GPL, instalada de fábrica. Nesta versão a sua potência máxima é de 67 cv às 6200 rpm com 90 Nm de binário produzido às 3500 rpm. A versão Bifuel está associada ao 1.0 litros (998 cc) e a uma caixa manual de cinco velocidades. Os seus consumos em modo GPL são de 8,3 l/100 km (em cidade), 5,4 l/100 km (extra urbano) e 6,5 l/100 km (ciclo combinado). O seu preço é de 13 390 euros, mais 1500 euros do que a versão equivalente 100% a gasolina.

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NOTICIAS

FORMAÇÃO CZ EM MANUTENÇÃO DE MOTORES ARRANCA EM ABRIL Tal como vem sendo habitual, desde o ano 2000, o Centro Zaragoza em Espanha, vai realizar durante o primeiro semestre do ano três ações formativas. A primeira dessas sessões está direcionada para “operações auxiliares de manutenção em eletromecânica de automóveis”. Terá uma duração de 280 horas e começou no passado dia 3 de fevereiro e termina em 25 de abril. A segunda formação diz respeito à “manutenção de estruturas de carroçarias de veículos”. Terá uma duração de 530 horas e termina em 25 de julho, isto depois de ter arrancado em 17 de fevereiro. Por fim, os interessados em “manutenção do motor e seus sistemas auxiliares” pode contar com uma formação de 450 horas e cujo começo está previsto para abril. O objetivo destas sessões é que quem as frequente adquira conhecimentos e capacidades que favoreçam a sua inserção laboral e o seu desenvolvimento profissional.

de peças da carroçaria. Estes novos produtos bicomponentes em base poliuretano são especialmente baixos em emissões, pelo que são mais seguros de utilizar pelos técnicos. Esta nova gama de adesivos caracteriza-se por se apresentar numa embalagem de cartuchos duplos com uma boquilha misturadora para a sua aplicação. Assim, os dois componentes do produto misturam-se de forma automática e nas proporções adequadas, assegurando uma melhor qualidade do processo de reparação que está a ser feito. O produto Teroson PU 9225 SF ME pode ser usado para reparar todas as partes de plástico do exterior do veículo. Sendo aplicada à temperatura ambiente, a mistura é curada, utilizando uma lâmpada IR, de 60 a 70 °C. A peça reparada pode, então, ser lixada facilmente e aplicando o produto Terokal 150 também se pode pintar sem problemas. O Teroson PU 9225 UF ME é uma nova versão do Teroson PU 9225 SF ME, de cura ultra-rápida. O seu grande benefício está em permitir reparar pequenas fissuras e danos em plásticos de engenharia e reconstruir peças plásticas com tempos de fixação inferiores a um minuto. É, por exemplo, indicado para reparar suportes de faróis, patilhas de ancoragem de para-choques e todo o tipo de elementos plásticos na carroçaria dos veículos sem necessidade de efetuar grandes fixações mecânicas. Em menos de cinco minutos é possível recriar uma pequena peça plástica conforme a sua geometria original.

KITS DE MONTAGEM PARA TURBOS PSA 1.6 HDI A Krautli Portugal acaba de incorporar no seu programa de turbo compressores, dois kits de acessórios para facilitar a montagem dos Turbos PSA 1.6HDi DV6 90 cv/110 cv. Estão, assim, disponíveis dois kits para uma correta montagem dos turbos em questão: KIT 110 PSA (motores 1.6Hdi 110cv, Turbos Garrett 753420 / 750030 / 740821 / 762328); e KIT 90 PSA (motores 1.6Hdi 90cv, Turbos Mitsubishi 4917307500).

O Teroson PU 6700 ME é ideal para a aderência de materiais diferentes. Pode ser empregue em metal, madeira e na maioria dos plásticos e superfícies pintadas. Estes três produtos estão disponíveis em cartuchos duplos de 50 ml (25 ml cada cartucho).

TEROSON TEROKAL 5055, COLA EM VEZ DE SOLDADURA Entretanto, a Teroson da Henkel, marca para fixação, vedação, revestimento e reforço em carroçarias automóveis e aplicações de reparações de veículos, lançou um novo produto, Teroson Terokal 5055. Trata-se de uma cola estrutural para painéis e elementos da carroçaria que pode substituir os métodos convencionais, como a soldadura ou fixações mecânicas.

NOVOS ADESIVOS HENKEL PARA REPARAÇÃO DE PLÁSTICOS

Este adesivo de alta resistência permite, por exemplo, realizar uniões em aço sem estar tratado ou pintado, em zincados, galvanizados e alumínios.

A Henkel desenvolveu três novos adesivos de altas prestações para a reparação de componentes plásticos de veículos e para a união

Além do mais Teroson Terokal 5055 funciona ainda como um revestimento anticorrosivo para a proteção das uniões que foram soldadas na carroçaria.

AMG E PETRONAS INTENSIFICAM PARCERIA A evolução da forte parceria técnica entre a PETRONAS e a MERCEDES AMG PETRONAS Formula One Team nas pistas, bem como a estreita relação comercial com a Mercedes-AMG no que diz respeito ao primeiro enchimento de lubrificantes na fábrica, atingiu recentemente um novo e importante nível de colaboração: o fornecimento do óleo de motor PETRONAS SYNTIUM 7000 para a produção da nova série de motores de 4 cilindros da Mercedes-Benz A 45 AMG e do Mercedes-Benz CLA 45 AMG. Nos termos do novo acordo, todos os motores AMG M133 produzidos em Kölleda, Alemanha são lubrificados com óleo de motor PETRONAS Syntium, sendo o motor 2.0L turbo desenvolvido para ter o melhor desempenho com PETRONAS Syntium 7000 – o mesmo lubrificante formulado para satisfazer as exigências mesmo nas condições mais rigorosas, como a Formula 1.


Por ano, a academia R-M e esta certificação X-Ray forma uma média de 600 pessoas. “Todos os anos, aparecem cerca de mil cores novas no mercado. Surgem novas tendências, tais como as cores de três fases e os nossos técnicos necessitam não só de saber como identificar e aplicar as cores como também de conhecer os novos processos necessários para as reparar”, refere a R-M.

NOVO DISCO DE TRAVÃO COM ROLAMENTO INTEGRADO

PROGRAMA DE FESTOOL COM PROMOÇÕES PARA SÓCIOS

A Metelli expandiu a sua gama de componentes de travão, com o lançamento de um disco de travão com rolamento integrado especialmente concebido para o eixo traseiro de veículos franceses. Este novo produto é o resultado da montagem de um disco de travão, um rolamento e uma série de acessórios, incluindo o anel de sensor de ABS. A sua característica é o rolamento integrado, composto por um par de rolos cónicos inseridos no orifício de montagem do disco de travão, que o fixa ao cubo de roda. Os modelos de discos de travão com rolamento integrado desenhados pela Metelli podem ser instalados no eixo traseiro dos Renault Clio, Scénic, Modus, Grand Scénic, Laguna, Velsatis, Espace, Citroën C4, Peugeot 207 e 307/308. Por seu lado e ainda relativamente à Metelli, esta empresa introduziu no início deste ano 27 novos códigos de referência para pastilhas de travão, cobrindo os modelos de veículos mais recentes, como o Fiat 500, o Panda 2013, o Ducato 2010, o Opel Adam 2013, o Ford Focus, o Ka 2012 e modelos da BMW (Série 5 e X3 2010).

O programa de colaboração “Quality System Partner” introduziu em 2014 novidades para os seus sócios, as oficinas de reparação automóvel. Às oito vantagens oferecidas até agora, como o assessoramento personalizado ou a garantia total para toda a maquinaria da marca, a Festool Automotive Systems acrescenta o acesso a promoções exclusivas e a oferta de condições de compra preferenciais. O objetivo do fabricante alemão de soluções de sistema é proporcionar ferramentas que potenciem a redução de custos, economia de materiais e melhoria da rentabilidade. Para se ser sócio “Quality System Partner” e beneficiar-se das vantagens exclusivas do programa, existe apenas uma condição: a oficina de reparação automóvel tem de utilizar o processo de lixagem em quatro passos, que consiste na combinação das lixadoras, acessórios e abrasivos.

SUBSTITUIÇÃO DE KITS DE DISTRIBUIÇÃO A PREÇOS PROMOCIONAIS A rede de oficinas Topcar lançou uma campanha promocional exclusiva de “preços chave na mão” de substituição de kits de distribuição e bomba de água, em vigor até março. Os componentes em causa são da SKF, abrangendo as principais motorizações Diesel do parque automóvel nacional, possuindo três níveis de preços fixos para os clientes: 299€ para motores 1.4 HDi, TDI, TCDi e 1.5 DCi; 319€ para motores 1.6 HDi, TDCi e 2.0 HDi; 399€ para motor 1.9TDI. Os três níveis de preço (com IVA) incluem todas as peças, líquidos e mão-de-obra definidos para estas operações.

NOVO CATÁLOGO DE AMORTECEDORES CERTIFICAÇÃO X-RAY EM CORES A equipa de formadores da R-M tem vindo da dar formação a National Head Trainers (NHT), gestores de formação nacionais, os quais, por sua vez, terão como missão formar os técnicos responsáveis em cada país por transmitir os conhecimentos adquiridos no novo Centro de Competências de Reparação (RCC) de Clermont, designadamente em matéria de novos produtos, processos e tendências.

A SWAG lançou um novo catálogo com a completa gama de amortecedores a gás para os mais populares veículos europeus, onde estão listadas um total de 665 referências, todas com qualidade equivalente à origem. Para tornar a consulta mais simplificada e intuitiva, o catálogo está dividido em três categorias: Amortecedores de Mala e Capot, Amortecedores de Direção e Amortecedores da Correia Auxiliar. Este novo catálogo está disponível na sua versão impressa e ainda em formato PDF, que poderá ser descarregado gratuitamente no site www.swag.de.

60 NOVAS CORES CRIADAS A PPG criou mais de 60 novas cores para os fabricantes de automóveis, com base em estudos feitos junto dos consumidores, no sentido de compreender quais são as preferências do mercado. Essas novas cores deverão começar a ser incluídas nos veículos de 2016 e 1027. Essa nova gama de cores está agrupada em cinco paletes, tendo sido batizadas de Hi-Breed, Mosaic, New Spirit, Magnifigance e Theorem.

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CONCESSIONÁRIO “TIVEMOS QUE NOS AJUSTAR À CRISE E 2014 JÁ SERÁ MELHOR” ANECRA (A): COMO É QUE ESTÁ O SETOR, VISTO DO LADO DO CONCESSIONÁRIO?

ANTÓNIO CHÍCHARO RESPONSÁVEL DA CONCESSÃO TOYOTA, EM BEJA ALÉM DE PRESIDENTE DA ANECRA, ANTÓNIO CHÍCHARO TEM TAMBÉM UMA CONCESSÃO AUTOMÓVEL, EM BEJA, DA MARCA TOYOTA. COM 32 EMPREGADOS, A “JOSÉ CÂNDIDO CHÍCHARO & FILHOS” TEVE DE REDUZIR O NÚMERO DE VENDEDORES PARA SE AJUSTAR À CRISE, MAS, EM CONTRAPARTIDA, AUMENTOU JÁ O NÚMERO DE POSTOS DE TRABALHO NA ASSISTÊNCIA. ANTÓNIO CHÍCHARO ESPERA QUE AO AUMENTO DA PROCURA QUE SE SENTE, CORRESPONDAM MAIS NEGÓCIOS EM 2014.

António Chícharo (AC): O setor teve dois anos muito complicados, os de 2012 e 2013. Em 2013, fizemos alguns ajustamentos em todos os concessionários, em termos de número de vendedores, de apoio às vendas e da assistência. No final de 2013, notámos algum incremento na procura. Nesta altura, a procura continua incentivada, mas a realização do negócio ainda dificilmente é palpável e é contabilizada. A: O CRESCIMENTO QUE SE NOTOU NAS ESTATÍSTICAS É jÁ UM SINAL DE RETOMA? AC: É, especialmente nas marcas que têm viaturas a preços mais baixos. Na nossa concessão isso sente-se. A: COMO É QUE FOI O SEU ANO DE 2013? AC: Na nossa concessão, o ano de 2013 foi melhor que o de 2012. Tivemos um aumento de faturação e tivemos um aumento de procura dos nossos produtos, tanto dos serviços de assistência, como da venda de automóveis. Os lucros é que diminuíram. Faturámos mais, mas lucrámos menos. Isto quer dizer que na área do negócio cada vez as margens disponíveis começam a ficar mais curtas.

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“EM 2012 E 2013 CONSEGUIMOS ALCANÇAR SEMPRE OS OBJETIVOS”

A: COMO É QUE ESTÁ A SER ESTE INÍCIO DE 2014? AC: Começou melhor do que 2013, tanto na área da venda de viaturas, como na área da reparação. A: TEM ESPERANÇA QUE NO FINAL DESTE ANO SE CONCLUA QUE HOUVE UMA MELHORIA EFETIVA? AC: Tenho esperanças que 2014 seja um pouco melhor que 2013, mas não vamos ainda recuperar as vendas que fizemos em 2008 ou em 2006. A: QUE VALORES É QUE SERIAM ACEITÁVEIS PARA QUE 2014 FOSSE CONSIDERADO UM ANO POSITIVO? AC: As marcas todas retificaram os objetivos que tinham com os concessionários [em função da crise geral]. Nós, na redução que tivemos em 2012 e 2013, conseguimos alcançar sempre os objetivos. Para 2014, já temos uns objetivos um pouco mais elevados. É minha previsão que vamos ultrapassar também esses novos objetivos, em termos de número de vendas de viaturas, até porque temos, dentro de relativamente pouco tempo, alguns modelos novos, os quais, só por si, incentivam mais algumas vendas. A: ALÉM DA TOYOTA, VENDE MAIS ALGUMA MARCA? AC: Já tive outras concessões, mas neste momento só tenho Toyota. A: COMO É QUE É VISTA A TOYOTA NA zONA DE BEjA? AC: A Toyota é vista como uma marca de confiança e qualidade. Hoje, a nossa venda de viaturas está mais ligada ao setor agrícola com as pick-up e os veículos de todo o terreno e aí somos líderes de mercado nessa zona. Por experiência, posso dizer que as pessoas quando estão interessadas numa pick up, após consultarem várias marcas, só deixam de comprar Toyota por uma questão de preço, porque a Toyota é 1000 ou 1500 euros mais cara do que a concorrente, mas a curto prazo também se arrependem dessa decisão, porque os custos de manutenção da Toyota são completamente diferentes. Falando da fidelização dos clientes, temos, por exemplo, nas nossas oficinas, clientes que vão com os nossos carros à nossa assistência há 15 e 20 anos, apesar da garantia há muito ter passado, quando o que se verifica na generalidade das pessoas é que, quando a garantia dos carros termina, os proprietários das viaturas vão para sítios mais baratos fazer a manutenção. E isso acontece porque sabem que têm um produto de qualidade que querem mantê-lo dentro das suas características originais.

A: NA SUA CONCESSÃO QUE MEDIDAS APLICOU PARA FAzER FRENTE A ESTA CRISE? AC: Tivemos um ajustamento em termos de número de vendedores. Não nos poderíamos dar ao luxo de termos quatro ou cinco vendedores quando vendíamos dois ou três carros por mês. A: QUANTAS PESSOAS TRABALHAM, NESTE MOMENTO, NA SUA CONCESSÃO? AC: Trabalham 32. Fizemos um ajustamento no número de vendedores, mas só aí, porque na parte da assistência criámos quatro postos de trabalho novos e agora estamos a criar mais dois. Fizemos também ajustamentos nos custos dos consumíveis, como combustíveis, eletricidade e telefones e chegámos ao fim, em 2013, com resultados positivos relativamente interessantes. A: FIzERAM ALGUM INVESTIMENTO NO APÓS-VENDA? AC: Fizemos investimentos que já estavam programados e orçamentados do ano anterior, tendo substituído todos os nossos equipamentos da área da chapa e pintura. Foi algo que rondou os 150 mil euros. A: ESSE INVESTIMENTO AjUDOU AO NEGÓCIO? AC: Ajudou. Nós com as instalações e equipamentos antigos efetuávamos meia dúzia de reparações de chapa e pintura e agora, felizmente, com mais postos de trabalho que admitimos temos praticamente os tempos todos ocupados das pessoas que trabalham nesse departamento. E O FUTURO DA MARCA COMO SERÁ? AC: Estivemos há poucos dias em Berlim, com a própria administração da Toyota do Japão, em que nos foram mostrados os novos modelos que vão estar disponíveis até 2017 e 2018. O que vimos, independentemente da exposição de marketing e publicidade que é naturalmente feita em torno destes eventos e apresentações, deixou-nos muito confortáveis em termos de futuro. Se não houver grande cataclismo na área financeira, penso que, a partir de 2015 e 2016, esquecemo-nos dos anos de crise que ficaram para trás, porque os modelos estão mais adaptados aos gostos dos europeus do que estavam no passado e os preços que se fala também têm alguma mexidas. A: EM TERMOS DE LOCOMOÇÃO TEREMOS NOVIDADES? AC: Está na moda os híbridos e a marca é pioneira nessa área, tendo-nos sido mostrado o carro a hidrogénio que está pronto.

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A ANECRA ESTEVE SEMPRE NA LINHA DA FRENTE EM PROL DO DESENVOLVIMENTO DO GPL EM PORTUGAL. EIS ALGUNS EXEMPLOS DESTE EMPENHO, AO LONGO DOS ANOS: PROPOSTAS DE QUADRO LEGAL MAIS FAVORÁVEL à UTILIzAÇÃO DO COMBUSTÍVEL Ao longo de quase 20 anos, a Associação apresentou aos organismos da tutela propostas de revisão de uma legislação obsoleta e inibidora do crescimento do GPL. Veja-se a proibição de viaturas a GPL estacionarem em espaços fechados e a obrigatoriedade de terem um dístico identificador azul.

palmente porque não foram publicados os diplomas complementares, necessários.

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE BENEFÍCIOS FISCAIS A ANECRA fez diligências junto de diversos organismos oficiais para se potenciar a criação de benefícios nas vertentes da aquisição (na redução do ISV, quer para veículos novos, quer para veículos usados importados, e da base de incidência do IUC) e da utilização de GPL (na diminuição do preço deste combustível e na concessão de benefícios para a alteração de viaturas para GPL).

Estivemos de acordo com a proposta deste projeto de diploma, por referir que a competência do IMTT, para o reconhecimento de entidades montadoras ou reparadoras na área da adaptação e reparação dos automóveis à utilização do GPL, poderia ser delegada nas associações declaradas de utilidade pública.

ENQUADRAMENTO LEGAL DOS PROFISSIONAIS A ANECRA desenvolveu esforços para criar categorias profissionais específicas, como mecânico de Autogás e Técnico de Gásauto. FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS A ANECRA promoveu e realizou cursos para os profissionais do GPL, com o apoio do Centro de Formação Profissional da Reparação Automóvel (CEPRA), batendo-se ainda para que o acesso à formação se tornasse mais facilitado, para mais empresas poderem aceder à atividade. PROPOSTAS ANECRA O Decreto-Lei n.º 136/2006 (que veio revogar o diploma anterior que durou 15 anos, o Decreto-Lei 195/91), deveria ter regulado devidamente a utilização do GPL. A publicação deste diploma parecia, ao início, ser um passo à frente. Mas mostrou-se também ineficaz, princi-

Em 2010, surgiu um projeto de Decreto-Lei que visava revogar o Decreto-Lei n.º 136/2006, e que vinha ao encontro do que a ANECRA tinha vindo a propor. Relembramos a apreciação que a ANECRA fez a este projeto:

Propusemos que os veículos equipados conforme os requisitos do Regulamento ECE/ONU n.º 67 deveriam passar a estar autorizados a estacionar em locais fechados e a necessitar apenas de possuir averbamento no respetivo documento único do veículo, dispensando o dístico identificador. Os restantes veículos a GPL deveriam manter a identificação exterior. Propusemos que as habilitações para o exercício das funções de técnico de gás e mecânico de autogás, deveriam poder ser obtidas em entidade formadora reconhecida. Propusemos também que as instalações para montar e reparar componentes GPL, deveriam dispor de ventilação natural através de aberturas ao nível do teto e solo que permitissem o rápido escoamento para o exterior de uma eventual fuga de gases, não sendo permitida a sua localização em pisos abaixo do nível do solo. As instalações sem ventilação natural, deveriam dispor de um medidor de concentração de gás, dotado de sistema de alarme.


GPL E GN

A ENVOLVÊNCIA E A POSIÇÃO DA ANECRA DESDE A DÉCADA DE 1990, QUE A ANECRA SUBLINHA QUE O GPL É UM COMBUSTÍVEL DE ELEIÇÃO, NO TOCANTE À MINIMIZAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL ASSOCIADO AO FUNCIONAMENTO DOS MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA, E À MAXIMIZAÇÃO DA DURABILIDADE DESSES PROPULSORES.

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FINALMENTE, A NOVA LEGISLAÇÃO A Lei n.º 13/2013, de 31 de Janeiro, veio estabelecer os princípios para a utilização de GPL e gás natural comprimido e liquefeito (GN) em veículos. ENTRE OUTROS ASPETOS, DIz ESTE NOVO DIPLOMA O SEGUINTE: Os veículos que utilizem GPL ou GN como combustível devem garantir um nível de segurança adequado, devendo obedecer às prescrições técnicas a estabelecer em portaria. Os veículos GPL cujos componentes tenham sido aprovados e instalados segundo este regime, podem estacionar em parques fechados e abaixo do nível do solo, que devem ser ventilados e cumprir as disposições do regime de segurança contra incêndios em edifícios e demais legislação aplicável ao estacionamento. Os veículos GPL cujos componentes não tenham sido aprovados de acordo com este regime não podem estacionar em parques fechados, salvo se os mesmos dispuserem de ventilação natural através de aberturas no tecto e solo, que permitam o rápido escoamento de uma eventual fuga de gases. Estes veículos não podem estacionar em locais situados abaixo do nível do solo. Os veículos ligeiros GPL ou GN devem exibir, de forma visível do exterior, uma vinheta identificadora, de modelo a estabelecer por portaria. Tal não se aplica a veículos das categorias M2, M3, N2 e N3. Sobre o fabrico, adaptação e reparação de veículos automóveis a GPL e GN, só podem ser efetuados em estabelecimentos específicos para esse fim, controlados pelo IMT. O exercício das atividades de mecânico e técnico de auto/gás fica condicionado à posse de título profissional do IMT, que pode delegar a competência de emissão destes títulos em organismos reconhecidos, associações ou outras entidades. PARA SE OBTER TÍTULO PROFISSIONAL PARA O EXERCÍCIO DA ATIVIDADE DE MECâNICO DE AUTO/GÁS DEVE REUNIR-SE OS SEGUINTES REQUISITOS: a) Possuir formação adequada na área de mecânica ou mecatrónica automóvel, designadamente através de: i) Curso de mecânica ou mecatrónica automóvel; ii) Certificação profissional obtida em processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências, de mecânica ou mecatrónica automóvel; iii) Outra formação adequada na área de mecânica ou mecatrónica automóvel, aceite por despacho do Presidente do Conselho Diretivo do IMT ou por entidade competente; iv) Experiência superior a 3 anos em mecânica automóvel demonstrada através da apresentação de curriculum vitae, acompanhado por declaração das respetivas entidades empregadoras que corrobore essa experiência. b) Ter frequentado, com aproveitamento, cursos de formação adequados à especialidade de mecânico de auto/gás. O requisito para exercício das atividades de mecânico de auto/gás pode igualmente ser cumprido pela frequência, com aproveitamento, de curso integrado de mecânico de auto/gás. Embora a regulamentação necessária à execução desta lei devesse ter sido emitida em 90 dias (até dia 1 de Maio de 2013), tal só ocorreu em 25 de junho (Portaria 207-A/2013), com a sua entrada em vigor a acontecer 15 dias depois. GPL e GN: agora a nova legislação pode ser aplicada. Segundo essa Portaria, os veículos que utilizem GPL ou GN devem garantir uma segurança adequada, em conformidade com os Regulamentos ECE/ONU n.º 67 e 110. A adaptação ou reparação de veículos matriculados à utilização de GPL ou GN em território nacional só pode ser efetuada por entidade

instaladora ou reparadora que aqui opere legalmente, controlada pelo IMT. A entidade que realiza a adaptação deve garantir a conformidade da montagem segundo as prescrições técnicas fixadas nos referidos regulamentos da ECE/ONU, sendo responsável pela verificação de que o veículo cumpre com as especificações estabelecidas pelo seu fabricante e pelo fabricante dos componentes inerentes, bem como pela garantia de que a adaptação não introduz uma diminuição nas condições de segurança do carro. A conformidade da adaptação à utilização de GPL ou GN e o correto funcionamento de cada veículo são atestados por um certificado emitido pela entidade instaladora ou reparadora, que consta nesta Portaria. A circulação de qualquer veículo adaptado para GPL está condicionada à sua aprovação em inspeção técnica extraordinária, onde é obrigatória a apresentação de certificado, passado pela entidade instaladora ou reparadora. O certificado deverá ter sido emitido há menos de 30 dias da data de inspeção.

OS VEÍCULOS QUE USEM SISTEMAS DE ALIMENTAÇÃO A GPL DEVEM EXIBIR: UMA VINHETA IDENTIFICADORA NO CANTO INFERIOR DIREITO DO PARA-BRISAS, DE ACORDO COM O MODELO DEFINIDO (VEÍCULOS DAS CATEGORIAS M1 E N1); UM DÍSTICO IDENTIFICADOR DE ACORDO COM O MODELO DEFINIDO, AFIXADO à RETAGUARDA (CATEGORIAS M2 E M3). As entidades que se dediquem à adaptação e reparação de veículos GPL ou GN podem exercer essa atividade desde que apresentem mera comunicação prévia, segundo o Decreto-Lei n.º 48/2011, alterado pelo Decreto -Lei n.º 141/2012, e do artigo 17.º do regulamento publicado com a Portaria. As entidades instaladoras ou reparadoras devem manter um registo atualizado de todas as adaptações ou reparações efetuadas em veículos, o qual pode ser solicitado a todo tempo pelo IMT. Compete às entidades instaladoras ou reparadoras assegurar que os técnicos e mecânicos de auto/gás possuem a formação e título profissional exigíveis. As entidades instaladoras ou reparadoras devem dispor de um seguro de responsabilidade civil válido (valor mínimo obrigatório de €600.000,00, sendo este valor atualizado em cada ano). As instalações para reparação ou instalação de GPL ou GN devem dispor de ventilação natural através de aberturas ao nível do teto e solo. Não são permitidas montagens e reparações em locais abaixo do nível do solo. As instalações devem dispor de um medidor de concentração de gás e sistema de alarme calibrado. Os veículos que já usem sistemas de alimentação a GPL ou GN, aprovados em inspeção técnica extraordinária ao abrigo do regime anterior a esta Portaria podem ser apresentados a nova inspeção técnica extraordinária. Se não o fizerem podem manter-se em circulação, mas devem fazer esta inspeção para poderem estacionar em parques fechados e abandonar o dístico azul. A ANECRA saúda a aprovação da nova lei. Já há quase 20 anos que esta associação defende a atualização de um quadro legal desajustado e inibidor do desenvolvimento do GPL, e a necessidade de regulamentar a utilização de GN. Este novo quadro legal vem na sua generalidade de encontro às pretensões da ANECRA. Significativa parte do seu texto está em sintonia com muitas das propostas que a ANECRA entregou no IMTT e na extinta DGV.


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INFORMAÇÃO FISCAL DIREITO À DEDUÇÃO – VIATURAS LIGEIRAS DE MERCADORIAS OFÍCIO CIRCULADO N.º 30152, DE 16 OUTUBRO É considerada viatura de turismo, por não se destinar exclusivamente ao transporte de mercadorias, qualquer viatura ligeira que possua mais de 3 lugares, com inclusão do condutor, pelo que não confere direito à dedução do IVA contido nas respetivas despesas, ainda que o tipo de veículo inscrito no certificado de matrícula seja mercadorias, nos termos do disposto na alínea a) do n.º 1 do artigo 21.º do Código. Refere na alínea a) do n.º 1 do artigo 21.º do Código do IVA: “Exclui-se, todavia, do direito à dedução o imposto contido nas seguintes despesas: Despesas relativas à aquisição, fabrico ou importação, à locação, à utilização, à transformação e reparação de viaturas de turismo, de barcos de recreio, helicópteros, aviões, motos e motociclos. É considerado viatura de turismo qualquer veículo automóvel, com inclusão do reboque, que, pelo seu tipo de construção e equipamento, não seja destinado unicamente ao transporte de mercadorias ou a uma utilização com carácter agrícola, comercial ou industrial ou que, sendo misto ou de transporte de passageiros, não tenha mais de nove lugares, com inclusão do condutor;”. Vem a AT esclarecer neste Ofício-Circulado, que é considerada viatura de turismo, por não se destinar exclusivamente ao transporte de mercadorias, qualquer viatura ligeira que possua mais de 3 lugares,

com inclusão do condutor, pelo que não confere direito à dedução do IVA contido nas respetivas despesas ( aquisição, fabrico ou importação, locação, utilização, transformação ou reparação) ainda que o tipo de veículo inscrito no certificado de matrícula seja mercadorias, nos termos do disposto na alínea a) do n.º 1 do artigo 21.º do Código. Para que seja possível deduzir o IVA nestes casos, não é suficiente que os bens sejam utilizáveis para a realização de operações tributáveis. Ainda que estas viaturas sejam utilizados e indispensáveis para a atividade do sujeito passivo, o direito à dedução apenas pode ser exercida nas situações em que o objeto da atividade é a venda ou exploração desses bens, como, por exemplo, a venda e/ou locação de automóveis, o ensino da condução ou a exploração de táxis.

EMISSÃO DE FATURAS EM PAPEL PRÉ-IMPRESSO O Ofício circulado n.º 30156/2013, de 18 de Dezembro, vem esclarecer a aplicação do n.º 14 do artigo 36.º do CIVA: “Nas faturas processadas através de sistemas informáticos, todas as menções obrigatórias, incluindo o nome, a firma ou a denominação social e o número de identificação fiscal do sujeito passivo adquirente, devem ser inseridas pelo respetivo programa ou equipamento informático de faturação.”

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FORMAÇÃO PEJENE - 22ª EDIÇÃO

O PEJENE tem como função integrar o estagiário numa empresa/instituição, desenvolvendo tarefas específicas de acordo com um Plano de Estágio previamente elaborado de acordo com a área de formação do estagiário.

Já se encontram abertas até ao dia 28 de Abril as inscrições para a 22ª Edição do PEJENE – Programa de Estágios de Jovens Estudantes do Ensino Superior nas Empresas.

Compete às empresas/instituições receptoras e formadoras pagar, no mínimo, mensalmente aos estagiários os subsídios de alimentação e de transporte de igual valor ao atribuído aos trabalhadores dessas entidades. Para além disso, deverão ainda fazer um Seguro de Acidentes aos estagiários, coincidente com o período de estágio.

OBjETIVOS O PEJENE visa a criação de uma relação directa entre a Escola e a Empresa, através do desenvolvimento de projetos conjuntos de formação em local de trabalho, ainda durante o período de estudo dos jovens. Através deste Programa, os jovens serão colocados em empresas no período de interrupção das suas atividades lectivas de Verão, período esse coincidente com maiores necessidades das empresas em termos de recursos humanos, não perturbando, assim e também, o plano curricular dos estudantes.

CANDIDATURAS As candidaturas das empresas interessadas deverão ser formalizadas até 28 de Abril de 2014, directamente no site do Programa, em www. fjuventude.pt/pejene2014

CARACTERÍSTICAS DOS ESTÁGIOS

Os jovens interessados poderão inscrever-se a partir de 2 de Maio de 2014.

Os estágios terão a duração de 2 a 3 meses, devendo decorrer entre Julho e Setembro de 2014, sendo certo que se privilegiará os estágios com duração de 3 meses, uma vez que é este o período mais solicitado pelas empresas aderentes.

Patrícia Paz Gabinete para a Qualificação

PLANO DE FORMAÇÃO 2014 LOCAL

CURSO

DESIGNAÇÃO

DURAÇÃO

INÍCIO

FIM

DIAS

HORÁRIO

25h

24-Abr-14

09-Mai-14

2ª/4ª/6ª

19h/22h

50h 25h 50h 25h

14-Abr-14 22-Abr-14 17-Mar-14 25-Mar-14

23-Mai-14 20-Mai-14 23-Abr-14 17-Abr-14

2ª/4ª/6ª 3ª e 5ª 2ª/4ª/6ª 3ª e 5ª

19h/22h 19h/22h 19h/22h 19h/22h

25h 25h 25h 50h 25h

05-Mai-14 02-Jun-14 17-Mar-14 14-Abr-14 06-Mai-14

21-Mai-14 18-Jun-14 02-Abr-14 26-Mai-14 29-Mai-14

2ª/4ª/6ª 2ª/4ª/6ª 2ª/4ª/6ª 2ª/4ª/6ª 3ª/5ª

19h/22h 19h/22h 19h/22h 19h/22h 19h/22h

50h 25h

31-Mar-14 17-Mar-14

09-Mai-14 02-Abr-14

2ª/4ª/6ª 2ª/4ª/6ª

19h/22h 19h/22h

25h

25-Mar-14

09-Abr-14

2ª/4ª/6ª

19h/22h

LISBOA LISBOA

0397

Atendimento e Serviço no Pós Venda - NOVIDADE! NORTE

BARCELOS PONTE LIMA PORTO

7843 0397 1602 0397

Técnicas de negociação e venda - NOVIDADE! Atendimento e Serviço no Pós Venda - NOVIDADE! Gestão das Reclamações e conflitos com clientes - NOVIDADE! Atendimento e Serviço no Pós Venda - NOVIDADE! CENTRO

AVEIRO

1531 0397 0397 5427 1532

LEIRIA

Gestão de conflitos Atendimento e Serviço no Pós Venda - NOVIDADE! Atendimento e Serviço no Pós Venda - NOVIDADE! Legislação Laboral – Contrato trabalho/Direitos individuais Gestão Reclamações – normas e estratégias - NOVIDADE! ALENTEJO

ÉVORA SANTARÉM

1602 1610

Gestão das Reclamações e conflitos com clientes - NOVIDADE! Gestão de Resíduos, recolha e classificação ALGARVE

LAGOA

1531

Gestão de Conflitos

VALOR DE INSCRIÇÃO POR PARTICIPANTE (ISENTO DE IVA) ÁREA COMPORTAMENTAL, GESTÃO E LEGISLAÇÃO: 25h 50h

GRATUITO GRATUITO

50€ 100€

NOTAS: AS INSCRIÇÕES ESTÃO JÁ ABERTAS e são consideradas por ordem de chegada até ao limite máximo de participantes. A realização das ações nas datas e locais indicados encontra-se sujeita ao número mínimo de 15 inscrições. Os programas dos cursos e a ficha de inscrição estão disponíveis para consulta e impressão em www.anecra.pt. Para informações adicionais contacte directamente o Gabinete para a Qualificação. A atividade formativa da ANECRA está acreditada pela Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT). Presentemente o nosso Plano de Formação é co-financiado pelo POPH - PROGRAMA OPERACIONAL DO POTENCIAL HUMANO, inserido no QREN. No final dos cursos, os participantes com assiduidade e aproveitamento recebem um Certificado de Qualificações, válido para o cumprimento do número mínimo de 35 horas anuais de formação certificada, de acordo com o Código do Trabalho. A ANECRA elabora também programas de formação “à medida” das necessidades das empresas associadas, ajustando a sua proposta de formação às competências que se pretendem desenvolver.

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MERCADO

MERCADO AUTOMÓVEL CRESCEU 11% EM 2013 VEÍCULOS LIGEIROS DE PASSAGEIROS Em dezembro, as vendas de automóveis ligeiros de passageiros cifraram-se em 8612 unidades, ou seja, mais 2253 unidades que no mesmo mês do ano passado, correspondendo a um crescimento de 35,4%. No que toca ao acumulado, de janeiro a dezembro de 2013 venderam-se 105 898 ligeiros de passageiros, equivalendo a um aumento de 11,1% (+10 589 unidades), face a igual período do ano transato. Ranking/Quota de Mercado (jan-dez.): 1º Renault (11,6%); 2º Volkswagen (9,6%); 3º Peugeot (8,9%); 4º BMW (7,2%); 5º Mercedes-Benz (6,6%) VEÍCULOS COMERCIAIS LIGEIROS Quanto ao mercado de veículos comerciais ligeiros, no mês de dezembro de 2013 verificou-se uma subida de 55,6%, face a igual mês do ano anterior, tendo sido comercializadas 3693 unidades (+1319). Em termos acumulados, nos doze meses do ano passado, as vendas de veículos neste segmento foram de 18 224 veículos, ou seja, mais 2213 unidades vendidas face ao ano antecedente (13,8%). Ranking/Quota de Mercado (jan.-dez.): 1º Renault (20,5%); 2º Peugeot (15,1%); 3º Citroën (14%); 4º VW (9,9%); 5º Fiat (8,5%) VEÍCULOS PESADOS O comércio de veículos pesados (de passageiros e mercadorias) em dezembro de 2013 cresceu 266%, face ao mesmo mês de 2012, fruto de terem sido vendidas 527 viaturas, o que traduz mais 383 veículos transacionados.

Já no que respeita a valores acumulados, de janeiro a dezembro de 2013 registou-se um crescimento de 11,7%, face ao período homólogo do ano anterior, totalizando 126 684 viaturas comercializadas. Assim, nos primeiros doze meses de 2013 venderam-se mais 13 249 veículos em Portugal, em comparação com o mesmo período do ano de 2012. Ranking/Quota de Mercado (jan.-dez.): 1º Renault (12,9%); 2º Peugeot (9,6%); 3º Volkswagen (9,4%); 4º Mercedes-Benz (6,7%); 5º Opel (6,4%). A RETER: - O mercado automóvel (ligeiros e pesados) cresceu 44,6% no mês de dezembro e 11,7% no total do ano. - Ligeiros de passageiros: crescimento de 11,1% em 2013. - As vendas de pesados subiram 21,1% em 2013 - As variações percentuais positivas que se registaram em termos de mercado são enganadoras, dado que o ano de comparação (2012) foi anormalmente baixo.

SETOR AUTOMÓVEL PORTUGAL VENDAS EM 2013 JANEIRO / DEZEMBRO

UNIDADES

DIFERENÇAS

2012

2013

UNID.

%

Em relação ao total do ano de 2013, venderam-se em Portugal 2562 veículos pesados, mais 447 unidades que no ano anterior, correspondendo a um acréscimo de 21,1%. Ranking/Quota de Mercado (jan.-dez.): 1º Mercedes-Benz (19,6%); 2º Volvo (19,4%); 3º Renault (15,1%); 4º MAN (13,4%); 5º Scania (10,4%).

* LIGEIROS PASSAGEIROS

95.309

105.898

10.589

11,1

COMERCIAIS LIGEIROS

16.011

18.224

2.213

13,8

1.892

2.388

496

26,2

223

174

-49

-22,0

MERCADO TOTAL Em dezembro de 2013, o total de veículos novos vendidos em Portugal atingiu as 12 832 unidades, crescendo 44,6%, face ao mesmo mês do ano precedente.

TOTAL DE PESADOS

2.115

2.562

447

21,1

113.435

126.684

13.249

11,7

PESADOS MERCADORIAS PESADOS PASSAGEIROS

TOTAIS

Fonte: Gabinete de Estudos Económicos da ANECRA * Inclui os veículos de todo o terreno

VENDAS MERCADO TOTAL JANEIRO / DEZEMBRO Fonte: ANECRA-GEE

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MERCADO

MERCADO AUTOMÓVEL COMEÇA ANO DE 2014 A CRESCER 31,9% VEÍCULOS LIGEIROS DE PASSAGEIROS No mês de janeiro, venderam-se 9255 ligeiros de passageiros, ou seja, mais 2234 unidades que no mesmo mês do ano passado, correspondendo a um crescimento de 31,8%. Ranking/Quota de Mercado (janeiro 2014): 1º BMW (10,2%); 2º Renault (9,7%); 3º VW (9,7%); 4º Peugeot (9,5%); 5º Mercedes-Benz (9,2%). VEÍCULOS COMERCIAIS LIGEIROS Nos comerciais ligeiros, em janeiro, assinalou-se uma subida de 29,2%, face a igual mês do ano anterior, tendo sido comercializadas 1318 unidades (+298). Ranking/Quota de Mercado (janeiro 2014): 1º Renault (18,1%); 2º Peugeot (14%); 3º Citroën (12,4%); 4º Fiat (10,6%); 5º VW (7,8%). VEÍCULOS PESADOS Em janeiro, foram comercializados 326 viaturas pesadas, o que representa um crescimento de 46,2%, face ao mesmo mês de 2012 (mais 103 veículos transacionados).

A RETER: - O mercado automóvel total (ligeiros e pesados) assinalou um aumento de 31,9%, no primeiro mês do ano. - Ligeiros de passageiros: acréscimo de 31,8% em janeiro. - As vendas de pesados subiram 46,2% em janeiro. - Apesar do crescimento, o volume de vendas em janeiro apresenta o terceiro volume mais baixo dos últimos 15 anos considerando os meses de janeiro.

SETOR AUTOMÓVEL PORTUGAL VENDAS EM 2014 JANEIRO

UNIDADES

DIFERENÇAS

2013

2014

UNID.

%

Ranking/Quota de Mercado (janeiro 2014): 1º Mercedes-Benz (24,8%); 2º MAN (22,4%); 3º Renault (11,7%); 4º Scania (11,7%); 5º Volvo (10,4%).

* LIGEIROS PASSAGEIROS

7.021

9.255

2.234

31,8

COMERCIAIS LIGEIROS

1.020

1.318

298

29,2

MERCADO TOTAL Em janeiro, o total de veículos novos vendidos em Portugal em todo o tipo de categorias atingiu as 10 899 unidades, um acréscimo de 31,9%, face ao mesmo mês de 2013. Ranking/Quota de Mercado (janeiro 2014): 1º Renault (10,8%); 2º Peugeot (9,8%); 3º Volkswagen (9,2%); 4º Mercedes-Benz (9,3%); 5º Opel (3,5%).

PESADOS MERCADORIAS

177

281

104

58,8

PESADOS PASSAGEIROS

46

45

-1

-2,2

223

326

103

46,2

8.264

10.899

2.635

31,9

TOTAL DE PESADOS TOTAIS

Fonte: Gabinete de Estudos Económicos da ANECRA * Inclui os veículos de todo o terreno

VENDAS MERCADO TOTAL JANEIRO

Fonte: ANECRA-GEE

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CORREIO DO ASSOCIADO EMPRESA ASSOCIADA:

EMPRESA ASSOCIADA:

Qual a duração das férias no Sector Automóvel, em 2014?

Como poderá esta empresa aceder ao Protocolo celebrado entre a ANECRA e APS?

GABINETE jURÍDICO: Na sequência da entrada em vigor da Lei 23/2012, de 25 de Junho, que procedeu à alteração da Lei nº 7/2009, de 12 de Fevereiro (Código do Trabalho), resultou a revogação da majoração do período de férias, previsto no nº 3 do artigo 238º CT, atendendo à assiduidade do trabalhador no ano a que se reportava o direito. Previa, ainda, o nº 3 do artigo 7º da Lei 23/2012, a redução em montante equivalente até três dias de majoração ao período anual de férias que se encontrassem estabelecidas em disposições de instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho ou clausulas de contratos de trabalho posteriores a 1 de Dezembro de 2013 e anteriores à sua entrada em vigor. Tendo sido suscitada a inconstitucionalidade desta norma, o Tribunal Constitucional, apenas veio considerar inconstitucional, a prevalência do Código do Trabalho, sobre Contratos Colectivos que consagrassem a majoração, até aos 25 dias de férias. Neste sentido, e considerando que o Contrato Colectivo de Trabalho para o Setor Automóvel, publicado no Boletim do Trabalho e Emprego nº 37 de 08.10.2010, não prevê período superior aos 22 dias úteis, nem direito a qualquer majoração em função da assiduidade dos trabalhadores (Clausula 65ª do CCTV Automóvel), a Decisão de Inconstitucionalidade, proferida pelo Tribunal Constitucional, não tem qualquer efeito no Sector Automóvel, mantendo-se o período de 22 dias úteis de férias para os seus trabalhadores, em 2014. Situação diferente, será a consagração da majoração, através de Contrato Individual de Trabalho. EMPRESA ASSOCIADA: Qual o coeficiente de actualização de rendas a vigorar em 2014? GABINETE jURÍDICO: A Portaria nº 352/2013, de 4 de Dezembro, publicou o coeficiente 1,0099, para efeitos de correcção extraordinária das rendas aplicável ao arrendamento para fins não habitacionais (incluindo o comercio ou industria), para vigorar no ano de 2014, o qual foi fixado pelo Aviso nº 11753/2013 (II Série), de 20 de Setembro, do Instituto Nacional de Estatística, IP. Assim, na falta de acordo escrito sobre o regime de actualização da renda, o senhorio interessado na actualização anual da renda, deve comunicar por escrito ao arrendatário, com a antecedência mínima de 30 (trinta) dias, em relação ao vencimento da renda, o coeficiente de actualização e a nova renda dele resultante.

GABINETE jURÍDICO: Entre a ANECRA e a Associação Portuguesa de Seguradores foi celebrado um Acordo de Colaboração que visa simplificar e melhorar o relacionamento entre as Seguradoras e as Oficinas de Reparação Automóvel, no âmbito de sinistros garantidos por contratos de seguro. Esta parceria institucional, traduz-se num conjunto de Boas Práticas, assenta na Boa Fé Negocial e reconhece, entre outros importantes aspectos, o Direito de Escolha da Oficina por parte do proprietário da viatura sinistrada que detenha a direcção efectiva da reparação. Para que as empresas associadas interessadas, possam beneficiar das vantagens deste Acordo de Colaboração devem formalizar a sua adesão através do preenchimento de uma Declaração de Adesão e de uma Ficha de Oficina, disponíveis no site da ANECRA, em www.anecra.pt, cujos originais depois de assinados, deverão ser remetidos à ANECRA. EMPRESA ASSOCIADA: Mantém-se o pagamento de subsídios de férias e Natal em duodécimos? GABINETE jURÍDICO: O artigo 257.º do OE 2014 aprovado pela Lei 83-C/2013 de 31 de Dezembro que entrou em vigor no passado dia 1 de Janeiro, prevê a extensão de vigência da Lei n.º 11/2013, de 28 de Janeiro que consagra o pagamento em duodécimos aos trabalhadores dos Subsídios de Férias e Natal. Tal como sucedeu em 2013, o pagamento de 50% do subsídio de férias e 50% do subsídio de natal em duodécimos, pode ser afastado, por manifestação expressa do trabalhador, a exercer no prazo de 5 dias a contar da entrada em vigor da Lei do OE/2014, devendo informar a entidade empregadora de que não está interessado em receber dessa forma. Fevereiro de 2014 Gabinete Jurídico da ANECRA Isabel Figueira


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MERCADO CRESCEU 11% EM 2013

+ 31,9% VENDAS JANEIRO 2014

ESTÁGIOS PEJENE

# 316 FEV 2014 MENSAL 2,50 €

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS EMPRESAS DO COMÉRCIO E DA REPARAÇÃO AUTOMÓVEL PESSOA COLETIVA DE UTILIDADE PÚBLICA

EM FOCO ANTÓNIO CHÍCHARO

ENTREVISTA ENGº JORGE JACOB

Presidente da Direção da ANECRA

Presidente da ANSR

NOVIDADES

OPEL LANÇA GAMA DE SEIS MODELOS GPL EM PORTUGAL PÁG # 12

24ª CONVENÇÃO ANUAL DA ANECRA ANECRA LIDERA A MUDANÇA PÁG # 04

GPL E GN A ENVOLVÊNCIA E A POSIÇÃO DA ANECRA

PÁG # 22 1


A ANECRA NÃO PÁRA. EM LIDERAMOS A MUDANÇA! FOCO ANTÓNIO CHÍCHARO

Presidente da Direção da ANECRA

FICHA TÉCNICA ANECRA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS EMPRESAS DO COMÉRCIO E DA REPARAÇÃO AUTOMÓVEL PESSOA COLETIVA DE UTILIDADE PÚBLICA

ANECRA NOVAMENTE NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA Criado no seio da Comissão Parlamentar de Economia e Obras Públicas, o Grupo de Trabalho do Setor Automóvel convidou a ANECRA para uma Audição que teve lugar na Assembleia da República no passado dia 4 de Fevereiro. Constituiu objetivo desta Audição assegurar ao Grupo de Trabalho a recolha e apreciação dos contributos da Associação, tendentes à avaliação do estado do Setor e à procura das soluções mais adequadas para inverter a grave situação recessiva em que o mesmo se encontra. Nesta Audição, depois de terem feito um exaustivo diagnóstico sobre o estado do Setor, os representantes da ANECRA apresentaram pormenorizadamente, propostas e sugestões, quer no contexto do seu Manifesto em Defesa do Setor Automóvel, quer inerentes à publicação recente de legislação e regulamentação no quadro fiscal relativo ao automóvel, que afetarão não só, as empresas e profissionais do Setor, como também os próprios consumidores. O trabalho da ANECRA foi reconhecido e saudado pelos deputados de todos os partidos que constituem este Grupo de Trabalho, tendo ao mesmo tempo evidenciado, que a Resolução da Assembleia da República nº 128/2013, publicada em 7 de Agosto do ano passado, servirá de cartilha para o Plano de Atividades deste Grupo de Trabalho, tendo sido expressamente afirmado que, a maior parte do conteúdo desta Resolução, teve por base inequívoca as propostas apresentadas pela ANECRA, através do seu Manifesto. Ficou assente a intenção do Grupo de Trabalho do Setor Automóvel, em contar

com a indispensável e ativa colaboração da ANECRA, no sentido de ajudar na procura da resolução dos principais problemas do Setor Automóvel, em que, prioritariamente, se enquadram preocupações relativas ao combate à Economia Paralela na Reparação e Manutenção Automóvel, à revisão da Fiscalidade Automóvel, abordando em particular, temas atuais como a dedutibilidade do IVA em viaturas comerciais ligeiras de caixa aberta, o aumento significativo da Tributação Autónoma sobre veículos, os Pagamentos Especiais por Conta já concretizados e sem retorno, para além da suspensão do pagamento do IUC incidente sobre os veículos usados aparcados nos stands, para venda, à retoma do Sistema de Incentivos ao Abate de Veículos em Fim de Vida, ao regime das Contra-Ordenações Ambientais, à revisão da legislação sobre Obrigações Ambientais, ao desenvolvimento do GPL Auto e à publicação de legislação respeitante ao processo de Registo de Propriedade Automóvel. A ANECRA NÃO PÁRA Assim, “Liderando a Mudança” com o apoio inquestionável dos seus Associados e dos Empresários e Profissionais do Setor Automóvel em geral, a ANECRA continuará a desenvolver, de forma determinada e empenhada, todos os esforços, tendo em vista a concretização urgente das Medidas que integram o seu Manifesto, na prossecução dos objetivos orientados, não só para a inversão do estado em que se encontra o Setor, como também para assegurar a recuperação e o crescimento sustentado das empresas, quer do Comércio, quer da Manutenção e Reparação Automóvel, que fazem parte do seu universo.

Av. Almirante Gago Coutinho Nº 100 1749-124 Lisboa Tels. 21 392 90 30 - Fax 21 397 85 04 e-mail: lisboa@anecra.pt ANECRA PORTO Av. da Boavista, 2450 - 4100-118 Porto Tel. 22 618 98 43 Fax 22 618 98 64 e-mail: porto@anecra.pt ANECRA LEIRIA Av. Marquês de Pombal, Lote 25, 1º C 2400-152 Leiria Tel. 244 8146 86 Fax 244 81 47 19 e-mail: leiria@anecra.pt DIRETOR: António Chícharo DIRETOR: Adjunto:Jorge R. Neves da Silva DIREÇÃO FINANCEIRA: José Luís Veríssimo COLABORAÇÃO TÉCNICA: Augusto Bernardo, Isabel Figueira, João Patrício, Patrícia Paz PUBLICIDADE: C&C – Consultores de Comunicação, Lda Pedro Sena tel. 210 307 842 / 210 307 800 anecra.revista@cec-online.pt José Fernando, Joaquim Alves Pereira PROPRIEDADE: ANECRA Av. Almirante Gago Coutinho Nº 100 1749-124 Lisboa Tels. 21 392 90 30 Fax 21 397 85 04 EDIÇÃO C&C - Consultores de Comunicação, Lda Largo da Rosa, n.º 7 - 3º 1149-054 Lisboa Tel. 210 307 800 anecra.revista@cec-online.pt www.cec-online.pt IMPRESSÃO: Grafisol - Artes Gráficas, Lda TIRAGEM: 7.500 exemplares PREÇO: 2,50 € REPRODUÇÃO DE ARTIGOS: É permitida em Portugal a reprodução dos artigos publicados na Revista ANECRA, desde que a origem seja assinalada de forma inequívoca e informados os nossos serviços. Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores. INSCRIÇÃO NA ICS: 110781 - Depósito Legal nº 17107/87 MEMBROS ATIVOS: C.C.P. - Confederação do Comércio e Serviços de Portugal; E.T.O. - European Tuning Organization; C.E.C.R.A. - Comité Europeu do Comércio e da Reparação Automóvel Isenta ao abrigo do nº.1 da al. a) do artigo 12º do D.R. nº 8/99 de 09.06 www.anecra.pt

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24ª CONVENÇÃO ANUAL ANECRA

COMO LIDERAR A MUDANÇA A 24ª CONVENÇÃO ANUAL DA ANECRA REALIZADA NO CENTRO DE CONGRESSOS DE LISBOA A 29 E 30 DE NOVEMBRO DE 2013, FOI SUBORDINADA AO TEMA “COMO LIDERAR A MUDANÇA” E CONTOU COM A PARTICIPAÇÃO ATIVA E MUITO INTERESSADA DE CERCA DE 630 CONGRESSISTAS NOS DOIS DIAS DE TRABALHOS.

CARINA OLIVEIRA DEPUTADA (PSD) GRUPO DE TRABALHO PARA O SECTOR AUTOMÓVEL

JORGE JACOB PRESIDENTE DA ANSR

Para além de ser a intenção da ANECRA, contextualizar na temática desta 24ª Convenção Anual, as preocupações que decorrem dos resultados já alcançados com a implementação do “Manifesto da ANECRA em Defesa do Sector Automóvel”, cujo êxito é devidamente evidenciado pelo facto de, as Medidas nele incluídas, terem constituído a base de 80% da “Resolução da Assembleia da República nº 128/2013”, através da qual, “se recomenda ao Governo o estudo e a adoção de Medidas urgentes de apoio e sustentabilidade para o Setor Automóvel Nacional”, também foi propósito desta Associação criar condições para a concretização destas Medidas, suscitando caminhos e opções que conduzam à liderança na mudança.


CAMILO LOURENÇO COMENTADOR DE ECONOMIA

ANTÓNIO CHÍCHARO PRESIDENTE DA DIREÇÃO DA ANECRA

ALEXANDRE FERREIRA VICE-PRESIDENTE DA DIREÇÃO DA ANECRA

Os temas abordados e as questões trazidas a debate, nos diversos painéis, permitiram-nos retirar diversas conclusões e pontos de reflexão evidenciando-se, nomeadamente, o grande Projeto ANECRA, que visa liderar a mudança, juntando clientes e setor automóvel, na Internet. Através da criação em breve do pioneiro Projecto de Mudança “Portal do Automóvel” a ANECRA propõe-se inovar, levando as empresas da área da Reparação, suas Associadas, a trilhar novos caminhos, a atrair e a fidelizar mais clientes. A ANECRA, ao promover este Projeto, lança um desafio a todos os que estejam direta ou indiretamente ligados ao setor, quer sejam associados ou não, quer estejam ligados ao poder político ou ao setor privado, quer sejam empresas ou consumidores, partilhando assim, a “Liderança na Mudança”.

JORGE NEVES DA SILVA SECRETÁRIO GERAL DA ANECRA

O TEMA PRINCIPAL “COMO LIDERAR A MUDANÇA“ PERMITIU À ANECRA CONCRETIZAR COM SUCESSO OS OBJETIVOS PREVIAMENTE DEFINIDOS PARA ESTE GRANDE EVENTO, NUM DESAFIO PERSPETIVADO NO SENTIDO DA CRIAÇÃO DE UMA COMUNICAÇÃO INOVADORA E DIRECIONADA PARA A RESOLUÇÃO DOS GRAVES PROBLEMAS COM QUE SE CONFRONTAM DIARIAMENTE OS EMPRESÁRIOS E PROFISSIONAIS DO SETOR AUTOMÓVEL, EM PORTUGAL.

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JORGE JACOB ELOGIA A POSTURA DA ANECRA NA PROMOÇÃO DA SEGURANÇA RODOVIÁRIA. NESSE SENTIDO, O PRESIDENTE DA AUTORIDADE NACIONAL DE SEGURANÇA RODOVIÁRIA (ANSR) DIZ QUE É PRECISO REFORÇAR A ATENÇÃO DADA AOS PNEUS, PORQUE “EM TEMPOS DE CRISE, A TENDÊNCIA É DESCURAR O SEU ESTADO”. ANSR E ANECRA PODEM, POR ISSO, VOLTAR A COLABORAR PARA QUE AS OFICINAS DIVULGUEM JUNTO DOS CLIENTES A IMPORTÂNCIA DOS CONDUTORES TEREM OS PNEUMÁTICOS EM ORDEM. ANECRA (A): QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS OBjETIVOS E PREOCUPAÇõES DA ANSR NO TOCANTE à MOBILIDADE E SEGURANÇA RODOVIÁRIA? Jorge Jacob (JJ): A ANSR tem como missão coordenar a política de segurança rodoviária do país. A nossa grande preocupação é contribuir para a continuação da redução da sinistralidade do país em torno de duas grandes áreas: uma é a prevenção (com campanhas pedagógicas e alertas em coordenação com outras entidades); e a outra é a fiscalização, nomeadamente o regime sancionatório e a gestão dos processos de contraordenações. As grandes campanhas que temos gravitam à volta das alturas do ano em que há maior tráfego, como a Páscoa, o Natal, as férias e as peregrinações a Fátima, por exem-

plo. Mas a curto prazo estamos a preparar uma campanha sobre as bicicletas e o novo papel que é atribuído aos velocípedes com o novo Código da Estrada, que os colocou em pé de igualdade de direitos face aos restantes veículos, nomeadamente ao nível da regra da prioridade. Temos uma preocupação centrada sobre os ciclistas pelos maiores riscos a que as novas regras os expõem e iremos tentar contribuir para adequar o comportamento dos ciclistas neste novo quadro. Vamos elaborar um “Guia do ciclista” com as regras que se aplicam ao velocípede. Esse guia é para ser editado antes de maio; e em simultâneo queríamos fazer uma campanha de sensibilização junto dos ciclistas em articulação com as polícias. Outra campanha que estamos a preparar nos “media”, em paralelo, tem a ver com a recomendação para os ciclistas apostarem na sua iluminação para serem vistos.


ENTREVISTA

JORGE JACOB PRESIDENTE DA AUTORIDADE NACIONAL DE SEGURANÇA RODOVIÁRIA (ANSR)

A: QUE RESULTADOS TêM CONSEGUIDO NO âMBITO DO PLANO RODOVIÁRIO NACIONAL? JJ: Neste momento estamos a trabalhar em Portugal, em termos estatísticos, com o conceito de “morto a 30 dias”, seguindo a prática da União Europeia. E isso fez-nos subir quantitativamente a sinistralidade, pois não estávamos a contabilizar corretamente o morto a 30 dias, algo que está agora normalizado, desde 2010. Mas o que se tem constatado é que desde 2001 tem havido uma quebra significativa da sinistralidade até 2006 e a partir desse ano temos tido uma descida sustentada. Nós tínhamos fixado um objetivo na Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária (ENSR) de termos 623 mortos, em 2015. E se virmos os números com mortos a 30 dias já estamos abaixo da curva da tendência, relativamente a 2012 e 2013. Se se mantiver esta descida, iremos atingir o objetivo. Temos alguma parte do mérito, mas de facto isso deve-se porque temos melhores estradas, melhores automóveis e melhor comportamento dos condutores, entre outros aspetos que convergiram para o alcançar desta meta. Isto levou a que o Governo fixasse para 2015 um objetivo qualitativo (de ficarmos entre os 10 melhores países da Europa) e um quantitativo (62 mortos por milhão de habitantes). De 2010 para 2011, fomos o quarto país europeu na redução mais acentuada da sinistralidade. O objetivo de ficarmos entre os 10 melhores não é fácil porque os outros países também estão a melhorar muito. Mas mantemos a meta. A União Europeia fixou também outro objetivo para a evolução da mortalidade

“A ANECRA TEM DADO UM CONTRIBUTO INESTIMÁVEL À SEGURANÇA RODOVIÁRIA” 9


que, entre 2010 e 2020, terá de cair para metade, ou seja, em 2010 tivemos cerca de 940 mortos e em 2020 teremos de ter cerca de 470. Neste momento estamos abaixo da tendência. Estamos a evoluir bem e, provavelmente, iremos conseguir e talvez superar o objetivo global da União Europeia o que, em 10 anos, é notável. E estamos a prever poder lançar no final do ano ou início de 2015 uma campanha para tentarmos reduzir os acidentes mortais nas autoestradas para tornar estas vias ainda mais seguras. Para além disso, temos outra campanha que queremos lançar antes do final do ano virada para os tratores agrícolas, pois temos dos piores índices de mortalidade com os tratores e queremos reduzir esta incidência, o que vai exigir também alterações legislativas. A: COMO TEM SIDO A ADAPTAÇÃO DOS VÁRIOS UTENTES DA VIA àS ALTERAÇõES QUE O CÓDIGO DA ESTRADA SOFREU? JJ: Fizemos um esforço de divulgação das alterações ao Código. Promovemos sessões públicas de informação, estive na Convenção da ANECRA a apresentar também as novidades, estive também nas companhias de seguros só para referir alguns casos. Temos distribuído folhetos com a colaboração das polícias e estamos a preparar uma edição do Código da Estrada nossa e temos previstas ainda mais sessões. Não temos ainda um feedback conclusivo sobre o comportamento e a adaptação dos condutores face às recentes alterações ao Código e não temos dados estatísticos ainda com significância, nesta altura. A: QUAIS FORAM AS VANTAGENS E DESVANTAGENS DESSAS ALTERAÇõES? JJ: Ainda não estou em condições de ter um pensamento estruturado sobre o assunto por algumas razões. Desde logo, porque havia normas do antigo Código da Estrada que eram inconstitucionais. Aliás, foi isso que levou a que o Código fosse à Assembleia da República: sanar

normas que eram inconstitucionais. Uma dessas normas prendia-se com a questão do pagamento das coimas por infrações leves. Quando alguém era autuado por uma infração leve, como é o caso da falta de cinto de segurança, e pagava logo o valor da coima (o pagamento era a assunção da culpa), ainda que apresentasse defesa, a mesma já não era apreciada. Aproveitando a ida do diploma para o Parlamento, tentou-se depois aperfeiçoar algumas regras de trânsito, como é o caso das rotundas, e tentou simplificar-se o regime processual das contra ordenações rodoviárias. Também no desenvolvimento deste processo legislativo introduziram-se novos conceitos, como é o caso dos utilizadores vulneráveis e das zonas de coexistência. Considero que uma das grandes vantagens deste novo Código foi a criação do conceito do utilizador vulnerável e o acréscimo de direitos que isto lhe trouxe para meios urbanos, nas vilas e aldeias. Mas na estrada a aplicação deste novo conceito é uma desvantagem. Há um aspeto preocupante relacionado com as bicicletas que tem a ver com as diferenças de velocidade entre veículos – quanto mais díspares forem, maiores riscos representam em termos de sinistralidade. E, como é sabido, as bicicletas não conseguem circular à velocidade dos automóveis, logo a probabilidade de colisões vai aumentar. Portanto, é uma regra que tem as suas vantagens, mas também lhe reconheço desvantagens e essa avaliação também se aplica às zonas de coexistência. Estamos a analisar como as coisas estão a ser encaradas por todos os utentes. Estamos a preparar uma norma técnica para a conceção das zonas de coexistência porque não pode ser à livre vontade de uma câmara municipal decidir os locais onde pode criar esses pontos de coabitação. Essas zonas têm de ter regras técnicas para serem consideradas como tal e para que se regulem os conflitos todos, de modo a que peões, condutores e ciclistas coexistam pacificamente. A: E O ARTICULADO DAS ROTUNDAS VAI SER REVISTO? JJ: Não está previsto até porque o que se fez na revisão do Código da Estrada foi clarificar o regime de circulação em rotundas e sancionar


ENTREVISTA

“DEVEMOS REFORÇAR A ATENÇÃO QUE É PRECISO DAR AOS PNEUS” o seu incumprimento. O que se passa é que as rotundas não têm normas de dimensionamento, conceção, desenho e da sua inserção na rede. É algo que não está normalizado e tem de haver normas para o desenho das rotundas para que depois as regras estipuladas no Código da Estrada para utilização das placas giratórias possam produzir o efeito pretendido. É um aspeto que na ENSR iremos tentar colmatar, o da melhoria das infraestruturas rodoviárias municipais, embora seja uma matéria tutelada pelo IMT e por outras áreas da administração pública – urbanismo e ordenamento do território. A: A ATUAL CONjUNTURA ECONÓMICA TEM INFLUENCIADO A SEGURANÇA RODOVIÁRIA? JJ: Eu entendo que sim. O que notamos é que tem havido redução dos volumes de tráfego, o que faz diminuir o risco de acidente. Depois as pessoas para pouparem gasolina baixaram a velocidade e isso também minimiza riscos. São dois efeitos conjugados no mesmo sentido que favorecem a quebra da sinistralidade. Outra coisa que se nota é a transferência de tráfego das autoestradas para as estradas nacionais. E aqui pode dizer-se que este facto age em sentido contrário aos outros dois, mas a verdade é que temos de aprofundar os estudos para compreender o fenómeno, até porque nas estradas secundárias as velocidades são mais baixas do que as das autoestradas. E tendencialmente, com velocidades mais baixas as consequências dos acidentes são menores. A ANSR ainda não tem a noção clara disso. O que também estamos a admitir é que esta transferência de tráfego está, eventualmente, a fazer aumentar o número de acidentes. Ou seja, estamos com uma redução significativa do número de vítimas mortais, mas esse decréscimo já não é tão significativo no número de feridos graves e leves. O número de acidentes não tem diminuído, o índice de gravidade é que tem baixado. A: A CRISE FAz COM QUE AS PESSOAS NÃO SEjAM TÃO CUIDADOSAS COM OS CARROS, DESCURANDO A MANUTENÇÃO DAS VIATURAS. ISSO TEM FEITO AUMENTAR A INSEGURANÇA? JJ: Não temos ainda essa noção, embora nós estejamos a detetar um acréscimo do número de autos por falta de inspeção. Mas é um tema que carece de mais dados para nos pronunciarmos.

A: COMO É QUE AVALIA AQUILO QUE A ANECRA TEM FEITO ENQUANTO ENTIDADE PROMOTORA DA SEGURANÇA RODOVIÁRIA. JJ: O papel da ANECRA tem sido muito positivo. Por um lado, ao nível dos seus associados e oficinas tem-nos sensibilizado a mensagem transmitida aos seus clientes para a necessidade de atenção que deverão dar ao veículo, às inspeções e revisões e isso é fundamental. Um dos fatores que tem contribuído para a redução da sinistralidade é também a atenção dada ao veículo. Portanto, não apenas o parque mais moderno, mas também a manutenção que é assegurada aos automóveis tem contribuído certamente para a baixa da sinistralidade. Nesse aspeto, a ANECRA tem dado um contributo inestimável. A: OS PNEUS SÃO UM ASPETO MUITAS VEzES DESCURADO PELOS CONDUTORES… JJ: A ANECRA já fez campanhas a destacar a relevância de ter pneus em condições, mas é uma das áreas em que é preciso voltar à carga e reforçar a atenção que é preciso dar aos pneus, porque e sobretudo em tempos de crise, a tendência é descurar o estado dos pneumáticos. E há anomalias de pneus que são facilmente visíveis quando se olham para os pneus dos carros. O próprio condutor deveria ter o cuidado de verificar o estado do pneu e tomar medidas. Creio que poderíamos colaborar com a ANECRA na tentativa de divulgar a importância de ter os pneus em ordem. A: E COMO TEM FUNCIONADO A ARTICULAÇÃO E COLABORAÇÃO ENTRE A ANSR E A ANECRA? JJ: Tem funcionado bem. Temos tido uma boa relação, temos dado o apoio que a ANECRA pede e sempre que há oportunidade de colaborar em campanhas conjuntas também o temos feito. E é o que esperamos que continue a haver. Pontualmente, como é o caso dos pneus, podemos prever ter uma campanha mais cerrada sobre este equipamento do carro. Nós estamos disponíveis e tenho a certeza que a ANECRA também estará.

A: E SE TEM HAVIDO MAIS CARROS POR INSPECIONAR, TAMBÉM É DE ADMITIR QUE HAjA MAIS CARROS A NÃO FAzER AS REVISõES PROGRAMADAS DOS SEUS CARROS… JJ: Provavelmente.

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A OPEL INTRODUZIU NO MERCADO PORTUGUÊS UMA GAMA COMPLETA DE MODELOS FLEXFUEL A GPL (GÁS DE PETRÓLEO LIQUEFEITO).

AO TODO, SÃO 10 VERSõES DISTRIBUÍDAS POR SEIS MODELOS: DO UTILITÁRIO CORSA AOS FAMILIARES INSIGNIA (BERLINA E CARRINHA), DOS MONOVOLUMES MERIVA TOURER E zAFIRA TOURER AO SUV MOKKA, PASSANDO PELO FAMILIAR MÉDIO ASTRA (CARRO E CARRINHA). A oferta GPL da Opel assenta nos blocos a gasolina 1.2 com 85 cv (no caso do Corsa) e 1.4 Turbo com 120 e 140 cv. “A legislação portuguesa, finalmente, produziu [em 2013] alterações que eliminaram a discriminação a que estes veículos estavam sujeitos. Faltava uma oferta diversificada, capaz de propor uma solução moderna e competitiva em cada segmento”, aponta João Falcão Neves, Diretor-Geral da General Motors Portugal. Os dez novos elementos da gama FlexFuel da Opel estão equipados de série com sistemas de alimentação de autogás instalados na fábrica, usufruindo de plena cobertura de garantia da marca. A designação FlexFuel destaca o facto destas versões poderem funcionar a autogás ou a gasolina, bastando ao condutor premir uma tecla na consola central do tabliê para selecionar um ou outro combustível. O depósito de gás está instalado no espaço da roda sobressalente, o que quer dizer que o habitáculo mantém a volumetria inalterada, tanto para passageiros como para bagagens. Em termos de preços (ver tabela), o Corsa GPL custa mais mil euros que o corsa 1.2 a gasolina, mas menos 2600 euros face ao Corsa 1.3 CDTI, ao passo que o Meriva Tourer Bi-Fuel custa mais 700 euros que o seu homólogo a gasolina, mas menos 600 euros que a versão 1.3 CDTI.

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A HYUNDAI ACABA DE INTRODUZIR NO MERCADO NACIONAL A NOVA GERAÇÃO DO SEU i10.

HYUNDAI i10

TAMBÉM PASSA A TER GPL

Além das versões equipadas com os propulsores 1.0 litros e 1.25 litros da família de motores “Kappa”, o modelo de segmento A da marca coreana, que foi projetado e fabricado na Europa, merece destaque pelo facto de oferecer também aos clientes uma variante GPL, instalada de fábrica. Nesta versão a sua potência máxima é de 67 cv às 6200 rpm com 90 Nm de binário produzido às 3500 rpm. A versão Bifuel está associada ao 1.0 litros (998 cc) e a uma caixa manual de cinco velocidades. Os seus consumos em modo GPL são de 8,3 l/100 km (em cidade), 5,4 l/100 km (extra urbano) e 6,5 l/100 km (ciclo combinado). O seu preço é de 13 390 euros, mais 1500 euros do que a versão equivalente 100% a gasolina.

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NOTICIAS

FORMAÇÃO CZ EM MANUTENÇÃO DE MOTORES ARRANCA EM ABRIL Tal como vem sendo habitual, desde o ano 2000, o Centro Zaragoza em Espanha, vai realizar durante o primeiro semestre do ano três ações formativas. A primeira dessas sessões está direcionada para “operações auxiliares de manutenção em eletromecânica de automóveis”. Terá uma duração de 280 horas e começou no passado dia 3 de fevereiro e termina em 25 de abril. A segunda formação diz respeito à “manutenção de estruturas de carroçarias de veículos”. Terá uma duração de 530 horas e termina em 25 de julho, isto depois de ter arrancado em 17 de fevereiro. Por fim, os interessados em “manutenção do motor e seus sistemas auxiliares” pode contar com uma formação de 450 horas e cujo começo está previsto para abril. O objetivo destas sessões é que quem as frequente adquira conhecimentos e capacidades que favoreçam a sua inserção laboral e o seu desenvolvimento profissional.

de peças da carroçaria. Estes novos produtos bicomponentes em base poliuretano são especialmente baixos em emissões, pelo que são mais seguros de utilizar pelos técnicos. Esta nova gama de adesivos caracteriza-se por se apresentar numa embalagem de cartuchos duplos com uma boquilha misturadora para a sua aplicação. Assim, os dois componentes do produto misturam-se de forma automática e nas proporções adequadas, assegurando uma melhor qualidade do processo de reparação que está a ser feito. O produto Teroson PU 9225 SF ME pode ser usado para reparar todas as partes de plástico do exterior do veículo. Sendo aplicada à temperatura ambiente, a mistura é curada, utilizando uma lâmpada IR, de 60 a 70 °C. A peça reparada pode, então, ser lixada facilmente e aplicando o produto Terokal 150 também se pode pintar sem problemas. O Teroson PU 9225 UF ME é uma nova versão do Teroson PU 9225 SF ME, de cura ultra-rápida. O seu grande benefício está em permitir reparar pequenas fissuras e danos em plásticos de engenharia e reconstruir peças plásticas com tempos de fixação inferiores a um minuto. É, por exemplo, indicado para reparar suportes de faróis, patilhas de ancoragem de para-choques e todo o tipo de elementos plásticos na carroçaria dos veículos sem necessidade de efetuar grandes fixações mecânicas. Em menos de cinco minutos é possível recriar uma pequena peça plástica conforme a sua geometria original.

KITS DE MONTAGEM PARA TURBOS PSA 1.6 HDI A Krautli Portugal acaba de incorporar no seu programa de turbo compressores, dois kits de acessórios para facilitar a montagem dos Turbos PSA 1.6HDi DV6 90 cv/110 cv. Estão, assim, disponíveis dois kits para uma correta montagem dos turbos em questão: KIT 110 PSA (motores 1.6Hdi 110cv, Turbos Garrett 753420 / 750030 / 740821 / 762328); e KIT 90 PSA (motores 1.6Hdi 90cv, Turbos Mitsubishi 4917307500).

O Teroson PU 6700 ME é ideal para a aderência de materiais diferentes. Pode ser empregue em metal, madeira e na maioria dos plásticos e superfícies pintadas. Estes três produtos estão disponíveis em cartuchos duplos de 50 ml (25 ml cada cartucho).

TEROSON TEROKAL 5055, COLA EM VEZ DE SOLDADURA Entretanto, a Teroson da Henkel, marca para fixação, vedação, revestimento e reforço em carroçarias automóveis e aplicações de reparações de veículos, lançou um novo produto, Teroson Terokal 5055. Trata-se de uma cola estrutural para painéis e elementos da carroçaria que pode substituir os métodos convencionais, como a soldadura ou fixações mecânicas.

NOVOS ADESIVOS HENKEL PARA REPARAÇÃO DE PLÁSTICOS

Este adesivo de alta resistência permite, por exemplo, realizar uniões em aço sem estar tratado ou pintado, em zincados, galvanizados e alumínios.

A Henkel desenvolveu três novos adesivos de altas prestações para a reparação de componentes plásticos de veículos e para a união

Além do mais Teroson Terokal 5055 funciona ainda como um revestimento anticorrosivo para a proteção das uniões que foram soldadas na carroçaria.

AMG E PETRONAS INTENSIFICAM PARCERIA A evolução da forte parceria técnica entre a PETRONAS e a MERCEDES AMG PETRONAS Formula One Team nas pistas, bem como a estreita relação comercial com a Mercedes-AMG no que diz respeito ao primeiro enchimento de lubrificantes na fábrica, atingiu recentemente um novo e importante nível de colaboração: o fornecimento do óleo de motor PETRONAS SYNTIUM 7000 para a produção da nova série de motores de 4 cilindros da Mercedes-Benz A 45 AMG e do Mercedes-Benz CLA 45 AMG. Nos termos do novo acordo, todos os motores AMG M133 produzidos em Kölleda, Alemanha são lubrificados com óleo de motor PETRONAS Syntium, sendo o motor 2.0L turbo desenvolvido para ter o melhor desempenho com PETRONAS Syntium 7000 – o mesmo lubrificante formulado para satisfazer as exigências mesmo nas condições mais rigorosas, como a Formula 1.


Por ano, a academia R-M e esta certificação X-Ray forma uma média de 600 pessoas. “Todos os anos, aparecem cerca de mil cores novas no mercado. Surgem novas tendências, tais como as cores de três fases e os nossos técnicos necessitam não só de saber como identificar e aplicar as cores como também de conhecer os novos processos necessários para as reparar”, refere a R-M.

NOVO DISCO DE TRAVÃO COM ROLAMENTO INTEGRADO

PROGRAMA DE FESTOOL COM PROMOÇÕES PARA SÓCIOS

A Metelli expandiu a sua gama de componentes de travão, com o lançamento de um disco de travão com rolamento integrado especialmente concebido para o eixo traseiro de veículos franceses. Este novo produto é o resultado da montagem de um disco de travão, um rolamento e uma série de acessórios, incluindo o anel de sensor de ABS. A sua característica é o rolamento integrado, composto por um par de rolos cónicos inseridos no orifício de montagem do disco de travão, que o fixa ao cubo de roda. Os modelos de discos de travão com rolamento integrado desenhados pela Metelli podem ser instalados no eixo traseiro dos Renault Clio, Scénic, Modus, Grand Scénic, Laguna, Velsatis, Espace, Citroën C4, Peugeot 207 e 307/308. Por seu lado e ainda relativamente à Metelli, esta empresa introduziu no início deste ano 27 novos códigos de referência para pastilhas de travão, cobrindo os modelos de veículos mais recentes, como o Fiat 500, o Panda 2013, o Ducato 2010, o Opel Adam 2013, o Ford Focus, o Ka 2012 e modelos da BMW (Série 5 e X3 2010).

O programa de colaboração “Quality System Partner” introduziu em 2014 novidades para os seus sócios, as oficinas de reparação automóvel. Às oito vantagens oferecidas até agora, como o assessoramento personalizado ou a garantia total para toda a maquinaria da marca, a Festool Automotive Systems acrescenta o acesso a promoções exclusivas e a oferta de condições de compra preferenciais. O objetivo do fabricante alemão de soluções de sistema é proporcionar ferramentas que potenciem a redução de custos, economia de materiais e melhoria da rentabilidade. Para se ser sócio “Quality System Partner” e beneficiar-se das vantagens exclusivas do programa, existe apenas uma condição: a oficina de reparação automóvel tem de utilizar o processo de lixagem em quatro passos, que consiste na combinação das lixadoras, acessórios e abrasivos.

SUBSTITUIÇÃO DE KITS DE DISTRIBUIÇÃO A PREÇOS PROMOCIONAIS A rede de oficinas Topcar lançou uma campanha promocional exclusiva de “preços chave na mão” de substituição de kits de distribuição e bomba de água, em vigor até março. Os componentes em causa são da SKF, abrangendo as principais motorizações Diesel do parque automóvel nacional, possuindo três níveis de preços fixos para os clientes: 299€ para motores 1.4 HDi, TDI, TCDi e 1.5 DCi; 319€ para motores 1.6 HDi, TDCi e 2.0 HDi; 399€ para motor 1.9TDI. Os três níveis de preço (com IVA) incluem todas as peças, líquidos e mão-de-obra definidos para estas operações.

NOVO CATÁLOGO DE AMORTECEDORES CERTIFICAÇÃO X-RAY EM CORES A equipa de formadores da R-M tem vindo da dar formação a National Head Trainers (NHT), gestores de formação nacionais, os quais, por sua vez, terão como missão formar os técnicos responsáveis em cada país por transmitir os conhecimentos adquiridos no novo Centro de Competências de Reparação (RCC) de Clermont, designadamente em matéria de novos produtos, processos e tendências.

A SWAG lançou um novo catálogo com a completa gama de amortecedores a gás para os mais populares veículos europeus, onde estão listadas um total de 665 referências, todas com qualidade equivalente à origem. Para tornar a consulta mais simplificada e intuitiva, o catálogo está dividido em três categorias: Amortecedores de Mala e Capot, Amortecedores de Direção e Amortecedores da Correia Auxiliar. Este novo catálogo está disponível na sua versão impressa e ainda em formato PDF, que poderá ser descarregado gratuitamente no site www.swag.de.

60 NOVAS CORES CRIADAS A PPG criou mais de 60 novas cores para os fabricantes de automóveis, com base em estudos feitos junto dos consumidores, no sentido de compreender quais são as preferências do mercado. Essas novas cores deverão começar a ser incluídas nos veículos de 2016 e 1027. Essa nova gama de cores está agrupada em cinco paletes, tendo sido batizadas de Hi-Breed, Mosaic, New Spirit, Magnifigance e Theorem.

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CONCESSIONÁRIO “TIVEMOS QUE NOS AJUSTAR À CRISE E 2014 JÁ SERÁ MELHOR” ANECRA (A): COMO É QUE ESTÁ O SETOR, VISTO DO LADO DO CONCESSIONÁRIO?

ANTÓNIO CHÍCHARO RESPONSÁVEL DA CONCESSÃO TOYOTA, EM BEJA ALÉM DE PRESIDENTE DA ANECRA, ANTÓNIO CHÍCHARO TEM TAMBÉM UMA CONCESSÃO AUTOMÓVEL, EM BEJA, DA MARCA TOYOTA. COM 32 EMPREGADOS, A “JOSÉ CÂNDIDO CHÍCHARO & FILHOS” TEVE DE REDUZIR O NÚMERO DE VENDEDORES PARA SE AJUSTAR À CRISE, MAS, EM CONTRAPARTIDA, AUMENTOU JÁ O NÚMERO DE POSTOS DE TRABALHO NA ASSISTÊNCIA. ANTÓNIO CHÍCHARO ESPERA QUE AO AUMENTO DA PROCURA QUE SE SENTE, CORRESPONDAM MAIS NEGÓCIOS EM 2014.

António Chícharo (AC): O setor teve dois anos muito complicados, os de 2012 e 2013. Em 2013, fizemos alguns ajustamentos em todos os concessionários, em termos de número de vendedores, de apoio às vendas e da assistência. No final de 2013, notámos algum incremento na procura. Nesta altura, a procura continua incentivada, mas a realização do negócio ainda dificilmente é palpável e é contabilizada. A: O CRESCIMENTO QUE SE NOTOU NAS ESTATÍSTICAS É jÁ UM SINAL DE RETOMA? AC: É, especialmente nas marcas que têm viaturas a preços mais baixos. Na nossa concessão isso sente-se. A: COMO É QUE FOI O SEU ANO DE 2013? AC: Na nossa concessão, o ano de 2013 foi melhor que o de 2012. Tivemos um aumento de faturação e tivemos um aumento de procura dos nossos produtos, tanto dos serviços de assistência, como da venda de automóveis. Os lucros é que diminuíram. Faturámos mais, mas lucrámos menos. Isto quer dizer que na área do negócio cada vez as margens disponíveis começam a ficar mais curtas.

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“EM 2012 E 2013 CONSEGUIMOS ALCANÇAR SEMPRE OS OBJETIVOS”

A: COMO É QUE ESTÁ A SER ESTE INÍCIO DE 2014? AC: Começou melhor do que 2013, tanto na área da venda de viaturas, como na área da reparação. A: TEM ESPERANÇA QUE NO FINAL DESTE ANO SE CONCLUA QUE HOUVE UMA MELHORIA EFETIVA? AC: Tenho esperanças que 2014 seja um pouco melhor que 2013, mas não vamos ainda recuperar as vendas que fizemos em 2008 ou em 2006. A: QUE VALORES É QUE SERIAM ACEITÁVEIS PARA QUE 2014 FOSSE CONSIDERADO UM ANO POSITIVO? AC: As marcas todas retificaram os objetivos que tinham com os concessionários [em função da crise geral]. Nós, na redução que tivemos em 2012 e 2013, conseguimos alcançar sempre os objetivos. Para 2014, já temos uns objetivos um pouco mais elevados. É minha previsão que vamos ultrapassar também esses novos objetivos, em termos de número de vendas de viaturas, até porque temos, dentro de relativamente pouco tempo, alguns modelos novos, os quais, só por si, incentivam mais algumas vendas. A: ALÉM DA TOYOTA, VENDE MAIS ALGUMA MARCA? AC: Já tive outras concessões, mas neste momento só tenho Toyota. A: COMO É QUE É VISTA A TOYOTA NA zONA DE BEjA? AC: A Toyota é vista como uma marca de confiança e qualidade. Hoje, a nossa venda de viaturas está mais ligada ao setor agrícola com as pick-up e os veículos de todo o terreno e aí somos líderes de mercado nessa zona. Por experiência, posso dizer que as pessoas quando estão interessadas numa pick up, após consultarem várias marcas, só deixam de comprar Toyota por uma questão de preço, porque a Toyota é 1000 ou 1500 euros mais cara do que a concorrente, mas a curto prazo também se arrependem dessa decisão, porque os custos de manutenção da Toyota são completamente diferentes. Falando da fidelização dos clientes, temos, por exemplo, nas nossas oficinas, clientes que vão com os nossos carros à nossa assistência há 15 e 20 anos, apesar da garantia há muito ter passado, quando o que se verifica na generalidade das pessoas é que, quando a garantia dos carros termina, os proprietários das viaturas vão para sítios mais baratos fazer a manutenção. E isso acontece porque sabem que têm um produto de qualidade que querem mantê-lo dentro das suas características originais.

A: NA SUA CONCESSÃO QUE MEDIDAS APLICOU PARA FAzER FRENTE A ESTA CRISE? AC: Tivemos um ajustamento em termos de número de vendedores. Não nos poderíamos dar ao luxo de termos quatro ou cinco vendedores quando vendíamos dois ou três carros por mês. A: QUANTAS PESSOAS TRABALHAM, NESTE MOMENTO, NA SUA CONCESSÃO? AC: Trabalham 32. Fizemos um ajustamento no número de vendedores, mas só aí, porque na parte da assistência criámos quatro postos de trabalho novos e agora estamos a criar mais dois. Fizemos também ajustamentos nos custos dos consumíveis, como combustíveis, eletricidade e telefones e chegámos ao fim, em 2013, com resultados positivos relativamente interessantes. A: FIzERAM ALGUM INVESTIMENTO NO APÓS-VENDA? AC: Fizemos investimentos que já estavam programados e orçamentados do ano anterior, tendo substituído todos os nossos equipamentos da área da chapa e pintura. Foi algo que rondou os 150 mil euros. A: ESSE INVESTIMENTO AjUDOU AO NEGÓCIO? AC: Ajudou. Nós com as instalações e equipamentos antigos efetuávamos meia dúzia de reparações de chapa e pintura e agora, felizmente, com mais postos de trabalho que admitimos temos praticamente os tempos todos ocupados das pessoas que trabalham nesse departamento. E O FUTURO DA MARCA COMO SERÁ? AC: Estivemos há poucos dias em Berlim, com a própria administração da Toyota do Japão, em que nos foram mostrados os novos modelos que vão estar disponíveis até 2017 e 2018. O que vimos, independentemente da exposição de marketing e publicidade que é naturalmente feita em torno destes eventos e apresentações, deixou-nos muito confortáveis em termos de futuro. Se não houver grande cataclismo na área financeira, penso que, a partir de 2015 e 2016, esquecemo-nos dos anos de crise que ficaram para trás, porque os modelos estão mais adaptados aos gostos dos europeus do que estavam no passado e os preços que se fala também têm alguma mexidas. A: EM TERMOS DE LOCOMOÇÃO TEREMOS NOVIDADES? AC: Está na moda os híbridos e a marca é pioneira nessa área, tendo-nos sido mostrado o carro a hidrogénio que está pronto.

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A ANECRA ESTEVE SEMPRE NA LINHA DA FRENTE EM PROL DO DESENVOLVIMENTO DO GPL EM PORTUGAL. EIS ALGUNS EXEMPLOS DESTE EMPENHO, AO LONGO DOS ANOS: PROPOSTAS DE QUADRO LEGAL MAIS FAVORÁVEL à UTILIzAÇÃO DO COMBUSTÍVEL Ao longo de quase 20 anos, a Associação apresentou aos organismos da tutela propostas de revisão de uma legislação obsoleta e inibidora do crescimento do GPL. Veja-se a proibição de viaturas a GPL estacionarem em espaços fechados e a obrigatoriedade de terem um dístico identificador azul.

palmente porque não foram publicados os diplomas complementares, necessários.

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE BENEFÍCIOS FISCAIS A ANECRA fez diligências junto de diversos organismos oficiais para se potenciar a criação de benefícios nas vertentes da aquisição (na redução do ISV, quer para veículos novos, quer para veículos usados importados, e da base de incidência do IUC) e da utilização de GPL (na diminuição do preço deste combustível e na concessão de benefícios para a alteração de viaturas para GPL).

Estivemos de acordo com a proposta deste projeto de diploma, por referir que a competência do IMTT, para o reconhecimento de entidades montadoras ou reparadoras na área da adaptação e reparação dos automóveis à utilização do GPL, poderia ser delegada nas associações declaradas de utilidade pública.

ENQUADRAMENTO LEGAL DOS PROFISSIONAIS A ANECRA desenvolveu esforços para criar categorias profissionais específicas, como mecânico de Autogás e Técnico de Gásauto. FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS A ANECRA promoveu e realizou cursos para os profissionais do GPL, com o apoio do Centro de Formação Profissional da Reparação Automóvel (CEPRA), batendo-se ainda para que o acesso à formação se tornasse mais facilitado, para mais empresas poderem aceder à atividade. PROPOSTAS ANECRA O Decreto-Lei n.º 136/2006 (que veio revogar o diploma anterior que durou 15 anos, o Decreto-Lei 195/91), deveria ter regulado devidamente a utilização do GPL. A publicação deste diploma parecia, ao início, ser um passo à frente. Mas mostrou-se também ineficaz, princi-

Em 2010, surgiu um projeto de Decreto-Lei que visava revogar o Decreto-Lei n.º 136/2006, e que vinha ao encontro do que a ANECRA tinha vindo a propor. Relembramos a apreciação que a ANECRA fez a este projeto:

Propusemos que os veículos equipados conforme os requisitos do Regulamento ECE/ONU n.º 67 deveriam passar a estar autorizados a estacionar em locais fechados e a necessitar apenas de possuir averbamento no respetivo documento único do veículo, dispensando o dístico identificador. Os restantes veículos a GPL deveriam manter a identificação exterior. Propusemos que as habilitações para o exercício das funções de técnico de gás e mecânico de autogás, deveriam poder ser obtidas em entidade formadora reconhecida. Propusemos também que as instalações para montar e reparar componentes GPL, deveriam dispor de ventilação natural através de aberturas ao nível do teto e solo que permitissem o rápido escoamento para o exterior de uma eventual fuga de gases, não sendo permitida a sua localização em pisos abaixo do nível do solo. As instalações sem ventilação natural, deveriam dispor de um medidor de concentração de gás, dotado de sistema de alarme.


GPL E GN

A ENVOLVÊNCIA E A POSIÇÃO DA ANECRA DESDE A DÉCADA DE 1990, QUE A ANECRA SUBLINHA QUE O GPL É UM COMBUSTÍVEL DE ELEIÇÃO, NO TOCANTE À MINIMIZAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL ASSOCIADO AO FUNCIONAMENTO DOS MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA, E À MAXIMIZAÇÃO DA DURABILIDADE DESSES PROPULSORES.

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FINALMENTE, A NOVA LEGISLAÇÃO A Lei n.º 13/2013, de 31 de Janeiro, veio estabelecer os princípios para a utilização de GPL e gás natural comprimido e liquefeito (GN) em veículos. ENTRE OUTROS ASPETOS, DIz ESTE NOVO DIPLOMA O SEGUINTE: Os veículos que utilizem GPL ou GN como combustível devem garantir um nível de segurança adequado, devendo obedecer às prescrições técnicas a estabelecer em portaria. Os veículos GPL cujos componentes tenham sido aprovados e instalados segundo este regime, podem estacionar em parques fechados e abaixo do nível do solo, que devem ser ventilados e cumprir as disposições do regime de segurança contra incêndios em edifícios e demais legislação aplicável ao estacionamento. Os veículos GPL cujos componentes não tenham sido aprovados de acordo com este regime não podem estacionar em parques fechados, salvo se os mesmos dispuserem de ventilação natural através de aberturas no tecto e solo, que permitam o rápido escoamento de uma eventual fuga de gases. Estes veículos não podem estacionar em locais situados abaixo do nível do solo. Os veículos ligeiros GPL ou GN devem exibir, de forma visível do exterior, uma vinheta identificadora, de modelo a estabelecer por portaria. Tal não se aplica a veículos das categorias M2, M3, N2 e N3. Sobre o fabrico, adaptação e reparação de veículos automóveis a GPL e GN, só podem ser efetuados em estabelecimentos específicos para esse fim, controlados pelo IMT. O exercício das atividades de mecânico e técnico de auto/gás fica condicionado à posse de título profissional do IMT, que pode delegar a competência de emissão destes títulos em organismos reconhecidos, associações ou outras entidades. PARA SE OBTER TÍTULO PROFISSIONAL PARA O EXERCÍCIO DA ATIVIDADE DE MECâNICO DE AUTO/GÁS DEVE REUNIR-SE OS SEGUINTES REQUISITOS: a) Possuir formação adequada na área de mecânica ou mecatrónica automóvel, designadamente através de: i) Curso de mecânica ou mecatrónica automóvel; ii) Certificação profissional obtida em processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências, de mecânica ou mecatrónica automóvel; iii) Outra formação adequada na área de mecânica ou mecatrónica automóvel, aceite por despacho do Presidente do Conselho Diretivo do IMT ou por entidade competente; iv) Experiência superior a 3 anos em mecânica automóvel demonstrada através da apresentação de curriculum vitae, acompanhado por declaração das respetivas entidades empregadoras que corrobore essa experiência. b) Ter frequentado, com aproveitamento, cursos de formação adequados à especialidade de mecânico de auto/gás. O requisito para exercício das atividades de mecânico de auto/gás pode igualmente ser cumprido pela frequência, com aproveitamento, de curso integrado de mecânico de auto/gás. Embora a regulamentação necessária à execução desta lei devesse ter sido emitida em 90 dias (até dia 1 de Maio de 2013), tal só ocorreu em 25 de junho (Portaria 207-A/2013), com a sua entrada em vigor a acontecer 15 dias depois. GPL e GN: agora a nova legislação pode ser aplicada. Segundo essa Portaria, os veículos que utilizem GPL ou GN devem garantir uma segurança adequada, em conformidade com os Regulamentos ECE/ONU n.º 67 e 110. A adaptação ou reparação de veículos matriculados à utilização de GPL ou GN em território nacional só pode ser efetuada por entidade

instaladora ou reparadora que aqui opere legalmente, controlada pelo IMT. A entidade que realiza a adaptação deve garantir a conformidade da montagem segundo as prescrições técnicas fixadas nos referidos regulamentos da ECE/ONU, sendo responsável pela verificação de que o veículo cumpre com as especificações estabelecidas pelo seu fabricante e pelo fabricante dos componentes inerentes, bem como pela garantia de que a adaptação não introduz uma diminuição nas condições de segurança do carro. A conformidade da adaptação à utilização de GPL ou GN e o correto funcionamento de cada veículo são atestados por um certificado emitido pela entidade instaladora ou reparadora, que consta nesta Portaria. A circulação de qualquer veículo adaptado para GPL está condicionada à sua aprovação em inspeção técnica extraordinária, onde é obrigatória a apresentação de certificado, passado pela entidade instaladora ou reparadora. O certificado deverá ter sido emitido há menos de 30 dias da data de inspeção.

OS VEÍCULOS QUE USEM SISTEMAS DE ALIMENTAÇÃO A GPL DEVEM EXIBIR: UMA VINHETA IDENTIFICADORA NO CANTO INFERIOR DIREITO DO PARA-BRISAS, DE ACORDO COM O MODELO DEFINIDO (VEÍCULOS DAS CATEGORIAS M1 E N1); UM DÍSTICO IDENTIFICADOR DE ACORDO COM O MODELO DEFINIDO, AFIXADO à RETAGUARDA (CATEGORIAS M2 E M3). As entidades que se dediquem à adaptação e reparação de veículos GPL ou GN podem exercer essa atividade desde que apresentem mera comunicação prévia, segundo o Decreto-Lei n.º 48/2011, alterado pelo Decreto -Lei n.º 141/2012, e do artigo 17.º do regulamento publicado com a Portaria. As entidades instaladoras ou reparadoras devem manter um registo atualizado de todas as adaptações ou reparações efetuadas em veículos, o qual pode ser solicitado a todo tempo pelo IMT. Compete às entidades instaladoras ou reparadoras assegurar que os técnicos e mecânicos de auto/gás possuem a formação e título profissional exigíveis. As entidades instaladoras ou reparadoras devem dispor de um seguro de responsabilidade civil válido (valor mínimo obrigatório de €600.000,00, sendo este valor atualizado em cada ano). As instalações para reparação ou instalação de GPL ou GN devem dispor de ventilação natural através de aberturas ao nível do teto e solo. Não são permitidas montagens e reparações em locais abaixo do nível do solo. As instalações devem dispor de um medidor de concentração de gás e sistema de alarme calibrado. Os veículos que já usem sistemas de alimentação a GPL ou GN, aprovados em inspeção técnica extraordinária ao abrigo do regime anterior a esta Portaria podem ser apresentados a nova inspeção técnica extraordinária. Se não o fizerem podem manter-se em circulação, mas devem fazer esta inspeção para poderem estacionar em parques fechados e abandonar o dístico azul. A ANECRA saúda a aprovação da nova lei. Já há quase 20 anos que esta associação defende a atualização de um quadro legal desajustado e inibidor do desenvolvimento do GPL, e a necessidade de regulamentar a utilização de GN. Este novo quadro legal vem na sua generalidade de encontro às pretensões da ANECRA. Significativa parte do seu texto está em sintonia com muitas das propostas que a ANECRA entregou no IMTT e na extinta DGV.


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INFORMAÇÃO FISCAL DIREITO À DEDUÇÃO – VIATURAS LIGEIRAS DE MERCADORIAS OFÍCIO CIRCULADO N.º 30152, DE 16 OUTUBRO É considerada viatura de turismo, por não se destinar exclusivamente ao transporte de mercadorias, qualquer viatura ligeira que possua mais de 3 lugares, com inclusão do condutor, pelo que não confere direito à dedução do IVA contido nas respetivas despesas, ainda que o tipo de veículo inscrito no certificado de matrícula seja mercadorias, nos termos do disposto na alínea a) do n.º 1 do artigo 21.º do Código. Refere na alínea a) do n.º 1 do artigo 21.º do Código do IVA: “Exclui-se, todavia, do direito à dedução o imposto contido nas seguintes despesas: Despesas relativas à aquisição, fabrico ou importação, à locação, à utilização, à transformação e reparação de viaturas de turismo, de barcos de recreio, helicópteros, aviões, motos e motociclos. É considerado viatura de turismo qualquer veículo automóvel, com inclusão do reboque, que, pelo seu tipo de construção e equipamento, não seja destinado unicamente ao transporte de mercadorias ou a uma utilização com carácter agrícola, comercial ou industrial ou que, sendo misto ou de transporte de passageiros, não tenha mais de nove lugares, com inclusão do condutor;”. Vem a AT esclarecer neste Ofício-Circulado, que é considerada viatura de turismo, por não se destinar exclusivamente ao transporte de mercadorias, qualquer viatura ligeira que possua mais de 3 lugares,

com inclusão do condutor, pelo que não confere direito à dedução do IVA contido nas respetivas despesas ( aquisição, fabrico ou importação, locação, utilização, transformação ou reparação) ainda que o tipo de veículo inscrito no certificado de matrícula seja mercadorias, nos termos do disposto na alínea a) do n.º 1 do artigo 21.º do Código. Para que seja possível deduzir o IVA nestes casos, não é suficiente que os bens sejam utilizáveis para a realização de operações tributáveis. Ainda que estas viaturas sejam utilizados e indispensáveis para a atividade do sujeito passivo, o direito à dedução apenas pode ser exercida nas situações em que o objeto da atividade é a venda ou exploração desses bens, como, por exemplo, a venda e/ou locação de automóveis, o ensino da condução ou a exploração de táxis.

EMISSÃO DE FATURAS EM PAPEL PRÉ-IMPRESSO O Ofício circulado n.º 30156/2013, de 18 de Dezembro, vem esclarecer a aplicação do n.º 14 do artigo 36.º do CIVA: “Nas faturas processadas através de sistemas informáticos, todas as menções obrigatórias, incluindo o nome, a firma ou a denominação social e o número de identificação fiscal do sujeito passivo adquirente, devem ser inseridas pelo respetivo programa ou equipamento informático de faturação.”

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FORMAÇÃO PEJENE - 22ª EDIÇÃO

O PEJENE tem como função integrar o estagiário numa empresa/instituição, desenvolvendo tarefas específicas de acordo com um Plano de Estágio previamente elaborado de acordo com a área de formação do estagiário.

Já se encontram abertas até ao dia 28 de Abril as inscrições para a 22ª Edição do PEJENE – Programa de Estágios de Jovens Estudantes do Ensino Superior nas Empresas.

Compete às empresas/instituições receptoras e formadoras pagar, no mínimo, mensalmente aos estagiários os subsídios de alimentação e de transporte de igual valor ao atribuído aos trabalhadores dessas entidades. Para além disso, deverão ainda fazer um Seguro de Acidentes aos estagiários, coincidente com o período de estágio.

OBjETIVOS O PEJENE visa a criação de uma relação directa entre a Escola e a Empresa, através do desenvolvimento de projetos conjuntos de formação em local de trabalho, ainda durante o período de estudo dos jovens. Através deste Programa, os jovens serão colocados em empresas no período de interrupção das suas atividades lectivas de Verão, período esse coincidente com maiores necessidades das empresas em termos de recursos humanos, não perturbando, assim e também, o plano curricular dos estudantes.

CANDIDATURAS As candidaturas das empresas interessadas deverão ser formalizadas até 28 de Abril de 2014, directamente no site do Programa, em www. fjuventude.pt/pejene2014

CARACTERÍSTICAS DOS ESTÁGIOS

Os jovens interessados poderão inscrever-se a partir de 2 de Maio de 2014.

Os estágios terão a duração de 2 a 3 meses, devendo decorrer entre Julho e Setembro de 2014, sendo certo que se privilegiará os estágios com duração de 3 meses, uma vez que é este o período mais solicitado pelas empresas aderentes.

Patrícia Paz Gabinete para a Qualificação

PLANO DE FORMAÇÃO 2014 LOCAL

CURSO

DESIGNAÇÃO

DURAÇÃO

INÍCIO

FIM

DIAS

HORÁRIO

25h

24-Abr-14

09-Mai-14

2ª/4ª/6ª

19h/22h

50h 25h 50h 25h

14-Abr-14 22-Abr-14 17-Mar-14 25-Mar-14

23-Mai-14 20-Mai-14 23-Abr-14 17-Abr-14

2ª/4ª/6ª 3ª e 5ª 2ª/4ª/6ª 3ª e 5ª

19h/22h 19h/22h 19h/22h 19h/22h

25h 25h 25h 50h 25h

05-Mai-14 02-Jun-14 17-Mar-14 14-Abr-14 06-Mai-14

21-Mai-14 18-Jun-14 02-Abr-14 26-Mai-14 29-Mai-14

2ª/4ª/6ª 2ª/4ª/6ª 2ª/4ª/6ª 2ª/4ª/6ª 3ª/5ª

19h/22h 19h/22h 19h/22h 19h/22h 19h/22h

50h 25h

31-Mar-14 17-Mar-14

09-Mai-14 02-Abr-14

2ª/4ª/6ª 2ª/4ª/6ª

19h/22h 19h/22h

25h

25-Mar-14

09-Abr-14

2ª/4ª/6ª

19h/22h

LISBOA LISBOA

0397

Atendimento e Serviço no Pós Venda - NOVIDADE! NORTE

BARCELOS PONTE LIMA PORTO

7843 0397 1602 0397

Técnicas de negociação e venda - NOVIDADE! Atendimento e Serviço no Pós Venda - NOVIDADE! Gestão das Reclamações e conflitos com clientes - NOVIDADE! Atendimento e Serviço no Pós Venda - NOVIDADE! CENTRO

AVEIRO

1531 0397 0397 5427 1532

LEIRIA

Gestão de conflitos Atendimento e Serviço no Pós Venda - NOVIDADE! Atendimento e Serviço no Pós Venda - NOVIDADE! Legislação Laboral – Contrato trabalho/Direitos individuais Gestão Reclamações – normas e estratégias - NOVIDADE! ALENTEJO

ÉVORA SANTARÉM

1602 1610

Gestão das Reclamações e conflitos com clientes - NOVIDADE! Gestão de Resíduos, recolha e classificação ALGARVE

LAGOA

1531

Gestão de Conflitos

VALOR DE INSCRIÇÃO POR PARTICIPANTE (ISENTO DE IVA) ÁREA COMPORTAMENTAL, GESTÃO E LEGISLAÇÃO: 25h 50h

GRATUITO GRATUITO

50€ 100€

NOTAS: AS INSCRIÇÕES ESTÃO JÁ ABERTAS e são consideradas por ordem de chegada até ao limite máximo de participantes. A realização das ações nas datas e locais indicados encontra-se sujeita ao número mínimo de 15 inscrições. Os programas dos cursos e a ficha de inscrição estão disponíveis para consulta e impressão em www.anecra.pt. Para informações adicionais contacte directamente o Gabinete para a Qualificação. A atividade formativa da ANECRA está acreditada pela Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT). Presentemente o nosso Plano de Formação é co-financiado pelo POPH - PROGRAMA OPERACIONAL DO POTENCIAL HUMANO, inserido no QREN. No final dos cursos, os participantes com assiduidade e aproveitamento recebem um Certificado de Qualificações, válido para o cumprimento do número mínimo de 35 horas anuais de formação certificada, de acordo com o Código do Trabalho. A ANECRA elabora também programas de formação “à medida” das necessidades das empresas associadas, ajustando a sua proposta de formação às competências que se pretendem desenvolver.

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MERCADO

MERCADO AUTOMÓVEL CRESCEU 11% EM 2013 VEÍCULOS LIGEIROS DE PASSAGEIROS Em dezembro, as vendas de automóveis ligeiros de passageiros cifraram-se em 8612 unidades, ou seja, mais 2253 unidades que no mesmo mês do ano passado, correspondendo a um crescimento de 35,4%. No que toca ao acumulado, de janeiro a dezembro de 2013 venderam-se 105 898 ligeiros de passageiros, equivalendo a um aumento de 11,1% (+10 589 unidades), face a igual período do ano transato. Ranking/Quota de Mercado (jan-dez.): 1º Renault (11,6%); 2º Volkswagen (9,6%); 3º Peugeot (8,9%); 4º BMW (7,2%); 5º Mercedes-Benz (6,6%) VEÍCULOS COMERCIAIS LIGEIROS Quanto ao mercado de veículos comerciais ligeiros, no mês de dezembro de 2013 verificou-se uma subida de 55,6%, face a igual mês do ano anterior, tendo sido comercializadas 3693 unidades (+1319). Em termos acumulados, nos doze meses do ano passado, as vendas de veículos neste segmento foram de 18 224 veículos, ou seja, mais 2213 unidades vendidas face ao ano antecedente (13,8%). Ranking/Quota de Mercado (jan.-dez.): 1º Renault (20,5%); 2º Peugeot (15,1%); 3º Citroën (14%); 4º VW (9,9%); 5º Fiat (8,5%) VEÍCULOS PESADOS O comércio de veículos pesados (de passageiros e mercadorias) em dezembro de 2013 cresceu 266%, face ao mesmo mês de 2012, fruto de terem sido vendidas 527 viaturas, o que traduz mais 383 veículos transacionados.

Já no que respeita a valores acumulados, de janeiro a dezembro de 2013 registou-se um crescimento de 11,7%, face ao período homólogo do ano anterior, totalizando 126 684 viaturas comercializadas. Assim, nos primeiros doze meses de 2013 venderam-se mais 13 249 veículos em Portugal, em comparação com o mesmo período do ano de 2012. Ranking/Quota de Mercado (jan.-dez.): 1º Renault (12,9%); 2º Peugeot (9,6%); 3º Volkswagen (9,4%); 4º Mercedes-Benz (6,7%); 5º Opel (6,4%). A RETER: - O mercado automóvel (ligeiros e pesados) cresceu 44,6% no mês de dezembro e 11,7% no total do ano. - Ligeiros de passageiros: crescimento de 11,1% em 2013. - As vendas de pesados subiram 21,1% em 2013 - As variações percentuais positivas que se registaram em termos de mercado são enganadoras, dado que o ano de comparação (2012) foi anormalmente baixo.

SETOR AUTOMÓVEL PORTUGAL VENDAS EM 2013 JANEIRO / DEZEMBRO

UNIDADES

DIFERENÇAS

2012

2013

UNID.

%

Em relação ao total do ano de 2013, venderam-se em Portugal 2562 veículos pesados, mais 447 unidades que no ano anterior, correspondendo a um acréscimo de 21,1%. Ranking/Quota de Mercado (jan.-dez.): 1º Mercedes-Benz (19,6%); 2º Volvo (19,4%); 3º Renault (15,1%); 4º MAN (13,4%); 5º Scania (10,4%).

* LIGEIROS PASSAGEIROS

95.309

105.898

10.589

11,1

COMERCIAIS LIGEIROS

16.011

18.224

2.213

13,8

1.892

2.388

496

26,2

223

174

-49

-22,0

MERCADO TOTAL Em dezembro de 2013, o total de veículos novos vendidos em Portugal atingiu as 12 832 unidades, crescendo 44,6%, face ao mesmo mês do ano precedente.

TOTAL DE PESADOS

2.115

2.562

447

21,1

113.435

126.684

13.249

11,7

PESADOS MERCADORIAS PESADOS PASSAGEIROS

TOTAIS

Fonte: Gabinete de Estudos Económicos da ANECRA * Inclui os veículos de todo o terreno

VENDAS MERCADO TOTAL JANEIRO / DEZEMBRO Fonte: ANECRA-GEE

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MERCADO

MERCADO AUTOMÓVEL COMEÇA ANO DE 2014 A CRESCER 31,9% VEÍCULOS LIGEIROS DE PASSAGEIROS No mês de janeiro, venderam-se 9255 ligeiros de passageiros, ou seja, mais 2234 unidades que no mesmo mês do ano passado, correspondendo a um crescimento de 31,8%. Ranking/Quota de Mercado (janeiro 2014): 1º BMW (10,2%); 2º Renault (9,7%); 3º VW (9,7%); 4º Peugeot (9,5%); 5º Mercedes-Benz (9,2%). VEÍCULOS COMERCIAIS LIGEIROS Nos comerciais ligeiros, em janeiro, assinalou-se uma subida de 29,2%, face a igual mês do ano anterior, tendo sido comercializadas 1318 unidades (+298). Ranking/Quota de Mercado (janeiro 2014): 1º Renault (18,1%); 2º Peugeot (14%); 3º Citroën (12,4%); 4º Fiat (10,6%); 5º VW (7,8%). VEÍCULOS PESADOS Em janeiro, foram comercializados 326 viaturas pesadas, o que representa um crescimento de 46,2%, face ao mesmo mês de 2012 (mais 103 veículos transacionados).

A RETER: - O mercado automóvel total (ligeiros e pesados) assinalou um aumento de 31,9%, no primeiro mês do ano. - Ligeiros de passageiros: acréscimo de 31,8% em janeiro. - As vendas de pesados subiram 46,2% em janeiro. - Apesar do crescimento, o volume de vendas em janeiro apresenta o terceiro volume mais baixo dos últimos 15 anos considerando os meses de janeiro.

SETOR AUTOMÓVEL PORTUGAL VENDAS EM 2014 JANEIRO

UNIDADES

DIFERENÇAS

2013

2014

UNID.

%

Ranking/Quota de Mercado (janeiro 2014): 1º Mercedes-Benz (24,8%); 2º MAN (22,4%); 3º Renault (11,7%); 4º Scania (11,7%); 5º Volvo (10,4%).

* LIGEIROS PASSAGEIROS

7.021

9.255

2.234

31,8

COMERCIAIS LIGEIROS

1.020

1.318

298

29,2

MERCADO TOTAL Em janeiro, o total de veículos novos vendidos em Portugal em todo o tipo de categorias atingiu as 10 899 unidades, um acréscimo de 31,9%, face ao mesmo mês de 2013. Ranking/Quota de Mercado (janeiro 2014): 1º Renault (10,8%); 2º Peugeot (9,8%); 3º Volkswagen (9,2%); 4º Mercedes-Benz (9,3%); 5º Opel (3,5%).

PESADOS MERCADORIAS

177

281

104

58,8

PESADOS PASSAGEIROS

46

45

-1

-2,2

223

326

103

46,2

8.264

10.899

2.635

31,9

TOTAL DE PESADOS TOTAIS

Fonte: Gabinete de Estudos Económicos da ANECRA * Inclui os veículos de todo o terreno

VENDAS MERCADO TOTAL JANEIRO

Fonte: ANECRA-GEE

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CORREIO DO ASSOCIADO EMPRESA ASSOCIADA:

EMPRESA ASSOCIADA:

Qual a duração das férias no Sector Automóvel, em 2014?

Como poderá esta empresa aceder ao Protocolo celebrado entre a ANECRA e APS?

GABINETE jURÍDICO: Na sequência da entrada em vigor da Lei 23/2012, de 25 de Junho, que procedeu à alteração da Lei nº 7/2009, de 12 de Fevereiro (Código do Trabalho), resultou a revogação da majoração do período de férias, previsto no nº 3 do artigo 238º CT, atendendo à assiduidade do trabalhador no ano a que se reportava o direito. Previa, ainda, o nº 3 do artigo 7º da Lei 23/2012, a redução em montante equivalente até três dias de majoração ao período anual de férias que se encontrassem estabelecidas em disposições de instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho ou clausulas de contratos de trabalho posteriores a 1 de Dezembro de 2013 e anteriores à sua entrada em vigor. Tendo sido suscitada a inconstitucionalidade desta norma, o Tribunal Constitucional, apenas veio considerar inconstitucional, a prevalência do Código do Trabalho, sobre Contratos Colectivos que consagrassem a majoração, até aos 25 dias de férias. Neste sentido, e considerando que o Contrato Colectivo de Trabalho para o Setor Automóvel, publicado no Boletim do Trabalho e Emprego nº 37 de 08.10.2010, não prevê período superior aos 22 dias úteis, nem direito a qualquer majoração em função da assiduidade dos trabalhadores (Clausula 65ª do CCTV Automóvel), a Decisão de Inconstitucionalidade, proferida pelo Tribunal Constitucional, não tem qualquer efeito no Sector Automóvel, mantendo-se o período de 22 dias úteis de férias para os seus trabalhadores, em 2014. Situação diferente, será a consagração da majoração, através de Contrato Individual de Trabalho. EMPRESA ASSOCIADA: Qual o coeficiente de actualização de rendas a vigorar em 2014? GABINETE jURÍDICO: A Portaria nº 352/2013, de 4 de Dezembro, publicou o coeficiente 1,0099, para efeitos de correcção extraordinária das rendas aplicável ao arrendamento para fins não habitacionais (incluindo o comercio ou industria), para vigorar no ano de 2014, o qual foi fixado pelo Aviso nº 11753/2013 (II Série), de 20 de Setembro, do Instituto Nacional de Estatística, IP. Assim, na falta de acordo escrito sobre o regime de actualização da renda, o senhorio interessado na actualização anual da renda, deve comunicar por escrito ao arrendatário, com a antecedência mínima de 30 (trinta) dias, em relação ao vencimento da renda, o coeficiente de actualização e a nova renda dele resultante.

GABINETE jURÍDICO: Entre a ANECRA e a Associação Portuguesa de Seguradores foi celebrado um Acordo de Colaboração que visa simplificar e melhorar o relacionamento entre as Seguradoras e as Oficinas de Reparação Automóvel, no âmbito de sinistros garantidos por contratos de seguro. Esta parceria institucional, traduz-se num conjunto de Boas Práticas, assenta na Boa Fé Negocial e reconhece, entre outros importantes aspectos, o Direito de Escolha da Oficina por parte do proprietário da viatura sinistrada que detenha a direcção efectiva da reparação. Para que as empresas associadas interessadas, possam beneficiar das vantagens deste Acordo de Colaboração devem formalizar a sua adesão através do preenchimento de uma Declaração de Adesão e de uma Ficha de Oficina, disponíveis no site da ANECRA, em www.anecra.pt, cujos originais depois de assinados, deverão ser remetidos à ANECRA. EMPRESA ASSOCIADA: Mantém-se o pagamento de subsídios de férias e Natal em duodécimos? GABINETE jURÍDICO: O artigo 257.º do OE 2014 aprovado pela Lei 83-C/2013 de 31 de Dezembro que entrou em vigor no passado dia 1 de Janeiro, prevê a extensão de vigência da Lei n.º 11/2013, de 28 de Janeiro que consagra o pagamento em duodécimos aos trabalhadores dos Subsídios de Férias e Natal. Tal como sucedeu em 2013, o pagamento de 50% do subsídio de férias e 50% do subsídio de natal em duodécimos, pode ser afastado, por manifestação expressa do trabalhador, a exercer no prazo de 5 dias a contar da entrada em vigor da Lei do OE/2014, devendo informar a entidade empregadora de que não está interessado em receber dessa forma. Fevereiro de 2014 Gabinete Jurídico da ANECRA Isabel Figueira


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A ANECRA NÃO PÁRA. EM LIDERAMOS A MUDANÇA! FOCO ANTÓNIO CHÍCHARO

Presidente da Direção da ANECRA

FICHA TÉCNICA ANECRA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS EMPRESAS DO COMÉRCIO E DA REPARAÇÃO AUTOMÓVEL PESSOA COLETIVA DE UTILIDADE PÚBLICA

ANECRA NOVAMENTE NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA Criado no seio da Comissão Parlamentar de Economia e Obras Públicas, o Grupo de Trabalho do Setor Automóvel convidou a ANECRA para uma Audição que teve lugar na Assembleia da República no passado dia 4 de Fevereiro. Constituiu objetivo desta Audição assegurar ao Grupo de Trabalho a recolha e apreciação dos contributos da Associação, tendentes à avaliação do estado do Setor e à procura das soluções mais adequadas para inverter a grave situação recessiva em que o mesmo se encontra. Nesta Audição, depois de terem feito um exaustivo diagnóstico sobre o estado do Setor, os representantes da ANECRA apresentaram pormenorizadamente, propostas e sugestões, quer no contexto do seu Manifesto em Defesa do Setor Automóvel, quer inerentes à publicação recente de legislação e regulamentação no quadro fiscal relativo ao automóvel, que afetarão não só, as empresas e profissionais do Setor, como também os próprios consumidores. O trabalho da ANECRA foi reconhecido e saudado pelos deputados de todos os partidos que constituem este Grupo de Trabalho, tendo ao mesmo tempo evidenciado, que a Resolução da Assembleia da República nº 128/2013, publicada em 7 de Agosto do ano passado, servirá de cartilha para o Plano de Atividades deste Grupo de Trabalho, tendo sido expressamente afirmado que, a maior parte do conteúdo desta Resolução, teve por base inequívoca as propostas apresentadas pela ANECRA, através do seu Manifesto. Ficou assente a intenção do Grupo de Trabalho do Setor Automóvel, em contar

com a indispensável e ativa colaboração da ANECRA, no sentido de ajudar na procura da resolução dos principais problemas do Setor Automóvel, em que, prioritariamente, se enquadram preocupações relativas ao combate à Economia Paralela na Reparação e Manutenção Automóvel, à revisão da Fiscalidade Automóvel, abordando em particular, temas atuais como a dedutibilidade do IVA em viaturas comerciais ligeiras de caixa aberta, o aumento significativo da Tributação Autónoma sobre veículos, os Pagamentos Especiais por Conta já concretizados e sem retorno, para além da suspensão do pagamento do IUC incidente sobre os veículos usados aparcados nos stands, para venda, à retoma do Sistema de Incentivos ao Abate de Veículos em Fim de Vida, ao regime das Contra-Ordenações Ambientais, à revisão da legislação sobre Obrigações Ambientais, ao desenvolvimento do GPL Auto e à publicação de legislação respeitante ao processo de Registo de Propriedade Automóvel. A ANECRA NÃO PÁRA Assim, “Liderando a Mudança” com o apoio inquestionável dos seus Associados e dos Empresários e Profissionais do Setor Automóvel em geral, a ANECRA continuará a desenvolver, de forma determinada e empenhada, todos os esforços, tendo em vista a concretização urgente das Medidas que integram o seu Manifesto, na prossecução dos objetivos orientados, não só para a inversão do estado em que se encontra o Setor, como também para assegurar a recuperação e o crescimento sustentado das empresas, quer do Comércio, quer da Manutenção e Reparação Automóvel, que fazem parte do seu universo.

Av. Almirante Gago Coutinho Nº 100 1749-124 Lisboa Tels. 21 392 90 30 - Fax 21 397 85 04 e-mail: lisboa@anecra.pt ANECRA PORTO Av. da Boavista, 2450 - 4100-118 Porto Tel. 22 618 98 43 Fax 22 618 98 64 e-mail: porto@anecra.pt ANECRA LEIRIA Av. Marquês de Pombal, Lote 25, 1º C 2400-152 Leiria Tel. 244 8146 86 Fax 244 81 47 19 e-mail: leiria@anecra.pt DIRETOR: António Chícharo DIRETOR: Adjunto:Jorge R. Neves da Silva DIREÇÃO FINANCEIRA: José Luís Veríssimo COLABORAÇÃO TÉCNICA: Augusto Bernardo, Isabel Figueira, João Patrício, Patrícia Paz PUBLICIDADE: C&C – Consultores de Comunicação, Lda Pedro Sena tel. 210 307 842 / 210 307 800 anecra.revista@cec-online.pt José Fernando, Joaquim Alves Pereira PROPRIEDADE: ANECRA Av. Almirante Gago Coutinho Nº 100 1749-124 Lisboa Tels. 21 392 90 30 Fax 21 397 85 04 EDIÇÃO C&C - Consultores de Comunicação, Lda Largo da Rosa, n.º 7 - 3º 1149-054 Lisboa Tel. 210 307 800 anecra.revista@cec-online.pt www.cec-online.pt IMPRESSÃO: Grafisol - Artes Gráficas, Lda TIRAGEM: 7.500 exemplares PREÇO: 2,50 € REPRODUÇÃO DE ARTIGOS: É permitida em Portugal a reprodução dos artigos publicados na Revista ANECRA, desde que a origem seja assinalada de forma inequívoca e informados os nossos serviços. Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores. INSCRIÇÃO NA ICS: 110781 - Depósito Legal nº 17107/87 MEMBROS ATIVOS: C.C.P. - Confederação do Comércio e Serviços de Portugal; E.T.O. - European Tuning Organization; C.E.C.R.A. - Comité Europeu do Comércio e da Reparação Automóvel Isenta ao abrigo do nº.1 da al. a) do artigo 12º do D.R. nº 8/99 de 09.06 www.anecra.pt

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CAMILO LOURENÇO COMENTADOR DE ECONOMIA

ANTÓNIO CHÍCHARO PRESIDENTE DA DIREÇÃO DA ANECRA

ALEXANDRE FERREIRA VICE-PRESIDENTE DA DIREÇÃO DA ANECRA

Os temas abordados e as questões trazidas a debate, nos diversos painéis, permitiram-nos retirar diversas conclusões e pontos de reflexão evidenciando-se, nomeadamente, o grande Projeto ANECRA, que visa liderar a mudança, juntando clientes e setor automóvel, na Internet. Através da criação em breve do pioneiro Projecto de Mudança “Portal do Automóvel” a ANECRA propõe-se inovar, levando as empresas da área da Reparação, suas Associadas, a trilhar novos caminhos, a atrair e a fidelizar mais clientes. A ANECRA, ao promover este Projeto, lança um desafio a todos os que estejam direta ou indiretamente ligados ao setor, quer sejam associados ou não, quer estejam ligados ao poder político ou ao setor privado, quer sejam empresas ou consumidores, partilhando assim, a “Liderança na Mudança”.

JORGE NEVES DA SILVA SECRETÁRIO GERAL DA ANECRA

O TEMA PRINCIPAL “COMO LIDERAR A MUDANÇA“ PERMITIU À ANECRA CONCRETIZAR COM SUCESSO OS OBJETIVOS PREVIAMENTE DEFINIDOS PARA ESTE GRANDE EVENTO, NUM DESAFIO PERSPETIVADO NO SENTIDO DA CRIAÇÃO DE UMA COMUNICAÇÃO INOVADORA E DIRECIONADA PARA A RESOLUÇÃO DOS GRAVES PROBLEMAS COM QUE SE CONFRONTAM DIARIAMENTE OS EMPRESÁRIOS E PROFISSIONAIS DO SETOR AUTOMÓVEL, EM PORTUGAL.

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ENTREVISTA

JORGE JACOB PRESIDENTE DA AUTORIDADE NACIONAL DE SEGURANÇA RODOVIÁRIA (ANSR)

A: QUE RESULTADOS TêM CONSEGUIDO NO âMBITO DO PLANO RODOVIÁRIO NACIONAL? JJ: Neste momento estamos a trabalhar em Portugal, em termos estatísticos, com o conceito de “morto a 30 dias”, seguindo a prática da União Europeia. E isso fez-nos subir quantitativamente a sinistralidade, pois não estávamos a contabilizar corretamente o morto a 30 dias, algo que está agora normalizado, desde 2010. Mas o que se tem constatado é que desde 2001 tem havido uma quebra significativa da sinistralidade até 2006 e a partir desse ano temos tido uma descida sustentada. Nós tínhamos fixado um objetivo na Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária (ENSR) de termos 623 mortos, em 2015. E se virmos os números com mortos a 30 dias já estamos abaixo da curva da tendência, relativamente a 2012 e 2013. Se se mantiver esta descida, iremos atingir o objetivo. Temos alguma parte do mérito, mas de facto isso deve-se porque temos melhores estradas, melhores automóveis e melhor comportamento dos condutores, entre outros aspetos que convergiram para o alcançar desta meta. Isto levou a que o Governo fixasse para 2015 um objetivo qualitativo (de ficarmos entre os 10 melhores países da Europa) e um quantitativo (62 mortos por milhão de habitantes). De 2010 para 2011, fomos o quarto país europeu na redução mais acentuada da sinistralidade. O objetivo de ficarmos entre os 10 melhores não é fácil porque os outros países também estão a melhorar muito. Mas mantemos a meta. A União Europeia fixou também outro objetivo para a evolução da mortalidade

“A ANECRA TEM DADO UM CONTRIBUTO INESTIMÁVEL À SEGURANÇA RODOVIÁRIA” 9


que, entre 2010 e 2020, terá de cair para metade, ou seja, em 2010 tivemos cerca de 940 mortos e em 2020 teremos de ter cerca de 470. Neste momento estamos abaixo da tendência. Estamos a evoluir bem e, provavelmente, iremos conseguir e talvez superar o objetivo global da União Europeia o que, em 10 anos, é notável. E estamos a prever poder lançar no final do ano ou início de 2015 uma campanha para tentarmos reduzir os acidentes mortais nas autoestradas para tornar estas vias ainda mais seguras. Para além disso, temos outra campanha que queremos lançar antes do final do ano virada para os tratores agrícolas, pois temos dos piores índices de mortalidade com os tratores e queremos reduzir esta incidência, o que vai exigir também alterações legislativas. A: COMO TEM SIDO A ADAPTAÇÃO DOS VÁRIOS UTENTES DA VIA àS ALTERAÇõES QUE O CÓDIGO DA ESTRADA SOFREU? JJ: Fizemos um esforço de divulgação das alterações ao Código. Promovemos sessões públicas de informação, estive na Convenção da ANECRA a apresentar também as novidades, estive também nas companhias de seguros só para referir alguns casos. Temos distribuído folhetos com a colaboração das polícias e estamos a preparar uma edição do Código da Estrada nossa e temos previstas ainda mais sessões. Não temos ainda um feedback conclusivo sobre o comportamento e a adaptação dos condutores face às recentes alterações ao Código e não temos dados estatísticos ainda com significância, nesta altura. A: QUAIS FORAM AS VANTAGENS E DESVANTAGENS DESSAS ALTERAÇõES? JJ: Ainda não estou em condições de ter um pensamento estruturado sobre o assunto por algumas razões. Desde logo, porque havia normas do antigo Código da Estrada que eram inconstitucionais. Aliás, foi isso que levou a que o Código fosse à Assembleia da República: sanar

normas que eram inconstitucionais. Uma dessas normas prendia-se com a questão do pagamento das coimas por infrações leves. Quando alguém era autuado por uma infração leve, como é o caso da falta de cinto de segurança, e pagava logo o valor da coima (o pagamento era a assunção da culpa), ainda que apresentasse defesa, a mesma já não era apreciada. Aproveitando a ida do diploma para o Parlamento, tentou-se depois aperfeiçoar algumas regras de trânsito, como é o caso das rotundas, e tentou simplificar-se o regime processual das contra ordenações rodoviárias. Também no desenvolvimento deste processo legislativo introduziram-se novos conceitos, como é o caso dos utilizadores vulneráveis e das zonas de coexistência. Considero que uma das grandes vantagens deste novo Código foi a criação do conceito do utilizador vulnerável e o acréscimo de direitos que isto lhe trouxe para meios urbanos, nas vilas e aldeias. Mas na estrada a aplicação deste novo conceito é uma desvantagem. Há um aspeto preocupante relacionado com as bicicletas que tem a ver com as diferenças de velocidade entre veículos – quanto mais díspares forem, maiores riscos representam em termos de sinistralidade. E, como é sabido, as bicicletas não conseguem circular à velocidade dos automóveis, logo a probabilidade de colisões vai aumentar. Portanto, é uma regra que tem as suas vantagens, mas também lhe reconheço desvantagens e essa avaliação também se aplica às zonas de coexistência. Estamos a analisar como as coisas estão a ser encaradas por todos os utentes. Estamos a preparar uma norma técnica para a conceção das zonas de coexistência porque não pode ser à livre vontade de uma câmara municipal decidir os locais onde pode criar esses pontos de coabitação. Essas zonas têm de ter regras técnicas para serem consideradas como tal e para que se regulem os conflitos todos, de modo a que peões, condutores e ciclistas coexistam pacificamente. A: E O ARTICULADO DAS ROTUNDAS VAI SER REVISTO? JJ: Não está previsto até porque o que se fez na revisão do Código da Estrada foi clarificar o regime de circulação em rotundas e sancionar


ENTREVISTA

“DEVEMOS REFORÇAR A ATENÇÃO QUE É PRECISO DAR AOS PNEUS” o seu incumprimento. O que se passa é que as rotundas não têm normas de dimensionamento, conceção, desenho e da sua inserção na rede. É algo que não está normalizado e tem de haver normas para o desenho das rotundas para que depois as regras estipuladas no Código da Estrada para utilização das placas giratórias possam produzir o efeito pretendido. É um aspeto que na ENSR iremos tentar colmatar, o da melhoria das infraestruturas rodoviárias municipais, embora seja uma matéria tutelada pelo IMT e por outras áreas da administração pública – urbanismo e ordenamento do território. A: A ATUAL CONjUNTURA ECONÓMICA TEM INFLUENCIADO A SEGURANÇA RODOVIÁRIA? JJ: Eu entendo que sim. O que notamos é que tem havido redução dos volumes de tráfego, o que faz diminuir o risco de acidente. Depois as pessoas para pouparem gasolina baixaram a velocidade e isso também minimiza riscos. São dois efeitos conjugados no mesmo sentido que favorecem a quebra da sinistralidade. Outra coisa que se nota é a transferência de tráfego das autoestradas para as estradas nacionais. E aqui pode dizer-se que este facto age em sentido contrário aos outros dois, mas a verdade é que temos de aprofundar os estudos para compreender o fenómeno, até porque nas estradas secundárias as velocidades são mais baixas do que as das autoestradas. E tendencialmente, com velocidades mais baixas as consequências dos acidentes são menores. A ANSR ainda não tem a noção clara disso. O que também estamos a admitir é que esta transferência de tráfego está, eventualmente, a fazer aumentar o número de acidentes. Ou seja, estamos com uma redução significativa do número de vítimas mortais, mas esse decréscimo já não é tão significativo no número de feridos graves e leves. O número de acidentes não tem diminuído, o índice de gravidade é que tem baixado. A: A CRISE FAz COM QUE AS PESSOAS NÃO SEjAM TÃO CUIDADOSAS COM OS CARROS, DESCURANDO A MANUTENÇÃO DAS VIATURAS. ISSO TEM FEITO AUMENTAR A INSEGURANÇA? JJ: Não temos ainda essa noção, embora nós estejamos a detetar um acréscimo do número de autos por falta de inspeção. Mas é um tema que carece de mais dados para nos pronunciarmos.

A: COMO É QUE AVALIA AQUILO QUE A ANECRA TEM FEITO ENQUANTO ENTIDADE PROMOTORA DA SEGURANÇA RODOVIÁRIA. JJ: O papel da ANECRA tem sido muito positivo. Por um lado, ao nível dos seus associados e oficinas tem-nos sensibilizado a mensagem transmitida aos seus clientes para a necessidade de atenção que deverão dar ao veículo, às inspeções e revisões e isso é fundamental. Um dos fatores que tem contribuído para a redução da sinistralidade é também a atenção dada ao veículo. Portanto, não apenas o parque mais moderno, mas também a manutenção que é assegurada aos automóveis tem contribuído certamente para a baixa da sinistralidade. Nesse aspeto, a ANECRA tem dado um contributo inestimável. A: OS PNEUS SÃO UM ASPETO MUITAS VEzES DESCURADO PELOS CONDUTORES… JJ: A ANECRA já fez campanhas a destacar a relevância de ter pneus em condições, mas é uma das áreas em que é preciso voltar à carga e reforçar a atenção que é preciso dar aos pneus, porque e sobretudo em tempos de crise, a tendência é descurar o estado dos pneumáticos. E há anomalias de pneus que são facilmente visíveis quando se olham para os pneus dos carros. O próprio condutor deveria ter o cuidado de verificar o estado do pneu e tomar medidas. Creio que poderíamos colaborar com a ANECRA na tentativa de divulgar a importância de ter os pneus em ordem. A: E COMO TEM FUNCIONADO A ARTICULAÇÃO E COLABORAÇÃO ENTRE A ANSR E A ANECRA? JJ: Tem funcionado bem. Temos tido uma boa relação, temos dado o apoio que a ANECRA pede e sempre que há oportunidade de colaborar em campanhas conjuntas também o temos feito. E é o que esperamos que continue a haver. Pontualmente, como é o caso dos pneus, podemos prever ter uma campanha mais cerrada sobre este equipamento do carro. Nós estamos disponíveis e tenho a certeza que a ANECRA também estará.

A: E SE TEM HAVIDO MAIS CARROS POR INSPECIONAR, TAMBÉM É DE ADMITIR QUE HAjA MAIS CARROS A NÃO FAzER AS REVISõES PROGRAMADAS DOS SEUS CARROS… JJ: Provavelmente.

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A OPEL INTRODUZIU NO MERCADO PORTUGUÊS UMA GAMA COMPLETA DE MODELOS FLEXFUEL A GPL (GÁS DE PETRÓLEO LIQUEFEITO).

AO TODO, SÃO 10 VERSõES DISTRIBUÍDAS POR SEIS MODELOS: DO UTILITÁRIO CORSA AOS FAMILIARES INSIGNIA (BERLINA E CARRINHA), DOS MONOVOLUMES MERIVA TOURER E zAFIRA TOURER AO SUV MOKKA, PASSANDO PELO FAMILIAR MÉDIO ASTRA (CARRO E CARRINHA). A oferta GPL da Opel assenta nos blocos a gasolina 1.2 com 85 cv (no caso do Corsa) e 1.4 Turbo com 120 e 140 cv. “A legislação portuguesa, finalmente, produziu [em 2013] alterações que eliminaram a discriminação a que estes veículos estavam sujeitos. Faltava uma oferta diversificada, capaz de propor uma solução moderna e competitiva em cada segmento”, aponta João Falcão Neves, Diretor-Geral da General Motors Portugal. Os dez novos elementos da gama FlexFuel da Opel estão equipados de série com sistemas de alimentação de autogás instalados na fábrica, usufruindo de plena cobertura de garantia da marca. A designação FlexFuel destaca o facto destas versões poderem funcionar a autogás ou a gasolina, bastando ao condutor premir uma tecla na consola central do tabliê para selecionar um ou outro combustível. O depósito de gás está instalado no espaço da roda sobressalente, o que quer dizer que o habitáculo mantém a volumetria inalterada, tanto para passageiros como para bagagens. Em termos de preços (ver tabela), o Corsa GPL custa mais mil euros que o corsa 1.2 a gasolina, mas menos 2600 euros face ao Corsa 1.3 CDTI, ao passo que o Meriva Tourer Bi-Fuel custa mais 700 euros que o seu homólogo a gasolina, mas menos 600 euros que a versão 1.3 CDTI.

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A HYUNDAI ACABA DE INTRODUZIR NO MERCADO NACIONAL A NOVA GERAÇÃO DO SEU i10.

HYUNDAI i10

TAMBÉM PASSA A TER GPL

Além das versões equipadas com os propulsores 1.0 litros e 1.25 litros da família de motores “Kappa”, o modelo de segmento A da marca coreana, que foi projetado e fabricado na Europa, merece destaque pelo facto de oferecer também aos clientes uma variante GPL, instalada de fábrica. Nesta versão a sua potência máxima é de 67 cv às 6200 rpm com 90 Nm de binário produzido às 3500 rpm. A versão Bifuel está associada ao 1.0 litros (998 cc) e a uma caixa manual de cinco velocidades. Os seus consumos em modo GPL são de 8,3 l/100 km (em cidade), 5,4 l/100 km (extra urbano) e 6,5 l/100 km (ciclo combinado). O seu preço é de 13 390 euros, mais 1500 euros do que a versão equivalente 100% a gasolina.

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Por ano, a academia R-M e esta certificação X-Ray forma uma média de 600 pessoas. “Todos os anos, aparecem cerca de mil cores novas no mercado. Surgem novas tendências, tais como as cores de três fases e os nossos técnicos necessitam não só de saber como identificar e aplicar as cores como também de conhecer os novos processos necessários para as reparar”, refere a R-M.

NOVO DISCO DE TRAVÃO COM ROLAMENTO INTEGRADO

PROGRAMA DE FESTOOL COM PROMOÇÕES PARA SÓCIOS

A Metelli expandiu a sua gama de componentes de travão, com o lançamento de um disco de travão com rolamento integrado especialmente concebido para o eixo traseiro de veículos franceses. Este novo produto é o resultado da montagem de um disco de travão, um rolamento e uma série de acessórios, incluindo o anel de sensor de ABS. A sua característica é o rolamento integrado, composto por um par de rolos cónicos inseridos no orifício de montagem do disco de travão, que o fixa ao cubo de roda. Os modelos de discos de travão com rolamento integrado desenhados pela Metelli podem ser instalados no eixo traseiro dos Renault Clio, Scénic, Modus, Grand Scénic, Laguna, Velsatis, Espace, Citroën C4, Peugeot 207 e 307/308. Por seu lado e ainda relativamente à Metelli, esta empresa introduziu no início deste ano 27 novos códigos de referência para pastilhas de travão, cobrindo os modelos de veículos mais recentes, como o Fiat 500, o Panda 2013, o Ducato 2010, o Opel Adam 2013, o Ford Focus, o Ka 2012 e modelos da BMW (Série 5 e X3 2010).

O programa de colaboração “Quality System Partner” introduziu em 2014 novidades para os seus sócios, as oficinas de reparação automóvel. Às oito vantagens oferecidas até agora, como o assessoramento personalizado ou a garantia total para toda a maquinaria da marca, a Festool Automotive Systems acrescenta o acesso a promoções exclusivas e a oferta de condições de compra preferenciais. O objetivo do fabricante alemão de soluções de sistema é proporcionar ferramentas que potenciem a redução de custos, economia de materiais e melhoria da rentabilidade. Para se ser sócio “Quality System Partner” e beneficiar-se das vantagens exclusivas do programa, existe apenas uma condição: a oficina de reparação automóvel tem de utilizar o processo de lixagem em quatro passos, que consiste na combinação das lixadoras, acessórios e abrasivos.

SUBSTITUIÇÃO DE KITS DE DISTRIBUIÇÃO A PREÇOS PROMOCIONAIS A rede de oficinas Topcar lançou uma campanha promocional exclusiva de “preços chave na mão” de substituição de kits de distribuição e bomba de água, em vigor até março. Os componentes em causa são da SKF, abrangendo as principais motorizações Diesel do parque automóvel nacional, possuindo três níveis de preços fixos para os clientes: 299€ para motores 1.4 HDi, TDI, TCDi e 1.5 DCi; 319€ para motores 1.6 HDi, TDCi e 2.0 HDi; 399€ para motor 1.9TDI. Os três níveis de preço (com IVA) incluem todas as peças, líquidos e mão-de-obra definidos para estas operações.

NOVO CATÁLOGO DE AMORTECEDORES CERTIFICAÇÃO X-RAY EM CORES A equipa de formadores da R-M tem vindo da dar formação a National Head Trainers (NHT), gestores de formação nacionais, os quais, por sua vez, terão como missão formar os técnicos responsáveis em cada país por transmitir os conhecimentos adquiridos no novo Centro de Competências de Reparação (RCC) de Clermont, designadamente em matéria de novos produtos, processos e tendências.

A SWAG lançou um novo catálogo com a completa gama de amortecedores a gás para os mais populares veículos europeus, onde estão listadas um total de 665 referências, todas com qualidade equivalente à origem. Para tornar a consulta mais simplificada e intuitiva, o catálogo está dividido em três categorias: Amortecedores de Mala e Capot, Amortecedores de Direção e Amortecedores da Correia Auxiliar. Este novo catálogo está disponível na sua versão impressa e ainda em formato PDF, que poderá ser descarregado gratuitamente no site www.swag.de.

60 NOVAS CORES CRIADAS A PPG criou mais de 60 novas cores para os fabricantes de automóveis, com base em estudos feitos junto dos consumidores, no sentido de compreender quais são as preferências do mercado. Essas novas cores deverão começar a ser incluídas nos veículos de 2016 e 1027. Essa nova gama de cores está agrupada em cinco paletes, tendo sido batizadas de Hi-Breed, Mosaic, New Spirit, Magnifigance e Theorem.

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CONCESSIONÁRIO “TIVEMOS QUE NOS AJUSTAR À CRISE E 2014 JÁ SERÁ MELHOR” ANECRA (A): COMO É QUE ESTÁ O SETOR, VISTO DO LADO DO CONCESSIONÁRIO?

ANTÓNIO CHÍCHARO RESPONSÁVEL DA CONCESSÃO TOYOTA, EM BEJA ALÉM DE PRESIDENTE DA ANECRA, ANTÓNIO CHÍCHARO TEM TAMBÉM UMA CONCESSÃO AUTOMÓVEL, EM BEJA, DA MARCA TOYOTA. COM 32 EMPREGADOS, A “JOSÉ CÂNDIDO CHÍCHARO & FILHOS” TEVE DE REDUZIR O NÚMERO DE VENDEDORES PARA SE AJUSTAR À CRISE, MAS, EM CONTRAPARTIDA, AUMENTOU JÁ O NÚMERO DE POSTOS DE TRABALHO NA ASSISTÊNCIA. ANTÓNIO CHÍCHARO ESPERA QUE AO AUMENTO DA PROCURA QUE SE SENTE, CORRESPONDAM MAIS NEGÓCIOS EM 2014.

António Chícharo (AC): O setor teve dois anos muito complicados, os de 2012 e 2013. Em 2013, fizemos alguns ajustamentos em todos os concessionários, em termos de número de vendedores, de apoio às vendas e da assistência. No final de 2013, notámos algum incremento na procura. Nesta altura, a procura continua incentivada, mas a realização do negócio ainda dificilmente é palpável e é contabilizada. A: O CRESCIMENTO QUE SE NOTOU NAS ESTATÍSTICAS É jÁ UM SINAL DE RETOMA? AC: É, especialmente nas marcas que têm viaturas a preços mais baixos. Na nossa concessão isso sente-se. A: COMO É QUE FOI O SEU ANO DE 2013? AC: Na nossa concessão, o ano de 2013 foi melhor que o de 2012. Tivemos um aumento de faturação e tivemos um aumento de procura dos nossos produtos, tanto dos serviços de assistência, como da venda de automóveis. Os lucros é que diminuíram. Faturámos mais, mas lucrámos menos. Isto quer dizer que na área do negócio cada vez as margens disponíveis começam a ficar mais curtas.

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“EM 2012 E 2013 CONSEGUIMOS ALCANÇAR SEMPRE OS OBJETIVOS”

A: COMO É QUE ESTÁ A SER ESTE INÍCIO DE 2014? AC: Começou melhor do que 2013, tanto na área da venda de viaturas, como na área da reparação. A: TEM ESPERANÇA QUE NO FINAL DESTE ANO SE CONCLUA QUE HOUVE UMA MELHORIA EFETIVA? AC: Tenho esperanças que 2014 seja um pouco melhor que 2013, mas não vamos ainda recuperar as vendas que fizemos em 2008 ou em 2006. A: QUE VALORES É QUE SERIAM ACEITÁVEIS PARA QUE 2014 FOSSE CONSIDERADO UM ANO POSITIVO? AC: As marcas todas retificaram os objetivos que tinham com os concessionários [em função da crise geral]. Nós, na redução que tivemos em 2012 e 2013, conseguimos alcançar sempre os objetivos. Para 2014, já temos uns objetivos um pouco mais elevados. É minha previsão que vamos ultrapassar também esses novos objetivos, em termos de número de vendas de viaturas, até porque temos, dentro de relativamente pouco tempo, alguns modelos novos, os quais, só por si, incentivam mais algumas vendas. A: ALÉM DA TOYOTA, VENDE MAIS ALGUMA MARCA? AC: Já tive outras concessões, mas neste momento só tenho Toyota. A: COMO É QUE É VISTA A TOYOTA NA zONA DE BEjA? AC: A Toyota é vista como uma marca de confiança e qualidade. Hoje, a nossa venda de viaturas está mais ligada ao setor agrícola com as pick-up e os veículos de todo o terreno e aí somos líderes de mercado nessa zona. Por experiência, posso dizer que as pessoas quando estão interessadas numa pick up, após consultarem várias marcas, só deixam de comprar Toyota por uma questão de preço, porque a Toyota é 1000 ou 1500 euros mais cara do que a concorrente, mas a curto prazo também se arrependem dessa decisão, porque os custos de manutenção da Toyota são completamente diferentes. Falando da fidelização dos clientes, temos, por exemplo, nas nossas oficinas, clientes que vão com os nossos carros à nossa assistência há 15 e 20 anos, apesar da garantia há muito ter passado, quando o que se verifica na generalidade das pessoas é que, quando a garantia dos carros termina, os proprietários das viaturas vão para sítios mais baratos fazer a manutenção. E isso acontece porque sabem que têm um produto de qualidade que querem mantê-lo dentro das suas características originais.

A: NA SUA CONCESSÃO QUE MEDIDAS APLICOU PARA FAzER FRENTE A ESTA CRISE? AC: Tivemos um ajustamento em termos de número de vendedores. Não nos poderíamos dar ao luxo de termos quatro ou cinco vendedores quando vendíamos dois ou três carros por mês. A: QUANTAS PESSOAS TRABALHAM, NESTE MOMENTO, NA SUA CONCESSÃO? AC: Trabalham 32. Fizemos um ajustamento no número de vendedores, mas só aí, porque na parte da assistência criámos quatro postos de trabalho novos e agora estamos a criar mais dois. Fizemos também ajustamentos nos custos dos consumíveis, como combustíveis, eletricidade e telefones e chegámos ao fim, em 2013, com resultados positivos relativamente interessantes. A: FIzERAM ALGUM INVESTIMENTO NO APÓS-VENDA? AC: Fizemos investimentos que já estavam programados e orçamentados do ano anterior, tendo substituído todos os nossos equipamentos da área da chapa e pintura. Foi algo que rondou os 150 mil euros. A: ESSE INVESTIMENTO AjUDOU AO NEGÓCIO? AC: Ajudou. Nós com as instalações e equipamentos antigos efetuávamos meia dúzia de reparações de chapa e pintura e agora, felizmente, com mais postos de trabalho que admitimos temos praticamente os tempos todos ocupados das pessoas que trabalham nesse departamento. E O FUTURO DA MARCA COMO SERÁ? AC: Estivemos há poucos dias em Berlim, com a própria administração da Toyota do Japão, em que nos foram mostrados os novos modelos que vão estar disponíveis até 2017 e 2018. O que vimos, independentemente da exposição de marketing e publicidade que é naturalmente feita em torno destes eventos e apresentações, deixou-nos muito confortáveis em termos de futuro. Se não houver grande cataclismo na área financeira, penso que, a partir de 2015 e 2016, esquecemo-nos dos anos de crise que ficaram para trás, porque os modelos estão mais adaptados aos gostos dos europeus do que estavam no passado e os preços que se fala também têm alguma mexidas. A: EM TERMOS DE LOCOMOÇÃO TEREMOS NOVIDADES? AC: Está na moda os híbridos e a marca é pioneira nessa área, tendo-nos sido mostrado o carro a hidrogénio que está pronto.

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A ANECRA ESTEVE SEMPRE NA LINHA DA FRENTE EM PROL DO DESENVOLVIMENTO DO GPL EM PORTUGAL. EIS ALGUNS EXEMPLOS DESTE EMPENHO, AO LONGO DOS ANOS: PROPOSTAS DE QUADRO LEGAL MAIS FAVORÁVEL à UTILIzAÇÃO DO COMBUSTÍVEL Ao longo de quase 20 anos, a Associação apresentou aos organismos da tutela propostas de revisão de uma legislação obsoleta e inibidora do crescimento do GPL. Veja-se a proibição de viaturas a GPL estacionarem em espaços fechados e a obrigatoriedade de terem um dístico identificador azul.

palmente porque não foram publicados os diplomas complementares, necessários.

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE BENEFÍCIOS FISCAIS A ANECRA fez diligências junto de diversos organismos oficiais para se potenciar a criação de benefícios nas vertentes da aquisição (na redução do ISV, quer para veículos novos, quer para veículos usados importados, e da base de incidência do IUC) e da utilização de GPL (na diminuição do preço deste combustível e na concessão de benefícios para a alteração de viaturas para GPL).

Estivemos de acordo com a proposta deste projeto de diploma, por referir que a competência do IMTT, para o reconhecimento de entidades montadoras ou reparadoras na área da adaptação e reparação dos automóveis à utilização do GPL, poderia ser delegada nas associações declaradas de utilidade pública.

ENQUADRAMENTO LEGAL DOS PROFISSIONAIS A ANECRA desenvolveu esforços para criar categorias profissionais específicas, como mecânico de Autogás e Técnico de Gásauto. FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS A ANECRA promoveu e realizou cursos para os profissionais do GPL, com o apoio do Centro de Formação Profissional da Reparação Automóvel (CEPRA), batendo-se ainda para que o acesso à formação se tornasse mais facilitado, para mais empresas poderem aceder à atividade. PROPOSTAS ANECRA O Decreto-Lei n.º 136/2006 (que veio revogar o diploma anterior que durou 15 anos, o Decreto-Lei 195/91), deveria ter regulado devidamente a utilização do GPL. A publicação deste diploma parecia, ao início, ser um passo à frente. Mas mostrou-se também ineficaz, princi-

Em 2010, surgiu um projeto de Decreto-Lei que visava revogar o Decreto-Lei n.º 136/2006, e que vinha ao encontro do que a ANECRA tinha vindo a propor. Relembramos a apreciação que a ANECRA fez a este projeto:

Propusemos que os veículos equipados conforme os requisitos do Regulamento ECE/ONU n.º 67 deveriam passar a estar autorizados a estacionar em locais fechados e a necessitar apenas de possuir averbamento no respetivo documento único do veículo, dispensando o dístico identificador. Os restantes veículos a GPL deveriam manter a identificação exterior. Propusemos que as habilitações para o exercício das funções de técnico de gás e mecânico de autogás, deveriam poder ser obtidas em entidade formadora reconhecida. Propusemos também que as instalações para montar e reparar componentes GPL, deveriam dispor de ventilação natural através de aberturas ao nível do teto e solo que permitissem o rápido escoamento para o exterior de uma eventual fuga de gases, não sendo permitida a sua localização em pisos abaixo do nível do solo. As instalações sem ventilação natural, deveriam dispor de um medidor de concentração de gás, dotado de sistema de alarme.


GPL E GN

A ENVOLVÊNCIA E A POSIÇÃO DA ANECRA DESDE A DÉCADA DE 1990, QUE A ANECRA SUBLINHA QUE O GPL É UM COMBUSTÍVEL DE ELEIÇÃO, NO TOCANTE À MINIMIZAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL ASSOCIADO AO FUNCIONAMENTO DOS MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA, E À MAXIMIZAÇÃO DA DURABILIDADE DESSES PROPULSORES.

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FINALMENTE, A NOVA LEGISLAÇÃO A Lei n.º 13/2013, de 31 de Janeiro, veio estabelecer os princípios para a utilização de GPL e gás natural comprimido e liquefeito (GN) em veículos. ENTRE OUTROS ASPETOS, DIz ESTE NOVO DIPLOMA O SEGUINTE: Os veículos que utilizem GPL ou GN como combustível devem garantir um nível de segurança adequado, devendo obedecer às prescrições técnicas a estabelecer em portaria. Os veículos GPL cujos componentes tenham sido aprovados e instalados segundo este regime, podem estacionar em parques fechados e abaixo do nível do solo, que devem ser ventilados e cumprir as disposições do regime de segurança contra incêndios em edifícios e demais legislação aplicável ao estacionamento. Os veículos GPL cujos componentes não tenham sido aprovados de acordo com este regime não podem estacionar em parques fechados, salvo se os mesmos dispuserem de ventilação natural através de aberturas no tecto e solo, que permitam o rápido escoamento de uma eventual fuga de gases. Estes veículos não podem estacionar em locais situados abaixo do nível do solo. Os veículos ligeiros GPL ou GN devem exibir, de forma visível do exterior, uma vinheta identificadora, de modelo a estabelecer por portaria. Tal não se aplica a veículos das categorias M2, M3, N2 e N3. Sobre o fabrico, adaptação e reparação de veículos automóveis a GPL e GN, só podem ser efetuados em estabelecimentos específicos para esse fim, controlados pelo IMT. O exercício das atividades de mecânico e técnico de auto/gás fica condicionado à posse de título profissional do IMT, que pode delegar a competência de emissão destes títulos em organismos reconhecidos, associações ou outras entidades. PARA SE OBTER TÍTULO PROFISSIONAL PARA O EXERCÍCIO DA ATIVIDADE DE MECâNICO DE AUTO/GÁS DEVE REUNIR-SE OS SEGUINTES REQUISITOS: a) Possuir formação adequada na área de mecânica ou mecatrónica automóvel, designadamente através de: i) Curso de mecânica ou mecatrónica automóvel; ii) Certificação profissional obtida em processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências, de mecânica ou mecatrónica automóvel; iii) Outra formação adequada na área de mecânica ou mecatrónica automóvel, aceite por despacho do Presidente do Conselho Diretivo do IMT ou por entidade competente; iv) Experiência superior a 3 anos em mecânica automóvel demonstrada através da apresentação de curriculum vitae, acompanhado por declaração das respetivas entidades empregadoras que corrobore essa experiência. b) Ter frequentado, com aproveitamento, cursos de formação adequados à especialidade de mecânico de auto/gás. O requisito para exercício das atividades de mecânico de auto/gás pode igualmente ser cumprido pela frequência, com aproveitamento, de curso integrado de mecânico de auto/gás. Embora a regulamentação necessária à execução desta lei devesse ter sido emitida em 90 dias (até dia 1 de Maio de 2013), tal só ocorreu em 25 de junho (Portaria 207-A/2013), com a sua entrada em vigor a acontecer 15 dias depois. GPL e GN: agora a nova legislação pode ser aplicada. Segundo essa Portaria, os veículos que utilizem GPL ou GN devem garantir uma segurança adequada, em conformidade com os Regulamentos ECE/ONU n.º 67 e 110. A adaptação ou reparação de veículos matriculados à utilização de GPL ou GN em território nacional só pode ser efetuada por entidade

instaladora ou reparadora que aqui opere legalmente, controlada pelo IMT. A entidade que realiza a adaptação deve garantir a conformidade da montagem segundo as prescrições técnicas fixadas nos referidos regulamentos da ECE/ONU, sendo responsável pela verificação de que o veículo cumpre com as especificações estabelecidas pelo seu fabricante e pelo fabricante dos componentes inerentes, bem como pela garantia de que a adaptação não introduz uma diminuição nas condições de segurança do carro. A conformidade da adaptação à utilização de GPL ou GN e o correto funcionamento de cada veículo são atestados por um certificado emitido pela entidade instaladora ou reparadora, que consta nesta Portaria. A circulação de qualquer veículo adaptado para GPL está condicionada à sua aprovação em inspeção técnica extraordinária, onde é obrigatória a apresentação de certificado, passado pela entidade instaladora ou reparadora. O certificado deverá ter sido emitido há menos de 30 dias da data de inspeção.

OS VEÍCULOS QUE USEM SISTEMAS DE ALIMENTAÇÃO A GPL DEVEM EXIBIR: UMA VINHETA IDENTIFICADORA NO CANTO INFERIOR DIREITO DO PARA-BRISAS, DE ACORDO COM O MODELO DEFINIDO (VEÍCULOS DAS CATEGORIAS M1 E N1); UM DÍSTICO IDENTIFICADOR DE ACORDO COM O MODELO DEFINIDO, AFIXADO à RETAGUARDA (CATEGORIAS M2 E M3). As entidades que se dediquem à adaptação e reparação de veículos GPL ou GN podem exercer essa atividade desde que apresentem mera comunicação prévia, segundo o Decreto-Lei n.º 48/2011, alterado pelo Decreto -Lei n.º 141/2012, e do artigo 17.º do regulamento publicado com a Portaria. As entidades instaladoras ou reparadoras devem manter um registo atualizado de todas as adaptações ou reparações efetuadas em veículos, o qual pode ser solicitado a todo tempo pelo IMT. Compete às entidades instaladoras ou reparadoras assegurar que os técnicos e mecânicos de auto/gás possuem a formação e título profissional exigíveis. As entidades instaladoras ou reparadoras devem dispor de um seguro de responsabilidade civil válido (valor mínimo obrigatório de €600.000,00, sendo este valor atualizado em cada ano). As instalações para reparação ou instalação de GPL ou GN devem dispor de ventilação natural através de aberturas ao nível do teto e solo. Não são permitidas montagens e reparações em locais abaixo do nível do solo. As instalações devem dispor de um medidor de concentração de gás e sistema de alarme calibrado. Os veículos que já usem sistemas de alimentação a GPL ou GN, aprovados em inspeção técnica extraordinária ao abrigo do regime anterior a esta Portaria podem ser apresentados a nova inspeção técnica extraordinária. Se não o fizerem podem manter-se em circulação, mas devem fazer esta inspeção para poderem estacionar em parques fechados e abandonar o dístico azul. A ANECRA saúda a aprovação da nova lei. Já há quase 20 anos que esta associação defende a atualização de um quadro legal desajustado e inibidor do desenvolvimento do GPL, e a necessidade de regulamentar a utilização de GN. Este novo quadro legal vem na sua generalidade de encontro às pretensões da ANECRA. Significativa parte do seu texto está em sintonia com muitas das propostas que a ANECRA entregou no IMTT e na extinta DGV.


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INFORMAÇÃO FISCAL DIREITO À DEDUÇÃO – VIATURAS LIGEIRAS DE MERCADORIAS OFÍCIO CIRCULADO N.º 30152, DE 16 OUTUBRO É considerada viatura de turismo, por não se destinar exclusivamente ao transporte de mercadorias, qualquer viatura ligeira que possua mais de 3 lugares, com inclusão do condutor, pelo que não confere direito à dedução do IVA contido nas respetivas despesas, ainda que o tipo de veículo inscrito no certificado de matrícula seja mercadorias, nos termos do disposto na alínea a) do n.º 1 do artigo 21.º do Código. Refere na alínea a) do n.º 1 do artigo 21.º do Código do IVA: “Exclui-se, todavia, do direito à dedução o imposto contido nas seguintes despesas: Despesas relativas à aquisição, fabrico ou importação, à locação, à utilização, à transformação e reparação de viaturas de turismo, de barcos de recreio, helicópteros, aviões, motos e motociclos. É considerado viatura de turismo qualquer veículo automóvel, com inclusão do reboque, que, pelo seu tipo de construção e equipamento, não seja destinado unicamente ao transporte de mercadorias ou a uma utilização com carácter agrícola, comercial ou industrial ou que, sendo misto ou de transporte de passageiros, não tenha mais de nove lugares, com inclusão do condutor;”. Vem a AT esclarecer neste Ofício-Circulado, que é considerada viatura de turismo, por não se destinar exclusivamente ao transporte de mercadorias, qualquer viatura ligeira que possua mais de 3 lugares,

com inclusão do condutor, pelo que não confere direito à dedução do IVA contido nas respetivas despesas ( aquisição, fabrico ou importação, locação, utilização, transformação ou reparação) ainda que o tipo de veículo inscrito no certificado de matrícula seja mercadorias, nos termos do disposto na alínea a) do n.º 1 do artigo 21.º do Código. Para que seja possível deduzir o IVA nestes casos, não é suficiente que os bens sejam utilizáveis para a realização de operações tributáveis. Ainda que estas viaturas sejam utilizados e indispensáveis para a atividade do sujeito passivo, o direito à dedução apenas pode ser exercida nas situações em que o objeto da atividade é a venda ou exploração desses bens, como, por exemplo, a venda e/ou locação de automóveis, o ensino da condução ou a exploração de táxis.

EMISSÃO DE FATURAS EM PAPEL PRÉ-IMPRESSO O Ofício circulado n.º 30156/2013, de 18 de Dezembro, vem esclarecer a aplicação do n.º 14 do artigo 36.º do CIVA: “Nas faturas processadas através de sistemas informáticos, todas as menções obrigatórias, incluindo o nome, a firma ou a denominação social e o número de identificação fiscal do sujeito passivo adquirente, devem ser inseridas pelo respetivo programa ou equipamento informático de faturação.”

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FORMAÇÃO PEJENE - 22ª EDIÇÃO

O PEJENE tem como função integrar o estagiário numa empresa/instituição, desenvolvendo tarefas específicas de acordo com um Plano de Estágio previamente elaborado de acordo com a área de formação do estagiário.

Já se encontram abertas até ao dia 28 de Abril as inscrições para a 22ª Edição do PEJENE – Programa de Estágios de Jovens Estudantes do Ensino Superior nas Empresas.

Compete às empresas/instituições receptoras e formadoras pagar, no mínimo, mensalmente aos estagiários os subsídios de alimentação e de transporte de igual valor ao atribuído aos trabalhadores dessas entidades. Para além disso, deverão ainda fazer um Seguro de Acidentes aos estagiários, coincidente com o período de estágio.

OBjETIVOS O PEJENE visa a criação de uma relação directa entre a Escola e a Empresa, através do desenvolvimento de projetos conjuntos de formação em local de trabalho, ainda durante o período de estudo dos jovens. Através deste Programa, os jovens serão colocados em empresas no período de interrupção das suas atividades lectivas de Verão, período esse coincidente com maiores necessidades das empresas em termos de recursos humanos, não perturbando, assim e também, o plano curricular dos estudantes.

CANDIDATURAS As candidaturas das empresas interessadas deverão ser formalizadas até 28 de Abril de 2014, directamente no site do Programa, em www. fjuventude.pt/pejene2014

CARACTERÍSTICAS DOS ESTÁGIOS

Os jovens interessados poderão inscrever-se a partir de 2 de Maio de 2014.

Os estágios terão a duração de 2 a 3 meses, devendo decorrer entre Julho e Setembro de 2014, sendo certo que se privilegiará os estágios com duração de 3 meses, uma vez que é este o período mais solicitado pelas empresas aderentes.

Patrícia Paz Gabinete para a Qualificação

PLANO DE FORMAÇÃO 2014 LOCAL

CURSO

DESIGNAÇÃO

DURAÇÃO

INÍCIO

FIM

DIAS

HORÁRIO

25h

24-Abr-14

09-Mai-14

2ª/4ª/6ª

19h/22h

50h 25h 50h 25h

14-Abr-14 22-Abr-14 17-Mar-14 25-Mar-14

23-Mai-14 20-Mai-14 23-Abr-14 17-Abr-14

2ª/4ª/6ª 3ª e 5ª 2ª/4ª/6ª 3ª e 5ª

19h/22h 19h/22h 19h/22h 19h/22h

25h 25h 25h 50h 25h

05-Mai-14 02-Jun-14 17-Mar-14 14-Abr-14 06-Mai-14

21-Mai-14 18-Jun-14 02-Abr-14 26-Mai-14 29-Mai-14

2ª/4ª/6ª 2ª/4ª/6ª 2ª/4ª/6ª 2ª/4ª/6ª 3ª/5ª

19h/22h 19h/22h 19h/22h 19h/22h 19h/22h

50h 25h

31-Mar-14 17-Mar-14

09-Mai-14 02-Abr-14

2ª/4ª/6ª 2ª/4ª/6ª

19h/22h 19h/22h

25h

25-Mar-14

09-Abr-14

2ª/4ª/6ª

19h/22h

LISBOA LISBOA

0397

Atendimento e Serviço no Pós Venda - NOVIDADE! NORTE

BARCELOS PONTE LIMA PORTO

7843 0397 1602 0397

Técnicas de negociação e venda - NOVIDADE! Atendimento e Serviço no Pós Venda - NOVIDADE! Gestão das Reclamações e conflitos com clientes - NOVIDADE! Atendimento e Serviço no Pós Venda - NOVIDADE! CENTRO

AVEIRO

1531 0397 0397 5427 1532

LEIRIA

Gestão de conflitos Atendimento e Serviço no Pós Venda - NOVIDADE! Atendimento e Serviço no Pós Venda - NOVIDADE! Legislação Laboral – Contrato trabalho/Direitos individuais Gestão Reclamações – normas e estratégias - NOVIDADE! ALENTEJO

ÉVORA SANTARÉM

1602 1610

Gestão das Reclamações e conflitos com clientes - NOVIDADE! Gestão de Resíduos, recolha e classificação ALGARVE

LAGOA

1531

Gestão de Conflitos

VALOR DE INSCRIÇÃO POR PARTICIPANTE (ISENTO DE IVA) ÁREA COMPORTAMENTAL, GESTÃO E LEGISLAÇÃO: 25h 50h

GRATUITO GRATUITO

50€ 100€

NOTAS: AS INSCRIÇÕES ESTÃO JÁ ABERTAS e são consideradas por ordem de chegada até ao limite máximo de participantes. A realização das ações nas datas e locais indicados encontra-se sujeita ao número mínimo de 15 inscrições. Os programas dos cursos e a ficha de inscrição estão disponíveis para consulta e impressão em www.anecra.pt. Para informações adicionais contacte directamente o Gabinete para a Qualificação. A atividade formativa da ANECRA está acreditada pela Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT). Presentemente o nosso Plano de Formação é co-financiado pelo POPH - PROGRAMA OPERACIONAL DO POTENCIAL HUMANO, inserido no QREN. No final dos cursos, os participantes com assiduidade e aproveitamento recebem um Certificado de Qualificações, válido para o cumprimento do número mínimo de 35 horas anuais de formação certificada, de acordo com o Código do Trabalho. A ANECRA elabora também programas de formação “à medida” das necessidades das empresas associadas, ajustando a sua proposta de formação às competências que se pretendem desenvolver.

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MERCADO

MERCADO AUTOMÓVEL CRESCEU 11% EM 2013 VEÍCULOS LIGEIROS DE PASSAGEIROS Em dezembro, as vendas de automóveis ligeiros de passageiros cifraram-se em 8612 unidades, ou seja, mais 2253 unidades que no mesmo mês do ano passado, correspondendo a um crescimento de 35,4%. No que toca ao acumulado, de janeiro a dezembro de 2013 venderam-se 105 898 ligeiros de passageiros, equivalendo a um aumento de 11,1% (+10 589 unidades), face a igual período do ano transato. Ranking/Quota de Mercado (jan-dez.): 1º Renault (11,6%); 2º Volkswagen (9,6%); 3º Peugeot (8,9%); 4º BMW (7,2%); 5º Mercedes-Benz (6,6%) VEÍCULOS COMERCIAIS LIGEIROS Quanto ao mercado de veículos comerciais ligeiros, no mês de dezembro de 2013 verificou-se uma subida de 55,6%, face a igual mês do ano anterior, tendo sido comercializadas 3693 unidades (+1319). Em termos acumulados, nos doze meses do ano passado, as vendas de veículos neste segmento foram de 18 224 veículos, ou seja, mais 2213 unidades vendidas face ao ano antecedente (13,8%). Ranking/Quota de Mercado (jan.-dez.): 1º Renault (20,5%); 2º Peugeot (15,1%); 3º Citroën (14%); 4º VW (9,9%); 5º Fiat (8,5%) VEÍCULOS PESADOS O comércio de veículos pesados (de passageiros e mercadorias) em dezembro de 2013 cresceu 266%, face ao mesmo mês de 2012, fruto de terem sido vendidas 527 viaturas, o que traduz mais 383 veículos transacionados.

Já no que respeita a valores acumulados, de janeiro a dezembro de 2013 registou-se um crescimento de 11,7%, face ao período homólogo do ano anterior, totalizando 126 684 viaturas comercializadas. Assim, nos primeiros doze meses de 2013 venderam-se mais 13 249 veículos em Portugal, em comparação com o mesmo período do ano de 2012. Ranking/Quota de Mercado (jan.-dez.): 1º Renault (12,9%); 2º Peugeot (9,6%); 3º Volkswagen (9,4%); 4º Mercedes-Benz (6,7%); 5º Opel (6,4%). A RETER: - O mercado automóvel (ligeiros e pesados) cresceu 44,6% no mês de dezembro e 11,7% no total do ano. - Ligeiros de passageiros: crescimento de 11,1% em 2013. - As vendas de pesados subiram 21,1% em 2013 - As variações percentuais positivas que se registaram em termos de mercado são enganadoras, dado que o ano de comparação (2012) foi anormalmente baixo.

SETOR AUTOMÓVEL PORTUGAL VENDAS EM 2013 JANEIRO / DEZEMBRO

UNIDADES

DIFERENÇAS

2012

2013

UNID.

%

Em relação ao total do ano de 2013, venderam-se em Portugal 2562 veículos pesados, mais 447 unidades que no ano anterior, correspondendo a um acréscimo de 21,1%. Ranking/Quota de Mercado (jan.-dez.): 1º Mercedes-Benz (19,6%); 2º Volvo (19,4%); 3º Renault (15,1%); 4º MAN (13,4%); 5º Scania (10,4%).

* LIGEIROS PASSAGEIROS

95.309

105.898

10.589

11,1

COMERCIAIS LIGEIROS

16.011

18.224

2.213

13,8

1.892

2.388

496

26,2

223

174

-49

-22,0

MERCADO TOTAL Em dezembro de 2013, o total de veículos novos vendidos em Portugal atingiu as 12 832 unidades, crescendo 44,6%, face ao mesmo mês do ano precedente.

TOTAL DE PESADOS

2.115

2.562

447

21,1

113.435

126.684

13.249

11,7

PESADOS MERCADORIAS PESADOS PASSAGEIROS

TOTAIS

Fonte: Gabinete de Estudos Económicos da ANECRA * Inclui os veículos de todo o terreno

VENDAS MERCADO TOTAL JANEIRO / DEZEMBRO Fonte: ANECRA-GEE

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MERCADO

MERCADO AUTOMÓVEL COMEÇA ANO DE 2014 A CRESCER 31,9% VEÍCULOS LIGEIROS DE PASSAGEIROS No mês de janeiro, venderam-se 9255 ligeiros de passageiros, ou seja, mais 2234 unidades que no mesmo mês do ano passado, correspondendo a um crescimento de 31,8%. Ranking/Quota de Mercado (janeiro 2014): 1º BMW (10,2%); 2º Renault (9,7%); 3º VW (9,7%); 4º Peugeot (9,5%); 5º Mercedes-Benz (9,2%). VEÍCULOS COMERCIAIS LIGEIROS Nos comerciais ligeiros, em janeiro, assinalou-se uma subida de 29,2%, face a igual mês do ano anterior, tendo sido comercializadas 1318 unidades (+298). Ranking/Quota de Mercado (janeiro 2014): 1º Renault (18,1%); 2º Peugeot (14%); 3º Citroën (12,4%); 4º Fiat (10,6%); 5º VW (7,8%). VEÍCULOS PESADOS Em janeiro, foram comercializados 326 viaturas pesadas, o que representa um crescimento de 46,2%, face ao mesmo mês de 2012 (mais 103 veículos transacionados).

A RETER: - O mercado automóvel total (ligeiros e pesados) assinalou um aumento de 31,9%, no primeiro mês do ano. - Ligeiros de passageiros: acréscimo de 31,8% em janeiro. - As vendas de pesados subiram 46,2% em janeiro. - Apesar do crescimento, o volume de vendas em janeiro apresenta o terceiro volume mais baixo dos últimos 15 anos considerando os meses de janeiro.

SETOR AUTOMÓVEL PORTUGAL VENDAS EM 2014 JANEIRO

UNIDADES

DIFERENÇAS

2013

2014

UNID.

%

Ranking/Quota de Mercado (janeiro 2014): 1º Mercedes-Benz (24,8%); 2º MAN (22,4%); 3º Renault (11,7%); 4º Scania (11,7%); 5º Volvo (10,4%).

* LIGEIROS PASSAGEIROS

7.021

9.255

2.234

31,8

COMERCIAIS LIGEIROS

1.020

1.318

298

29,2

MERCADO TOTAL Em janeiro, o total de veículos novos vendidos em Portugal em todo o tipo de categorias atingiu as 10 899 unidades, um acréscimo de 31,9%, face ao mesmo mês de 2013. Ranking/Quota de Mercado (janeiro 2014): 1º Renault (10,8%); 2º Peugeot (9,8%); 3º Volkswagen (9,2%); 4º Mercedes-Benz (9,3%); 5º Opel (3,5%).

PESADOS MERCADORIAS

177

281

104

58,8

PESADOS PASSAGEIROS

46

45

-1

-2,2

223

326

103

46,2

8.264

10.899

2.635

31,9

TOTAL DE PESADOS TOTAIS

Fonte: Gabinete de Estudos Económicos da ANECRA * Inclui os veículos de todo o terreno

VENDAS MERCADO TOTAL JANEIRO

Fonte: ANECRA-GEE

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CORREIO DO ASSOCIADO EMPRESA ASSOCIADA:

EMPRESA ASSOCIADA:

Qual a duração das férias no Sector Automóvel, em 2014?

Como poderá esta empresa aceder ao Protocolo celebrado entre a ANECRA e APS?

GABINETE jURÍDICO: Na sequência da entrada em vigor da Lei 23/2012, de 25 de Junho, que procedeu à alteração da Lei nº 7/2009, de 12 de Fevereiro (Código do Trabalho), resultou a revogação da majoração do período de férias, previsto no nº 3 do artigo 238º CT, atendendo à assiduidade do trabalhador no ano a que se reportava o direito. Previa, ainda, o nº 3 do artigo 7º da Lei 23/2012, a redução em montante equivalente até três dias de majoração ao período anual de férias que se encontrassem estabelecidas em disposições de instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho ou clausulas de contratos de trabalho posteriores a 1 de Dezembro de 2013 e anteriores à sua entrada em vigor. Tendo sido suscitada a inconstitucionalidade desta norma, o Tribunal Constitucional, apenas veio considerar inconstitucional, a prevalência do Código do Trabalho, sobre Contratos Colectivos que consagrassem a majoração, até aos 25 dias de férias. Neste sentido, e considerando que o Contrato Colectivo de Trabalho para o Setor Automóvel, publicado no Boletim do Trabalho e Emprego nº 37 de 08.10.2010, não prevê período superior aos 22 dias úteis, nem direito a qualquer majoração em função da assiduidade dos trabalhadores (Clausula 65ª do CCTV Automóvel), a Decisão de Inconstitucionalidade, proferida pelo Tribunal Constitucional, não tem qualquer efeito no Sector Automóvel, mantendo-se o período de 22 dias úteis de férias para os seus trabalhadores, em 2014. Situação diferente, será a consagração da majoração, através de Contrato Individual de Trabalho. EMPRESA ASSOCIADA: Qual o coeficiente de actualização de rendas a vigorar em 2014? GABINETE jURÍDICO: A Portaria nº 352/2013, de 4 de Dezembro, publicou o coeficiente 1,0099, para efeitos de correcção extraordinária das rendas aplicável ao arrendamento para fins não habitacionais (incluindo o comercio ou industria), para vigorar no ano de 2014, o qual foi fixado pelo Aviso nº 11753/2013 (II Série), de 20 de Setembro, do Instituto Nacional de Estatística, IP. Assim, na falta de acordo escrito sobre o regime de actualização da renda, o senhorio interessado na actualização anual da renda, deve comunicar por escrito ao arrendatário, com a antecedência mínima de 30 (trinta) dias, em relação ao vencimento da renda, o coeficiente de actualização e a nova renda dele resultante.

GABINETE jURÍDICO: Entre a ANECRA e a Associação Portuguesa de Seguradores foi celebrado um Acordo de Colaboração que visa simplificar e melhorar o relacionamento entre as Seguradoras e as Oficinas de Reparação Automóvel, no âmbito de sinistros garantidos por contratos de seguro. Esta parceria institucional, traduz-se num conjunto de Boas Práticas, assenta na Boa Fé Negocial e reconhece, entre outros importantes aspectos, o Direito de Escolha da Oficina por parte do proprietário da viatura sinistrada que detenha a direcção efectiva da reparação. Para que as empresas associadas interessadas, possam beneficiar das vantagens deste Acordo de Colaboração devem formalizar a sua adesão através do preenchimento de uma Declaração de Adesão e de uma Ficha de Oficina, disponíveis no site da ANECRA, em www.anecra.pt, cujos originais depois de assinados, deverão ser remetidos à ANECRA. EMPRESA ASSOCIADA: Mantém-se o pagamento de subsídios de férias e Natal em duodécimos? GABINETE jURÍDICO: O artigo 257.º do OE 2014 aprovado pela Lei 83-C/2013 de 31 de Dezembro que entrou em vigor no passado dia 1 de Janeiro, prevê a extensão de vigência da Lei n.º 11/2013, de 28 de Janeiro que consagra o pagamento em duodécimos aos trabalhadores dos Subsídios de Férias e Natal. Tal como sucedeu em 2013, o pagamento de 50% do subsídio de férias e 50% do subsídio de natal em duodécimos, pode ser afastado, por manifestação expressa do trabalhador, a exercer no prazo de 5 dias a contar da entrada em vigor da Lei do OE/2014, devendo informar a entidade empregadora de que não está interessado em receber dessa forma. Fevereiro de 2014 Gabinete Jurídico da ANECRA Isabel Figueira


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