Caderno - Culturas Populares e Tradicionais da Comunidade de Matarandiba

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CULTURAS POPULARES E TRADICIONAIS DA COMUNIDADE DE MATARANDIBA Associação Sócio Cultural de Maratarandiba MANIFESTAÇÕES CULTURAIS , FESTEJOS TRADICIONAIS, PONTO DE LEITURA E PONTO DE MEMÓRIA

realização

apoio financeiro

apoio institucional

1


Itaparica

Bom Despacho

Terminal Ferry Boat

Mar Grande

or

Centro Náutico

a

lv ad

Matarandiba

ic ar

ad

Ilh

sa

p

ta eI

Como chegar a Matarandiba Partindo de Salvador, o visitante pode realizar a travessia até a Ilha de Itaparica através do Ferry Boat, desembarcando em Bom Despacho, e percorrendo de Van, táxi ou carro próprio, cerca de 40 km até a Vila de Matarandiba ​pela BA-001​. Outra opção para travessia, s​ão as lanchas que saem do Centro Náutico da Bahia, no bairro do Comércio em Salvador, e após chegar em Mar Grande, pode-se utilizar táxis, vans ou automóvel particular até Matarandiba.

CaxaPrego

2

Já partindo do Baixo Sul da Bahia, através da BA 001, rodovia que vai do extremo sul da Bahia até a Ilha de Itaparica, o visitante irá passar pela Ponte do Funil, que liga a Ilha ao continente. A partir da Ponte do Funil percorre-se cerca de 8 quilômetros até Matarandiba.


Apresentação Associação Socio-Cultural de Mata-

Festa de Santo Amaro, a Lavagem

randiba – ASCOMAT é um reflexo da

do Cruzeiro, o Presente dos Pesca-

mobilização da comunidade em re-

dores, a Lavagem da Fonte, a San-

lação ao fortalecimento da identi-

tamazorra, a Corrida de Canoa e a

dade da cultura local. A associação

Gincana Educacional dentre outras.

tem como objetivo promover even-

A

tos ligados à cultura, ao esporte, à

transformador da cultura em um

educação e ao lazer, bem como con-

determinado

solidar um espaço associativo que

que para atingir esse objetivo é ne-

lute pela preservação das tradições

cessário promover a mobilização e a

locais e promova novas iniciativas

união da comunidade através do di-

que possam angariar apoios e cap-

álogo entre a população mais velha

tar recursos para a sustentabilida-

e os jovens. É nesse sentido que as

de de suas ações.

suas iniciativas estão voltadas tam-

São exemplos da riqueza cultural de

bém para a capacitação técnica e ar-

Matarandiba o Terno das Flores, o

tística, a transmissão dos saberes e

Boi Estrela, o São Gonçalo, os Sam-

fazeres populares e o envolvimento

bas de Roda adulto e mirim, o tea-

dos jovens na produção dos eventos

tro popular do Zé de Vale, o Aruê, a

culturais.

ASCOMAT

acredita território

no e

caráter entende

3


4


A Vila de Matarandiba Matarandiba

é

uma

comunida-

de tradicional de pescadores e marisqueiras, localizada a contra-costa da ilha de Itaparica,município de Vera Cruz/BA. Com cerca de mil habitantes vivendo principalmente da pesca e da mariscagem, nos últimos anos a comunidade vem protagonizando uma experiência de organização comunitária visando o desenvolvimento local sustentável iniciado em 2007 e já rendeu a comunidade projetos que tem fortalecido a cultura local e a preservação da memória através da parceria com a ITES/UFBA.

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6


Índice

Celebrações Tradicionais 9

Terno das Flores

Pontos 33 Ponto de Leitura

11

Festa de Santo Amaro

13

Lavagem do Alto do Cruzeiro

15

Zé de Vale

Ponto de memória

17

Boi Estrela

Tia Dina

19

Presente dos Pescadores

21

Corrida de Canoa

Ponto de Cultura

23

Samba de Roda Voa Voa Maria

Voa Voa Maria

25

Samba de RodaFilhos de Maria

27

Lavagem da Fonte

29

São Gonçalo

31

Aruê

Tia Dazinha 34

36

7


8


Terno das Flores Quando acontece 05 e 06 de Janeiro

Os festejos de reis são comemorados

tradicionalmente

nas

noites

de 5 e 6 de janeiro com a apresentação do Terno das Flores. O cortejo, como é feito até hoje, sai a pé, percorrendo todas as ruas e becos da comunidade, cantando e dançando, recriando o trajeto dos Reis Magos em sua visita a Belém para render homenagem ao recém-nascido menino Jesus. O grupo é formado por 70 moradores, com idade entre 11 e 85 anos, representando os reis magos, rainhas, porta-bandeira com guardasde-honra,

pastoras,

ciganas,

flo-

ristas, carregadores de adereços e lanternas e um conjunto musical, do tipo filarmônica.

9


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Festa de Santo Amaro Quando acontece 13 de janeiro

Festa religiosa que acontece sem-

uma filarmônica, que entoam cân-

pre no segundo domingo de janei-

ticos religiosos, acompanhados de

ro e homenageia o padroeiro local,

queima de fogos. A igreja permane-

Santo

comemorações

ce aberta todo o dia para que seus

acontecem com um novenário na

devotos possam visitar, fazer suas

igreja do padroeiro, onde são reali-

orações e agradecimentos. Após a

zadas orações e cânticos em home-

missa, como uma tradição local, é

nagem ao santo.

escolhida a comissão que organi-

Um dia antes dos festejos, Santo

zará os festejos do próximo ano e

Amaro é levado de barco em uma

é entregue pelo grupo organizador

procissão marítima até a localidade

anterior, um ramo de flores, sim-

de Jiribatuba, onde é recebido pelo

bolizando o compromisso com a

Padroeiro local, após a celebração

próxima festa. O grupo escolhido

de uma missa, o Santo retorna à

sai pelas ruas de Matarandiba com

Matarandiba.

a bandeira do santo, anunciando a

No dia dos seus festejos, é rea-

sua eleição para a próxima festa.

lizada ras

da

Amaro.

uma

As

alvorada

manhã

e

às um

5

ho-

missa.

Logo após a celebração, o santo sai em procissão pelas ruas de Matarandiba, seguido por seus fieis e

11


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Lavagem do Cruzeiro Quando acontece 9 de janeiro

Durante os festejos de comemoração do padroeiro de Matarandiba, a comunidade realiza a lavagem de um cruzeiro, localizado no alto da vila. Essa lavagem tem a participação de mulheres vestidas de baiana, com jarros de flores e água de cheiro na cabeça. Elas são seguidas por um grupo de homens que toca timbau, pandeiro, agogô, e por centenas de pessoas. Após esse ritual, um carro pipa joga água na calçada e a brincadeira toma conta de todos. A manifestação também conta com a participação de alguns membros do tradicional afoxé de Salvador Filhos de Gandhi.

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Zé de Vale Quando acontece 11 de janeiro

O Reisado Zé de Vale é uma das

Não contente com a situação do fi-

mais ricas manifestações da cultu-

lho, sua mãe vai à procura das mais

ra popular da Vila, pois é marcada

distintas

pela presença da dança, da música

ao presidente, tentando persuadi-

e principalmente do teatro popular

-las a soltá-lo. Em troca da liberda-

de rua.

de de Zé de Vale, sua mãe oferece

Nesse

Reisado,

a

população

dinheiro,

autoridades,

cavalo,

uma

do

coronel

barquinha,

vida aos mais variados persona-

mas este só é solto quando o pe-

gens.

torno

dido é feito em nome da bandeira

do personagem que leva o nome

do divino Espírito Santo. Toda his-

de Zé de Vale, filho de uma se-

tória é cantada a partir de versos.

nhora rica da localidade e que

Esse reisado foi resgatado pela AS-

devido

COMAT após 53 anos sem ser reali-

A

história

ao

seu

gira

em

comportamento

“arruaceiro” é preso no canavial.

zado.

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Boi Estrela Quando acontece 14 e15 de janeiro

Também no mês de janeiro, em

caindo pra cá e pra lá, consegue

data móvel, o Boi de Matarandiba

sempre se livrar, até atingir o Boi

sai pelas ruas da comunidade. Esta

com o ferrão.

manifestação representa a farsa da

O Boi cai morto.

morte e da ressurreição do boi, tra-

O Vaqueiro não para de dançar ao

zendo num estandarte vermelho a

redor do boi, fazendo graça, mas

inscrição “Viva o Boi Estrela de Ma-

o animal permanece imóvel. De

tarandiba”.

inclui

repente, o vaqueiro percebe um

uma série de canções que acompa-

movimento do Boi, Estica o rabo e

nham a dança do boi e do vaqueiro

segura seus chifres. O Boi está vivo.

no centro de uma roda formada

Com um cântico específico entoado

pelas pastoras e pelo público. O Boi

pelas pastoras, o Boi levanta e dan-

Estrela

ça, para a alegria geral, perseguindo

A

investe

apresentação

sucessivas

tentati-

vas de chifradas no Vaqueiro, que,

o Vaqueiro.

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Presente dos Pescadores Quando acontece 2 de fevereiro

Esta festa acontece quase sempre no dia 2 de fevereiro. Os pescadores junto com a ASCOMAT organizam a procissão que leva o presente para Iemanjá. Mulheres, homens e crianças acompanham pelas ruas o cortejo que sai do terreiro de Mãe Célia. Em frente à igreja de Santo Amaro é realizado um ritual com orações, cânticos, danças e fogos. Em seguida, o grupo se dirige ao porto para embarcar

nas

canoas e levar seus

presentes, enquanto entoam cânticos. As

canoas,

todas

ornamenta-

das, saem do Porto de Matarandiba

com

destino

baía,

levando

seus

as

águas

presentes

da e

oferendas para a Rainha do Mar. Após a entrega dos presentes, os barcos retornam à praia, onde se forma um grande samba de roda. 19


20


Corrida de Canoa Quando acontece 10 de janeiro

É uma importante atividade náutica não poluente e de baixo impacto ambiental.

Os

pescadores

organi-

zam corridas de canoa entre eles como forma de confraternizar e preservar os laços de amizade. Sempre partindo do Porto de Matarandiba, as canoas percorrem a baía com suas velas coloridas e seus homens presos ao barandar, brincando e ao mesmo tempo competindo, numa festa alegre e pacífica. Várias comunidades são convidadas a participar e, ao final da corrida, as primeiras canoas são premiadas com troféus e brindes.

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Samba de Roda Voa Voa Maria Quando acontece 30 de dezembro e dia 12 de janeiro

Originou-se em meados de 2009. A

za em uma região de difícil acesso.

formação do grupo – constituído es-

O evento também permitiu promo-

sencialmente por pescadores e ma-

ver

risqueiras da comunidade – surgiu a

comunidades

partir de uma ação de caráter asso-

que, como Matarandiba, possuem

ciativo e solidário fomentada pela

uma atividade cultural bastante in-

ASCOMAT.

tensa.

O evento de lançamento do Vôa

Após seu lançamento, o Samba de

Vôa Maria reuniu grupos de samba

Roda Vôa Vôa ganhou visibilidade e

das comunidades vizinhas e possi-

passou a ser convidado frequente-

bilitou uma maior visibilidade da

mente para fazer apresentações em

vila de Matarandiba, que se locali-

diversos eventos.

o

intercâmbio

cultural

pesqueiras

entre

próximas

23


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Samba de Roda Filhos de Maria Quando acontece 30 de dezembro e dia 12 de janeiro

A

pedido das crianças que acom-

de roda adulto Voa Voa Maria.

panhavam de perto os ensaios e

O samba mirim é composto por

as

de

60 crianças com idade entre 4 a

roda adulto e aproveitando a fes-

16 anos, que cantam, sambam e

ta de comemoração do dia das

tocam com muita alegria e entu-

crianças em 2010, a ASCOMAT fun-

siasmo,

dou o samba de roda mirim de Ma-

outras

tarandiba.

seu próprio samba de roda mirim.

O nome Os Filhos de Maria foi

Para a ASCOMAT, o interesse das

uma escolha das próprias crian-

crianças e jovens é a única garan-

ças, que são os filhos dos samba-

tia do futuro do samba de roda na

dores

região.

apresentações

e

do

sambadeiras

samba

do

samba

incentivando, localidades

a

com

isso,

criarem

o

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26


Lavagem da Fonte Quando acontece 25 DE JUNHO

Esta manifestação acontece dia 25 de Junho, após os festejos do São João. Tudo começou com o encontro das donas de casa na Fonte da Quarta para lavar as roupas e utensílios usados nos dias de festa. Como era muito

trabalho,

essas

mulheres

passavam o dia todo na fonte com seus filhos. Ao final dos trabalhos elas se reuniam e dividiam entre si as sobras das iguarias feitas para o São João e aproveitavam para fazer um grande samba. Essa tradição se mantém até os dias de hoje com um grande número de mulheres reunidas na beira da Fonte, para fazer um grande samba sem a presença de homens.

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São Gonçalo Quando acontece 24 e 25 de dezembro

Os festejos de São Gonçalo, pro-

e visitantes cantam hinos a São

tetor

acontecem

Gonçalo.Logo após o louvor, tem

de dezembro. O

início um animadíssimo samba de

santo sai em seu nicho todo or-

roda. Cerca de 80 participantes, 20

namentado,

um

homens e 60 mulheres, conduzem

mora-

o São Gonçalo, usando chapéus de

dores da vila, percorrendo todas

palha com fitas coloridas e roupas

as ruas e becos de Matarandiba.

estampadas, cantando e dançando

Todos os lares são visitados e, após

as cantigas típicas, ao som de afi-

os louvores, os donos da casa, os

nados bandolins, pandeiros, casta-

devotos e centenas de moradores

nholas e tambores.

dos

pescadores,

nos dias 24 e 25

devoto,

nos

braços

acompanhado

de

por

29


30


Aruê Quando acontece 31 de dezembro

A passagem do ano em Mataran-

Precisamente

à

meia

diba é comemorada à maneira dos

mens carregando o ano velho aden-

índios. O ano velho é representa-

tram ao mar e o atiram às águas,

do por uma padiola de bananeira,

simulando

ornamentada a rigor com folhas

Uma queima de fogos de artifícios

e flores da mata local. O cortejo

marca a chegada do Ano Novo.

ataques

noite,

ho-

emocionais.

sai do Alto do Cruzeiro, percorrendo todas as ruas e becos da vila,

Cerca de mil pessoas acompanham

ao som de cânticos apropriados

o cortejo e após a queima de fogos

e

começa uma grande roda de samba

acompanhamento

assobios,

tambores

de e

apitos,

pandeiros.

na areia do porto de Matarandiba.

31


Calendário das Manifestações Culturais SÃO GONÇALO: 24 E 25 DE DEZEMBRO ARUÊ: 31 DE DEZEMBRO TERNO DAS FLORES: 05 E 06 DE JANEIRO ZÉ DE VALE: 11 DE JANEIRO BOI JANEIRO: 14 E 15 DE JANEIRO SANTA MAZZORA: 16 DE JANEIRO

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Ponto de Cultura Voa Voa Maria O Ponto de Cultura Voa Voa Maria nasce com objetivo de fortalecer a produção cultural da comunidade de Matarandiba, favorecendo a sua preservação e ampliando a capacidade para gerar trabalho e renda. A partir de práticas de mobilização comunitária e associativismo em torno das manifestações culturais locais, surgiu a iniciativa de um ponto de cultura como forma de dar continuidade a todo o trabalho de resgate, preservação e memória do patrimônio material e imaterial de Matarandiba. O projeto visa potencializar a cultura viva existente em Matarandiba e somar-se às iniciativas de economia solidária e comunicação comunitária já existentes e dinamizar ainda mais o desenvolvimento sociocultural da região. 33


logo ponto de leitura

Ponto de Leitura Tia Dazinha ponto de leitura

TIA DAZINHA

Projeto da ASCOMAT aprovado pelo Edital da Fundação Pedro Calmon do Governo do Estado da Bahia, existe há dois anos e tem como base o trabalho com crianças e jovens a partir da leitura e da escrita. Realiza atividades como: contação de histórias, rodas de leituras, brincadeiras, teatro, além de intercâmbios com brincantes,

palhaços,

etc.

Realiza

ainda formação com os agentes de leitura, e neste dois anos tem proporcionado a comunidade um maior contato com a leitura e escrita.

34

versão cor


Tia Dazinha Professora Daúlia Angélica de Souza

muito de escrever e era muito dedi-

(tia Dazinha) nasceu em 03/01/1919

cada em tudo que fazia. Casou-se aos

em Salvador e formou-se como profes-

35 anos com Ubaldo Dias dos Santos

sora primária aos 16 anos pela Escola

(Badu), nativo de Matarandiba, teve

Normal da Bahia. Foi nomeada para

03 filhos chamados Maria Edna, Má-

lecionar em Itabuna e seis anos de-

rio Edno e Maria Marta.

pois transferida para Itaparica onde

Lutou muito em prol da melhoria

lecionou na Escola Municipal Juvenal

e qualidade de vida das pessoas de

Galvão, em Mar Grande. Chegou a Ma-

Matarandiba e através de sua luta

tarandiba em 1941 para assumir dig-

alcançou o que mais queria: o reco-

namente a junção de mestra e amiga.

nhecimento, não financeiro, mas em

Foi uma festa a sua chegada, pois há

valores morais. A característica mais

mais de 8 anos a comunidade não ti-

marcante de sua vida foi a humildade.

nha um educadora para as crianças da

Aposentou-se aos 40 anos de carreira,

localidade. De temperamento calmo,

no entanto, continuou se dedicando

inteligente, determinada, comprome-

a educação pela Prefeitura de Vera

tida (quando abraçava uma causa ia

Cruz como Diretora. Faleceu em 01 de

até as últimas consequências), altiva,

março de 1995, aos 76 anos, vítima de

elegante, vaidosa e sensível, gostava

infarto.

35


Ponto de Memória Tia Dina

Projeto da ASCOMAT aprovado pelo edital do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) do Ministério da Cultura. Oferece oficinas de: memória social, patrimônio cultural, registro audiovisual e conservação do acervo, com a participação da comunidade no intuito de formar agentes de memória para dar continuidade ao processo de resgate e preservação da memória. O projeto prevê ainda a consolidação de um museu comunitário, vivo e dinâmico, que promova uma aproximação com a comunidade através de atividades, oficinas e intercâmbios com outras experiências participantes.

museais A

feita

grande

pelos

intenção

do projeto é transforar a vila em um museu a céu aberto.

36


Tia Dina Nasceu em Matarandiba, dia 16 de

Muito

animada

fazia

brincadeiras

maio de 1923, filha de Elpídio Mano-

e organizava apresentações cultu-

el dos Anjos e de Clara Maria da Con-

rais.

ceição, e irmã de Antonio Gregório

São do Amor foram criados por

da Rocha.

ela, como também o cordão Brinca

Aprendeu as primeiras letras com

Quem Pode.

sua prima Ubaldina Teixeira, conhe-

Mais

cida como professora Zinha. Na es-

como Tia Dina, tem até hoje uma

cola cursou até a 5ª série primária

memória muito boa e relembra as

com as professoras Nonoca, Uda e

brincadeiras e músicas cantadas na

Francisquinha.

sua infância e juventude, foi muito

Constituiu família com o Sr. Albino

importante para a retomada das

Correia Calmon. Não tiveram filhos

manifestações

mais criou seu enteado Aurino Cor-

portanto uma memória viva de Ma-

reia Calmon, com quem mora até

tarandiba.

O Terno das Flores e o Terno

conhecida

na

comunidade

culturais,

sendo,

hoje.

37


38


39


ASCOMAT

ascomat.ba@gmail.com Adenildes Santana: adenildes65@hotmail.com (71) 9229-0373

REALIZAÇÃO

APOIO

40


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