Revista Plano Brasilia 138

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SAUDADES

DE BRASÍLIA

Deixamos de ser a “capital da esperança”?

O QUE TEMOS PARA ESQUECER

O QUE TEMOS PARA COMEMORAR

ENTREVISTA Rodrigo Rollemberg: “A crise não é nossa, mas nacional” CIDADES O lado black do Uber EDUCAÇÃO Faculdade Mackenzie abre seu primeiro processo seletivo



RINO COM

Uma cidade que nasce com asas está destinada a alçar grandes voos. Uma homenagem do Mackenzie aos 56 anos de Brasília.


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Sumário

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13 Mesa Redonda

50 Personagem

22 Politica Brasília

52 Automóveis

24 Brasília e Coisa & Tal

54 Vida Moderna

28 Capa

56 Esporte

32 Gestão

58 Saúde

34 Fatos, Fotos e Frases

60 Literatura

36 Tecnologia

62 Música

38 Gente

64 Cultura

40 Cidades

68 Turismo

42 Negócios

70 Gastronomia

44 Agronegócio

76 Mala sem Rodinha

46 Educação

80 Mundo Animal

82 Jornalista Aprendiz 84 Vinhos 86 Propaganda & Marketing 88 Diz aí, Mané 90 Tá lendo o quê?

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92 Ponto de Vista 94 Cresça e Apareça 96 Justiça 98 Charge

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Expediente

Editorial Outrora com a alcunha de capital da esperança, Brasília apresenta, na atualidade, sinais preocupantes de uma cidade vitimizada pela corrupção, especulação imobiliária, agressões

DIRETOR EXECUTIVO Edson Crisóstomo crisostomo@planobrasilia.com.br DIRETORA DE PROJETOS ESPECIAIS Nubia Paula nubiapaula@planobrasilia.com.br

ao tombamento, aumento da violência, entre outras mazelas. Veja, na matéria de capa, uma análise da capital ontem e hoje. Considerado por grande parte da população brasiliense como mau gestor, o governador Rodrigo Rollemberg quer dar

Plano

BRASÍLIA Editora-Chefe Luciana Amaral

EQUIPE DE REPORTAGEM João Paulo Mariano, Natasha Dal Molin, Renato Sousa, Bianca Moura COLABORADORES Antônio Testa, Bohumil Med, Carla Ribeiro, Carlos Grillo, Cerino, Fádua Faraj, Rubem Soares, Romário Schettino, Tarcísio Holanda, Yuri Achcar e Paulo Piratininga DESIGN GRÁFICO Yara Dantas e Anita Antonini

uma reviravolta em sua imagem. Em entrevista à Plano Brasília, ele anuncia um pacotão de promessas, que inclui grandes obras viárias e de infraestrutura, entre elas, a duplicação da Ponte do Bragueto, a construção do túnel de Taguatinga e a desativação do Lixão da Estrutural. A questão é: será que ele vai conseguir? Em “Cidades”, motorista do Uber critica as mudanças no aplicativo e diz que seu faturamento caiu pela metade. Para ele, o que prometia ser um serviço inovador e bastante atraente em termos financeiros, perdeu o glamour. Já na seção “Tecnologia”, engenheiros mostram por que vale a pena apostar na energia solar fotovoltaica.

FOTOGRAFIA Moreno e Catarine Silveira

A opção por esta alternativa energética sustentável é bastante

REVISÃO Charles Vieira

cara, no início, mas a economia mensal na conta de luz faz com

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que, em alguns anos, o consumidor consiga cobrir o investimento.

REDAÇÃO Comentários sobre o conteúdo editorial, sugestões e críticas às matérias: redacao@planobrasilia.com.br AVISO AO LEITOR Acesse o site da editora Plano Brasília para conferir na íntegra o conteúdo de todas as revistas da editora: www.planobrasilia.com.br PLANO BRASÍLIA EDITORA LTDA. SCLN 115 Bl. A Sl. 215 CEP: 70876-540, Brasília-DF Comercial: 61 3041-3313/ 3034-0011 Redação: 61 3202.1357 Administração: 61 3039.4003 revista@planobrasilia.com.br 21 de Abril de 2016 Não é permitida a reprodução parcial ou total das matérias sem a prévia autorização dos editores. A Plano Brasília Editora não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados.

Para quem busca educação de qualidade, duas boas novidades chegam a Brasília. Uma delas é a Faculdade Presbiteriana Mackenzie, que já está com o primeiro processo seletivo previsto para o mês de maio. A outra é o programa High School, oferecido pela Casa Thomas Jefferson. A ideia é que o aluno possa fazer as mesmas disciplinas dos norte-americanos, com diplomação válida no país do Tio Sam. E mais: conheça a história do músico Fernando Lopes, que cantava para Juscelino Kubitschek em serestas que o então presidente da República promovia no Catetinho, nas sextas-feiras à noite. Além dele, outros músicos conhecidos participavam dos encontros, como o violonista Dilermando Reis, a cantora Elizeth Cardoso e o cantor Silvio Caldas. Boa leitura!

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Mesa Redonda

Por: Edson Crisóstomo, Romario Schettino, Luciana Amaral | Fotos: Moreno

O pacote de promessas de Rollemberg Após um período crítico, em que precisou equilibrar as contas do DF, o governador Rodrigo Rollemberg quer agora governar “para fora” e promete executar muitas obras até o fim de sua gestão Passados 15 meses, desde que assumiu o Governo do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg diz que, até então, governou “para dentro”, administrando um rombo histórico deixado por seu antecessor. Foi obrigado a tomar medidas impopulares, enfrentou a resistência de sindicatos e teve de lidar com greves intermináveis de categorias-chave, como a de professores e médicos, ao longo de 2015. Apesar de estar com mais dinheiro em caixa, Rollemberg acredita que ainda é muito cedo, para afirmar que o GDF superou a crise. Na realidade, segundo ele, “a crise não é nossa, mas nacional”. Agora, ele promete governar “para fora”, uma maneira de desfazer a imagem de um gestor inábil, que “não disse a que veio”. Como todo governador que se preze, promete grandes obras até o fim de sua gestão; só não se sabe se conseguirá cumpri-las. Nesta entrevista à Plano Brasília, Rollemberg dá um resumo de

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suas principais realizações até o momento e qual do mês e pagamos antecipação de férias dos marca pretende deixar até o fim do mandato. professores no quarto dia do ano. Coisas que deveriam ser normais, mas que, nesse Já se passaram 15 meses de sua gestão. ambiente de crise econômica, não deixam Que avaliação o senhor faz até o de ser um feito importante. Além disso, estamos desenvolvendo ações fundamentais momento? RR > É importante contextualizar a realidade que muitos governos prometeram fazer e da época em que nós assumimos o governo. não fizeram. Por exemplo, a infraestrutura Tivemos de administrar o maior rombo do Sol Nascente. Vou todas as semanas ao da história do Distrito Federal, de 6 bilhões local e fiquei muito emocionado, quando e 500 milhões de Reais. Brasília estava na vi o início do asfaltamento da área. O Sol pior situação entre todas as unidades da Nascente é a comunidade mais carente Federação. Hoje, estamos numa situação da América Latina; passaram-se vários melhor do que a de muitos Estados, como governos que prometiam infraestrutura e Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande ela não chegava. Tivemos de tomar uma do Sul, que estão parcelando e atrasando medida dura no início, de desobstrução de salários. No início de 2015, recebemos o áreas ocupadas irregularmente, exatamente governo com salários, férias, 13o e horas para que o investimento público pudesse extras atrasados. Agora, estamos pagando os ser efetivado. Isto tem nos permitido salários em dia, o 13o para os aniversariantes colocar a rede de águas pluviais, a rede de

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esgoto e, agora, a pavimentação, que vai melhorar muito a qualidade de vida daquela comunidade. Outra obra que há muitos anos se esperava em Brasília e nunca era realizada, é da infraestrutura de Vicente Pires. Lá são quatro trechos; dois deles tiveram seus projetos urbanísticos aprovados e estamos com investimento de R$ 467 milhões – um financiamento da Caixa Econômica Federal – para iniciar obras nos trechos 1 e 3. Ainda, nas próximas semanas, darei a ordem de construção de dois viadutos na Estrutural, que irão beneficiar a população de Vicente Pires. Em Águas Claras, em abril, vamos inaugurar quatro viadutos e estamos fazendo a ciclofaixa na Avenida Araucárias; daqui a alguns dias, também haverá ciclofaixa na Avenida Castanheiras. Ao longo desses 15 meses nós entregamos 7.200 unidades habitacionais, especialmente no Parque do Riacho e no Paranoá Parque. E entregamos quase 12 mil escrituras ainda na última semana para moradores de ponta de quadra em Taguatinga. Além disso, temos outras obras importantes, como a construção do aterro sanitário e dos centros de triagem para acolher os catadores de material reciclado, para que possam trabalhar de forma adequada. Desta forma, poderemos desativar o Lixão da Estrutural. Também estamos construindo o Bloco 2 do Hospital da Criança. Vale citar, ainda, duas obras de mobilidade, que já estão contratadas: a construção do túnel de Taguatinga, de R$ 200 milhões, e o trevo de triagem norte, um financiamento do BNDES já contratado e não liberado, que irá duplicar a Ponte do Bragueto e fazer uma série de intervenções na saída norte, de forma a melhorar a mobilidade urbana naquela área. Eu diria que o nosso governo enfrentou e enfrenta ainda muitas dificuldades, mas a nossa situação melhorou, em função do enorme esforço que empreendemos. Estamos vivendo uma recessão sem precedentes na história;

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é claro que isso compromete a economia local, a arrecadação e a nossa capacidade de ter recursos para melhorar a qualidade dos serviços públicos. Além disso, há uma imensa crise política que deságua em Brasília. Todas as manifestações vêm para cá; elas nos obrigam a ocupar um contingente imenso de policiais militares e bombeiros, o que acaba afetando a segurança em outras áreas do DF.

Temos sido muito rigorosos no combate à grilagem de terras públicas e na desocupação da orla do Lago

O senhor acredita que, com este volume de obras, esta será a principal marca de seu governo? RR > Na realidade, são obras importantes, essenciais. Se a gente tiver capacidade de concluí-las, tudo isso terá um impacto muito grande na qualidade de vida. Mas eu me alegro, sobretudo, com as obras de infraestrutura, que podem transformar a vida das pessoas. Veja o impacto de uma obra como a de Sol Nascente, por exemplo. Lá, as ruas são estreitas; na época da chuva, as pessoas convivem com a lama e, na seca, com a poeira. O asfaltamento da área vai evitar esses problemas, permitindo, portanto, uma melhora na saúde daquela população. A coleta de lixo vai passar na porta de cada casa e também teremos melhora na segurança, devido ao acesso facilitado dos carros de polícia. Obviamente, um governo não pode ser marcado apenas por obras. Tem de ter símbolos. Eu diria que um símbolo da nossa gestão é a garantia da legalidade, da recuperação do espaço público para o conjunto da população. Por isso, nós temos sido muito rigorosos no combate à grilagem de terras públicas e no cumprimento da desocupação da orla do Lago Paranoá. Agora mesmo, o senhor falou que o deslocamento do contingente de segurança para as manifestações tem prejudicado um pouco o policiamento de outras áreas do DF. Que planejamento tem sido feito para corrigir este problema? RR> Estamos impedidos, pela Lei de Responsabilidade Fiscal, de fazer novas contratações; a situação financeira ainda é muito grave. Nós só podemos substituir servidores em casos de aposentadoria e de morte nas áreas de segurança, educação e saúde. Na segurança, contratamos 400 policiais civis, porque tivemos um número de aposentados superior a isso. Na Polícia Militar, não temos nenhum concurso em vigor. O

que nós fizemos foi retirar, no início do ano passado, em torno de 1.000 policiais que estavam prestando serviços administrativos para fazer o policiamento nas ruas. No ano passado, conseguimos números bastante expressivos, no que se refere à segurança pública. Tivemos o menor número de homicídios por 1.000 habitantes nos últimos 22 anos e a menor quantidade de mortes no trânsito desde que este número é computado. Conseguimos uma redução de 30% nos roubos a comércio, de mais de 30% no roubo de automóveis e de 32% nos roubos a postos de combustíveis. Por outro lado, tivemos um aumento de 16% nos roubos à residência e de 6% nos roubos a coletivos. Infelizmente, no início de janeiro, tivemos crimes de grande repercussão na cidade, que ofuscaram os bons resultados da segurança pública. Há uma tendência de que, neste ano, a redução no número de homicídios seja ainda maior, mas há uma pressão, no que se refere aos crimes contra o patrimônio. Atribuímos isso a três fatores: desemprego, introdução das audiências de custódia – que coloca rapidamente na rua praticantes de pequenos e médios delitos – e um grande contingente das forças de segurança comprometido com as manifestações. Mas nós estamos atuando, buscando uma redistribuição inteligente, ampliando os instrumentos de participação da comunidade e fortalecendo os Conselhos de Segurança para, com isso, melhorar a segurança pública no DF. Sobre a segurança nas manifestações, há dúvidas sobre a eficiência da polícia na contenção das brigas entre as “torcidas”. Uma crítica que circulou muito nos últimos dias, foi a disponibilidade de dois carros da polícia escoltando o pato da Fiesp. Isto gerou uma repercussão interna no governo?

RR > Veja bem, nós estamos buscando,

parcial. O que estamos fazendo – e por isso decidimos fazer a divisória no centro da Esplanada – foi exatamente permitir que as manifestações pudessem ocorrer livremente, evitando confronto.

Um de nossos projetos é a implantação de uma ciclovia pela EPTG, ligando o Plano Piloto a Taguatinga com muito equilíbrio, garantir a livre manifestação – independentemente da posição política, se pró ou contra o impeachment – e garantir a integridade das pessoas e do patrimônio. Até em função disso, resolvi não manifestar publicamente uma posição sobre o impeachment, porque isto poderia levar a uma radicalização de um grupo que pensasse diferente de mim ou até a utilização da minha posição para dizer que a polícia estaria atuando de forma

Há uma preocupação por parte dos movimentos sociais quanto à mobilidade dos ciclistas e dos pedestres. Quais as iniciativas do governo, nesse sentido? RR > Estamos conversando com grupos organizados de ciclistas, especialmente o Rodas da Paz, que reivindicou a ciclofaixa em Águas Claras. Um dos projetos que pretendemos implantar em nosso governo, que é uma reivindicação deles, é uma ciclovia em toda a EPTG, ligando o Plano Piloto até Taguatinga; com isso, queremos melhorar a mobilidade urbana. Alguns projetos já estavam licitados e vamos ter de fazer adaptações, para podermos atender aos ciclistas. O senhor herdou o BRT inaugurado, mas que ainda não funciona em sua plenitude. Estão previstos gastos com reformas em torno de R$ 200 milhões, para que o BRT atenda integralmente a população. Quando isto ocorrerá, afinal?

RR > Tenho a impressão de que esses valores se referem à expansão do BRT até o terminal sul. Realmente, é uma obra de engenharia que ainda não foi iniciada e fazia parte do projeto original. Nesse momento, estamos dedicados a garantir a melhoria da operação do BRT. Primeiro, queremos concluir o recebimento da parte que foi feita. Estamos negociando com o consórcio vencedor para ter o recebimento formal da obra. Brasília desistiu de receber eventos como a Fórmula Indy e a Universíade

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(Jogos Olímpicos Universitários), devido à falta de verbas. Existe possibilidade de renegociação da Fórmula Indy e quando o Autódromo Internacional Nelson Piquet ficaria pronto?

RR > O que foi feito no autódromo é um verdadeiro absurdo, um monumento ao desperdício de dinheiro público. O governo anterior simplesmente destruiu essa pista – que já estava pronta – com a perspectiva de fazer um investimento caríssimo num momento já de dificuldade econômica. A Justiça e o Tribunal de Contas interromperam a obra. Hoje nós estamos num dilema, porque recebemos um autódromo destruído e, para recuperá-lo, vamos precisar gastar em torno de R$ 35 milhões. Tive uma reunião com os representantes da Federação de Automobilismo do Distrito Federal (FADF), para ver se pelo menos concluímos a recuperação da pista, cujo custo é estimado em torno de R$ 10 milhões. Isto permitiria a utilização do autódromo para alguns eventos. Em relação à Universíade, foi uma decisão política difícil, mas, no nosso entendimento, absolutamente correta. Uma cidade que não estava conseguindo pagar servidores públicos, com mais de R$ 600 milhões de dívidas só na saúde, como iríamos justificar o gasto, que seria em torno de R$ 80 milhões, para a realização da Universíade em Brasília? E quanto ao Teatro Nacional? Há previsão de término da reforma?

RR > O nosso objetivo é apresentar um projeto novo ao BNDES, mais barato e mais viável, pois o projeto de reforma feito pelo governo anterior é muito caro, algo em torno de R$ 190 milhões. Nós temos uma Câmara Legislativa que é “fantástica”, no sentido de gerar despesas e parece não enxergar que

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estamos em crise. Como conviver com um parlamento desses?

RR > Primeiro, por uma questão de justiça, devo dizer que a Câmara Legislativa, no ano passado, ajudou muito o governo a

de refinanciamento de dívidas. Isso tudo permitiu um aumento da arrecadação no DF. Porém, individualmente, muitos parlamentares tendem a apresentar medidas que aumentam despesas. Por exemplo: projetos de meia-entrada para eventos culturais que beneficiam diversas categorias profissionais. A gente sabe que o evento cultural é uma atividade econômica e a meia-entrada faz com que todos acabem pagando o ingresso mais caro. Afinal, o produtor cultural estipula o preço já imaginando que um volume muito grande de pessoas pagará a metade. O cidadão comum acaba penalizado. Há dois projetos importantes que vêm e voltam para a Câmara Legislativa: a Lei de Uso e Ocupação do Solo (LUOS) e o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico (PPCUB). Qual é a sua perspectiva para ambos?

Com uma dívida de mais de R$ 600 milhões só na saúde, como iríamos justificar o gasto para a realização da Universíade? enfrentar desafios. Algumas medidas que tomamos foram fundamentais, como a possibilidade de utilizar 75% do superávit do Instituto de Previdência dos Servidores do DF (IPREV), a possibilidade de fazer a securitização das dívidas e a aprovação de duas etapas do Refis, que é o programa

RR > Minha perspectiva é de encaminhálos no segundo semestre para a Câmara Legislativa. Eles, especialmente a LUOS, irão destravar a cidade. Temos muitas áreas que estão consolidadas, mas irregulares, tanto do ponto de vista fundiário quanto do ponto de vista das atividades econômicas ali realizadas, e que precisam ser resolvidas. O PPCUB também considero importante, mas dentro de uma perspectiva de que seja realmente um plano de preservação do conjunto urbanístico de Brasília. O ex-chefe da Casa Civil, Hélio Doyle, disse, em entrevista à Plano Brasília, que o senhor estaria ainda preso à velha forma de fazer política. Afinal, é difícil implementar um novo modus operandi na política ou o senhor já está exercendo esse papel?

RR > Marina Silva escreve muito bem sobre esse tema: você não consegue modificar de uma vez

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e completamente a forma de fazer política. A construção de uma nova política é um processo de transformação permanente. O sistema político brasileiro, com esse imenso número de partidos, dificulta a construção de uma base parlamentar. Então, efetivamente, temos de fazer composições políticas. Mas nós temos sido extremamente rigorosos. Eu diria que há muitos anos não temos um governo tão técnico quanto o nosso. Temos uma governança composta pela Secretaria de Planejamento e Administração, pela Secretaria de Fazenda, pela Procuradoria, pela Casa Civil e pelo governador. Todas as decisões de caráter econômico passam por essa governança, que não sofre nenhuma influência política, assim como as áreas de saúde, educação e segurança – que são setores-chave do governo. Em relação às administrações regionais, onde está a maior parte das composições, queremos, até o fim desse mês, encaminhar à Câmara Legislativa nossa proposta de eleição direta para administradores regionais. O senhor acha que a população dessas regiões administrativas está preparada para votar nesses administradores?

RR > O processo eleitoral vai exigir que as pessoas sejam moradoras e tenham domicílio eleitoral na cidade onde pretendem se candidatar. Claro que a população vai escolher alguém que ela conhece, confia e, em sua avaliação, tem maior capacidade de gerir aquela administração. Mas o próprio processo eleitoral, no meu entendimento, vai gerar um debate maior sobre os problemas da cidade.

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Sobre as Parcerias Público-Privadas (PPPs), foi anunciado que o governo iria ceder a administração de espaços públicos – inclusive o Mané Garrincha. Como está esse processo?

Queremos, até o fim deste mês, encaminhar nossa proposta de eleições diretas para administradores regionais Acredito também que a eleição para administrador regional tem que ocorrer concomitantemente às eleições para governador, deputados federais e deputados distritais. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) é quem deve dirigir o pleito, pois o governo não tem condições de organizar uma eleição deste porte, até porque terá os seus próprios candidatos. E ele teria de ser o responsável pela fiscalização. Portanto, precisamos de um órgão independente, o TRE.

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RR > Nossa expectativa é que, em maio, a gente lance o edital do Centro de Convenções – esta deve ser a primeira parceria. A segunda deve ser o Parque de Exposições da Granja do Torto. Também estão em estudo outras parcerias, como o Parque da Cidade e o Zoológico. É importante registrar que o acesso ao parque deve continuar gratuito. Em relação ao Mané Garrincha, a Terracap está preparando um chamamento para fazer uma PPP. Não apenas para o Mané Garrincha, mas também para o Complexo Esportivo. Isto deve ser ainda para esse semestre. O senhor é conhecido por ser um político sério, mas está em meio a uma crise e tem dificuldades em empreender e mostrar suas realizações. Com isso, a aceitação popular fica prejudicada. Como reverter isso?

RR > A gente sabe que todos os governadores e prefeitos passam por situações muito difíceis, uns mais outros menos. Minha preocupação hoje é cumprir adequadamente minhas obrigações como governador de Brasília. Eu tenho trabalhado bastante, praticamente não tenho vida pessoal e tenho procurado fazer o melhor. O primeiro desafio era equilibrar as contas do DF, a fim de garantir ao menos uma normalidade no pagamento dos servidores, fornecedores e prestadores de serviço. Nesses primeiros 15 meses,

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governei muito para dentro. Nosso objetivo agora é sair mais, visitar as obras, estar em contato com a população das diversas cidades e buscar construir alternativas que possam levar ao desenvolvimento econômico da cidade.

A terceirização da gestão da saúde irá realmente resolver os problemas do setor?

Podemos dizer que o GDF saiu da crise?

RR > Ninguém pode dizer que saiu da crise, porque a crise não é nossa, mas nacional, que envolve a todos. E é uma crise que tem dois componentes graves, que se retroalimentam: temos a crise econômica que estimula uma crise política; e uma crise política de falta de perspectiva que alimenta a crise econômica. Precisamos sair desse círculo vicioso e entrar num círculo virtuoso, de retomada do desenvolvimento, de geração de empregos. É necessário retomar a esperança e a alegria. Estamos vivendo num país que parece ter sido tomado pelo baixo astral. Instituições como o Fecomércio, Câmara de Diretores Lojistas (CDL) e Sindivarejista falam com preocupação sobre o fechamento de empresas, queda no faturamento e aumento do desemprego no DF. O que o governo está fazendo para incentivar a economia local e a criação de novas empresas?

RR > Primeiramente, aprovamos uma lei muito bem-sucedida, que facilita o licenciamento de atividades econômicas de baixo impacto. Por outro lado, a gente percebeu que a burocracia para liberação de novos empreendimentos ou para a emissão de alvarás e habite-se

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A introdução de organizações sociais na rede pública de saúde não colocará em risco o salário dos servidores era muito grande. E cometemos um erro, ao retirar as atribuições das administrações regionais e concentrar tudo numa central de aprovação de projetos sem uma estrutura adequada. No final do ano passado, nós redistribuímos várias dessas atribuições para as administrações e, agora, reforçamos a central de aprovação de projetos, duplicando o número de analistas. A gente espera, com isso, juntamente com várias outras medidas, melhorar essa questão no DF.

RR > O que estamos fazendo na saúde é algo há muitos anos reivindicado pelo Conselho de Saúde, que é o processo de regionalização. Nós temos sete regiões de saúde e o objetivo é definir responsabilidades para os gestores de cada área, dando mais autonomia e agilidade na gestão. Com o tempo, também, queremos associar determinadas universidades a determinados locais. Por exemplo, a UnB com a área norte, a Católica com outra região e assim por diante. Com isso, podemos otimizar o serviço público de saúde. Por outro lado, é importante registrar que a possibilidade de introdução de organizações sociais na rede pública seria algo episódico, limitado à determinada área ou a determinado setor. E isso não colocaria em risco nem o salário dos servidores atuais, nem a jornada de trabalho deles. Todos os direitos seriam mantidos. É um instrumento para buscar ampliar a assistência de forma pública, gratuita e de qualidade. Ao contratar uma Organização Social de Saúde (OSS), você contrata um conjunto de serviços, paga por aquele número de serviços e de procedimentos executados, permitindo que o Estado possa ampliar sua capacidade de assistência sem estar infringindo a Lei de Responsabilidade Fiscal. Temos exemplos de OSSs extremamente positivas no DF, como o Hospital da Criança – que eu comparo a um “Sarah” infantil.

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Política Brasília

Yuri Achcar

Fotos: Mayke Toscano, Pedro França, Moreira Mariz, Antonio Cruz, Divulgação

yuriachcar@gmail.com.br

Antes só... Fora da panelinha, o deputado Lira (PHS) preferiu assistir à sessão do impeachment do Salão Verde, ao lado dos jornalistas e em frente a um dos telões que transmitiam os pronunciamentos ao vivo. Discreto, ficou sozinho o tempo todo. Registrou os melhores momentos com um tablet, que estava sempre à mão. Na Câmara Legislativa, Lira tenta emplacar a CPI da Saúde, mas sente que está isolado. O requerimento já foi lido em Plenário, mas quase um mês depois, a comissão ainda não havia sido instalada. O deputado quer investigar os contratos e os gastos dos governos Agnelo e Rollemberg no setor.

Nada de eleição para administrador Antes de soltar as nomeações de cargos comissionados para as administrações regionais, o governador Rodrigo Rollemberg anunciou que vai enviar à Câmara Legislativa o projeto de lei que prevê eleições diretas para os administradores. A ideia é que a votação ocorra junto com as eleições, mas os deputados distritais não querem nem ouvir falar disso. Rollemberg poderá dizer que tentou cumprir a promessa de campanha, mas a Câmara Legislativa não deixou, assim como a tentativa de reduzir o número de administrações regionais, rejeitada pelos parlamentares, e a redução dos salários do primeiro escalão do GDF, cujo projeto está pronto para votação em Plenário, mas, misteriosamente, nunca é incluído na ordem do dia. Os motivos: não querem perder cargos na estrutura do governo nem ser questionados sobre os próprios salários. Reeleição em risco

Contrários à reeleição da presidente da Câmara Legislativa, Celina Leão (PPS), distritais acreditam que a proposta não vinga, apesar de ter sido aprovada em primeiro turno no fim do ano passado. É que a articulação política estava toda nas mãos do ex-secretário-geral da Casa, Valério Neves, exonerado depois de ter sido preso na 28a fase da Operação Lava-Jato. A prisão não teve a ver com a atuação de Valério na Câmara, e sim, por ter sido tesoureiro da coligação do ex-senador Gim Argello (PTB) nas últimas eleições. Gim permanece preso acusado de ter cobrado propina de empreiteiros para que eles não prestassem depoimento à CPI da Petrobras. Segundo os procuradores, o dinheiro teria sido pago na forma de doações legais de campanha.

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O choro do líder No meio da sessão que decidiu pela abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Roussef, na Câmara dos Deputados, os governistas já sabiam que o jogo estava perdido. Àquela altura, pelo menos dez votos certos a favor da presidente já haviam mudado de lado. Perguntado por uma jornalista sobre a situação, o senador Humberto Costa (PT-PE), líder do governo no Senado, não segurou as lágrimas. Motivos não faltavam: ali mesmo, os senadores da oposição já faziam as contas e davam como garantidos os votos necessários para afastar Dilma do cargo.

Aliás... Com a prisão de Gim Argello, a vice-presidente da Câmara Legislativa, Liliane Roriz, coleciona um título curioso: é a parlamentar que mais viu o presidente do próprio partido ir para a cadeia. O primeiro foi Caio Donato, então presidente regional do PRTB, o que motivou, na época, a saída dela da legenda. Às vésperas das eleições de 2014, de volta ao PRTB, foi a vez do novo presidente regional do partido, Luiz Estevão. E logo depois de se filiar ao PTB, presidido no DF por Gim Argello, já sabemos o que aconteceu. Distritais na sessão do impeachment Celina Leão levou uma comitiva de distritais para acompanhar, no Plenário da Câmara dos Deputados, a sessão que decidiu pela abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Estavam com ela: Rodrigo Delmasso (PTN), Cristiano Araújo (PSD) e Sandra Faraj (SD), além do vice-governador, Renato Santana (PSD).

Rosso de olho em 2018 O desempenho do deputado Rogério Rosso (PSD-DF) à frente da Comissão Especial do Impeachment trouxe protagonismo nacional para o ex-governador tampão. Por oito meses, Rosso comandou o Distrito Federal, em 2010, depois que a Operação Caixa de Pandora derrubou o então governador José Roberto Arruda e, em seguida, o vice, Paulo Octavio. Foi eleito indiretamente pela Câmara Legislativa depois de um acordo do PT com o PMDB, que lançou poucos meses depois a dobradinha Agnelo-Filippelli. Aliás, Rosso deixou o PMDB porque tentou disputar a reeleição, rompendo o acordo com o presidente do partido e candidato a vice na coligação. Curioso é que a imagem que ficou do governo Rosso, para quem se lembra dele, foi do mato alto por toda a capital federal. O primeiro passo para reverter isso foi o trabalho como presidente da comissão. No ano que vem, sonha substituir o réu Eduardo Cunha (PMDBRJ) na presidência da Câmara dos Deputados. E, em dois anos, pretende chegar de novo ao GDF, desta vez em voto aberto. Difícil? Com certeza. Mas nada parece impossível para quem acredita na possibilidade de aprovar a Proposta de Emenda à Constituição, de autoria de Rosso, que cria uma zona franca no Entorno do DF, nos moldes da Zona Franca de Manaus.

Tem mais gente na fila A impopularidade de Rodrigo Rollemberg anima muitos políticos a sonharem com o Palácio do Buriti já em 2018. Os adversários do governador acreditam que possa acontecer com ele o mesmo fenômeno que abateu o petista Agnelo Queiroz ainda no primeiro turno das eleições passadas. Tadeu Filippelli já se articula e tenta montar a nova chapa dos sonhos: sai o PT e entra Liliane Roriz. Ele, como candidato a governador, e ela, a vice. A carta na manga de Filippelli é a proximidade com Michel Temer, que pode render uma posição de destaque no governo federal, onde o ex-vice-governador teria condições de fazer uma campanha permanente até as eleições. Isso se Reguffe deixar... O senador José Antônio Reguffe (sem partido) é cobrado por alguns eleitores para se candidatar ao GDF. Bom de voto, seria um adversário difícil de ser combatido. Para a sorte dos futuros candidatos, ele é teimoso: prometeu que cumpriria o mandato de senador até o fim. Mas se quem votou em Reguffe para o Senado quiser vê-lo no Buriti em 2018, como é que fica?

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Brasília e Coisa & Tal

Fotos: Valter Campanato, Marcelo Camargo, Fabio Rodrigues Pozzebom, Andre Borges, Wilson Dias

Dia seguinte do golpe, ou 4º turno O vice-presidente Michel Temer executou o seu plano com sucesso, nessa primeira fase. Agora é com o Senado. Dilma Rousseff continua presidente, espera a Comissão do Senado examinar a autorização da Câmara para abrir o processo de impeachment, demite os infiéis, prepara sua defesa e estuda nova ida ao Supremo Tribunal Federal. Ou seja, faz o que pode para salvar seu governo e o que chama de Estado Democrático de Direito. Se o Senado confirmar a decisão da Câmara, abrese o processo e a presidenta será afastada por até 180 dias, mas há quem queira resolver tudo até o dia 12 de maio. Nesse caso, assume Temer e sua turma. Alvorada x Jaburu

Enquanto Dilma se mantém no cargo, despachando no Palácio do Planalto e morando no Alvorada, seu vice, Michel Temer, monta o futuro governo no bunker chamado Palácio Jaburu. Ele é o que se pode considerar um presidente escolhido por vias indiretas em plena democracia. O que ainda não se sabe, é quem será o seu vice. Tudo indica que Temer tentará salvar o mandato de Cunha, mas vai ser difícil. O presidente da Câmara foi esculhambado por aliados de Temer aos gritos de gângster, bandido, criminoso.

Imagem arranhada A imagem do Brasil está arranhada no mundo inteiro. O espetáculo promovido pelos deputados durante a votação é de deixar envergonhado qualquer um. Deputados votaram em favor do impeachment pela sua própria família, seus filhos, mães, pais, avós... até por um marido bandido, nunca pelos brasileiros, pelo país. Poucos foram os discursos coletivistas.

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Romário Schettino

romario21@uol.com.br

Renan na parada Fontes e observadores da política admitem que o presidente do Senado, Renan Calheiros, já fechou acordo com Temer para manter a decisão da Câmara. Se esse impeachment é golpe ou não, caberá ao STF decidir, mas nada indica que os ministros serão capazes de desfazer o que a Câmara fez; estão acovardados, na opinião de Lula. Consolidado o impeachment, a opção de Dilma, Lula e PT será rever o modo de fazer política praticado até aqui e recomeçar a caminhada junto com o movimento social. Dilma diz que se sente injustiçada e que se encontra agora no 4o turno das eleições.

LUOS e PPCUB O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) promete, mais uma vez, levar esses dois projetos de lei para a Câmara Legislativa até o mês de junho. A cidade não aguenta mais esperar. O Distrito Federal está paralisado e exige atitude do governo. Mané Garrincha Rollemberg promete também publicar, em maio, edital internacional para atrair interessados em administrar o mega estádio Mané Garrincha.

Cusparada em Bolsonaro O deputado Jean Wyllys (PSol/RJ), ao ser agredido pelo deputado Jair Bolsonaro (PSC/RJ), disparou uma cusparada em sua direção. Jean, que é o único deputado assumidamente gay do Congresso Nacional, disse: “Fiz (cuspi) e farei de novo, se ele me agredir com a sua homofobia exacerbada. Não fui eleito para ser desrespeitado por um desqualificado como esse Bolsonaro, que dedicou seu voto a um torturador da presidenta Dilma e ataca diariamente os direitos dos homossexuais brasileiros”.

Fora Cunha, difícil tarefa O fora Cunha ainda não saiu das ruas. Mas o jogo apenas começou. Tudo indica que Cunha será poupado no Conselho de Ética com a ajuda da deputada Tia Eron, do PRB da Bahia. Mas a decisão de cassar Cunha ficará com o plenário da Câmara. Como é ele quem manipula a pauta, sabe-se lá quando isso vai ocorrer. Cunha só deixará a presidência da Casa se tiver certeza de que terá o mandato de deputado preservado. É o que veremos.

Encurtar mandato? Em nota conjunta, os senadores João Capiberibe (PSB/AP), Walter Pinheiro (ex-PT/BA e agora sem partido), Randolfe Rodrigues (Rede/AP), Lídice da Mata (PSB/BA), Paulo Paim (PT/RS) e Cristovam Buarque (ex-PT, ex-PDT e agora PPS/ DF) buscam uma porta de saída para a crise institucional vivida pelo país. Nem Dilma, nem Temer, um pacto para encurtar o mandato da presidenta Dilma e convocar eleições gerais ainda este ano seria uma provável saída. A outra seria aprovar o sistema parlamentarista, com referendo popular. A ver.

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Visão de Brasília Foto: Valter Campanato

Antonio TestA

Sociólogo

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O encerramento de um ciclo

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A Câmara dos Deputados, depois do mais longo debate político de sua história, aprovou o afastamento da Presidente da República. O processo irá para o Senado Federal, que analisará e deliberará com convicção democrática e olhar no futuro do país; pelo menos é o que se espera daquela casa legislativa. Uma análise mais acurada da crise política permite supor que se encerrou um ciclo de governo protagonizado pelo Partido dos Trabalhadores. O impeachment é, sim, um processo doloroso, mas necessário quando o chefe do governo perde a credibilidade política e é penalizado por crimes de responsabilidade e outros mal feitos. O afastamento da presidente deve-se não somente ao crime de responsabilidade praticado em seus governos, mas também a outros erros graves, como a política econômica, prometida em campanha e não cumprida quando assumiu. Também seu estilo pessoal, arrogante e destemperado,

inviabilizou sua convivência com o parlamento. E isso a isolou completamente. É necessário mudar o modelo de gestão, para evitar o completo desmoronamento de nossa já combalida economia. Há quem aposte que um novo governo pode superar a crise política e tomar as medidas necessárias para retomar a atividade econômica. A ver. A crise instalada no país é a mais séria da história de nossa República. Tem conotações ética, econômica e política, além de profundos laços com os mais abjetos mecanismos de corrupção que já tivemos notícia. Espera-se que as investigações sob o comando do juiz Sergio Moro prossigam e que sejam punidos os corruptos e demais criminosos que tanto dilapidaram o patrimônio público, a partir de artimanhas montadas por estrategistas criminosos, a serviço de partidos políticos. O aparelhamento criminoso da máquina pública precisa ser extirpado de

vez. Não se sabe, porém, se o novo governo cortará tão profundamente na sua própria carne, a ponto de extrair as raízes do crime dos vários setores do Estado. Para que mudanças estruturais ocorram, é preciso a participação efetiva da sociedade organizada pressionando o Congresso, o Executivo e o Judiciário, para atuarem em prol do Brasil. Somente assim, poderemos superar as dificuldades. É verdade que um novo tempo de esperanças e oportunidades se descortina no horizonte imediato, e os brasileiros devem estar atentos a essas mudanças. Prefiro ver o processo de superação dessa crise como um momento de intenso aprendizado cívico e de amadurecimento democrático. Tomara que a lembrança de milhões de brasileiros nas ruas defendendo seus pontos de vista não vá para o baú do esquecimento, mas fique estampada na fachada de todas as casas, para manter a população acordada e vigilante.

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Por: Renato Souza | Fotos: Moreno, Divulgação

Essa medida já foi tomada em Estados como Minas Gerais, Goiás, Tocantins e Pernambuco. No DF, o Hospital da Criança e o Hospital Universitário de Brasília (HUB) são exemplos desse tipo de gestão. Para Antônio Testa, essa medida pode ser eficaz, mas somente se acompanhada de fiscalização. “É necessário um contrato bem feito, pois essas associações podem ser usadas para lavagem de dinheiro e desvio de verbas”, alerta.

Desordem e regresso

Política Não só Brasília, mas todo o país vive em meio a uma das maiores crises políticas de sua história. A Operação Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal para apurar crimes envolvendo a Petrobras e empreiteiras, chegou a nomes da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). “O ex-senador Gim Argello, preso pela Lava Jato, já foi presidente da CLDF e pessoas apontadas na investigação já trabalhavam com ele desde aquela época. Se houver um aprofundamento das investigações, vão chegar a vários deputados distritais e a empresários daqui, que usam o mesmo mecanismo de corrupção. Na delação da Andrade Gutierrez é citado o estádio de Brasília. Já temos na cadeia nomes como Benedito Domingos, Luiz Estevão e outros partidos na mira. São necessárias muitas mudanças na política local”, argumenta.

Nascida como “capital da esperança”, hoje Brasília ostenta problemas típicos de grandes metrópoles. Mesmo planejada, sofre com o crescimento desordenado e a especulação imobiliária Desde sua inauguração, em 1960, Brasília cresceu três vezes mais do que o previsto inicialmente. Nos planos de Juscelino Kubitschek, a capital do país teria no máximo 800 mil habitantes. Atualmente, tem quase 3 milhões, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Especialistas ouvidos pela Plano Brasília afirmam que as políticas públicas não acompanharam esse crescimento e os problemas refletem-se no cotidiano da população. O cientista político Antônio Flávio Testa, especialista em segurança pública, explica que Brasília não se resume mais a uma cidade administrativa, pois já tem economia própria e as regiões administrativas cresceram bem além do previsto. “Mesmo ainda dependendo bastante do Plano Piloto, essas regiões já têm suas próprias demandas. Mas esse crescimento ocorreu de forma intensa e desordenada. Cidades como Taguatinga, Gama e Brazlândia não possuem infraestrutura de transporte suficiente para atender as necessidades da população”, avalia.

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Testa explica que outro grande problema da capital é a segurança pública, ressaltando que o policiamento ainda está concentrado nas regiões centrais de Brasília. “É preciso ter a presença policial de forma suficiente em todas as cidades. Mas não adianta apenas aumentar o contingente das polícias Civil e Militar. Tem que investir mais na estrutura utilizada e fazer um novo planejamento sobre onde essas unidades policiais vão atuar”, afirma.

Câmara Legislativa A CLDF trouxe autonomia administrativa para o Distrito Federal. Mas, além desse benefício, vieram escândalos de corrupção, gastos exorbitantes e pouca representatividade. Para Antônio Testa, o problema ocorre por conta de parlamentares que defendem apenas os seus próprios interesses. “Os deputados distritais têm interesses corporativos, sindicais e empresariais. Eles não trabalham pelos interesses da sociedade. E em um governo que não é maioria na Câmara, como o atual, fica difícil aprovar algo em favor dos brasilienses. Hoje, a Câmara Legislativa é um atraso na sociedade

Saúde pública Para o especialista, um dos maiores problemas do Distrito Federal é a gestão da saúde pública. Ele defende uma melhor fiscalização nos gastos do setor. “Temos que reforçar o número de hospitais, postos de saúde e unidades de pronto-atendimento nas regiões mais carentes, inclusive no Entorno”, observa. O Governo do DF pretende repassar a administração de hospitais do DF para organizações sociais filantrópicas e até faculdades. Antônio Testa: “A Câmara Legislativa é um atraso na sociedade brasiliense”

brasiliense”, critica. “A solução, neste caso, tem que partir do próprio eleitor, escolhendo melhor seus deputados”. O cientista político Marcelo Moraes destaca que a capital federal perdeu as características de uma cidade administrativa, que existe apenas para abrigar a administração federal. “Brasília nasceu com uma finalidade bem específica, a de ser a capital do país. A distribuição arquitetônica e urbanística foi criada para isso. A cidade deveria chegar a 800 mil habitantes, e hoje passa de 2,5 milhões. A alteração mais emblemática nessa mudança de cidade administrativa para uma região com autonomia própria ocorreu nos anos 80, quando começaram as eleições diretas para governador. Já na década de 1990, a cidade passou a ter uma assembleia legislativa própria, que é a nossa Câmara Legislativa”, observa. Com a criação do parlamento local, Brasília ganhou legalmente autonomia para tomar suas próprias decisões como cidade. Para Marcelo, foi a partir daí que a população começou a crescer. “Por conta do alto número de cargos no serviço público, a população desenvolveu um alto poder aquisitivo. E, como consequência, o setor de serviços cresceu e gerou empregos. Como a população na época ainda era pequena, pessoas de outros Estados começaram a ser atraídas para o Distrito Federal. Com isso, as demais regiões administrativas cresceram muito em relação ao planejamento original”, afirma o cientista político. Marcelo destaca que, devido a essa migração e crescimento da economia, os pequenos comércios tornaram-se grandes empresas. “O comércio que se desenvolveu a partir das necessidades da população que trabalhava no serviço público, precisou evoluir, para atender a uma demanda crescente. Esses empresários acabaram gerando uma grande quantidade de empregos. Com isso, a economia de Brasília deixou de depender somente do serviço público”, ressalta.

Gestão Rollemberg O governador Rodrigo Rollemberg assumiu o DF com promessas de mudanças, melhoria no atendimento dos serviços públicos e com uma equipe formada por muitos especialistas em suas áreas de atuação. Já se passaram 15 meses de gestão e a população reclama de problemas em vários setores. Para Marcelo Moraes, agora é a hora do governador mostrar que pode fazer uma boa administração. “Rollemberg assumiu um governo com muitos problemas e com um caixa zerado, com muitas dívidas a pagar. O primeiro ano serve exatamente para acertar o caixa, organizar esses problemas e planejar investimentos na saúde, segurança, educação, etc. Então, agora no final deste ano e em 2017, vamos poder observar se este será realmente um bom governo”, pondera. “Até agora, o governador e sua equipe tem se preocupado mais com os problemas, do que em procurar soluções”, conclui.

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Por: Edson Crisóstomo | Fotos: Moreno, Gustavo Serrate

Ponte Costa e Silva: obra de engenharia ousada, concluída na gestão de Elmo Serejo

Saudades de Brasília Poucas vezes, muito poucas vezes, tive dificuldade de escrever sobre algo que conheço muito. Faço parte de um grupo de 5917 crianças nascidas e registradas em 1960, ano da inauguração dessa belíssima cidade, nossa Brasília. Meus pais são pioneiros e chegaram aqui em 1957. Posso falar com propriedade de uma cidade cuja maioria da população – de quase 3 milhões de habitantes – ainda não conhece o suficiente sobre sua capital. E lá se vão 56 anos, completados no último dia 21 de abril. Quero falar sobre um tempo que deixou saudades, de uma Brasília moderna, mas muito interiorana, se é que isso pode ser uma definição adequada. Não morei em outra cidade e, naquela época, meus colegas de Caseb, depois Gisno, tinham pais que não viam a hora de se aposentar e voltar ao Rio de Janeiro, antiga capital. Neste momento de pura nostalgia, lembro-me de uma Brasília onde tínhamos tudo – ou praticamente tudo funcionando e nos enchendo de orgulho. Sim, tínhamos orgulho de ser brasilienses ou, simplesmente, moradores desse quadradinho do mapa nacional, seja por opção ou mesmo por necessidade. As colônias de férias levavam as crianças a locais cívicos e turísticos da cidade, e apresentavam uma capital em ebulição, interagindo Plano Piloto e satélites. Tais eventos eram muito esperados por pais e estudantes da rede pública. Taí algo que poderia ser reeditado em

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meio ao monte de leis inconstitucionais que, ano após ano, nossos distritais insistem em votar e aprovar para segmentos de eleitores, sabendo que, em algum momento, essa farra legislativa deixará de ter valor. São leis demagogas, feitas para dar satisfação a uma parcela específica do eleitorado. Os parlamentares são devidamente orientados pelo corpo técnico da Câmara Legislativa sobre os dispositivos que ferem a Carta Magna, mas insistem no erro e levam projetos com vícios de constitucionalidade à votação. Somos pobres contribuintes, num jogo de cena que, cada vez mais, faz com que tenhamos saudade daquela Brasília, a cidade que conheci muito antes da lama institucional grassar as entranhas do Cerrado. Longe, mas muito longe de desejar a volta do regime militar, sinto-me obrigado a falar do governador que, sem dúvida alguma, foi e continua sendo o grande gestor dessa cidade. Não foi Roriz, Arruda e muito menos Agnelo. O maior administrador da capital morreu no ostracismo político, simplesmente porque não era político. Trata-se de Elmo Serejo, nomeado pelo presidente da República. Ele era um engenheiro totalmente à frente do seu tempo, característica fundamental a todo bom gestor. Quando Serejo ligou a W3 Sul à W3 Norte, a população ficou indignada, por ele retirar a fonte luminosa para colocar os viadutos de mármore e suas tesourinhas. As pessoas diziam que ele estava

acabando com um espaço agradável e propício para casais enamorados, em uma cidade carente de locais, digamos, um pouco mais afetivos e íntimos. Hoje, eu pergunto: “Quem tem coragem de namorar dentro de um carro?”. Na época em que Serejo criou as tesourinhas, era preciso vir pelo Eixinho, contornar o balão da 100 com a 300, retornar e passar por baixo do Eixo W, Eixão e Eixo L, para chegar às quadras 200/400. Pense em um governador chamado de “tatu”, porque fez viadutos e criou a Estrutural, ligando nada a lugar nenhum. Engano, caro leitor: ele estava distribuindo casas – isto mesmo, casas, e não lotes. Com isso, consolidou-se a Ceilândia, que acolheu brasileiros numa cidade até então carente de gente. Pense no caos, que é chegar ao centro de Taguatinga hoje. Pois Serejo chegou a enfrentar manifestação de jovens que não admitiam a demolição da caixa d’água na entrada da cidade. Se o trânsito é complicado na atualidade, às 18h, imagine se o então governador não tivesse construído os viadutos de acesso a Taguatinga. Sabe aquele complexo de viadutos no final do Eixão Sul? Pois é, foi ele que fez. As construtoras queriam investir numa nova Asa Sul, mas não queriam saber da Asa Norte. Serejo prontamente respondeu com o projeto do hoje Parque da Cidade. Outros governos vieram e nenhum sequer conseguiu fazer a piscina de ondas voltar a funcionar. Simples assim.

No acesso à W3 Norte, quatro árvores foram cortadas para darem lugar a uma placa de publicidade

Nem menciono o preço da Ponte JK; prefiro falar sobre a Ponte Costa e Silva, hoje Honestino Guimarães. A obra de 440 metros de comprimento, que liga o Setor de Clubes Sul ao Lago Sul, desafiou os engenheiros pela sua complexidade, a ponto dos governos de Wadjô Gomide e Hélio Prates não conseguirem finalizá-la. Serejo, por outro lado, empenhou-se na conclusão da ponte e inaugurou-a, juntamente com o então presidente Ernesto Geisel, em 6 de fevereiro 1976. Outro dia, vi uma situação inacreditável: descia a EPIA no sentido Sul/Norte, quando, na curva do acesso à W3 Norte, quatro árvores foram cortadas para erguer uma placa de publicidade. Voltei no tempo e lembrei-me da época de uma cidade em que a vida das pessoas era despojada do consumo. Veio a minha cabeça um diálogo com Fernando da Burra, que montou um quiosque bem simples quase em frente à residência oficial do então governador Jose Aparecido. Atrás dele, centenas de outros barraqueiros fizeram o mesmo: aqueles pequenos empreendimentos distribuíam-se da região onde é hoje o Setor Lucio Costa, no Guará, até as proximidades do viaduto de acesso ao centro de Taguatinga. Tudo isso feito em meio a milhares de eucaliptos. Pergunto ao Fernando, dono da barraca “Zé da Burra”: “Você com essa barraca, que é a melhor e maior da Estrada Parque, ficou rico?”. Ele respondeu: “Não, Edson, só entrei para a história”. “Como?” – indaguei. “Consegui ‘favelar’ uma Estrada Parque!”. Posteriormente, tudo aquilo ficou no passado; não sobraram nem vestígios das antigas árvores. Os eucaliptos deram lugar a uma centena de placas de publicidade. Só não conseguiram vender a falsa ideia de que os brasilienses estão mais seguros, seja num quiosque à beira da estrada, seja numa casa noturna, onde, por sinal, até a música ao vivo foi reprimida. Não à toa, tenho, sim, saudade de uma época em que não havia políticos pressionando o governador recém-eleito com promessas de mudanças. Este, aliás, é impedido de cumpri-las, por que nossa jovem Câmara Legislativa ainda adora as velhas práticas. Que Rodrigo Rollemberg, representante da Geração Brasília, seja mais Elmo Serejo e menos populista que outros que por aqui passaram, forasteiros da turma do toma-lá-dá-cá.

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Gestão

Sala de Guerra

Recentemente estive na liderança de uma empresa de grande porte que passava por um momento crítico. Suas receitas haviam caído, os custos e despesas se mantinham altos, mesmo após cortes orçamentários e medidas de contenção. Ainda faltava muito para o atingimento do break even point (BEP) ou ponto de equilíbrio e eu possuía pouco tempo para diagnosticar o problema, definir um caminho e os objetivos a serem alcançados, bem como conquistar a atenção e, em especial, a colaboração das pessoas, motivando-as em prol de um ou poucos objetivos comuns. Para que isso tudo fosse feito em tempo recorde (45 dias) e os sócios continuassem motivados com o negócio, utilizei como meio a técnica da Sala de Guerra. Também conhecida como Sala de Situação, a técnica, aplicada à gestão e aos negócios, é um meio pelo qual pode-se discutir a capacidade de gerenciamento, os riscos, a qualidade das informações disponíveis, necessidades e o fluxo de dados, assim como analisar cenários e a forma de tomada de decisão, sustentando um processo de implementação de ações que venham ao encontro dos anseios de todos de forma rápida e controlada. Basicamente, uma Sala de Situação reúne, no mesmo lugar, pessoal qualificado, tecnologia, meios de telecomunicação e de informação para dar suporte à tomada de decisão e a gestão em tempo real. Esses componentes são estruturados para auxiliar os grupos de pessoas a trabalharem cooperativamente. As Salas estão associadas a um intenso esforço focado em um determinado resultado. Tudo isso para solucionar geralmente duas questões: “O que está acontecendo?”; “o que fazer?”.

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Se sua área, departamento ou empresa precisa congregar pessoas com experiências e conhecimentos diversos para resolver problemas e alcançar novo patamar de resultados, essa técnica pode ser uma boa solução para você. Para facilitar a aplicação da técnica, sugiro aqui algumas ações a serem feitas: 1- Antes da execução da Sala de Situação: a) Baseado na técnica de análise SWOT – Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças) – realize entrevistas com seus gestores, com os principais membros de sua equipe, com fornecedores e com clientes, para colher deles informações internas e externas ao negócio. b) Junte-se com os principais gestores, analise as informações colhidas e exponha os objetivos que se pretende ou necessita atingir. c) Em conjunto, defina quais as informações interessam para a decisão e descarte o resto. d) Busque sempre a objetividade, evitando teorias, exemplos e feeling. e) Defina no grupo quem será o mediador e, como líder, evite sempre, mas em bom tom e de forma motivadora, as conversas paralelas e a falta de objetividade. f) Defina o cronograma de reuniões, hora de início e o tempo máximo de duração. 2- Instituindo a Sala de Situação: a) Convide todos os gestores de sua empresa para a primeira reunião. Apresente o diagnóstico elaborado, os objetivos e metas a serem atingidos e as regras que deverão ser cumpridas durante a execução das Salas de Guerra. b) Defina um coordenador para controlar e acompanhar o desenvolvimento de cada ação. c) Em seguida, solicite a cada participante, quando possível, suas soluções para cada dificuldade ou oportunidade apresentada. d) Defina a equipe de execução e de apoio, bem como as datas de início e fim para cada solução acordada. e) Acompanhe em cada Sala de Situação a evolução e o resultado das ações. f) Recompense, sempre que possível, os sucessos obtidos pelas ações definidas.

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Fatos, Fotos e Frases Fotos: Divulgação

“Petistas inteligentes e informados sabem que o sonho acabou, game over, zé fini, não por uma conspiração da CIA, dos coxinhas ou da imprensa golpista, mas pelos seus próprios erros, pelo baixo nível e alta voracidade dos seus quadros, pela ganância e incompetência que nos levaram ao lodaçal onde chafurdamos.” Nelson Motta

“Vamos tampar o nariz e votar.” “Quando o Brasil quer, o Brasil muda.” Ulysses Guimarães

“Vice tem que ser discreto, mas não pode ser omisso.” Marcos Maciel (ex-vice-presidente)

“Com apenas 10% de aprovação e 3 anos e meio de mandato, o governo Dilma é nitroglicerina pura.” Bolivar Lamounier

“Dilma Rousseff até hoje não esta convencida de que gastou demais.” Jose Roberto Mendonça

“Dilma destruiu o PT e o lulismo.” Murilo de Aragão

“Ela (Dilma Rousseff) é autista; até agora não percebeu que o PT passou o pires nas construtoras.” Delcídio do Amaral

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Tecnologia

Por: João Paulo Mariano | Foto: Shutterstock

Energia limpa

em sua casa

A produção de energia fotovoltaica pode ser o investimento que muitos procuravam para economizar na conta de luz e ajudar a poluir menos o meio ambiente A discussão sobre a importância das energias renováveis ocorre há muitos anos. A Eco 92, que ocorreu no Rio de Janeiro, já falava sobre a necessidade de cuidar dos recursos naturais e incentivar o uso de energias limpas. A engenheira Taís Dias Garcia e sua família resolveram aderir a alternativas mais sustentáveis. Em sua casa foram instaladas 16 placas que permitem a geração de energia elétrica por meio da luz solar. Para ela, até agora, está valendo a pena, pois a redução chegou a 80% de um mês para o outro. Segundo o engenheiro eletricista e projetista de sistemas de energia solar fotovoltaica e eficiência energética, Luan Barbosa, quando a luz solar incide sobre uma placa fotovoltaica instalada sobre uma casa ou empresa, os elétrons do material semicondutor geram eletricidade, ao serem postos em movimento. “Esse tipo de tecnologia requer baixíssima manutenção. Pode ser utilizada tanto em locais remotos ou de difícil acesso, como também no contexto urbano”, explica o engenheiro, que ainda aponta outras vantagens: “Contribui-se para a geração local de energia e evita-se a perda que ocorreria na transmissão de energia”. O caro que sai barato O trabalho de conclusão do curso de engenharia pela Universidade de Brasília (UnB) serviu de base para que Taís pudesse instalar as 16 placas fotovoltaicas no telhado de sua casa, no Lago Norte, onde moram quatro pessoas. “O sistema funciona muito bem”, comemora. Com a

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diminuição do consumo de energia, foi possível instalar mais eletrodomésticos sem pesar tanto na conta. O custo para a colocação das placas, neste caso, foi equivalente ao preço de um carro popular. A explicação, segundo Luan, é que os equipamentos necessários para esse sistema ainda são majoritariamente importados, estando vulneráveis a variações cambiais. Programas e incentivos governamentais começam a ser implementados aos poucos no país e a tendência é que mais sistemas sejam instalados. Com isso, poderá haver uma maior geração de empregos e capacitação nessa área, nos próximos anos, de forma que este tipo de tecnologia se torne mais acessível. De acordo com o engenheiro, a energia solar deve ser entendida como um investimento. “Há economia mensal na conta. Dependendo da região e do local onde é feita a instalação, é possível cobrir este custo no período de quatro a nove anos”, prevê. Para Taís, o Brasil tem grande potencial para esse tipo de energia. “Nem todo mundo vai ter dinheiro de imediato para investir, mas é importante disponibilizar esta tecnologia”, diz. O custo varia em relação ao tamanho e complexidade do sistema, que basicamente é ditado pela condição de consumo de cada lugar. Em um contexto residencial, o preço pode variar entre R$ 15 mil, em uma pequena casa de até duas pessoas, até por volta de R$ 100 mil, em uma mansão com mais de cinco pessoas. Já em comércios e indústrias, esse valor pode chegar a mais de R$ 10 milhões. O tempo de funcionamento é de até 30 anos.

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Gente

E-mail:crisostomo@planobrasilia.com.br

Telmo Ximenes

Por: Edson Crisóstomo Fotos: Paula Fróes,Eduardo Branco Kickhöfel, Isabela Londe, Tony Winston, Eduardo Br, Divulgação

Jean Michel Galiano, Marcelo Brognoli, deputado Edinho Bez, Leandro Daher e Sílvio Oliveira

Pedro Fernandes (centro), da Beiramar Imóveis, assume a presidência da Associação Brasileira do Mercado Imobiliário (ABMI) e apresenta nova diretoria

Jorge Eduardo Santos e Fabiano Tavares

Telmo Ximenes

Orlando Morais fará show na Concha Acústica, dia 15 de maio

Pethy Mattos, Governador Rodrigo Rollemberg e a esposa Márcia

José Cabralee Bruna Maria Barbosa os filhos Daniela, Elisangela, Abilio e Tarcício Adriana Mothé com na inauguração da BioMundo

Rosa Sampaio, Ricardo e Virgínia Duailibe

Caixa Rápido

Política Invisível ou fingindo de morto É algo próximo do inadmissível a postura do comandante da Fibra, o senhor Jamal Jorge Bittar, que teve a capacidade de ser o único presidente a não expressar sua opinião como presidente da federação e nem como cidadão. Quando da votação na Câmara, Fiesp, Firjan, FIEMG e demais federações que compoem a CNI, manifestaram-se a favor. Já o setor produtivo da capital assistiu a

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Belisa Ribeiro entreLiliane Fausto Roriz Freire ee Samanta Eliane Ulhôa Sallum

omissão do presidente para com os 11 sindicatos que a compõem, bem como com a sociedade brasileira, que recolhe seus impostos que bancam o famigerado Sistema “S”. Vamos acordar! Efeito teflon... O empresariado que apostou tudo no Brahma (Lula), pensando que no momento nada grudaria, principalmente depois de

2005/6, sabem que é fim de linha, está dentro do cerco. O próprio Lula também sabe... Para onde ela vai? Vai pedalando?Vai de taxi? Consumada a admissibilidade do impeachment (golpe, segundo ela), a pergunta fica no ar: Dilma Rousseff pedirá asilo político aonde? Venezulela? Equador? Bolívia? Qual país irá recebê-la?

Não foi convidado!!! No próximo dia primeiro, os 12 milhões de desempregados com certeza não estarão em eventos das centrais sindicais comemorando o Dia do Trabalhador: vão estar atualizando curriculum. Casamento da hora Na alegria, na tristeza, na saúde, na doença e também no desemprego.

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Cidades

Por: João Paulo Mariano | Foto: Moreno

Fim da lua de mel? Apesar do Uber ser ainda popular, motorista do aplicativo reclama que os ganhos diminuíram e que a regularização pode ser a saída para o impasse

“Acabou a lua de mel. O Uber perdeu o glamour do serviço”, afirma Tiago*. Motorista do serviço desde seu lançamento na capital, há quase dois anos, ele pediu para não ser identificado pelo seu nome real, por medo de retaliações. A insatisfação não atingiu exatamente os clientes, mas quem trabalha com o aplicativo. E isso ocorre não só em Brasília, mas em outras capitais, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo. A empresa Uber nasceu em 2009 nos Estados Unidos e ganhou o mundo mostrando que o transporte poderia ser prático, confortável e rápido. É uma espécie de táxi de luxo. Brasília começou a ter motoristas do aplicativo no segundo semestre de 2014, por volta de outubro, logo após a Copa do Mundo. Havia uma boa demanda de público para o negócio e foi a oportunidade para muitos saírem do desemprego. Atualmente, são 10 mil motoristas em todo o Brasil – a empresa não divulga dados por estado. Este é o caso de Tiago, que estava desempregado há um ano e foi um dos primeiros a ingressarem no serviço na capital federal. “Foi muito bom no início. Dava prazer de trabalhar, mas eles estão tratando mal os seus parceiros”, denuncia.

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Segundo Tiago, os problemas começaram por volta de outubro do ano passado. O Uber pagava uma série de benfeitorias para os parceiros, como abono para quem tivesse grande permanência online, incentivos para aqueles que completassem mais de 40 viagens por semana, ajuda no crédito e financiamento para comprar carros executivos. E mais: um motorista que indicasse outro para aderir ao aplicativo, ganhava R$ 400. “Hoje, o benefício é zero”, acusa. “Os motoristas foram desvalorizados, em especial os da categoria Black”. Esta, aliás, foi a primeira criada pelo Uber. Os automóveis tinham de ser pretos, novos e executivos. Era necessário que tivessem espaço e conforto, por isso o oferecimento de água e balinhas para encantar e fidelizar a clientela. Além, é claro, de um dos símbolos do serviço: motoristas de terno e gravata com a obrigação de serem gentis e prestativos. Porém, para oferecer preços mais módicos e atrair mais clientes, a empresa lançou o UberX. Os veículos podem ser de 2010 em diante e a tarifa é mais barata. Para Tiago, essa criação trouxe competição entre os próprios motoristas do aplicativo. “A gente quer que o UberX acabe, pois este é o mercado do táxi, com quem a gente não deve mexer”, explica. “Com o X, o cliente pode pegar um veículo bem mais barato e com qualidade. Aí, o pessoal do Black, que tem o carro mais caro e mais despesas, fica desprotegido”. Aqueles que prestam serviço para o aplicativo repassam, para a empresa, 20% do valor da viagem, no caso do Black, e 25% no caso do X. Outro problema teria sido a diminuição das tarifas no fim do ano passado, que caíram 15%. Tiago diz que este fator, aliado à crise econômica, fez seus ganhos despencarem pela metade. Nos primeiros meses de Uber, o motorista ganhou algo em torno de R$ 12 mil, mas agora, esse valor não passa de R$ 6 mil. “Hoje eu divido o carro com uma pessoa para ficar mais tempo online. Além disso, tem a manutenção, que é muito cara para carros do Uber Black”, desabafa.

Houve até paralisação dos motoristas do serviço no último dia 28 de março. A greve atingiu também outras capitais, como Rio de Janeiro e em São Paulo. Para Tiago, o movimento só não deu um resultado melhor porque os motoristas não são uma classe muito unida. O outro lado Por meio de nota, o Uber informa que trabalha muito para criar uma plataforma com grandes oportunidades para os parceiros. Os motoristas podem controlar onde, como e quando eles dirigem e são livres para usar outros aplicativos ou ter outros empregos, ao mesmo tempo em que usam a plataforma. É por isso, segundo explica a nota, que milhares de brasileiros empreendedores fizeram parceria com o Uber ao longo dos últimos anos. Os parceiros continuam ganhando a mesma porcentagem do valor pago pelos usuários por cada viagem que realizam pelo aplicativo. Esse valor é o mesmo desde que o Uber chegou ao Brasil. A explicação para a diminuição da tarifa é que, com base em dados das mais de 400 cidades onde atuam, foi verificado que, ao reduzir os preços, tem-se como resultado o aumento da demanda por carros. Com isso, os motoristas fazem ainda mais viagens e continuam gerando tanta renda quanto antes, chegando até a ganhar mais.

Regularização Na última sessão do primeiro semestre de 2015, os deputados distritais aprovaram o Projeto de Lei nº 282/2015, que tornou ilegal o aplicativo na capital federal. Após alguns meses, o Poder Executivo decidiu elaborar um PL que não somente abordasse o Uber, mas que regularizasse todo o serviço de motoristas particulares. O documento de nº 777/2015 chegou à Casa em novembro, com um pedido de urgência, e encontra-se em três comissões: Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (CEOF), de Meio Ambiente e Tecnologia, e Comissão de Defesa do Consumidor. Posteriormente, o projeto será remetido à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e só então irá à votação em plenário. O deputado Israel Batista (PV) é o relator do projeto na CEOF e diz estar com o relatório pronto, apesar de não ter sido avaliado. “Existe discussão, mas o debate poderia ser mais veloz. A Casa levou doze horas para proibir o Uber e agora que fala de regulamentação, está demorando muito”, reclama o parlamentar.

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Negócios

Por: Luciana Amaral | Fotos: Divulgação

A franquia do bom café O empresário Antonello Monardo parte para uma nova empreitada: a abertura de franquias que seguem o molde das melhores cafeterias italianas, com oferta gastronômica de excelência Em 1996, o italiano Antonello Monardo desembarcou no Brasil e iniciou um trabalho de formiguinha, ensinando muitos brasileiros a valorizarem o bom café. Desenvolveu um produto de excelência, encontrado em diversos estabelecimentos gastronômicos da capital federal. Agora, o empresário está transformando sua marca – a Monardo Café Gourmet – numa franquia, uma forma estratégica de espalhar sua grife pelo país. O empreendimento, cuja primeira unidade será inaugurada em maio, seguirá o conceito das cafeterias italianas, com carta de cafés e boa oferta gastronômica. O projeto é da arquiteta Larissa Cayres. A franquia, com 50 metros quadrados, será comandada pelos irmãos Daniel e Gustavo Borges e funcionará no novíssimo Vega Luxury Mall, no Setor Comercial Norte, próximo aos shoppings Liberty Mall, Conjunto Nacional e Brasília Shopping. A ideia é atender até 200 pessoas diariamente. Apoio Para prestar melhor apoio logístico ao franqueado, Antonello pretende transferir seu escritório – que hoje funciona no Cine Centro São Francisco, na EQS 102/103 – para o mesmo prédio da cafeteria. “Esta primeira franquia servirá como modelo para atrair outros interessados”, explica. “Darei toda a consultoria na parte dos cafés. Já a chef Jozyanne Costacurta fará o treinamento na parte gastronômica”. O cardápio incluirá novas receitas e alguns pratos da antiga loja Monardo Gastronomia e Cultura, que funcionava na 201 Sul, como berinjela a parmigiana, filé a parmigiana, bruschetta, massas com molhos tradicionais italianos e tiramisú. Entre as bebidas à base de café, os comensais poderão degustar os clássicos cappuccino, cappuccino com Nutella, frozen, mocha, entre outros. Quem preferir outras opções, haverá aperitivos, tipo Spritz, vinhos e cervejas selecionadas. O investimento para abrir uma unidade da Monardo Café Gourmet gira em torno de R$ 90 mil, já incluída a taxa de franquia de R$ 35 mil.

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Projeto da primeira unidade da franquia Monardo Café Gourmet

Cursos e workshops Além do negócio com franquias, Antonello também mantém ativa sua agenda de cursos. Neste ano, ministrará, pela Accademia Italiana Maestri del Caffè (AICAF), workshop de café para amadores no Eataly, em São Paulo, e curso de barista para profissionais no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. Ao final de cada evento, Monardo autografará seu livro Louco por Café , lançado pela Senac Editora. Confira a programação:

São Paulo Curso de barista para profissionais 1ª turma: 13/06 – das 13h às 20h 2ª turma: 14/06 – das 9h às 16h

Workshop de café para amadores 1ª turma: 15/06 – das 9h às 12h 2ª turma: 15/06 – das 15h às 18h Local: Hub Foodservice Rio de Janeiro Curso de barista para profissionais Dia 17/06 – das 9h às 16h Local: Casa do Barista Brasília Curso de barista para profissionais 1ª turma: 18/06 – das 9h às 16h 2ª turma: 19/06 – das 9h às 16h Local: Monardo Café Gourmet

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Tel.: (61) 9971-7349 / 3425-3566 Email: antonello@monardo.com.br

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Agronegócio

Por: João Paulo Mariano | Fotos: Divulgação

Tradição e qualidade

em queijos

o empresário, que hoje tem 63 anos. São 200 kg de queijo por dia e seis toneladas por mês. Além dos queijos, a fábrica agora produz laticínios em geral, como manteiga de garrafa, nata fresca e requeijão. Para garantir o compromisso com a qualidade e a tradição, sem perder de vista as responsabilidades social e ambiental, Paulo e seus auxiliares fizeram cursos na Embrapa e na Emater. Também foi realizada parceria com a Universidade de Brasília (UnB), tudo com o intuito de apresentar um produto de excelência e, principalmente, saboroso. “Não camuflamos o sabor, não usamos conservantes e nem colocamos misturas para baratear a produção”, garante. Os laticínios Elba são enviados a várias localidades do Distrito Federal, como Paranoá, Lagos Sul e Norte, Cruzeiro, Taguatinga, Vicente Pires, Guará e Ceilândia. “Quero que o negócio continue a crescer junto com a família, com os filhos e netos”, conclui Góes.

Serviço

Elba – Produtos Góes Tel.: (61) 9868-6880 / 8339-4060 / 9161-6412 / 8490-9351 Email: produtosgoes@gmail.com

A Elba – Produtos Góes está há quase 25 anos no mercado produzindo queijos e uma completa linha de laticínios com qualidade e jeito de interior O agronegócio movimenta a economia de Brasília. Parte desses empreendimentos vem do trabalho de famílias que começam com pequenas empresas e crescem até se firmarem no mercado. É o caso do empresário Paulo Góes. Ele começou em 1991 a confecção de queijo-manteiga, queijo coalho e a manteiga de garrafa apenas para vender nas proximidades da chácara onde morava em Tabatinga, área rural de Planaltina (DF). Deu tão certo que, quase 25 anos depois, a Elba – Produtos Góes já faz revenda em várias regiões administrativas do DF. O nome Elba nada mais é que as letras iniciais da fazenda Estância Leiteira Barra Alta. A propriedade foi entregue a Paulo por meio da extinta Fundação Zoobotânica. Nascido no município de Cruzeta, no Rio Grande do Norte, a 232 km da capital, Natal, Góes chegou a Brasília aos 15 anos de idade e, com 21 anos, adquiriu a fazenda. “Eu estava em Brasília há algum tempo e não encontrava um queijo de qualidade. Resolvi trazer um queijeiro da minha cidade para fazer um produto que eu gostasse. Vendi alguns para uma

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feirante, que passou a fazer cada vez mais pedidos”, relata o empresário, cujo negócio prosperou na base do “boca a boca”. “Até hoje não tenho vendedor. Faço minhas vendas pelo telefone. As pessoas que conhecem a qualidade do produto, nos procuram”, diz o empreendedor. A fábrica ontem e hoje No início, Paulo tinha três vacas no curral e uma fábrica pequena. “Eu puxava a carroça com o leite e meu sogro ajudava a distribuir. Depois de um tempo, já levávamos os produtos em uma Brasília”, conta o empresário, referindose ao antigo automóvel da Volkswagen. A família também ajudava a conduzir os negócios e todos tiveram de aprender a fazer um produto com a mesma qualidade daquele fabricado pelo primeiro queijeiro. E conseguiram. Atualmente, a fazenda utiliza leite de 20 pequenos produtores da região. Góes alega que ainda há muitas pessoas que criam os seus filhos com o leite que vendem nas áreas rurais. “Fazemos tudo para ajudar a comunidade. Sou muito católico; desde pequeno, aprendi que da Terra a gente só leva o nome e a amizade das pessoas”, afirma

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Educação

Por: Marlice Pinto | Fotos: Moreno

Faculdade Mackenzie chega à capital A instituição, que tem mais de 40 mil alunos no Brasil, deve abrir as portas na capital federal ainda este ano, trazendo a mesma qualidade de ensino da unidade paulista Prestes a iniciar suas atividades, a Faculdade Presbiteriana Mackenzie Brasília está com o primeiro processo seletivo previsto para o mês de maio. As aulas devem começar no segundo semestre de 2016. A instituição foi aprovada com nota cinco, valor máximo que pode ser alcançado nas avaliações do Ministério da Educação para abertura de novos cursos e está diretamente ligada à Universidade Mackenzie de São Paulo, com uma grande bagagem quando o assunto é educação. São mais de 145 anos no Brasil. Há 12 cursos de pós-graduação ofertados em diversas áreas profissionais, entre eles Marketing Político, Marketing Estratégico, Tecnologia da Informação e Gestão Estratégica de Pessoas. Domingos Spezia, vice-diretor acadêmico da instituição, conta que o propósito não é ser apenas mais uma instituição de ensino, mas ter um diferencial. “A necessidade de faculdades particulares no Distrito Federal já está atendida numericamente. Queremos, portanto, ir além, oferecendo tradição, valores humanos e ensino de qualidade”, afirma. Já os cursos de graduação oferecidos no momento são os de Administração e Ciências Contábeis, mas quem já viu a estrutura, sabe que o futuro da faculdade é promissor. Em 2017 deverá ser aberto o curso de Direito e, em 2018, outros três: Arquitetura, Engenharia de Produção e Engenharia Civil. Somente irá compor o corpo docente professores com títulos de mestrado e/ou doutorado. Diferentemente de outras instituições particulares do DF, a Faculdade Presbiteriana Mackenzie, além do vestibular tradicional, permite o ingresso no estabelecimento de ensino

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com as notas do PAS e ENEM. “Os nossos alunos serão selecionados por meio dessas três possibilidades e deverão ter alcançado uma nota mínima para isso”, esclarece Spezia. Pretensões Um prédio na 906 Sul já está pronto para ser utilizado, contendo salas, laboratórios e biblioteca. Mas a direção já adquiriu um terreno para ampliar a estrutura e atender 12 mil alunos já a partir de 2017. Os estudantes vão ter disponível um estacionamento fechado, sem nenhum custo. “Estamos preocupados com a questão da segurança de nossos alunos. Hoje, eles já teriam acesso ao estacionamento fechado; no futuro, as vagas serão cobertas”, comenta o vice-diretor. Além da biblioteca física, os alunos contam com um acervo virtual com mais de oito mil títulos. Para atender os cursos que começarão no segundo semestre, estarão disponíveis, a princípio, 16 salas. Os cursos de idiomas, um outro ponto bastante forte da instituição, também vão estar disponíveis futuramente. Parcerias internacionais O Mackenzie possui atividades e projetos interinstitucionais e internacionais tanto para alunos, quanto para professores e pesquisadores. Um dos parceiros é o Banco Santander, com os programas Top China e Top Espanha. Um dos programas levará quatro alunos de graduação para participar de cursos, ministrados em inglês, promovidos pela Peking University e Shanghai Jiao Tong University, ambas na China.Os escolhidos têm viagem prevista para julho deste ano e passarão três

semanas no país. Também terão direito às passagens de ida e volta, acomodação e refeições. Outra opção para os universitários que querem ter uma experiência no exterior, é a dupla habilitação. Hoje, ela é oferecida apenas para os cursos de engenharias e contábeis. Alunos de Engenharia Civil, por exemplo, podem, além de obter o diploma de bacharel pelo Mackenzie, conseguir o título de mestre concedido pelo Instituto Politécnico do Porto, em Portugal. O tempo previsto no país europeu é de um semestre. Os futuros acadêmicos de Brasília não poderão concorrer a essas vagas, pois os editais já foram fechados, mas poderão participar igualmente das próximas oportunidades disponíveis durante o tempo em que estiverem matriculados nos cursos de graduação.

Domingos Spezia: “Queremos oferecer tradição, valores humanos e ensino de qualidade”

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Educação

Por: João Paulo Mariano | Fotos: Divulgação

High School na

capital federal

pedagógica da Thomas Jefferson, Érika Cruvinel. Segundo ela, em São Paulo é comum alunos optarem pelo High School . “Muita gente faz para buscar acesso a universidades no exterior, outros só por complementação”, observa. “O curso é um facilitador, não uma garantia. O aluno terá de passar por um processo seletivo, como qualquer americano”, salienta. Após os três anos de curso, o estudante deverá entregar o histórico escolar para a Thomas, que enviará para a Griggs International Academy com o intuito de validar a documentação como High School . Assim, o estudante terá a diplomação americana e a brasileira, além da proficiência do inglês certificada pela Thomas. As aulas são todas na língua inglesa. Os professores das disciplinas têm formação tanto em inglês quanto no conteúdo da matéria em questão. A docente responsável pela disciplina U.S Government , por exemplo, dá aulas na Thomas Jefferson de idiomas e é formada em Relações

Internacionais. Para Rafaela Campos, essa situação ajuda muito, já que a professora ensina o novo conteúdo e, toda vez que alguém tem dúvida na língua, ela corrige. Futuro promissor A mãe de Rafaela, Liege Campelo, diz que o gosto da filha por medicina vem desde os cinco anos de idade e decidiu investir na adolescente pelo fato dela ser uma estudante aplicada. A crise econômica impediu, pelo menos por enquanto, a mudança para o país do Tio Sam. “Corremos atrás, para ver se realmente a validação do estudo no Brasil ocorreria nos EUA. Deu certo. Estamos deixando de lado a ideia de ir embora”, explica. Quem se interessar pelo High School , pode procurar uma das unidades da Casa Thomas Jefferson, para mais informações. “Os pais querem mandar seus filhos para fora, mas imagine o preço de mandar um aluno. Fazer o curso aqui sai muito mais barato”, argumenta Érika Cruvinel.

A Casa Thomas Jefferson iniciou o programa de High School em Brasília neste semestre. Uma saída para os pais que querem proporcionar um estudo diferenciado para os filhos e economizar neste tempo de crise A estudante Rafaela Campos tem 13 anos e adora matemática. Ela até faz parte de um grupo no colégio que participa de competições locais e nacionais sobre o tema. Quando ficar mais velha, quer se tornar médica. O motivo é simples e nobre, ao mesmo tempo: “Eu gosto de ajudar as pessoas”, declara. Assim, os pais de Rafaela tiveram a ideia de mudar para os Estados Unidos, a fim de que a menina tivesse o suporte necessário em alguma universidade americana. Afinal, há várias delas no ranking das melhores universidades do mundo. Porém, diante da alta do dólar, a mãe de Rafaela decidiu procurar uma outra alternativa e descobriu que aqui em Brasília era possível fazer um High School reconhecido pelo governo e demais instituiçoes americanas. O curso é oferecido pela Casa Thomas Jefferson, em parceria com a Griggs International Academy e a Andrews University. O aluno estuda o período da manhã na escola regular e, à tarde, faz a complementação necessária na Thomas Jefferson.

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As aulas começaram no primeiro semestre de 2016 com a disciplina U.S. Government e as matrículas para os alunos que desejarem ingressar no programa a partir do segundo semestre já estão abertas. A próxima disciplina oferecida será U.S History . Diferencial O programa de High School é oferecido a alunos a partir do 9 o ano do Ensino Fundamental e que tenham, no mínimo, nível intermediário de inglês. As aulas acontecem duas vezes por semana das 14h20 às 17h35. Durante o programa, que tem duração de seis semestres, o aluno deverá cursar as disciplinas U.S. Government , U.S. History , British and American Literature , Computer , Health , Finance e Community Service . “O estudante só vai fazer matérias que não estão no currículo brasileiro e deve completar, ao final, 120 horas de cada disciplina”, esclarece a coordenadora

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Personagem

Por: Bianca Moura | Foto: Moreno

O cantor

do presidente O músico Fernando Lopes, que cantou para Juscelino Kubitschek, coleciona histórias curiosas sobre Brasília antes mesmo de sua inauguração Ele chegou por aqui antes da inauguração de Brasília e, desde então, coleciona tantas boas histórias sobre a capital, que certamente poderia escrever um livro. Aos 85 anos, Fernando Lopes, o dono da voz que encantou o presidente Juscelino Kubitschek, sabe que viveu uma época histórica e, por isso, com muita alegria, recorda os causos pessoais que, frequentemente, se misturam com relatos sobre a cidade, a música brasileira e a política. Ainda menino, saiu do interior de Goiás, em Piracanjuba, com os pais e os sete irmãos, com destino a Goiânia. Em uma escola técnica, teve o primeiro contato com a música e dividia o seu tempo livre entre a função de solista do coral e apresentações musicais em festinhas na vizinhança. Após mais uma mudança familiar, dessa vez para Inhumas, a 50 quilômetros da capital do Estado, assumiu a função de balconista de uma loja de departamentos. Quando chegava a noite, divertia-se em serestas com os amigos. Entre eles, o cantor Lindomar Castilho, que gravou mais de 30 discos no Brasil, distribuídos nas Américas, parte da Europa e África. Outro amigo da época, o jornalista Américo Fernandes, levou para Fernando a proposta de trabalhar na Rádio Nacional em Brasília. A versão brasiliense da famosa emissora foi fundada em 1958, antes, portanto, da inauguração da nova capital. Sua programação era baseada na pioneira carioca, repleta de programas de auditórios, concursos de calouros e radioteatro. O goiano conheceu a futura capital e preparou-se para o teste que o faria integrar o primeiro time musical da emissora. Na avaliação, o maestro Isaac Colman, impressionado com o talento do jovem, contestou, quando ele decidiu encerrar a apresentação com aquela música que considerava o seu amuleto da sorte – Granada, de Agustín Lara. “Rapaz, não cante essa música. É muito pesada e você está muito bem aqui no teste. Se cantar Granada, é capaz de não ser aprovado”, diz Lopes, ao citar as palavras

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do maestro. Apesar disso, a velha canção mexicana favorecia os timbres fortes e extensos, o que acabou por beneficiar o candidato. Aprovado no teste, um último empecilho travava sua efetivação. Até então, Fernando Lopes chamava-se Eduardo Gomes de Faria e na emissora já havia um cantor com o mesmo nome. Dois Eduardos na programação poderiam confundir o ouvinte. Como no seu teste o repertório era formado basicamente por músicas mexicanas, decidiram batizá-lo artisticamente com algo que soasse latino. Foi aí que alguém sugeriu Fernando Lopes Rios. “Vamos acabar com o Rios e eu fico com os dois primeiros nomes”, decretou o cantor. E assim ele foi lançado oficialmente. Conhecendo JK Fernando conseguiu rapidamente espaço na emissora e não demorou em ouvir um pedido inesperado do maestro Isaac Colman. No dia seguinte, ele teria de trabalhar com sua melhor roupa. “Você vai conhecer o meu compadre”, avisou. E dentro de uma Kombi da Rádio Nacional, ele, o maestro e mais três músicos mandaram-se para o Catetinho, residência oficial de JK. O cantor demorou a acreditar, quando viu quem era o tal compadre do maestro. Com pernas trêmulas e a boca seca, logo percebeu o motivo daquele momento. “Ele canta aquelas músicas que você gosta”, disse Colman ao presidente. Diante da seleta plateia, Lopes entoou boleros diversos e finalizou a apresentação com a canção que permeia sua trajetória e uma das favoritas do presidente, Granada. O público aplaudiu, Juscelino pediu bis e Fernando passou a frequentar as serestas do Catetinho, nas sextas-feiras à noite. Os encontros contavam também com outros músicos conhecidos nacionalmente, como o violonista Dilermando Reis, a cantora Elizeth Cardoso e o cantor Silvio Caldas. “Juscelino reunia todo mundo no Catetinho. Participava ativamente das cantorias. Quando tinha que resolver algum problema, subia para o escritório”, recorda. Anos depois, quando Juscelino já estava fora da presidência, os encontros, mais esporádicos, ocorriam em uma pedra, onde fica hoje o Grande Colorado, com vista privilegiada da capital. Eles se reuniam sempre fazendo o som do jeito que o amigo famoso gostava. “Éramos uns três ou quatro músicos com ele. Acho que a última vez que o vi, foi em um desses encontros”, diz. O cantor rememora o episódio fatal da vida de JK, quando o trágico acidente de carro o matou, em 22 de agosto de 1976, e o caixão com o corpo chegou a Brasília. “Foi um dos momentos mais tristes que vivi. A massa levando em cima da cabeça o corpo dele, do aeroporto até o Campo da Esperança. Ele era adorado pelos candangos, um ídolo. Essa cena jamais vai sair da minha memória”, relembra o músico, com tristeza.

Água de beber Em uma das ocasiões festivas no Catetinho, certa dupla da MPB apareceu por lá. Caminhando pelo bosque do local, às margens do riacho, onde corria uma água bastante cristalina, Tom Jobim e Vinicius de Moraes tiveram a ideia para um conhecido sucesso. “Eles pararam bem próximo ao riacho. Tom pegou a folha de uma árvore e a enrolou, para fazer uma espécie de colher. Pegou um pouco de água e deu um gole, virou-se para Vinicius e disse: ‘Água de beber’. Na hora, Vinicius olhou para o companheiro e respondeu: ‘Água de beber, camará’. Eles comentaram que isso dava música”, diverte-se. Muitos carnavais As cantorias de Fernando não se restringiam apenas ao Catetinho. Ele apresentava-se também em alojamentos e acampamentos dos candangos. Lopes conta que, em 1960, em um circo, ao som de marchinhas carnavalescas, ocorreu o primeiro carnaval brasiliense “oficial”, no Núcleo Bandeirante, ainda conhecido como Cidade Livre. Nos anos seguintes, a folia profissionalizou-se e os músicos costumavam defender canções em batalhas de confetes. Os encontros ocorriam na Rodoviária do Plano Piloto, nas avenidas da área central e, quando a noite chegava, nos clubes e hotéis. Existia ainda a escolha das rainhas do carnaval no Ginásio Nilson Nelson. “Naquela época não tinha a invasão do carnaval carioca. Nós fazíamos a nossa festa aqui, de um jeito bem local, com disputa de calouros. Quando a televisão se popularizou, esta tradição se perdeu”, diz. No Feitiço Mineiro Quando estava estabilizado financeiramente, em um apartamento na 403 Norte, Lopes trouxe os familiares definitivamente para Brasília. Ajudou um parente a encontrar emprego, contribuiu para o pagamento dos estudos de um outro familiar e, assim, todo mundo se instalou na cidade. O músico nunca se casou, apenas “enrolou” as pretendentes, como gosta de brincar. Atualmente, ele mora com a filha, de 36 anos, e o genro, no Lago Norte. Aos poucos, foi abandonando a cantoria profissional. Nas últimas décadas, ele tem se reunido com conhecidos em churrascos e encontros mais íntimos; se rolar uma “palhinha”, improvisa na hora. Após a insistência dos amigos, decidiu se apresentar profissionalmente mais uma vez. Na noite de 16 de julho de 2015, no Feitiço Mineiro, na 306 Norte, Fernando Lopes cantou para uma grande plateia, após 40 anos afastado dos palcos. O restaurante estava lotado e havia clientes aguardando do lado de fora, na fila de espera. “Como realização pessoal, foi um momento incrível. Ficou um gostinho de quero mais”, declara.

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Automóveis

Por: Redação | Fotos: Divulgação

O novo compacto da Fiat

Com aposta no perfil urbano e na conectividade, o novo Fiat Mobi traz preço acessível, leveza e bons recursos tecnológicos A gama do Mobi chega bem completa na rede de concessionárias Fiat, composta por seis versões: Easy, Easy On, Like, Like On, Way e Way On. Em todas elas, a carroceria é de quatro portas, com motor de 1 litro e com três anos de garantia de fábrica. Fator de tranquilidade para o consumidor, que também conta com os 40 anos de tradição da marca em compactos no Brasil. O mais novo lançamento da Fiat traz o conceito de um carro urbano, prático e funcional. Produzido em Betim (MG), o Mobi é compacto, fácil de manobrar e estacionar, e tem apenas 970 kg. A ideia é que esta leveza se traduza em bom desempenho, consumo e estabilidade. O carro pode levar até cinco pessoas, tem uma das melhores acessibilidades do segmento, com portas de amplo ângulo de abertura. Também é fácil adaptar o espaço interno conforme a necessidade. Todo Mobi tem banco traseiro bipartido de série,

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podendo ser rebatido só em um dos lados ou nos dois, aumentando o volume para bagagem. Ainda é possível ampliar o espaço do porta-malas com as duas posições do encosto do banco traseiro. E as soluções de uso inteligente continuam, como o Cargo Box, um prático e versátil compartimento removível para o porta-malas. Conectividade A promessa da marca é que o Mobi inaugure uma nova era da conectividade. Um aplicativo da marca, o Fiat Live On – com versões para iOS e Android, permite que o celular assuma o papel de uma central multimídia, do jeito que o cliente conhece e com tudo o que ele precisa. Com o Live On, o celular é fixado no meio do painel e torna-se o display do veículo. Porém, isso não é uma regra.já que o aparelho também pode ficar em algum portaobjetos ou bolsa e terá o funcionamento perfeito.

de porta-óculos acima da porta do motorista e até console de teto com espelho (convexo) auxiliar. Vale destacar, ainda, o quadro de instrumentos com iluminação LED e display de 3,5 polegadas, que permite boa visualização das informações, como o nível do tanque de combustível e temperatura do líquido de arrefecimento do motor. Possui ainda indicação para a troca de marcha (Shift Up/Down), instruindo o motorista para uma condução mais econômica. Simultaneamente, mostra hora, hodômetros parcial e total, além da indicação do nível de combustível e temperatura do motor. E pode ser equipado com conta-giros e computador de bordo.

O objetivo é controlar com facilidade – por uma tela inicial própria, com atalhos, e por meio dos comandos no volante – o rádio e outros recursos do celular, como navegação, músicas e estações de rádio pela internet. O aplicativo estará disponível em junho. Eficiência e leveza Um dos carros mais leves do Brasil, o Mobi promete atrair muitos consumidores principalmente devido aos preços competitivos: há versões a partir de R$ 31.900 e sua manutenção é simples, com custos baixos. Esse é um dos pontos altos do motor Fire Evo Flex 1.0, de até 75 cv de potência – com etanol. As portas traseiras, com ângulo de abertura de 75 graus, dão mais comodidade. Os concorrentes não chegam nem a 70 graus, e isso faz muita diferença na hora de entrar e sair do banco de trás. A facilidade de acesso é complementada pelo amplo vão de entrada, tanto na frente como atrás. E uma vez acomodado, lugares para espalhar pequenos objetos não faltam: no console central e nas portas dianteiras, com opções

Tecnologia acessível Vários equipamentos do Mobi mostram a intenção da Fiat em democratizar o uso da tecnologia. Para reforçar a segurança, o carro tem o sistema ESS (da sigla inglesa para sinalização de parada de emergência). Em caso de frenagem brusca, o pisca-alerta é acionado para alertar o motorista que vai atrás, juntamente com as luzes de freio tradicionais. Outro recurso é o Lane Change. Com apenas um leve toque na alavanca da seta, as luzes de direção piscam por cinco vezes, dando mais segurança em mudanças rápidas de faixa. Também estão disponíveis visor multifuncional de TFT (quando equipado com o Fiat Live On) no quadro de instrumentos, computador de bordo e sensor de estacionamento traseiro, além de retrovisores externos elétricos com repetidor lateral de direção e função Tilt Down, para auxiliar nas manobras de estacionamento. E depois da compra? O Mobi tem uma garantia total de três anos. O cliente poderá optar por pacotes de revisões programadas já no momento da aquisição do veículo, da mesma forma que acontece com o recém-lançado Fiat Toro, que estreou essa modalidade – a Revisão sob Medida. Agora, é visitar uma loja Fiat em Brasília e fazer um test drive.

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Vida Moderna

Por: Luciana Amaral | Fotos: Moreno

alimento de qualidade a um preço menor”. Além do Park Way, o empresário leva o El Chicano para embaixadas, Escola Americana, Praça do Cruzeiro e Memorial JK, servindo iguarias como chilli, quesadillas, nachos e tacos.

exigência de alvará de funcionamento e adequação às normas da Vigilância Sanitária.

Produto diferenciado FábioMarcosPrado,porsuavez,vêemseunegócioaoportunidade de apresentar ao público um produto diferenciado. Com investimento de R$ 100 mil, ele pôs nas ruas, há seis meses, o Cheff’s Food Truck, que vende calzones com opções de recheios salgados e doces. “Eu mesmo criei o cardápio, preparo a massa no mesmo dia e repasso aos meus funcionários, para rechearem e servirem o cliente”, afirma. “É tudo fresco, feito na hora”. Antes de tornar-se um empreendedor, Fábio, formado em hotelaria na Suíça, trabalhou em lugares como o Hotel Meliá e os restaurantes Pobre Juan, Capital Steakhouse e Outback. Os calzones campeões de pedidos são o marguerita, pepperoni, cinco queijos e napolitano. Para sobremesa, há sabores como banana e canela, Romeu e Julieta, e Prestígio. Agora, se você pretende provar um hambúrguer com o legítimo sabor da Sérvia, a dica é o Belgrado Burger, food truck comandado pelo empresário sérvio Goran Dislioski, que reside há cerca de dois anos na capital federal. Com um investimento em torno de R$ 200 mil, ele estaciona seu restaurante itinerante em points variados da cidade, como a Praça do Cruzeiro e quadras da Asa Sul. “O food truck é um negócio muito vantajoso, pois posso levar meu produto a diferentes lugares”, afirma Goran. O repolho é ingrediente comum em seus hambúrgueres, sempre muito bem servidos em pão artesanal. Uma principais criações do empresário é o Leskovac Burger, feito com 180 gramas de carne bovina moída selecionada, queijo muçarela, repolho, tomate, molho especial e pimentão assado temperado.

Boa aceitação O empresário Wilson Prado trouxe o know-how adquirido nos anos em que trabalhou no restaurante Café Pacífico, na Austrália, especializado em gastronomia mexicana, para o El Chicano, food truck surgido há cerca de 10 meses. Morador do Park Way, Prado teve a ideia de reunir outros empresários e montar um evento fixo de food trucks todas as quartas, na pracinha da quadra 14, a partir das 19h. Deu certo. “Resolvi investir nesse tipo de negócio por ser uma novidade, com boa aceitação no mercado”, explica Prado. “O cenário econômico não estava muito favorável à abertura de restaurantes”. Para ele, a grande vantagem do food truck é a mobilidade. “Você vai até o cliente”, resume. “A desvantagem é o espaço. A estrutura de um restaurante garante mais conforto para trabalhar, mas, por outro lado, conseguimos oferecer um

Avaliação positiva Os clientes parecem satisfeitos com a “food truck mania”. A arquiteta Ana Paula Barros, moradora do Lago Norte, foi à quadra 14 do Park Way a convite da amiga, a jornalista Maria Lídia Vilela. “A praça de alimentação de um shopping tem um ambiente ‘frio’, que não agrega as pessoas. Aqui, todos ficam à vontade; é uma forma de moradores do mesmo bairro se encontrarem”, avalia a arquiteta. A jornalista, por sua vez, que reside no Park Way, levou uma garrafa de vinho para dividir com a amiga e harmonizar com as iguarias dos food trucks. “Os pratos aqui saem em torno de R$ 20. É um preço justo”, afirma. Os irmãos Gabriel, Natália e Camila Aleixo elogiam a qualidade dos produtos oferecidos. “As receitas são preparadas de forma artesanal, com muito sabor”, destacam. O aposentado José Maria, que costuma ir à praça do Park Way às quartas para tomar uma cerveja e rever amigos, concorda: “Aqui tem comida honesta a um custo acessível”.

Gastronomia

itinerante

Fábio Prado trabalhou em restaurantes antes de montar o seu próprio negócio: um food truck especializado em calzones

A onda dos food trucks veio mesmo para ficar. E quem sai ganhando são os clientes, que podem degustar de gastronomia de qualidade a preços justos Até há muito pouco tempo, comida vendida na rua era resumida a cachorro-quente, ao famoso churrasquinho “de gato”, churros recheados, pipoca e outros lanchinhos rápidos oferecidos por vendedores ambulantes. Com a chegada dos food trucks nos grandes centros urbanos, porém, esta realidade mudou radicalmente. Até mesmo grandes chefs estão apostando na onda do restaurante itinerante, oferecendo gastronomia de alta qualidade. Há espaço para sushis, comida mexicana, calzones, pizzas, hambúrgueres artesanais, entre várias outras iguarias. E o melhor: a preços muito mais convidativos. Nesse tipo de negócio, não há lugar para amadorismo. Peruas, vans, trailers ou pequenos caminhões devem ser previamente adaptados por oficinas especializadas, que adequam o veículo às normas de instituições como Denatran e Inmetro. Para isso, é preciso desembolsar, segundo dados do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), entre R$ 30 mil e R$ 350 mil. A burocracia para se montar um food truck é praticamente a mesma seguida na abertura de uma empresa fixa, como

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O empresário sérvio Goran Dislioski comanda o Belgrado Burger

Maria Lídia Vilela e Ana Paula Barros: ambiente informal e preço justo

Natália, Gabriel e Camila Aleixo: receitas preparadas de forma artesanal

PLANO BRASÍLIA 55 O empresário Wilson Prado iniciou o evento de food trucks no Park Way


Esporte

Por: Natasha Dal Molin | Fotos: Moreno

Corpo

em harmonia

A mais nova moda é se exercitar com balé. A modalidade, denominada “balé mix”, fortalece os músculos e ainda trabalha a elegância e postura Um,dois,três,quatro,pliê.Nadadobaticumdamúsicaeletrônica, excesso de músculos, espelhos, pesos ou vaidades. O ambiente é feminino, cor-de-rosa, e lá de dentro emana um agradável som de música clássica, que vez ou outra dá lugar a melodias mais modernas, dançantes. Esse é apenas um dos diferenciais que fazem mulheres optarem pelo balé mix como forma de se exercitar. No estúdio Aline Saliha, no Deck Brasil, Lago Sul, elas contam ainda com um atendimento personalizado e acompanhamento da própria bailarina que dá nome ao lugar. Apesar da pouca idade (33 anos), Aline acumula 15 anos de experiência no ensino da dança, é formada em Educação Física pela Universidade de Brasília, tem pós-graduação em Metodologia do Ensino de Artes e muitos cursos de balé. A modalidade é oferecida há cerca de dois anos no espaço e mistura a técnica do balé clássico com o exercício funcional e atividades do pilates. O principal público é de mulheres adultas que não gostam muito de malhar ou preferem o ambiente e a diversidade que o balé proporciona: nunca uma aula é igual à outra. “Aqui é mais prazeroso, com música bem tranquila; o ambiente é acolhedor e familiar”, explica a proprietária. Ah, e não precisa ter experiência anterior com o balé: mesmo quem tem na aula o primeiro contato, já sente os benefícios e o aprendizado é evolutivo e constante.

As turmas têm, no máximo, 12 pessoas, entre iniciantes e até bailarinas tradicionais que utilizam o balé mix para ajudar na preparação física. Mais dinâmico do que o balé clássico, o mix pode ser feito de collant e saia ou de roupa tradicional de academia, mas a sapatilha é indispensável. Boa forma e elegância O balé, que é tão clássico, virou uma febre como modalidade fitness há alguns anos. “Antigamente ele era ensinado de um jeito muito tradicional, para formar bailarinos. De um tempo para cá, foi utilizado como uma maneira de manter essa relação com a arte e trabalhar o corpo, sem a pretensão de necessariamente formar bailarinos”, afirma Saliha, que complementa: “É mais barato pagar balé que academia ou terapia. Você esquece de tudo, sai da aula com a cabeça leve e feliz”. A aluna do método, Andreia Gangana, 37 anos, concorda: “Eu queria voltar para a academia para malhar, mas a musculação é meio rotineira”, diz. Sua preferência era por uma modalidade que trabalhasse a dança e o corpo de forma mais intensa. “Ao experimentar, achei fantástico e me identifiquei”, conta Andreia, que logo sentiu mudanças no próprio corpo. “É uma atividade que trabalha a musculatura e algumas partes do corpo de forma mais isolada, mas também trabalha a mente, nos deixa mais relaxadas. Acho que vale muito a pena”.

Professora de educação física, Andreia já fez balé quando criança e, há um ano, aderiu à versão mix. “Acho que o balé deixa o corpo mais bonito que a musculação, mais feminino. Além disso, dá graciosidade nos atos, gestos. E tem ainda toda a questão postural, deixa o andar e o sentar da pessoa mais elegante”, ressalta. Para quem ficou com vontade de experimentar, o local oferece não apenas uma aula, mas uma semana experimental. “É uma excelente oportunidade para conhecer, se sentir especial. Faça sem compromisso, venha conhecer nosso método”, convida Aline Saliha.

Percepção corporal As aulas acontecem duas vezes por semana e, com o tempo, as praticantes conseguem uma melhora na postura, alinhamento corporal, musicalidade, resistência muscular e muito alongamento e flexibilidade. “É uma atividade que trabalha muito a percepção corporal. Ajuda a praticante a perceber o que está fazendo, entender o corpo. Assim, a aluna vai ficando cada vez mais consciente”, explica a professora.

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Aline Saliha: “O balé mix trabalha a percepção corporal”

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Saúde

Por: Marlice Pinto | Foto: Moreno

Paraíso para

os pés

A Pronto-Pé, empresa de podologia que atua no mercado de Brasília há mais de 20 anos, oferece assepsia e cuidados para os pés para pessoas de todas as faixas etárias O cuidado com os pés, muitas vezes, é deixado de lado na correria da vida diária. O que começa com um simples dorzinha na unha do pé, por exemplo, pode atrapalhar noites de sono no futuro. Os pés também precisam ser lembrados e tratados como merecem. A clínica Pronto-Pé, criada por Francisca Paiva, 70 anos, é especializada nesse tipo de tratamento. Durante 13 anos, a empresária trabalhou com podologia em uma outra clínica bastante famosa na capital. Durante esse período, ela fez diversos cursos na área e tornou-se técnica em podologia. Em 1995, a Pronto-Pé foi fundada com apenas uma cabine e uma unidade. Hoje são seis cabines só na unidade do Guará II, onde tudo começou. Agora, Francisca atende apenas duas vezes por semana e somente alguns clientes mais antigos, que não dispensam os serviços da técnica. A empresa agora está aos cuidados dos filhos, entre eles, Célio Paiva, de 43 anos, que trata com muito carinho todo o patrimônio deixado pela mãe. Ele explica que o cuidado com os pés não tem idade e que a clínica atende desde bebês até idosos. Alguns pais, por exemplo, têm medo de cortar as unhas dos pequenos e os levam até a clínica, para que o procedimento seja feito por especialistas. O principal pacote, chamado de assepsia completa, dá direito a corte, retirada de calosidade do calcanhar e dos pés, hidratação breve e alguns outros serviços que forem necessários para o cliente. O paciente desembolsa cerca de R$ 75. Pode-se também optar por cada serviço separadamente.

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Feira da Longevidade Para quem quer conhecer melhor a empresa, uma ótima oportunidade é a Feira da Longevidade, que está marcada para os dias 29 e 30 de abril e 1º de maio. A exposição, que é voltada para pessoas com idade acima de 50 anos, ficará em frente ao Brasília Shopping das 10h às 23h durante os três dias de funcionamento. A Pronto-Pé fará exames e consultas, além de efetuar diagnósticos. Célio explica que indivíduos da terceira idade necessitam de cuidados específicos, pois a pele do idoso costuma perder a hidratação e as unhas podem ficar mais rígidas ou mais quebradiças. Neste caso, os tratamentos são conduzidos por podogeriatras. Sobre a feira, Célio antecipa o que a Pronto-Pé vai oferecer para quem passar pelo estande da empresa: “Teremos uma cadeira especial de podólogo, onde o cliente terá os pés examinados gratuitamente”, avisa. Porém, nem todos os procedimentos podem ser realizados no evento, devido à grande circulação de pessoas no local. A podologia exige uma série de critérios de esterilização que só podem ser cumpridos em lugares específicos, como na própria clínica. Para os atletas e até para aqueles que não praticam exercícios físicos com frequência, haverá a baropodometria – conhecida popularmente como teste

da pisada. O objetivo é avaliar o tipo de pisada e suas consequências. “O exame é feito por computador, mas não iremos confeccionar palmilhas na feira”, explica. Vale destacar que a Pronto-Pé fabrica palmilhas personalizadas, de acordo com a necessidade do usuário. Algumas pessoas devem utilizá-las para evitar problemas como dores na coluna e na lombar. Para a confecção do objeto ortopédico, é importante a prescrição médica – entregue em uma consulta – ou o resultado do exame feito na própria clínica. Na feira, seguradoras, clínicas de saúde e clínicas odontológicas parceiras também demonstrarão os seus serviços. A programação do evento incluirá, ainda, atividades culturais, esportivas e de lazer. Serviço

Pronto-pé Centro Clínico Via Brasil - 710/910 Sul, loja 43 Tel.: (61) 3442-8043 QI 27, bloco A, sala 121, Guará II Tel.: (61) 3381-8835 SHIS, QI 5, loja 30, Galeria, Gilberto Salomão Tel.: (61) 3248-5551 O horário é de segunda a sábado, das 8h às 18h, exceto a unidade do Lago Sul, que funciona das 9h às 19h.

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Literatura

Por: João Paulo Mariano | Fotos: Paula Fróes

Momentos históricos do jornalismo

Belisa Ribeiro narra, em seu livro, fatos marcantes da história brasileira e do jornalismo

Lançado na capital federal, o livro Jornal do Brasil – História e Memória, de Belisa Ribeiro, fala sobre momentos importantes vividos no JB, um dos principais veículos surgidos no jornalismo brasileiro A história da jornalista Belisa Ribeiro é tão bela e eloquente quanto sua risada. Ela, que já tem mais de 30 anos de carreira, resolveu colocar parte dessa trajetória em livro. Uma forma de homenagear o jornalismo brasileiro e, em especial, os que ajudaram a formá-lo quando fizeram parte da equipe do Jornal do Brasil (JB). A obra, intitulada Jornal do Brasil – História e Memória, mostra como esse veículo nasceu, ganhou mercado e tornou-se um dos mais importantes do país, até, em setembro de 2010, despedir-se de seus leitores, ao publicar sua última edição impressa. O lançamento do livro ocorreu no último dia 6 de abril, no restaurante Carpe Diem, da 104 Sul. Rodeada de amigos que fizeram parte de sua vida profissional e pessoal, Belisa está orgulhosa com o feito.

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Todos os exemplares colocados à disposição do público no evento foram vendidos. Belisa resolveu escrever a obra após um almoço dos “Jotabenianos” – forma como os antigos jornalistas do JB se autodenominam – no Rio de Janeiro. “Estava vendo as pessoas contarem essa história, em especial as mais velhas. Algumas delas trabalharam no JB por mais de 30 anos”, relata. “Percebi que elas não somente foram testemunhas dos acontecimentos, mas também os protagonizaram”. Alguns depoentes na obra não puderam vê-la publicada. É o caso de Carlos Lemos, que foi chefe de reportagem do JB e faleceu no fim do ano passado, e de José Carlos Avelar, que começou na ilustração, mas passou, posteriormente, a fazer críticas culturais.

mulheres a comentar economia. No ano 2000, quando se mudou para Brasília, ela tornou-se chefe da sucursal local do JB e assinava a coluna Informe JB. Para Belisa, a capital federal é muito bonita e tem uma forte vida cultural. “Fico dividida entre o Rio e Brasília, pois tenho mãe e irmã aqui, mas netos no Rio”, conta. Mãe de dois compositores e cantores brasileiros, Gabriel o Pensador e Tiago Mocotó, e avó de quatro netos, Belisa já é veterana na literatura. Nos anos 80, escreveu Bomba no Riocentro, obra em que aborda os acontecimentos e os bastidores que envolveram o suposto

atentado. O intuito dos envolvidos era incriminar falsamente os grupos de esquerda e fortalecer a ditadura militar. Apuração A elaboração da obra Jornal do Brasil – História e Memória demandou meses de pesquisa. Foram mais de 30 entrevistas, sendo 20 delas filmadas para que um DVD com o mesmo título do livro fosse editado. Nas 400 páginas, há depoimentos de conhecidos nomes do jornalismo nacional, como Alberto Dines, Elio Gaspari e Ricardo Boechat, entre muitos outros.

Um dos fatos marcantes narrados no livro revive o momento em que o JB noticiou a instauração do AI-5 e a morte de Salvador Allende na primeira página. “O jornal enfrentou a censura com decisões inteligentes”, avalia Belisa. Ela tece críticas ao jornalismo atual, que, de acordo com a jornalista, perdeu em conteúdo e credibilidade. Para Belisa, os jornais, com o advento da internet, deveriam mudar e adotar um perfil mais analítico e investigativo. “Hoje, um repórter tem que editar, filmar e escrever. Ninguém consegue fazer um bom jornalismo dessa forma”, analisa.

Mudança radical Segundo Belisa, o JB marcou o início de sua carreira. “Fui estagiária no começo da década de 1970”, lembra. Antes de o jornalismo entrar em sua vida, ela era modelo fotográfica e fez alguns editoriais de moda para o próprio JB. Algumas dessas curiosidades, inclusive, são relatadas no livro. Sua decisão pelo jornalismo deu-se após acompanhar o trabalho de uma repórter durante um incidente numa favela no Rio de Janeiro. Uma mudança radical para a antiga modelo, que pensava em seguir carreira como psicóloga ou cantora. Desde então, Belisa passou pelas redações de O Globo, Gazeta Mercantil e Época. Na televisão, integrou a primeira bancada do Jornal da Globo, na TV Globo, e foi uma das primeiras

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Música

Por: Renato Souza | Foto: Divulgação

Todos os

ritmos da cidade O cantor e compositor Sander Venttura expressa, por meio da música, as várias diferenças culturais de Brasília A pluralidade cultural da população brasiliense encontra eco nas canções do jovem artista Sander Venttura. O cantor de 27 anos, nascido em Brasília, usa seu trabalho para destacar ritmos e lugares conhecidos dos moradores do Distrito Federal. Apaixonado pela cultura popular brasileira e pela literatura, Sander está conquistando críticos com sua música, que mescla influências do rock, xote, samba, reggae, ritmos latinos e de terreiro, capoeira e também da nova música alternativa. Morador de Sobradinho, o jovem já teve suas canções apresentadas em eventos como o Festival da Canção de Paracatu e o Festival da Rádio Nacional. “Meu trabalho é bem misturado, uma mistura de povos, de culturas. Isso é consequência da formação do povo brasiliense. Brasília foi criada a partir de identidades de diversos estados e uma parte da cultura de cada canto do país se encontra aqui. Um artista que nasce na capital, conhece um pouco de cada região brasileira”, observa Venttura. Sander conta que suas músicas são desenvolvidas a partir de ritmos muitas vezes diferentes entre si, mas que representam a identidade dos brasilienses. “Tenho canções baseadas no reggae, no samba e em ritmos nordestinos, como o coco e o maracatu. Além disso, tenho composições de rock e de forró, estilos um pouco diferentes dos demais, mas que também agradam o público de Brasília”, completa. O músico tem dividido o palco com artistas consagrados, como Tibério Azul, Móveis Coloniais de Acaju e Ellen Oléria. A vencedora da primeira edição do reality show The Voice Brasil, por sinal, é uma das inspirações do artista para desenvolver o seu trabalho, devido à diversidade cultural da obra da intérprete. “Entre os artistas de Brasília, outra pessoa que me inspira é Alberto Salgado. Admiro muitos os músicos daqui e fico feliz de poder me encontrar com essas pessoas durante os shows”, confessa.

Cenários populares Com o clipe Iracema gravado, Sander está produzindo outros vídeos para serem lançados nos próximos meses. O artista usa cenários muitas vezes desconhecidos para quem é de fora, mas populares entre os brasilienses, para suas gravações. Iracema , por exemplo, disponível na internet, foi gravado na Feira da Lua, de Sobradinho. No plano de fundo, aparecem feirantes da cidade e moradores. O evento é tradicional e muito conhecido pelos habitantes da cidade, devido às apresentações culturais que ocorrem no local, geralmente nos finais de semana. Iracema faz parte do álbum Música de Sol & Raça , que possui, ainda, outras nove faixas que foram lançadas em 2015. Além de Sobradinho, o artista escolheu outros cenários conhecidos dos candangos para seus clipes, como a avenida W3 Sul e a Ermida Dom Bosco. “Eu procuro ressaltar lugares que não são tão divulgados fora do Distrito Federal, mas que ressaltam o cotidiano do povo brasiliense. Quando se fala em Brasília, logo se pensa na Esplanada dos Ministérios, na Torre de TV. Mas eu procurei outros pontos que representam melhor a rotina de quem vive na capital do país”, destaca o artista. Identidade musical Na análise do cantor, apesar de ter pouco mais de meio século de existência, Brasília já começa a definir sua identidade cultural. “A capital é uma criança, ainda, no mundo da música, mas já é possível perceber uma identidade surgindo. Muitas bandas de rock daqui têm características e estilos próprios. Esses grupos, inclusive, estão levando a marca cultural da população do DF para o resto do país. Um exemplo disso é a Plebe Rude, que vem fazendo sucesso desde os anos 80”, analisa. Sander acredita que a capital não está livre de ser dominada por ritmos populares, como ocorre

APRECIE COM MODERAÇÃO

VENDA E CONSUMO PROIBIDOS PARA MENORES DE 18 ANOS 62

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no resto do Brasil. Mas há uma tendência em manter as expressões musicais que destacam a origem da população. “É perceptível hoje o crescimento da música sertaneja universitária no gosto de quem vive em Brasília. Esse é um estilo musical que está predominando no país inteiro. Porém, ao contrário de outros estados, não só o sertanejo tem crescido por aqui. O samba, por exemplo, ganha cada vez mais espaço no gosto dos candangos”, argumenta. Álbum digital A internet é um canal que facilita a divulgação do trabalho de muitos artistas. Foi pensando nisso, que Sander decidiu não focar o seu trabalho apenas no lançamento de CDs e DVDs para serem vendidos de maneira tradicional. Além de todas as músicas estarem disponíveis para acesso e download gratuitos na internet, o clipe Iracema também pode ser acessado no site YouTube. “É uma tendência do novo cenário do mercado musical. Hoje, a velocidade da informação é muito maior do que nos anos passados. Os artistas precisam se adaptar a essa nova realidade e fazer com que seu trabalho chegue mais rápido ao público”, ressalta. Sander destaca que tem um CD físico, mas que sua obra está recebendo maior reconhecimento por meio da internet. “Nós temos uma produtora que lançou o CD. Mas a ideia de lançar um álbum digital surgiu para aproveitar melhor esse acesso livre e fácil que não só a população tem na internet, mas também pela abrangência de público que podemos alcançar. Todas as faixas estão liberadas para o acesso de qualquer pessoa do DF e do mundo que queira escutar, baixar e compartilhar com seu círculo social”, conclui. Serviço: O álbum digital pode ser acessado no endereço: https://soundcloud.com/venttura

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Cultura

Por: Redação | Fotos: Telmo Ximenes e Divulgação

A arte pop de Frida Kahlo

Considerada um dos mais fortes ícones do século XX, a artista mexicana Frida Kahlo é um fenômeno de comunicação, com imagem reproduzida em artigos da cultura pop de todo o mundo. O interesse por sua arte – e também por sua vida – é tão grande, que tem inspirado filmes, espetáculos e até mesmo a moda. Pitadas dessa arte multifacetada e versátil de Frida puderam ser conferidas em vários eventos culturais na capital federal, durante o mês de abril. É o caso, por exemplo, da prestigiada exposição Frida Kahlo – Conexões entre Mulheres Surrealistas no México , que ainda encontra-se em cartaz na Caixa Cultural Brasília. A mostra, que foi idealizada e coordenada pelo Instituto Tomie Ohtake, de São Paulo, traz óleos sobre tela e obras em papel assinados por Frida, além de trabalhos de outras 14 artistas, nascidas ou radicadas no México, totalizando 136 obras. São elas María Izquierdo, Remedios Varo, Leonora Carrington, Rosa Rolanda, Lola Álvarez Bravo, Lucienne Bloch, Alice Rahon, Kati Horna, Bridget Tichenor, Jacqueline Lamba, Bona Tibertelli, Cordelia Urueta, Olga Costa e 64

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Sylvia Fein. Todas tiveram relação pessoal com Frida Kahlo e/ou com o surrealismo.Dentre as 20 pinturas de Frida na exposição, seis são autorretratos. Há ainda mais duas de suas telas que trazem a sua presença: El abrazo de amor del Universo, la terra (México). Diego, yo y el senõr Xóloti (1933), e Diego em mi pensamiento (1943), além de uma litografia, Frida y el aborto (1932). Imagens da artista estão presentes, ainda, nas fotografias de Nickolas Muray, Bernard Silberstein, Hector Garcia e Martim Munkácsi, e na litografia Nu (Frida Kahlo) (1930), de Diego Rivera. A curadora Teresa Arcq destaca que os autorretratos e os retratos simbólicos marcam “uma provocativa ruptura que separa o âmbito do público do estritamente privado”. “Em alguns de seus autorretratos, Frida Kahlo, Maria Izquierdo e Rosa Rolanda elegeram cuidadosamente a identificação com o passado pré-hispânico e as culturas indígenas do México, utilizando ornamentos e acessórios que remetem a mulheres poderosas, como deusas ou tehuanas , apropriando-se das identidades destas matriarcas amazonas”, afirma.

Foto: Gerardo Suter ©2015 Banco de México Diego Rivera & Frida Kahlo Museums Trust

No mês de aniversário da capital, Brasília recebeu exposições, evento de moda e até festival gastronômico inspirados na mais badalada artista mexicana

Frida Kahlo, La novia que se espanta al ver la vida abierta, 1943 – Óleo sobre tela

“Impressiona constatar como estas artistas subvertem o cânone para realizar uma exploração de sua psique carregada de símbolos e mitos pessoais”, observa a curadora. A exposição também inclui uma mostra de filmes dedicados às artistas Alice Rahon, Rara Avis (Bridget Tichenor), Jacqueline Lamba, Leonora Carrington, Remedios Varo e, é claro, Frida Kahlo. O público poderá conferir também diversas vestimentas, acessórios, documentos, registros fotográficos, catálogos e reportagens ligados à artista. Sabores e temperos A rede de restaurantes El Paso também resolveu aderir à “Frida Mania” e apresentou, até o dia 30 de abril, o Movimento Cultural Frida Pop , que incluiu, em sua programação, exposições de arte, moda, festival gastronômico, aula de culinária e degustações de vinhos e tequilas. A chef mexicana Mari Carmen Saenz, uma das responsáveis por tornar a cozinha do México Patrimônio

Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco, criou o Menu Al Gusto de Frida , que traz pratos baseados nos sabores preferidos de Kahlo. Uma das iguarias é o Chile Relleno , pimenta poblana recheada de pernil suíno com legumes. Vale citar, também, o Manchamanteles , braseado de frango e pernil em molho de tomate, pimentas e frutas; e o Dulce de Camote con Piña , um purê de batata doce e abacaxi. Todas essas receitas foram servidas nos almoços e jantares das casas da rede El Paso, durante o Frida Pop . Já restauranter e proprietário da rede de restaurantes, David Lechtig, participou do movimento cultural comandando uma cata , na qual ensinou aos participantes um pouco da história e arte da degustação da tequila, uma das bebidas mais apreciadas por Frida. Olhar artístico A exposição Um olhar sobre Frida , do artista plástico gaúcho Flammarion Vieira, também fez parte do Frida Pop . A mostra é uma coletânea de obras com assemblages em quadros, joias, acessórios e

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Artes 110, 1942, Coleção Goodman ©Carrington, Leonora / AUTVIS, Brasil, 2015

Leonora Carrington, Artes 110, 1942 – Óleo sobre tela

Guarda-chuvas do artista Flammarion Vieira

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desde que comecei a carreira, sempre teve uma pitada ‘fridesca’”, declara. Já a Urban Arts de Brasília participou do Frida Pop com uma coletânea de artes digitais criadas por artistas, designers e ilustradores. São 15 obras com um acervo amplo de técnicas que envolvem foto montagem e pintura digitalizada, com acabamentos de telas em canvas e pôsteres. “Como a arte digital é colorida e intensa, ninguém melhor para representá-la do que a pintora mexicana. Não é à toa que os artistas exploram tanto sua imagem”, diz Henrique Coutinho, proprietário da galeria.

Foto: Gerard Suter ©2015 Banco de México Diego Rivera & Frida Kahlo Museums Trust

decoração, todos inspirados na pintora. “Foi a primeira oportunidade de mostrar na cidade um pouco de minha história com Frida”, diz Flamarion, que é autor da coleção Frida Negra , de 2006, composta por quadros, artigos de decoração e joias objeto construídas a partir da combinação de elementos não convencionais, como madeira, papel, tecido e tubo plástico, pérola, coral, pedras brasileiras esculpidas em forma de flores e fecho em ouro 18 quilates. “Frida Kahlo provou que a arte revigora. Cada pintura realizada a deixava mais forte. Nisso, tenho muito dela”, afirma o artista. Uma mulher à frente de seu tempo, Frida carregava em sua personalidade e arte todas as características capazes de também influenciar o mundo da moda. A estilista brasiliense Fernanda Ferrugem é um exemplo desta tendência e criou peças-chave carregadas da ousadia artística da pintora mexicana. Este trabalho pôde ser conferido em um “espacito” no El Paso do Terraço Shopping. São vestidos de festa com toque retrô e modelos do dia a dia, nos quais o corte é o ponto diferencial, além de um vestido de noiva criado exclusivamente para a exposição. “Estou feliz de ter sido convidada para esta mostra. Tudo o que eu faço,

Exposição Frida Kahlo Conexões entre Mulheres Surrealistas no México Até 5 de junho, das 9h às 21h, na Caixa Cultural (SBS, quadra 4). Agendamento da visita por meio do site frida.ingresse.com. Classificação indicativa livre.

Menu Al Gusto de Frida

Frida Kahlo, Autorretrato con collar, 1933 – Óleo sobre metal

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Turismo

Por: Redação | Fotos: Divulgação

Novidade em Caldas Novas

águas termais naturais. Uma piscina semiolímpica, cascata, sauna natural seca e a vapor, ofurôs com hidromassagem e o bar molhado completam o circuito. Para a criançada, as possibilidades variam de grupos de teatro a espaços exclusivos, como piscinas infantis, brinquedos de madeira, muro de escalada, camas elásticas, cineminha, teatro de fantoches e animais gigantes. Enquanto os pequenos sonham, uma equipe especializada em recreação infantil garante a segurança. Depois de brincarem muito, as crianças podem se unir aos adultos na trilha ecológica do resort . Cercada por mata ciliar virgem e com 1.500 metros de extensão, a trilha permite o contato direto com a natureza e oferece descanso à beira do rio. Há, ainda, a presença dos personagens da Turma Ecologic, formada por cinco mascotes: a arara Cota, o cachorro Henry, a tartaruga Maria, o canguru Sidney e a ursinha Peposa. Para quem não quer caminhar pela mata, mas gosta de atividades físicas, pode aproveitar o complexo esportivo, que agrega duas quadras de areia e uma gramada, além da piscina semiolímpica, com quatro raias.

O Ecologic Ville Resort & Spa by Vivence é o primeiro em Caldas Novas a oferecer o sistema all inclusive. O empreendimento tem 53 mil metros quadrados e uma ampla estrutura de lazer Conhecida por suas águas termais, Caldas Novas (GO) dispõe de uma grande quantidade de hotéis, clubes e espaços de lazer, perfeitos para uma temporada de férias ou um feriado prolongado. Para aqueles que buscam novas experiências e um bom serviço, o Ecologic Ville Resort & Spa by Vivence está pronto a garantir uma estada diferenciada, já que é o primeiro resort do município goiano a oferecer o serviço all inclusive. O empreendimento fica próximo do centro da cidade e a cerca de um quilômetro do centro de compras e pontos turísticos. A facilidade do sistema permite que o visitante aproveite as várias possibilidades nos 53 mil metros quadrados do local sem gastos extras. É só entrar e aproveitar. Há café da manhã, almoço e jantar nos restaurantes Goumert e Fourquilha, tudo incluso. No cardápio, variadas opções, como churrasco, salgados, aperitivos e sorvetes, além de caipirinhas, cervejas, chope, vinhos, refrigerantes e água. No Piano’s Bar, o hóspede tem snacks e uísques nacionais à disposição. “O principal benefício é não ter que se preocupar com surpresas ao pagar a conta no check-out”, assinala Vanessa Morales, diretora operacional da Vivence Hotéis, que atua desde 2008 no segmento

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de hospedagem. O empreendimento é comandado por executivos da construtora Canadá, que tem origem goiana e 40 anos de história. O sistema será válido inicialmente para os períodos de feriados prolongados de 2016 e garantirá a exclusividade do único resort all inclusive da região Centro-Oeste. Os pacotes incluem direito de hospedagem em apartamento duplo e uma criança de até 12 anos, no mesmo apartamento dos pais. O Ecologic Ville Resort & Spa by Vivence conta com 308 apartamentos, entre suítes Luxo e Master, estas equipadas com hidromassagem. Todas as acomodações têm ar-condicionado, frigobar, fechadura eletrônica, wireless gratuito e TV LCD 32’’. Os hóspedes desfrutam, ainda, de uma ampla estrutura de lazer, com piscinas, quadras de esportes, trilha ecológica, parque infantil, brinquedoteca, cineminha, academia, salão de beleza e spa.

O Ecologic Ville Resort & Spa by Vivence também disponibiliza o Centro de Convenções Machado de Assis, perfeito para conferências e eventos. A estrutura, que reúne foyer, salas de reunião, cafeteria, camarins e espaço para exposição de produtos e estandes, comporta até 900 pessoas. Serviço

Entretenimento Entre as opções de diversão, vale destacar o Parque Aquático, com sete piscinas – cinco para adultos e duas para crianças – que prometem relaxamento em suas

Ecologic Ville Resort & Spa by Vivence Endereço: Rua Juscelino Kubistchek, nº 15, bairro Bandeirantes, Caldas Novas (GO) Tel.: (62) 3945-4000 www.vivencehoteis.com.br

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Gastronomia

Por: Redação | Fotos: Divulgação

Le Jardin du Golf: filé ao pesto de baru

Receitas com o

sabor de Brasília No Festival Brasil Sabor, o Primeiro Cozinha Bar oferece espetos de blend de carnes com bacon

A capital federal recebe mais uma edição do Festival Brasil Sabor, que acontece entre 12 e 29 de maio. Participam mais de 80 estabelecimentos do DF, que oferecem menus a preços diferenciados A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) promove mais uma edição do tradicional Festival Brasil Sabor, que ocorre simultaneamente em 22 estados do país. Neste ano, os chefs utilizaram de toda a sua criatividade para criar receitas que trazem como conceitos os quatro elementos da natureza: terra, água, fogo e ar. O intuito é valorizar o processo de produção desde o agricultor até a mesa do comensal. Para o presidente da Abrasel-DF, Rodrigo Freire, esta é a essência do festival. “Brasília recebeu influência de todos os Estados e o Brasil Sabor, nesses 11 anos de evento, tem contribuído para criar uma identidade gastronômica brasiliense”, afirma Freire. “Queremos fortalecer cada vez mais a culinária da nossa capital com ingredientes do Cerrado e valorizar o produtor local”. Em sua 11 a edição, o Brasil Sabor conta com mais de 700 restaurantes participantes em todo o país, sendo 82 somente no Distrito Federal. A escolha do

prato fica a cargo de cada estabelecimento e o menu pode custar R$ 35, R$ 45 e R$ 55, incluindo uma opção de prato principal, mais entrada ou sobremesa. Além disso, o festival doará R$ 1 por menu, que será revertido para uma entidade social. Entre as iguarias servidas, está a pescada ao molho de cagaita e batata rústica, disponível no Empório da Mata (Jardim Botânico). O prato é composto de filé de pescada amarela grelhada ao molho de cagaita, batatas rústicas temperadas com açafrão da terra e brócolis ao azeite e alho. Outra boa pedida é o Camarão do Cerrado, oferecida pelo Bar do Mercado (509 Sul). O camarão é servido na panela de barro com purê de abóbora e pimenta biquinho, acompanhado de arroz com amêndoas laminadas. Já o restaurante Trattoria Peluso (Águas Claras) aposta no escalope de filé sobre crosta de baru com fettuccine Alfredo. No site do festival é possível encontrar estes e todos os outros cardápios oferecidos pelas casas participantes.

Ações paralelas Além da oportunidade de degustar receitas da alta gastronomia a preços acessíveis, os comensais podem aproveitar a promoção Circuito Gourmet. Ao experimentar seis pratos diferentes durante o festival, o cliente pode retornar em uma das casas participantes e repetir o prato escolhido. Para isso, basta completar a cartela de selos contida no Guia de Restaurantes Abrasel-DF, que será distribuído gratuitamente nos restaurantes. O Brasil Sabor conta, ainda, com ações paralelas, como aulas-show gratuitas com chefs renomados da capital, que ocorrerão sempre numa Tenda Gastronômica, montada em pontos estratégicos da cidade. A iniciativa é resultado de uma parceria entre o Senai, IESB e Senac. A primeira aula-show acontecerá no Jardim Botânico, dia 14 de maio, na Feira do Produtor. A segunda será no Guará, no dia 21 de maio, no estacionamento da administração da cidade, próximo à Feira do Guará. A terceira será em Taguatinga, no dia 28 de maio, na Praça do Relógio. No IESB, empresários de Brasília poderão participar da Oficina de Negócios, cujo tema é Gestão produtiva de bares e restaurantes . O evento está marcado para o dia 25 de maio, a partir das 15h, no campus da Ceilândia. Na ocasião, será servido um petisco harmonizado com a linha de cervejas especiais da Brahma Extra: lager , red lager e weiss . Toda a programação é gratuita e com vagas limitadas.

No restaurante Fusion, vale degustar a tilápia ao gnocchi do mar

Empório da Mata: Pescada ao molho de cagaita e batata rústica

Serviço

Festival Brasil Sabor De 12 a 29 de maio Menus a R$ 35, R$ 45 e R$ 55 Informações: www.brasilsabor.com.br ou Facebook.com/Abraseldf

Trattoria Peluso: escalope de filé sobre crosta de baru com fettuccine Alfredo 70

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Nova exposição do artista plástico André Cerino

A cidade e seus nexos urbanos

Cidades | Acrílico sobre tela | 100 x 180 cm | 2014

Cidades | Acrílico sobre tela | 140 x 180 cm | 2013

Cidades | Acrílico sobre tela | 140 x 180 cm | 2013

Cidades | Acrílico sobre tela | 80 x 140 cm | 2014

Cidades | Acrílico sobre tela | 140 x 180 cm | 2014

Cidades | Acrílico sobre tela | 70 x 170 cm | 2014

galeriadearte andrécerino Cidades | Acrílico sobre tela | 140 x 180 cm | 2014

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Galeria

Ateliê

Cidades | Acrílico sobre tela | 140 x 180 cm | 2014 PLANO BRASÍLIA

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Mala sem Rodinha Fotos: Divulgação

Paulo Piratininga Jornalista & empresÁrio

ÁRVORE CENTENÁRIA É ATRAÇÃO EM PORTO DE GALINHAS

HOTEL PRIVÉ DE CARA NOVA O Hotel Privé, primeiro empreendimento da Rede de Hotéis Privé em Caldas Novas (GO), acaba de ganhar nova repaginação em seus 168 apartamentos. A reforma, iniciada em outubro, contou com investimento de R$ 1,7 milhão, valor utilizado para troca de enxovais e configurações dos apartamentos. “A tradição do empreendimento, fundado em 1979, a localização a 800 metros do centro da cidade e a possibilidade de acesso a três parques aquáticos são diferenciais que garantem a atração de hóspedes ao longo de todo o ano. Por isso, precisamos permanentemente investir na modernização das acomodações”, ressalta o gerente comercial Marco Ribeiro. O hotel é uma perfeita combinação entre tradição e modernidade e dispõe de dois apartamentos na categoria Super Luxo, marcados pelo conforto e instalados próximos às piscinas em meio a muito verde. Todas as acomodações são equipadas com TV de LED, ar-condicionado e wi-fi. Os hóspedes ainda têm à disposição um complexo de lazer com seis piscinas de águas quentes, cascatas, bar molhado e uma área infantil com parque aquático, balanço e escorregador. Informações: 0800 62 7575 ou www.hoteisprive.com.br

AS VANTAGENS DE UM SEGURO DE VIAGEM NACIONAL Viajante arca com custos acessíveis para uma cobertura valiosa Vai passar as férias no Brasil; então, não é necessário fazer um seguro de viagem, certo? Errado! Segundo Gelson Popazoglo, diretor comercial da Global Travel Assistance (GTA), poucas pessoas dão importância ao seguro em deslocamentos dentro do próprio país, por acharem que podem contar com o atendimento público ou por terem plano de saúde. A realidade, porém, é outra.

Conta-se que, na África, nos prenúncios da página mais sombria da história da humanidade – a escravidão humana –, um velho sacerdote tribal da aldeia Diola, muito venerado no Senegal, já em seu leito de morte, teria reunido na concha das mãos um punhado de sementes de baobás e as distribuído sob severas recomendações: “Plantem!”. O trecho extraído da obra Pernambuco, Jardim de Baobás, dos autores Antônio Campos e Marcus Prado, remonta à origem da árvore africana que, ao chegar ao Brasil pelas mãos dos negros escravizados, encontrou terreno fértil para se proliferar em quase todo o Nordeste brasileiro. Em Pernambuco, ela é a árvore-símbolo do município do Ipojuca, que concentra a maior quantidade do espécime nativo já catalogado em todo o território nacional. Orgulho para os habitantes da cidade e surpreendente para os visitantes de Porto de Galinhas, que se encantam pela atração majestosa e centenária. Na Rua do Colégio, no distrito de Nossa Senhora do Ó, a 11 km de Porto de Galinhas e a 100 metros da igreja Nossa Senhora do Ó, está o maior espécime da região – com aproximadamente 400 anos e 4,5 metros de diâmetro em seu tronco. Além da grande beleza, os baobás fornecem alimento, água e matéria-prima para roupas, medicamentos, enfeites e doces. O caule gigantesco tem a capacidade de armazenar até 120 mil litros de água. É a perfeita união da utilidade sustentável com a beleza ecológica, da vitalidade com a longevidade. As folhas, as cascas e os frutos foram constantemente usados na alimentação e na medicina popular africana. A polpa do fruto, por exemplo, era aplicada como antitérmico, analgésico e anti-inflamatório.

Franquia abre caminho para viver legalmente nos Estados Unidos Brasileiros estão entre os que procuram o investimento para emigração legal O mercado de franquias, em particular, vem despertando a atenção das classes média e alta latinoamericanas, que buscam novas oportunidades de negócios, segurança e qualidade de vida em uma das maiores economias do mundo. Segundo dados da Globofran, consultoria norteamericana de apoio a novos negócios e empreendedorismo, cresce a cada ano o interesse de latino-americanos qualificados e com renda para emigrar para os Estados Unidos e investir no país. Por ano, a empresa recebe mais de 5,8 mil pedidos de consultas. Levantamento da Globofran mostra que os segmentos mais procurados por investidores latinoamericanos estão na área de serviço. A demanda por franquias de manutenção e limpeza predial, serviços automotivos e negócios de varejo representam, respectivamente, 50%, 20% e 14% dos contratos fechados. Flórida e Texas despontam como os Estados mais procurados pelos empreendedores. Mais informações: www.globofran.com

Informações: (81) 3552-1205 ou www.portodegalinhas.org.br

O plano de saúde nem sempre é a solução, pois a rede credenciada fora da cidade de origem costuma ser bastante limitada e o reembolso não cobre necessariamente 100% dos gastos. A GTA possui oito modalidades de planos: Plus, Vip, Master, Executivo, Melhor Idade, Nacional 6.000, Nacional 18.000 e Nacional 30.000. Existem várias faixas de coberturas, que partem de R$ 1.500 (Plus), R$ 18.000 (Nacional 18.000) a R$ 30.000 (Nacional 30.000). Para uma viagem de 15 dias, as tarifas saem por R$ 17 (Plus) a R$ 83 (Nacional 30.000). Mais informações: (11) 3150-4511 ou www.gtaassist.com.br

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Você conhece o programa IDEALS? O programa IDEALS (Integrated Drama, English, Arts, Language and Science) foi desenvolvido pela Escola Affinity Arts há mais de 10 anos e trata-se de uma imersão de doze horas semanais em inglês. As aulas enfocam conteúdos pedagógicos apropriados para cada faixa etária, com ênfase em linguagem, ciências, matemática, artes plásticas, teatro e música. As atividades lúdicas são envolventes e criativas, permitindo que o desenvolvimento da fluência seja divertido e estimulante. O programa oferece uma complementação abrangente e inovadora às atividades acadêmicas já realizadas na escola regular. A criança não precisa sair da escola atual para viver uma experiência bilíngue de qualidade!

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Mundo Animal

Por: Marlice Pinto | Fotos: Moreno

Sempre cabe

mais um

Lucile Álvares organiza feiras de adoção de animais em parceria com um pet shop

Organizações Não Governamentais organizam feiras para que cães e gatos abandonados ganhem um lar De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem cerca de 132 milhões de animais domésticos nas residências dos brasileiros. Contudo, há ainda um contingente enorme abandonado nas ruas. Mas tem gente que trabalha pesado, para que esses bichos recebam um tratamento adequado. São órgãos públicos, como o Centro de Controle de Zoonoses, Organizações Não Governamentais e até pessoas que, sozinhas, fazem o que pode para ajudá-los. A advogada Lucile Álvares é uma das responsáveis pela ONG Quintal dos Bichos que, em parceria com o pet shop Armazém Rural, organiza, no primeiro e terceiro sábado do mês, feiras coletivas para adoção. Nos primeiros sábados, a feira acontece na unidade da

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Asa Norte (quadra 205) e, nos terceiros, na loja da Asa Sul (quadra 409), sempre das 9h às 15h. “Nós queremos que as pessoas saibam da feira, para que outros protetores também tragam animais resgatados para serem acolhidos”, explica Lucile. A servidora pública Cristiane André, 50 anos, levou a gatinha Maria – que apareceu em sua casa – e os sete filhotes para encontrarem um lar. “Ela é super querida, mansinha, e chora porque quer carinho”, conta a servidora, que preferiu não ficar com a gata devido à rejeição dos outros dois felinos na residência. Para acolher um animal, é preciso antes passar por uma entrevista e preencher um termo de adoção, que tem como cláusula principal o retorno do cão ou gato

à ONG, caso o bichinho não seja bem cuidado. Quem adota, recebe um kit composto por um livro de como ajudar a cuidar do novo amigo, tag de identificação, pasta para o cartão de vacinas e desconto na compra de ração. Para os animais que ainda não são castrados, a Quintal dos Bichos negocia com algumas clínicas veterinárias o valor do processo cirúrgico e os descontos podem chegar a 50%. A alegria de quem adota A dentista Uerdilaine Neres, 27 anos, teve a vida transformada por um cãozinho chamado Tico. Enquanto dirigia em uma avenida movimentada de Planaltina, cidade onde mora, ela avistou o cachorro da raça pinscher . Com medo do cão acabar sendo atingido por um carro, a dentista parou e, com a ajuda da mãe e da irmã, conseguiu levá-lo para casa. O fato ocorreu há 6 anos e, hoje, Laine, como é conhecida, tem mais seis cachorros, além de Tico: Drika, Deise, Pipoca, Salvador, Lindinha e Magrela. “Depois que eu comecei a olhar por esses animaizinhos, o meu mundo passou a ter mais significado”, declara. Outros cães já ficaram sob os cuidados de Laine, mas apenas provisoriamente, até encontrar alguém para adotá-los. Segundo ela, somente as vacinas e castrações dos bichinhos saem por cerca de R$ 300. Mas há outras despesas e seus gastos com os animais chegam a cerca de R$ 600 por mês. “Minha mãe fala que metade de meu salário vai só para os cachorros, mas é exagero”, brinca. Quer ajudar? Participar como voluntário nas feiras de adoção ou ajudar financeiramente as ONGs na compra de ração, por exemplo, pode ser uma boa forma de colaborar com o bem-estar dos animais. A ONG Atevi, responsável por resgatar gatos que ficam na Universidade de Brasília (UnB), organiza bazar e rifas com objetos doados.

Com o dinheiro arrecadado, é possível pagar vacinas e castrações. Ana Teresa França, 45 anos, fundadora da Atevi, conta com o auxílio de 40 voluntários, que cuidam de até 400 felinos. A ONG precisa de ajuda em diversos setores, de lares temporários para pós-operatório e até na divulgação das feiras. Em cada final de semana são adotados, em média, dez gatos.

Ana Teresa França é fundadora da Atevi, que cuida de até 400 felinos

Serviço

Procurando Pets Facebook: www.facebook.com/ProcurandoPetts Instagram: @procurandopets Quintal dos Bichos Facebook: www.facebook.com/quintaldosbichos.animais Atevi Facebook: www.facebook.com/atevipa Tel.: (61) 9963-3479 Proanima Facebook: www.facebook.com/ProAnima www.proanima.org.br Sócio Patinhas Facebook: www.facebook.com/sociopatinhas Tel.: (61) 9187-9656

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Jornalista Aprendiz

Por: Isadora Teixeira – aluna do 5o semestre de Jornalismo do IESB | Fotos: Isadora Teixeira

Coleta seletiva no

DF abrange 17 regiões

As outras 14 regiões administrativas tiveram o serviço cancelado ou interrompido no ano passado; GDF promete reativação em 2018 Ele está em todos os lugares: em casa, na rua, no trabalho, nas estradas, na praia, no mar. Mesmo assim, o lixo passa despercebido por muita gente. A maioria consome e produz, sem sequer imaginar como ou quando os resíduos sólidos irão desaparecer – o que pode durar até quatro mil anos, como é o caso do vidro, segundo a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A coleta seletiva surgiu como alternativa para agredir menos o meio ambiente. Ao separar o lixo orgânico do reciclável, é possível dar vida a adubos e novos produtos, de forma que, diminuindo a quantidade de materiais que demorariam anos para se decompor, a agressão à natureza é reduzida. Em 2014, os caminhões do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) começaram a recolher o lixo já separado na Asa Sul, Asa Norte, Lago Norte, Cruzeiro, Setor Militar Urbano, Brazlândia, parcialmente no Setor de Embaixadas e em alguns pontos da Esplanada dos Ministérios. Em fevereiro do mesmo ano, a atividade foi universalizada para todas as regiões. No entanto, a coleta seletiva no Distrito Federal não teve o sucesso esperado. Pouco mais de um ano depois da ampliação do serviço, em março de 2015, as regiões do Paranoá, Fercal,

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Sobradinho, Planaltina e São Sebastião deixaram de participar do recolhimento separado. De acordo com o SLU, o serviço foi interrompido porque a separação não era feita de forma correta pelos moradores; assim, a autarquia fazia dois tipos de coleta seletiva, sendo uma junto à comunidade e outra nos galpões de triagem. O trabalho dobrado foi uma consequência da falta de continuidade, por parte do governo, das campanhas educativas. Antes de iniciar a coleta seletiva do lixo, o Governo do Distrito Federal (GDF) havia promovido uma dessas campanhas, a fim de conscientizar a comunidade sobre como funciona a separação do lixo reciclável do orgânico e de outros. Porém, o período eleitoral interrompeu a ação. Em dezembro de 2015, outras nove regiões administrativas (RAs) não faziam mais parte da coleta seletiva, porque as empresas responsáveis desistiram do contrato, alegando baixa adesão dos moradores e, consequentemente, menos lucro na venda dos recicláveis. O serviço foi cancelado em Candangolândia, Gama, Núcleo Bandeirante, Park Way (a partir da quadra 6), Recanto das Emas, Riacho Fundo I e II, Samambaia e Santa Maria.

Sorriso é:

Mais de mil catadores vivem do lixo despejado no Aterro do Jóquei

A falta de recolhimento do lixo separado em Samambaia não desanimou a família de Uriel Lucas Figueira, 20. Há oito anos ele, a mãe e o irmão separam o lixo orgânico, o seco e o do banheiro. O processo começou quando a família mudou-se para uma chácara. “A iniciativa surgiu dos meus tios. Eles nos passaram orientações sobre a organização do lixo. Hoje, nós moramos em apartamento, mas continuamos com o hábito”, conta. Aplicação em 2018 A falha do governo acarretou na falta da coleta seletiva em quase metade do DF. O diretor técnico do SLU, Paulo Celso, reconhece que a ausência da instrução correta foi o motivo dos moradores não aderirem ao programa de recolhimento separado do lixo. “A gente não pode jogar a culpa na população, porque o GDF falhou em não investir antes em educação ambiental”, frisa. Um planejamento para reiniciar a coleta seletiva em todas as RAs está sendo elaborado pela autarquia. “No novo projeto, o recolhimento será realizado de forma mista: de porta em porta e de ponto em ponto, dependendo da região”, explica Paulo. A previsão é de que, até o início de 2018, os caminhões da coleta especial já estejam nas ruas das 31 RAs. Para onde vai? O lixo reciclável recolhido pelo governo segue para 16 empresas. Com 11 anos, a Associação Recicle a Vida faz parte da rota do lixo reciclável do DF. O grupo sem fins lucrativos recebe objetos plásticos, metálicos e papéis. “É feita uma triagem, depois o material é prensado e já está pronto para venda”, esclarece a presidente

da associação, Cláudia Maria Alves. São vendidas 200 toneladas de lixo reciclável por mês. Trinta e cinco pessoas trabalham no espaço cedido pelo GDF em Taguatinga; outros 84 catadores levam o lixo reciclável para vender na associação. Além dos materiais deixados pela coleta seletiva do governo, e do vendido pelos catadores independentes, pessoas comuns levam o lixo separado. “Nós também recebemos doações de entidades e tudo que é doado é rateado entre os trabalhadores”, descreve Cláudia. As doações representam 10% de todo o lixo coletado pela associação. Os materiais que não podem ser aproveitados são levados para o Aterro Controlado do Jóquei, conhecido como Lixão da Estrutural. De acordo com o SLU, o local recebe de 750 a 900 caminhões por dia, contendo dejetos e entulhos. São deixados ali, diariamente, 2,8 mil toneladas de lixo orgânico e entre 6 mil e 8 mil toneladas de lixo oriundo de construções. Segundo o último levantamento da Secretaria de Desenvolvimento Humano e Social do DF, realizado em 2014, 1,6 mil catadores vivem do lixo que é despejado no Aterro. Porém, o SLU constatou a presença de 671 catadores em 2012. O futuro do Lixão da Estrutural e das pessoas que sobrevivem do lixo ainda é incerto. Para se adequar à Política Nacional de Resíduos Sólidos, o GDF pretende transformar o lugar em uma central de processamento de resíduos da construção civil. O lixo do DF começaria a ser encaminhado para o Aterro Sanitário Oeste – ainda em construção –, localizado entre Ceilândia e Samambaia, a partir de julho deste ano. O SLU explica que este processo será realizado aos poucos.

Você também pode ter um !

Unidades de atendimento:

61 3037.1212 61 9552.2121 (claro) - 61 8612.1212 (oi)

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CLSW 301 bloco A sala 117 - Sudoeste (Em cima do Habib’s e Pão Dourado)

Em breve na L2 SUL Centro Clínico Linea Vitta

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Vinhos

Antônio Matoso Filho

Um pouco da terminologia

servidor público, apreciador e estudioso de vinhos desde 1982

de degustação de vinhos

Em qualquer degustação técnica de vinhos é comum ouvir uma terminologia muitas vezes incompreendida por neófitos ou por pessoas que simplesmente apreciam vinhos sem a preocupação de se aprofundar em cursos e estudos. Às vezes, acompanhadas da empáfia de algum degustador estulto, essas palavras podem denotar exibicionismo, excesso de preciosismo, exagero. Mas não é. Como qualquer avaliação técnica de algum produto, ao longo dos séculos os avaliadores de vinhos e autores de livros foram adotando palavras específicas que possam expressar as sensações resultantes das análises sensoriais dos vinhos. Assim é que existe um vocabulário um pouco extenso sobre o assunto, e ainda que não oficialmente, muitos termos são reconhecidos mundialmente. Em degustações puramente técnicas e avaliativas, o mais comum é que as impressões que possam ser identificadas nos vinhos pelo avaliador já estejam previamente formatadas em formulários especificamente elaborados para tal e, ao avaliador, basta apenas assinalar a percepção, ou não, de determinada característica. Não vou aqui detalhar todo o vocabulário enológico disponível na literatura, pois não é o nosso objetivo e seria por demais enfadonho. Apresento uma síntese com alguns termos utilizados mais frequentemente, para dar um suporte ao enófilo neófito que não esteja familiarizado com a terminologia e para que não fique completamente alheio ao que poderá ouvir numa descrição da análise de um vinho por um especialista em degustação. O leitor que desejar ampliar seus conhecimentos, poderá encontrar facilmente informações na literatura especializada ou numa simples consulta ao “Dr. Google”, utilizando como argumentos de pesquisa: “glossário do vinho”, “terminologia do vinho”, “análise sensorial de vinhos”. Adstrigente - com muito tanino, que produz sensação de aspereza, secura na boca (semelhante à sentida ao comer-se uma banana ou goiaba verde); o mesmo que tânico ou duro. Amanteigado - normalmente associado aos vinhos brancos de uvas Chardonnay envelhecidos em barris de carvalho e, principalmente, que tenham passado por fermentação malolática; apresentam o odor lácteo de manteiga. Áspero - com excessivas adstringência e acidez (esta um pouco menor). Austero - adstringente ou um vinho muito seco, que não agrada a muitas pessoas.

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Aveludado - macio, remete à delicadeza da textura de veludo e com poucos níveis de tanino. Bouchonnée (do francês “bouchon” = rolha) - com odor de rolha (defeito). Bouquet - conjunto de aromas que se desenvolvem ao longo do estágio do vinho em madeira e/ou do envelhecimento em garrafa. Está presente sobretudo nos vinhos evoluídos. Corpo - a impressão de peso ou plenitude na boca, resultado da combinação de álcool e outros componentes presentes no vinho. Desarmônico ou desequilibrado - que possui exacerbação de um dos componentes gustativos: acidez, taninos ou álcool. Indesejável. Encorpado - vinho que tem muita presença em boca devido aos elementos químicos que aumentam a densidade da bebida. Frutado - vinho onde predomina o aroma de frutas. Grosseiro - mal elaborado, sem elegância, muita acidez ou taninos. Vinho de garrafão. Harmônico - que apresenta perfeito equilíbrio entre os aspectos gustativos, acidez, adstringência e teor alcoólico. Macio - sensação de suavidade ou aveludado na boca. No caso de vinhos doces, também se usa o termo “macio” para falar dos açúcares residuais. Evite usar o termo suave, que na lei do Brasil significa vinho que tem adição de açúcar. Magro - aguado, diluído, deficiente em álcool ou acidez. Persistência - sensação de permanência do gosto deixado pelo vinho na boca (retrogosto) após ser deglutido ou cuspido. Quanto melhor o vinho, maior o tempo de persistência: 2 a 3 segundos nos curtos, 4 a 6 segundos nos médios, de 6 a 8 nos persistentes, e acima de 10 nos muito persistentes. Redondo - vinho na idade correta de ser bebido, equilibrado; vinho com um corpo, acidez, álcool e tanino equilibrados. Desce “redondo”, sem arestas. Suave - o mesmo que ligeiro; fácil de beber; também significa vinho meio-doce (na legislação brasileira, atenção). Tanino - substância existente nas frutas que dá sensação no paladar similar àquela causada ao se comer banana verde ou caju verde, por exemplo. Excessivo em vinhos que ainda não atingiram a idade ideal de degustação. Terroso - característica de aromas e sabores de terra, em alguns vinhos. Em excesso, pode ser considerado defeito.

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Vanessa Mendonça

Propaganda & Marketing

Presidente da Associação dos Profissionais de Propaganda do Distrito Federal

Estamos vivendo um momento único

em nossa atividade E é importante esclarecer que estamos falando dos inúmeros setores que compõem a nossa indústria da comunicação, da propaganda e do marketing. A necessidade de nos desapegarmos aos modelos, às formas prontas de pensar e realizar os nossos trabalhos, nunca foi tão atual. E não é em decorrência do momento econômico e político do nosso país. É pela necessidade de nos tornamos cada vez mais capazes, de sermos criadores de produtos e não apenas de campanhas on line ou off line , de termos espaços nos diversos meios e produzirmos todo e qualquer tipo de material impresso ou de peças on line . É de mudarmos a nossa rotação. Fazermos a nossa empresa girar, independentemente de um job de um cliente de governo ou da iniciativa privada. Simples? Não. Muito difícil, porém vital. A impermanência é a única certeza que temos. Que tal se olharmos para o lado e, sem vaidade ou medo, perguntarmos se juntos podemos criar ou pensar algo que nunca realizamos? Já sei. Você já respondeu: não tem sentido, somos concorrentes ou são negócios diferentes. Bem, proponho que comecemos a exercitar esse pensamento. A Associação dos Profissionais de Propaganda do DF está comprometida com esse pensamento. A união da mídia, da transmídia, o que

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significa dezenas de empresas, agências, veículos de comunicação, fornecedores, produtoras de audiovisual e instituições de ensino. Em que sentido? No sentido da valorização do nosso negócio. E já realizamos muito. Conseguimos reunir centenas de universitários e levar o mercado para dentro das salas de aula nesses primeiros meses. Vamos mostrar que o que fazemos, agrega e muito ao valor das empresas e que somos parte essencial do negócio dos nossos clientes. Além disso, promovemos ações para a conscientização do governo local, sobre a importância da valorização dos profissionais do nosso mercado e das empresas que aqui estão instaladas. O discurso deve combinar com a prática. Só dessa forma teremos chance de acolher os milhares de universitários que se formam por ano e que desejam mais do que qualquer outra coisa uma oportunidade. E de, no mínimo, permitir que esses jovens tenham a opção de escolha em permanecer no mercado de Brasília – a cidade em que moram e amam – e que aqui possam encontrar oportunidades de trabalho e de crescimento profissional. Esse é o horizonte que desejamos enxergar na nossa amada, moderna, linda e inspiradora Brasília, a cidade do nosso coração.

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Diz Aí, Mané “Pra cada um que vota pela filha, pela neta, pela esposa e pela família, eu desconfio que o Cunha tá fazendo todo mundo de refém ali atrás”

“Só quero lembrar que não fui eu quem votei no Temer”

“Acho muito curioso todos esses caras falando ‘minha bandeira nunca será vermelha’ com contas bancárias na Suíça”

“O Brasil ruindo e a gente fazendo piada na internet, é tipo o Titanic afundando e os caras tocando violino”

“Os políticos trabalhando e nós em casa. Isto sim, vai ficar para a história”

“Pelo emagrecimento fácil, sem dieta e academia, eu voto sim!”

COMO CRIAR PERSONAGENS?? CURSO

“Tenho pena dos professores de história, que no futuro terão de explicar todo esse rebosteio”

“Programação da Globo: Bom Dia Impeachment, Mais Você Impeachment, Encontro com Impeachment”

“Nem PT, nem PMDB, eu quero mesmo é BJAVC”

CURSO DE ILUSTRAÇÃO COM FOCO NA CRIAÇÃO DE PERSONAGENS

Período: 07 de Maio - 25 de Junho (8 sábados) Horário: 14h as 17h Investimento: R$650,00 (em até 3x) * Possibilidade de abrir outras turmas outros dias da semana.

com a artista

Amanda Picchi

Mais Informações: 61.3366.2277 Local: SCLS 410 sul bloco “D” loja 20 - Escola Fashion Teen Realização:

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Boa leitura com um bom café Locação, venda e assistência técnica de máquinas para café espresso Brasília: 106 Norte Bl.C Lj. 52 | Tel: 61.3033-1010 Goiânia: Rua 17 nº 64 - St Oeste | Tel: 62.3942 4588

Tá lendo o quê?

Fotos: Telmo Ximenes e Divulgação

David Lechtig Chef e restauranter

Livro O Segredo de Frida Kahlo Autor Francisco Haghenbeck

Em 2014, realizei uma exposição de arte postal sobre Frida Kahlo, em uma das casas do El Paso. Foi um sucesso. Percebi que essa minha admiração pela pintora mexicana era compartilhada por milhares de pessoas. Uma “Frida Mania”. Foi quando me deparei com a obra de Francisco Haghenbeck, que descreve os sentimentos e afetos também levados à cozinha. “Sabores para driblar os dissabores”. Frida registrou receitas, pensamentos, dores e amores, no Livro da Erva Santa. Nesse quase “diário” estão a paixão pela tequila, os pratos preferidos da infância, receitas de jantares e ceias que oferecia aos amantes, amigos e também à morte. Essa obra de Haghenbeck descreve essa mulher intensa, que valoriza o seu país e a vida. Tudo muito evidente em suas obras, trajes e até na comida.

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Atef Aissami Fundador e diretor-geral do Colégio CIMAN

Márcio Menezes Diretor e ator do Coletivo Tombado

Helio Nakanishi Fundador e sócio da Rede Helio de salões

Livro 11 Hábitos em 11 Semanas

Livro Tu não te moves de ti

Livro Os Novos Nômades Globais

Autor Ícaro Alcântara

Autor Hilda Hilst

Autor Jim Mattewman

Em nossas atividades sobre bemestar, convidamos o médico Dr. Ícaro Alcântara, pai de uma aluna, a realizar palestras para estudantes e professores sobre a importância de cultivar hábitos saudáveis. Foi tão interessante entender como simples mudanças podem nos trazer benefícios para uma vida toda, que resolvi me aprofundar no tema lendo seu livro 11 Hábitos em 11 Semanas . Como educador, sei bem que, com ferramentas para uma rotina equilibrada, teremos com certeza um melhor aprendizado.

Estou relendo pela sexta vez essa preciosa obra de Hilda Hilst, Tu não te moves de ti . O texto serviu de base para a primeira peça que dirigi no Coletivo Tombado, em 2011, e agora volto a me debruçar sobre ele para a montagem de Para Mahal, que estreia em maio. A autora constrói três novelas distintas entre si, mas conectadas em linha de pensamento, que tratam sobre as inquietações mais profundas do homem, revelando suas falhas, maravilhas e obscuridades.

Trabalho com uma equipe composta por muitos jovens e sinto necessidade de estar sempre me renovando. Na obra, o autor busca explicar como as organizações estão se reestruturando para maximizar sua força na nova economia e fala, ainda, sobre a gestão dessa nova geração, que desconhece fronteiras, e que está moldando uma nova forma de fazer negócios no mundo. Acredito que o conhecimento é o oxigênio da grande jornada que é a vida.

O “Viva Brasília” é um verdadeiro compromisso. A cada mês, novas entregas renovam a certeza de que a cidade está voltando a pertencer ao cidadão local. Em fevereiro, por exemplo, 120 novos policiais foram nomeados com o objetivo de recompor os quadros da Polícia Civil. Recentemente, a Central Integrada de Atendimento e Despacho (CIADE) descentralizou seus despachos para permitir uma maior capacidade de atendimento dos números 190 e 193. Além disso, houve uma modernização do sistema e um aumento no número de atendentes. A segurança foi fortalecida também com a entrega do posto policial fixo da Estrutural, com atendimento 24 horas e suporte para os 60 policiais militares na região. Já a inauguração da nova iluminação do Setor Comercial Sul transformou um local por muito tempo perigoso em mais um ponto de encontro e ocupação urbana da cidade. Essas e outras entregas mostram que nosso pacto continua forte e que a união entre governo e população segue como ponto principal para que Brasília se torne um lugar mais seguro para viver. Saiba mais em www.vivabrasilia.ssp.df.gov.br.

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Cassiano Teixeira de Morais

Ponto de Vista

médico psiquiatra e especialista em Dependência Química

Maçonaria

em tempos

de crise

A Maçonaria é uma instituição tradicional, com séculos de existência. Apesar de receber a fama de ser uma sociedade secreta, a Ordem Maçônica consagrouse pelo protagonismo social e pela participação ativa em importantes momentos da história mundial (independência dos Estados Unidos e das colônias espanholas, Revolução Francesa e abolição da escravatura) e do Brasil (Inconfidência Mineira, independência do Brasil e Proclamação da República). Personalidades marcantes são sabidamente maçons: Roosevelt, Abraham Lincoln, Benjamin Franklin, Simon Bolívar, San Martin, Dom Pedro I, Deodoro da Fonseca, Frei Caneca, Mozart, Walt Disney, Bill Clinton, dentre outros. Vários desses personagens tiveram parte de sua formação moral advinda da Maçonaria e participaram de forma decisiva em momentos de crise. E o Brasil, está realmente em crise? Sim. Não resta dúvida que atravessamos uma crise econômica, marcada pela retração do PIB, pelo aumento incontrolável da inflação, pelo crescimento do desemprego, além de outros indicadores negativos. A crise também é política. Afinal, a presidente da República, o presidente da Câmara dos Deputados e o presidente do Senado estão sendo acusados de envolvimento com atos ilícitos, crimes de responsabilidade e corrupção. Já temos, inclusive, um processo de impeachment presidencial aberto e o STF analisa pedido de afastamento do presidente da Câmara. A incerteza e o descrédito marcam o cenário político do país. Mas, acima de tudo, estamos no auge de uma crise moral. A corrupção está embrenhada em todas as classes sociais, desde o político que recebe propina, até o cidadão humilde que, além do Bolsa Família, segue trabalhando, mas recusa-se a ter a carteira de trabalho assinada para

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não perder o benefício. A corrupção passa pela sonegação de impostos, pela fraude no ponto eletrônico, por furar fila, jogar lixo na rua ou fazer “gato” na TV a cabo. Tudo isso passa a ser considerado normal e a sociedade reage como se fosse assim mesmo: “Todo mundo rouba, que diferença faz?”. Talvez você esteja se perguntando: “Então, cadê a Maçonaria, que historicamente sempre agiu com protagonismo social em momentos de crise?”. Pois bem, a Maçonaria está onde sempre esteve, trabalhando incessantemente para tornar feliz a humanidade, através do aperfeiçoamento humano. Certamente, você não verá maçons pegando em armas, envolvido em lutas ou guerras sociais. Mas estes continuam cultivando as virtudes, a moral e a ética, esforçando-se ao máximo para corrigirem suas imperfeições e tornando-se cidadãos cada vez melhores e mais úteis à sociedade. Mas os maçons não investem apenas na melhoria de seus membros. Um dos seus principais focos, na atualidade, é a juventude. Importantes esforços têm sido empreendidos nas entidades paramaçônicas (Ordem de Molay, Garotas do Arcos Íris e Filhas de Jó),organizações destinadas à formação moral de jovens. Incutir em rapazes e moças o estudo e a prática de virtudes, é um bem social incomensurável. À primeira vista, pode parecer pouco. E certamente, a maioria das pessoas, imediatistas como são, prefeririam algo mais instantâneo: uma mudança de nomes, uma nova eleição, um plano econômico milagroso... Entendemos que nada disto adianta. O resultado da equação não irá mudar, se não formos capazes de uma transformação profunda na variável moral da sociedade. Que a reflexão moral seja um legado positivo desta crise!

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Cresça e Apareça

CARLA RIBEIRO practitioner em Programação Neurolinguística

Você está

(PNL) e tetracampeã mundial de caratê

no piloto

automático? – Guardo a sensação de que não vivi todos os anos que tenho. Sinto como se não tivesse aproveitado, vivenciado meus 50 anos. Disse Larissa, frustrada. Vivemos uma automatização generalizada que nos impede de vivenciar o momento presente, sem rotular, sem buscar explicações. Viver o momento presente não é exatamente conceituar o que está a nossa volta. Ao contrário, exige que a pessoa se desligue de preocupações com o futuro ou passado, e permita-se sentir o que está experimentando no momento. É claro que, para vivenciar o momento, a experiência precisa estar de acordo com valores que sejam importantes para você, muitos deles inegociáveis, mas a experiência de sair do piloto automático e permitir-se sentir o momento presente torna nossa vivência muito especial. Como sair do piloto automático? É possível? Você acha que é possível, mesmo tendo que cumprir horários, agendas cheias e várias obrigações diárias semelhantes, sair do automático? Com treinamento, isso é viável. Para sair do piloto automático, você precisa se concentrar no que está acontecendo no momento presente. Estar em plena consciência do que está vivenciando. Por exemplo, se você está correndo, ao invés de pensar na chuveirada que vai tomar depois, sinta a sua musculatura, o calor que emana do seu corpo, o vento no seu rosto, o cansaço que começa a exigir repouso, a respiração rápida. Experimente observar, sentir, perceber o que está acontecendo, sem rotular. Essa forma de vivenciar as experiências não significa que você deve abandonar o espírito crítico e engolir qualquer coisa. Ao contrário, os hábitos e as convenções nos impedem de nos revoltar e exigir mudanças, mesmo diante de odiosas injustiças. A ideia para sair do piloto automático é estar 100% presente. Você conseguirá superar dificuldades sem o estresse paralisante. É isso aí! Viva intensamente e seja feliz!

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Justiça

Roberto Caldas Alvim de Oliveira advogado trabalhista em Brasília-DF

Mercado de trabalho

inclusão de todos os cidadãos A Lei n o 8.213/91, que determina um percentual para preenchimento de vagas de trabalho com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência habilitadas para o trabalho, completa 25 anos e ainda encontra algumas dificuldades para a sua aplicação, quer seja pela inércia de parte do empresariado ou pela dificuldade para localização de pessoas para o preenchimento dessas vagas. A referida lei obriga o empregador, com cem ou mais empregados, a ocupar de 2% (até duzentos empregados) a 5% (acima de mil empregados) de seus cargos com pessoas com necessidades diferenciadas ou especiais. Apesar de todo o esforço da fiscalização do Ministério do Trabalho, que orienta e autua a empresa que não aplica a lei, do empenho do Ministério Público do Trabalho em fiscalizar e realizar campanhas para contratação dos beneficiários dessa lei e da Justiça do Trabalho que, com decisões pedagógicas, impõe elevadas indenizações por dano moral individual e coletivo, ainda assim, são várias as dificuldades de a empresa se adequar a lei, às vezes, por sua própria falta de vontade ou por não encontrar no mercado os beneficiários habilitados ou reabilitados para o trabalho. Nos últimos 25 anos, a grande maioria do empresariado já se conscientizou da necessidade de participar do esforço comum de trazer para o mercado de trabalho todos os cidadãos, independentemente da sua condição física, visual, auditiva ou intelectual, desde que habilitados ou reabilitados para essa inclusão.

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Muitas vezes, a busca da mão de obra para preenchimento dessas vagas encontra barreiras, como a falta de órgãos competentes para facilitar a contratação, ou de um cadastro nacional, estadual ou municipal que permita ao empregador recrutar os trabalhadores. Muitos empregadores buscam, de todas as formas, cumprir com a obrigação legal; contudo, não encontram resposta nas Agências do Trabalhador (SINE), nem em anúncios de ofertas de empregos via jornal, internet, emails, enfim, todos os meios eletrônicos, redes sociais e todas as vias hoje existentes para facilitar a comunicação. Quando o empregador busca o cumprimento da lei, mas não encontra trabalhadores habilitados ou reabilitados a ocuparem os postos de trabalho, não poderá ser punido pela fiscalização do Ministério do Trabalho, ou pela atuação do Ministério Público do Trabalho, tampouco por decisão da Justiça do Trabalho, visto que diligenciou, sem sucesso, na busca efetiva do trabalhador com necessidades especiais ou diferenciadas. Cabe ao Estado, como primeiro responsável pela inclusão de todos os cidadãos no mercado de trabalho, efetivar mecanismos de busca dos interessados às vagas de trabalho e criar meios para que a sociedade auxilie na tarefa de reabilitação e treinamento, a fim de permitir a inserção, cada vez maior, de todos aqueles que pretendem construir o seu futuro com um trabalho digno que lhes permita ganhar o seu sustento e de sua família.

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Charge

Eixo Monumental

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