Revista Casa Leblon

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Ano I - Nº 07

Carnaval de rua

Alegria, descontração e celebração. Confira. Gastronomia

No ritmo da folia.

Rio 40°

Dicas de arquitetura e decoração para deixar a casa mais fresca.

Nova York

Descubra os locais mais badalados e interessantes. Indicação de quem vive na cidade.



Editorial


Distribuicao ~

~

A Revista Casa Leblon é distribuída nos seguintes espaços: • Jardim Pernambuco | Condomínios de casa (Alto Leblon) • Residenciais das ruas/avenidas

Periodicidade: mensal | 7ª edição: fevereiro/2014 | Tiragem: 10.000 exemplares Afrânio de Melo Franco Almirante Ferreira Guimarães Almirante Guilhem Alto Leblon Aristides Espínola Ataulfo de Paiva Bartolomeu Mitre Borges de Medeiros Capitão César de Andrade Carlos Góis Codajás Cupertino Durão

Delfim Moreira Desembargador Alfredo Russel Dias Ferreira Doryval Caymmi Félix Pacheco Gabriel Mufarrej General Artigas General San Martin General Urquiza General Venâncio Flores Humberto de Campos Igarapava

Revista Casa Leblon é uma publicação

Diretor Executivo Paulo Roberto Mesquita Diretora Administrativa Rebeca Maia Diretor Comercial Victor Bakker Editora-Chefe e Diretora de Criação Tereza Dalmacio terezadalmacio@idesigncom.com.br Comercial (21) 3471-6799 contato@idesigncom.com.br Repórter Cristiano Kubis | Guilherme Cosenza | Ricardo Oliveira Produção Fabiane Motta Fotografia Hilton Ribeiro | Natália Moraes Revisão Tatiana Lopes Direção de Arte Alessandra Costa Design/Diagramação Rachel Sartori Design Charles Pereira | Renato Passos Foto Capa Natália Moraes Produção Gráfica Grafitto www.idesigncom.com.br Tel.: 21 3471-6799 Avenida Armando Lombardi, 800 | 238 Barra da Tijuca – Rio de Janeiro

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João Lyra José Linhares Leôncio Correia Praça Atahualpa Praça Baden Powell Professor Azevedo Marques Rainha Guilhermina Rita Ludolf Rodolfo Albino Sambaíba Timóteo da Costa Visconde de Albuquerque


Editorial

Eu vou invadir sua praia... Finalmente chegou. Será que 2014 começou mesmo? Férias, feriados, Carnaval... enfim, a vida volta à rotina daqui a alguns dias. Isso é a crença de alguns. Mas há uma grande maioria que já planeja o feriadão da Semana Santa – que vai emendar com Tiradentes –, o Dia do Trabalho, e ainda Corpus Christi, que cai numa quinta, pedindo pra sexta ser enforcada. E nem falamos na Copa do Mundo. A Cidade Maravilhosa é destino de milhões de turistas, que irão conferir esta vitrine internacional. O Rio está nas manchetes dos quatro cantos do planeta. A beleza da cidade gira o mundo em fotos incríveis. Mas estamos prontos? A Zona Sul é destino da imensa maioria: Copacabana, Ipanema e Leblon já são territórios de muitos sotaques. E você, que mora no Leblon, o que sente com essa “invasão” da sua praia? A rede hoteleira cresce. A cidade abriga obras de ampliação que vão garantir mais de três mil quartos, dos já 29 mil disponíveis. Até os Jogos Olímpicos, a expectativa é que esse número pule para 50 mil.

A Embratur estima que, durante a Copa, o turista vá deixar mais de 25 bilhões de reais aqui. O empresário festeja já os bons números do verão. Mas o que essa “invasão” toda traz pra você que vive, trabalha e mora aqui, no Leblon? Recebemos inúmeros e-mails reclamando dos preços, pegando carona na comunidade chamada Rio Surreal, que expõe os absurdos da nossa economia: preços que vão de uma omelete (quase R$ 100,00) ao coco verde (R$ 7,00). Só quebrando muitos ovos para entender essa conta. Além da insatisfação na ponta do lápis, há quem coloque em alto e bom tom: “Quero minha praia de volta”. E você, o que acha? Comunga da insatisfação do médico Iran Silva Rodrigues, que nos escreveu, ou acha que vivemos um bom momento para a economia da cidade? Escreva pra gente. Dê a sua opinião. O nosso e-mail é jornalismo@idesigncom.com.br. Vamos trazer o tema à discussão e publicar na próxima edição: “As duas faces do turismo. O olhar da gente de casa”. Participe. Colabore. Até lá.

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Sumário

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08 Projeto arquitetônico empresarial Sofisticação sem ostentação

12 Carnaval de Rua A zona sul, também palco da folia

16 Tempero do Chef

Gastronomia no clima da maior festa carioca

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19 Recriando Dicas de decoração

24 Fotografia Memória preservada

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12 26 24 30

26 Teatro

Maria Callas em dose dupla

28 Literatura

Conheรงa NY com Pedro Andrade

30 Arte, cultura, shows Programe o seu fim de semana


Arquitetura corporativa

Bianca da Hora

Arquiteta | www.biancadahora.com.br credibilidade e sofisticação foram nossas palavras-chave para a inspiração neste ambiente, onde foram postas duas poltronas Le Corbusier com linhas retas, para da um ar contemporâneo.”

Projeto arquitetônico empresarial

N

o projeto desta empresa de negócios econômicos do Leblon, a arquiteta Bianca da Hora seguiu, nos mínimos detalhes, o desejo do cliente: criar um espaço de trabalho que transmitisse sofisticação, mas sem ostentação. Por ser uma empresa do segmento bancário, era preciso passar muita credibilidade, priorizando também conforto e bom gosto. Para implantar o conceito e chegar ao produto final com toda a eficiência, a arquiteta se aprofundou mais na pesquisa. O setor realiza muitas reuniões com clientes. Portanto, foram levadas em conta, e com um grau de importância elevado, a acústica, a iluminação e a climatização. Foco. Concentração. Conforto. Todas as informações do projeto luminotécnico foram planejadas de acordo com um estudo

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sobre as atividades desempenhadas na empresa. “Pensamos em proporcionar uma sensação

confortável e ao mesmo tempo criar efeitos e realçar detalhes”, declara a arquiteta.

Bianca explica que, já na recepção, a identidade da empresa precisou ser expressada. “A credibilidade e sofisticação foram nossas palavras-chave para a inspiração neste ambiente, onde foram postas duas poltronas Le Corbusier com linhas retas, para dar um ar contemporâneo”, relata.


Arquitetura corporativa

Outra característica deste projeto corporativo é a integração do ambiente social com as salas de reunião. Por isso, algumas paredes foram feitas de vidro. “O vidro traz leveza e enobrece o ambiente. Para maior privacidade, foram colocadas persianas internas, que são acionadas quando necessário”, afirma Bianca. A copa está conectada com uma sala, o que permite pausas para trocar ideias, fechar parcerias e aumentar a possibilidade de surgir um networking entre um café e outro, depois de palestras, treinamentos ou encontros.

Em uma das salas de reunião, a escolha da cor cinza na parede deixou o espaço discreto e elegante. Dois quadros se destacam: o maior é uma pintura original de Burle Marx; e o menor, do artista Ângelo Venosa. Por outro lado, há outro espaço para os empresários se reunirem de uma maneira mais informal, dentro de um lounge, onde a cor branca de fundo seguiu o esquema de cores frias.

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Arquitetura corporativa Para Bianca, no projeto de uma empresa, além de se pensar em ergonomia, otimização de espaços, conforto, estética e acústica, deve-se levar em consideração que são espaços comuns. Por isso, ela aconselha que os empresários atendam todas as especificações para, inclusive, dar atenção à acessibilidade.

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Faça você mesmo

Passo a passo

Trocando uma tomada de parede

A

s tomadas brasileiras são diferentes agora. Algumas têm três pinos, outras têm os pinos grossos. Os aparelhos elétricos também mudaram para o novo padrão. Aí você compra um aparelho novo com o plugue moderno, e a tomada da parede é antiga. Às vezes, um adaptador resolve, mas outras não. E então, o que fazer? Os materiais normalmente necessários ǀ Verifique o tipo de plugue que o aparelho novo tem: dois ou três pinos, normais ou grossos? Dependendo do tipo (se não tem certeza, leve o aparelho ou uma foto dele para a loja de sua preferência, e lá te ajudarão), escolha a tomada certa para o plugue. Preste atenção se a caixa na parede é do tipo 4x2 (retangular, normal) ou 4x4 (quadrada, grande). Informe tudo para o vendedor. Além da tomada que será aplicada na parede, uma chave de fenda e uma chave Phillips serão necessárias. Normalmente isso basta. Se tiver uma chave de teste, será bom (é baratinha).

Preparando a instalação ǀ Antes de tudo: cuidado! Se o quadro de luz de sua casa ou apartamento tiver os disjuntores identificados (cada circuito, um disjuntor), é fácil. Desligue o disjuntor daquele circuito onde está a tomada. Se não estiverem identificados, faça assim: deixe a luz do teto ligada e teste no quadro de luz até apagar. De todo modo, com a chave de teste, veja se há energia na tomada antiga (antes de removê-la). Se o circuito estiver desligado, estará tudo bem, não havendo risco de tomar choque. O trabalho é fácil ǀ Remova a placa de acabamento da tomada antiga; algumas têm parafusos, outras são de encaixe. Depois disso, aparecerão mais parafusos – os que prendem a tomada antiga na caixa da parede. Remova-os também. Se o circuito estiver desligado, não haverá energia nos fios. Por isso, não tenha medo de remover também os parafusos que prendem os fios à tomada antiga. Mantenha os fios separados sempre.

Aplique a nova tomada na caixa da parede usando os parafusos longos que normalmente vêm na embalagem. Alinhe bem a nova tomada, para ficar direitinha, e aperte ligeiramente os parafusos. Aplique a placa de acabamento (com parafusos ou apenas encaixando) e volte ao quadro de luz, religando o disjuntor que você desligou antes do trabalho. Teste novamente com a chave de teste e, se estiver com energia, está tudo certo. Mais uma vitória sua!

Claudio M. Zyngier Especialista em “Faça Você Mesmo” czyngier@multicoisas.com.br

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Carnaval

Baticumbum

Desde o início do mês, o Rio entrou na folia. Muito além dos desfiles das escolas de samba no Sambódromo, com as 19 escolas, nos dias do calendário oficial, o baticumbum é alto, sonoro e pulverizado em toda a cidade. São quase 600 blocos. Haja fôlego. E nesse compasso, a nossa reportagem foi registrar o Carnaval de rua na Zona Sul, uma pequena mostra de tanta folia. Confira. E samba no pé se aprende de pequeno. Prova disso é a alegria desta turminha. As mamães Marcela Vergamini e Roberta Espíndola fantasiaram seus filhos, Eduardo (1 ano) e Giovana (3 anos), de pirata e coelhinha e foram conferir a brincadeira. Para Roberta, isso tudo é muito bom, o bloco é o mais família, e ela se sente segura para brincar com a filhota.

O Carnaval é daquelas festas que aproximam todo mundo. No meio da praça, novas amizades surgem, como de Lucienne Farhi e Isabella Freitas, que pela primeira vez acompanhavam a Banda de Ipanema. As meninas adoraram tudo e elogiaram a organização do bloco.

As amigas Sabrina Ramos e Sheilani Martin, moradoras de Ipanema, adoram Carnaval e, além da folia, veem esse momento crescente do Carnaval de rua do Rio como uma afirmação da identidade carioca, um movimento cultural importante. “A alegria contagia. Esta é a melhor época do ano, em que as pessoas vão para as ruas dispostas a se divertir”, afirma Sabrina.

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Carnaval

Primeiro, sol, mar e um mergulho. Depois, sambar, rir e brincar muito. Foi assim que Alexandre Carvalho, Monique Santos, Fernanda Torres e Alana Melo caíram no samba. O quarteto é folião de carteirinha da Banda de Ipanema. “Espero que neste ano haja mais banheiros químicos e investimento em segurança”, disse Alexandre.

Oscar Ferreira acredita que o Carnaval deste ano seja um aquecimento para a Copa do Mundo. Seu bloco favorito é a Banda de Ipanema e, por isso, comprou a camisa oficial em homenagem aos 50 anos de muita farra e alegria.

O Carnaval de rua da Zona Sul não atrai apenas o carioca. Turistas se misturam com os foliões do bairro, como é o caso desta turma de Santa Catarina: Maria Amélia, Ricardo Mazzorana e Monique Destro. O grupo busca brincar nos blocos mais tradicionais, que têm uma estrada de sucesso e representam a fina flor dos blocos da cidade.

O ensaio da Banda também foi cenário para que os amigos de infância Márcia Helena, Cleuise Alves e Renato Serlião se reencontrassem. Márcia, que mora fora do país, sempre tenta vir ao Rio no verão, para aproveitar as festas.

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Carnaval

Bodas de ouro

e coração no compasso do samba

E

ra um tempo difícil, ditadura militar, quando um grupo de amigos de Ipanema, ainda garotos, criou a Banda de Ipanema. De lá, pra cá, 50 anos, num ritmo de muita paixão, beijo rasgado e muito samba no pé. Naquele tempo, essa meninada não imaginava que faria história, que a Banda de Ipanema viria a se tornar, emblemática, símbolo carioca da alegria e descontração. Buscaram inspiração na Philarmônica em Boca Dura, de Ubá, Minas Gerais. E assim tudo começou, naquele 13 de fevereiro de 1965.

Sem dominar direito os instrumentos de sopro e percussão, e vestidos com ternos brancos, desfilaram na Vieira Souto e Visconde de Pirajá. Mesmo com o Exército nas ruas, apostaram no sonho e colocaram o bloco na avenida. Neste ano, a banda colocou quase 50 mil na avenida, entre eles Paulinho da Viola e a drag queen Isabelita dos Patins. Agora são 70 instrumentos de sopro, entre trompetes, trombones e saxofones, e o batuque dos surdos e bumbos, sob a batuta de três maestros.

Os meninos de outrora, hoje senhores de cabelo branco, estão aí com aquela paixão vibrante de adolescente, de coração ritmado, comemorando um feito: quem quer faz e não espera acontecer. 14


Carnaval A Banda de Ipanema virou referência turística, arrasta multidões e é tombada como Patrimônio Cultural Carioca desde 2004. No primeiro desfile, 130 corajosos deram o pontapé inicial dessa bela construção. Gente com Carlos Drummond de Andrade, Oscar Niemeyer, Leila Diniz e Chico Buarque já marcaram presença na Banda. Dodô da Portela já foi destaque. E para brindar esse meio século de vida: dançar e cantar, cantar, cantar!

Carnaval é a festa mais democrática do país. Ele coloca no mesmo espaço foliões de 1 a 70 anos. Gente de todas as idades traz no peito essa paixão pelos metais, tamborins e cuíca. Veja esta dupla que já brincou dezenas de carnavais: Maria Doralice e Adelir Borges. Com flores na cabeça e leques para espantar o calor de 40 graus, eram só alegria.

Banda de Ipanema Ataulfo Alves Jr. Autores: Rildo Hora - Sérgio Cabral

Vem a Banda de Ipanema / Espalhando alegria / Quero a minha voz / Dento do coral / Viva a vida / E morra a morte / E a moçada de Ipanema / Botou na rua seu carnaval / Barco evoé / Bota prá quebrar Não tem ninguém / Prá me segurar / Peço a vocês / Muita atenção / Prá quem criou nossa louvação Sergio Jaguaribe, Hugo Bidê / Sabino Barroso, Paulo de Goes / Ferdi Carneiro e outos mais / Inscreveram os seus nomes / Na história do Carnaval brasileiro / Salve o povo na rua prá me recompor / Salve a banda que passa e seu fundador / Albino Pinheiro / O maior comandante do nosso carnaval / Salve a Leila Diniz e o Lucio Rangel / Salve o nosso Martinho de Vila Isabel / Eneida muito amor e fantasia / E também a nossa tia / Clementina de Jesus / É fevereiro um turbilhão / Vem companheiro prá multidão / É fevereiro um turbilhão / Vem companheiro prá multidão. 15


Gastronomia

Tempero do chef O LEBLON ENTRA NA FOLIA, E O PRATO ESCOLHIDO ACOMPANHA ESSE CLIMA DE CALOR, EUFORIA E EXPLOSÃO DE ALEGRIA. FEIJOADA. MAS TUDO COM MUITO ESTILO, CHARME E UM CERTO GLAMOUR. AFINAL, O PRATO MAIS BRASILEIRO MERECE UM TOQUE DE REFINAMENTO, SEM PERDER O GOSTO FORTE, GOSTOSO E TÃO NOSSO.

A MESA É FARTA E SELETA. E PARA VOCÊ QUE ESTÁ CHEGANDO AGORA, NESTA SEÇÃO DESFILA A NATA DA GASTRONOMIA CARIOCA. CHEFS RENOMADOS E JOVENS TALENTOS, QUE JÁ CONQUISTARAM O PALADAR DA CLIENTELA. E NESSE CLIMA CARNAVALESCO, DEZ, NOTA DEZ, PARA A EXECUTIVA DO BOTEQUIM INFORMAL, KARLA KEIDE.

Samba. Suor. Feijoada.

A

chef executiva do Botequim Informal, Karla Keide, é daquelas pessoas que seguem o coração. Abandonou a fisioterapia para se dedicar ao que realmente gosta: cozinhar. Escolheu as especiarias, os temperos, aromas, paladar, o segredo da boa mesa. Concluiu o curso de Gastronomia pela Universidade Estácio de Sá. Nos estágios, aprendeu mais, e com os grandes: no Garcia e Rodrigues, no Le Pré Catelan – com o chef Rolland Villard –, com a chef Flávia Quaresma e, em SP, no restaurante Le Brasserie. Bagagem rica, dedicação total, foi convidada para assumir como primeira cozinheira da chef Flávia Quaresma, no extinto Carême. Em seguida, mudou-se para Montreal, no Canadá, onde morou por seis meses e cursou culinária na UQAM (Universidade de Quebec). Chegou a fazer alguns estágios fora e, assim que retor-

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nou ao Rio, assumiu a cozinha do restaurante Design Gourmet, na Barra. Em dezembro de 2009, assumiu o posto de chef executiva da Rede Informal, no Leblon. E lá, serve um cardápio rico, especial, que atende os gostos mais exigentes. A tradicional feijoada do Botequim Informal é a cara do Brasil, mas com um toque de sofisticação muito interessante. É a exaltação das nossa raízes, que bem podia ser tema de enredo e sem atravessar na avenida. A feijoada chega à mesa completa, em caldeirões de barro individuais, e serve duas pessoas. Na casa, um dos mais famosos pratos regionais do país traz torresmo, arroz branco, farofa e malagueta, laranja-bahia ou seleta. Para completar o ritual, paio, carne-seca, toucinho, tudo no caldeirão de feijão.


Gastronomia ingredientes 380 g de carnes de feijoada 720 g de feijão temperado 400 g de arroz branco 240 g de farofa 150 g de couve à mineira 120 g de laranja 20 g de torresmo

arrumando o prato Em uma panela, em fogo médio, coloque o feijão até a metade (duas conchas médias) para esquentar. Coloque as carnes da feijoada na panela, completando com feijão (uma concha média) e deixe ferver. Em outra panela, coloque o arroz quente. Em uma panela, coloque a couve. COLOQUE O TORRESMO POR CIMA DA COUVE. Reserve mais uma panela para colocar a farofa. Em um pires, coloque a laranja (pedaços de 15 a 20 g). Sirva todos os itens da feijoada juntos.

www.botequiminformal.com.br

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Saúde

Evite

a ressaca

P

articipar dos bloquinhos de rua, micaretas e desfiles, em todos os dias do Carnaval, requer muita disposição e preparo físico. Para que desmaios, fraqueza, desidratação, falta de disposição e infecções intestinais fiquem fora da sua lista carnavalesca, alguns cuidados devem ser tomados. Hidratar o organismo é o primeiro passo. Ingira bastante água, água de coco (repositor natural de sais minerais), chás naturais gelados e sucos. Evite refrigerantes, bebidas diuréticas, excesso de álcool e açúcares, pois eles são os vilões da folia, já que prejudicam o funcionamento adequado do

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organismo. Uma grande dica para não cair na armadilha da ressaca é intercalar água ou suco de frutas entre os copos daquela cervejinha gelada. Outra coisa importante é se alimentar bem antes de sair de casa. Para quem for passar os quatro dias longe de casa, a dica é tomar um bom café da manhã com frutas, leite, cereais, queijos magros. O almoço deve ser leve (macarrão sem molho gorduroso, carne magra, uma saladinha são ótimas opções), e de sobremesa, uma fruta. Faça lanches pouco calóricos e evite ficar muito tempo em jejum. Nunca saia de casa de estômago vazio!

Frutas, legumes e verduras serão os grandes repositores de vitaminas, água, fibras e sais minerais, pois ajudam o organismo a se manter bem durante os dias de festa. Portanto, lembre-se de ingeri-los nas principais refeições. Atenção: é importante saber a procedência dos alimentos que você vai consumir fora de casa durante esses dias. Evite espetinhos de camarão, ostras, sanduíches à base de maionese, pois são alimentos altamente perecíveis e podem causar sérias infecções, antecipando o término do seu Carnaval. Curta bastante os dias de folia e cuide bem do seu organismo!


Arquitetura e decoração

Vivianne Pontes

“ Recriando

R

ecriar o que um dia já teve outra função. É assim que Vivianne Pontes, jornalista e designer de interiores, pensa ao realizar seus projetos. Com intuito de cuidar do bem-estar das famílias, Vivianne prepara a casa para que os moradores possam aproveitar cada vez mais o ambiente escolhido para morar. “A casa é o nosso refúgio, o lugar onde queremos descansar. O meu trabalho é fazer com que esse ambiente fique cada vez mais parecido com o seu dono, de forma que ele possa realmente se sentir à vontade ali”. Mineira de Ouro Preto, Vivianne se viu atraída pelo design de interiores desde pequena. “Sempre gostei dessa atividade de cuidar da casa. Fazia isso mesmo sem saber o que de fato era. Morei em mais ou menos 14 casas, então pude desenvolver bastante esse trabalho [risos]”. Mas ela só começou a trabalhar

Jornalista e designer de interiores | www.dcoracao.com Eu sempre recomendo que a pessoa use o que seja do seu gosto. Não há uma fórmula, o certo ou errado, e sim aquilo que faça você se sentir bem.”

na área depois de ter se mudado para o seu atual apartamento. “Como eu tinha acabado de comprar meu apartamento, precisava arrumá-lo sem grandes custos”. Foi então que ela descobriu uma de suas maiores e – segundo ela mesma – mais divertidas atividades: criar objetos a partir de outros.

Ao chegar ao ateliê de Vivianne, é muito fácil notar o seu gosto pela recriação. Logo no hall, podemos ver um pendurador de bolsas feito com torneiras plásticas verdes. “Um dia, passeando pelo Centro, vi essas torneiras. Talvez para sua função original, elas não serviriam tão bem, mas ficaram ótimas

As obras do grafiteiro Toz nas antigas portas de armário.

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Arquitetura e decoração nesse novo papel”. Ao lado do pendurador, obras do artista de rua e grafiteiro Toz, que usou portas de armários velhas como tela. “Eram antigas portas de armário, e o Toz fez esse belo trabalho para mim, renovando e conferindo uma nova imagem”, relata. Ao fundo do espaço, está a mesa de costura, que ganhou nova roupagem nas mãos de Vivianne: agora uma bela mesa de cabeceira. Vivianne conta que o grafite não é mais visto apenas como uma arte de rua. “Esse estilo cresceu tanto que os grafiteiros já tomaram outros pontos no cenário artístico. Muitos deles estudam a fundo a arte e seus princípios. Se há um profissional que hoje em dia está bem valorizado, sem dúvida é o grafiteiro”. Mas Vivianne não usa grafite em todos os seus trabalhos. “Eu uso apenas coisas que agradem o cliente. Se ele gosta de grafite, usamos. Se não gosta, há várias opções, para atender o gosto de cada um”. Outro ponto forte da designer é conhecer seus clientes antes de começar a realizar seus trabalhos, para poder fazer a montagem adequada da casa. “Gosto de saber sobre a profissão, o estilo de vida e os gostos de cada um, para assim poder montar a casa”. Vivianne conta que o público atendido é formado por jovens – geralmente recém-casados ou recém-separados. “Um casal

Pendurador feito de torneiras plásticas.

Como muito do que botamos nas casas somos nós que fazemos, cada peça criada acaba sendo única, e isso traz uma importância maior, pois mais ninguém vai ter uma peça como aquela”. Vivianne Pontes

A antiga mesa de costura ganha uma nova utilidade nas mãos de Vivianne.

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Arquitetura e decoração que acabou de casar, por exemplo, não tem muitas coisas com a sua identidade ainda. Então, faço um determinado tipo de trabalho. Quem chega de algum antigo relacionamento para morar sozinho muitas vezes já traz algumas coisas. Nesse caso o estudo é feito com base no que ele tem”. Explica. O mais importante para a designer, no entanto, é construir peças que façam o cliente se sentir importante. “Como muito do que botamos nas casas somos nós que fazemos,

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Arquitetura e decoração cada peça criada acaba sendo única, e isso traz uma importância maior, pois mais ninguém vai ter uma peça como aquela”. Ela explica ainda que esse público é mais adepto de novidades para a criação da casa. “Geralmente esse público aceita melhor essas novidades, está atrás disso. Mas há também uma grande parcela de outros perfis que procuram esse serviço também”. E para quem vive em lugar muito quente, como o Rio, ela dá uma dica: utilizar as plantas para refrescar o ambiente. “As plantas servem como isolantes térmicos. Como elas usam o sol para a fotossíntese, acabam umedecendo o ar e são ótimas barreiras para os raios solares. Utilizo geralmente em varandas, para deixar o ambiente mais refrescante”. Vivianne também é jornalista. Ela escreve para o Jornal Extra sobre sua especialidade, e ainda tem um blog – dcoração. com – no qual divide experiências e fala um pouco mais sobre esse fascinante mundo do design de interiores. Para encerrar a reportagem, ela deixa uma dica para quem quer começar a montar a sua casa: “Eu sempre recomendo que a pessoa use o que seja do seu gosto. Não há uma fórmula, o certo ou errado, e sim aquilo que faça você se sentir bem”.

O ateliê de Vivianne utiliza elementos antigos para transformar o cenário em um espaço inovador.

Quer saber mais? Visite o blog (www.dcoracao.com)

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Casa.

PubliCações

É ninho. É abrigo. É morada.

Matéria

nossa, que tambÉm É sua. Casa Barra e Casa LeBLon, as reVistas que esbanjam estiLo, Bom gosto e muita personaLidade. Visite a

aV. armando lombardi, 800, sala 238 - barra da tijuCa - rio de janeiro - rj. www.idesignCom.Com.Br | tel.: 3471-6799


Fotografia

Memória

preservada

F

otografia. Arte. Beleza. Mas acima de tudo memória. Registrar, eternizar momentos importantes é desejo de muitos e trabalho de alguns. Hoje, com as novas tecnologias, a fotografia se simplifi-

cou, ficou menos cara e está mais acessível a todos. Mas quem não gostaria de um trabalho mais caprichado, personalizado, feito em estúdio? Como registrar o crescimento do filho, a evolução de uma

www.estudiomomento.com.br

Angela Siemsen, fotógrafa.

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gestação; enfim, fatos do cotidiano com um pouco mais de poesia? Essa forma mais qualificada foi a opção de Fernanda Boorhem, que não só escolheu um profissional para fotografar sua filha, Beatrice, hoje com 11 meses, como faz mensalmente o registro do crescimento dela. Mãe e filha, eternizadas. Ela conta que a cada sessão o trabalho fica mais bacana. “Eu e minha filha estamos mais à vontade na frente da câmera. A evolução é possível”, afirma. A profissional cria um clima familiar, para a criança ficar mais confortável. “As canções da Galinha Pintadinha a deixam bastante animada e sorridente”, conta a mãe. Além disso, ursinhos de pelúcia também deixam o bebê bem descontraído. Fernanda acredita que Beatrice percebe quando é fotografada, mesmo sendo muito nova. Para a mãe do bebê, há muita diferença entre fazer fotos domésticas e contratar um profissional, principalmente pela qualidade do material. “No início do ensaio, ela está bem séria, e no final já faz até careta. Crianças são bastante espontâneas e adoram vestir as fantasias que oferecemos”, conta a fotógrafa Angela Siemsen.


Fotografia Além de fotografar, Angela declara que muitas pessoas a têm quase como um membro da família. Por isso, ela fica feliz em fazer parte desses momentos. “Os comentários que ouço são sempre que, hoje em dia, todo mundo só deixa as fotos no computador, por isso é atrativo imprimir e ampliar, para fazer quadros ou deixá-las em porta-retratos. Assim, a memória fica registrada de uma forma mais especial”, finaliza.

Mãe e filha fotografadas por Angela Siemsen.

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MÚSICA AO VIVO Entregamos a domicílio 25


Teatro

Silvia Pfeifer

na pele de Maria Callas

M

esmo quase meio século após a morte de Maria Callas, considerada a maior soprano do canto lírico, ainda há curiosidade sobre quem ela foi. Prova disso é o espetáculo Callas, dirigido por Marília Pêra, em cartaz no Teatro do Leblon – Sala Fernanda Montenegro, no Rio de Janeiro. No elenco, Silvia Pfeifer (Maria Callas) e Cássio Reis (John Adams) dão vida a uma peça que se passa um dia antes da data que a cantora sofreu um infarto, quando já não ti-

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nha tanta voz para se apresentar e estava bastante solitária. Esse tempo cênico escolhido é justificado pelo autor Fernando Duarte. “A ideia é ela falar sobre toda a sua trajetória. Como já viveu tudo, ela pode falar com propriedade”, explica o roteirista. Por meio de uma imensa pesquisa que fez antes de escrever o roteiro, Fernando descobriu que, antes de morrer, Callas queria fazer uma biografia. Foi aí que ele criou John Adams, vivido por Cássio Reis, um jornalista ami-

go da cantora que a entrevista e prepara uma exposição sobre ela. “Eu pensei em colocá-los em uma galeria, que dá um ar nostálgico, onde ela abriria o coração. Ela era uma mulher muito carente. A Marília Pêra soube dirigir isso de forma brilhante”, afirma o autor. Marília Pêra, que já interpretou Maria Callas na peça Master Class, em 1996, soube resolver a proposta do roteiro com inteligência. O cenário é a exposição que homenagearia a cantora, em que os figu-


Teatro rinos, joias, discos e quadros se destacam. Marília descreve o espetáculo como um “documentário cênico”. Essa ideia é reforçada por projeções que aparecem com legendas e imagens da época. Na linguagem teatral de Callas, há, portanto, um casamento entre a interpretação dos atores e intervenções de efeitos visuais em apenas uma hora. O que ajuda a contar a história de uma maneira dinâmica e prática. Para que se chegasse a esse resultado, Silvia Pfeifer conta que, antes mesmo de receber o texto da peça, já tinha começado a pesquisar sobre a vida da artista. “Estudei a história

das óperas. Fiz aulas de canto, embora eu não cante. Mas queria entender esse universo, e como atriz isso me ajuda até com relação a lidar melhor com a respiração”, afirmou. Sobre ser dirigida por Marília Pêra, ela afirma que talvez seja um fato que nem sabe se vai se repetir. “Espero que volte, mas é uma das mais preciosas oportunidades que eu já tive na vida. Estou muito feliz. A Marília é incrível. A experiência e sabedoria dela, não só como atriz, mas também como pessoa, é admirável”, relata. Além da relação de aprendizado com a diretora, Silvia diz que dividir o palco com seu

parceiro de elenco tem sido maravilhoso. “O Cássio é especial. É difícil a gente encontrar uma pessoa hoje em dia tão genuína, boa, alto-astral quanto ele. Ele facilitou este meu processo de ensaios nesse sentido”, declara a atriz. Essa boa interação dentro e fora de cena é confirmada pelo ator. “A gente é muito parceiro. Acho que teatro você tem que compartilhar. É uma nova família que se cria. A gente divide camarim, conversa muito. Temos uma conexão muito forte na coxia, antes de começar o espetáculo e, no palco, a gente se olha o tempo inteiro. O resultado está sendo prazeroso”, afirma Cássio Reis.

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Literatura

J

ny mapeada

ornalista e comentarista do Manhattan Connection, na Globo News, apresentador do First Look, da rede americana NBC, programa que já lhe rendeu um Emmy, mora há 12 anos em NY e acabou de lançar, aqui no Leblon, na Livraria Travessa, o livro O Melhor Guia de Nova York.

Vale contar que o Pedro, esteve em NY pela primeira vez aos 17 anos. Tempos depois voltou para trabalhar como modelo, conheceu o melhor e o pior da cidade. Passou seus apertos no início, mas construiu uma carreira sólida. 28

Ao longo de mais de uma década, mapeou a cidade, se infiltrou, buscou cada canto e recanto. O livro é um grande roteiro, informações precisas, dicas e gostos pessoais, para quem quer se lançar numa aventura pra lá de interessante. O jornalista conta que sempre foi apaixonado pela cidade. Filmes de Woody Allen, a arquitetura gótica do Chrysler Building, músicas de Frank Sinatra, essas e outras referências nova-iorquinas sempre o atraíram. No lançamento do livro, na noite de autógrafos, fãs, amigos e colegas de trabalho. Entre eles, a atriz Marília Pêra e a jornalista Leilane Nëubarth.


Literatura Um momento especial, no seu país, na sua cidade e no seu bairro. Ele viveu no Leblon por muitos anos. “Eu acho que passear pelo Leblon é como passear pelo West Village. Gosto muito de ir ao BB Lanches, Padaria Lisboa e Talho Capixaba”, declarou. Pedro Andrade mantém um site e um aplicativo (www.pedroandradetv.com) no qual dá dicas não só sobre NY, mas também sobre cultura, arte, entretenimento e moda. Atualizado diariamente, em tempo real, é excelente opção de pesquisa e dicas

interessantes para quem está sempre com o passaporte carimbado.

Foto: divulgação G1

Pedro e a jornalista Leilane Nëubarth.

Marília Pêra.

Lucas Mendes, Caio Blinder e Pedro Andrade na bancada do Manhattan Connection.

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diversão e arte Teatro, cinema, exposições. O Leblon é celeiro da arte, a melhor vibe da Zona Sul, que oferece opção de lazer para todas as tribos. Escolha o seu programa e aproveite o melhor da temporada.

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Teatro

O Príncipe dos Porquês | Teatro do Leblon, Sala Fernanda Montenegro

O Mundo dos Porquês é um pequeno planeta habitado por seres mágicos, inspirados na Língua Portuguesa. Mas esse lugar repleto de curiosidade, gramática divertida e boa ortografia está desaparecendo aos poucos sempre que um adulto responde “porque não” para uma criança na Terra. Para salvar o Mundo dos Porquês, a Rainha da Curiosidade precisa encontrar uma criança corajosa capaz de ajudar o pequeno planeta. É a partir daí que a aventura de Lucas – um menino de 7 anos que nunca saiu da fase dos “porquês” – começa. Sábados e domingos, às 17h. Fora do Normal | Teatro das Artes, Gávea

Fora do Normal, solo de stand-up do humorista Fábio Porchat, traz ao palco observações bem humoradas sobre situações do nosso dia a dia. Uma comédia que aborda temas do cotidiano, como telemarketing, avião e tecnologia em banheiros. Sextas e sábados, às 21h. Domingos, às 20h30. Até 1º de junho. Academia do Coração | Teatro Vannucci, Gávea

Em uma academia muito especial, seis pessoas e um objetivo comum: aprender a viver melhor. Com muito humor e uma forte dose de emoção. Escrito e dirigido por Flávio Marinho – responsável por sucessos de público e crítica, como Salve Amizade, Um Caminho Para Dois, Cauby! Cauby! e a série Abalou Bangu. Quintas, sextas e sábados, às 21h30. Domingo, às 20h30. De 6 de março a 27 de abril.

leção de imagens inclui desde paisagens sublimes, como a que se vê em Alpe di Siusi (1979), com um casal andando em direção às montanhas no norte da Itália, até cenas cotidianas, como Parigi (1972), flagrante de uma mulher fumando sentada em um banco. Outro ensaio, realizado no estúdio do pintor Giorgio Morandi, em Bolonha, mostra objetos transformados pelo artista em suas naturezas-mortas. Terça a domingo, 11h às 20h. Entrada gratuita. Visitas guiadas de terça a sexta, às 17h. Até 13 de abril. A arte na política | Instituto Moreira Salles, Gávea

Perto de completar meio século, o golpe de 31 de março de 1964 inspira novas análises e revisões históricas. Na exposição Em 1964, aberta para o público a partir de 9 de março, no Instituto Moreira Salles, o marco inicial da ditadura militar é o elo entre as cerca de 80 obras reunidas, oriundas de campos variados, como literatura, fotografia, cinema e música. A política, portanto, permeia quase toda a mostra. Estão na seleção páginas e capas da Pif Paf, revista criada por Millôr Fernandes, cuja circulação durou apenas oito números, devido à perseguição do regime – em uma das ilustrações, do cartunista Fortuna, um militar sobre um cavalo despacha em um gabinete. Fotografias do cineasta paulistano Jorge Bodanzky, clicadas em Brasília no momento do golpe, também estão no acervo, assim como registros do cotidiano brasileiro, feitos por Henri Ballot e Chico Albuquerque. Deste último, um dos pioneiros da fotografia publicitária no país, destaca-se uma campanha feita para a Volkswagen em maio de 1964. Há ainda uma seção dedicada à música, em que se ouvem canções de Tom Jobim, Baden Powell, Nara Leão, Ernesto Nazareth e Radamés Gnattali, entre outros. Terça a domingo, 11h às 20h. Entrada gratuita. Visitas guiadas de terça a sexta, às 17h. Até 23 de novembro.

Exposição

Cores da Itália | Instituto Moreira Salles, Gávea

Pioneiro no uso da cor na fotografia em seu país, o italiano Luigi Ghirri (1943-1992) tem sido objeto de uma redescoberta por grandes instituições mundo afora. No Brasil, sua primeira retrospectiva chega ao Instituto Moreira Salles, depois de ocupar, entre novembro e janeiro, a unidade paulistana do mesmo centro cultural. Pensar por Imagens — Ícones, Paisagens, Arquitetura, como foi batizada, reúne 300 fotografias, quase 100 a mais do que na exposição da capital paulista. Provas de impressão, livros do artista e outros objetos ajudam a conhecer a trajetória de Ghirri, que bebeu em fontes distintas, como o neorrealismo italiano, a pintura renascentista e a fotografia americana. A se-

Ricardo Oliveira Envie a sua sugestão para ricardo@idesigncom.com.br

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