Niterói Magazine

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ANO 01 | ED 01 | abril

Casal. Casal com um filho. CasaL com dois filhos...

E a casa cresce junto, sem obras ou reformas.

+ Icaraí

Chão fofo Céu. Mar. Suor. É a turma que pega pesado ao ar livre e, enquanto mantém a forma, sintoniza na “rádio” natureza.

GENTE BONITA. Descontração. VEM PRA PISTA E MERGULHE NA MELHOR NOITE DA CIDADE.

+

Fresquinhos. Vindos da horta. Orgânicos e carregados de conceito. DE VIDA.


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ABRIL 2014

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A casa cresce com a família

22 Quem quer

SUMÁRIO

faz acontecer

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Rir. Rir. E gargalhaAAr...


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acontece aqui

Diretor Executivo Paulo Roberto Mesquita

Diretora Administrativa Rebeca Maia

Diretor Comercial Marcio Ayres | Victor Bakker

Comercial (21) 3500-7926 | 98181-0454 Leonardo Louzeiro

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Editora-Chefe Tereza Menezes (MTB - 513)

É praia,

Reportagem

É malhação

Cristiano Kubis

Fotografia Hilton Ribeiro

Produção Fabiane Motta

Revisão Tatiana Lopes

Direção de Arte Rachel Sartori

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A feira chama você

Design/Diagramação Charles Pereira

Estagiário de design Renato Passos contato@idesigncom.com.br Rua Noronha Torrezão, 24 | 1402 Santa Rosa – Niterói RJ – CEP 24240-185

Sugestão de pauta:

jornalismo@idesigncom.com.br


Editorial

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N

iterói Magazine.

Enfim chegamos, timidamente, podemos colocar assim, mas com a certeza de que será um trabalho permanente, de qualidade e, acima de tudo, de parceria com você. A Revista Niterói Magazine é de toda uma cidade, privilegiando cada recanto, cada morador, cada atividade turística, econômica e cultural, deste município considerado a capital da qualidade de vida no Rio de Janeiro. E não poderia ser menos que isso: Niterói é um dos principais centros financeiros, comerciais e industriais do estado, sendo a 12ª entre as 100 melhores cidades brasileiras para negócios. É o 38º município mais rico do Brasil (dados IBGE). A cidade é o segundo maior empregador formal do estado do Rio de Janeiro.

Entendemos toda essa grandiosidade, mas olhamos também para a cidade acolhedora, nos encantamos com a nossa gente, que valoriza o que e quem é daqui. Assim, a equipe de comunicação da Niterói Magazine é gente da terra. A EditoraChefe, com mais de 30 anos de profissão, aqui nasceu e vive u por muitos anos. Os repórteres, jovens jornalistas, cresceram aqui e aqui vivem. A equipe comercial também navega por estes mares. Gente de Niterói, escrevendo sobre Niterói para quem vive em Niterói. E desejamos contar com o seu apoio, a sua participação. Arte, cultura, lazer, turismo, mercado de trabalho, esporte, sustentabilidade, personalidades, o papel do Terceiro Setor,

o retrato fiel de uma sociedade que vive rodeada por uma natureza exuberante, tudo isso é assunto nosso. A cidade é a segunda do mundo com a maior quantidade de obras projetadas pelo grande mestre arquiteto Oscar Niemeyer e que tem o melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do estado (o terceiro do país). Rica em todos os aspectos, vai nos gerar grandes pautas. E a sua indicação é que fará cada edição especial. Escreva pra gente, o nosso e-mail: jornalismo@idesigncom.com.br. E obrigada pela acolhida. Para esta publicação, que é sua, minha e de quem mais chegar.

Tereza Menezes Editora-Chefe


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A revista é sua

chega para levar informação da cidade para quem vive nela, e a sua participação é fundamental. Aponte caminhos, sugira pautas, indique entrevistados que tenham uma boa história pra contar. Participe. Se você mora em Icaraí e deseja receber a publicação em casa, escreva pra gente. Em breve, moradores de outros bairros também poderão receber a revista no seu endereço. O nosso objetivo é que Niterói Magazine torne-se a Revista de toda a cidade, e para isso precisamos da sua colaboração. Esperamos você. Até o próximo número. contato@idesigncom.com.br www.idesigncom.com.br


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A casa cresce com a famĂ­lia

Casa planejada para crescer com a famĂ­lia

e sem obras


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O

projeto da casa do arquiteto Felipe Araújo é de uma versatilidade ímpar. Planejada para abrigar um casal, foi pensada também para a chegada dos filhos, sem precisar de quebradeira, grandes obras ou qualquer grande mudança. Para ele, o lar tem que atender as necessidades da família, e isso precisa ser muito bem pensado na hora de criar o projeto. “A minha mesmo, foi feita para mim e minha esposa. Agora, com dois filhos, ainda funciona bem. A sala, que inicialmente foi construída para receber muita gente, agora serve de espaço para eles brincarem”, explica.

O arquiteto utilizou painéis de correr – que, fechados, servem para ocultar a cozinha gourmet e os quartos; e, abertos, para transformar tudo em um grande salão. Assim, consegue-se isolar a sala, integrar as pessoas em uma reunião de amigos e modificar o visual e a funcionalidade. “Em um jantar social, eu isolo a sala, mas em churrascos, por exemplo, posso ligar a TV com clipes da internet, abrir o painel da cozinha e integrar com sala e varanda”, completa. Com 37 anos e 11 de profissão, Felipe fala da contemporaneidade: o forte crescimento da indústria tecnológica e sua influência nos projetos de arquitetura. Televisão, computador, home theater, DVD, projetos de

iluminação. Tudo automatizado e controlado por um simples smartphone. “Aqui tenho spots de luz e caixas de som embutidas por todo o teto de gesso da sala. Além disso, minha televisão, o home theater, o DVD e a CPU do computador são ligados a uma central. Assim consigo interligar as funções desses aparelhos”, explica Felipe. No portfólio do arquiteto, mais de 300 projetos, entre eles plataformas, restaurantes, apartamentos, casas e clínicas. Felipe diz que cada cliente é único. Para ele, não importa se vai ser investido muito ou pouco no projeto. Ele, que também é consultor de riscos, afirma que o importante é realizar o desejo do cliente.

Aqui tenho spots de luz e caixas de som embutidas por todo o teto de gesso da sala. Além disso, minha televisão, o home theater, o DVD e a CPU do computador são ligados a uma central. Assim consigo interligar as funções desses aparelhos.

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Painel de correr. Proporciona pequeno ou grande ambiente, dependendo da ocasião. Aqui tem a função de esconder a cozinha da sala de jantar.

O armário-painel com puxador oculto é usado como rouparia e é feito sob medida em marcenaria. Na sua extensão, uma porta de correr oculta a sala dos cômodos íntimos.

A tecnologia é outro artifício nesta casa versátil. Na sala com home theater e CPU, a televisão vira um monitor, que possibilita utilizar tudo de um computador.


ACONTECE aqui

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É

a seção que vai mostrar para você o melhor da noite de Niterói, esta cidade agitada, de gente antenada com o bom gosto, estilo e descontração. Boates, bares, restaurantes, shows, agenda cheia para o público mais eclético. E quem estreia neste palco é Waxy: o Club, o Jardim. O espaço que reúne centenas de pessoas por noite. No coração de Icaraí, é o endereço para diversão, alegria e alto-astral. Mas antes de cairmos na pista, vamos conversar com os donos da casa, saber o que essa dupla esconde, conhecer a sua bagagem e a forma de olhar para tudo isso. Com vocês: Claudia Regina e Ney Caldas. Ela, publicitária por formação. Ele, arquiteto. Ambos empresários. Casados há 30 anos, pais de duas filhas, com um neto e outro a caminho, eles escolheram o agito na maturidade, com toda a sabedoria de quem tem muita estrada percorrida.

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Entrevista

Claudia Regina e Ney Caldas NITERÓI MAGAZINE: Na hora em que a vida pede mais calma, como diz Lenine, vocês se lançam numa nova empreitada. Qual é o segredo de tanta energia? E o que buscam com a Waxy? NEY: Buscamos a troca de energia com jovens de todas as idades, que frequentam o nosso espaço, em busca de diversão e alegria. Isso revigora a alma e o corpo. E nos mantém focados em tudo que ainda podemos construir. Estar na maturidade, no meio dessa moçada, é muito mais que trabalho, é prazer real. NITERÓI MAGAZINE: São quantos sócios nessa casa, e qual é o papel de cada um? CLAUDIA: Somos cinco sócios: Marco Aurélio, que cuida do financeiro; Paulinho, respon-

sável pelo funcionamento da noite; Bruno, da relação com os diversos produtores; e nós dois, que funcionamos como “interface” entre os diversos setores. Somos uma família, cada um com a sua tarefa, sua logística, mas que no final do dia de trabalho, coloca o papo em dia, divide angústias e vitórias, e vibra sempre um pelo outro. NITERÓI MAGAZINE: São dois espaços em um. Como funciona? NEY: O Jardim é um bar com música ao vivo, excelente culinária e bebidas deliciosas. Seu funcionamento se inicia às 20h, e a partir das 23h, quando o movimento da boate começa, os dois ambientes se integram, e as pessoas circulam livremente por toda a casa. É diversão em dose dupla.

Lara Alves toca lines femininos com house, funk, sertanejo, pop rock, entre outros.


15 Ver essa moçada circulando, aproveitando o melhor da casa, na concepção de cada um, transbordando na vibração, nos dá a sensação de conquista nas escolhas que fizemos. NITERÓI MAGAZINE: Muitos ritmos. Público de todas as idades. Essa aposta é o que determina o sucesso da casa? CLAUDIA: Com certeza absoluta. Essa colcha de retalhos colorida, de gente que busca a alegria como ponto de partida, define tudo isso. Eletrônica, pagode, samba, rock, tem ritmo para todas as tribos. E é esse “remelexo”, esse balaio sonoro, que faz da nossa casa a casa de todos. NITERÓI MAGAZINE: Como vocês definem uma noite perfeita? CLAUDIA: Tem algumas sensações que trazemos na alma. Lá atrás, há uns vinte e pouco anos, a noite perfeita era definida pela sandália já pendurada na mão, uma leveza no coração e aquele cansaço que nos levava ao sono dos justos. Sandália na mão ou não, quando vejo essa moçada saindo daqui, dia claro, sorriso estampado no rosto, sei e sinto que a noite foi perfeita para ela. Conheço a sensação. NITERÓI MAGAZINE: O staff Waxy tem um diferencial. O que você aponta como determinante para um trabalho impecável? NEY: Para trabalhar na noite, é preciso amar a noite. Isso é ponto de partida. Depois, o comprometimento de todos,

exercendo atentamente suas funções e ajudando o companheiro, quando necessário. Prazer em servir, atentar para os desejos de quem chegou aqui para se divertir, ser bem atendido e aproveitar a noite. Costumamos falar Família Waxy. Proprietários e funcionários juntos num objetivo único, que é o sucesso. NITERÓI MAGAZINE: É perceptível que o grande ponto de equilíbrio é a família construída. Conte-nos qual o segredo dessas três décadas de união? NEY: Amor acima de tudo e cumplicidade sempre. Ter respeito, carinho e estar ante-

nado com o que acontece com o outro. A escolha lá de trás é feita diariamente, e assim seguimos, felizes. NITERÓI MAGAZINE: Para encerrar, e antes de a equipe de reportagem cair na pista, responda com uma palavra: Waxy é... CLAUDIA: Alto-astral. NEY: Diversão. Depois do papo, Claudia e Ney nos convidaram para conferir um noite Waxy, numa bela sexta-feira, casa cheia e muita gente bonita com vontade de ser feliz.

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A

FESTA É DELAS Entre tantos sábados e domingos de variadas programações, a equipe de reportagem da Niterói Magazine foi conferir uma noite na Waxy. No dia, Baile das Marias. Uma festa temática totalmente dedicada às diferentes mulheres brasileiras. Só para elas, champanhe, tequileiro e adereços para reforçar o look. Comandando o som, belas DJs tocaram house, funk, hip hop e muito mais.

Em homenagem a todas as “Marias” da cidade, a Niterói Magazine quer saber: o que o homem não deve fazer para poder chegar? E quem sabe conquistar?

Andressa Vidal (24 anos), estudante de Direito: “Gosto de homem educado. Tem que ter boa conversa, saber chegar, com elegância”.

Beatriz Abreu (20 anos), estudante de Administração: “Homem bêbado e que fica insistindo não dá. Muito chato”.

Letícia Motta (23 anos), estudante de Ciência da Computação: “Odeio homem que chega encostando muito a mão”.

Adriana Rocha (23 anos), estudante de Jornalismo: “Ser inconveniente é que não pode. O homem tem que entender os sinais. A sutileza é arma poderosa de conquista”.

Tairine Mendes (22 anos), estudante de Radiologia: “Para início de conversa, pelo menos tem que ter bom papo. Saber falar e ter o que falar é primordial”.

Papo gostoso com os anfitriões. Pista cheia. Depoimentos interessantes. O desejo absoluto e legítimo de aproveitar o que a vida tem de melhor. Boa música, amor rasgado, encontros de amigos. Enfim, o que acontece aqui fica aqui – ou não, a escolha é sua. Até a próxima.

Waxy Club e Jardim Rua Miguel de Frias, 270 – Icaraí | waxy.com.br


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É praia,

É malhação

Para muitos, esta é a

praia perfeita

Professor Ulisses, há 3 anos é o responsável pelo treino dessa moçada


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A

cademia a céu aberto. A praia de Icaraí é o local perfeito para manter o corpo em forma e aproveitar o melhor do dia. E não é preciso muito. Com vista e brisa do mar, os circuitos de condicionamento físico oferecem contato direto com a natureza. Faça chuva ou faça sol, muitos moradores já aderiram à prática. Com circuitos espalhados e instalados por toda a orla, as empresas oferecem horários flexíveis e exercícios e condicionamento físico para todos. O professor Ulisses Schifini diz que a procura é grande. “A quantidade de alunos por mês, varia de 200 no inverno a 400 no verão”. Para ele, os circuitos são bastante funcionais para perda calórica, fortalecimento do músculo e prevenir lesões. E ele

complementa: “Na praia, ocorre maior perda de gordura corporal, e por isso o emagrecimento é mais rápido. Trabalhamos muito com a parte aeróbica”. Ulisses faz atividades com o método de estações de exercícios e utiliza acessórios como cones, bambolês e elásticos. Depois do primeiro contato com aluno, o professor troca e-mail com ele, para registrar a forma de trabalho, a condição física e dados sobre saúde. “Os registros são de praxe, como em qualquer academia. E não podemos esquecer: atestado médico é obrigatório”. Com o perfil do aluno, o professor traça o programa de atividades. “O circuito nada mais é do que uma melhora geral, como, por exemplo, coordenação motora, agilidade, flexibilidade,

Fernanda Rodrigues é nutricionista e como aluna e especialista aprova as atividades em circuito.

Aulas: de segunda a sexta, de 07h às 09h e de 18h às 22h.

lateralidade, força, potência e ritmo”, completa. Para perda de peso adequado, o circuito varia dependendo da disposição física de cada aluno. Ulisses afirma que a partir de 40 dias o emagrecimento acontece. “Os exercícios diminuem a circunferência na barriga e aumentam a massa magra”, explica. Outra atividade realizada por Ulisses é o CrossBit, que é uma variação do CrossFit. O professor aplica nas areias de Icaraí o treinamento de alta intensidade para melhorar, a força muscular, a resistência cardiorrespiratória e a flexibilidade. Esse treinamento é muito utilizado pelas forças armadas dos EUA, mas aqui, segundo Ulisses, o que se busca é mais qualidade de vida e não a competição entre os alunos.

Fã admitido de atividades em circuito, André Bezerra, que é fisioterapeuta, indica o treino.


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A feira chama vocĂŞ

Mais que uma feira, um conceito de vida


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P

romover escolhas saudáveis, produção local, uso compartilhado, sustentabilidade, qualidade de vida, zero desperdício e conceito de viver mais e melhor. Mais do que alimentos selecionados ou produtos artesanais, todos esses conceitos são oferecidos na Feira de Relações Orgânicas de Niterói. Realizada toda segunda quarta-feira do mês, ali, na Cantareira, o grupo busca estimular a troca de saberes, venda de produtos orgânicos e artesanais sob uma perspectiva de consumo consciente. Qualquer pessoa é bem recebida para participar da feira. O objetivo dos idealizadores é estimular os pequenos produtores, sejam eles agricultores, artesãos ou artistas, como podemos ver aqui. Na feira: frutas, verduras, compotas, doces, temperos e também artesanato – que vai desde cordões e brincos, passando por gravuras e bordados, até um pequeno brechó.

E tem alimento também para a alma, como a música, a poesia e boas leituras. Aqui se congregam o bem, o encontro e a interação entre gente que vive o consumo de forma consciente e nunca predatória. Um dos idealizadores da Feira de Relações Orgânicas, João Arthur, diz que o maior ganho é a troca humana. “Quase sempre, quando estamos com o estoque cheio de roupas, doamos para os moradores de rua. Esse contato com eles, ambulantes e as pessoas que frequentam a praça é muito bom”, diz. João, que é cineasta, afirma que a feira promove relações contra a tirania e a hierarquia. Segundo ele, a ideia é sempre respeitar a vontade dos outros e também encarar o espaço de uma maneira diferente. “A praça, por exemplo, é um local que pode ser reduto de muitas ações. No nosso caso, colocamos uma caixinha de papelão, toalhas por cima, produtos, e fizemos uma feira. Mostrar que o espaço tem variadas funções permite que outras pessoas façam o mesmo”, explica.

A estudante de Direito da UFF, Monique Torres foge dos produtos industriais na Feira de Relações Orgânicas.

“Falta feiras em Niterói”, é o que diz Maria da Penha.

Consumidora assídua, Monique Torres, estudante de Direito da UFF, acha muito bacana a ideia de uma feira com relações orgânicas. Ela, que compra sempre café, rapadura e doce de leite, entende que é muito bom poder fugir de produtos industrializados. “Essa cultura é pouco disseminada. Aqui a ideologia é ter consciência contra o sistema consumista em que vivemos”. Diferente de Monique, Maria da Penha estava na feira pela primeira vez. “Muito boa essa oferta de produtos orgânicos, são bem mais saudáveis para consumo. A cidade precisa de mais espaços como este, que foge das grandes redes de supermercados”, afirma. A Feira de Relações Orgânicas é formada por produtores-consumidores, na maioria estudantes da UFF. Ela oferece a chance de essas pessoas colocarem à venda, de um modo alternativo, diferentes produtos vindos de Lumiar, Rio Bonito, Serra da Mantiqueira, entre outros.


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Gente que faz... ...a diferença, para ela mesma e a sociedade. Gente que mostra que é possível dar a volta por cima, independente da condição financeira, escolaridade, enfim, da classe social. Gente que soma, multiplica e só divide bons resultados. Você vai conhecer a história de Nilton dos Santos, garagista, que acredita muito no saber, que “viaja” pelo mundo, pela filosofia e nos dá uma lição de vida.

Quem quer

faz acontecer Nilton, afirma já ter lido 600 livros


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A

pesquisa “Retrato da Leitura no Brasil”, do Instituto Pró-Livro, mostra que o número de leitores no país, caiu. Com tantas opções de informação, como internet, televisão e rádio, os brasileiros considerados leitores, em 2011, caíram de 95,6 milhões (55% da população estimada), para 88,2 milhões (50%). Já a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) divulgou, neste ano, que o Brasil está em oitavo lugar no número de analfabetos, isso num rank de 150 países. O país está emparelhado com a Colômbia e Tunísia e atrás da Costa Rica. Na contramão de tantas pesquisas, ele, o Nilton, um trabalhador determinado, que há mais de duas décadas trabalha à noite como garagista e, enquanto a madrugada passa, aprende. Para Nilton, ler é tão importante quanto beber, comer, dormir ou andar. Com silêncio e tranquilidade, entre um tempinho ou outro, ele espanta o sono lendo clássicos da literatura brasileira e estrangeira. Leitor assíduo, ele acumula uma marca de 600 livros já lidos. O gênero que mais o atrai é ficção. Mas o garagista também se interessa por História, romance, poesia, religião, Filosofia e autoajuda. Entre os preferidos dele: A Ciência Sagrada dos Incas (Carlo Ribas); Divina Comédia (Dante), A Gênese (Allan Kardec), A Menina

que Roubava Livros (Markus Zusak), e por aí vai. Nilton conta que ler direciona os pensamentos. “Percebo que algum trecho dos textos é um cantinho de recados”, diz. Para ele, os números ruins sobre a leitura no Brasil se devem ao fato de faltarem estímulos aos alunos nos períodos iniciais da aprendizagem e pelo os altos preços dos livros ofertados no mercado. Também colecionador de DVDs e moedas antigas, com o salário de garagista, de pouco em pouco, com parcelamentos, ele forma sua biblioteca. A vontade de aprender e entender o mundo fez com que ele buscasse a leitura. Outro incentivo foi a coleção de revistas do pai, que ele sempre gostou de ver. Nilton também recebe muitos livros. Gente que acabou conhecendo a sua história vendo-o ler enquanto trabalha. Assim, ele ganha um aqui, outro ali. O nosso garagista tentou fazer faculdade de Biologia, mas a dura jornada de trabalho na madrugada impossibilitou a conclusão. Ainda assim, Nilton diz que tem um sonho. “Quero

ver o povo mais esclarecido, para educar melhor as nossas crianças. Só assim, no futuro, a sociedade será mais consciente de suas necessidades urgentes e, só então, fará da educação o principal modificador de nossa situação sociopolítica atual”. Na casa dele, mais de 200 livros de diversos títulos, 33 suplementos para jornais e 25 revistas científicas e de informação formam a sua biblioteca. Leitor desde 1975, enquanto cursava a 3ª série primária, para ele, a leitura é ferramenta de transformação, do indivíduo e para o mundo. “Ler nos conduz a um mundo paralelo, que existe de fato. Promove um outro olhar contra a nossa parca percepção de como vemos as coisas. Momentos da vida passam a ser percebidos ou sentidos, quando pensamos intensamente na sua existência. Apenas pare no tempo. E ele será visto aos seus olhos. Simplesmente pense, e tudo será mais visível e positivo”, reflete. Assim, Nilton terminou a nossa entrevista.

• Nilton indica: 1 - A Ciência Sagrada dos Incas - (Carlo Ribas) 2 - Divina Comédia - (Dante) 3 - A Gênese - (Allan Kardec) 4 - A Menina Que Roubava Livros – (Markus Zusak) 5 - A Rebelião de Lúcifer - (J.J. Benítez) 6 - Crash – uma Breve História da Economia – (Alexandre Versignassi) 7 - Malinche – (Laura Esquivel) 8 - Quando um Crocodilo Engole o Sol – (Peter Godwin) 9 - Os Mistérios não Explicados pela Ciência – (John Malone) 10 - Os Trabalhadores do Mar - (Victor Hugo)


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Papo-comĂŠdia com Giovanna Fraga

Rir. Rir. E gargalhaAAr...


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I

r ao bar com os amigos ou com as amigas é sinônimo de riso certo. São aqueles momentos, entre um chope, ou um drink, em que se contam histórias engraçadas, fazem brincadeiras, colocam apelidos, conhecem “figuras” hilárias. Aqui na cidade, que oferece uma diversidade de bares, é bem provável que você viva uma experiência dessas. Mas, e quando esse pacato lazer é ofício de alguns? Parece mais uma piada, mas é coisa séria. Ganhar a vida no bar, provocando gargalhadas, é também trabalho para a atriz e comediante Giovanna Fraga. Moradora de Icaraí, ela se apresenta em bares com o seu espetáculo de stand-up comedy, além dos espetáculos em teatros. Formada em Comunicação Social, o negócio de Giovanna é o humor. Para ela, a experiência de se apresentar em bar é muito legal, porque foge da formalidade do teatro, e o público já vai com o intuito de relaxar. “É bom, porque a pessoa vai bebendo, relaxando e, às vezes, até o que não tem graça provoca risada no pessoal. Se você fala um ‘oi’, a pessoa já ri”, brinca. Sobre a diferença entre teatro e bar, ela explica que, no primeiro, há iluminação, palco, acústica adequada. Já o barzinho, muitas vezes, é um local aberto. “Parece até que as risadas são mudas, não tem retorno do público e, por isso, os textos de stand-up

duram menos que em um lugar fechado. Mesmo assim, é muito gostoso. Adoro”, explica. Sobre a construção de textos para as apresentações, Giovanna conta que a inspiração está no dia a dia. Nas notícias em jornais, no contato com as pessoas e até em piadas ouvidas de amigos. Para ela, essa questão do “autobullying” no stand-up é um porto seguro para o comediante. Mas fazer rir é tarefa complicada, e nem sempre fácil de se conseguir. Ela conta já ter ficado em situações difíceis, quando ninguém riu da piada. A comediante acredita que ator tem que saber se virar. “Piada é algo bem doido. Às vezes, funciona muito bem aqui; em outro momento ou lugar, já não funciona. Giovanna faz teatro desde pequena, há 17 anos. Fã de Fábio Porchat, ela ainda se espelha também em Paulo

Piada é algo bem doido. Às vezes, funciona muito bem aqui; em outro momento ou lugar, já não funciona.

Gustavo e Leandro Hassum. Comprometida, a humorista diz que nunca foi desrespeitada em suas apresentações, mas “graças a Deus” já levou muita cantada. “Ainda bem, porque se não levasse, iria ter que apelar para coisas radicais como me atirar embaixo de um ônibus ou mostrar um mamilo no palco, talvez”, brinca. Moradora da cidade, a atriz diz que não troca Niterói por nada. Ela, que já morou 5 anos em Rondônia, viajou por muitas cidades com peças e sempre está no Rio de Janeiro, afirma que o prazer de voltar para cá é muito acolhedor. “Tem problema sim, mas eu saio do meu prédio e falo com um monte de gente. Esse clima só se encontra aqui. Sou apaixonada por ‘Nikity’”. E assim termina o papo-comédia com Giovanna Fraga.


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