Revista UTIL

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Expediente e Editorial EDITORA-CHEFE Tereza Dalmacio terezadalmacio@idesigncom.com.br CHEFE DE REPORTAGEM Leandro Lainetti REPÓRTERES Cristiano Kubis | Guilherme Cosenza Helena Soares REVISORA Tatiana Lopes PRODUTORA Fabiane Motta FOTOGRAFIA Caroline Coelho | Natália Moraes DIRETORA DE ARTE Alessandra Costa DESIGN Rachel Sartori ESTAGIÁRIO DE DESIGN Raphael Verçosa COMERCIAL Alessandro Aquino | aquino@idesigncom.com.br Alessandro Melo | alessandro@idesigncom.com.br Antonio Barbosa | antonio@idesigncom.com.br Bruno Faria | bruno@idesigncom.com.br Daniel Brandão | daniel@idesigncom.com.br José Luiz Sardinha | sardinha@idesigncom.com.br Rafael Menna Barreto | rafael@idesigncom.com.br Renato Teixeira | renato@idesigncom.com.br Wellington Costa | wcosta@idesigncom.com.br

Com você eu vou mais longe... Reúna amigos ou a família, ou ainda apenas você e seu amor. Pode também levar todo mundo ou não, mas a viagem já foi programada, e a UTIL leva você até lá. Roteiros santos, cartões postais, belas cidades para você aproveitar o feriadão da Semana Santa. Pode escolher capital ou interior, pode desbravar o Vale do Café ou a Estrada Real. Praia ou campo? Serra ou metrópole? O roteiro você escolhe, e a UTIL garante viagem tranquila, com muito conforto e segurança. O calendário está cheio de feriados, para você inventar e colocar o pé na estrada em busca de novas aventuras. Embarque com a gente. A UTIL é daquelas companhias que fazem a viagem ser sempre melhor. Voltada para atender quem busca qualidade e excelência de serviços, é a empresa que sabe o que você quer. Visite o site. Curta-nos nas redes sociais. Divida com a gente as suas aventuras. Conte a sua história. Arrume as malas, compre o seu bilhete, porque nossa viagem está apenas começando. Boa viagem! Excelente leitura!

COLABORADORES Ana Adriano | Ana Paula Souza | Désirée Bitencourt Eduardo Favilla | Gizeli Cavalli | Heloisa Rocha | Isabella Carneiro Mário de Barros Filho | Marcos Cailleaux Cezar Patrick de Oliveira | Suellen Ribeiro PRODUÇÃO GRÁFICA Ediouro I DESIGN E COMUNICAÇÃO DIRETORIA Paulo Roberto Jr. | Executivo | pmesquita@idesigncom.com.br Rebeca Maia | Administrativo | rebeca@idesigncom.com.br REDAÇÃO & COMERCIAL Avenida Armando Lombardi, 800, Sala 238 Barra da Tijuca | Rio de Janeiro | RJ CEP: 22640-906 21 3471-6799 | 7887-8284 Os textos veiculados são de total responsabilidade dos autores. TIRAGEM: 30.000 EXEMPLARES FOTO DE CAPA: Marcos Duarte

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ENCONTRO COM contato@idesigncom.com.br

Show A Revista está cada dia mais completa. Mas do que mais gosto são os artistas. Na última edição, fui brindada com Lisandra Souto, Sandra de Sá, Ricardo Blat e muito mais. Já estou aguardando a próxima revista. Ana Lei Mendes, Juiz de Fora

Lembre-se, este espaço é seu. Não deixe de escrever pra gente. Envie uma foto. Conte sua história. Aguardamos a sua participação. Quer saber mais sobre nosso trabalho? Visite o site www.idesigncom.com.br

MAR Moro em Juiz de Fora e fui ao Rio de Janeiro conhecer o Museu de Arte do Rio. Um espetáculo. Gostaria de que colocassem a foto na revista, para mostrar pra todo mundo. Marília Sá Brandão, Juiz de Fora

Saúde em primeiro lugar Queria agradecer à equipe da UTIL por trazer pra gente sempre novidades na área de saúde. Moro num condomínio da Barra e pego o ônibus todos os dias. E nesse vaivém, lendo boas reportagens. Parabéns. Ana Licia Merier, Rio de Janeiro


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ANÚNCIO guanabara diesel Proconve P7, Euro 5, Diesel S10 e BlueTech. Você sabe o que significam e os benefícios que trazem? Desde 2012 todos os caminhões e ônibus vendidos no Brasil têm que atender especificações do Proconve P7, sétima fase do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores, o qual é inspirado no da Europa, o Euro, atualmente na fase 5. Esses novos motores funcionam com um combustível de melhor qualidade, conhecido como Diesel S-10. A sigla significa que o combustível possui teor de enxofre máximo de 10 ppm, que reduz até 80% das emissões de material particulado.

Guanabara Diesel Concessionário de Veículos Comerciais

Para atender a essas exigências, a Mercedes-Benz desenvolveu os motores BlueTec 5, com a tecnologia SCR (Selective Catalyst Reduction ou Redução Catalítica Seletiva). A confiabilidade e performance dos caminhões e ônibus BlueTec 5 fazem da empresa a líder de vendas de veículos comerciais Euro 5 no Brasil. Saiba mais em www.guanabaradiesel.com.br

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Respeite a sinalização de trânsito.


SUMÁRIO 44

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24 responsabilidade social

Reaprendendo a viver

36 saúde e beleza Alimentação saudável

42 util Eu vou e volto

44 capa Nívea Stelman

48 perfil

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Edmundo

50 favelas cariocas Tour na comunidade

52 futebol

Onde estão nossos craques?

60 mundo fashion Hi-lo

64 a util leva você Belo Horizonte

72 turismo Ouro Preto

74 literatura “A Torre”

76 coluna do patrick A verdade liberta

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Com moderação, tudo pode, até chocolate

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le está por toda parte! Altamente calórico, o chocolate é o vilão das dietas, mas pode ser consumido com moderação por pessoas saudáveis. Nutritivo, contém vitaminas, proteínas, gorduras, sais minerais (cálcio, magnésio, ferro, fósforo e zinco), caroteno, vitaminas E, B1, B2, B3, B6, B12 e C, alto teor de antioxidantes denominados flavonoides (em especial, o ácido gálico e a epicatecina) e de substâncias precursoras da serotonina – responsável pela sensação de prazer e bem-estar. Alguns estudos demonstram que os antioxidantes presentes, principalmente no chocolate amargo, combatem os radicais livres, retardando assim o envelhecimento e ajudando a diminuir os níveis de LDL (o “mau” colesterol) no sangue. O chocolate ao leite e o branco são os menos recomendados, devido à presença de gorduras saturadas oriundas do leite. Mas para quem não resiste, o ideal é até 50 gramas por dia.

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O chocolate diet pode ser uma ilusão, pois como não contém açúcar, o seu teor de gordura precisa ser maior para que seja preservada a mesma consistência. Portanto, em alguns casos, chega a ser mais calórico que o chocolate comum. Por isso, o ideal é que ele seja somente indicado para os pacientes com diabetes. Já o light realmente possui menos calorias. Esse hábito deve ser desestimulado nas crianças de qualquer idade, devido ao alto teor de açúcar e gordura. Quanto mais cedo ela comer chocolate, pior! Nenhum estudo científico comprova a relação entre a acne e o consumo de chocolate. No entanto, alguns dermatologistas afirmam que esse hábito pode piorar a propensão já existente num indivíduo. O chocolate pode causar dependência, por conta da presença de três substâncias: teobromina, cafeína e feniletiamina. História O costume de presentear com ovos na Páscoa teve seu início há cerca de 3.000 anos, com os chineses, que comemoravam o início da primavera no Hemisfério Norte, oferecendo ovos de pata e galinha pintados em cores fortes. O ritual pagão celebrava a volta à vida, após um inverno rigoroso e os longos meses em que a natureza permanecia coberta de neve. A data coincide com a Páscoa cristã, que marca a ressurreição de Cristo. Com o tempo, o costume se espalhou pelo mundo, e outros materiais substituíram o ovo animal, como a madeira e as pedras. Em meados de 1828, o desenvolvimento da indústria de chocolates na Inglaterra consolidou o produto como matéria-prima nesta época. No Oriente, no entanto, os ovos de chocolate ainda não foram totalmente incorporados à cultura.

Dra. Heloisa Rocha Cardiologista especializada em Medicina Ortomolecular heloisa_rocha@hotmail.com

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Saúde e Beleza | Dra Heloisa Rocha

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COMO QUEIMAR AS CALORIAS (de 100 gramas de chocolate ao leite) Andando: 89 minutos a 5 km/h Nadando: 60 minutos em velocidade média Correndo: 57 minutos a 5 km/h Hidroginástica: 48 minutos Valores calculados para uma pessoa de 70 kg.

Chocolates mais calóricos (calorias/100 gramas) Chocolate crocante: 553 Chocolate branco: 550 Chocolate ao leite: 540 Chocolate amargo: 537

C AROLINA FERRAZ


Fotodepilação: a mais nova arma do mercado estético


Saúde e Beleza | Fotodepilação

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brasileiro é muito vaidoso. E por isso, são muitos os tratamentos para atender toda essa preocupação com o corpo e a aparência. Hoje o mercado da beleza já é o segundo maior do mundo, e apenas no ano passado ele movimentou R$ 137 bilhões no país. E não para por aí não. Nos últimos 10 anos, esse mercado cresceu 20% e só dá sinais positivos para o crescimento continuar. Então, para atender os desejos desses milhões de vaidosos, o mercado tem de se renovar a cada instante. Por isso, a mais nova sensação entre os homens e as mulheres é a fotodepilação. Diferentemente do laser e da cera quente, essa tecnologia utiliza a luz intensa pulsada (LIP) para acabar com pesadelo cabeludo e retirar os pelos de forma rápida, sem dor e com melhor custo-benefício. Empresária do ramo, Rosa Menezes explica por que a fotodepilação é diferente dos outros métodos. “A depilação a laser é absorvida por uma camada mais interna da pele e chega a atingir os terminais nervosos. Já a luz pulsada é mais superficial e, por isso, não dói. Além disso, como a fotodepilação emite uma energia luminosa mais branda, ela provoca menos efeitos colaterais em relação a queimaduras e manchas”, completou. Essa tecnologia está há três anos no Brasil e já ganha espaço. Com uma média de 10 a 12 sessões, a cada 30 dias, a depilação faz efeito, aproximadamente, 15 a 20 dias após a primeira sessão. Segundo Rosa, o tratamento depende muito da genética do cliente e características hormonais de cada um. “Geralmente, homens e mulheres respondem diferentemente ao tratamento”, explica. A empresária comenta que o tratamento faz sucesso entre os clientes. Ainda de acordo com ela, eles gostam muito resultado e afirmam que é infinitamente melhor que os outros métodos mais conhecidos no mercado. Ela revelou que possui cerca de 1.000 pessoas cadastradas em seu centro de fotodepilação. Mas apesar do sucesso, a especialista no assunto disse que é preciso tomar cuidado com a qualificação do operador da máquina e com a higiene. “Cada empresa deve fazer o treinamento dos seus profissionais. De modo geral, são operados por esteticistas, fisioterapeutas ou um profissional da área de depilação”. Sobre a higiene, Rosa frisou a importância de tudo ser descartável. “As vestimentas do operador, lençol da maca, espátulas, entre outros, têm de estar muito bem higienizados. A sala também deve estar limpa e higienizada com álcool, garantindo uma não contaminação do cliente”. Outros cuidados também foram citados pela empresária. Segundo ela, o método é contraindicado para pessoas diabéticas, que têm vitiligo ou psoríase. Também deve ser evitado pelas pessoas de pele negra: “Pela quantidade de melanina, além do pelo, a pele também pode absorver a luz, provocando queimadura”, explicou. Ela ainda finalizou dizendo que pessoas de pelo branco e louro não têm melanina suficiente para absorver a energia necessária para tornar o tratamento eficaz.

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Implantes dentários: Mitos e Verdades

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implante dentário está se tornando cada dia mais simples, e as pessoas, que antes tinham medo de realizar o tratamento, já começam a se planejar para realizar o sonho de voltar a sorrir e mastigar sem medo. Porém, muitas são as perguntas e dúvidas sobre o implante. O que é implante dentário? Implante dentário é um cilindro (pino) de titânio colocado dentro do osso, abaixo da gengiva e que tem a função de fazer o mesmo papel da raiz do dente. Em cima do implante é que o cirurgiãodentista coloca o dente. Quais são os fatores que contraindicam um implante dentário? A principal contraindicação é a instalação de implantes dentários em crianças antes da fase final de crescimento. A quantidade óssea disponível pode indicar a necessidade de reabilitação com enxertos

antes do implante, bem como outros fatores que, de uma maneira geral, apenas contraindicam temporariamente ou diminuem a margem de sucesso. Pode ocorrer rejeição com implantes? Não, não existe rejeição dos implantes pelo organismo. Os implantes são feito de titânio, que é um material completamente inerte ao osso, ou seja, biocompatível. Isso quer dizer que o organismo não percebe o implante como um agressor e sim como o “próprio osso” e se integra a ele. A isso chamamos de osseointegração. O que pode ocorrer é uma falha nessa osseointegração, geralmente devido a problemas na cirurgia, no pós-operatório, pela qualidade do osso, mas não por rejeição. Pacientes que não têm osso podem receber implantes? Podem. Mas como já comentado, podemos precisar de um procedimento de regeneração óssea


Saúde e Beleza | Implantes

anterior à colocação do implante ou até em conjunto com a colocação do implante. Qual a taxa de sucesso dos implantes dentários? O índice de sucesso é em média de 98%, ou seja, em cada 100, poderemos ter problemas apenas em dois. Apenas pacientes fumantes ou que façam uso constante de álcool têm essas médias diminuídas para aproximadamente 85% de sucesso. Quantos implantes são necessários em um paciente que não tem nenhum dente? Depende do tipo de trabalho que for indicado. Na na parte superior, no mínimo quatro; na região inferior, no mínimo dois. Essa diferença no número de implantes se deve ao fato de que o osso da arcada superior (maxila) é menos denso do que o osso da arcada inferior (mandíbula). Dói colocar implantes? Não, a colocação de implantes é indolor. A anestesia é local, exatamente a que se toma para fazer qualquer tratamento dentário. Com a técnica correta, essa anestesia tem que ser completamente eficaz. O pós-operatório é tranquilo, recomendando-se analgésico, antibiótico, anti-inflamatório e repouso. Por Drª Désirée Bitencourt (CRORJ 26051) e Dr Eduardo Favilla (CRORJ 20627 )

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Sem medo de envelhecer Envelhecer é inevitável. Mas graças aos avanços da medicina, surge uma esperança para um envelhecimento saudável e livre de doenças próprias dessa fase. Não precisamos mais chegar à melhor idade como nossos pais e avós, sofrendo de males como câncer, diabetes, infarto, AVC, osteoporose, depressão, Alzheimer, decrepitudes, fraquezas, impotência sexual, apenas aguardando a morte chegar. Agora é diferente: envelhecer com qualidade de vida é possível para todos. O envelhecimento começa aos 28-30 anos de idade, com a diminuição dos hormônios anabólicos. Com isso, as nossas células-tronco vão “dormir”. É quando começa a fase catabólica hormonal, que piora o envelhecimento. Isso acontece para todos, está programado em nosso DNA. Portanto, envelhecemos quando diminui a fabricação de nossos hormônios, o que reduz a imunidade e aumenta a propensão ao câncer e doenças cardíacas.

Fato importante: homens de 40 anos têm queda de 30% de testosterona e taxa elevada de probabilidades de ter infarto e câncer a partir dessa idade.

Mulheres após 30-35 anos têm redução das taxas de progesterona e aumento da TPM, envelhecimento, flacidez da pele, depressão, osteopenia (diminuição da massa óssea), cisto de ovários, endometriose. Também aumentam as chances de infertilidade e ocorrência de câncer de mama. A partir dos 45-50 anos com a queda hormonal ainda maior, além de perderem a saúde, homens e mulheres também vão perdendo a beleza e os caracteres sexuais normais. O corpo já começa a ficar disforme, envelhecido, sem atrativos. Malhação e cirurgia não são mais eficientes, pois os hormônios, que são a parte mais importante, não estão mais em sua plenitude.

N ão esqueça: sem saude não existe beleza, e como já dizia o poeta Vinicius de Moraes,“ beleza é fundamental” .

Por Dra. Fátima Furtado Medicina Ortomolecular Antienvelhecimento Emagrecimento Detox


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Sabe aquela dorzinha nas costas? Tem tratamento Por Gizeli Cavalli Fisioterapeuta

A dor nas costas é um termo popular, mas na medicina ela pode ser chamada de cervicalgia, dorsalgia e lombalgia, de acordo com o segmento da coluna acometido. As principais características são contraturas musculares e rigidez das articulações intervertebrais, e em casos mais graves, podem ocasionar a hérnia de disco, que é uma ruptura estrutural em um dos discos da coluna e ocorre mais nas partes cervical e lombar. A postura inadequada, o estresse e falta de atividade física são os maiores responsáveis pela dor. Eu, como fisioterapeuta recomendo: é bom fazer exercícios que fortaleçam a musculatura da coluna e do abdômen. A musculação e o pilates, por exemplo, sempre devem ser feitos com orientação de profissionais capacitados. A reeducação postural global (RPG), também é recomendada como prevenção da má postura e para combater as dores. A má postura pode agravar problemas na coluna, e é resultado do mau condicionamento físico e um reflexo do corpo que, em atividade diária, não consegue sustentar o próprio peso, sobrecarregando os músculos e articulações. Procure seu fisioterapeuta.


IvanaCarneiro

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Reaprendendo a viver

Por Guilherme Cosenza

Você acorda de manhã, levanta e vai tomar o café, olha o sol radiante na rua, põe uma roupa de banho, entra no carro e dirige até a praia. Chegando lá, desce do carro, corre para atravessar a rua, passa pela ciclovia, chega à calçada desce as escadas até a areia e sente-a queimar os pés. Anda mais depressa, deixa as roupas embaixo do guarda-sol e dá um delicioso mergulho no mar. Essa realidade pode parecer muito simples, porém muitas pessoas parariam essa ação na calçada. No Brasil, cerca de 50 milhões de pessoas sofrem de algum tipo de deficiência que as impossibilita de fazer qualquer tipo de movimento. Pensando nisso, Ricardo Gonzalez e Fabio Fernandes, começaram o projeto de acessibilidade “Praia para Todos”. Os dois idealizadores sofreram acidente de carro que os deixaram tetraplégicos. Acostumada a surfar e se exercitar, a dupla se sentia muito desanimada ao se deparar com a praia e suas impossibilidades. Segundo Nena Gonzalez, mãe de Ricardo, o filho se sentia mal, pois era necessário o auxílio dos amigos para entrar na água: “O Ricardo se sentia incomodado, era necessário que quatro amigos o carregassem até o mar, e isso o constrangia, pois achava que estava sendo um peso para eles”. Com isso, a dupla começou a pesquisar, e juntos descobriram novas maneiras de aproveitar as praias. “Vimos que em diversos lugares do mundo, as praias tinham esteiras adaptadas para as areias sobre as quais a cadeira de rodas pode passar, e descobrimos também a cadeira anfíbia”, conta Fabinho, como é conhecido. “Praia para Todos” é um projeto realizado pelo Instituto Novo Ser. Na praia, é posta uma tenda, uma esteira especial e uma cadeira anfíbia para que cadeirantes e portadores de deficiência possam tomar seu banho de

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mar. Paralelo aos mergulhos, acontecem outras atividades típicas da praia. Fabinho ainda aponta a preferência dos usuários: “99% das pessoas que nos procuram querem o banho de mar”. Carlos Pinto da Silva foi vítima de um acidente vascular cerebral há um ano e oito meses e, pela primeira vez após o AVC, entrou no mar. Eliane Palhares, esposa de Carlos, estava vibrante: “É fantástico, ele sempre amou a praia. No início, ele estava meio receoso, mas depois ficou mais tranquilo e se divertiu”. Eliane disse que irá trazer o marido mais vezes para o projeto. Já o cadeirante Augusto Fernandes jogou frescobol. Paralítico há 20 anos, o engenheiro civil salientou a importância do projeto: “É necessário que existam iniciativas assim para a integração dos deficientes com o mundo. Sempre pratiquei esportes, o que foi essencial para minha recuperação”, conta ele, atualmente com 39 anos. Mariana Ferreira se divertiu no vôlei sentado, acompanhada da mãe, Lúcia Ferreira, e a amiga, Vera Lúcia. “Ela está muito feliz, já foi até a água e jogou vôlei. Aqui é ótimo, faz um bem enorme para eles e para nós”, diz Vera. Já Lúcia garante que a filha faz questão de dizer que é feliz da maneira que é: “Ela sempre me diz que é feliz e que ficará com a gente o tempo que Deus quiser. Ela sabe o que o futuro lhe reserva e não está preocupada”. Mariana tem coreia de Huntington, uma rara doença degenerativa que afeta o sistema nervoso central. A moça descobriu a doença com 26 anos, após terminar a faculdade de radiologia e, desde então, começou a perder o controle sobre os movimentos de seu corpo. Segundo Fabinho, o projeto já se transformou em algo mais: “As pessoas vêm aqui se divertem, daqui a pouco estão nos convidados para seus eventos, e a gente idem. O “Praia para Todos” já virou mais um ‘Família para todos’”. Quando pergun-


Responsabilidade Social | Praia para Todos

tado se alguém teve grandes melhorias em seu tratamento, Fabinho é incisivo: “Todos. Todos que passaram por aqui melhoraram muito, inclusive a autoestima. Eles ficam mais alegres e bem dispostos”. Ele ainda explica que o projeto conta com a ajuda de doações de diversas empresas, e necessita de mais ajuda: “Quem quiser ajudar pode entrar em contato conosco pela internet ou pelo nosso telefone. Pode ser um centavo até um milhão de reais, não importa. Temos muitas despesas com as esteiras, o toldo e as cadeiras. São muitos gastos. Então, qualquer ajuda já será muito bem-vinda”. O projeto Praia pra Todos é realizado nas praias do Rio de Janeiro. Aos sábados, na praia da Barra da Tijuca, Posto 3, das 10h às 14h; e em Copacabana, aos domingos, no mesmo horário. Colabore: www.novoser.org.br

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Sexualidade e maternidade: uma reflexão atual!

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movimento dinâmico de emancipação feminina não derivou de reflexões ideológicas e sim de necessidades e oportunidades objetivas que foram surgindo através dos tempos, desde o período pós-guerra, quando as mulheres tiveram de ocupar espaços socioprofissionais antes exclusivos dos homens, tornando-se, dessa forma, mais independentes. Junto com isso, foram acontecendo enormes transformações objetivas no meio em que vivemos, novos produtos foram surgindo, e os conceitos foram mudando. O individualismo passou a se expandir, as tarefas domésticas deixaram de ser exclusivamente obrigação feminina, e assim a maternidade passou a ser mais programada. As creches passaram a ser cada vez mais necessárias. Os pais começaram a participar mais das tarefas relacionadas aos filhos. Sendo assim, havia necessidade de métodos mais seguros de anticoncepção, e essa evolução se fortaleceu graças à descoberta científica da progesterona, em 15 de outubro de 1951, por um jovem químico mexicano, Luis Miramontes, de apenas 20 anos, com a finalização de uma longa sequência de reações químicas. A partir de 11 de maio de 1960, a Food and Drug Administration (FDA), em Washington, permitiu o uso desse hormônio sintético para fins contraceptivos. O sexo passou a ser considerado como impulso principal, fonte essencial de prazer e alegria, algo importantíssimo para ser vivido de forma intensa e plena. O erotismo e individualismo selaram a união comportamental através da música popular: o rock and roll. A música sensual, os casais dançando separados, as mulheres não mais acompanhando seus parceiros, fazendo movimentos próprios e se expressando segundo suas próprias sensações. A pílula anticoncepcional transformou-se no símbolo máximo de toda essa grande revolução de costumes. A sexualidade humana ganhou vida e importância próprias, além de ter se desvinculado completa e definitivamente da reprodução. Assim sendo, às mulheres foi concedido o direito de pensar em relações sexuais sem o pavor da gestação. O sexo tornou-se inofensivo, e daí decorreram rápidas alterações até mesmo do ponto de vista da moral. A virgindade feminina, até então de valor inestimável, deixou de ser importante.

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Saúde e Beleza | Dr. Mário

Ao longo dos últimos 40 anos, as mulheres têm vivenciado um grande número de dilemas e contradições: os anseios relacionados à maternidade continuam fortes em suas mentes e, ao mesmo tempo, convivem com desejos de independência e sucesso profissionais, o que nem sempre é compatível. Boa parte opta por dedicar os primeiros anos da vida adulta ao desenvolvimento de atividades profissionais, tentando a maternidade mais tardiamente, gerando, com isso, mais uma situação de extremo oposto, o risco da gravidez em idades avançadas e as altas taxas de esterilidade conjugal, seja pela proximidade da falência ovariana pertinente à proximidade da menopausa, seja por sequelas de processos inflamatórios de ordem pélvica. A reprodução passou a ser interpretada como um prazer individual legítimo e não um dever social. O essencial é que refletir acerca da maternidade em nada está relacionado à questão sexual. O avanço dos métodos anticoncepcionais contribuiu para a quebra do elo entre sexo e reprodução de forma radical e definitiva. Apesar da identificação da AIDS no início dos anos 80, fato que promoveu uma desaceleração no ritmo de liberação sexual, após algumas mudanças de hábito comportamental, atualmente o dito sexo sem compromisso deixou de ser exclusividade do gosto masculino, liberando as verdadeiras motivações eróticas. Uma atenção especial deve ser lembrada quanto à necessidade da ginecologia preventiva, doenças

sexualmente transmissíveis e atenção à adolescência e suas repercussões quanto aos riscos de uma gravidez não programada, fator colaborativo para um dos fatores do círculo da pobreza. Cerca de 28% a 30% dos doentes de AIDS adquirem, em média, o vírus antes dos 29 anos de idade. A evolução da sexualidade, principalmente no segmento juvenil, em base da segurança da maternidade programada sustentada pelo uso da pílula anticoncepcional e métodos hormonais injetáveis, bem como outros métodos anticoncepcionais, nos serve de alerta de que, apesar dos avanços da tecnologia, o estado de risco evidencia a nossa responsabilidade. As chamadas políticas públicas dos governos devem considerar a participação do Estado e de todo o setor civil, sem exceção, junto com a implementação dos adequados recursos. Vivemos tempos em que a juventude entre 10 e 24 anos atinge alta proporção demográfica na população do planeta. Acho que o fundamental seria admitir que “ninguém possui ninguém”! Creio que essa seja a verdadeira libertação sexual que evoca menos agressividade, ambição e competividade, mais alegria solidariedade, esperando pelo fim da vertente erótica chamada de vaidade.

Por Dr. Mário de Barros Filho Ginecologista, Obstetra e Diretor da Clínica Hysteron Medicina da Mulher, no RJ contato@hysteron.com.br

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Mais bela

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lacidez, gordura localizada, rugas e celulite são palavras que assustam qualquer mulher. É importante cuidar do corpo e da alimentação para evitar o surgimento desses defeitos, mas o que fazer quando eles já apareceram? A proprietária da clínica Barra Bella, Kelly de Paula, indicou um novo tratamento que é tiro e queda contra esses males.

O Hooke é um aparelho de radiofrequência que age na pele estimulando a produção de colágeno. O principal diferencial dele para os outros aparelhos de radiofrequência é a sua ponteira de resfriamento, que diminui o incômodo da sensação térmica do tratamento. Cada sessão é feita de 15 em 15 dias, já que a produção de colágeno perdura por esse período após a sessão. O tempo de duração do tratamento depende das condições da paciente, mas Kelly indica alguns hábitos para um efeito mais rápido e durável. “É importante beber bastante água, pois quanto mais hidratada a pele está, menos flácida ela fica. Pegar sol sempre com filtro solar e nos horários indicados e evitar comer gordura e beber bebidas alcoólicas nos cinco primeiros dias após o início do tratamento também ajudam a melhorar o resultado”, garante. No geral, depois da décima sessão, o resultado perdura por três meses. Depois, é necessária uma manutenção mensal apenas.


Saúde e Beleza | Novo tratamento

O aparelho pode ser usado na face e em todas as partes do corpo. A diferença é observada logo na primeira sessão, principalmente se a área escolhida para o tratamento for bilateral. Nessas áreas, o tratamento é feito primeiro de um lado para mostrar a diferença que aparece já na primeira sessão, depois o outro lado também é tratado. Porém, Kelly relembra que, antes de qualquer tratamento, é essencial a avaliação de um profissional. A sessão pode durar de 10 a 30 minutos, e o aparelho pode ser usado em todos os tipos de pele, da mais clara até a negra. O Hooke emite temperaturas superficiais em torno de 40 °C a 42 °C, níveis essenciais para a eficácia da terapia. Apesar das temperaturas elevadas, o processo é praticamente indolor – apenas com sensação de aquecimento.

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É praia, é esporte Por Helena Soares

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praia é um prato cheio para os praticantes de esportes. Além do mar, o calçadão, as areias e o céu também são aproveitados pelos esportistas. Práticas já estabelecidas, como surfe e frescobol dividem o espaço com modalidades que surgiram há pouco tempo, como o stand up paddle. O visual inspirador da praia é um diferencial que torna a prática de qualquer esporte mais prazerosa. Surgido nas ilhas havaianas, o stand up paddle é uma variante do surfe em que o praticante fica em pé sobre a prancha e usa um remo para se mover na água. Quando o mar está sem ondas, muitos surfistas aderem à prática, que é ideal para águas mais calmas. Frequentadora assídua da praia da Barra da Tijuca, Líria Fernandes pratica diversas atividades. “Venho à praia no mínimo três vezes por semana e, dependendo das condições do vento e do mar, pratico stand up paddle, surfe, kitesurf ou wakeboard”, disse Líria. Quando o mar está com ondas, os surfistas aproveitam. Leonardo Venancio é adepto do surfe e não abre mão da prática. “Sem onda, não pratico mais nada na praia”. Os clássicos frescobol e altinha já estão difundidos na cultura praiana. Porém, no Rio de Janeiro, a prática desses esportes só está liberada à beira-mar depois das 17h. Antes desse horário, as partidas ficam limitadas à faixa de areia próxima ao calçadão. Outro esporte muito praticado nas areias é o futevôlei. Quando as condições do mar e do vento não estão adequadas para outros esportes, é o futevôlei que domina, segundo Daniel Souto. “Quando não tem onda, o futevôlei é a salvação”. Um pouco mais distante do mar, o calçadão também é palco de atividades esportivas. O privilégio de poder se exercitar enquanto se aproveita a visão da praia atrai muitos praticantes de caminhada e corrida. Skates e bicicletas também são populares na orla. Com um visual espetacular, mesmo o mais sedentário não tem desculpa para ficar parado.

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Barra da Tijuca | Esportes de praia

Daniel Souto

Leonardo Venancio

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Construindo pontes

Por Helena Soares

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armonia de mente e corpo, redução do estresse diário e flexibilidade das articulações. Um tripé de benéficos para o praticante da ioga. Mas não é apenas isso. A ioga cria pontes, que ligam você a você mesmo, que o faz se descobrir, se encontrar e estar em paz consigo mesmo. A prática é para todas as idades. E as gestantes também são beneficiadas com os exercícios físicos e respiratórios. A professora de ioga Juciara Barbosa, chamada carinhosamente pelos seus alunos de Ju, ministra aulas há mais de uma década, no Recreio dos Bandeirantes, e diz que a atividade é excelente opção para as gestantes, já que pode ser realizada até os últimos momentos da gravidez, desde que não exista impedimento médico. E faz um alerta: as grávidas que não faziam nenhuma atividade física devem esperar os três primeiros meses da gestação para iniciar a atividade. “Apesar de não existir uma modalidade específica para gestantes, as posturas (asanas) executadas nas aulas são adaptadas de acordo com o andamento da gestação. Fazer posturas de equilíbrio desde o início da gravidez auxilia na adaptação ao novo eixo corporal. A melhora da circulação sanguínea é outro benefício, já que algumas asanas, principalmente as invertidas, ajudam no retorno sanguíneo, irrigando partes importantes do corpo que acabam ficando comprometidas pelas mudanças físicas que ocorrem na gravidez”. E ela acrescenta: outro proveito físico é a consciência da respiração, que exerce uma influência no corpo todo, oxigenando não apenas a mãe, como também o bebê. Além disso, ajuda na hora do parto. Dores de coluna típicas da gravidez podem ser amenizadas com a prática de ioga, que garante também uma ótima postura. Asanas que fortalecem o assoalho pélvico são importantes antes, durante e depois do parto. Com o assoalho pélvico fortalecido, não há riscos de incontinência

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urinária, que pode afetar as gestantes no terceiro trimestre da gravidez. A professora Juciara já ministrou aula para centenas de gestantes, mas usa seu próprio exemplo, para demonstrar a eficácia da atividade também na gestação. Ela, como professora, continuou em atividade, dando aulas de ioga, até dias antes do nascimento do Gabriel, seu único filho, de 4 anos. “Saúde, disposição, flexibilidade, um parto fácil e leve. Tudo que uma mãe deseja e que a ioga me proporcionou”, comenta Ju. A ioga se constitui na busca do autoconhecimento e, na gravidez, esse fator se torna essencial. “Muitas vezes, no dia a dia agitado, as gestantes não encontram tempo para parar e se comunicar conscientemente com seus bebês. Durante as aulas de ioga, as futuras mamães conseguem frear seu ritmo e voltar sua atenção para o filho que cresce no seu ventre”.


Qualidade de Vida | Ioga

A gestação é um “jorro” hormonal que deixa a mulher muito mais sensível, vulnerável. São nove meses de pura emoção. E a ioga entra aí como um suporte importante para o equilíbrio e bem-estar. A prática muda o foco da futura mamãe, que usa essa extrema sensibilidade com inteligência, descobrindo a maravilha da geração de uma nova vida. Segundo Ju, a ioga também colabora com as mulheres que desejam engravidar, já que a atividade acalma e diminui muito a ansiedade.

A ioga alerta você, diz docemente: “Vá devagar, viva melhor”. Se não acredita, experimente. Você terá belas surpresas. Namastê.

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Doce vida

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as horas em frente ao computador revisando monografias para as panelas e formas de bolo. Essa foi a mudança radical que a doceira Judith Dayan realizou em sua vida. Infeliz com seu trabalho, ela largou tudo em 2011 para abrir a Oficina dos Cakes. A escolha da nova ocupação não foi por acaso: Judith fazia doces desde os 17 anos, mas parou quando começou a revisar monografias. As lembranças de uma época feliz de quando fazia doces foram essenciais para a decisão, e ela hoje não se arrepende. A Oficina dos Cakes é um trabalho todo da doceira, e completamente artesanal, já que o ateliê, de onde saem todos os quitutes, divide espaço com os outros cômodos de seu apartamento. “Quero continuar trabalhando em um ateliê, não quero virar loja. Gosto do artesanal e de dar atenção especial a cada cliente”. Judith realmente faz o que o cliente pedir. Ela tem um catálogo de opções já definidas, mas frisa que esse cardápio está sempre aberto à vontade do cliente.

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Por isso, não pretende deixar seu ateliê nem expandir tanto, já que caso isso aconteça, não poderá mais dar essa atenção total ao cliente. Da época de seus 17 anos, quando começou a fazer doces, muita coisa mudou. “Precisei fazer uma reciclagem das minhas receitas, os doces daquela época não são os mesmo de hoje. Foi um trabalho de adaptação”. E ela voltou tudo ao mercado: foi uma das primeiras a fazer no Rio os agora já famosos bolos de Kit Kat. E foi com essa novidade que ela trouxe de países estrangeiros que sua carreira como doceira deslanchou. Além do bolo Kit Kat, outra de suas receitas originais é o uso de bolo de mel. O diferencial virou sua marca registrada, e com a Páscoa não é diferente. “Não quero trabalhar com ovos de Páscoa. Já existem várias opções no mercado, o interessante é inovar”, garante. A surpresa da Oficina dos Cakes para essa Páscoa é o cupcake com recheio de brigadeiro de cenoura. A receita ela ainda não revela, porque está em fase de testes, mas é certo que se-


guirá o padrão de qualidade dos seus outros produtos. Em um mercado concorrido atualmente, Judith se preocupa mais em fazer o seu do que tentar seguir os outros. “O mais importante é a qualidade dos meus doces. Com qualidade, você consegue seu lugar no mercado”. Além de cupcakes e bolos, ela também produz diversos docinhos e bolos cenográficos. O segredo da novidade desta Páscoa ainda não foi revelado, mas Judith ofereceu uma de suas receitas de sucesso que tem tudo a ver com a época: o cupcake de bolo de cenoura com recheio de brigadeiro. Confira a receita de quem entende do assunto. Receita massa do cupcake: Rende 14 unidades 2 cenouras picadinhas batidas no liquidificador com 3 ovos e uma xícara de óleo de soja (pode ser de canola ou girassol, o que tiver em casa). Bater até ficar com a consistência de um creme.

Colocar a mistura em um recipiente e acrescentar duas xícaras de açúcar, 3 de farinha, e essência de baunilha a gosto. Colocar 2 colheres de chá de fermento em pó. Colocar para assar, com o forno a 180 °C por aproximadamente 30 minutos ou até os bolinhos ficarem dourados. Depois de prontos, esperar esfriar e abrir um furinho no centro do cupcake (retirando o miolo) e adicionar o brigadeiro (receita tradicional). Dica do ponto do brigadeiro para o cupcake: bem cremoso, um ponto antes da consistência de enrolar. Receita cobertura: 200g de chocolate meio amargo derretido em banho-maria ou no micro-ondas Mergulhar a parte de cima (tampa) do cupcake no chocolate e depois passar no chocolate granulado. Decorar com temas de Páscoa, como o coelho e as cenourinhas do exemplo (podem ser comprados já prontos).


ALIMENTAÇÃO X TPM Por Isabella Carneiro | Nutricionista Hortigil Hortifruti S. A.

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ual mulher nunca sofreu com estes sintomas: mudanças de humor, irritabilidade, impaciência, ansiedade, inchaço, sensibilidade aguda, cólicas, dores abdominais, insônia, depressão e compulsão por doces no período da TPM? Para aliviar os sintomas da TPM, alguns grupos de alimentos são opções indicadas para serem consumidas neste período. Por ajudar a modular os níveis de estrogênio, que é um hormônio feminino, os alimentos ricos em fibra auxiliam a minimizar os sintomas da TPM. Assim como os alimentos ricos em triptofano, como feijão, carnes, peixes, ovos e ervilha, por exemplo, aumentam a serotonina, substância responsável pela sensação de bem-estar. Além dessas orientações, algumas mudanças de hábitos são importantes. O consumo de leite e derivados e de vegetais de folhas verde-escuras é indicado, principalmente, para as mulheres que sofrem com cólicas menstruais e com retenção líquida. Isso porque o cálcio diminui a contração muscular, as dores nas costas e até o nervosismo. Outro aliado para o alívio das sensações de mau humor, prisão de ventre e inchaços neste período prémenstrual são as atividades físicas. INVISTA EM ALIMENTOS CERTOS A FIM DE EVITAR OS DESCONFORTOS DA TPM: • Magnésio e cromo | essenciais para acalmar a compulsão por doces: salmão, aveia, tofu, beterraba, abobrinha, cebola, brócolis, avelã, nozes, fígado, cogumelos, maçã, gema de ovo. • Cálcio | diminui as contrações musculares atenuando as cólicas e é ótimo para controlar as oscilações de humor: iogurte, leite, queijos (dê preferência aos brancos). • Vitamina E | auxilia no controle da depressão e compulsão por doces e diminui a irritabilidade: frutos oleaginosos como nozes, castanhas, amêndoa, avelãs. • Vitamina C | auxilia na diminuição da viscosidade sanguínea, circulação, estresse e cansaço: laranja, tangerina, abacaxi, limão, maracujá. • Alimentos diuréticos | auxiliam contra o inchaço: abacaxi, pepino. • Alimentos calmantes | alface, maracujá, chás claros (erva-doce, camomila, erva-cidreira). • Alimentos ricos em triptofano | proporcionam bem-estar e auxiliam no combate à depressão: banana, abacate, batata, feijão, lentilha, leite, iogurte, soja.


Saúde e Beleza | Alimentação saudável

SALADA DE SOJA COM MAÇÃ, QUEIJO COTTAGE, IOGURTE E CURRY Ingredientes: 1 xícara (chá) de soja em grãos | 2 maçãs fuji | 2 colheres (sopa) de curry em pó | ½ xícara (chá) de iogurte natural | ½ xícara (chá) de queijo cottage | 2 colheres (sopa) de salsinha picada. Modo de preparo: Numa tigela, coloque os grãos de soja e cubra com água. Deixe de molho de um dia para outro. Escorra a água, transfira os grãos para uma panela, cubra com o dobro de água e leve ao fogo alto. Quando ferver, abaixe o fogo e deixe cozinhar por 1 hora e 30 minutos. Caso seja necessário, acrescente mais água durante o cozimento. Depois de cozidos, escorra a água e deixeos esfriar. Descasque as maçãs e retire as sementes. No lado grosso do ralador, rale a maçã. Numa tigela, misture todos os ingredientes. Mantenha na geladeira e retire na hora de servir.

Dica: para que a maçã não escureça, embeba-a em suco de laranja após retirar a casca.

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O sabor da Páscoa

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ara os astecas, o chocolate era muito mais do que um doce. Eles cultuavam o deus Quetzalcóatl e acreditavam que ele havia trazido do céu para o povo as sementes de cacau. Conhecido também como “a bebida dos deuses”, o chocolate era usado como moeda por esse povo. Para nós, o chocolate não tem um significado religioso nem funciona como dinheiro, mas tem também sua importância. E não há época melhor do que a Páscoa para degustar ou presentear amigos e familiares com esse doce. Os números consideráveis são um reflexo de que o chocolate é preferência nacional. No ano passado, o setor produziu 18 mil toneladas de produtos, entre eles 80 milhões de ovos de Páscoa. Economistas preveem que neste ano a venda de chocolates irá superar em 30% as vendas do ano passado. Os dados da associação representante do setor mostram que, atualmente, o consumo per capita no Brasil é de 2,2 quilos de chocolate por ano – número bem maior do que há três anos (1,65 quilo).

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Para manter o interesse dos consumidores, novas tendências surgem a cada Páscoa. Dênis Moriconi, chef e proprietário do La Minuta, que fica em São Paulo, indicou quais serão as novidades deste ano. Ovos artesanais com recheios gourmet são opções mais sofisticadas que ganham força. Com o surgimento de “brigaderias” e “chocolaterias”, ovos especiais – como os recheados para serem comidos de colher – entram na concorrência. “O que mais se observa é a criatividade nos recheios, que vão de limão siciliano e pistache a macadâmia e pralinê”, explica Dênis. Segundo o chef, a indústria de ovos de Páscoa também está mudando os ovos tradicionais e colocando no mercado ovos especiais com recheios diferenciados e embalagens sofisticadas. Artesanal ou industrializado, com recheio tradicional ou inovador, a escolha depende do gosto do freguês. Escolha o seu, e bom apetite.



Tudo por uma cerveja

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ense nas seguintes situações: chegar do trabalho cansado, uma reunião de amigos, um churrasquinho, um belo dia de sol na praia. Esses são apenas alguns momentos perfeitos para degustar uma cerveja. Se em outros tempos a tradicional “loira” gelada era escolhida como companhia, hoje o cenário é um pouco diferente. As cervejas importadas vêm caindo cada vez mais no gosto do público. Uma moda que chegou, pegou e veio para ficar. Antes de se aventurar a comprar, é preciso entender um pouco sobre elas. Existem dois grandes grupos de cerveja, as lager e as ale. As lager correspondem a 99% do que é vendido no mercado brasileiro, ou seja, são cervejas mais comuns. Originárias da Europa Central, são de baixa fermentação ou fermentação a frio (de 6 a 12 °C), com graduação alcoólica geralmente entre 4 e 5%. Entre seus tipos mais conhecidos, está a pilsener, cerveja originariamente criada na cidade de Pilsen, região da República Tcheca, e por esse motivo muita gente a chama de pilsen. O que torna a ale diferente da lager é, basicamente, o tipo de fermentação. Feita em temperaturas mais altas, geralmente entre 15 e 24 °C, ela acaba sendo mais saborosa. Esse processo é tão antigo

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que, até o século 19, apenas as cervejas do tipo ale eram encontradas no mercado. Depois disso, foi inventada a baixa fermentação, e o tipo lager surgiu. Hoje, tem sido mais fácil encontrar diversos rótulos de cervejas diferentes. Claras, escuras, fortes, fracas, com sabores de frutas, gosto de canela, café, entre outras inovações. Um prato cheio para quem gosta de degustar ou para quem quer experimentar novidades. No Recreio dos Bandeirantes, essa moda já caiu na boca do povo, literalmente. O responsável por isso é o Empório Santa Therezinha, que conta com uma incrível variedade de cervejas. “Nós temos mais de 300 rótulos. Belgas, tchecas, holandesas, alemães e muitas outras. Às vezes, os clientes vêm aqui só por causa das cervejas, porque já está virando uma marca registrada da loja”, explica a dona, Marleide Rosa. Segundo ela, a oferta de produtos como esses é um diferencial e conquista os clientes. Se você ainda não experimentou nenhuma cerveja diferente, este é o momento ideal. Com tantas novidades no mercado, fica fácil encontrar novas opções. Difícil mesmo é saber qual delas é a mais gostosa. Agora que você já conhece mais sobre as cervejas e todos os tipos, basta experimentar até encontrar a sua preferida. Boa degustação!


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Elias Ferreira foi de Uberlândia para Belo Horizonte. Da capital mineira, ia para o Rio de Janeiro com a UTIL. Ele trabalha fiscalizando normas de segurança em uma empresa de São Paulo que tem empreendimentos imobiliários no Rio de Janeiro. É a UTIL ajudando o trabalhador brasileiro.

Eu vou e volto

O Roberto Bittar foi à rodoviária de Belo Horizonte comprar passagem para a esposa dele, Andreia. Ela ia para o Rio de Janeiro com as filhas, e ele ia ficar para trabalhar. “As minhas filhas vão de carro com o primo, e ela vai de ônibus para poder tomar conta”, explicou.

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Lucas Vieira estava indo ao Rio para aproveitar a Cidade Maravilhosa. Primeira vez com destino à cidade, ele ia ficar na casa de amigos. “Nunca viajei com a UTIL, mas já gostei do atendimento. Então acredito que a viagem será proveitosa também”.


UTIL | Embarque e desembarque

Débora Azevedo ia aproveitar o feriado no Rio de Janeiro. Ela comprou várias passagens para poder levar os filhos e sobrinhos. Na primeira vez com a UTIL, ela elogiou: “O atendimento foi rápido e muito bom, me trataram muito bem”.

A nossa equipe de reportagem visitou o Terminal Rodoviário Governador Israel Pinheiro, em Belo Horizonte. Foi conferir o movimento dos passageiros mineiros, que também escolhem a UTIL.

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Fernanda Gomes ia viajar com a UTIL pela primeira vez. Ela estava saindo de BH para Três Rios, município do Rio de Janeiro, para visitar os amigos.

WWW.TWITTER.COM/VIAJEUTIL

O destino de Maria Luiza e João Mohlevazio era Barra do Piraí. Eles estavam indo para o casamento do sobrinho. Um festão e tanto que a UTIL não iria deixá-los perder.


Um pouco de NÍVEA STELMANN Por Guilherme Cosenza

Com 15 novelas, oito peças, dois longas e muitos curtas na bagagem, a atriz, e agora escritora, Nívea Stelmann exibe muito talento e simpatia por onde passa. Com 18 anos de carreira, ela, que interpreta a personagem Ângela na peça Batalha de Arroz num Ringue para Dois junto com o amigo Maurício Machado, está longe das novelas desde Morde & Assopra, em 2011. Mas a mãe de Miguel (6 anos) está longe de ter uma vida pacata e tranquila. Preparando-se para apresentar sua peça no Rio de Janeiro, o lançamento de seu livro, Dedo Podre, escrito em conjunto com a escritora Lua Veiga, e o lançamento do longa Esquadrão Sofia, a atriz tem acumulado diversas funções e achou um espaço em sua agenda para falar com a equipe da UTILsobre seus planos para 2013. Confira.

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UTIL: Você começou a trabalhar nova, com 16 anos se mudou para o Rio de Janeiro para tentar a carreira. O que te motivou a ser atriz? NÍVEA STELMANN: Já trabalhava como modelo e pegava muitos comerciais com fala. Fazia naturalmente. Aí surgiu a vontade de ser atriz, e fui estudar artes cênicas. UTIL: Entre as 15 novelas que você já fez, qual marcou sua carreira? NÍVEA STELMANN: A Carolaine, de A Indomada; Eliete - Garota do Bumbum Dourado, de Suave Veneno; Alexandra, de Alma Gêmea; Ranya, de O Clone; e Elvira, que era “chique de doer” em Sete Pecados. UTIL: Como surgiu a ideia de escrever o livro Dedo Podre? O livro narra alguma história vivida por você? NÍVEA STELMANN: Tive a ideia de falar de coisas que já vivi. Apresentei para a Lua Veiga, e começamos a escrever juntas. O livro fala de histórias inspiradas na nossa vida. Fiz do limão uma gostosa limonada, e hoje rio das coisas trágicas que vivi.

Fotos: Marcos Duarte

UTIL: Na peça Batalha de Arroz num Ringue para Dois, você interpreta um papel que antes foi representado por diversas atrizes de peso, como Claudia Jimenez e Cláudia Raia. Como é interpretar Ângela? Existe muita comparação? NÍVEA STELMANN: Quem viu a versão antiga provavelmente vai comparar. Mas não sinto isso do público que vai assistir. Estamos montando essa peça anos e anos depois. São atrizes admiráveis, mas cada uma na sua época e com sua característica. Faço o meu melhor, e tem dado muito certo. Estou muito feliz com o sucesso da peça.


Tenho muita coisa para criar ainda. Vivo em movimento. O melhor está por vir. Pode vir, que eu quero!

UTIL: A peça conta causos de um casal excêntrico. Você acredita que possam existir casais assim? NÍVEA STELMANN: Acredito. Mas no palco, fazemos de uma forma mais exagerada do que a realidade, mas a loucura existe, muito mais do que a gente imagina (risos). UTIL: Você vai rodar o longa Esquadrão Sofia. Sobre o que fala o filme? NÍVEA STELMANN: Uma história policial. Fala de vingança, amor e uma luta admirável para viver na dor. UTIL: Já tem previsão de voltar para a televisão? NÍVEA STELMANN: Este ano, com certeza não. Tenho dois longas, minha peça e o livro. Não cabe mais uma coisa (risos).

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UTIL: Você sempre teve sua vida particular bastante exposta. Isso acabou te atrapalhando de alguma forma? E como fazer para evitar essa situação? NÍVEA STELMANN: Todo mundo que trabalha nesse meio tem a vida exposta. Não me incomoda de maneira nenhuma. Sempre fui muito verdadeira, e os jornalistas me respeitam muito. Amo a vida que eu levo. UTIL: Você já foi apresentadora, fez novelas, teatro, cinema e escreveu um livro. Ainda tem alguma coisa que você não experimentou na sua carreira que quer fazer? NÍVEA STELMANN: Verdade, já fiz muitas coisas diferentes. Tenho muita coisa para criar ainda. Vivo em movimento. O melhor está por vir. Pode vir, que eu quero!

Foto: Marcos Duarte

Já fiz muitas coisas diferentes.



Polêmico, querido, vascaíno doente, com vocês...

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amor pelo Vasco vem desde os tempos da infância. Quando cresceu, virou um dos principais nomes da história do clube e ícone das gerações mais novas. Craque, temperamental, explosivo, apaixonado. Esse é Edmundo Alves de Souza Neto, ou apenas Edmundo, o Animal, alcunha pela qual ficou conhecido nos tempos de jogador. A história com o Vasco, que começou em 1992 e, entre idas e vindas, terminou em 2008, poderia virar um livro. Seriam páginas de alegrias e tristezas, capítulos de vitórias e derrotas, e, certamente, uma obra literária recheada com a eterna relação entre um ídolo, a torcida, e o clube que amou e continua a amar. UTIL: Você estreou pelos profissionais do Vasco acreditavam em nós no começo. Possuíamos jogaem 1992 e, logo de cara, jogou ao lado do Rober- dores jovens, como Juninho, Felipe, e outros mais to Dinamite. Como foi começar a carreira jogando experientes, como Mauro Galvão, Evair, mas, mescom ele? mo com a desconfiança, ganhamos o campeonato Edmundo: Era um sonho meu de criança, sempre de maneira muito fácil. A gente era superunido, admirei o Roberto, ele era meu grande ídolo, e um grupo forte, o Lopes (Antônio Lopes, técnico eu tinha o sonho de jogar ao lado dele. Foi muito do Vasco à época) montou uma família, nos enbom, uma experiência positiva. contrávamos fora do ambiente de trabalho, e tudo UTIL: Você teve um bom início no Vasco, acabou isso também contribuiu bastante. saindo para o Palmeiras, onde foi bicampeão bra- UTIL: Logo depois você saiu para a Fiorentina e sileiro e passou pelo Flamengo. Essa época longe não jogou a Libertadores, em 98. Gostaria de ter do Vasco mexeu com você? ficado e jogado? Edmundo: Quando eu era criança, torcedor fa- Edmundo: Tudo é momento. O Vasco me vendeu nático tinha a paixão pelo Vasco, mas não tinha a antes do fim do campeonato e me vendeu até noção do que era a rivalidade, essa coisa aflorada barato, se tivesse vendido depois, venderia mais contra o Flamengo. Depois do sucesso no Vasco caro. O clube estava meio mal de grana, e isso tame no Palmeiras, eu acabei indo jogar lá, e foi uma bém colaborou para o título, porque entrou esse decepção para o torcedor. Isso mexeu comigo, e dinheiro e os salários atrasados foram pagos. As eu queria voltar ao Vasco o quanto antes para apa- coisas mudam, eu não queria ir, fiz de tudo para gar essa história. Algumas coisas aconteceram, eu não ir, mas era inevitável. Tanto que, assim que acabei voltando e fui muito feliz em 96 e 97. teve dinheiro, o Vasco me comprou de novo, isso UTIL: 97 foi um ano muito bom para o Vasco, com um ano e meio depois. Era questão de momento o título brasileiro, e para você também, que foi ar- mesmo, têm coisas inerentes à nossa vontade, mas tilheiro da competição. Naquele momento, muitos gostaria de ter ficado, jogado a Libertadores e ter torcedores afirmavam que você era o melhor joga- ido ao Mundial, contra o Real Madrid. O torcedor dor do mundo. Você pensava dessa forma também? às vezes acha que só depende da nossa vontade, Edmundo: Quando você ganha títulos, sem- mas não é assim. pre marca um pouco mais, mas o time era muito UTIL: Apesar de ter jogado pelo Flamengo, você bom e jogava em função de mim, eu ficava livre, à sempre foi um carrasco para eles. Fazia muitos vontade para poder produzir positivamente. Não gols, sacaneava e a torcida vascaína adorava. Era um jogo especial?


Perfil | Edmundo

Edmundo: Era sim. A semana era diferente, como se você se preparasse para uma final, você treinava mais, se dedicava mais, abria mão de tudo e focava naquele jogo, eu pelo menos ficava assim. UTIL: Em outra passagem sua pelo Vasco, em 2000, você jogou muito bem o Mundial de Clubes da FIFA, mas acabou perdendo o pênalti decisivo, em pleno Maracanã, contra o Corinthians. O que passou pela sua cabeça naquele momento? Edmundo: Essa história é um pouco longa, mas vou resumir. Eu me machuquei antes do torneio, e o médico falou que eu ia ficar 50 dias fora, sendo que faltavam 23 dias para o Mundial. Peguei minha família e fiquei 25 dias no hotel do Vasco me tratando. Melhorei, joguei bem todos os jogos e, por obra do destino, as coisas acontecem. Não lamento, não me arrependo, e faria tudo de novo. Se eu não jogo e o Vasco perde, eu ia ficar com mais moral que todo mundo, mas são coisas da vida, o torcedor entende, sabe do meu respeito, do meu carinho, do meu amor pelo Vasco e tem certeza que eu fiz o melhor, mas infelizmente não ganhamos.

UTIL: Como você mesmo citou anteriormente, em 2008 o Vasco foi rebaixado para a Série B, e você fazia parte daquele time. Acha que a torcida pode ter ficado decepcionada com você, por ser o principal jogador do time, ídolo e não ter conseguido manter o time na primeira divisão? Edmundo: Claro que é um ponto negativo, nesse sentido sim. Mas sempre me doei muito, me dediquei muito, sempre fui muito apaixonado pelo Vasco e pelo que eu fazia, mas o pessoal entendeu, era um momento de transição de diretorias e acabou acontecendo. Eu fui artilheiro da Copa do Brasil no mesmo ano, com 37 anos. O problema é que no Brasil, no fim do ano, ou você é campeão ou você não é nada. Para a gente foi ainda pior com o rebaixamento. Mas eu tento ver pelo lado bom, depois disso o Vasco deu a volta por cima, o torcedor readquiriu o orgulho de ser vascaíno com a mobilização em 2009, e só fico triste por não ter participado, mas é isso, a vida e a carreira não são feitas só de coisas boas. E para mim e para o torcedor do Vasco sempre ficou a parte boa, então isso é que importa.

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Tour na comunidade

Por Gulherme Cosenza

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cidade do Rio de Janeiro é um dos principais pontos escolhidos para quem quer conhecer o Brasil. Turistas do mundo inteiro vêm à Cidade Maravilhosa para frequentar as belas praias, visitar o Cristo Redentor e observar a cidade do alto do Corcovado. Porém, há alguns anos, um novo passeio turístico vem chamando atenção dos visitantes: são os famosos tours pelas favelas cariocas. Segundo o IBGE, no Brasil existem cerca de 6.330 favelas. Só na cidade do Rio de Janeiro, são 752 comunidades. Entre elas, a maior é a famosa favela da Rocinha, que já foi cenário de filmes e shows nacionais e internacionais. Com cerca de 150 mil habitantes, a favela da Rocinha recebe diariamente visitantes de todos os lugares do mundo. Aprender um pouco sobre como

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vivem e quais são as preocupações de seus moradores já virou parte do turismo que o guia Hugo Matias faz com os visitantes. Trabalhando pela Exotic Tour, Hugo, que é morador da comunidade há mais de 10 anos, ensina os caminhos e as histórias de cada ponto da comunidade. Assim como Hugo, muitos moradores da Rocinha fazem parte do projeto patrocinado pela Exotic Tour, que consiste em pegar os próprios moradores e ensina-lós a trabalhar como guias turísticos dentro da favela. “A ideia é fazer um turismo sustentável, que consiste em montar algo produtivo para o turista e para os moradores”, conta Rejane Reis, dona da Exotic Tour, que há 18 anos trabalha com o turismo nas favelas. Rejane conta também que as oficinas preparam os moradores com aulas


Turismo | Favelas cariocas

de geografia, história e idiomas, para que os guias possam estar preparados para os visitantes. Segundo Rejane, a ideia surgiu após a curiosidade das pessoas que faziam o turismo-aventura: “Muito turistas passavam por cima da favela de asadelta e ficavam curiosos em saber como era por dentro da Rocinha”. Rejane também apontou as dificuldades que enfrenta com a qualificação dos moradores: “Para se tirar o documento de permissão de guia pela EMBRATUR, é necessário que se tenha o segundo grau completo, e isso muitas vezes é um empecilho”. Hugo foi um dos moradores que concluiu o curso. Trabalhando de manhã na Rocinha como guia e no período da tarde como subgerente de uma farmácia, o rapaz conta que conheceu o projeto através do irmão mais novo: “Foi através de alguns amigos e do meu irmão que eu conheci o projeto e comecei a ter aulas”. O tour pela comunidade é feito a pé, e os preços variam pela quantidade de visitantes. Portanto, se você vier ao Rio de Janeiro, não deixe de visitar a Rocinha e conhecer a história do português da Rua da Cachopa, a recéminaugurada Rua 4, com suas casas coloridas e suas ruelas, para ver com outros olhos a maior favela do Brasil e seus moradores.

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Onde estão nossos craques?

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ouve um tempo em que o Brasil possuía craques aos montes. Todos os times tinham pelo menos um. Entre as décadas de 50 e 80 era fácil apontar grandes jogadores. Na década de 90 isso mudou um pouco, mas ainda assim era possível encontrar excelentes jogadores em quase todos os times, pelo menos nos grandes. De um tempo para cá, a nossa realidade tem sido bem diferente. Está cada vez mais acentuada a parca quantidade de opções que temos. Pensemos. Quem são os craques do nosso futebol atualmente? Quem pode ser apontado como dono de um talento incomum? Coloco três opções. Neymar, Oscar e Lucas. Somente os três? Talvez um ou outro se destaque eu seu clube, mas não ao ponto de encabeçar uma possível lista. Claro que Ronaldinho é um ícone do futebol-arte, mas não podemos considerar um jogador que já passou da casa dos 30 anos como uma opção que possa modificar esse panorama. E vejam só: há poucos anos vários jogadores brasileiros eram referência em grandes clubes do exterior, como Kaká, Adriano, Ronaldo e o próprio Ronaldinho. Hoje, a escassez é tanta que temos poucos destaques aqui e nenhum lá fora (lem-

brando que Lucas chegou ao PSG há quatro meses apenas). Não estou esquecendo Thiago Silva, melhor zagueiro do mundo, nem de Daniel Alves e Marcelo, laterais de Barcelona e Real Madrid. O ponto colocado aqui é simples: não produzimos mais craques com a mesma facilidade de antigamente. Por quê? Primeiro é preciso analisar as divisões de base. Com a mídia cada vez mais em cima, é comum que treinadores das categorias inferiores não se preocupem em formar jogadores, e sim ganhar títulos. Um equívoco e tanto. Base é para preparar o jovem atleta para que ele possa servir ao time profissional no futuro. Perdemos o costume de trabalhar os fundamentos. Chute, passe, cruzamento, cabeceio, tudo ficou em segundo plano. A moda é formação tática, preparação física. Um baita erro. Depois, precisamos considerar o hiato que ficou entre as gerações. Quando Rivaldo e Ronaldo saíram de cena, Adriano, Kaká e Ronaldinho Gaúcho, que deveriam servir de exemplo para os jovens jogadores, começaram o processo de declínio e não se mantiveram no topo, como era esperado. A falta de craques em uma geração causa pressão


Blog | Futebol e mau humor

para que os bons valores que acabam surgindo na safra seguinte estourem logo. Um terceiro e último ponto que também pode ser considerado fator preponderante para essa situação é o improviso. Isso mesmo, o improviso. É cada vez mais comum treinadores pegarem ótimos volantes e os transformarem em medianos meias. Ótimos meias em medianos atacantes. Um círculo vicioso e totalmente prejudicial ao futebol brasileiro. A solução para isso é simples. Basta inverter as situações e diminuir a pressão nos jovens que surgem, dando o espaço necessário para que eles cresçam naturalmente, sem pular etapas. Que os clubes passem a valorizar a base de forma diferente, fazendo com que os treinadores trabalhem os fundamentos dos jogadores e deixem os títulos para a equipe profissional. E que os treinadores, tanto das categorias inferiores quanto da profissional, comecem a escalar cada jogador na sua função de origem, e deixem para improvisar somente em último caso. A falta de craques no futebol brasileiro tem explicação e solução. Basta realizar para modificar o panorama.

Por Leandro Lainetti futebolemauhumor.blogspot.com.br

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Rio Antigo

Por Helena Soares

Escultura em cerâmica de São Francisco de Assis

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Feira do Rio Antigo está longe de ser um lugar comum, ela transborda cultura, artesanato, antiguidades e muito talento dos cerca de 400 expositores. As barraquinhas ocupam o local sempre no primeiro sábado de cada mês, das 10h às 18h, e atraem cerca de 20 mil visitantes. Além da feira, a rua abriga diversos antiquários, brechós e bares. Objetos que são raridade atualmente, como os gramofones (ou toca-discos) podem ser encontrados lá. E ainda dá para comprar diversos LPs em outra barraquinha, alguns até mesmo com dedicatórias para seus antigos donos, história pura. Os objetos e peças em exposição são, em sua maioria, artesanais, fruto do trabalho de verdadeiros artistas. As bijuterias e roupas espalhadas ao longo das barracas têm uma estética hippie. Os fãs da estética vintage – estilo que recupera elementos das décadas de 20 a 60 – têm lugar cativo na feira. Móveis, lustres, prataria, porcelanas e vários itens têm essa estética presente, e os antiquários e brechós da rua complementam as barraquinhas da feira. Apesar de

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Loja especializada em lustres

Feira em geral

Movimento Hare Krishna


Diversão e arte | Rio Antigo

antigos, os objetos estão muito bem conservados e não devem nada a itens mais novos. Um dos artistas que mais chama a atenção no local é Alberto Del Risco. À primeira vista, seus quadros não são mais do que colagens de fotos sem critério aparente. Mas ao focar uma câmera e observar o resultado na tela, a magia acontece. As colagens tomam forma e revelam imagens como os rostos de Johnny Depp, Che Guevara, Bob Marley e a famosa capa do disco Abbey Road, dos Beatles. Alberto é peruano e vive de seus quadros, que vende também em São Paulo e Florianópolis. “O segredo é a percepção. Em meu trabalho como fotógrafo, sempre tive obsessão com os detalhes e imagens. A ideia não surgiu de algo específico, foi como um clique no meu cérebro mesmo”. A feira não é só sucesso entre os cariocas. Vários estrangeiros caminham pela Rua do Lavradio, aproveitando o local. Além disso, turistas de outras partes do Brasil também são presença certa. Criada em 1996 por um grupo de donos de bares,

restaurantes e antiquários da região, o sucesso da empreitada gerou até o Projeto de Recuperação e Reurbanização da Rua do Lavradio, realizado pela Prefeitura do Rio. Além dos móveis e objetos, a feira abriga manifestações culturais. Várias pessoas se aglomeram em uma roda, apreciando os movimentos dos capoeiristas. De passagem pela rua, estão representantes do movimento Hare Krishna, que cantam e dançam chamando atenção de quem mais passa pela via. Outra curiosidade é que alguns artistas finalizam suas obras e objetos ainda na feira, como em um ateliê ao ar livre. Com um item específico em mente para comprar, ou até mesmo sem dinheiro, não importa: vale a pena ir à Feira do Rio Antigo. Mais do que um local para compras, é um espaço de manifestação cultural e exposição de trabalhos artísticos. Mesmo que você não saia de lá com uma sacola em mãos, irá embora mais enriquecido culturalmente.

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O que faz sua casa especial?

Por Ana Adriano

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olheando uma revista de decoração antiga, me deparei com um título interessante: “O que faz sua casa ser especial”. Esse título me chamou a atenção pelo fato de ser o MEU ponto de partida nos projetos. Em minha primeira entrevista, tento entender o que faz uma casa especial para cada pessoa. Algumas pessoas querem que sua casa seja o ponto de encontro dos amigos, aquele lugar especial, onde todos se sintam muito à vontade, confortáveis e tenham liberdade para cozinhar, ver o jogo de futebol ... Outras pessoas querem um ninho, um lugar onde possam se sentir abrigadas da correria diária e onde descansem, sem muitas pessoas, sem muita interferência do exterior, a não ser a permitida por elas mesmas.

Outras ainda iniciam uma família, com bebês, e necessitam de um lar seguro para essas pequenas criaturas. Muitas vezes juntam-se dois perfis – o marido gosta de receber a turma, e a esposa tem os filhos pequenos. Esse primeiro encontro é o nosso maior desafio. É nesse momento que nosso projeto nasce e, com um deslize em nossa percepção das necessidades do cliente, ele será mais longo ou mais difícil. Nossa casa é nossa referência, o lugar de recarregar energias, de nos prepararmos para as lutas de todos os dias. Precisamos chegar em casa e nos sentir livres. A casa tem que ter a nossa cara, tem que atender as nossas necessidades. A casa da pessoa que gosta de receber tem que ser prática, com tudo à mão, tem que ter um espaço para drinques, sofás amplos ou muitos assentos (mesmos que sejam pufes) para acomodar a turma na hora do jogo, filme ou bate-papo. A casa-ninho deve ser a extensão da alma do morador. Ter sua personalidade estampada, seus hábitos visíveis. E para a casa com bebês? Segurança, acima de tudo! Telas nas varandas e janelas, protetor de tomadas, quinas arredondadas, armários com chaves e todas as dicas de segurança que já conhecemos. Depois que captamos em que grupo ou grupos os cliente se encaixam é que começamos a desenvolver o projeto, para que consigamos atender as expectativas de cada um. Se deixarmos passar um detalhe, muitas vezes, recomeçamos do zero... O que faz sua casa especial? Ana Adriano Design de Interiores ana_adriano@uol.com.br Facebook: Ana Adriano - Design de Interiores

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Loja C&C Barra Atendimento? Comodidade? Financiamento? Agora você pode escolher. A variedade que você procura está na C&C Barra. Você poderá escolher grandes marcas, ofertas especiais e sempre fazer grandes negócios. Venha se surpreender.

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Socorro, Pereirão

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uitas vezes, pequenos serviços dentro de casa podem se tornar grandes transtornos. Uma lâmpada queimada, um cano perfurado, um prego posto errado, aquela parede que falta ser pintada, a reforma mal-acabada de um cômodo. São inúmeros os pequenos problemas que podem surgir no dia a dia. Pensando nisso, a Pra Que Marido veio inovar o mercado. Há 10 anos com seu trabalho no melhor estilo “Pereirão”, da novela Fina Estampa, a empresa oferece solução para essas pequenas dores de cabeça. Com a equipe de “maridos” Acqua, Básico, Aquarela, Elétrico e Maridaço, ela traz a mão de obra necessária para o que o cliente precisar. “O ‘marido’ ideal é escolhido de acordo com a necessidade do cliente”, conta Carlos Henrique Al-

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meida, proprietário da Pra Que Marido da Barra da Tijuca. Sua esposa, Márcia Gusmão, explica o diferencial para quem escolhe os serviços da empresa: “Muitas vezes, as pessoas contratam algum profissional por fora, e ele desaparece no meio do caminho ou faz um trabalho mal feito. Nós aqui mudamos o pensamento dessas pessoas. Tanto que temos garantias de 90 dias para todos os serviços”. Ela também contou que a grande maioria de seus clientes é formada por mulheres e idosos, porém muitos homens solteiros e casados também pedem o serviço. Além dos pequenos trabalhos diários, a Pra Que Marido também oferece planos mensais para residências e para empresas, para que ninguém precise se preocupar com pequenos transtornos.



Hi-lo

Por Helena Soares

P

ara estar na moda, não é preciso gastar altas quantias ou estourar o limite do cartão de crédito. Montar um look com estilo sem causar um rombo no orçamento é uma característica da tendência hi-lo. O termo hi-lo é uma abreviatura da expressão “high and low”, ou em português “alto e baixo”. Esse estilo consiste em misturar peças mais sofisticadas com outras mais básicas, tornando a moda mais democrática e acessível. Apesar de não terem formação em Moda, as advogadas Mariana de Souza Albuquerque e Amanda da Silva Leite sempre foram apaixonadas pelo assunto. Elas resolveram unir a paixão aos negócios e criaram juntas um blog e uma marca de camisetas, a Hi-lo Tees, com o tema hi-lo. Para elas, o hi-lo é muito mais do que moda, pode ser aplicado também em vários outros quesitos, como na culinária, decoração e na própria vida. “Procuramos levar a vida tanto com coisas high, que tem um valor mais caro, quanto low, não tão caras, porém bacanas. O blog surgiu como uma extensão dessa filosofia que já praticávamos no dia a dia”, explica Mariana. Curiosidade e criatividade são os principais combustíveis para ter um estilo hi-lo. E os conceitos não são

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absolutos, variam de pessoa para pessoa. “Às vezes, o que é high para um não é para o outro. São termos variáveis de acordo com as condições e conceitos de cada um”, esclarece Mariana. Independente do preço da peça de roupa ou acessório, o fundamental é que tenham boa aparência e qualidade. Unir itens de grife com outros comprados em fast fashions – lojas que possuem uma política de produção rápida e contínua, levando ao consumidor as últimas tendências de moda em tempo recorde e com preços acessíveis – é uma boa alternativa para um visual simples e sofisticado. As advogadas propõem o hi-lo para além do look ou das compras, o estilo é uma síntese da vida segundo Mariana. “Nem luxo nem lixo, assim como a vida é. A palavra essencial é equilíbrio”.


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Papo legal

Aposentados que continuam trabalhando podem pleitear novo benefício com aumento.

O

s aposentados que continuaram ou voltaram a trabalhar têm o direito de rever o valor de seu atual benefício.

Cabe informar que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) vem reconhecendo esse direito aos trabalhadores, garantindo a concessão de uma nova aposentadoria em melhores condições, considerando a contagem de todo o tempo de serviço obtido até então. Sendo assim, se uma mulher que contribuiu, em média, na base de R$ 2.365,64 e se aposentou com 30 anos de serviço, o seu benefício seria de R$ 2.026,55. Contudo, se a aposentadoria fosse aos 37 anos de contribuição, ou seja, incluindo-se mais sete anos de trabalho, o valor do benefício passaria para R$ 4.159,00, acarretando, assim, um aumento de R$ 2.132,45. Outro ponto favorável é que, pela decisão do STJ, os aposentados não precisarão devolver o que receberam durante a primeira aposentadoria, pois enquanto vigorou a aposentadoria inicial, os pagamentos, de natureza alimentar, eram indiscutivelmente devidos pelo INSS. Ademais, conforme informou o advogado Marcos Cailleaux Cezar, o único meio de se pleitear essa revisão é através do Poder Judiciário, visto que o INSS atualmente não reconhece esse tipo de instituto. Por fim, é importante que seja elaborado um cálculo específico em cada caso, a fim de verificar qual será o proveito econômico da pretensão de obter uma nova aposentadoria, evitando-se assim perda de tempo com um processo na justiça.

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Por Marcos Cailleaux Cezar é advogado (OAB/RJ 139.643) especialista em Direito do Trabalho e Previdenciário professor de Direito do Trabalho do Estado do RJ marcos@ferreiracailleaux.com.br


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Belo Horizonte, trem bão, sô!!! Texto e fotografia: Leandro Lainetti

N

a edição passada, a Revista UTIL trouxe para você, passageiro, dicas turísticas da cidade de Guarulhos. Desta vez, eu, o repórter Leandro Lainetti, fui explorar a capital mineira, para levar até você as belezas e pontos turísticos da cidade. Com quase três milhões de habitantes, BH tem jeito de metrópole, mas com aquele olhar calmo do mineiro. Ruas movimentadas, muita gente indo e vindo, comércio agitado, enfim, a capital fervilha. Mas em meio a tudo isso, há locais que podem servir como refúgio para quem quer sair dessa confusão. Apesar das características urbanas, Belo Horizonte não deixa a dever quando o assunto são belezas naturais, parques e programas mais leves, que envolvam lazer e cultura. Para conhecer alguns desses lugares, basta seguir o roteiro que preparei abaixo especialmente para você, afinal, a UTIL leva você até lá. Inaugurado em 2004, o Parque Ecológico da Pampulha possui uma área verde de 30 hectares. Dentro dele, é possível saber mais sobre educação ambiental, cultura e, claro, aproveitar muito para o lazer, já que é mais do que permitido – é indicado – que os visitantes aproveitem os gramados para se divertir. O local conta com uma equipe de monitores treinados, que auxiliam os visitantes, principalmente os alunos de diversas escolas que fazem excursões pelo parque. Vale destacar o trabalho de limpeza e manutenção. O espaço é muito bem cuidado, perfeito para curtir com a família, principalmente para quem tem filhos pequenos. Mais: se quiser fazer um passeio de bicicleta, o parque disponibiliza 20 unidades que podem ser usadas em locais específicos. Por fim, há também o Memorial Minas-Japão, espaço criado para celebrar a relação de Belo Horizonte com o país oriental. Em seguida, hora de visitar a Fundação Zoobotâ-

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Parque Ecológico da Pampulha

Tigre no zoológico da Fundação Zoobotânica

nica de Belo Horizonte, local onde ficam os Jardins Zoológico, Botânico e Japonês. Este último, aliás, só funciona às terças-feiras e precisa de agendamento prévio para visitação. O Zoológico possui vários animais, com destaque, claro, para os felinos, sempre os mais festejados pelos visitantes. Na parte que cabe ao Jardim Botânico, é possível conhecer diversas espécies, como plantas medicinais, tóxicas, aquáticas, entre outras. Assim como o Parque Ecológico da Pampulha, o lugar é bem cuidado e tratado, fazendo com que você se sinta muito bem em meio à natureza.


A UTIL leva você | Belo Horizonte

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Entrada do Mercado Central

Iguarias que são vendidas no Mercado Central

MAP – Museu de Arte da Pampulha

Depois do contato com o verde, momento de um passeio mais cultural. Ainda no bairro da Pampulha, fui até o Museu de Arte. Arte, inclusive, é o que não falta por lá. Assim que você chegar, já vai conseguir ver esculturas de Amilcar de Castro, Francisco Ceschiatti e outros artistas enfeitando o jardim, que foi projetado por Burle Marx. O prédio é um projeto de Oscar Niemayer e foi a primeira obra inaugurada do conjunto arquitetônico da Pampulha, um programa de governo da década de 40, posto em prática por Juscelino Kubitschek. A exposição Museu Revelado acontece desde novembro de 2012 e está expondo parte das 1.600 obras do acervo do Museu. Entre elas, peças de Candido Portinari e 16 obras da coleção particular de Assis Chateaubriand. Passeio ideal para quem é apaixonado pelas artes e pela cultura de uma forma geral. Depois dos passeios, é preciso fazer uma pausa para comer. Afinal, BH, assim como toda Minas Gerais, também é conhecida por sua saborosa culinária. O lugar ideal para comer, degustar e comprar todas as delícias típicas da região é o Mercado

Central. São mais de 400 lojas abertas diariamente para os clientes. Entre elas, não há só comidas, como também bebidas, temperos, ervas, açougues, drogarias, lanchonetes, bares, sorveterias, lojas religiosas... melhor parar por aqui, porque a lista é bem extensa. Fato é que o Mercado Central é um dos locais mais visitados de Belo Horizonte. E garanto: se você não quiser comprar nada, ainda assim vai sair com alguma coisinha. Pode apostar. Depois do passeio gastronômico, momento de voltar ao verde. O Parque das Mangabeiras foi inaugurado em 1982 com o intuito de criar uma relação maior entre o homem e a natureza. Localizado ao Pé da Serra do Curral, o espaço é voltado para o lazer, pesquisas, educação ambiental e mais. O parque também preserva boa parte de sua mata nativa, rica em espécies de flora e fauna. Ainda há quadras para prática de esportes e praças para a realização de piqueniques. Os destaques ficam por conta do Mirante da Mata, de onde é possível ter uma vista de toda Belo Horizonte, Cascatinha, local onde cai uma pequena cachoeira, e Lago dos Sonhos.


Parque das Mangabeiras

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Agora que o roteiro já está em suas mãos, não perca tempo e pegue a estrada até BH. Sempre lembrando:

a UTIL leva você até lá!

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Treinamento funcional Por Ana Paula Souza

Cuidar do corpo e da mente é o objetivo de muitos que desejam qualidade de vida quando procuram o treinamento funcional. É um método baseado em movimentos naturais, que utiliza o próprio peso corporal para se obter a melhora da aptidão física. No Brasil, a atividade é ainda é uma novidade, mas começa a ganhar força à medida que os brasileiros dão atenção não somente para a estética, mas principalmente para a saúde de forma global: parte física, mental, a curto e longo prazo. Hoje em dia, por conta da longevidade, o pensamento é começar uma atividade física para melhorar o bemestar e envelhecer com qualidade. E é nessa nova realidade que o treinamento funcional ganha espaço nas agendas, independente de idade, gênero ou necessidades especiais. O estúdio Jungle Gym Brazil implementou o método no Centro do Rio de Janeiro, com aulas personalizadas, acrescentando adaptações das técnicas da Escola Americana de Treinamento Funcional, oriundas dos movimentos do macaco, o monkey bar gym. A metodologia permite aos alunos conquistar objetivos como perda de gordura, ganho de massa muscular e bem-estar, sem exagerar na medida de atividades. Com treinamentos de 40 a 60 minutos diários, o aluno pode perder até 500 calorias por dia e alcançar ganhos físicos e mentais de maneira divertida. Para os que abominam a atividade física nas academias, por exemplo, vale dar atenção a essa modalidade. Os exercícios são realizados de forma lúdica e personalizada. Cordas, argolas de ginástica olímpica, meia-bola e slackline são algumas das ferramentas usadas na prática, assim como os movimentos naturais de subir e descer escadas, agachar, levantar, empurrar e arrastar. “Academias lotadas, horários não tão flexíveis e mensalidades nem sempre acessíveis ao bolso do consumidor não agradam a todos”, comenta o educador físico Saulo Batista.

O treinamento funcional também é procurado por atletas profissionais ou amadores do vôlei, futebol, basquete, judô e MMA, surfe, entre outros. Esses alunos buscam melhorar suas marcas e condicionamento físico para a maratona de atividades. Com o treinamento, eles melhoram as funcionalidades da modalidade praticada. Para Saulo, a vantagem do treinamento funcional é a possibilidade de focar nas atividades individuais de acordo com a necessidade de cada aluno. Já o resultado, o melhor esperado. “Somos procurados por diversos perfis de profissionais, sexo e faixa etária. De empresários a atletas que buscam o condicionamento físico”, lembra o professor. Os benefícios para quem pratica o treinamento funcional podem ser notados no rendimento profissional, pessoal e no prazer pela prática de exercícios. Já para os idosos, a possibilidade de continuar a atividade física na longevidade, também é possível. Segundo o professor, os alunos recebem aulas individuais no estúdio e na própria residência, com exercícios adequados a suas necessidades. Em uma época de conscientização da população com os hábitos alimentares e tarefas físicas, os novos conceitos para bem-estar, alinhados com o treinamento funcional, abrem portas para a motivação da prática de exercícios, até mesmo para aqueles que não eram adeptos.


Esqui na América do Sul Por Suellen Ribeiro www.maniadeviagem.com.br

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inverno está chegando, e viajar para um das estações de esqui da América do Sul é um programa que atrai cada vez mais brasileiros. Existem opções para todos os gostos. As estações estão preparadas para receber não só esquiadores e snowboarders (de iniciantes a experts) como também quem quer descansar, curtir a natureza e paisagens deslumbrantes e, claro, os que querem comprar e badalar. A temporada começa em junho e vai até setembro, mas a alta temporada é na segunda quinzena de julho, coincidindo com as tradicionais férias de inverno dos argentinos. Agora é decidir para onde ir: Chile ou Argentina?

ARGENTINA Bariloche Sim, Bariloche (ou “Brasiloche”) foi e continua sendo invadida pelos brasileiros. Se você quer bons restaurantes, hotéis sofisticados, compras, baladas, vá para Bariloche. Mas se você quer paisagens deslumbrantes... vá para Bariloche. E se você é esquiador ou snowboarder... vá para Bariloche. São 103 km de pistas, com 32 meios de elevação a 30 km da cidade. O Cerro Catedral é um dos mais tradicionais centros de esqui e atrai gente do mundo todo.

Las Leñas Las Leñas é um grande complexo de esportes de inverno. Todos os hotéis são ski-in/ski-out, ou seja, saiu do hotel... caiu na neve! Tudo acontece no complexo, que tem algumas das pistas mais vertiginosas da América do Sul, conhecidas internacionalmente pela qualidade de neve. São 65 km esquiáveis – totalizando 30 pistas de esqui e snowboard. Las Leñas ainda oferece restaurantes, lojas e até cassino, num clima de festa!

Chapelco (San Martín de Los Andes) San Martín de Los Andes, linda cidade em estilo alpino, tem diversas atrações: bons hotéis e restaurantes, além de opções de passeio por seus bosques e lagos. Chapelco é o centro de esqui e está localizado a 20 km da cidade. Reúne quase 30 km de superfície esquiável, 24 pistas e 12 meios de elevação.

Cerro Castor (Ushuaia) Cerro Castor é o programa perfeito para praticar esportes de neve e fazer passeios entre paisagens espetaculares. São 29 km de pistas com neve de alta qualidade, modernos equipamentos e meios de elevação. Ushuaia, a cidade mais meridional do mundo, é repleta de hotéis e restaurantes, onde se pode fazer compras de eletrônicos, perfumes e cosméticos livres de impostos e partir para diversos programas.

Cerro Bayo (Villa La Angostura) Villa La Angostura é uma linda cidade à beira do lago Nahuel Huapi, que oferece atrações durante o ano todo. Sua belíssima paisagem combina uma arquitetura que preserva o ar de montanha com sofisticados hotéis, restaurantes gastronômicos, cafés e pequenas lojas de artesanato e decoração. Cerro Bayo fica a 9 km do centro da cidade. Possui 23 pistas de esqui e snowboard, para todos os níveis, totalizando 14 km e 13 meios de elevação.

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69 CHILE Valle Nevado O Valle Nevado é um resort, localizado a 40 km de Santiago. Possui hotéis de diversos níveis de preço e uma estrutura de lazer que lembra um navio: restaurantes, piscina aquecida, fitness center, sauna e sala de jogos. A qualidade da neve é muito boa, graças ao clima e à altitude do resort. Outras modalidades de esporte de neve, como snowboard, heli-skiing, helisurf, asa-delta e parapente também podem ser praticadas.

Portillo Portillo é um dos centros de esqui mais tradicionais do mundo dos esportes de neve. O resort fica entre a Argentina e o Chile, na Cordilheira dos Andes, cercado de picos por todos os lados e em frente à Laguna del Inca. Tem um único hotel e também oferece toda estrutura de resort: piscina térmica, discoteca, lojas, cinema, academia, restaurantes. Outro destaque de Portillo é seu atendimento: praticamente um funcionário por hóspede, o que garante muita mordomia!

Termas de Chillán Outro resort de montanha, em meio a paisagens espetaculares na Cordilheira dos Andes. Oferece muitas atrações além do esqui – piscina termal ao ar livre, spas, restaurantes, discoteca. O centro de esqui conta com um bom número de pistas – uma das atrações é a pista mais longa da América do Sul.

La Parva, Farellones e El Colorado Bem perto da capital, Santiago, são centros de esqui menores, frequentados pelo pessoal da capital, que tem casas e condomínios na região.


De Belo Horizonte a São Paulo, com rapidez e conforto

A UTIL é a melhor opção para quem embarca na capital mineira com destino à cidade de São Paulo, chegando ao Terminal Rodoviário Turístico da Cidade de Guarulhos. Lá, bem ao lado da rodoviária, você terá duas opções de ônibus para chegar a São Paulo, capital: • 016 – Terminal Urbano Guarulhos/ São Paulo (Metrô Armênia). • 575 (expresso) – Guarulhos (Terminal Urbano Guarulhos/ São Paulo (Metrô Armênia). O preço da passagem, nas duas empresas, é de R$ 3,70, e o percurso leva em média 50 minutos. Anote a dica: a linha 575 é mais rápida, já que não passa pelo centro de Guarulhos. Outras informações sobre horários e linhas podem ser obtidas no site da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU): www.emtu.sp.gov.br. Como o Terminal Rodoviário de Guarulhos está em reforma, os ônibus chegam e embarcam do lado de fora, em frente ao Hospital Geral de Guarulhos.

BH x SP R$49,00

A dica é do Rodrigo Nominato, do blog Aventure-se, feito para gente que adora colocar o pé na estrada e se aventurar por aí. Faça uma visita, deixe o seu recado. O blog, que nasceu 2006, traz uma série de relatos e dicas bacanas para você não cair numa roubada. Rodrigo Nominato www.aventure-se.com

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Feriado, “sinônimo” de viagem

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ão tem coisa melhor do que viajar nos feriados, passar vários dias conhecendo lugares, se divertindo e evoluindo culturalmente. Melhor ainda é viajar com a temática do feriado. A UTIL separou um guia para que você conheça um pouco mais das melhores cidades para se passar o feriado da Semana Santa, com muitos passeios e pontos turísticos religiosos para o descanso espiritual pós-Carnaval. No interior de Minas Gerais, a pequena cidade histórica de Ouro Preto é a mais importante cidade do ciclo do ouro mineiro e um ponto obrigatório, além de ser a cidade natal de Aleijadinho. Com seus casarões centenários e suas montanhas da Serra de Itacolomi, que tem uma igreja em cada ponta das montanhas, o passeio pode ser feito a pé, para se admirar melhor a paisagem. Já na rua

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Claudio Manoel está localizada a Igreja de São Francisco, a obra-prima da arquitetura barroca mineira. Lá, você pode observar as impressionantes pinturas do forro, feita por Manoel da Costa Athayde e as belezas dos entalhes em pedra-sabão da portada e do altar, esculpidos por Aleijadinho. Se estiver em Ouro Preto, pegue a maria-fumaça (que ainda preserva seu estilo antigo), passe pelas belas montanhas e vá até a pequena cidade de Mariana, conhecida como “Berço de Minas Gerais”, pois foi a primeira cidade mineira. Lá você encontra a Catedral Basílica da Sé, que reúne obras dos maiores expoentes da arte barroca mineira. Há tambem o famoso Museu de Arte Sacra, com as principais obras de artistas brasileiros do século 18, sempre com temas religiosos que consistem em obras em madeiras e a óleo. Já na Semana Santa,


A UTIL leva você | Ouro Preto

a comemoração começa na Sexta-Feira da Paixão, quando os fiéis, cobertos por lençóis, percorrem as ruas do centro histórico na chamada Procissão das Almas. No sábado, há encenação da Paixão de Cristo, e, no domingo de Páscoa, a população enfeita as ruas com tapetes de serragem colorida. Outro ponto do interior mineiro que merece ser visto é a cidade de Tiradentes, com suas igrejas de Nossa Senhora do Rosário, erguida pelos negros, a de São João Evangelista, frequentada pelos mulatos, a de Nossa Senhora das Mercês, além da Casa do Padre Toledo, sede da primeira reunião dos inconfidentes, hoje um museu com móveis e objetos do século 18, e o Chafariz de São José. Mas não podemos falar de Semana Santa sem nos esquecermos da pequena cidade de São Lourenço, ponto escolhido por muitos fiéis. Entre seus grandes destaques está a encenação da Paixão e Morte de Cristo na praça da igreja Matriz de São Lourenço, que há mais de 16 anos apresenta seu espetáculo ao ar livre com sete palcos e com telões espalhados para que todos possam a ver. Se você gostou das dicas da UTIL, não perca tempo. Reserve logo a sua passagem para esse maravilhoso passeio que é mais do que religioso, é saboroso. Afinal de contas, além das belas paissagens, as terras mineiras têm uma das melhores gastronomias do país.

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Para salvar o Planeta Algord

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Imagine ser raptado por uma cápsula gigante, depois ser levado a uma galáxia distante. Chegando lá, você descobre que, em sua vida passada, foi um guerreiro poderoso, com habilidades inimagináveis, e junto com seus seis irmãos, mantinha a paz no quase instinto Planeta Algord, que atualmente jaz em ruínas sobre o domínio do grande ditador Sarac. Junto a isso, a sua volta foi feita para que você possa destruir, ao lado de seus amigos, o Imperador e restabelecer a paz na galáxia de Irione. Um pouco fora do comum, não acha? Mas é exatamente esse o desafio enfrentado por Mick Fronsac e seus amigos no livro Os Sete Cavaleiros de Algord – A Torre. Escrito por Michel Fonseca, o livro, primeiro da trilogia, conta como Mick Fronsac e seus amigos passam por esse desafio muito fora do comum. Entre paixões e aventuras, o seu enredo criativo vai muito além de um romance ou conto de ficção. Conheça um pouco mais sobre a obra e seu autor na entrevista que ele deu para a equipe da UTIL: UTIL: O que motivou você a escrever o livro Os falar de vários temas e interligá-los para dar a hisSete Cavaleiros de Algord – A Torre? tória o seu próprio ritmo. MICHEL FONSECA: Em julho de 99, eu sonhei UTIL: Quais foram as suas preparações para monque andava pela avenida Nossa Senhora de Co- tar à história? pacabana sob um forte nevoeiro, não enxergava MICHEL FONSECA: Fiz uma série de pesquisas, li nada, mas sabia que estava perto de casa. Respirei sobre física e astrofísica, como funciona um sistema fundo e quando soltei o ar, o nevoeiro se dissipou solar. Pesquisei sobre anatomia humana, pois queabrindo caminho. Assim que cheguei aonde mo- ria que os poderes dos meus personagens viessem rava, vi um par de olhos vermelhos que brilhavam de uma fonte de energia já existente no corpo hucomo brasa no escuro. Os olhos se aproximaram, mano. Alguns personagens conseguem canalizar e aos poucos fui vendo a forma de um homem essa energia para usar como uma arma. Também vestindo uma armadura imponente e carregando estudei sobre religião, política etc. Foi por isso que uma espada. Não vi seu rosto, pois ele usava um demorei 10 anos para ter a história pronta. capacete. Eu fiquei paralisado, não por medo, mas UTIL: De onde surgiu o nome Algord? espantado com o que via. Foi então que ele disse: “Conte a minha história através dos seus olhos, MICHEL FONSECA: É uma forma que inventei de que eu contarei a sua através dos meus”. Acordei dizer que “todo Deus é um só”– em inglês “all God fascinado com o meu sonho. Peguei um lápis e or Lord”. Então misturei, e nasceu Algord. três canetas de cores diferentes e tentei desenhar UTIL: Os personagens foram inspirados em alguém que você conheça? o que tinha visto em uma folha de caderno. UTIL: Por que você escolheu essa temática de fic- MICHEL FONSECA: Sim, os principais nasceram a partir de seis amigos meus. Quando jovens, éração para a história? MICHEL FONSECA: Sou fascinado por obras de mos uma espécie de “turma do barulho”, até que ficção. Principalmente o que envolve algo sobre um dia uma professora nos apelidou de “Os Cavao futuro ou passado. Escrever uma obra de ficção leiros do Apocalipse”, pois por onde passávamos, me da a liberdade de ir e vir de onde quiser. Posso acontecia algo diferente (risos). Acabamos gostan-


Cultura | Literatura

do do título. Passamos então a ser chamados de “Os 7 Cavaleiros do Apocalipse”. Como sou fã de quadrinhos e de histórias futuristas, tive a ideia de escrever um livro. Mas com 18 anos, não me senti preparado para isso, fui buscar conhecimento para escrever algo que fosse diferente. Assim nasceu Os Sete Cavaleiros de Algord. UTIL: Há no livro um grande ditador chamado Sarac, como você projetou esse vilão? MICHEL FONSECA: Fiz uma pesquisa dos 10 maiores ditadores que o mundo já teve. Vi que o motivo inicial de todos sempre foi a busca pelo poder. E foi isso que os transformou nos maiores inimigos de seus povos. Peguei algumas características de Sargão e de Pinochet e assim criei Telvarius Sarac. UTIL: Como foi o projeto para poder publicar o livro? MICHEL FONSECA: Eu apresentei o primeiro livro para 12 editoras, apenas uma me respondeu e foi por onde eu publiquei o primeiro livro, A Torre. Quando a resposta chegou, eu já havia acabado o segundo. UTIL: Quais dificuldades você enfrentou ou enfrenta com o seu primeiro livro?

MICHEL FONSECA: A principal dificuldade de um escritor é divulgar a sua obra, isso fica muito difícil em um país que lê tão pouco. Isso deixa tanto as editoras quanto os escritores desmotivados. UTIL: Quantos livros você pretende escrever? MICHEL FONSECA: No começo, a ideia seria apenas um livro. Mas a história ficava cada vez mais interessante quando eu me aprofundava nos detalhes e criava uma cultura diferente. Então decidi que seriam três livros, mas enquanto eu escrevia o livro A Torre. Comecei a ter a ideia de escrever sobre Os Sete Cavaleiros de Algord no passado. Então decidi que vou escrever mais uma trilogia para contar como foi o golpe de Sarac, como eles morreram, como era a vida antes do Império. UTIL: O que o leitor pode esperar do seu livro? MICHEL FONSECA: Vou usar as palavras de um leitor: “Mistério, muita ação e romance em uma leitura muito agradável que te prende do início ao fim”.

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A verdade liberta

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om as proximidades de abril, o famoso primeiro dia do mês sempre me rendeu boas histórias. No dia da mentira, me lembro de momentos que tive com um saudoso amigo que era o número um na arte da mentira, e por mais bizarro que possa parecer, eu garanto que essa história é verídica, nos mínimos detalhes.

maneira que as coisas estavam sendo conduzidas. Concordei com tudo que foi dito, peguei o Carlinhos pelo braço, e fomos até a empresa em questão conversar com o proprietário para resolver o mal-entendido. Não poderia me queimar no mercado, ainda mais como um estudante, por conta das loucuras do Carlinhos.

Eu ainda era um estudante de cinema, e na época estávamos rodando um curta-metragem com orçamento baixíssimo. Quando falo baixíssimo, é praticamente zero. Quando temos apenas 18 anos e precisamos rodar um filme, só na base de muita conversa. Meu amigo na direção do curta, que aqui vou chamar de Carlinhos, pegou seu telefone e começou a fazer contatos. Tenho que reconhecer que o rapaz tinha talento: em questão de minutos, conseguimos câmera e equipamentos para a filmagem. Tudo de graça.

Na porta do estabelecimento, estava eu todo nervoso e Carlinhos manda: “Fica tranquilo, parceiro, não fala nada. Deixa tudo comigo”. Escutar isso daquele rapaz era para me deixar ainda mais nervoso, mas com a conta quase virada e com uma dívida de dois mil reais, resolvi entregar pra Deus e para o Carlinhos.

Como todos sabem, nada nessa vida é de graça, e aquelas conquistas vieram em troca de muitas promessas, algumas delas um tanto quanto complicadas. Quando Carlinhos falou para o fornecedor: “Fica tranquilo. Nessa, você tá me ajudando, mas já estou com um projeto aprovado em R$ 7 milhões e vou alugar tudo com você, você me ajuda e eu te ajudo”. A convicção do garoto falando aquilo era tão grande que até eu acreditei e comecei a sonhar que estaríamos juntos em um projeto tão grandioso. As filmagens aconteceram, e cerca de uma semana depois meu telefone toca. Era um famoso fornecedor de equipamentos me dizendo que o secretário do Carlinhos (nem sabia que ele tinha um) tinha passado lá e retirado um equipamento, mas não pagou, e valor das diárias giravam em torno de dois mil reais. Ele disse ainda que não morreria por aquele dinheiro, mas não achava certo a

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Fomos recebidos pessoalmente pelo dono, que a princípio me parecia tranquilo e falou que também já tinha sido estudante e que sabia das dificuldades, mas antes de ele completar o pensamento, a fera pediu a palavra. Carlinhos começou a discursar e a falar da credibilidade dos profissionais envolvidos no projeto, e o garoto manda nomes pesados, e aí lançou: “Cara, você acha que ia te deixar na mão? Sou nascido e criado no cinema, Fernando Meirelles é meu padrinho, Cacá Diegues me chama de filho”. Eu escutava aquilo tudo quietinho e suava por dentro, mas inacreditavelmente estava dando certo. Ele falava nomes de cá, e o chefão mandava nomes de lá, o cara começou a achar que Carlinhos era o um cara muito conhecido no meio e que, com tantos amigos em comum, eles eram companheiros também. E aí ele mandou: “Carlinhos, se você é afilhado do Fernando Meirelles, então é meu afilhado também, não vamos nos desentender por tão pouco, morreu a dívida aqui”.


Coluna | Patrick de Oliveira

Eu assisti àquilo tudo mudo e pensando: “Esse cara tem um dom”. Como ele podia passar tanta credibilidade com uma mentira cabeluda daquelas? Mas o mentiroso se perde quando ganha muita confiança. Quando estávamos saindo, o proprietário pergunta: “Carlinhos, quem é seu diretor de fotografia?”, e o menino manda sem pensar: “É o Mussa! Conhece ele? Trabalhou em ‘Central do Brasil’, ‘Carlota Joaquina’. Ele tá me ensinando muito a cada dia, ele é meu irmão!”. Assustado, o locador respondeu: “Espera aí, você está falando do Mussa que trabalhou no filme ‘O Quatrilho’?”. E Carlinhos foi firme: “Esse mesmo!!!”. O castelo desmoronou em seguida: “Como assim, Carlinhos? O Mussa morreu tem seis meses!!!” Quando eu escutei aquilo, tive até queda de pressão. Como ele iria resolver essa? Mas esse menino me surpreendia a cada dia. Ele não parou nem pra pensar quando recebeu a notícia da morte do Mussa. Carlinhos sentou e, na maior cara de pau, falou: “O Mussa morreu? Ele era meu irmão, eu não posso acreditar!”, em seguida caiu em prantos, ele chorava que nem criança a morte de Mussa. Eu olhava e não acreditava no que estava vendo. O dono da empresa se levantou preocupado com o sofrimento de Carlinhos, pediu pra secretária buscar água com açúcar, e no meio do choro, ele, com a voz embargada nos ombros do locador, balbuciou: “Eu preciso ir, não posso me abater... A vida precisa continuar”. E assim saímos pela porta com as dívidas sanadas e eu quase enfartado. Acredite, meu povo, a verdade liberta!!! Vamos encarar nossos problemas com sinceridade acima de tudo. Os anos de convívio com o Carlinhos me ensinaram a não querer viver perigosamente,e sim sempre trabalhar com a verdade!!

Por Patrick de Oliveira

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É na raça, é na luta Por Cristiano Kubis

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a vida, em certos momentos, é necessário lutar parar realizar um sonho. Mas nessa batalha do dia a dia, muitas vezes é preciso de apoio para superar as dificuldades. Assim, a ONG Luta pela Paz cumpre sua função com resultados expressivos. Fundada pelo ex-lutador de boxe amador inglês Luke Dowdney, em 2000, o grupo utiliza o boxe e as artes marciais para promover educação e desenvolver o potencial de jovens que sofrem com a violência de comunidades ocupadas pelo narcotráfico. Situada na comunidade Nova Holanda, uma das 17 de todo o Complexo da Maré, o espaço oferece, além do esporte, reforço escolar, supletivo, cursos profissionalizantes e, por isso, já colhe bons frutos. Todo ano, mais de 2.250 jovens são beneficiados nas academias. No estudo ou no esporte, meninos e meninas já entendem o quanto é importante lutar para obter uma vida melhor. Dois desses milhares de adolescentes são os irmãos Andrade. Apenas um ano treinando boxe, eles já são verdadeiros campeões. Douglas, de 13 anos, é campeão infantil do Galo de Ouro e está na final do Campeonato Carioca. Já Wellington, de 16, é vice-campeão brasileiro na categoria até 63 kg. Para Douglas, treinar boxe mudou sua vida. “Aqui fez muito bem para mim. Me ajudou a ter mais responsabilidade. Antes eu brigava muito na escola. Hoje não. Só luto no ringue”. O mais velho concordou com o caçula. “Eu também era muito brigão. Agora tenho até medo de machucar minha mão e ficar longe das competições”, completou Wellington.

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Com um cartel de nove vitórias e apenas uma derrota, Douglas lutou menos que o irmão, que já tem 17 vitórias e duas derrotas na carreira. Os jovens de ouro ainda disseram o quanto é importante o esporte na vida da família e o que desejam dentro do boxe. Para o mais novo, longe do projeto talvez estivesse fazendo besteira na rua. Já para o mais velho, se não fosse a Luta pela Paz, sua vida não seria a mesma coisa. “Iria perder um pouco o sentido. Voltei a estudar, mas se surgir a oportunidade de ser profissional, eu vou agarrar. O meu maior desejo é disputar uma olimpíada”, afirmou. Outra promessa da ONG é Carlos Henrique, conhecido como Pitbull. Com apenas 17 anos, já é campeão da Luva de Ouro, um torneio da Federação Paulista de Boxe, e acaba de ser chamado para integrar a Seleção Brasileira. O jovem campeão também ressaltou a importância do projeto. “Eu


Responsabilidade Social | ONG Luta pela Paz

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“O que você e sua equipe conseguiram alcançar no curto espaço de apenas alguns anos é realmente impressionante. Você deve se orgulhar das habilidades e direcionamento dados a tantos jovens, tanto no Brasil quanto aqui no Reino Unido”, diz o primeiro-ministro da Inglaterra, David Cameron, em visita a ONG Luta pela Paz.

estava sem estudar, ficava muito na rua, andando com pessoas que me metiam em confusões. Não respeitava meus pais. Agora, minha vida mudou. Graças à Luta pela Paz, eu pude começar a voltar a estudar. “Para o futuro, meu maior desejo é ser profissional e ajudar minha família. Eu quero construir algo para todo mundo morar junto”. Sobre a convocação para a Seleção Brasileira de Boxe, o menino revelou estar ansioso. “Quando fui chamado, fiquei muito alegre. Bateu uma sensação de dever cumprido. Estou esperando chegar uma carta para saber se vou treinar em São Paulo ou Espírito Santo”, disse ele, que também é campeão brasileiro na categoria juvenil. O responsável por garimpar e lapidar essas joias do esporte brasileiro se chama Antônio de Jesus, mais conhecido como Gibi. Ex-lutador da Seleção Brasileira, quatro vezes campeão brasileiro e com mais de 40 títulos na carreira, é o “paizão” da garotada. Natural da Bahia, Gibi agora ensina tudo o que aprendeu no esporte e na vida. “Aqui eu trabalho com mais de 100 garotos e garotas. Mas nem todos irão se tornar competidores. Por isso, o que nós temos de fazer é pensar mais


na educação, disciplina e, realmente, abraçar essas crianças. É muito bom ver os alunos se dando bem, sendo campeões dentro e fora do ringue. Dá um orgulho muito grande”, afirmou Gibi, com muita emoção. É o caso de Daiane Barbosa, de 21 anos. Apesar de treinar boxe, sua nova paixão são os estudos. A menina, que não estudava e entrou no projeto pela falta de vagas na escola municipal, revelou que a Luta pela Paz mudou o seu rumo. “Eu estava triste, o pai do meu filho nos rejeitou. Quando entrei aqui, a psicóloga me ajudou muito e esclareceu minha mente”. Daiane ainda revelou que o seu desejo agora é entrar para faculdade e cursar engenharia. “Para mim, a Luta pela Paz é uma vitória. Aqui, posso ver além do que imaginava. Tenho objetivo. Aqui eu quero, eu posso e eu consigo”, concluiu. Da maré para o mundo... Luke Dowdney é o responsável por iniciar o programa no Complexo da Maré. E nesses 13 anos de projeto, outras instalações foram abertas nas comunidades Marcílio Dias, Bento Ribeiro Dantas e até em Londres. Na terra da rainha, o “Fight for Peace” (Luta pela Paz), também é sucesso, e até o primeiro-ministro da Inglaterra, David Cameron, ficou encantado. A visibilidade resultou em visita à sede da Nova Holanda. David ficou impressionado com evolução da ONG em tão pouco tempo. “O que você e sua equipe conseguiram alcançar no curto espaço de apenas alguns anos é realmente impressionante. Você deve se orgulhar das habilidades e direcionamento dados a tantos jovens, tanto no Brasil quanto aqui no Reino Unido”, disse o primeiroministro, parabenizando Luke pela iniciativa. Diretamente da Holanda, o assistente social Adam Abu Khamis também ficou tão impressionado com a ONG que está fazendo sua tese de mestrado baseada no projeto. Estudando o tema Cidadania no Esporte, o holandês está alguns meses participando do dia a dia e entrevistando os jovens para formar uma opinião elaborada sobre o assunto.

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Treinando, morando e convivendo na Luta pela Paz, Adam, conversando em bom português, só tem elogios. Para ele, o projeto consegue atrair os jovens e dar uma estrutura a eles. “Aqui é legal, porque todo mundo é amigo apesar da hierarquia. Desenvolve-se autoestima, disciplina e consciência”, completou. Sobre o convívio com os meninos, Adam revelou que ficará com saudade de todos quando for embora. “Mesmo falando pouco, a gente sente amizade. Além de o esporte ser muito bom de praticar e de fazer parte da minha tese, eu gosto de estar aqui”, concluiu ele, que é formado pela Universidade de Amsterdã. O Grupo Luta pela Paz tem um total de 87 funcionários e beneficia, diretamente, mais de 2.250 jovens todos os anos. Ao longo dos próximos três anos, o Luta Pela Paz, ou Fight for Peace, em inglês, treinará 120 organizações comunitárias de diferentes partes do mundo em sua metodologia e na Teoria da Mudança, alcançando um total de 72.000 crianças e jovens.

Os irmãos Andrade já conquistam grandes resultados

Além do esporte, a Luta pela Paz oferece educação e cidadania


Responsabilidade Social | ONG Luta pela Paz

“Para mim, a Luta pela Paz é uma vitória. Aqui, posso ver além do que imaginava. Tenho objetivo. Aqui eu quero, eu posso e eu consigo.” Daiane Barbosa

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Direta

(?) déco, estilo do Cristo Redentor O “estômago” triturador das aves

Tony Scott, cineasta de “Incontrolável”

Tecido de biquínis e sungas (?) Neves, político mineiro Os irmãos gêmeos unidos por uma parte do corpo (?) premiada, opção do criminoso para diminuir sua pena (jur.) A máscara antirrugas Movimento para estacionar o carro

Princípio de Lao-tse Laboratório (abrev.)

Atração de bares em dias de jogos

Examinei o texto

Hiato de “coelho”

“Osso”, em “osteoporose”

Forma do tomate servido em saladas Morto, em inglês

Local da pence em saias e calças

Caráter teológico da fé Inclusive Cantor goiano de “A Fila Anda” BaNCO

Uma das perguntas do “lead” jornalístico

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Fala típica do ascensorista no térreo

F M A C I A L

Juan Pablo Carvalho Beserra Proficiente em Inglês pela Universidade de Michigan

Queixa da população quanto ao atendiMicronutrientes mento em hospitais Fruto usa- (?) kwon necessários aos País comunista do no gua- do, luta músculos e sangue, respectivamente fronteiriço à China camole marcial

V

Aulas de Inglês In Company e em Residência

© Revistas Coquetel

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3/art. 4/dead — onde. 5/lycra. 7/delação — descaso — virtude.

One-On-One English Classes

Medida de volume cujo símbolo é “dal”




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