Revista Util

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Distribuição Gr atuita

Ano VI Março / Abril util.com.br

REYNALDO GIANECCHINI E MARIA FERNANDA CâNDIDO NA PEÇA “A T OCA DO COELHO”: UM DR AMA FAMILIAR SOBRE PERDA,

CULPA, DOR E TAMBÉM SUPER AÇÃO, RECOMEÇO E PERDÃO. PROGR AME-SE.

UTIL Roteiro para a semana santa • COPA DO MUNDO Um passeio pela história das copas. A evolução tecnológica da bola. Muitos estrangeiros já chegaram para torcer. • TURISMO A natureza privilegiada do Rio de Janeiro. Os encantos das montanhas de Minas. • SAUDADE A nossa homenagem a Paulo Goulart.


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Editorial

Abençoada por Deus

A UTIL não apenas leva você até lá, mas aponta caminhos, traça roteiros, cria facilidades para você planejar a sua viagem com todo o conforto e sem sair de casa. Nesta edição, você vai conhecer algumas dicas de destinos para a Semana Santa. Para os religiosos, cidades de Minas, o roteiro da fé. Para quem quer vir ao Rio, também haverá programação religiosa, somada ao turismo ecológico, com uma das vistas mais bonitas da humanidade. Você vai se deslumbrar com essa cidade, que é bonita por natureza e abençoada por Deus. E para a programação da Semana Santa ficar redondinha, mesa farta e chocolate artesanal para o lado mais profano da celebração. E se é redondinha, “pimba na gorduchinha”. Peculiaridades da Copa do Mundo, que vai vestir, em breve, a nação de verde e amarelo. Tem gente que veio de longe e já está no Brasil esperando a brazuca rolar. Aproveite a edição, programe a sua viagem, descubra novos destinos e divirta-se. Se deseja participar da próxima edição, escreva pra gente, sugira reportagens, envie fotos que marcaram a sua viagem. O nosso e-mail: jornalismo@idesigncom.com.br.

Tereza Dalmacio Editora-chefe

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PROGRAME A SUA VIAGEM A UTIL leva você até lá www.util.com.br 0800 886 1000 www.twitter.com/viajeutil

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Líder em vendas de veículos comerciais no Brasil Mais de 60 mil veículos comerciais da marca da estrela de três pontas foram vendidos no mercado brasileiro ano passado. No ano, a Mercedes-Benz emplacou 36.826 caminhões acima de 6 toneladas e, com 13.639 ônibus vendidos, a empresa manteve sua liderança neste setor. A Linha Sprinter reafirma o êxito de sua estratégia comercial, alcançando 9.707 unidades emplacadas e 67% de crescimento nas vendas. Para saber mais acesse: www.guanabaradiesel.com.br

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Reduza a velocidade, preserve a vida


encontro com

Lembre-se, este espaço é seu. Não deixe de escrever pra gente. Envie uma foto. Conte sua história. Aguardamos a sua participação. Envie seu e-mail para contato@idesigncom.com.br. Quer saber mais sobre nosso trabalho? Visite o site www.idesigncom.com.br. Rio, gosto de você Muito bom voltar para Juiz de Fora lendo a revista e encontrar a reportagem sobre o Pão de Açúcar, que eu tinha acabado de visitar pela primeira vez, levando filhos e netos. Melhor ainda foi ter sugerido o tema e vê-lo aqui. Obrigada. Dirce Maria Fernandes, Juiz de Fora UFC Bacana a Revista agora ter a seção sobre lutadores. Espero que se mantenha. Sou um apaixonado pelo esporte, e vocês estão de parabéns por esse trabalho. Mauro Benevides, Rio de Janeiro Carnaval Pela primeira vez fui ao Carnaval de Ouro Preto e fiquei impressionada com o festão. Ano que vem tem mais, pode apostar. Maria Eliza Cardoso e amigos, Rio de Janeiro

FOTO DO LEITOR A Carioca Cristina Souza mandou pra gente a foto do chafariz do Jardim Botânico do Rio. Ele foi trazido em 1895 por Barbosa Rodrigues e idealizado por Herbert W. Hogg, da cidade de Derby, na Inglaterra, no final do século 19. É feito de ferro fundido e tem várias alegorias.

Participe também: A melhor foto é sua O Rio de Janeiro está em contagem regressiva para a comemoração dos seus 450 anos, em 2015. Nós, da Revista UTIL, queremos homenagear a cidade com a sua participação. Mande pra gente uma foto da cidade, de qualquer ponto, dizendo de onde ela é. E não se esqueça de colocar seu nome, para publicarmos aqui. Participe. O nosso e-mail é jornalismo@idesigncom.com.br.

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A cada edição, até o aniversário, traremos o seu olhar, o seu click mágico, em homenagem à Cidade Maravilhosa.


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sumário

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Capa Toca do Coelho

Saúde e Beleza Dra. Heloisa Rocha

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Saúde e Beleza Dr. Mário de Barros

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Saúde e Beleza Isabela Carneiro


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Gastronomia

Semana Santa na Catedral

Santo sabor

38 Copa do Mundo Caderno Especial

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Viajarte Leia, faça, ame, vista...

20 Balé

46

ESPORTE

50

Literatura

58

Homenagem

É coisa de homem

Sangue novo no UFC

Amazon

Paulo Goulart

30 Morro Dois Irmãos A UTIL leva você

sumário

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UTIL


saúde e beleza

O que pode ser alimento para um, pode ser veneno para outro Atenção: o conhecimento dos alimentos que podem causar reações de incompatibilidade é de grande ajuda ao profissional de saúde e ao paciente. Uma dieta variada e adequada às suas intolerâncias individuais é imprescindível para um intestino saudável e uma melhor qualidade de vida. O intestino é de grande importância imunológica, metabólica, fisiológica e funcional para todo o nosso organismo. Mais de 80% das reações imunológicas têm sua origem no intestino, que garante uma barreira quase intransponível contra bactérias, vírus e outros agentes patogênicos. Da mesma forma, age contra proteínas que podem ser reconhecidas como substâncias estranhas. Essas substâncias e fragmentos de proteínas são reconhecidos pelo sistema imunológico como elementos agressores e combatidos através da produção de anticorpos específicos. Ao consumir determinado alimento em quantidade e frequência, ocorrem as reações imunológicas e repetitivas, que estimulam processos inflamatórios. A experiência demonstra que, na maioria dos casos, os alimentos ingeridos diariamente é que causam essas inflamações. E a essas reações anormais aos alimentos chamamos de intolerância alimentar, hipersensibilidade alimentar e alergias tardias.

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A literatura médica descreve mais de 150 sinais e sintomas relacionados a esse grau de intolerância intestinal, dentre os quais se destacam: dor de cabeça (cefaleia), oscilação de humor (chegando até a depressão), ansiedade, dores abdominais crônicas sem diagnóstico, prisão de ventre e/ ou diarreias crônicas sem motivo aparente, doenças autoimunes (tireoidite, psoríase etc.), problemas de pele, obesidade, sinusite, rinite, otite, dermatites, fadiga crônica, palpitações, entre outros. A pesquisa é feita por meio de um exame de sangue específico – o food detective (medido pela presença no seu sangue do anticorpo IgG para determinado alimento pesquisado). Com isso, podemos montar um cardápio funcional, de acordo com a intolerância individual de cada paciente. Esse exame encontra-se disponível na Clínica Spaço Heloisa Rocha.

Dra. Heloisa Rocha

heloisa_rocha@hotmail.com Cardiologista especializada em Medicina Ortomolecular

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saúde e beleza

Diferentemente das alergias clássicas – que são reações imediatas e apresentam sinais e sintomas como reações cutâneas, urticárias e edemas/inchaços (que nos fazem procurar auxílio médico de urgência e normalmente mais nos assustam) –, as alergias tardias são caracterizadas por processos inflamatórios e poderão ser reveladas através de sinais e sintomas nos mais diversos órgãos e tecidos do corpo.


saĂşde e beleza

HPV:

como se proteger dessa doença silenciosa?

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Estima-se que 98% dos casos de Câncer do colo do útero estejam relacionados com o vírus do papiloma humano (HPV). Atualmente se classifica como sendo um dos principais problemas de saúde publica, principalmente nos países mais pobres. Calcula-se que o câncer de colo do útero tem um acréscimo de 500 mil novos casos anualmente no mundo inteiro, e, nos países menos desenvolvidos, a incidência é duas vezes maior do que nos mais desenvolvidos. No Brasil, é o segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres, perdendo apenas para o câncer de mama. A infecção pelo HPV normalmente causa verrugas de tamanhos variáveis. No homem, é mais comum na cabeça do pênis (glande) e na região do ânus. Na mulher, os sintomas mais comuns surgem na vagina, vulva, região do ânus e colo do útero. As lesões também podem aparecer na boca e na garganta. Tanto o homem quanto a mulher podem estar infectados pelo vírus sem apresentar sintomas. Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessa DST, recomenda-se procurar um profissional de saúde, para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado.

A principal forma de transmissão desse vírus é pela via sexual, que inclui o contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Portanto, a infecção pode ocorrer mesmo na ausência de penetração vaginal ou anal. Para a transmissão, a pessoa infectada não precisa apresentar sintomas, mas quando a verruga é visível, o risco de transmissão é muito maior. O uso da camisinha durante a relação sexual geralmente impede a transmissão do vírus. O controle do câncer de colo do útero se baseia na realização do exame de Papanicolau, que permite detectar precocemente as lesões precursoras ou o próprio câncer. O HPV está relacionado com aproximadamente 200 tipos do vírus, podendo ser classificados como de alto, intermediário e bai-

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xo risco para câncer cervical, sendo que 15 se relacionam com o desenvolvimento de câncer genital. Pensando em prevenção, surgiram as vacinas profiláticas contra o HPV. Trata-se de uma estratégia recente, já ao alcance dos brasileiros. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a sua comercialização, e já houve incorporação no Programa Nacional de Imunizações (PNI) para jovens, idealmente antes da primeira relação sexual – entre 11 e 13 anos de idade –, visando a atenção primaria a saúde. O protocolo para as demais idades foi aprovado pelo FDA entre 9 e 26 anos, está compreendido apenas nas instituições privadas. Estão disponíveis no mercado as vacinas profiláticas de dois tipos: a bivalente (Cervarix), que cobre os sorotipos virais 16 e 18, e a quadrivalente (Gardasil), que cobre os tipos 6, 11, 16 e 18. Elas são capazes de induzir a produção de anticorpos contra os tipos específicos de HPV contidos na vacina.

A Sociedade de Ginecologia Oncológica dos Estados Unidos recomenda ainda que a vacinação pode ser realizada entre os 9 e 26 anos, mesmo com exame de Papanicolau anormal, com verrugas genitais e teste de presença viral positivo, pois protegerá contra os outros tipos de HPV presentes na vacina e que a paciente não tenha adquirido; a vacinação simultânea com a vacina contra hepatite B pode ser realizada, desde que aplicada em locais distintos e com seringas diferentes. Ainda não há estudos para aplicação conjunta com outros tipos de vacina. O uso em gestantes ainda está contraindicado, apesar de não haver indícios de teratogenicidade; porém, caso a mulher engravide após o início da série de vacinação, a conclusão do esquema deve ser adiada até o término da gestação. Caso uma dose tenha sido administrada durante a gravidez, nenhuma intervenção é necessária. O objetivo da campanha de vacinação é que se reduza o risco de câncer cervical em 20% a 66%. O Centro Hysteron de Medicina da Mulher, já há alguns anos, vem apoiando a iniciativa da imunoterapia anti-HPV. Lembramos que, se todas estiverem em dia com a rotina ginecológica, tudo se torna mais seguro. Portanto, consultem seus ginecologistas.

Dr. Mário de Barros Filho

contato@hysteron.com.br Ginecologista, Obstetra e Diretor da Clínica Hysteron Medicina da Mulher, no RJ

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saúde e beleza

Antioxidantes - Para uma vida melhor! Correria do dia a dia, alimentação incorreta, falta de tempo para os exercícios físicos, estresse, fumo, álcool, poluição... Fatores que contribuem diretamente para problemas de saúde como aterosclerose, hipertensão arterial, diabetes e alguns tipos de câncer. Uma alimentação controlada permite que o metabolismo tenha condições de produzir energia, fabricar substâncias de defesa, controlar a produção de radicais livres e defender o organismo de muitos males. Portanto, não há mais dúvida quanto à importância da nutrição e dos hábitos de vida na saúde e longevidade do ser humano. Uma dieta inteligente visa o aumento das defesas antioxidantes do organismo contra as ações ruins dos radicais livres onde deve envolver alimentos ricos em vitaminas e minerais, como C e E, betacaroteno, zinco, selênio e manganês. Além disso, devem ser evitados: açúcar, sal, gorduras em excesso, alimentos refinados, alimentos industrializados, álcool e doces em excesso. A grande importância de consumirmos os nutrientes antioxidantes pelos alimentos é que, além das vitaminas, minerais e fibras também são

fontes de substâncias fitoquímicas que trarão maior proteção ao organismo. Alimentos poderosos e ricos em antioxidantes: • CRANBERRY – frutinha vermelha que auxilia na função do trato urinário e diminui os riscos de doenças cardiovasculares. • BLUEBERRY – frutinha roxa grande combatente dos radicais livres e envelhecimento precoce. • GOJIBERRY – frutinha vermelha rica em vitaminas, possui ação anti-inflamatória, ajuda a manter os níveis de colesterol, traz benefícios à pressão sanguínea e previne contra problemas do coração. Além disso, auxilia no emagrecimento e em alguns problemas de impotência sexual. • UVA – fruta rica em flavonoides e resverastrol, auxiliando no aumento do bom colesterol (HDL) e protegendo o sistema circulatório e coração. • GRÃOS INTEGRAIS – ricos em fibras e polifenóis, que atuam na prevenção de doenças como diabetes, danos naturais do sistema nervoso e hipertensão. • SALMÃO – contém ácidos graxos ômega-3 e ômega-6 contribuindo para o equilíbrio do colesterol e prevenção de doenças do coração e câncer. • MAÇÃ – rica em polifenóis e vitamina C, que atuam na prevenção da diabetes, pressão alta, fortalecem o sistema imunológico e combatem os danos naturais do sistema nervoso. • BRÓCOLIS – rico em betacaroteno, selênio, magnésio e vitaminas A, C e E, auxiliando na formação da serotonina (neurotransmissor que melhora a sensação de bem-estar) e fixação do cálcio nos ossos. • BETERRABA – alimento altamente nutritivo, rico em vitamina C, ferro e ácido fólico, indicado no combate à anemia e

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• SOJA – rica em isoflavona, reduz o risco de doenças do coração, aumenta o bom colesterol (HDL) e diminui os níveis do mau colesterol (LDL). • CEBOLA – alimento rico em quercetina, com poder anti-inflamatório e analgésico. • ALHO - rico em alicina, auxilia a melhorar a circulação sanguínea, diminuir formação de trombos e previne doenças ligadas ao envelhecimento cerebral.

Modo de preparo: Higienize os ingredientes. Cozinhe o brócolis no vapor. Após esfriar, pique-o em pedaços pequenos. Reserve. Rasgate as folhas da alface com a mão. Corte o radicchio a rúcula e a cebola como preferir. Reserve. Rale a beterraba e cenoura. Reserve. Triture as nozes. Misture todos os ingredientes da salada em uma tigela. Tempere com azeite e sal a gosto. Sugestão de acompanhamento: posta de salmão grelhada ou assada. Isabella Carneiro bellacsantos@gmail.com Nutricionista do Hortifruti

• FRUTAS CÍTRICAS (LIMÃO, ABACAXI, LARANJA, GOIABA, LIMA DA PÉRSIA) – ricas em bioflavonoides aumentando o tônus das veias, favorecendo a microcirculação. • LINHAÇA – rica em ômega-3, fibras, anti-inflamatório natural, auxilia na prevenção de problemas com colesterol e coração, além de auxiliar o trânsito intestinal. Lembre-se de que a união de bons hábitos alimentares e exercícios físicos contribui para uma melhor qualidade de vida. SALADA ANTIOXIDANTE Ingredientes: 8 folhas de alface americana 2 folhas de radicchio picado 8 ramos de rúcula picada ½ cebola branca picada ½ brócolis cozido 2 colheres de milho ½ beterraba pequena ralada crua ½ cenoura pequena ralada Nozes triturada a gosto Azeite extravirgem para temperar Sal a gosto

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saúde e beleza

fortalecimento do sistema imune. Também é rica em antocianina, que ajuda a prevenir contra cardiopatias e danos ao cérebro naturais da idade.


viajarte CINEMA

MÚSICA

alemão

osb ganha nova casa

Os filmes que envolvem tráfico de drogas e problemas sociais na cidade do Rio de Janeiro fazem bastante sucesso nas bilheterias nacionais. Filmes como Cidade de Deus e Tropa de Elite tiveram bastante repercussão fora do país também. Ainda há as séries e seriados gravados com essas características no enredo, como Cidade dos Homens. Neste ano, chegou a vez de a história da pacificação no Complexo do Alemão ser retratada em um longa-metragem. Alemão, de José Eduardo Belmonete, entrou em cartaz em março e liderou o ranking dos filmes lançados em seu semana de estreia . A produção brasileira ficou na frente de Need for Speed – o Filme, Ninfomaníaca, Volume 2 e Justin e a Espada da Coragem – 3D. Na sinopse, cinco policiais estão infiltrados na comunidade do Complexo do Alemão, no Rio, com a missão de elaborar o plano de invasão das forças de segurança, que resultará na instalação da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora). Mas os traficantes descobrem sobre a operação secreta e começam uma busca incessante para eliminá-los. Isolados e sem contato com o mundo exterior, eles precisam encontrar uma maneira de fugir. O filme é estrelado por Cauã Reymond, Caio Blat, Milhem Cortaz e Gabriel Braga Nunes.

A Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) realizou, dia 17 de Março, às 21h, a primeira apresentação em sua nova sede - a Cidade das Artes (antiga Cidade da Música), que havia sido prometida ao grupo desde 2002 pelo ex-prefeito Cesar Maia. Uma série de concertos especiais está programada para o espaço da Barra da Tijuca para esse ano. Com essa novidade, muitos moradores da região foram conferir a estreia que deu início também à temporada 2014 de apresentações. A OSB é comandada pelo maestro titular Roberto Minczuk. “Ter a Cidade das Artes como nova sede para a orquestra é felicidade pura, pois a sala é excelente e dentro dela se ouve cada nota”, afirmou Roberto. No repertório, houve danças brasileiras como “Frevo”, de Cláudio Santoro; “Mourão”, de Guerra-Peixe/Clóvis Pereira e “Passacaglia para o novo milênio”, de Edino Krieger. Estas peças abriram o espetáculo e mostraram a variedade da música nacional. Em seguida, a Orquestra apresentou a peça do norte americano Leonard Bernstein, “West Side Story: Danças Sinfônicas”, e encerrou com a ópera “Porgy and Bess”, do também norte americano George Gershwin.

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GASTRONOMIA brigadeiro na panela A Páscoa é um período em que os doces são bastante consumidos. O Brigadeiro é típico da culinária brasileira, criado na década de 40, que serve como uma opção de prato para ser feito nessa época. O nome do doce é uma homenagem ao brigadeiro Eduardo Gomes, liberal, de físico avantajado e boa aparência. Há quatro anos, a carioca Carolina Sales tem feito sucesso com sua loja de brigadeiros especializados do Rio de Janeiro. A empresária ensina a fazer uma versão mais requintada para esse queridinho dos “chocólatras”. Brigadeiro meio amargo Ingredientes: 1 Lata de leite condensado, 150g de chocolate meio amargo e chocolate meio amargo ralado para confeitar. Modo de fazer: Adicionar em uma panela o leite condensado e o chocolate meio amargo e mexer em fogo baixo até atingir o ponto de brigadeiro. O ponto vai ser atingido quando a mistura desgrudar da panela. Colocar em um prato fundo para esfriar. Untar as mãos com manteiga e enrolar bolinhas de 20g com a mão. Passar as bolinhas no chocolate ralado e colocar nas forminhas.


viajarte INSPIRAÇÃO

nightlife

grafite no vidigal

pedacinho da ásia

A cada dia que passa o morro do Vidigal, localizado na Zona Sul do Rio de Janeiro, tem se tornando uma galeria de arte a céu aberto. Artistas tem colorido a paisagem dessa comunidade que foi pacificada em 2012. Com isso, o local tem atraído também turistas e jovens para ir ao bairro desvendar seu universo cultural. O clipe da cantora Beyoncé, “Blue”, do seu último álbum homônimo, foi filmado durante sua última turnê no Brasil no ano passado. O vídeo mostra imagens de algumas artes urbanas do Vidigal. Inclusive a do caxiense André Kaja Man, que é um dos organizadores do Meeting of Favela (MOF), um movimento que conta com a participação de mais três grafiteiros da velha guarda carioca Carlos Bobi, Marcio Bunys e Wesley Combone. A iniciativa promove mutirões de grafite para inserir arte, cor, solidariedade e cidadania em comunidades rica em talentos, potenciais e sonhos. Em uma visita ao Vidigal, percebi que as pinturas são baseadas nos pensamentos políticos e sociais de uma parte da cidade que apesar de, muitas vezes, ignorada, é bastante rica culturalmente.

Nada mal depois de um dia na praia, saborear um delicioso prato e beber alguns drinks acompanhados de música. O Mekong é um restaurante que se destaca no Leblon, no Rio de Janeiro. Com culinária asiática, ele tem a reputação de ser um espaço para happy hour ou começar uma “noitada” na Cidade Maravilhosa. O espaço ao ar livre serve uma grande variedade de aperitivos, entradas e bebidas, e um cardápio que também oferece pratos regionais da Tailândia, Indonésia, Malásia e muito mais. Durante quartas-feiras a DJ Mary Byker garante uma animada seleção musical. Para entrar no mercado com o Mekong, há quatro anos, o casal Ana Vance e Mary Byker pretendia que o negócio tivesse uma proposta mais acessível e informal. “As pessoas estão viajando mais, conhecendo outras culturas, e isso faz com que o brasileiro tenha coragem de ousar no seu cardápio”, acredita Ana.

tendência dia do noivo A união matrimonial ainda atrai bastantes casais. Como muitas tradições, às vezes, as renovações acontecem para acompanhar as mudanças do mundo. Os noivos também querem viver essa regalia que só as mulheres viviam. Por isso, foi implementado por uma rede de salões que oferecem serviços de beleza especialmente para o público masculino, o “Dia do Noivo”. Os padrinhos também podem participar dessa experiência que é determinada por diversos pacotes personalizados para melhorar o visual antes da subida ao altar. Thiago Oliveira aceitou investir nesses momentos de luxo que antecedem o casamento e se surpreendeu. “Estou tão nervoso que nem dormi e estar com meus padrinhos, em um ambiente como esse, me deixou mais à vontade e menos ansioso”, afirmou o noivo. Além dos serviços para deixar o look mais belo, ele quis ser mimado com Buffet, bebidas, massoterapia, ambiente climatizado, equipe fotográfica e vídeo game.

Ricardo Oliveira Aprove, discorde, participe pelo e-mail ricardo@idesigncom.com.br

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comportamento

Balé também é coisa de homem As luzes no centro do palco acendem. A música ecoa pelo teatro e da coxia esquerda surge a bailarina. Nas pontas dos pés, ela segue até o centro do palco. Leveza, quase um voo solo. Encantamento. Do outro lado, com a mesma beleza, um dançarino, belo, atlético, vai ao encontro dela. O que se vê é arte, emoção, força e leveza conjugados. Um casal de bailarinos em cena passa toda a energia da dança, originária das cortes italianas renascentistas do século 15, que coloca no palco o teatro, a música e o encontro da fragilidade feminina com a força masculina. As escolas de balé ganharam o mundo. Há as grandes companhias, como Royal Ballet de Londres, San Francisco Ballet, Companhia Boston de Ballet, Salzburg Ballet, e as pequenas, em cada cidade. Possivelmente há uma aí por perto, no seu bairro. Nos países latinos, o preconceito com homens no balé ainda é muito grande. O Brasil não foge a essa “regra”. Os pais querem os meninos jogando bola e não dançando. Como se a opção por essa ou outra atividade determinasse a opção sexual de cada um. Ledo engano. “Existe ainda um forte preconceito entre homens de classe média. Geralmente eles não querem que seus filhos façam balé”, comenta a criadora e diretora artística da escola de dança Petite Danse, do Rio de Janeiro, Nelma Darsi. E complementa: “Muitos homens que ingressam no balé enfrentam problemas dentro de casa com seus familiares. Aqui na Escola as histórias são muitas. Há pai que agride e ofende esse filho porque ele escolheu a dança”. Atualmente a turma masculina da Petit Danse vem do projeto social Dançar a Vida, que acolhe crianças de baixa renda para aprenderem uma arte. “Não temos alunos homens pagantes, apenas meninas. Os homens são todos do projeto social”, relata Nelma. Jean Pierre sofreu no início com o preconceito de seus amigos

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Entre eles está Lucas Mury, de 20 anos. Ele e o amigo, Jean Pierre (22 anos), vieram de Nova Friburgo para a capital fluminense para fazer parte do projeto. O rapaz conta que, mesmo aceitando a dança, sua família não lhe deu apoio total. “Eles sempre deixaram que eu dançasse, mas nunca gostaram da ideia de que eu trabalhasse com isso”, conta. Nelma também explica que muitos pais não acreditam no trabalho dos filhos. “Eles só passam a aceitar e concordar quando os filhos conseguem dar certo na carreira”. O projeto Dançar a Vida oferece dormitório para alunos que vêm de outras cidades, e a procura é grande. Ela acredita que esse distanciamento das famílias e amigos seja a grande motivação para tanta procura. O preconceito dos amigos pode ser um fator de incômodo para quem quer fazer balé. Amigo de Lucas, Jean já dança há sete anos e lembra que sofreu preconceito dos amigos de colégio quando mais novo: “Comecei a dançar com 15 anos, e os garotos do colégio ficavam fazendo brincadeiras, falando coisas como ‘Lá vai o bailarino’. Mas sempre tentei relevar tudo isso”. Para o bailarino Yitzhack Davi (18 anos), também de Nova Friburgo, os problemas com as brincadeiras acabaram sendo mais amenos. “Como meus amigos sabiam que eu havia aprendido artes marciais, eles não eram muito de brincar de maneira ofensiva com o fato de eu fazer balé, então não tive muitos problemas”, conta. Yitzhack acabou conhecendo o


Na contramão do senso comum dos homens que dançam, Yitzhack recebeu o apoio de seus familiares. “Tanto minha mãe como meu padrasto sempre deram apoio para minha escolha”. Esse apoio pode ter sido o fator predominante para que Yitzhack conseguisse correr atrás de seu sonho. “Sem o preconceito dentro de casa, tudo é muito fácil”, revela.

comportamento

balé através da irmã mais nova. “Sempre busquei minha irmã quando ela fazia as aulas de balé. Uma vez, a professora dela pediu para que eu tentasse fazer uma aula, então eu fui e não consegui mais sair [risos]”.

mais

O maranhense Hiago Castro conheceu o ballet através de um amigo de sua mãe

O maranhense Hiago Castro (18 anos) também teve o apoio de seus pais para praticar a dança. “No início, minha família imaginou que seria só um hobby. Mas mesmo quando eu disse que queria vir tentar a sorte no Rio de Janeiro, eles me apoiaram”, conta. Hiago conheceu o balé através de um amigo de sua mãe. “Ele já dançava há muito tempo, e um dia aceitei o convite, e a partir daí me apaixonando pela arte”. Todos os alunos que vêm das outras partes do país sonham em seguir a carreira de bailarino. “Graças ao esforço dos alunos e da escola, conseguimos, ao longo dos anos, formar muitos bailarinos que hoje fazem parte das maiores companhias de dança do mundo”, finalizou Nelma.

Entre os grandes destaques do Projeto Dançar a Vida estão os bailarinos Flaviano Mesquita e Herick Moreira, atualmente na Cia. Salzburg Ballet da Áustria, Helio Henrique, da Cia Boston Ballet, e o bailarino Diego Lim,a do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Yitzhack Davi: ‘ Com o apoio da família tudo fica mais fácil’.

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comportamento

Os alunos fazem reverencia para Nelma Darzi

Hiago sonha em pisar no palco representando a Cia. Royal Ballet de Londres, mas pensa em voltar para o seu país mais tarde. “Quero fazer carreira lá fora e depois voltar para o Brasil para trabalhar com a dança aqui”. O Royal Ballet também é o sonho de Jean, quando ele terminar o curso profissionalizante. Yitzhack tem uma lista enorme de lugares por onde gostaria de passar, entre eles o San Francisco Ballet. Lucas, no entanto, não guarda grandes pretensões de ir ao exterior no futuro, e quer dar aulas de dança no Brasil. É ele também que resume a importância da figura masculina dentro do ballet: “Na realidade, sem o homem não tem como existir o balé”.

O maranhense Hiago Castro ao lado dos friburguenses Lucas Mury, Yitzhack Davi e Jean Pierre

Guilherme Cosenza

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Lucas Mury tem o sonho de dar aulas de ballet depois de formado


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responsabilidade social

Favela Mundo Marcelo Andriotti, formado em Artes Cênicas pela UNIRIO (Interpretação e Licenciatura), iniciou sua carreira em 1993 em Porto Alegre e mudou-se para o Rio de Janeiro em 1999. Como ator, já participou de mais de 15 espetáculos, que percorreram diversas cidades brasileiras e argentinas. Atualmente é também um dos instrutores/oficineiros do CTAC/FUNARTE e professor concursado de Artes Cênicas do Município do Rio de Janeiro. Integrou o elenco da Cia. Circense Up Leon como ator performático, trabalhando no Parque Gröna Lund, em Estocolmo, Suécia, entre abril e setembro de 2012. Representou o Brasil, como convidado, em eventos culturais e pedagógicos, apresentando o Favela Mundo em Cuba (Havana e Holgín) e no México (Cidade do México).

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A ONG Favela Mundo (www.favelamundo.com), do Rio de Janeiro, é um projeto que usa a arte como ferramenta de transformação social. Oferece aulas gratuitas de teatro, violão, dança, maquiagem artística, adereços de Carnaval, entre outras. Atualmente, o grupo está sem patrocínio e depende da boa vontade e disponibilidade de voluntários, até por isso algumas oficinas não estão acontecendo. Apesar das dificuldades, o grupo festeja mais uma grande conquista: o Favela Mundo foi escolhido para ser parceiro da Brigham Young University, localizada em Utah, Estados Unidos, no ensino da língua inglesa no Brasil. Marcelo representou o Brasil no Education First Summer School, evento da Aliança de Civilizações das Nações Unidas, que aconteceu em Nova York.


Depois dessa excelente notícia, a nossa equipe de reportagem conversou com Marcelo Andriotti sobre outros aspectos da organização: o trabalho, as dificuldades e a necessidade de contar com o apoio da sociedade. UTIL: Conte para a gente de onde surgiu a ideia do projeto e quando começou o Favela Mundo. MARCELO ANDRIOTTI: Quando comecei a fazer licenciatura para dar aulas, me dei conta de como os cursos de teatro podem fazer a diferença na formação da pessoa. Eu percebi o quanto mudei, eu era muito tímido. Esse contato com a arte foi importante para o meu crescimento profissional. Melhorou o meu contato com as pessoas. Foi quando comecei a dar aula no Morro dos Cabritos, em Copacabana, de graça, até para ver se era isso que eu queria mesmo. Em seguida, em 2009, decidi largar tudo e oficializar um projeto social que envolvesse teatro e outras artes. Levei dois anos escrevendo o projeto, pesquisando de que maneira faria isso. UTIL: Como foi a experiência nesses dois anos? MARCELO ANDRIOTTI: Fiquei escrevendo o projeto e dando aula, o pensamento era colocar no papel como melhorar a vida deles, relação com pais, entre eles, na escola. Então comecei a adaptar minhas ideias para conseguir enquadrar o projeto na Lei de Incentivo à Cultura, nos moldes do governo. Em 2010, consegui a primeira aprovação e o patrocínio. Desenvolvemos o projeto entre 2010 e 2012 com patrocínio, e de 2012 para cá ficamos sem patrocínio. A lei, infelizmente, não garante, apenas te credencia a bater na porta das empresas, com o certificado, e tentar conseguir o patrocínio. Se uma empresa apoiar o projeto, tem isenção em parte dos impostos. UTIL: Essa falta de patrocínio dificulta muito na realização do projeto? MARCELO ANDRIOTTI: Isso muda muita coisa. Em dois anos, atendemos 506 crianças com a ajuda do patrocínio, fizemos seis oficinas. Sem o patrocínio, não tem como pagar os professores, e todo mundo tem conta para pagar, né? A equipe hoje está formada, acredita no projeto, mas só está trabalhando quem pode trabalhar durante a semana, de graça, e se doar ao projeto. Com a chegada dos Jogos Olímpicos e da Copa do Mundo, a maioria das empresas só quer patrocinar eventos voltados para o esporte. Elas gostam

do projeto, mas preferem focar na área esportiva. Então, ou eu me adapto e transformo num projeto esportivo, ou mantenho a essência e corro atrás. UTIL: Onde vocês já realizaram o projeto Favela Mundo? MARCELO ANDRIOTTI: Já fizemos na Cruzada São Sebastião, no Leblon, e em Bonsucesso, bem ao pé do Morro do Alemão, mas recebemos pessoas de diversas localidades. Agora estamos aqui em Vargem Grande. UTIL: Qual a importância desse projeto para as crianças que participam? MARCELO ANDRIOTTI: Formar cidadãos. Para participar do projeto, o aluno precisa estar frequentando a escola regularmente, ou seja, tem que estudar. E também ajudamos os pais. Já que eles vêm trazer as crianças, criamos oficinas específicas para que possam participar.

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responsabilidade social

A Brigham Young University também desenvolve projetos sociais na África e América Central e conheceu o Favela do Mundo pela internet. Visitaram a sede aqui no Rio, se apaixonaram e agora são parceiros.


eu vou e volto

Estamos no semestre dos feriados. Na Rodoviária Novo Rio, o movimento é intenso: serra, praia, cidades do interior, capitais. Muitos destinos e muita vontade de aproveitar a folga. A UTIL, sempre atenta ao seu movimento, oferece horários extras, frota renovada, vendas de passagem on-line. Programe-se, vem aí a Semana Santa.

Leonardo Azevedo foi ao Rio de Janeiro para curtir o Carnaval. Na volta para Juiz de Fora, o rapaz disse ter adorado os dias de folia. “Fui a muitos blocos”, disse o passageiro.

Passageiro assíduo da UTIL, Victor Cezar Rodrigues disse na sala de espera na Rodoviária Novo Rio que o Carnaval carioca superou as expectativas dele.

A poucos minutos de embarcar para Juiz de Fora, Jéssica Teixeira disse que nunca teve problemas com a UTIL. “Todas as vezes em que eu viajei, deu tudo certo”, completa.

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eu vou e volto

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Em direção ao Guarujá, Luana Souto achou o Carnaval do Rio de Janeiro um show. “Para melhorar, vim e vou voltar com a UTIL tranquilamente”.

Pai e filha, Ledir de Oliveira e Erika Oliveira passaram uns dias no Rio e voltaram a Barra do Piraí. “Viemos curtir o Carnaval na casa da sogra. Visitamos Copacabana e o Corcovado. Valeu bastante a viagem”, afirma Ledir.

Moradora de Barra do Piraí, Sonia Teixeira aproveitou o Carnaval para trabalhar como comerciante. Há quatro anos a passageira viaja com a UTIL. Ela diz que é sempre muito bem atendida e viaja de maneira muito eficaz.

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Pousadas, sítios, fazendas, hotéis cinco estrelas. Ecoturismo, turismo rural, esporte radical. Turismo de aventura. Turismo cultural. Turismo religioso. Turismo gastronômico. Enfim, descobrir Minas é estar em contato com o mais belo do nosso passado. A Estrada Real, por exemplo, que passa por 177 cidades mineiras, oito no Rio de Janeiro e sete em São Paulo, é a soma de três caminhos – Caminho Velho, Caminho Novo e a Rota dos Diamantes – e abriga uma parte bela na sua história. Tudo começou com a necessidade econômica. No século 17, a Coroa Portuguesa precisava ficar de olho na movimentação de riquezas e mercadorias que circulavam entre Minas Gerais e Rio de Janeiro. O ouro e os diamantes eram embarcados na capital da colônia, de onde saíam os navios para Portugal. A Estrada Real era o trajeto de soldados, imperadores, mercadores, artistas e muitos aventureiros. Com o fim desse ciclo econômico e com a chegada da industrialização, a velha estrada ficou esquecida, o que, por um lado, foi muito bom, já que se preservou, contribuindo para a criação de diversos projetos turísticos. “Inicialmente, o caminho ligava a antiga Vila Rica, hoje Ouro Preto, ao porto de Paraty, mas pela necessidade de uma via de escoamento mais segura e mais rápida ao porto do Rio de Janeiro, e, também por imposição da Coroa, foi aberto um ‘caminho novo’. A rota de Paraty passou a ser o “caminho velho” a partir do século 18. Com a descoberta das pedras preciosas na região do Serro, a estrada se estendeu até o Arraial do Tejuco (atual Diamantina), deixando Ouro Preto como o centro de convergência da Estrada Real”.

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Fotos: Eduardo Tropia | www.eduardotropia.com.br

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Bora viajar? Cantos e encantos de Minas


Aproveite o feriado da Semana Santa para conhecer Ouro Preto e cidades vizinhas. A pequena cidade histórica de Ouro Preto é a mais importante cidade do ciclo do ouro mineiro, e um ponto obrigatório, além de ser a cidade natal de Aleijadinho. Com seus casarões centenários e suas montanhas da Serra de Itacolomi, que tem uma igreja em cada ponta das montanhas, o passeio pode ser feito a pé, para se admirar melhor a paisagem. Já na Rua Claudio Manoel está localizada a Igreja de São Francisco, a obra-prima da arquitetura barroca mineira. Lá, você pode observar as impressionantes pinturas do forro, feita por Manoel da Costa Athayde, e as belezas dos entalhes em pedra-sabão da portada e do altar, esculpidos por Aleijadinho. Se estiver em Ouro Preto, pegue a maria-fumaça (que ainda preserva seu estilo antigo), passe pelas belas montanhas e vá até a pequena cidade de Mariana, conhecida como “Berço de Minas Gerais”, pois foi a primeira cidade mineira. Lá você encontra a Catedral Basílica da Sé, que reúne obras dos maiores expoentes da arte barroca mineira. Há também o famoso Museu de Arte Sacra, com as principais trabalhos de artistas brasileiros do século 18, sempre com temas religiosos, que consistem em artes em madeira. Já na Semana Santa, a comemoração começa na Sexta-Feira da Paixão, quando os fiéis, cobertos por lençóis, percorrem as ruas do centro histórico na chamada Procissão das Almas. No sábado, há encenação da Paixão de Cristo, e, no domingo de Páscoa, a população enfeita as ruas com tapetes de serragem colorida.

reunião dos inconfidentes, hoje um museu com móveis e objetos do século 18, e o Chafariz de São José. Mas não se pode falar de Semana Santa sem se lembrar da pequena cidade de São Lourenço, ponto escolhido por muitos fiéis. Entre seus grandes destaques está a encenação da Paixão e Morte de Cristo, na praça da igreja Matriz de São Lourenço, que há mais de 16 anos apresenta seu espetáculo ao ar livre, com sete palcos e com telões espalhados, para que todos possam vê-la. Se você gostou das dicas da Revista Util, não perca tempo. Reserve logo a sua passagem para esse maravilhoso passeio, que é mais do que religioso, é saboroso. Afinal de contas, além das belas paissagens, as terras mineiras têm uma das melhores gastronomias do país.

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Outro ponto do interior mineiro que merece ser visto é a cidade de Tiradentes, com suas igrejas de Nossa Senhora do Rosário, erguida pelos negros, de São João Evangelista, frequentada pelos mulatos, e de Nossa Senhora das Mercês, além da Casa do Padre Toledo, sede da primeira

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Roteiro de fé


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trilha: Morro Dois Irmãos Rio de Janeiro cantado em verso e prosa. Cartão-postal. Vitrine para o mundo. Palco de grandes eventos. Cidade Maravilhosa. Essa cidade cosmopolita se veste com suas belezas naturais para atrair o turista, daqui ou de fora. Os pontos turísticos são muitos. E a cada edição, apresentaremos um local. Começamos com o Cristo Redentor. Em seguida, foi a vez do Pão de Açúcar. Agora, vamos para as alturas. Trilha, mata e uma paisagem de tirar o fôlego. Vem com a gente, porque a aventura vai começar.

Comissária de bordo, Aline Alves

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Guia de turismo, Ana Lima


Para chegar até o ponto de início da trilha, os visitantes podem buscar algumas alternativas de transportes locais. Durante o trajeto, é possível se deliciar com a brisa do mar vinda das praias do Leblon e São Conrado, além das belíssimas vistas da Pedra da Gávea, Jóquei, Lagoa Rodrigo de Freitas, Pão de Açúcar e Cristo Redentor. Não tem como não se impressionar. Para encarar a aventura, é preciso tomar alguns cuidados. Antes de mais nada, é imprescindível ir com uma roupa leve, levar água, boné, protetor solar e repelente. A experiente guia Ana Lima, nascida e criada no morro do Vidigal, já perdeu a conta de quantas vezes fez o trajeto. Sempre quando sobe, ela aconselha que não joguem lixo pelo caminho. Como não é possível manter uma frequente fiscalização, Ana faz o seu papel e, toda vez que sobe, leva sua sacolinha para recolher o que as pessoas deixaram pelo trajeto e dá o exemplo para que outros façam o mesmo. Apaixonada pelo local, ela resolveu fazer dos seus passeios de fim de semana e feriados um extra na renda familiar. Ana é administradora de empresas, mas há três anos, quando tem uma brechinha na agenda, leva cariocas e turistas para conhecer o local. “Esse lugar é como se fosse o quintal da minha casa, conheço a trilha como se fosse a palma da minha mão. Meu hobby agora se tornou um empreendimento. Eu amo o que faço”.

missária de bordo e chegou até o Dois Irmãos acompanhada de dois alemães. Os três se conheceram no ônibus. “Eu estava a caminho da praia e não sabia em que ponto soltar então pedi informação, e eles me ajudaram. Depois de um tempo juntos, eles me fizeram o convite para subir, e aqui estou”. Com muitas histórias na bagagem e com um diário de viagem de colocar inveja, Aline, que já esteve em várias partes do mundo, conta que o Rio de Janeiro realmente é incrível e não tem comparação. “Já visitei diversos países por conta do meu trabalho, e eram lugares incríveis, mas realmente o Rio é um espetáculo à parte e tem lugar especial no meu coração. Eu recomendo a trilha, foi uma experiência maravilhosa”, relata.

Morro Dois Irmãos

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Com o aumento de visitantes, quem ganhou foram a cidade e a comunidade local (Vidigal), que têm verificado um aquecimento na economia. Pessoas de todo o mundo têm visitado o morro Dois Irmãos. Aline Alves é carioca, mas vive viajando para o exterior e, pela primeira vez, fez a trilha. A jovem é co-

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Cenário de muitas novelas brasileiras o morro Dois Irmãos tem 533 metros de altitude e 1,6 km de extensão e é o pano de fundo das praias de Ipanema e Leblon. Quem passa por ali não deixa de eternizar o momento com uma foto. Se não bastassem todas essas qualidades, as belas montanhas ainda reservam uma surpresa que até mesmo os próprios cariocas não têm conhecimento. O morro possui uma trilha que começa atrás da Vila Olímpica do Vidigal e cada vez mais é destino certo no roteiro de cariocas e turistas.


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Semana Santa na Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro A Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro tem novo pároco: Joel Amado. Ele trabalhou por mais de duas décadas na Barra da Tijuca, bairro carioca, e foi ordenado ao sacerdócio há 31 anos. “Todo o período de trabalho na Barra foi de aprendizado para mim, pois crescemos junto com o bairro. Quando fui pra lá, as pessoas estavam chegando. Vi famílias inteiras sendo formadas e crescendo junto com a igreja. Emocionante receber convite de formatura de alguém que eu batizei ou então celebrar um casamento de uma pessoa cuja primeira comunhão foi realizada por mim”, contou o padre. Além do trabalho com a paróquia, padre Joel acumulava outras duas funções – professor de Teologia e coordenador de pastoral. E conciliá-las não era uma tarefa fácil. “Tudo isso faz parte da minha missão, estamos para servir e nunca para ficarmos parados, nosso trabalho é itinerante”, afirmou. Agora cabe a ele a responsabilidade de estar à frente da Catedral Metropolitana de São Sebastião do Rio de Janeiro. O cardeal e arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, designou o sacerdote para um novo caminho. No último dia 9 de março, foi celebrada a missa de posse. A celebração contou com a presença dos fiéis das capelas Santo Antônio e Santa Rosa de Lima e da matriz Nossa Senhora da Vitória,

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que, com o coração apertado e muito carinho, foram prestigiar e rezar pelo desafio que vai enfrentar seu antigo pároco. Duas realidades distintas: sair da Zona Oeste, área residencial, e ir para o Centro do Rio, polo econômico da cidade. É um desafio e tanto, mesmo para um padre com mais de 30 anos de experiência. “Chego a minha terceira paróquia, e o fato de ser Catedral não deixa de ter um certo impacto, porque na Barra havia uma grande quantidade de pessoas morando, e na Catedral não existe nenhum residente e sim ‘passantes”, observou. Com ajuda do padre Marcos, que veio juntamente com ele para essa nova missão, e dos outros padres da catedral, o novo pároco espera cumprir com seu ofício e dar conta da responsabilidade que lhe foi imposta. “Que Deus me dê força e coragem para cumprir o meu dever e enfrentar todos os desafios que terei pela frente. Além do mais, darei pros-


O povo da Barra tem um lugar especial no coração do padre. E, atencioso, ele deixa uma mensagem: “Se pudesse dizer algo para o povo que esteve comigo na Barra, eu diria que foi um prazer trabalhar com eles e que nunca desanimem, pois o crescimento e o potencial do bairro só vão ajudar para que possam com coragem dar prosseguimento ao trabalho”, exclamou emocionado.

Confira a programação da Arquidiocese do Rio de Janeiro para a Semana Santa: Avenida Chile, 245, Centro - Rio de Janeiro Quarta-feira, 16 de abril Benção dos Ramos, procissão e missa solene – 9h Quinta-feira, 17 de abril Missa da Ceia do Senhor – 18h Sexta-feira, 18 de abril Solene Ofício da Paixão e Morte do Senhor – 15h Procissão do Senhor Morto, seguida do Auto da Paixão, nos Arcos da Lapa – 18h Sábado, 19 de abril Vigília pascal e missa solene – 19h30 Domingo, 20 de abril Missa da Páscoa – 10h Almoço pascal da população de rua, com a presença e a bênção de Dom Orani – 11h45

Padre Joel Amado

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Padre Marcos André dos Santos

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seguimento às minhas outras duas funções de professor e coordenador de pastoral”, destacou.


gastronomia

Santo Sabor Aproveitamos a proximidade da Semana Santa para trazer uma nova seção para a sua revista. Aqui você vai sempre encontrar sabores regionais, das cidades que fazem parte do roteiro da UTIL, também receitas universais feitas por profissionais que conhecem os mais doces segredos da culinária. Chefs experientes e renomados. Aproveite a receita que vai tornar a sua Semana Santa muito mais saborosa. O chef Renan Marques, formado pela Faculdade Anhembi Morumbi, na cidade de São Paulo, é o “pai” desse prato de dar água na boca. Ele trabalha há sete anos no ramo, sendo que dois deles passou na Austrália conhecendo a gastronomia local, além de passar um mês na Espanha fazendo curso no renomado Instituto Les Roches. Embora jovem, nosso chef já traz em seu histórico grandes experiências pelos restaurantes em que trabalhou, como o famoso paulistano D.O.M, o do Hotel HYATT São Paulo, além de ter sido o chef auxiliar de Pascal Valero do restaurante KAA. Atualmente Renan é o responsável pela cozinha do restaurante francês Candela, também em São Paulo. Antes de passar sua receita, Renan explicou um pouco sobre os motivos que levam à escolha do peixe para o almoço da sexta-feira santa: “A tradição de mudar a carne pelo peixe na Sexta-Feira santa nasceu do simbolismo cristão. A tradição consiste na carne vermelha sendo a representação do mundo material e seus pecados, já o peixe representa a ressurreição de Jesus Cristo. O Brasil é o segundo maior país cristão. Sendo assim, essa tradição de consumir peixe na Sexta-Feira Santa é extremamente forte aqui”. Mas comprar o peixe pode parecer uma missão fácil, só que não é. Para isso, o chef dá algumas dicas: “Para descobrir se o peixe está fresco, basta prestar atenção nas seguintes regras: o olho tem que estar vivo, brilhante; as guelras laterais, rosadas; o lombo tem que estar macio, e, ao apertar, a pele tem que voltar na hora. Se ficar afundada, significa que não está em boas condições para consumo; e a película interna da barriga deve estar inteira”.

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Outro conselho é comprar o peixe sempre em pontos conhecidos: “É um pouco arriscado comprar peixes em feiras livres, onde normalmente não existem condições ideais de conservação, a menos que haja um fornecedor de confiança. O melhor mesmo é comprar em peixarias e supermercados”. Pedir ao peixeiro que venda o produto já limpo e cortado de acordo com a receita que irá fazer é outro ponto importante. Renan ainda dá as dicas do que fazer com as sobras do peixe: “As carcaças não devem ser descartadas. Elas fazem saborosos caldos, se fervidas com legumes e ervas”. Acompanhe agora a receita para fazer um delicioso cação ao molho de camarão.


gastronomia

CAÇÃO AO MOLHO DE CAMARÃO INGREDIENTES: 1 kg de cação 500 g de camarões pequenos 1 cabeça de alho picado 1 cebola grande picada Cheiro-verde – o quanto baste Limão Taiti – o quanto baste Farinha de trigo – o quanto baste Sal – o quanto baste Pimenta-do-reino moída branca – o quanto baste 2 vidros de molho de tomate com pedaços MODO DE FAZER: Para o cação: Tempere com sal, pimenta, alho e suco de limão. Reserve. Para o molho de camarão: Refogue cebola e alho no azeite. Tempere os camarões e acrescente-os no refogado. Adicione o molho, ferva por alguns minutos. Corrija o tempero e finalize com cheiro-verde a gosto. Finalização: Polvilhe farinha de trigo no cação e, em uma frigideira quente, sele os dois lados. Se necessário, finalize a cação no forno. Sirva com arroz branco ou a guarnição que desejar.

Guilherme Cosenza

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doce sabor

Hora da sobremesa Depois desse peixe maravilhoso, que tal preparar também uma bela sobremesa para a Semana Santa, aquela à qual ninguém resiste: chocolate? Nada mais apropriado para a Semana Santa. Quem traz essa receita dos deuses é a empresária carioca Carolina Sales, que possui uma rede de doces especializada em brigadeiros. A nossa personagem tem uma trajetória de sucesso muito peculiar. Ela trocou a Medicina pelas panelas. Antes da receita, um pouco da sua história: o surgimento dessa rede foi há quatro anos. Mas antes de entrar nesse mercado, ela passou por experiências profissionais bastante diferentes. Veterinária formada, ela exerceu a função por cinco anos. Decidiu fazer faculdade de Medicina e, no sexto período, adotou o hobby de fazer caixinhas artesanais, que eram vendidas em um site. Certo dia, ela teve a ideia de colocar um brigadeiro dentro das caixas. Essa ideia deu tão certo que ela decidiu trancar a faculdade para abrir a primeira loja em frente a sua casa. Pouco tempo depois, inaugurou uma nova sede em um shopping da Barra e outra na Tijuca. Com relação ao segredo do sucesso do empreendimento, ela declara que um dos fatores que colaboraram para isso foi a simples ideia de vender brigadeiro, que começou como brincadeira. Além disso, Carolina acredita que, para que a ideia seja bem-sucedida, não se deve pensar apenas no produto, mas também na forma como ele é vendido. “Tive sorte, pois havia doceiras, mas não uma loja que vendesse brigadeiro especializado”, relata. Apesar disso, ela reconhece que poderia ter executado essa ideia de uma maneira errada. Mas conseguiu chegar a uma qualidade que faz com que se mantenha no mercado. Para aqueles que desejam desenvolver uma visão empreendedora, Carolina recomenda que se informem, e quando perceberem que um produto está ganhando popularidade, que façam um teste para verificar sua aceitação. Para os empreendedores, ela ainda aconselha que deem sempre o melhor si, tenham dedicação e noção de que ter o próprio

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negócio é muito mais difícil do que ser empregado. “Tem que abdicar de feriado ou fim de semana, ter coragem de largar tudo e saber que você é quem tem que dar conta de pagar aquilo tudo. E por mais cansado que você esteja, é preciso chegar ao ambiente de trabalho e estimular todos”, afirma a empresária, que finaliza dizendo que a pessoa tem que gostar muito do que faz e não pensar apenas no dinheiro. Agora você vai entender o porquê de tanto sucesso. Vamos à receita: Brigadeiro meio amargo Ingredientes: 1 lata de leite condensado 150 g de chocolate meio amargo Chocolate meio amargo ralado para confeitar Modo de fazer: Adicione em uma panela o leite condensado e o chocolate meio amargo e mexa em fogo baixo até atingir o ponto de brigadeiro. O ponto vai ser atingido quando a mistura desgrudar da panela. Coloque em um prato fundo para esfriar. Unte as mãos com manteiga e enrole bolinhas de 20 g com a mão. Passe as bolinhas no chocolate ralado e coloque nas forminhas.


Copa do Mundo O Brasil vai entrar em campo com mais de 200 milhões de brasileiros. Por mais que sediar a Copa tenha gerado tantos conflitos, para um país pobre de infraestrutura, que investe bilhões em estádios, o futebol é paixão nacional sim. As lutas ganharam corpo, e há um ditado popular, que diz: “Pipoca não vira milho de novo”. Crescemos politicamente, e o caminho foi aberto. O tempo é de sabedoria e não de excessos. Mas a hora é de vibrar pela seleção canarinho. Fazer uma pausa em todos os afazeres e torcer. Afinal, o Brasil vai em busca do hexa e ganhar dentro de casa terá um sabor mais gostoso. Nada é mais precioso que a nossa morada e o nosso chão. E festa em casa com a vizinhança presente, é bom demaaaaaiis.

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copa do mundo

A Copa do Mundo resumida em 20 bolas A Copa do Mundo chegou. A população de todo o planeta volta seus olhos para os 90 minutos, mais acréscimos e intervalos, que envolvem as partidas. As maiores seleções do mundo se confrontam nos gramados, e desta vez acontecerá aqui no Brasil. Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, diversos pontos do país sediarão jogos que, com certeza, ficarão para história do futebol mundial. A Seleção Brasileira, sob o comando do técnico pentacampeão Luiz Felipe Scolari, promete. Assim como as grandes seleções da Argentina, Espanha, Itália, França etc. Mas nem só de seleções vive a Copa. Não são só elas que ganham o foco do mundo. Outro elemento de tamanha importância fica em destaque. Afinal, sem ela o jogo não pode acontecer. A bola é o elemento primordial para o jogo e passou por diversas modificações. Seu desenho, seu design, sua textura... foram inúmeras as mudanças que ocorreram com a redonda, que até hoje fascina os amantes do esporte número 1 no Brasil. Acompanhe agora a história das bolas da Copa do Mundo, que desde 1930 balançam diversas redes e fazem muita gente gritar e chorar de tristeza e alegria. 1930 – Tiento A primeira Copa do Mundo foi realizada no Uruguai, em 1930. A bola usada na competição era feita de capotão. Fechada com cordas que ficavam à mostra, ela ficou conhecida por ser extremamente pesada. Na final, por não conseguir um acordo sobre qual bola usar, o primeiro tempo foi realizado com uma bola oriunda da Argentina, e o segundo tempo, com uma uruguaia. 1934 – Federale 102 A Copa de 1934 foi realizada na Itália. A Federale 102 era feita de couro e continha 12 gomos. Pesando menos que a anterior, ela marcou uma nova fatia da história do futebol. A vitória da Itália veio após um lance extraordinário do italiano Orsi, que, ao chutar, fez um efeito com a bola no ar que ficou na memória de todos. Esse efeito trouxe polêmica, alguns especialistas dizem que a bola teria ficado oval ao longo da partida, sendo então possível uma trajetória de efeito. 1938 - Allen A Copa de 1938 na França marcou o terceiro lugar da Seleção Brasileira e o bicampeonato italiano. A bola continha os tradicionais 12 gomos, mas sua cor era mais escura do que a das antecessoras, por ser produzida com um couro marrom originário de fornecedores da região.

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1950 – Super Duplo-T Após um longo período de suspensão, devido à 2ª Guerra Mundial, o Brasil foi o país-sede da Copa de 1950. E teve o Maracanã como cenário da final entre Brasil e Uruguai. Em uma disputa histórica, os visitantes conseguiram calar a torcida canarinho, que lotou o maior estádio da América Latina, e o caneco foi para o Uruguai. A bola foi conhecida por trazer uma grande inovação para a época. Criada no Brasil, ela possuía os tradicionais 12 gomos, porém continha uma câmara inflável interna, com válvulas de enchimento, não necessitando mais da costura externa. Mas como sua estrutura ainda era de couro, a chuva fazia seu peso dobrar, dificultando a vida dos jogadores. 1954 – Swiss WC Match Ball A Copa na Suíça consagrou a Alemanha como campeã. Com diversas inovações, a bola trouxe 18 gomos e um tom alaranjado. Foi a primeira fabricada nas dimensões padronizadas pela FIFA, trazendo assim um novo padrão para as bolas, seguidas até hoje em todas as disputas de futebol pelo mundo.


1962 – Mr. Crack O título de bicampeão do Brasil veio na Copa seguinte, no Chile. A bola não tinha sido feita nos padrões FIFA, o que trouxe diversos problemas aos jogos. Entre eles, estava o fato de ela absorver um grande volume de água, o que a tornava extremamente pesada em dias de chuva. Já com o sol, as bolas perdiam sua tonalidade. O fracasso da bola foi tanto que, por diversas vezes, ela foi trocada por outras de padrão europeu. 1966 – Challenger 4-Star A Inglaterra não só foi o país-sede da Copa de 1966 como também se consagrou campeã. A bola escolhida foi a Challenger 4-Star, que continha 24 gomos. Como suas antecessoras, ela era feita de couro, com desenhos colocados juntos e de forma alongada. A bola da grande final entre o time da casa e os Países Baixos teve o mesmo modelo, porém sua cor era marrom-avermelhada. 1970 – Telstar A Copa realizada no México trouxe o tricampeonato para o Brasil. A bola Telstar foi a primeira bola preta e branca. Suas cores foram feitas para ajudar na visualização das imagens na televisão, uma vez que a transmissão ocorria em preto e branco. A bola continha 32 gomos em formato hexagonal e era mais leve. O modelo de cores ficou tão famoso que até hoje é usado.

1974 – Telstar Durlast Seguindo o padrão da bola anterior, a Copa realizada na Alemanha trouxe o mesmo modelo, com sutis diferenças. Contudo, bolas nos tons laranja e de diversas outras cores foram produzidas para melhorar a visualização da bola na neve. A Seleção Alemã ganhou a Copa, deixando o país em festa. 1978 – Tango Batizada com o nome do ritmo de seu país-sede, a Tango mostrava o poder da Argentina. Esse poder foi tanto que rendeu o campeonato para o time da casa. As características da bola não mudaram tanto, a não ser pela presença de tríades pretas formando ao todo 12 círculos em torno da bola. 1982 – Tango España A Copa do Mundo da Espanha fez a Itália levantar o título de melhor seleção pela terceira vez em sua história. A bola manteve sua estrutura anterior, porém sua inovação veio do fato de suportar mais a água, sendo mais difícil a penetração em caso de chuva. Foi a última bola de couro da história das Copas. 1986 – Azteca Realizada no México, a Copa trouxe a primeira bola com estrutura sintética. O campeonato, que consagrou a Argentina como bicampeã mundial, trouxe uma bola que juntou a inovação de uma estrutura sem o pesado couro, com uma homenagem à história do país. A pintura na bola representava as pirâmides construídas pelos Astecas, habitantes da região na Antiguidade.

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copa do mundo

1958 – Top Star A Copa realizada na Suécia consagrou o Brasil campeão, com uma verdadeira lavada sobre o time da casa. O Brasil marcou incríveis cinco gols, enquanto que o time da Suécia fez apenas dois. O modelo da bola foi escolhido entre cem. A bola tinha 24 gomos e costura em ziguezague.


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1990 – Etrusco Unico A Itália foi o país-sede da Copa de 90, quando a Alemanha mais uma vez mostrou sua superioridade e levou o caneco pra casa. Seguindo os padrões históricos da anterior, a Etrusco Unico também teve o intuito de homenagear seu país. Assim, trouxe a imagem de três leões formando 20 círculos como homenagem à Tango. Ela também foi a primeira bola totalmente impermeável, assim facilitando a vida dos jogadores. 1994 – Questra A Copa de 1994 teve os Estados Unidos como anfitrião, e depois de uma intensa disputa de pênaltis, o Brasil se consagrou como o único país tetracampeão do mundo. A Questra foi produzida de maneira que sua velocidade aumentasse com a potência dos chutes. Dessa forma, ajudou, e muito, os jogadores e deu uma dificuldade muito grande aos goleiros. 1998 – Tricolore Em azul, branco e vermelho, a Tricolore foi a primeira bola a ganhar essas cores. A Copa de 1998, que trouxe a superioridade dos franceses sobre o Brasil, aconteceu exatamente no país do time campeão, a França. A bola, diferente da sua anterior, trouxe em sua composição uma espuma sintética que distribuía por igual a energia despejada nela. 2002 – Fevernova A Copa no Japão consagrou o pentacampeonato do Brasil, único país com esse título. Preparada com foco no aperfeiçoamento da bola anterior, a Fevernova levou três anos para ficar pronta. Revestida por seis camadas de diferentes materiais, com triângulos dourados por toda a sua estrutura, a bola foi desenhada para lembrar a shuriken, arma branca usada pelos samurais no Japão antigo.

2006 – Teamgeist Foi na Copa da Alemanha que o mundo ficou conhecendo a Teamgeist (“espírito de equipe”). A bola era composta de 14 painéis curvos e soldados, sendo quase 100% impermeável, que fazia com que a chuva não atrapalhasse o seu desempenho em campo. Outra novidade foi a impressão do nome do estádio, dos times e a data da partida em cada um dos jogos. Para a final, que fez da Itália a campeã sobre a França, uma bola especial foi confeccionada. 2010 – Jabulani A África do Sul foi o cenário escolhido em 2010. A Copa deu pela primeira vez o título de melhor seleção do mundo para a Espanha. A bola escolhida para embalar as emoções nos 90 minutos de jogo foi a famosa Jabulani. Ela foi considerada uma das bolas mais polêmicas de todas as Copas. Tudo por conta da reclamação dos goleiros, que diziam que a bola tomava diferentes trajetórias quando estava no ar. A bola continha 11 diferentes cores, que representavam os dialetos e etnias existentes na África. 2014 – Nome: Brazuca

A Copa de 2014 é do Brasil. A Brazuca é a bola que representará o povo brasileiro em campo. Com suas cores que remetem às famosas fitas da sorte do Senhor do Bonfim, ela inova ao ser a primeira bola construída com apenas seis gomos, tendo um formato mais uniforme quando comparada às demais. Sua estrutura é um mix tecnológico usado em diferentes bolas ao longo do ano. Já o campeão dessa Copa, é esperar e torcer para que a seleção verde e amarela erga mais uma vez a taça.

Guilherme Cosenza

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O mundo desembarca aqui Os apaixonados pelo futebol chegam dos quatro cantos do mundo para torcer pela sua nação na maior competição do planeta. Tem gente que arrumou a vida para chegar com muita antecedência, aproveitar a cidade, se misturar com o povo local e aprender. É o casos dos mexicanos Giovanna Beltrán, Carlos Serna e Eduardo Montano, que já estão há dois meses no Rio e visitam pela primeira vez o país do futebol. Os três vieram por meio de um programa de intercâmbio e, desde que chegaram, têm se deslumbrado com a beleza do Brasil. A Copa do Mundo foi o fator foi decisivo na escolha dos estudantes, que vieram pelo período de um semestre e estarão no Rio de Janeiro no mês do evento. Se não bastasse viver em uma das cidades que receberá vários jogos da competição, ainda estudam bem próximo ao Maracanã, na Universidade Veiga de Almeida (UVA), e não perderam a chance de conhecer o estádio em um dos maiores clássicos cariocas. O jogo escolhido foi Fla-Flu. Eles escolheram a torcida do Fluminense e gostaram muito da experiência. “Os brasileiros parecem mais apaixonados por futebol do que os mexicanos. Foi incrível presenciar a emoção de torcidas tão belas como a do Fluminense e do Flamengo. Foi uma alegria e tanto estar pela primeira vez em um dos estádios mais conhecidos do mundo”, ressalta Eduardo.

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Os três não poderão ir à partida entre México e Brasil, que será realizada em Fortaleza, mas não ficarão de fora da torcida para o país de origem. “Pretendemos assistir ao jogo na praia e vamos torcer muito para a nossa seleção, mas sabemos que o time do Brasil é mais forte. Se o Brasil ganhar, vamos colocar a camisa verde e amarela, que por sinal já compramos. Mas nossa mexicana também já está preparada”, comenta Carlos. A busca por ingressos está concorrida. O trio já buscou informações sobre a compra e tenta reservar seus lugares. Desde que chegaram, não perdem uma oportunidade de conhecer os quatro cantos da Cidade Maravilhosa. Já estiveram em comunidades e até em outros municípios. Giovanna passou um final de semana em Búzios e ficou encantada com as belas paisagens. “Aquele lugar é incrível, com certeza antes de ir embora, voltarei a Búzios para desfrutar mais um pouco”, comenta a jovem. Além de ser o país do futebol, o Brasil também é conhecido pelo samba e pelo Carnaval. Claro que os amigos não desperdiçariam a oportunidade de conhecer uma das maiores festas populares do mundo. “Fomos conhecer o sambódromo no dia dos desfiles das campeãs. Nunca tinha visto nada igual. Antes de viajarmos, esse local já fazia parte do nosso roteiro, e foi uma alegria descobrir que chegaríamos nesta época”, afirma Eduardo.


Jovens estudantes mexicanos que olharam para o Brasil com outros olhos. Os três estão cursando Administração e observam o país como um grande polo econômico. “Meu pai gostaria de que eu fosse para um país d e primeiro mundo, e, quando disse que viria para o Brasil, ele não aprovou muito a ideia, mas o convenci com os argumentos de que esta é uma nação que está crescendo cada vez

Os três voltarão para o México no final do semestre e já planejam um possível regresso com amigos e familiares. Dois meses já foram suficientes para que eles pudessem se encantar e deixar uma pontinha de inveja nos amigos virtuais. A descoberta, a cada passeio e a cada experiência, é uma foto nova que vai parar nas redes sociais. Postagens que rendem milhares de curtidas e comentários de amigos e familiares que gostariam de estar aqui.

Aldilene Mafra

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mais. E ele acabou aceitando. Não me arrependo de ter vindo. Com certeza será uma ótima experiência não só para mim, como também para meus amigos”, acrescenta Eduardo.


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A brazuca vai rolar! E vamos enlouquecer É campeããããão. Com esse grito preso na garganta, vamos às compras. É hora de renovar o armário, de se vestir a caráter para torcer pela seleção canarinho. As vitrines desfilam os mais variados itens em verde e amarelo: blusas, camisas, shorts, calças, meias, tênis, bonés, bandeiras, bandeirolas, cornetas, apitos, óculos, bolsas, mochilas, canecas, muitos brindes. Produtos populares, de grife. Tem para todos os bolsos, mas para a mesma paixão.......Brasiiiiiiiiiiiillllllllllll!

Para você ter uma ideia, restaurantes paulistas acreditam que os pedidos de pizza crescerão em mais de 45% nos horários dos jogos. Para as lojas de eletrodomésticos, a expectativa de crescimento está em torno de 110%, em comparação com a Copa passada.

E o melhor: no quintal de casa.

Brasil e Croácia dão o pontapé inicial da 20ª Copa do Mundo, no dia 12 de junho, na arena do Corinthians, em São Paulo. Cerca de 70 mil torcedores sortudos estarão do lado de dentro do estádio. Mas outros “zilhões”, ao redor do mundo estarão do lado de fora, com os olhos grudados na TV. Aqui em terra brasilis, o país vai parar. E ao nosso primeiro gol, o grito retumbante ecoará no Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Todos numa só voz.

Mas por trás da paixão, o comércio ferve, a indústria trabalha a todo vapor, e o brasileiro já ganha antes do primeiro gol. De pizzas a televisores, o crescimento nas vendas é esperado. A rede hoteleira, em festa. Nas 12 cidades-sede – Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Recife e Salvador –, o ritmo é acelerado para receber turistas dos quatro cantos do planeta. Mais de R$ 25 bilhões são investidos em aeroportos, estádios e novos sistemas de transportes, tudo para adequar a infraestrutura das capitais aos milhares de turistas que virão ao evento. Muito dinheiro, muita controvérsia. Gente contra, gente a favor. Mas o fato é que Copa do Mundo mexe não apenas com a economia, mas também com o sangue do brasileiro. É nessa hora que somos mais patriotas, que inflamos o peito e cantamos o Hino Nacional quase num fôlego só. Somos pentacampeões. Cinco títulos. Os melhores do mundo sim. E na pátria de chuteiras, o hexa é sonho dourado neste Brasil verde varonil.

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E parece que a sede não será apenas de gol. De acordo com a Associação Brasileira de Indústria de Água Mineral (Abinam), o aumento da venda de agua deve girar em torno de 16%.

A brazuca vai rolar! E vamos enlouquecer. Entraremos em campo com o coração e todo o conhecimento futebolístico que adquirimos logo ao nascer. Como bons brasileiros, somos técnicos, artilheiros, goleiros, centroavantes. Somos uns apaixonadoooos. A nossa seleção pisará no gramado acompanhada por mais de 200 milhões de “técnicos”. Cada brasileiro estará lá... secando a Croácia. O primeiro passo rumo ao título. Será!?! Pelo sim, pelo não, vamos fazer nossas promessas, torcer, vibrar, gritar.... Vai na fé, galera. E se Deus quiser, correremos para o abraço!


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ESPORTE

Sangue novo no UFC O Brasil sobe no octógono do UFC. O país, que já se transformou em um verdadeiro celeiro de grandes talentos no mundo da luta, lança mais um guerreiro, o kickboxer Hernani Perpétuo. Carioca de 28 anos, Hernani veio se destacando no mundo da luta em competições de kickboxing e de MMA por todo o mundo. O talento e o sucesso que Hernani vem demonstrando em seus combates fizeram com que ele ganhasse um contrato para lutar no maior torneio de artes marciais mistas do mundo, o UFC.

tumando com a ideia e me acalmando”. Mesmo com o curto tempo para a luta, Hernani se diz preparado para o combate com o adversário: “Estou tranquilo, o tempo que temos é suficiente. Tenho treinado duro com o meu preparador físico e confio na minha equipe. Com certeza estarei no máximo do meu potencial no dia da luta”.

O evento, que consagrou campeões brasileiros como Carlson Gracie, Anderson Silva, Lyoto Machida, José Aldo, Renan Barão, Junior Cigano e trouxe de volta a cena Wanderlei Silva, Mauricio Shogun Rua, os irmãos Nogueira e Vitor Belfort, ganha agora mais um brasileiro que chega com vontade de vencer. A estreia de Hernani será na categoria dos pesos-médios no UFC on Fox: Werdum x Browne, no dia 19 de abril, em Orlando, nos Estados Unidos. Para a primeira luta, Hernani enfrentará o canadense Jordan Mein, que, apesar de sua pouca idade (24 anos), é visto como uma promessa do esporte: são 36 lutas na carreira, sendo 27 vitórias e nove derrotas. Mas isso não parece abalar o brasileiro, que se mostra muito confiante para o confronto: “Eu confio no meu jogo em pé. Estudei bem o meu adversário, sei que ele é um ótimo kickboxer. Estou confiante e espero uma boa luta. Estou me preparando pesado para isso”, afirma. Quanto ao resultado esperado da noite, ele é incisivo: “Com certeza eu espero ganhar com um nocaute”.

Hernani é da equipe Nova União, que lançou os campeões José Aldo (peso-leve), Renan Barão (peso-galo) e Junior Cigano, (ex-campeão dos pesados). Para sua preparação, o lutador treina todos os dias na academia Delfim, localizada na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro, com o seu preparador físico e treinador, Daniel Malvino, o Pirata. O treino de Hernani consiste em lutas em pé, (ele faixa preta de kickboxing), e treinos de jiu-jítsu. “Eu me preparo bem para não ser surpreendido. Mesmo meu forte sendo a luta em pé, eu confio no meu chão também”, analisa. Pirata se mostrou confiante com o rendimento de seu pupilo: “O Hernani tem tudo para ser um grande lutador dentro do UFC. Ele é extremamente habilidoso e dedicado nos treinos. Um exemplo para qualquer lutador”. Essa habilidade e dedicação nos treinos fizeram com que ele levasse para casa o cinturão mundial dos meios-médios do Shooto em agosto do ano passado, após uma luta de cinco rounds contra o belga Tommy Depret. Após há vitória no Shooto, Hernani se consagrou como um dos cinco brasileiros campeões da competição, que tem entre eles ninguém menos que Anderson Silva.

A notícia de que Hernani estrearia no evento veio de última hora quando o argentino Santiago Ponzinibbio, conhecido por participar da segunda edição do TUF Brasil, teve que abandonar a competição devido a uma lesão em seu pé. Por conta disso, o brasileiro foi o cotado para substituir o argentino. “Não foi muita surpresa pra mim. Quando assinei o contrato com o UFC, me disseram que a qualquer momento eu poderia ser chamado para competir”, conta o lutador, que assinou contrato com o evento ainda no final do ano passado. Hernani também garantiu que a estreia não é uma preocupação para ele: “De começo, eu fiquei um pouco nervoso com a ideia de lutar no UFC, mas com o passar do tempo fui me acos-

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ESPORTE Mas antes de ganhar esse que é um dos maiores eventos de MMA, o lutador ganhou diversos campeonatos amadores de kickboxing, entre eles os Campeonatos Brasileiro, Pan-Americano e Mundial, todos no estilo low kick. O segredo para o sucesso dele que traz em seu cartel 17 vitórias, sendo oito seguidas, três derrotas e um no contest é a disciplina e o compromisso com os treinos. “Abdiquei de muitas coisas para estar aqui hoje, tenho compromisso com o meu trabalho. Por isso, me dedico e foco a minha carreira”. Essa dedicação pode ser vista notoriamente em seus treinos. Hernani contou para nossa equipe que sua preparação acontece todos os dias, e de manhã, à tarde e à noite. Quando perguntamos se a cobrança por ingressar

no UFC seria maior, ele puxa a responsabilidade para si: “Acho que a maior cobrança é minha, mesmo. Batalho e espero essa oportunidade há muito tempo. Por isso, quero estar o melhor possível para a luta”. Pirata conta os motivos que fazem de Hernani um grande lutador: “Ele tem uma virtude que poucos lutadores têm: é fiel a sua academia e seus treinadores. Lutar, qualquer um pode, mas ter coração de um lutador é para poucos”.

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ufc

UFC: Werdum x Browne 19 de abril de 2014, em Orlando (EUA)

Hernani Perpétuo é mais um nome brasileiro pronto para fazer história no UFC. Mas mesmo com todas suas qualidades notáveis, o lutador mantém os pés no chão: “Todo mundo que entra no mundo da luta almeja o título de sua categoria, mas de começo quero mostrar o meu trabalho e conquistar o meu espaço dentro do evento”. Hernani e Jordan farão a quarta luta do card preliminar da noite, que terá como a luta principal o também brasileiro Fabrício Werdum contra o americano Travis Browne. O evento promete grandes lutas do início ao fim, com diversos brasileiros. Então, faça sua torcida e apoie o mais novo talento a ingressar no UFC.

Guilherme Cosenza Aprove, discorde, participe pelo e-mail guilherme@idesigncom.com.br

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CARD PRINCIPAL Peso-pesado: Fabricio Werdum x Travis Browne Peso-galo: Miesha Tate x Liz Carmouche Peso-leve: Donald Cerrone x Edson Barboza Peso-médio: Yoel Romero x Brad Tavares CARD PRELIMINAR Peso-leve: Rafael dos Anjos x Khabib Nurmagomedov Peso-leve: Pat Healy x Jorge Masvidal Peso-meio-médio: Thiago Pitbull x Seth Baczynski Peso-meio-médio: Jordan Mein x Hernani Perpétuo Peso-médio: Josh Samman x Caio Monstro Peso-pesado: Derrick Lewis x Jack May Peso-pena: Mike Brown x Estevan Payan


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lietratura

Amazon As árvores caem na floresta Amazônica. O barulho ensurdecedor das máquinas usadas para a destruição das árvores assusta os animais, que aos poucos vão perdendo seu habitat. Em meio à destruição, uma ave gigante voa, fazendo uma enorme sombra no chão, chamando a atenção dos destruidores. O pássaro começa a voar cada vez mais baixo, para o espanto de todos, que começam a correr ao ver o que de fato era aquela ave. No meio da corrida entre as matas, os homens sentem a presença de outro animal. A sensação de estar sendo vigiado começa aumentar a cada instante. Todos se juntam ao lado de um riacho e sentem um terrível medo ao ver que, da escuridão da mata, dois olhos amarelos começam a se aproximar. Quando a mata se mexe mostrando que o animal irá sair, todos correm e entram no rio. Porém, de maneira quase instantânea, todos são jogados para a fora. Diante deles, o gigante pássaro azul que os havia assombrado pousa, demonstrando ser uma mulher vestida com uma armadura de arara-azul. Seu nome é Aiara. Da mata, sai o grande Aiuã, o Guerreiro Tigre, com sua armadura dourada e reluzente. De dentro do riacho, com um enorme salto, aparece Akatan, o Guerreiro do Boto, com sua armadura vermelha. Os três juntos formam os “Guerreiros da Amazônia”, incumbidos de proteger a Floresta Amazônica de todos os males que a assolam.

Na realidade, os três guerreiros são Cynthia, Kleyton e Allan, que ganharam seus poderes quando, após um acidente de avião, foram parar no centro da Floresta Amazônica. Depois de serem envenenados por uma fruta, os três foram resgatados pela tribo Amazon, que após salvar suas vidas, os treina para se tornarem os “Guerreiros da Amazônia”. Junto com as demais tribos, eles vão ajudar a preservação da floresta e vencer o cientista maléfico Dr. Zach, vilão sem escrúpulos que a qualquer custo quer encontrar a tribo Amazon, para pegar a “Flor do Sol”, que poderá lhe dar muito poder. E é embalado nessa trama entre o Bem e o Mal que a trilogia do livro Amazon – Guerreiros da Amazônia, criado por Ronaldo Barcelos, acontece. Entre muita ação, lições de vida e

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No entanto, a concepção inicial era criar a história com heróis brasileiros, e que ela se transformasse em um desenho animado: “No começo, conseguimos fazer um desenho em um site, porém com a ‘bolha da internet’, os sites perderam dinheiro. Então tivemos que parar”. No entanto, o autor viu essa fase de forma positiva: “Foi bom para que trabalhássemos melhor a história, elaborássemos mais”. Hoje Ronaldo já conseguiu publicar dois livros sobre os guerreiros e já tem previsão para o terceiro conto. “Conseguimos publicar dois livros. O terceiro, que encerra a saga, já está em produção e deve ser lançado no final deste ano ou no começo de 2014”, revela. Ronaldo conta com ajuda do amigo e designer gráfico Ronaldo Santana: “Foi ele quem desenhou e produziu todos os personagens, tanto os do livro como dos desenhos”.

abririam a porta pra gente, mas acabou acontecendo, e estamos muito empolgados”, comemora. Ronaldo mostrou para nossa equipe a diferença entre os desenhos feitos para o livro e para televisão: “Existem algumas diferenças. No livro, os desenhos são mais sóbrios, ao contrário do desenho animado, que pede um outro tipo de design”, explica. O autor conta que a inspiração veio dos antigos desenhos americanos e japoneses. “A cultura do desenho animado é de lá. Por isso, não tem como fugir muito desse tipo de animação”. A história tem um grande teor educacional e pode ser usada para ensinar a crianças de todas as idades um pouco mais sobre a floresta brasileira e seus perigos. Com muita ação e aventura, a saga dos Amazons é um livro que vale a pena ser lido, não só pelas crianças, como também pelos adultos.

Após a realização dessa entrevista, o projeto Amazon – Guerreiros da Amazônia recebeu o Prêmio Hugo Werneck de Sustentabilidade & Amor à Natureza. Conhecido como o “Oscar” da Ecologia, o prêmio é referência no estado de Minas Gerais e é uma iniciativa do Grupo Ecológico.

Atualmente, a história dos guerreiros Amazon está prestes a voltar a ser desenho animado. Tudo por conta da conquista dos dois amigos, que conseguiram espaço para apresentar seu trabalho em uma emissora do Amazonas. “Ficamos imaginando que seria difícil entrar ali, afinal somos todos cariocas e não acreditávamos que eles

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literatura

romance, o autor conta e ensina ao leitor os perigos que uma das principais florestas do mundo corre: “A ideia é contar uma história com diversão e entretenimento inserida em um bom tema. Pensei na Amazônia por ser um ponto forte de hoje, com o conceito de sustentabilidade e preservação ecológica”, conta Ronaldo.


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A Toca do Coelho

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A montagem, inédita no Brasil, mostra o drama de uma família atingida por uma tragédia que irá reconfigurar as relações e traçar um novo caminho para todos os envolvidos.

Fotos: João Caldas

Grande sucesso na Broadway, A Toca do Coelho foi escolhido melhor texto no seu ano de estreia. Na ocasião, a atriz Cynthia Nixon – de Sex in the City – recebeu o Prêmio Tony de melhor atriz pela encenação da personagem Becca. Em 2010, Nicole Kidman convenceu o autor a roteirizar Rabbit Hole para o cinema e concorreu ao Oscar como melhor atriz por sua atuação como Becca em 2011. David Lindsay Abaire é um consagrado escritor e letrista americano. Na versão americana Rabbit Hole, ele ganhou o prêmio Pulitzer de 2007 e várias nomeações ao Tony em 2008, pela montagem teatral. Simone Zucato, idealizadora e produtora do projeto, escolheu, adaptou e traduziu o texto de Lindsay-Abaire. Simone, que na peça interpreta Isa, foi quem convidou Dan Stulbach e o elenco. “Fiquei atrás de um texto por dois anos e, quando li A Toca do Coelho, tive certeza de que era o que eu estava procurando. Depois disso, foi uma luta para conseguir comprar os direitos e montar o espetáculo”, conta. A peça se passa na casa dos Corbett. Becca (Maria Fernanda Cândida) e Paulo Corbett (Gianecchini) precisam retornar à sua existência cotidiana, após uma perda chocante e súbita. Oito meses antes, eles eram uma família feliz

com tudo que queriam. Agora, estão presos em um labirinto de memórias, desejos, culpas, recriminações e raiva, e seguem caminhos opostos nesse labirinto. Enquanto Becca encontra dor nas lembranças familiares, Paulo encontra conforto. Becca tenta lidar com as questões familiares com sua irmã, Isa, e sua mãe e estende a mão para o adolescente envolvido no acidente que provocou todas as mudanças em suas vidas. O casal tenta reencontrar o seu caminho de volta para uma vida que ainda tem potencial para o riso, a beleza e a felicidade. O resultado dessa jornada é uma visão intimista dos dois, que precisam reaprender a se envolver um com o outro. Assim, perdidos em seu sofrimento, os Corbetts fazem escolhas surpreendentes para seu futuro. Após uma temporada de sucesso em São Paulo, o espetáculo está em cartaz no Rio, Teatro Leblon (sala Fernanda Montenegro) e fica em cartaz até junho. Um bom programa para o seu fim de semana.

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O premiado A Toca do Coelho, de David Lindsay-Abaire traz Reynaldo Gianecchini, Maria Fernanda Cândido, Selma Egrei, Simone Zucato e Felipe Hitze no elenco e marca a estreia de Dan Stulbach na direção.


educação

Na contramão do país Números mostram que o brasileiro não gosta de ler, mas mesmo assim, tem gente contrariando essa estatística.

Ler é tão importante como beber, comer, dormir ou andar. Seja no trabalho, para estudar ou apenas para relaxar, compreender o sentido das letras que formam palavras, frases, textos é essencial. Mas apesar de tantos benefícios, de acordo com a pesquisa Retrato da Leitura no Brasil (Instituto Pró-Livro), o número de brasileiros considerados leitores, em 2011, caiu de 95,6 milhões (55% da população estimada), para 88,2 milhões (50%). Para piorar, além dos alfabetizados estarem lendo pouco, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) divulgou, este ano, que o país é o oitavo com analfabetos adultos num total de 150

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nações. O Brasil ficou semelhante a países como Colômbia e Tunísia e atrás da Costa Rica, por exemplo. Sim, o cenário é ruim. Mas, nadando contra essa maré, Nilton dos Santos (49 anos), morador de Niterói, é um ponto de luz frente a todo esse pessimismo na leitura brasileira. Porteiro e garagista há 22 anos, ele gosta de trabalhar no plantão da madrugada. Com silêncio e tranquilidade, entre um tempinho ou outro, ele espanta o sono lendo clássicos da literatura brasileira e estrangeira. Leitor assíduo, ele acumula uma marca de 600 livros já lidos. O gênero que mais o atrai é ficção. Mas Nilton gosta também de história, romance, poesias, religião, autoajuda e muito mais. Entre os preferidos dele: A Ciência Sagrada dos Incas (Carlo Ribas); Divina Comédia (Dante), A Gênese (Allan Kardec) e A Menina que Roubava Livros (Markus Zusak), entre tantos outros.



educação

“Ler nos conduz a um mundo paralelo, que existe de fato. Promove um outro olhar contra a nossa parca percepção de como vemos as coisas. Momentos da vida passam a ser percebidos ou sentidos quando pensamos intensamente na sua existência. Apenas pare no tempo. E ele será visto aos seus olhos. Simplesmente pense, e tudo será mais visível e sensitível”, reflete.

Nilton conta que ler direciona os pensamentos dele para o lado externo. “Percebo que algum trecho dos textos é um cantinho de recados”, diz. Para ele, os números ruins sobre a leitura no Brasil se devem ao fato de não haver estímulos suficientes aos alunos nos períodos iniciais da aprendizagem, e também pelos altos preços dos livros ofertados no mercado. Um brasileiro comum, que batalha todos os dias. Com o salário de garagista, de pouco em pouco, com parcelamentos, ele forma sua biblioteca. Formado em escola pública, Nilton foi atraído pelos livros pela necessidade de conhecer de tudo. “Me informar ajuda a me autoconhecer como cidadão”, completa. Ele afirma também que ter livros doados em casa e a coleção de revistas do pai sempre foram outros estímulos.

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Aficionado por cultura, o garagista tentou fazer uma faculdade de Biologia, mas a dura jornada de trabalho na madrugada impossibilitou a conclusão. Colecionador também de DVDs originais e moedas antigas, Nilton diz ter um sonho. “Quero ver o povo mais esclarecido, para educar melhor as nossas crianças. Só assim, no futuro, a sociedade será mais consciente de suas necessidades urgentes e, só então, fará da educação o principal modificador de nossa situação sociopolítica atual”. Em sua casa, Nilton possui guardados mais de 200 livros de diversos títulos, 33 suplementos para jornais e 25 revistas de informação ou científica. Leitor desde 1975, enquanto estudava a 3ª série primária, para ele, o fato de ler, transforma simples pessoas em reformadoras de toda uma nação. Quiçá de todo o mundo.

Cristiano Kubis


Dez livros indicado pelo leitor: 1. A Ciência Sagrada dos Incas (Carlo Ribas) 2. Divina Comédia (Dante Alighieri) 3. A Gênese (Allan Kardec) 4. A Menina Que Roubava Livros (Markus Zusak) 5. A Rebelião de Lúcifer (J.J. Benítez) 6. Crash – uma Breve História da Economia (Alexandre Versignassi) 7. Malinche (Laura Esquivel) 8. Quando um Crocodilo Engole o Sol (Peter Godwin) 9. Os Mistérios não Explicados pela Ciência (John Malone) 10. Os Trabalhadores do Mar (Victor Hugo)

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homenagem

Nosso adeus a Paulo Goulart Paulo Goulart foi capa da Edição de agosto de 2011. A jornalista Débora Moken, entrevistou o ator em sua casa, contou um pouco da sua história , do amor com a Nicete Bruno, da família apaixonada, da carreira. O perfil desse monstro da dramaturgia brasileira encantou milhares de leitores. Muitos nos escreveram falando da grande admiração pelo ator. E com a perda recente (o ator morreu no último dia 13) fomos vasculhar nossa gavetas, relembrar um momento especial e homenagear aquele que emocionou a tantos no teatro, na TV e no cinema. Com certeza a arte brasileira está mais pobre.

Entrevista 2011 Paulo Afonso Miessa, conhecido publicamente como Paulo Goulart, é paulista do interior de Ribeirão Preto, um apaixonado pela vida, e a celebra diariamente. Casado com a atriz Nicette Bruno, é pai, avô, um homem totalmente família. Na vida profissional, transita pela dramaturgia brasileira com total maestria. Já emprestou seu talento para dezenas de novela e a primeira, Helena, em 1952. No momento, atua em “Morde & Assopra”, como o Dr. Eliseu. De lá prá cá, muitos trabalhos e diversos sucessos, tanto na TV quanto no cinema. Vamos conhecer um pouco mais do homem Paulo Goulart.

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Paulo Goulart: Meu pai tinha uma emissora de rádio no interior de São Paulo, onde trabalhei como operador de som e locutor. Ao mesmo tempo, estudei Química Industrial, fiz teste para ator na rádio Tupi. Passei e fui contratado, nunca tinha trabalho com isso antes. A partir daí, comecei toda uma trajetória de vida, misturando a Química Industrial e o que eu queria fazer da vida. Quando conheci a Nicette Bruno em um espetáculo de teatro, defini a minha vida em relação à carreira que queria seguir. O encontro com a Nicette Bruno foi a outra metade da minha vida, foi quando começou toda uma outra etapa. Revista Util: Mas você chegou a se formar em Química Industrial, e depois seguiu a profissão de ator? Paulo Goulart: Não me formei; desisti para o desespero do meu pai (risos). Ele questionava: “Meu filho, você vai ser artista, que coisa maluca!”. E respondia que tinha encontrado o que queria ser na vida, e, portanto, gostaria de começar tudo de novo. Fui autodidata no meu ofício e descobri que tinha talento. Nasci no interior, em fazenda. Quem nasce em fazenda está sempre vendo o mundo de uma forma em que tudo que acontece na vida é uma somatória. Nunca tive o grande sonho de ser isso ou aquilo, por isso a vida para mim é uma somatória de conquistas. Claro que, quando você adquire conhecimento, seu horizonte se amplia, e muito. Mas mesmo assim, ainda mantenho esse lado caipira, em que tudo se soma, e isso é bom, porque você não tem ambições, porém vontades a partir de determinadas coisas que você começa a experimentar. Pois para evoluir profissionalmente, é fundamental não se acomodar, é importante sempre estar aprendendo. Na vida artística, algo que temos de muito precioso é a nossa matéria-prima – que são os seres humanos –, que nos possibilita viver o ontem, hoje e o amanhã. Diria até que o nosso trabalho é pretensioso pelo fato de podermos vivenciar outras vidas, mas ao mesmo tempo é simplista pelo fato de podermos entender os indivíduos e sua diversidade. Podemos ser parecidos, mas iguais, nunca. Isso que fascina em ser ator. Revista Util: : E como foi com seus filhos, quando eles quiseram ser artistas tão jovens. Qual foi sua reação? Paulo Goulart: Igual à do meu pai. A Betinha teve a primeira oportunidade para trabalhar aos 13 anos, e fui contra. Dizia para ela estudar, que era mais importante. Todo mundo da família, e inclusive a Nicette, aprovou que ela fizesse a peça. Então, a Beth estreou com a Nicette a peça Os Efeitos do Raio Gama nas Margaridas em Campo. E graças a Deus fui voto vencido. A relação com os filhos hoje é muito mais amistosa, porque além do parentesco, por estarmos envolvidos no mesmo ofício, somos colegas de trabalho. Então procuro incentivá-los, somos amigos, e amigos não cobram, é uma relação mais aberta.

O nosso trabalho é muito coletivo – tem o autor, produtor, diretor, técnico, elenco. Todo mundo trabalhando em função de um espetáculo, e esse vivenciar coletivo cria uma dimensão muito grande do que seja o relacionamento humano, do respeito da individualidade de cada um. Há na vida profissional, pessoal e social pontos básicos para que se estabeleça um equilíbrio e se possa conviver melhor, mesmo estando em um momento tão intenso, em que tudo acontece com uma velocidade impressionante e novas descobertas, mas que é incrível. Porque cada geração vem para melhorar, é a evolução do mundo. Revista Util: Você falou que tudo é uma soma. Podemos dizer que a sua carreira artística e a da Nicette foram o resultado da soma da sua história com a dela? Paulo Goulart: Quando me casei com a Nicette, ela já era uma estrela, eu estava começando minha carreira. O que poderia complicar nossa vida, porém, foi o oposto, porque nos respeitamos, e acima de tudo respeitamos muito a individualidade de cada um. Somos uma parceria, trocamos as informações, comentários necessários, mas a decisão é de cada um. Até hoje é assim. Claro que melhora com o tempo. Acredito que o respeito à individualidade seja um dos pontos para uma relação tão duradoura. Nós temos a mesma essência, porém a maneira de exercê-la é diferenciada, senão não resistiria tanto tempo. Revista Util: Além de ator, você também se aventura na escrita? Paulo Goulart: Depois dos 40 anos, comecei a escrever. Sempre tive certa inquietação em relação ao mundo. O ato de escrever possibilita deixar algum legado, porque o que você escreve fica. Escrevi algumas peças de teatro, como “Mãos ao Alto! e “La Última Noche”, os livros “Grandes Pratos” e “Pequenas Histórias de Amor” e “7 Vidas”, e hoje faço crônicas, registros do dia a dia. Talvez até publique um livro de crônicas, que se chamaria Dois Dedos de Prosa.

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homenagem

Revista Util: Quando começou a se interessar pela carreira artística?


IMPACTO DE CARNAVAL 2014 Por Meg Lima O maior movimento evangelístico da Zona Oeste, organizado pela Igreja Batista Central da Barra, o Impacto de Carnaval, fez o dia 3 de março de 2014 se tornar um marco na vida de milhares de pessoas que participaram dessa grande festa. Ao som do Trio Elétrico dos pastores Winter e Alessandra, que pela primeira vez estiveram no Carnaval carioca de rua, uma multidão foi atraída por um repertório que levava uma mensagem de fé, esperança e libertação pela orla do Recreio dos Bandeirantes. O bloco Sou Cheio de Amor impactou foliões que pensavam que seria apenas mais um bloco de Carnaval comum. Vendedores ambulantes, homens vestidos de mulher, garis, moradores e banhistas ouviram atentamente ao sermão do pastor Josué.

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A maior razão do sucesso desse evento evangélico foi a união do povo de Deus, cada um com seus dons e talentos, mas tivemos a valentia de invadir um território que antes era ignorado pela igreja. E quem participou pela primeira vez, não será mais o mesmo, garantiu pastor Josué. No Trio, além dos pastores, a cantora Josy Marques e o grupo Chega Mais pra Cristo, da Igreja Apascentar de Nova Iguaçu, também mostraram que é possível conciliar alegria e evangelização. O pastor Winter, que há 14 anos usa o Trio Elétrico para levar a palavra de Deus por todo o país, declarou que poucas vezes conheceu uma igreja tão generosa e cheia de amor como a IBC e, ao lado

da sua esposa, a pastora Alessandra, renovou a parceria para o ano que vem. O pastor Josué Valandro Jr. encerrou a passagem do bloco com planos para o próximo ano. “ Já começamos a planejar o próximo Impacto de Carnaval. A ideia é incentivar todos os membros da IBC Barra, para que ninguém mais fique de fora desse evangelismo, e também receber integrantes de outras igrejas para compartilhar conosco desse movimento impactante. O nosso objetivo sempre será o de resgatar vidas”, concluiu o pastor Josué Valandro Jr. Igreja Batista Central da Barra Cultos Semanais: Quarta: Mulheres de Ouro, às 18h30. Quarta Profética, às 19h30. Sábado: Culto dos Adolescentes, às 18h30. Culto dos Jovens, às 19h30. Domingo: Consagração, às 11h. Proclamação, às 17h e 19h30. Programa Tempo de Reconstruir TV Bandeirantes - sábado, às 7h30 e domingo, às 9h. Rádio 107,1 FM, de segunda a sexta-feira, às 17h30. Rua José Eiras Pinheiro, 107, Condomínio Rio Mar Barra da Tijuca | RJ Tel.: (21) 2430-2750 www.ibcbarra.com.br

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Dra. Heloisa Rocha heloisa_rocha@hotmail.com Cardiologista especializada em Medicina Ortomolecular

EDITORA-CHEFE Dr. Mário de Barros Filho contato@hysteron.com.br Ginecologista, obstetra e diretor da Clínica Hysteron Medicina da Mulher, no RJ

Isabella Carneiro bellacsantos@gmail.com Nutricionista no Hortifruti

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Tereza Dalmacio terezadalmacio@idesigncom.com.br

REVISORA Tatiana Lopes PRODUTORA Fabiane Motta DIRETORA DE ARTE Alessandra Costa DESIGN Charles Pereira | Rachel Sartori | Renato Passos COMERCIAL Adelino Martins | a.martins@idesigncom.com.br Alessandro Aquino | aquino@idesigncom.com.br Bruno Faria | bruno@idesigncom.com.br Camila Saraia | camila@idesigncom.com.br José Luiz Sardinha | sardinha@idesigncom.com.br Rafael Correa | rafael.correa@idesigncom.com.br Rafael Menna Barreto | rafael@idesigncom.com.br PRODUÇÃO GRÁFICA Grafitto

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UTIL publicação bimestral, distribuída gratuitamente nos ônibus da União Transporte Interestadual de Luxo S/A (UTIL). As opiniões expressas nos artigos publicados são de responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente as da Editora. É proibida a produção total ou parcial de matérias, gráficos e fotos publicados nesta edição por qualquer meio, sem autorização expressa, por escrito, da Editora, de acordo com o que dispõe a Lei nº 9.610, de 19/2/1998, sobre Direitos Autorais. A Revista UTIL não tem qualquer responsabilidade pelos serviços e produtos das empresas anunciadas em suas edições, nem assegura que promessas divulgadas como publicidade serão cumpridas. Cabe ao leitor avaliar e buscar informações sobre os produtos e serviços anunciados, que estão sujeitos às normas do mercado, do Código de Defesa do Consumidor e do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR). A revista não se enquadra no conceito de fornecedor, nos termos do art. 3º do Código de Defesa do Consumidor, e não pode ser responsabilizada pelos produtos e serviços oferecidos pelos anunciantes, pela impossibilidade de se deduzir qualquer ilegalidade no ato da leitura de um anúncio. No entanto, com o objetivo de zelar pela integridade e credibilidade das mensagens publicitárias publicadas em suas edições, a Editora se reserva o direito de recusar ou suspender a veiculação de anúncios enganosos ou abusivos que causem constrangimentos ao consumidor ou a empresas.

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Tereza Dalmacio | Jornalista (MTB 513)

expediente

colaboradores


Direta

© Revistas Coquetel

www.coquetel.com.br

Valor enfatizado na Classificação de Possível engenhos sociedade vitoriana (?)-a-deus, inseto causa de como a predador da mosca acidentes taser de trânsito combatida pela nova Lei Seca

Próton (símbolo) Óleo, em inglês

O mais es- Situação inicial do universitário tável dos metais Conhecê-lo é anseio (Quím.) de muitos sertanejos

Joia de formandos afiado (o facão) Município sergipano cantado por Luiz Gonzaga agência Nacional de Águas

(?) Lopes, sambista Lutécio (símbolo)

Direção da noiva ao entrar na igreja (?)-rápido, serviço de postos de gasolina

a pele do sapo, por sua textura

Desconhecer Cadenza (abrev.) Pequeno marsupial australiano (pl.)

aquele que não paga suas dívidas

O instruendo, na linguagem militar a capitalista é baseada no lucro

Nome da letra H O gado que fornece lã

a “rua” de Veneza talento, em inglês

Plural de “tu” Sulca (o terreno)

Guloseima vendida em parques de diversões a fina flor da sociedade

telefona O “algoz” da vaidade feminina

inflamação aguda ou crônica do ouvido

Waza-(?), golpe do judô Universo

No (?): imediatamente País em que o latim é idioma oficial Conversa fiada (gíria) (?) Diego, a maioria cidade por- de, em tuária da inglês Califórnia Período de explosão do rock Br

aí está (pop.) artigo de contrato Peças do moinho Malte, em inglês

“Pinga (?) Mim”, música sertaneja

3/oil — san. 4/malt — most. 6/talent. 7/propriá. 10/alcoolemia.

BaNCO

Grande (?), parceiro de Oscarito (Cin.)

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SOLUÇÃO a L P r O M U a V a N a à C O a a L G e Li t V a t L e M Sa P a N O

C O S M S O

L O t e i r O

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M O r a L i D a D e

P O L e M i a a L t a r i M G N O r a L U S a G Ã O D O V O S ar i a a N O O t e t i t a L t i t e N

t a L e N t

C i a Ne L O L U a r N O a C e C O N O M i a

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3471-6799



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