Caderno de Culto Infantil 2016 - IECLB

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SUMÁRIO CELEBRANDO O CULTO INFANTIL .........................................5 TEMPO DE QUARESMA ................................................................6 RESSURREIÇÃO: TEMPO DE PÁSCOA...................................13 ASCENSÃO DE CRISTO ...............................................................20 DIA DAS MÃES ..............................................................................29 DIA DE PENTECOSTES ...............................................................38 DIA DE AÇÃO DE GRAÇAS ........................................................46 DIA DOS PAIS .................................................................................53 DIA DAS CRIANÇAS .....................................................................64 REFORMA LUTERANA ...............................................................70 FINADOS OU ETERNIDADE .......................................................76 1º DOMINGO DE ADVENTO .......................................................87 2º DOMINGO DE ADVENTO .......................................................93 3º DOMINGO DE ADVENTO .....................................................100 4º DOMINGO DE ADVENTO .....................................................108 NATAL ...........................................................................................117 TEATROS E JOGRAIS DE NATAL ..........................................124 TEMPO DE EPIFANIA 2017 .......................................................137

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Olá, querido(a) orientador(a)! Seja benvind@ ao Culto Infantil. Este é o 3º caderno da coletânea que traz sugestões e atividades para o encontro com as crianças da sua comunidade. O caderno é fruto de um trabalho coletivo. Muitas mãos e ideias ajudaram a registrar cada encontro. Os orientadores(as) que participaram dos nossos Seminários no ano de 2015, sabem do carinho e a dedicação reunidos na elaboração deste caderno. O tema do caderno são as arábolas de Jesus . São 16 Parábolas trabalhadas a partir das datas festivas do calendário litúrgico cristão. Algumas destas parábolas tornarem-se um desafio para os grupos ao ter que relacioná-las com o calendário. Espero que você goste do material, ficando sempre livre para adapta-lo como queira, em acordo com a realidade em que o conteúdo será aplicado. o encontro. Ali você pode obter subsídios teóricos para melhor compreender o conteúdo a ser aplicado. Evite usar esse conteúdo com as crianças. Ler tais orientações para elas não ajudará no desenvolvimento do tema. Deixo aqui o convite para os nossos próximos encontros. Tendo em vista em 2017 celebraremos os 500 anos da Reforma Luterana, nós da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil estamos propondo elaborar o próximo caderno a partir dos temas abordados por Martim Lutero no Catecismo Menor: Dez Mandamentos, Credo Apostólico, Pai Nosso, Batismo, Absolvição e Confissão e Santa Ceia. Venha participar na confecção do novo caderno. Sua experiência e ideias serão bemvindas. E você que está iniciando agora, não deixe de participar dos encontros. Nossos encontros são embalados com muita amizade, estudo da palavra de Deus, aprendizagem, práticas recreativas e didáticas que lhe ajudarão em sua igreja. Trabalhamos com momentos lúdicos e exposições de materiais confeccionados no próprio encontro. Agende os próximos Seminários de Formação para os Orientadores do Culto Infantil, promovidos pela União Paroquial Norte do Espírito Santo (UPNES). Eles serão realizados nos dias: 12 e 13 de Março (1ª Etapa) e 10 e 11 de Setembro (2ª Etapa) de 2016, na Casa de Retiros em São Bento, Laginha do Pancas. Bem sabemos o quanto enriquecemos com o trabalho com as crianças na igreja. Ele é extremamente importante. Precisamos valorizar o trabalho com as crianças. Encontrar métodos dinâmicos e interativos para ensinar-lhes sobre Deus e a sua preocupação com a vida da humanidade. Por isso, expresso gratidão a Deus por nos permitir realizar estes Seminários. Agradeço o apoio da UPNES, da equipe coordenadora, que tem sentado, planejado as temáticas e facilitado o aprofundamento dos temas em nossos encontros, e de cada participante. Fique com Deus e bons encontros de Culto Infantil. Em Cristo, P. Luciano Ribeiro Camuzi Coordenador do Culto Infantil UPNES - IECLB Colatina, Janeiro de 2016.

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TEXTO BÍBLICO: MATEUS 25.1-13. PARÁBOLA DAS DEZ MOÇAS. Cor Litúrgica: Roxa ou Lilás

PALAVRAS PARA O ORIENTADOR 1 - TEXTO Jesus usa o exemplo da celebração mais bonita que nós conhecemos, a festa de casamento, para falar da esperança e da vida renovada por Deus para a eternidade. Mas, também nos alerta, através da parábola, sobre a necessidade de preparação e vigilância. A Parábola das Dez Moças conta a história de jovens, na faixa de 12 a 13 anos de idade, que já se encontram aptas para casar. Elas têm a tarefa de mostrar-se responsáveis como futuras esposas, como mandava o costume. É justamente nisto que reside a diferença entre as jovens prudentes e as jovens insensatas. Tanto as prudentes quanto as insensatas foram convidadas para o casamento; todas levaram suas tochas acesas para conduzir o noivo; todas esperaram pacientemente e todas se cansaram e adormeceram durante a espera. Mas Jesus relata, quando o noivo chega, falta reserva de azeite nas lâmpadas de cinco das dez jovens. Em muitos aspectos, as 10 moças eram exatamente semelhantes, menos em um, que se mostrou crucial na hora da chegada do noivo: a reserva de azeite! As cinco jovens prudentes se preveniram com uma reserva especial de azeite, para o caso do noivo se atrasar. O que era provável, por causa do costume da época. Cinco jovens foram insensatas porque só pensaram no agora e não acharam necessário preparar-se para um possível atraso do noivo. 6


Na época em que Jesus contou esta história, era costume a noiva e os convidados aguardarem a chegada do noivo na residência dela. Jovens moças iam ao encontro do noivo para conduzi-lo, à luz de tochas, até a casa da noiva. Enquanto aguardavam, o noivo negociava com os familiares da noiva o valor do dote que pagaria para poder casar. Tal negociação costumava estender-se noite adentro. Para demonstrar o quanto a noiva lhes era valiosa e querida, os familiares elevavam o valor do dote a cada lance do noivo. Somente depois de concluídas as negociações e as partes estarem em pleno acordo, o noivo podia dirigir-se à casa da noiva para buscá-la. Nesse trajeto, ele era conduzido pelas jovens com suas tochas acesas. Acompanhado de todos os convidados, o noivo retornava com a noiva para a casa dele, onde acontecia o casamento. A festa costumava demorar uma semana. Jesus conhecia muito bem tais costumes. Ele mesmo foi convidado para um casamento (João 2). Por isso, ele usou tal prática de casamento como exemplo para falar da necessidade de preparação, vigilância e de espera pela vinda do Salvador. A diferença entre as jovens prudentes e as insensatas se evidenciou na hora de repor o azeite nas tochas, enquanto o noivo se aproximava. O azeite pode representar a justiça, a luz presente do Espírito Santo; pode representar a fé, a confiança de que o Senhor está no controle de nossa vida e do nosso futuro. O azeite pode representar a salvação, algo que é bem pessoal, pois ninguém salva ninguém, algo compreensível quando vemos as jovens sensatas não dividindo o azeite (os preparativos ou os frutos que nos conduzem à salvação não se dividem, cada um terá que prestar contas a Deus). Existe uma vida que precisa ser preparada pelo e para o Senhor. As prudentes, neste sentido, agem como pessoas em consonância com a vontade de Deus. Apesar da parábola transparecer a falta de solidariedade das jovens sensatas e uma rude atitude, sem misericórdia, do noivo, que fecha a porta e diz não conhecer as cinco jovens despreparadas, é preciso ter cuidado ao querer entender todas as posturas e atitudes como se fossem atitudes e vontade de Deus. Lembremos, Jesus relata um costume histórico da sua época. Isso não quer dizer que concorde com elas. A parábola não quer ser o Reino de Deus, ela parte de uma realidade e 7


serve apenas como ilustração. Através dela, Jesus quer nos despertar para um sentido pedagógico de entender e reconhecer de que não podemos ficar no escuro quando o grande juízo final se aproximar. Por isso, Jesus nos conclama: Vigiem! Permaneçam preparados! Não deixem o azeite acabar nas suas tochas. Quem nos convida para a vigilância é aquele que pode renovar nossa fé, nossa esperança e nosso amor. Ele também é o noivo que virá e que deseja encontrar-nos em espera ativa para conduzir-nos à grande festa preparada à todos que aceitam o seu amor. A falta do azeite está ligada diretamente à irresponsabilidade cristã de fazer somente o que suficiente para a salvação. A porta encontra-se fechada para aqueles que se encontram na escuridão. Eles tiveram todas as oportunidades para se prevenirem, mas não o fizeram. E, se a porta foi encontrada fechada, assim está por culpa do despreparo daqueles que não souberam acompanhar a graça de participar na caminhada do cortejo com o noivo, Jesus Cristo. Estes, com toda a certeza, estavam presos em outras preocupações, sendo tarde demais para se incluirem entre os convidados. Fontes: Texto adaptado da Prédica de P. Geraldo Graf. Mateus 25.1-13. Antepenúltimo Domingo do Ano Eclesiástico, 09/11/14. Belo Horizonte/MG; Luise Schottroff. As Parábolas de Jesus: uma nova hermenêutica. São Leopoldo: Editora Sinodal, 2007.

2 - MENSAGEM: Jesus voltará, mas não sabemos quando isso acontecerá. É preciso vigiar, pois essa é a forma de estar preparado. 3 - OBJETIVO: Perceber que a nossa tarefa é permanecer vigilantes na fé e na prática do amor ao próximo. 4 - CONSIDERAÇÕES DIDÁTICAS Dinâmica: Sugerimos uma apresentação de teatro para a comunidade. Envolver as crianças e orientadores no teatro. O ideal seria apresentá-lo no culto comunitário. Marcar ensaios antes. Cartões: Confecção de cartões, junto com uma vela cada, com o versículo bíblico de Colossenses 4.2: ertas ao orarem e 5 - RECURSOS E MATERIAIS: Papel dupla face, velas, cola, papel ofício, lençol para caracterizar a roupa do vendedor de óleo, garrafas 8


pet 600 ml - para representar os litros de querosene. Material para produzir as tochas: bambu, rolo de papel higiênico ou outro material parecido.

O CULTO COM AS CRIANÇAS SAUDAÇÃO: Bom dia! Que bom que vocês estão aqui. Vamos nos alegrar e aproveitar este momento para ouvir, aprender e celebrar. Nós estamos reunidos para este momento especial, em nome de Deus que nos ama como um pai e uma mãe bondosa, em nome de Jesus Cristo o Filho de Deus, e em nome do Espírito Santo, que nos auxilia a crescer. Amém. CANTO: Bom dia, meu amigo (nº 61, Cante com a Gente). ORAÇÃO: Querido Deus e Pai, te agradecemos por este momento em que estamos reunidos para te louvar e agradecer por tantas dádivas concedidas. Ajuda-nos a entender a mensagem de fé e amor. Estejas conosco agora e sempre. Amém. LEITURA BÍBLICA: Mateus 25.1-13 CANTO E OFERTA: Ouro e Prata (nº 19, Cante com a Gente). INTRODUÇÃO À HISTÓRIA: O Teatro: Este encontro deve ser preparado para ser apresentado à noite para a comunidade, para que a cena do apagão fique bem original. O personagem Chico deve usar roupas, estilo da época de Jesus. Use sua criatividade. Sugestão: Como organizar o início do culto, e a preparação do cenário para o teatro: Ambiente: Na entrada da igreja colocar uma pessoa vendendo (incentivar para que todos adquiram um vale, de maneira que não fiquem na escuridão), e o dinheiro arrecadado será ofertado na coleta do culto. O cenário para o teatro: _O jornalista -

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_O vendedor de lamparinas e querosene. Ele deve incentivar as pessoas a comprarem suas mercadorias para se prevenirem do _Quatro ou mais crianças entram e comentam sobre a notícia do apagão. Elas se dirigem até o vendedor de lamparinas. Então, duas crianças se previnem, comprando lamparinas e querosene. As outras não acreditam na notícia e não compram. Mas, na hora do apagão, se assustam e lamentam por não ter escutado o conselho dos colegas para se prevenirem. Obs.: O personagem Chico, que entra em cena a seguir, observa a cena anterior, do vendedor de lamparinas e querosene. Dirigindo-se ao vendedor de lamparinas, diz: _Boa noite companheiro. Eu sou o Chico. Eu fiquei observando você, vendendo lamparinas e querosene. Percebi que diante do risco de faltar luz elétrica, alguns se preveniram comprando o combustível, mas outros não tiveram o mesmo cuidado, e assim não se preveniram. Engraçado que há muitos anos atrás, na época em que Jesus viveu neste mundo, eu tive uma experiência parecida com esta que aconteceu aqui. Eu era um vendedor de óleo para tochas, na ocasião, na minha cidade, estava acontecendo uma grande festa de casamento. (Dirigindo-se para a comunidade). _Quem já participou da preparação de uma festa de casamento? _E quem já participou de uma festa de casamento? (Comentar brevemente sobre a cerimônia religiosa, os encaminhamentos para a festa e a alegria das pessoas. Explicar como eram as festas de casamento na época de Jesus). 10


_Bom, eu estava falando da festa de casamento que aconteceu na minha cidade. O noivo era uma pessoa muito conhecida, ele tinha muitos amigos e muita gente queria participar da festa. Eu vendi óleo para dez moças que esperavam a chegada do noivo à casa da noiva. Depois que o noivo chegasse, elas conduziriam ele à festa. Naquele dia, algo interessante aconteceu. Cinco moças compraram somente uma vasilha de óleo, e as outras cinco, compraram duas vasilhas. Perguntei pra elas porque estavam comprando tanto óleo, e uma delas respondeu: _Temos medo que o noivo demore, e não queremos que o óleo acabe. Deve ter muita luz quando ele chegar para buscar a noiva. _Depois de atende-las, eu fui para casa, mas na hora da festa eu também já estava lá. Quando o noivo foi ao encontro da noiva, eu e os meus amigos o acompanhamos até a casa da noiva, fomos pelas ruas cantando e dançando. Haviam também tocadores de pandeiro e flautistas. Quando chegamos próximo da casa da noiva, tivemos uma surpresa: o noivo demorou tanto que as dez virgens já estavam dormindo! Com a nossa algazarra festiva, elas acordaram. A noiva foi chamada e veio acompanhar o noivo para a festa. Ao observar as dez moças, percebi que somente as cinco moças que haviam comprado um pote de azeite estavam sem condições para manterem as tochas acessas. Porém, as outras cinco, puderam derramar a sua reserva de azeite nas tochas e, felizes, elas acompanharam o cortejo. Vi que as outras cinco pediram óleo para as colegas, mas uma delas disse: _Não. Para que não falte para nós nem para vocês, vão até o vendedor e comprem mais. _Então, correram para a minha loja e compraram mais azeite. Mas, infelizmente, quando elas conseguiram chegar no portão do local do casamento, já era tarde demais, todos tinham entrado e as portas estavam fechadas. E elas ainda gritaram: _Senhor, senhor! Abre a porta.

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Mas o noivo respondeu que não as conhecia. Assim, elas ficaram do lado de fora e não puderam participar da festa. ATIVIDADES FINAIS: Confeccionar o cartão com as crianças no culto infantil e depois anexar uma vela ao lado, que será entregue às pessoas da comunidade no dia do culto. Entregar depois do teatro da parábola das dez moças (Mateus 25. 1-13). Versículo para o cartão: Colossenses 4.2:

ORAÇÃO FINAL E PAI NOSSO: Querido Deus, obrigado por este encontro. Que possamos sair daqui prontos para enfrentar todos os perigos e que todo medo, vire esperança. Livra-nos do mal e proteja a todos nós. Que na escuridão da vida, o Senhor seja lamparina que nos ilumina e nos guia. Em nome de Jesus, que nos ensinou a orar, dizendo: Pai nosso... BÊNÇÃO E ENVIO: Cuida bem Senhor (nº 80, Cante com a Gente). CANTO FINAL: Deus te abençoe (nº 373, HPD).

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TEXTO BÍBLICO: MATEUS 13.31-32. PARÁBOLA DO GRÃO DE MOSTARDA. Cor Litúrgica: Branca

PALAVRAS PARA O ORIENTADOR 1 - TEXTO A mostarda faz parte da atividade agrícola do povo. As folhas do pé de mostarda eram servidas refogadas ou em saladas; as sementes eram usadas como tempero ou remédios, dentre outras utilidades. Na Palestina, a mostarda crescia até ser um arbusto frondoso, muito parecido a uma árvore (chegavam a até 3 metros). As aves gostavam muito das pequenas sementes da mostarda e era muito comum ver verdadeiras nuvens de pássaros em cima das mostardeiras. Jesus destaca, na parábola, o contraste entre a hortaliça adulta e a sua semente. Podia-se esperar quase nada dela, mas o resultado é garantido e impressionante, apesar da pequenez da semente. Na parábola, Cristo olha para a realidade do povo. O mundo agrícola familiar e aquele agricultor feliz com a sua colheita não eram mais realidades presentes como antigamente. A condição econômica do povo não era boa. Os romanos exploravam e empobreciam a população. Na parábola é mostrada uma pequena comunidade, explorada e insatisfeita, diante da vastidão do império romano. Talvez acuada, amedrontada, mas sendo animada a ser uma comunidade viva, com grande força interior. Por isso, com a parábola, Jesus quer reanimar a 13


esperança do povo. Um povo pequeno, que sofreu e sofre diante de tantas potências econômicas à sua volta, mas que pode ser grandioso se confiar em Deus. No Antigo Testamento, uma das formas mais comuns de referir-se graficamente a um grande império era compará-lo a uma árvore. As nações satélites (os subjugados ou dominados) do grande império, eram simbolizados como aves que procuravam refúgio à sombra de seus ramos (Ezequiel 17.22ss.; 31.1ss.; Daniel 4.10,21). A imagem de uma árvore cujos galhos estão carregados de aves, portanto, representa um grande império e as nações tributárias de seu poderio. Então, a Parábola do Grão de Mostarda tem uma vertente política. Jesus transmite uma mensagem onde é Israel que se levanta como uma forte nação, mesmo sendo a menor das sementes. Quando esta pequena semente jogar romper a terra com sua planta, ela crescerá e será a maior que as demais a maior nação entre todas as outras e os pássaros, as potências que antes os oprimiam e dominavam, virão buscar abrigo em Israel (as aves que fazem seus ninhos). Qualquer judeu que se preze, reconhecerá de imediato a mensagem de Jesus Cristo. Na Palestina, o grão de mostarda representava simbolicamente a coisa de menor tamanho concebível. Ditados como: fé como um grão de era comum entre o povo. Jesus propõe refletir sobre a presença do Reinado de Deus e sobre a capacidade de superar os diferentes tipos de crises que se apresentam na vida de fé comunitária. O grão de mostarda, a menor das sementes da terra, ensina que é na pequenez e na simplicidade das coisas que tudo pode se tornar grande aos olhos de Deus. Deus escolhe a simplicidade para atingir os cantos do mundo. O Reino de Deus, ainda que tenha inícios modestos ou que se apresente com sinais de debilidade e pequenez aos olhos do mundo, tem uma força irresistível e grandiosa. Deus serve-se de algo que é pequeno e insignificante aos olhos do mundo, para concretizar os seus projetos de salvação e de graça em favor da humanidade. A pequenez da semente convida-nos a rever os critérios de atuação e a forma de olharmos o mundo e os irmãos. Deus está na simplicidade; 14


nos que renunciam a esquemas de triunfalismo e de ostentação. É nestes que Deus se serve para transformar o mundo. Atitudes de arrogância, de ambição desmedida, de poder a qualquer custo, não são sinais do Reino. A parábola do grão de mostarda é um convite para cultivar virtudes e gestos nobres no mundo. Mas tudo com humildade e doação ser pequeno. É preciso não perder a esperança, não deixar-nos abater pelo pessimismo ou pelas contrariedades da vida. Mas, confiar sempre na bondade de Deus. Fonte: Texto adaptado da Prédica de P. Luciano Ribeiro Camuzi. Mateus 13.31-21. Proferida no dia 16 de Junho de 2012, Paróquia de Colatina/ES.

2 - MENSAGEM: Através de pequenos gestos e ações, podemos conseguir grandes realizações. 3 - OBJETIVO: Incentivar e ensinar as crianças que, através de pequenas atitudes, podemos alcançar bons objetivos esperados. 4 - CONSIDERAÇÕES DIDÁTICAS: Dinâmica: No decorrer da história, juntamente com as crianças, será feita a confecção de uma árvore com materiais recicláveis ou naturais. Trabalho manual: Confeccionar um cartão com a foto da criança. Obs.: Para crianças abaixo de 07 anos, levar o cartão pré-pronto (faltando somente colar a foto). 5 - RECURSOS E MATERIAIS: Areia, vários tipos de sementes, jornal, papel Kraft, cartolina, cola, folhas de árvore, canetinhas, lápis de cor e figuras de pássaros; bola. Solicitar que as crianças tragam uma foto pequena delas (3x4)

O CULTO COM AS CRIANÇAS SAUDAÇÃO: Bom dia! É com muita alegria que estamos aqui reunidos. Vamos saudar uns aos outros com um abraço. E, para começar, com alegria, vamos cantar. CANTO: Bom pra ti e bom pra mim (nº 63, Cante com a Gente).

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RODA DE CONVERSA: Dialogar com as crianças sobre a sua semana. O que aconteceu de bom. ORAÇÃO INICIAL: Querido Deus, obrigado por teu amor. Ensinanos a dividir o que temos com as outras pessoas. Fica conosco neste encontro e nos mostre como devemos viver obedientes e ti. Por Cristo, é o que te pedimos e oramos. Amém. CANTO E OFERTA: Repartir (nº 73, Cante com a Gente). BRINCADEIRA: BOLA EM POSIÇÃO - Material: uma bola: Como brincar: formar uma roda com as crianças e pedir que cada uma escolha o nome de um animal (pode, também, ser nomes de frutas, flores, brinquedos, etc.). O orientador ou uma criança fica no meio da roda e joga a bola para o alto dizendo o nome de um dos animais escolhidos. A criança que tem o nome chamado deve agarrar a bola antes que ela caia no chão. Não conseguindo, fica parada na posição que estava ao tentar pegar a bola, como uma estátua. Permanece assim até que outra criança, que também não consiga pegar a bola, tome o seu lugar. O jogo termina quando todas as crianças tiverem sido chamadas ou se cansem de brincar. LEITURA BÍBLICA: Crianças sentadas em roda. Mateus 13.31-32. NARRAÇÃO DO TEXTO: Com as crianças sentadas em círculo, apresentar diferentes tipos de sementes, e pedir que elas identifiquem a menor. Com isso, o orientador explica a origem das sementes. O grão de mostarda fazia parte da atividade agrícola do povo, as folhas da planta eram servidas refogadas ou em saladas. As sementes serviam pra tempero ou remédios. A sementinha de mostarda é bem pequenininha, quase sumia na palma da mão. Na Palestina, a região onde Jesus viveu, a mostarda crescia até ser um arbusto, parecida com uma árvore, e as aves gostavam de fazer ninhos em seus galhos. Introduzindo a história: Fixe o papel Kraft (mínimo 1,10mt) na parede. Em sua base, no chão, coloque a areia e cole areia também em sua borda. Durante a história, iremos montar o pé de mostarda. 16


Ao iniciar a história, o orientador planta a semente na areia. Após, durante a história, convidar a crianças para montagem da árvore. O GRÃO DE MOSTARDA Jesus caminhava de cidade em cidade. Em cada lugar que passava, ele falava com as pessoas sobre o amor e a paz que existem no Reino de Deus. Sempre quando ensinava as pessoas, Jesus lhes contava histórias, que ficaram conhecidas como parábolas. Uma delas é a do grão de mostarda: O reino dos céus é como um grão de mostarda que um homem plantou na terra. (Orientador as crianças colam areia na base do Kraft, com capins e pequenas flores se quiser. Após, plantar um semente, de onde nascerá a planta da história). Apesar de ser a menor de todas as sementes, a plantinha vai crescendo e crescendo... (Convidar as crianças para colar o caule da árvore, feito com jornal enrolado). Depois, ele torna-se uma grande planta, com muitos ramos. (Convidar as crianças para colar os galhos, feitos com jornal enrolado). De bem pequenino, a plantinha fica grande e vai se enchendo com belas e verdes folhagens. (Convidar as crianças para colar os folhas). Quando grande e bonita, as aves do céu ficam felizes em poder morar naquela árvore. Eles gostam dos seus galhos, porque se sentem protegidos. Nos galhos da mostardeira, eles fazem ninhos, criam seus filhotes e cantam felizes. 17


(Crianças pássaros voando, pássaros nos galhos e ninhos). Mas o que será que Jesus quer nos ensinar com essa história? Por mais que a semente fosse pequena, ela fazia coisas maravilhosas. Deus nos vê como pequenas sementes, mas Deus sabe que podemos fazer coisas boas. Jesus nos ensina que o Reino de Deus quer o bem de todos. Deus quer que tenhamos atitudes bondosas. Que sejamos uma boa semente, com quem os nossos coleguinhas e todas as pessoas possam ser sentir felizes por estarem perto de nós. Por isso, é importante amar e respeitar nossos pais, as pessoas mais velhas e os nossos amigos. Também não podemos nos esquecer do mais importante: de respeitar Deus e a sua criação. As histórias de Jesus são como sementinhas de luz para a nossa vida. Elas querem brilhar forte no nosso coração e nos ensinar a sermos pessoas que sempre fazem coisas boas.

CANTO: O grão de Mostarda (nº 25, O Povo Canta). 18


ATIVIDADE COM AS CRIANÇAS: Confecção do cartão com a foto da criança.

CANTO: Cristo vive, sou feliz (nº 45, Cante com a Gente). ORAÇÃO FINAL: (Oração do dedo: Em círculo, dar as mãos. Tocar o polegar da mão do seu vizinho da direita para que ele faça uma oração. Este por sua vez, faz a mesma coisa para o outro orar. Ir passando o toque, até que todos façam um pedido ou agradecimento. No final, o orientador encerra com a oração do Pai nosso). BÊNÇÃO: Deus te abençoe (nº 373, HPD).

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TEXTO BÍBLICO: MATEUS 18.12-14. PARÁBOLA DA OVELHA PERDIDA Cor Litúrgica: Branca ou Dourada

PALAVRAS PARA O ORIENTADOR 1 - TEXTO Jesus contou esta parábola quando os fariseus, profundos conhecedores da lei mosaica, criticaram-no devido ele se envolver com e que vinham para ouvir as suas pregações. Em Lucas 5.27-31, é relatado que Jesus, inclusive, teve comunhão de mesa com pessoas consideradas impuras, entre as quais, os publicanos. Os publicanos eram cobradores de impostos, a serviço dos dominadores romanos. Eram pessoas muito malvistas e até odiadas pelo povo. Ser publicano era praticamente sinônimo de ser corrupto, ladrão e traidor do povo eleito de Deus. Jamais poderia se imaginar que Deus teria misericórdia com um deles. Muito pelo contrário, eles receberiam o castigo merecido através da ira de Deus. Por isso, não se deveria ter comunhão de mesa com eles. Os judeus consideravam pecadoras as pessoas que tinham problemas com a moral e com os bons costumes. Entre tais pessoas se encontravam os ladrões, os assassinos e os criminosos. Além disso, os fariseus aumentaram essa lista, considerando também todos aqueles que não viviam em conformidade com a interpretação que os fariseus, por sua própria conta, davam à lei de Deus. Os fariseus haviam elaborado uma lista de profissões qualificadas como impuras. Tais profissões tornariam impuros aqueles que as exerciam. Dessa lista 20


faziam parte, além dos publicanos, pastores de ovelhas, curtidores de couro, e até médicos (pessoas que tinham contato com sangue). Jesus respondeu à crítica dos fariseus, que o acusavam de se misturar com pessoas indignas, contando histórias sobre perdidos e achados. Na Parábola da Ovelha Perdida, um pastor procura uma ovelha que se desgarrou do rebanho; tendo como mensagem de que não se pode medir esforços quando a vida está em perigo e, na procura intensiva e incansável, dedicar-se até que o perdido seja encontrado. O pastor busca a ovelha desgarrada. Ovelhas são dóceis, andam em rebanho por segurança, não possuem um eficaz mecanismo de defesa contra predadores, além de ter dificuldade com a visão. Então, para o pastor, deixar 99 ovelhas em segurança e sair em busca de uma, significa salvar esta vida indefesa, sujeita a muitos perigos sozinha. Por outro lado, é tarefa da ovelha viver unida ao rebanho, pois ali sabese guiada por uma voz segura já que elas sabem identificar claramente a voz do seu pastor dentre outras vozes. O pastor carrega a ovelha perdida nos ombros! Semelhantemente, Deus age conosco. Em Jesus Cristo, Deus nos procura quando nos desgarramos, e alegremente nos reconcilia com o rebanho e nos reintegra na sua comunhão. Deus age com amor! Ele procura por sua ovelha perdida. Deus não fica passivo diante da perda de um de seus filhos, mas é um Deus que procura, se põe a caminho e que, de braços abertos, nos acolhe. Somos ovelhas. São as nossas limitações e nossas escolhas erradas que sempre nos desviam do rebanho divino. A face do pecado nos afasta de Deus e nos arranca o direito de sermos apascentados pelo bom pastor, Jesus Cristo. Ser ovelha, é reconhecer a nossa limitação e a nossa fragilidade. É deixar-nos ser achados por Deus. O fato de encontrar e recuperar a ovelha perdida traz uma alegria tão grande ao pastor que ele vai para casa, convida seus vizinhos e amigos e faz uma festa. Assim é o Reino de Deus, pleno de alegria com o encontro e a recuperação do que estava perdido. Fonte: Texto adaptado por: P Geraldo Graf; P. Leonardo Ramlow e P. Ismar Schiefelbein. Prédica de Lucas 15.1-10. 16º Domingo após Pentecostes, 16.09.2007. Autoria de Pª Heloisa Dalferth (www.predigten.uni-goetingen.de). Colatina/ES. Síntese e acréscimo: P. Luciano Ribeiro Camuzi.

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2 - MENSAGEM: Assim como aconteceu com a ovelha, quando Deus foi resgatá-la, assim também acontece conosco, pessoas pecadoras. Pois a bondade de Deus e a sua misericórdia são infinitas para com seus filhos e ele nos resgata. 3 - OBJETIVO: Mostrar que Deus não abandona seus filhos e, mesmo nos momentos de dificuldades, Ele nos acolhe e nos quer por perto. 4 - CONSIDERAÇÕES DIDÁTICAS: Para montar a ovelha: Corte o litro descartável, use a parte de baixo (5cm). Recorte o EVA branco para encapar o fundo do litro (5cm de altura). Recorte a parte do EVA para o cabelo e a orelha. Faça o molde do rosto e monte a ovelha. Ovelha com pregador: Recorte um círculo na cartolina branca. Recorte também tiras da cartolina branca e enrole. Cole essas tiras no círculo, faça uma carinha para a ovelha e cole no resto do corpo (cole os olhos). Atrás do círculo, cole o pregador e não se esqueça de fazer as orelhas. Obs.: também é possível utilizar cotonetes. Para montar o livro com fantoche: Pegue 7 pedaços de papelão do mesmo tamanho (50x30cm), encape todos eles com o papel que preferir. Faça uma margem em todas as partes. Nosso texto é dividido em 6 partes: cada m tem um desenho e um local reservado para o fantoche. Uma parte é para capa, onde deve conter o nome da parábola. 1- O pastor leva a ovelha para o pasto; 2- As ovelhas estão pastando; 3- A ovelha está perdida; 4- O pastor procurando a ovelha; 5- O pastor trazendo a ovelha de volta; 6- A festa. 22


5 - RECURSOS E MATERIAIS: Para montar a ovelhinha - fundo de litro descartรกvel, EVA branco, EVA comum (cor creme), caneta preta (para o rosto), cola e tesoura. Para montar a ovelha com pregador - 2 pregadores de roupa, cartolina branca, pincel preto, cotonetes e olhos. Para montar o livro com fantoche - papelรฃo, canetinhas, cola, tesoura, meia, lรกpis de cor e cartolina da cor que preferir.

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O CULTO COM AS CRIANÇAS SAUDAÇÃO: Bom dia, queridos amigos. Que bom que vocês estão aqui hoje para agradecer e louvar a Deus. E que o Senhor nos abençoe neste encontro. CANTO: Bom dia companheiro, como vai? Ou Bom dia, amigo (nº 62, Cante com a Gente). ORAÇÃO INICIAL: Senhor, tu sabes quais são as nossas dificuldades e necessidades. Queremos agradecer pelas bênçãos que temos a cada dia. Que tua bondade e teu amor nos acompanhem sempre em nossas vidas. Em nome de Jesus é o que te pedimos e oramos. Amém. CANTO: As maravilhas do Senhor (nº 112, Cante com a Gente). BRINCADEIRA: O carro e o motorista. As crianças fazem duplas. Um será o que vai ser guiado pela voz do motorista.

e o outro será o

LEITURA BÍBLICA: Vocês já procuraram muito por um objeto? (Pausa) E o encontraram? Para quem vocês pedem ajuda quando perdem algo? E vocês, já se sentiram perdidos? NARRAÇÃO DO TEXTO: Hoje nós vamos ouvir mais uma das histórias de Jesus. E, para contar essa história, vamos chamar a nossa amiga Ofélia, a ovelha (utilizar o livro com fantoche). Texto Fantoche: Olá meus amiguinhos! (Aguardar as respostas das crianças). Hoje eu vou contar a minha história. Eu era uma ovelha muito arteira e desobediente. Certo dia, o homem que tomava conta da gente, que chamávamos de pastor, nos levou para um belo pasto, como fazia todos os dias. E, logo que chegamos lá, eu e mais duas colegas saímos para caminhar e passear um pouquinho.

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Mas elas eram muito medrosas e logo voltavam para o grupo. Mas eu não queria saber disso, e continuei a caminhar. Andei por horas, tudo parecia lindo, mas o que eu não via é que eu sempre me afastava mais da proteção do pastor e de perto das minhas coleguinhas, até que eu resolvi voltar. Foi então que percebi que estava totalmente perdida, então, comecei a berrar pedindo socorro, pois a tarde já se aproximava, e o meu medo era de que o pastor, na hora em que fosse buscar a gente no pasto, não sentisse a minha falta e fosse embora com as outras ovelhas, me deixando para trás. Mas, para minha surpresa, quando eu não aguentava mais berrar e as minhas forças estavam se acabando, o pastor apareceu. Como eu fiquei feliz quando vi aquele rosto tão amigo e ouvi aquela voz que me guiava. E, para minha surpresa, novamente ele me pegou no colo e me levou para perto das outras ovelhas. Eu fiquei muito feliz ao chegar em casa. Naquela noite o pastor fez uma festa com a sua família para comemorar a minha volta, pois eu estava perdida e fui achada. Estava ficando doente e eles cuidaram de mim. Estava sentindo muito frio e fui aquecida no calor dos braços do meu pastor. Como foi gostoso voltar pra casa. Sabe, crianças, eu aprendi que não devemos ser fujões. A vida nos mostra muitas aventuras, mas o conforto e o abrigo que temos no nosso lar, no aconchego de nossos pais, é melhor do que ficar sozinho. Então, a melhor solução não é fugir dos problemas e nem se afastar daqueles que cuidam de nós. Devemos buscar conselhos com os nossos pais, ser obediente e ficar sempre perto daqueles que nos amam. Essa é a minha história garotada. Por isso, hoje eu estou muito feliz. Fiquem com Deus e até o próximo encontro. Tchau. CANTO: Benção da Irlanda ou Deus está no céu presente (nº 119, Cante com a Gente). ATIVIDADE COM AS CRIANÇAS: Tirar xerox de uma das atividades: caça-tesouro ou descubra o caminho até chegar na ovelha . Montar a ovelha com pregador. 25


Fazer a dobradura do rosto da ovelha CANTO: Cristo vive em mim (nº 63, Uma canção de esperança). ORAÇÃO FINAL: Obrigado, Senhor, por mais este encontro que já está chegando no fim. Obrigado por sempre nos acolher em teu braços. Agradecemos por nossas famílias e por tudo que temos. Por Cristo. Amém. BÊNÇÃO: Que Deus nos acompanhe de volta para as nossas casas e ilumine os nossos caminhos. Um bom final de semana. Vão na paz de Deus. Amém.

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