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Em meio a sacolas de presentes e almoços de confraternização, vamos fechando mais uma edição da Almost Paper, a décima, que rápido! Ouvindo os comentários, incluímos um rascunho de tendências para o verão 2017 - tipo ler e guardar, para ir ajustando até a hora de pensar na coleção. Na parte novaiorquina, seguimos a Carla Roberto, apaixonada pela ilha da maçã, com uma trivial sugestão de compras - nossa paixão, confesso. Sou louca por shoppings, tenho que saber como são, faço verdadeiras vistorias nos malls. Ainda não me conformei com a possível derrubada do Elephant & Castle, perto de
Londres. Queria conhecer o Park Shopping de Campo Grande e algum do Canadá, modelo para os nossos. Mas duvido que tenham o movimento que vejo no Tijuca Shopping, por exemplo. Aproveitei a expo do Eduardo Alonso para fazer um resuminho nas legendas das fotos, sobre os anos 1980. Variamos as pautas, para integrar a moda no espaço que lhe cabe. Nossos destaques do ano vão de designers a atores. Sem falar na referência-mor para o verão 2017, o filme Guerra nas Estrelas - o Acordar da Força. Tudo é moda! Um Natal cheio de delícias engordativas, muitos fios de ovos e um Ano Novo dentro da academia, para voltar à forma!
Quem fez Diretora/Editora Iesa Rodrigues Fotografia Ines Rozario Marina Sprogis Projeto gráfico Renata Buhler Design Dehon Abrantes Ines Rozario Editora RR Letras
CNPJ 04571660/0001-83
Fotos Ines Rozario, Fabio Bartelt (Paulo Gustavo) e divulgação
Destaques de 2015: André Camacho, perfeccionista, lançou a grife Iara / Paulo Gustavo, humorista, curte e lança moda / à direita, Julio Vianna, líder dos salões Fenin Fashion pelo Brasil / a loura Claudia Raia, que celebrou 30 anos de carreira, com cristais Preciosa cintilando no figurino /Maria Mendes, das noivas de alta costura / e o José Mayer, porque cantou maravilhosamente Cole Porter em Kiss me Kate
André Scalercio, talento em moda festa, Eduardo Alonso ao meu lado / Carlos Tufvesson com PH no colo, no evento Rio sem Preconceito / Isabela Capeto fez ótima coleção para a C&A
Tom Brady roubou a cena no desfile de despedida da Gisele / Diogo MIranda se destacou na semana de verão em Paris, com linda coleção / e Reinaldo Lourenço foi o melhor na SPFW
Tom Ford: precisa justificar o destaque? Ele assinou os figurinos do James Bond contra Spectre, o que já vale como uma afirmaçnao de moda. Ou fashion statement, como preferirem
Natal em New York / por Carla Roberto
Natal em New York Uma das coisas mais deliciosas que vivi foi passar alguns dias que antecederam o Natal em NY . A cidade, suas ruas e lojas ficam delirantemente lindas. O comércio fervilha com gente por todo lado fazendo o que se imagina: compras! Nem o frio ou
a neve atrapalham, só inspiram. Papais Noeis e seus sininhos chamam a atenção das crianças, o cheiro dos pretzels torrando, os cafés cheios e o deslumbramento das pessoas em frente às belíssimas vitrines . Lembro de um ano em que, contagia-
da pela magia da cidade, me vi entre laços e papeis de embrulho.Tão lindos, que quando do meu retorno meus amigos nem queriam desembrulhar seus presentes. E os enfeites de Natal que chegam a enlouquecer! Muito deles comprei na loja Mackensie
Fotos Radio City divulgação No Radio City Music Hall as rockettes se vestem de Papai Noel e o show de Natal Christmas Spectacular inclui ursos e garotas bailarinas. Vale entrar na fila para comprar ingressos!
Child Store na 57th st, uma loja super diferente que vale conferir. Mas em drogarias, papelarias e lojas de departamentos você também encontra coisas lindas! NY contagia a todos nós com o visual e espírito natalino. A partir do Thanksgiving
Divers達o garantida, patinar ou ver a truma patinando no Rockefeller Center (foto NYC&Company/Will Steacy)
Papais Noéis enchem o palco do Rasdio City com versões virtuais. Na página ao lado, a neve no Central Park e a fachada imponente do Hotel Plaza (foto NYC&Company / Julienne Schaer)
as vitrines das lojas estão prontas e são apreciadas por uma multidão de pessoas que vêm de toda parte curtir essa época do ano. Os principais magazines fazem vitrines preciosas com mecanismos que dão movimento, para garantir mais encanto. Como a Bergdorf Goodman, a Sack's 5th Av, Bloomingdales, Henry Bendel.
A Macy's sempre inaugura as vitrines com festa e uma Parada de Natal fantástica com bichos inflados enormes, adorados por crianças e adultos. Ali se reúne uma multidão de fãs deste ritual aprimorado a cada ano. Muitos filmes já mostraram romances, histórias encantadas usando o hotel Plaza, o Cen-
tral Park, Rockefeller Center, Empire State Building e muitos outros lugares emblemáticos como cenário, além das lojas de brinquedos como a famosa Toys ´R´ Us onde crianças se sentem no paraíso e a FAO Schwarz que hoje perdeu o esplendor, mas vale lembrar por ter feito parte do filme "Esqueceram de mim “.
As confeitarias também enfeitam as vitrines nesta época. Muitas tentações na Myer’s...
de mim˜. A Broadway vira um formigueiro de gente impactada com as luzes, restaurantes, lojas e teatros. Os shows de Natal do Radio City Music Hall provocam filas para comprar ingressos e ver o Radio City Christmas Spectacular. Para passar a noite de Natal com um visual maravilhoso, vá ao River Café ou tome um drink no Top of the World
no último andar do Rockfeller Center. O Tavern on the Green é outra opção encantadora no coração do Central Park, um local muito romântico. No Rockefeller Center patinadores e publico apreciam a árvore mais linda da cidade. Nada melhor que almoçar no restaurante do subsolo e apreciar os patinadores, suas performances e os tombos divertidos.
No Central Park a neve, esquilos e as charretes enfeitadas dão um tom de sonho. NY passa uma aura de felicidade e alegria contagiantes. Algumas pessoas se vestem de Papai Noel ou usam galhos de rena na cabeça para curtir pelas ruas da cidade . Afinal é o White Christmas e passar um Natal lá, certamente será inesquecível!
Jersey Gardens uma boa opção de outlet
The Mill at Jersey Gardens Um dia fora de NY/ iesa rodrigues
Sabem o frisson de compras que bate, em viagem? Mesmo com o dólar caro, vale curtir umas compritchas fora do circuito de luxo das vitrines de Manhattan. Se estão se identificando com esta abertura, por acaso estão de viagem marcada para NY, anotem estas dicas:
Sim, percam um dia em New Jersey, para se divertir empurrando um carrinho de mercado lotado de pechinchas. Este shopping é uma espécie de outlet
que no mínimo tem preços menores do que New York porque esta cidade não tem taxas nos preços finais. Não é luxuoso como
Woodbury, onde o formato é de casinhas ao ar livre. Nem bagunçado como era Secaucus, pelo menos logo que começou. Jersey Gardens tem a vanta-
gem de ser um shopping fechado - beleza, protege da neve no inverno e do calorão no verão. Tem praça de alimentação, com as marcas populares e de fast food, não esperem restaurantes gourmet! No máximo, um Applebee’s ou um Johnny Rockets. Quando chegarem lá, tenho certeza que não vão querer perder tempo com comes e bebes, porque o mall é graaande. Entre as lojas, figuram a Saks Fifth Avenue, Neiman Marcus, Michael Kors, Forever 21, Abercrombie&Fitch, Coach, Tommy Hilfiger (um querido dos brasileiros) e a minha favorita, a japonesa Uniqlo. E várias lojas de tênis, roupas fitness, algumas de games e eletrônicos - foi lá que encontrei o cabo chatinho para carregar o iPhone (US$ 5). A maior parte das grifes leva estoque de outlet, mas vi muitas peças que estavam também nas vitrines de Manhattan, da mesma coleção.
Se animaram? Sigam o roteiro: 1. De manhã, antes das 11, estejam no Port Authority Bus Terminal, a rodoviária de Manhattan., na rua 42. Comprem as passagens (ida e volta por US$ 13) do ônibus 111 e corram para a plataforma indicada. Impressionante como a fila cresce, é um tal de gente com malas tamanho GG, para trazer as compras. Acho exagero comprar o bilhete no primeiro ônibus, que sai às 9 - ninguém merece acordar cedo e sair correndo em viagem que não seja de trabalho. 2. O ônibus é decente, sai no horário, a viagem demora cerca de 40 minutos, depende do trânsito nos túneis 3. Não vi vantagem nos cupons oferecidos na recepção, mas vale dar uma olhada nas ofertas. Melhor ir com algum planejamento, priorizar lojas favoritas. Não gostei da Marshall’s, conhecida pelos preços baixos. Muito boa, a Forever 21.
4. O shopping abre de segunda a sábado, das 10 às 21h; aos domingos, das 11 às 19 h. Fecha no 25 de dezembro. 5. A farra deve ir até umas 17 horas, no máximo, para evitar ficar um tempão em pé na fila, carregando sacolas. Porque os ônibus de volta saem só até19 horas. Quem perde este horário, pega um taxi e vai para um hotel por perto. 6. Para quem prefere conforto, é possível alugar uma van, com muito espaço para as sacolas. 7. Jersey Gardens tem wi-fi liberado, para postar todos os instagrams, snapchats, facebooks do dia de compras loucas. 8. Este shopping merece a indicação. Estou afirmando isto, e fiquem sabendo que não curto outlets, detesto liquidação e abomino a palavra Off. Mas acho que, para quem tem bom olhar para compras baratas, Jersey Gardens é diversão garantida.
Ambientes festivos O evento Casa Cor lançou a moda. Logo, as vitrines e espaços decorados por profissionais como arquitetos, paisagistas e decoradores surgiram em grandes lojas. Um dos destaques desta temporada é a série de ambientes montados na Ornare, no Casa Shopping. A maioria, como esta sala branca, criada por Elaine Ramos uma sala-copa, que continua em uma cozinha daquelas de dar inveja, super-organizada. O conceito é de um jantar de Natal Fotos Ines Rozario
Uma copa para um caf茅 festivo, com temperinhos nas prateleiras e muito verde pendendo do teto. Os m贸veis brancos destacam as cores
Branco e cinza, na copa/cozinha que ganha o clima de festa pelo vermelho da toalha e da luminรกria. Angela e Adriana Frota assinam
Em princípio, Ornare é marca de móveis para cozinha. Mas o fato de contar com designers como Guto índio da Costa, Marcelo Rosenbaum, Zanini de Zanine, Patricia Anastassiadis e Ruy Ohtake faz com que o conceito se amplie e chegue a armários para quartos, closets, ateliês, salas, saletas, home offices. Paula Neder assina este ateliê com a mesa amarela e belos painéis de paisagens como divisórias
Um luxo, o closet montado por Luiz Claudio Leal, com o grande pufe capitonê no centro, armários com portas de correr. Pretas, para as roupas dele, mais claras, para ela. Iluminação indireta completa o espaço enfeitado pelo lustre
Lounge de um jogador ou aficcionado pelo polo, por Toti e Marco Queiroz
Closet Cleaning:
Renovando o armário para 2016 Que tal aproveitar esse clima de ano novo para reinventar o closet? Mas se você tem dificuldade de desapegar ou não sabe se organizar muito bem, é preciso ter algumas coisas em mente antes de se aventurar em um
closet cleaning”, explica Camy Filgueiras, personal organizaer e consultora de estilo.
conta que é muito comum se sentir um pouco perdida na hora desta arrumação.
Reformar o armário, livrar-se de pertences antigos e esquecidos, abrir espaço para coisas novas não é uma tarefa fácil. Camy
Para dar uma ideia do que é possível mudar, a profissional adianta alguns detalhes importantes, que têm a ver com moda. Vejam só:
Roupas com apelo emocional, por exemplo, são um perigo. "Não caia nesta armadilha. Algumas peças são marcantes e despertam memórias, mas de nada vale um armário cheio de lembranças." - diz Camy. Algumas peças podem permanecer, pois podem voltar à moda. Mas muitas delas certamente só estão acumulando poeira e atraindo traças, pois jamais serão usadas novamente. O olho treinado de uma consultora de estilo sabe avaliar tudo isso.
Retire todos os pertences do armário e separá-los em três categorias: roupas para doar, para guardar e peças temporariamente sem destino ou para reformar. A limpeza do guarda-roupa também é importante. Assim como a conservação das peças da maneira correta, o uso de anti-mofos e até os cabides certos. Se você faz o tipo acumuladora e sente dificuldade de se desfazer de roupas e acessórios ultrapassados e desnecessários, peça ajuda de alguém que entende do assunto.
Camy Filgueiras é carioca, jornalista, mãe e atua como consultora de estilo e personal organizer. Costuma participar de matérias em diversos jornais, revistas e mídia online, com suas dicas de estilo e organização. Camy Filgueiras: 21- 99175-3822
Camy indica algumas reflexões que podem ajudar durante o processo: - Esta roupa serve em você? - Você usou esta peça nos últimos 12 meses? - Qual é a possibilidade de usá-la novamente? - Ela está na moda atualmente ou tem a ver com seu estilo? - Caso a peça esteja precisando de reparos, você terá um tempo disponível para fazê-lo? - Se hoje você visse essa roupa em uma loja, você compraria? - Você se sente bem ao vestí-la?
ANOS 1980 era de moda e musas Fotos Eduardo Alonso
A moda opera por décadas, o que nos facilita a análise de cada período. As cores, o brilho e a alfaiataria dos anos 1980 andam servindo de inspiração para as novas modas. Mas faltava algo mais concreto, como imagem. Coube ao Eduardo Alonso, que justamente nesta década trocou a Engenharia pela Fotografia, dar o impulso visual que nos faltava, como origens nacionais. Alonso protagonizou uma exposição no Fórum de Iopanema e escolheu justamente esta década animada como fio condutor das fotos a serem selecionadas. Começou por esta Betty Lago esguia, de cabelos curtinhos, na praia de Ipanema. A entrevista não era com ela, era com o Moschino, no hotel Caesar Park. Mas lá veio a Betty, amiga do italiano, para me acompanhar, se divertir e arrasar falando um italiano impecável. No fim da entrevista, descemos todos para a praia e o Alonso não resistiu e pediu para fotografar a Betty, que vinha de uma temporada na Europa e Nova York, como musa de Claude Montana, Yves Saint Laurent e Thierrry Mugler, entre outros.
As agências de modelo ainda estavam começando a bookar as beldades para formar seus elencos. Mas já tínhamos lindinhas como a catarinense Jackie Sperandio, de cabelos cacheados, altura ideal, que vestia coleções de ponta, como as do Georges Henri E por falar nele, eis o próprio Georges Henri, quando começava a estourar no circuito da moda carioca: todas amavam sua alfaiataria em linho, as saias de malha de corte perfeito, as cores neutras e o seu charme. Na foto, está com Claudia Fialho, que organizava ótimo evento de moda
Tão esfuziante quanto as modelos em volta, Carla Roberto participou do movimento fashion com os requisitos exigidos pelas passarelas dos anos 1980. Os acessórios certos, a ousadia nos metalizados. E muito batom vermelho! Puro glamour, nas mulheres mais bonitas da época Luiz de Freitas e a amiga Leda Nagle. Ele revolucionou a moda masculina - até hoje seria moderno, basta ver a túnica que veste na foto. E ela, também até hoje vive atenta às novas personagens da moda, para entrevistar na TV
A loura Nora Sabbah no final de mais um desfile da Spy&Great, que mandava no universo dos jeans. À direita, de costas, a referência que perdura e se renova: David Bowie Um dos casais de sucesso, graças aos looks de blazers, calças baggy, ombreiras, sorrisos. O casal da Movie, Ricardo e Ana Gasparini - ela, sempre correndo da fábrica em São Cristóvão para a loja em Copacabana, os cabelos ao vento, linda
Andrea Saletto também despontou nos anos 1980, a gata discreta, autora de roupas atemporais, de alta qualidade. Era uma das queridinhas da Braspérola, a tecelagem que vendia o disputado linho em cotas para marcas selecionadíssimas - Andrea era uma destas privilegiadas Composição perfeita, de acordo com o rigor do desenhista José Augusto Bicalho, que assinava a grife Jo&Co. Três bonecas/manequins com os casacos de ombreiras e a modelo Monique Evans de franja e um dos vestidos drapeados da coleção
Cristina Brasil, Carla Barros e Jackie Sperandio com os corpetes e saias de cetim da dupla Frankie Mackey e Amaury Veras. Na Frank Amaury eles inovaram o conceito de moda em couro - acabaram com os casacos tradicionais e propuseram estes looks, para dançar no Hipopotamus Marco Sabino contava histórias de médico e encantava com a originalidade de bijuterias coloridas e delicadas. De médico e designer passou a pesquisar moda, lançou uma enciclopédia indispensável no acervo de quem curte saber tudo sobre as figuras e modismos da moda Brasil
Carmen, Claudia Manhães, Heckle Verri, Angela Pretti e Marcus Ferraço - vinha gente de toda parte para se lançar nos salões e showrooms cariocas. Neste grupo, capixabas e maranhenses marcavam seus espaços Musa, intérprete, modelo, Veluma era a rainha dos finais dos shows. A plateia esperava sua aparição, o caminhar perfeito, a expressão dramática. E, claro, altura e corpo perfeitos
Marco Rica e suas estrelas - .Cristina Brasil, Teresa Cristina e Carla Souza Lima, no final da coleção em cirês e xadrezes. Um mestre da costura, atuou na grife própria, que chamava Moda Rica, um trabalho de alta classe nAnos 1980 foram década de cabelos com permanente. Nas laterais, Teresa Cristina e Liz Machado demonstram o efeito cacheado e volumoso que ra hit. Pilar Rossi se manteve loura e de cabelos curtos louros. Atualmente está baseada em Nova York
Destaque na expo do Eduardo Alonso, esta imagem da Teresa Cristina vesrtindo o longo drapeado do Gregorio Faganello. Ronald Pimentel, ali atrás, de calça branca, deve ter sido o responsável pelo make e cabelos. Até hoje, ele embeleza a estrela Vera Fischer
Tem rosto mais bonito, fofo, jovem, do que o da Monique Evans no princĂpio de carreira? No make dos anos 80, sobrancelhas grossas, boca perolada, quase nada - nem precisava! Começou fazendo capas das revistas Capricho e Pop, desfilou para a San Sebastian, de Simon Azulay
Quando entrevistei pela primeira vez, Simon já era considerado o príncipe dos jeans. Estava bordando com pedrarias uma calça, falou menos que o irmão, David. Assinou a San Sebastian, Chopper e Yes, Brazil. Dominava estampas, jeans, sabia criar o conceitual e o comercial
Teresa Gureg veio do Rio Grande do Sul e conquistou as cariocas com suas espadrilles. Depois, enveredou por modelos coloridos, irresistíveis e produziu desfiles incríveis, como o teatro dos sapatos. Atualmente desenvolve calçados ecológicos e participa de eventos internacionais
Outra ga煤cha, Mara McDowell, estudou jornalismo, passou pela equipe da Mesbla, foi s贸cia na Mariazinha, uma das primeiras butiques de Ipanema e continua criando e inovando na Mara Mac
Ano Novo branco, de novo
O jeito mais carioca, de shorts, camisa e sandรกlia dourada. Look HERING
Por via das dúvidas, o look branco é o eleito da maioria das festeiras na noite do Ano Novo. Se puder ser uma roupitcha nova, nem que seja uma regatinha oportunista, com frases alusivas à data, melhor ainda. As grandes lojas andam propondo coleções para a família inteira, desde vestidos de bailarina para as meninas até as bermudas de sempre para os caras. O ideal seria escolher algo que servisse para entrar em ação durante o ano. Para evitar aquela coleção de camisetas com escritos tipo Feliz 2011 / Amor em 1995 / sempre em letras douradas, bordadas, que acabam relegadas ao fundo do armário ou aos dias de faxina. Na Europa, as chics usam preto, já que é pleno inverno. E na linha Pucci, o dourado é a sugestão que lembra riquezas. Quem sabe, atrai fortunas em 2016? Longo com jeito artesanal, do site Shop2gether
Assimetrias e pregueados, estilo guerreira, da Olympiah
Branco, longo e sexy, da Casual Street
Make luminoso, com batom pink, sugest達o do Celso Kamura
Vestido de renda, elegante, do Heckel Verri
E a camiseta decote V, com a palavrinha mais importante, da JChermann
Verão 2017 Como será, na moda?
Rosa total, inspiração possível a partir da obra de Lee Sol
Vamos falar de tendências, palavra que muitos consideram superada. Só que, se não houver alguma previsão, vai ser um caos de cores e formas. Sim, há quem alegue que as consumidoras sabem o que querem, que cada um veste o que quer. Vamos combinar que este seria o fim da moda, como fenômeno e cultura civilizada - até agora, a História da Humanidade tem seu registro bastante fiel na maneira das pessoas se vestirem. Enquanto o caos não se instala, vamos ao que se espera para o verão 2017:
Segundo as pesquisas do evento Inspiramais, organizadas por Walter Rodrigues, teremos um cenário competitivo, em que situações adversas econômicas serão constantes para empresas e consumidores. Será preciso unir inspiração, criatividade e soluções práticas que gerem desejos e originem vontades por produtos. Mais uma vez, trata-se de superar a crise com o sonho. Notem que há o pessimismo inerente a uma situação que já começou a ser evidente, na economia brasileira. Mas
perdura a vontade de superar com otimismo. É uma nova onda, que para vencer deve mostrar renovação - e ultimamente, acompanhamos novos nomes, novos eventos, eventos que se renovam, lojas que se reposicionam. Como dizem na Ciência, "o novo vence sempre". Vamos às primeiras
tendências para o verão 2017:
pois de quase uma década de foco. Há quem aposte nos Cores: verdes claros amarelos-limões e escuros, brancos acho melhores na (a gama dos crus moda praia. até o neve), terrosos claros, laranjas, co- Formas: amplas ou rais, rosas ajustadas. Curtas O preto e branou longas. Cada vez co deve resistir mais é preciso lemao terceiro verão. brar que há consuProvavelmente em midoras e consumilistrados de efeitos dores vivendo mais óticos. Os azuis en- tempo, engordando tram para o território na velhice, querendos clássicos, dedo se manter atua-
E À esquerda, o figurino jedi da Rey, personagem de Star Wars. Acima, o contraste entre Arte, classe e humor, instalação de Takashi Murakami
lizados. Há os plus sizes. A fase teen. Snao várias faixas de consumo, nichos que merecem ser atendidos. Daí, a amplidão, que pode ser ajustada por faixas ou cintos. Que vai disfarçar formas generosas demais e esconder braços pelancudos. O ajustado atende a quem se esforça por manter a forma.
Basta ver a quantidade de academias nas cidades, para ver como há consumo para roupas mais elásticas, que valorizam o corpo. Texturas: elas têm a maior importância, desde as roupas até os acessórios. O modelo pode ser simples, minimalista, mas será feito em materiais com relevos e volumes,
brincando com surpresas de transparências. Recortes e nesgas também valem, mais do que decotes óbvios e modelagens de espartilhos. Aspectos perolados, foscos aparecem mais do que os envelhecidos. Inspiração em décadas de Artes Plásticas inovado ras, como os anos
1960. Op Art, Pop Arte, figurativos com mensagens otimistas.
A inspiração maior virá do jeito despojado, no entanto, bastante elaborado, da Rey, a protagoO lado étnico sobre- nista do filme, com vive às custas dos forte promessa de clássicos japoneestrelar como perses, do colorido afri- sonagem na conticano, do apimennuação da história. tado mexicano. Do Vestes sobrepostas, Brasil, deve restar calça franzida e curalgum toque olímpi- ta, cores empoeiraco. das e terrosas - está tudo lá, no figurino Uma influência que da Daisy Ridley, que deve se estender atravessa desertos até o momento de e cruza as galaxias criação das coleà velocidade da ções é o filme Guer- luz. Prestem atenra nas Estrelas que ção nela, e reparem acaba de estrear. como Riccardo Tisci
prevê este futuro de drapeados e franzidos nas coleções da Givenchy (página ao lado). Palavras-chave: herói, militante, estranho, simetria, conflito, celebração
Givenchy em verão de dois anos atrás, figurino de Star Wars: tendências
Onde está você, afinal?
Na página à esquerda, imagem do lançamento do próximo inverno. Nestas três imagens, looks de verões e invernos passados, marcantes
A moda masculina também pode aderir ao movimento consciente, sustentável, comércio justo, todas estas características que se integram nos novos tempos ecologicamente corretos. Um bom exemplo é a marca House of Very Island’s Club Division Middlesex Klassenkampf but the question is where are you now? Sim, o nome é isto tudo, e a pergunta final (“mas a pergunta é onde está você agora?”) serve para lem-
brar que moda não é um fenômeno fechado, e sim uma parte vital de contextos sociais, políticos e culturais segundo as definições dos autores. A House of....começou em 2006, como uma manifestação do movimento underground de Viena. Era uma reunião de quatro designers entre um grupo de artistas plásticos, músicos e cineastas. Deste grupo ficaram Karin Krapfenbauer e Markus Hausleitner, que se dedicam às coleções de moda usando materiais ecológicos e orgânicos,
texturas artesanais e utilizam até operações matemáticas para desenvolver as roupas de alta qualidade. Do grupo original ficam os curtas que marcam o lançamento de cada coleção nova. Que não faz distinção de gênero, é feminina ou masculina. Com lojas multimarcas vendendo a marca em Viena, Nova York, Copenhague e no Japão, a House of the very Island....avisa que vai lançar o inverno 16/17 em 20 de janeiro de 2016, das 16 às 19 horas