InterIFMG • Janeiro a Junho de 2017
Instituto Federal de Minas Gerais
Ano II • No. 3 • Janeiro a Junho de 2017
Publicação do Instituto Federal de Minas Gerais
NO.
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Distribuição gratuita
www.ifmg.edu.br
INTERIFMG
Rumo à sustentabilidade
Tales Bedeschi Faria
Frederico Arthur Souza Leite
Arquivo/IFMG
IFMG investe em ações e projetos para o alcance da sustentabilidade ambiental. Nesta edição, confira algumas iniciativas da área de Extensão, além do projeto inovador de implantação de painéis fotovoltaicos para geração de energia solar. Pág. 4
Capacitar e melhor atender Com base em levantamento entre servidores, Instituto cria plano para nortear e promover ações internas de capacitação.
Pág. 2
Novos negócios
Melhorias no Ensino
Inspiração acadêmica
Iniciativa do IFMG, a 1ª Fenitec vai reunir acadêmicos, pesquisadores, inventores, empresários e agências de fomento em debate sobre inovação no Estado.
Regulamentos do Ensino Técnico e da Graduação são aprovados e pretendem atender aos anseios da comunidade acadêmica.
Estudantes do Campus Formiga empreendem e montam negócios próprios a partir de conhecimentos adquiridos no curso de Engenharia Elétrica.
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InterIFMG • Janeiro a Junho de 2017
Instituto Federal de Minas Gerais
E D ITORIAL
EXPEDIENTE
Por um IFMG em movimento
Kléber Gonçalves Glória
Reitor
O IFMG inicia o mês de junho comprometido em organizar três grandes eventos. A reunião do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), que envolve os reitores dos Institutos Federais de todo o Brasil. Regionalmente, o IFMG comandará o II Fórum da Rede Federal em Minas Gerais, evento do qual participarão as seis instituições tecnológicas mineiras. E, ainda, a 1ª edição da Feira de Negócios, Inovação e Tecnologia (Fenitec). Com o intuito de estreitar cada vez mais a relação com os municípios que abrigam nossos campi, estamos mantendo a agenda de reuniões com os prefeitos de todas as 18 cidades. Até o mês de abril, foram conduzidos encontros com os prefeitos de Betim, Conselheiro Lafaiete, Itabirito, Ouro Preto, Ponte Nova e São João Evangelista. Nosso objetivo
é expor as ações e potenciais do IFMG e, claro, conhecer um pouco mais das demandas desses municípios. Não podemos esquecer de celebrar a iniciativa de implementação das usinas de energia fotovoltaica em oito campi. A tecnologia, mundialmente aplaudida, chega ao nosso Instituto para iniciar uma nova história. Em tempos em que é necessária criatividade para economia de recursos naturais, o IFMG é pioneiro no investimento em energia renovável. Cada uma das oito usinas fotovoltaicas instaladas pode reduzir cerca de R$ 21 mil reais por ano em custos administrativos.
INTERIFMG PUBLICAÇÃO DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MINAS GERAIS
Reitor Kléber Gonçalves Glória Chefe de Gabinete Angela Rangel F. Tesser Diretor de Comunicação Renan Ramos Conselho Editorial Camila Calderano (Progep) Daniela Fantoni (Proex) Denise Ferreira Izabella Siqueira Juliano Tavares Lucas Marinho (Proen) Raquel Fonseca (PRPPG) Thomás Bertozzi Virgínia Fonseca Jornalista responsável Denise Ferreira MTB 11.392/MG
Esses são destaques de ações que fazem do IFMG uma Instituição cada vez mais conhecida e reconhecida pelo comprometimento com o seu importante papel no Estado de Minas Gerais e no Brasil.
G E STÃO D E PE SSOA S
Reportagens Ana Maria Telles, Denise Ferreira, Izabella Siqueira, Juliano Tavares, Tatiana Toledo, Thomás Bertozzi, Virgínia Fonseca Colaboradores André Resende Débora Mendes Denise Santana Fabricio Carvalho Frederico Leite Gilberto Justino Nelis Aparecido da Silva Tales Faria Thais Felicori Thiago Henrique Silva Projeto gráfico e diagramação Ângela Bacon e Michel Araújo Tiragem 5.000 Fale conosco 31 2513 5120 jornalismo@ifmg.edu.br www.ifmg.edu.br CAPA | Acima: Painéis fotovoltaicos em Ribeirão das Neves. Abaixo: Projetos “Horta”, em Santa Luzia, e “Ecopedal”, em Itabirito.
Por Juliano Tavares
Para qualificar melhor Produzido com o apoio de técnicos e professores, Plano de Capacitação vai oferecer novas possibilidades de aprendizagem a servidores do IFMG Fotolia.com
Para a definição dos eventos de capacitação que fazem parte do plano, realizou-se um levantamento das necessidades de capacitação dos servidores docentes e técnico-administrativos, além dos ocupantes de cargos de direção e função gratificada de todo o Instituto.
O Plano Anual de Capacitação define os critérios a serem utilizados para o desenvolvimento profissional dos servidores, tendo como parâmetro os objetivos estratégicos estabelecidos no Plano de Desenvolvimento
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Institucional (PDI). Para a elaboração desse documento, a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas constituiu, por meio da Portaria nº 1.135/2016, uma comissão composta por representantes de diferentes áreas e campi. Como objetivo, essa comissão buscou atender às especificidades locais, gerais e individuais dos servidores.
Levantamento Atualmente, o IFMG conta com 1.589 servidores ativos, sendo 829 docentes e 760 técnicos administrativos. Ao todo, 496 servidores responderam ao formulário enviado pela Comissão, sendo 44,8% da carreira de técnico e 55,2% da carreira de magistério. Desse total, 30% dos respondentes possuem algum cargo de gestão e 60% atuam na Instituição há menos de cinco anos. Com base nesse levantamento, a Comissão criou um Plano para nortear a construção dos
programas locais de capacitação e buscar dar unidade a essas ações. Além disso, o plano oferece novos benefícios como: • escola de gestores em parceria com a Escola de Administração Fazendária (Esaf), atendendo às quatro regiões in loco; • Seminário de Governança pública e Gestão de risco; • Encontro de Diversidade e Inclusão; • Edital de seleção de instrutores internos (servidores do IFMG) para oferta de cursos, workshops e palestras; • Dinter em Ensino de Ciências e Matemática/ Mestrado em Educação Agrícola. Atuando nas diferentes áreas “Estamos entregando à comunidade do IFMG o primeiro Plano Anual de Capacitação, com o objetivo de estruturar as ações de capacitação a serem ofertadas aos servidores, de forma que possam
desenvolver competências para o trabalho e agreguem valor à Instituição. Foram definidas as seguintes áreas: Ensino, Pesquisa e Extensão, Tecnologia da Informação e Comunicação, Linguagem e Comunicação, Gestão de Pessoas, Segurança no Trabalho, Qualidade de vida e Saúde no trabalho, Gestão Pública e Formação de Lideranças, que serão trabalhadas em três eixos no âmbito do IFMG. A capacitação deve possuir relação com o cargo e ambiente organizacional de lotação e localização do servidor técnico-administrativo; e com a área de atuação do servidor docente. Por ser o primeiro, certamente sofrerá atualizações e adequações nos próximos anos”. Olímpia de Sousa Marta, Pró-Reitora de Gestão de Pessoas
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NOSSA H I STÓRIA Arquivo/IFMG
Por Juliano Tavares
Arquivo/IFMG
Bambuí foi escolhido pelo MEC para o processo de Recredenciamento. IFMG recebeu nota 4 (conceito “Muito bom”) na avaliação.
Mais do que uma fazenda Com cerca de 60 laboratórios em diversas áreas, o Campus Bambuí desponta como um dos mais estruturados do IFMG. Tudo isso sem mencionar o espaço físico. Pense em uma paisagem tão paradisíaca que a única coisa que separa as águas azuis de um céu ainda mais azul são as árvores que cruzam a linha do horizonte. Interessante, não? Mas ainda mais interessante do que essa vista é saber que toda essa paisagem faz parte de uma fazenda estruturada onde funciona o Campus Bambuí. Localizada na Fazenda Varginha, entre Bambuí e Medeiros, essa unidade do IFMG foi escolhida pelo MEC para ser o campus em que aspectos da infraestrutura do Instituto foram avaliados, no que diz respeito a Ensino, Pesquisa e Extensão. Em um processo
“
de Recredenciamento que envolveu todo o IFMG, de 1 a 5, conquistou-se a nota 4. Só para citar alguns exemplos dessa estrutura, o campus possui mais de 60 laboratórios em diversas áreas. No restaurante escolar, são servidas 800 refeições no almoço e outras 200 no jantar, além de serem oferecidas 256 vagas nos alojamentos masculino e feminino, tudo isso para atender a cerca de 1,8 mil estudantes.
Horários e sinalização
No que diz respeito a melhorias, em entrevista ao InterIFMG, o diretor-geral substituto e diretor de Ensino, Mário Luiz Alvarenga, destacou algumas ações, entre elas, um trabalho relacionado à revisão das matrizes curriculares dos cursos, adequando ao módulo-aula de 50 minutos. “Isso
No leque de opções de práticas esportivas há academia, piscina, futebol, handbol, basquete, futsal, boxe, dança, treinamento funcional e até slackline”
provocou uma ampliação da grade de horários e permitiu, por exemplo, que os cursos noturnos passassem a ocorrer às 19h, e não às 18h30, como era anteriormente”, explica Mário. Outro aspecto significativo diz respeito à sinalização da unidade, totalmente finalizada este ano. “A princípio, parece um processo simples, mas diante do grande número de setores e espaços, sinalizar adequadamente o campus acabou envolvendo muitos servidores”, comenta. Com isso, atualmente todas as placas, totens e diretivas da unidade estão padronizadas.
Estudar sim, mas se divertir também
O que também tem aumentado são as atividades de Extensão e Cultura, entre elas é possível destacar o Papo Reto (discussões sobre temas da atualidade), que agora também vem ocorrendo na cidade, o Santo de Casa (apresentações musicais) e um museu. “Nem todas são novas atividades, mas têm ocorrido com mais frequência”, diz Mário. Em relação ao lado esportivo, é mais uma das opções que os membros da comunidade escolar, em especial os estudantes, têm para se entreter
sem a necessidade de sair da unidade. “No leque de opções há academia, piscina, futebol, handbol, basquete, futsal, boxe, dança, treinamento funcional e até slackline”, explica a coordenadora de Esportes e Lazer, Ana Flávia Leão.
Informática
Com 11 laboratórios na área e disponibilizando wifi por todo o campus, a área de Informática planeja adquirir um storage e um backup remoto (equipamentos para armazenamento de dados). “O objetivo é melhorar a segurança da informação”, conclui o coordenador de Gestão de TI, Santiago Pereira.
Cursos ofertados
Técnicos integrados: Agropecuária, Manutenção Automotiva, Informática, Meio Ambiente e Administração. Técnicos subsequentes: Agropecuária e Manutenção Automotiva. Graduação: Agronomia, Zootecnia, Engenharia de Produção, Engenharia de Computação, Engenharia de Alimentos, Administração, Licenciaturas em Física e em Ciências Biológicas. Mestrado Profissional: Meio Ambiente e Sustentabilidade
Bambuí em números:
1,8mil estudantes aproximadamente
800 256
refeições no almoço
vagas nos alojamentos masculino e feminino
+60
laboratórios em diversas áreas
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SUSTE NTAB I LI DAD E Thais de Carvalho Felicori
Por Denise Ferreira
Frederico Arthur Souza Leite
Incentivo à caminhada e ao ciclismo é um dos objetivos do Ecopedal, no Campus Avançado Itabirito
Estudantes atuando em projeto no Pico da Ibituruna
Por um Instituto mais verde IFMG investe em ações e projetos para alcançar a sustentabilidade
Arquivo/IFMG
Usar os recursos de forma inteligente, de modo a preservar o meio ambiente e proporcionar qualidade de vida às gerações futuras. Esse é um dos pilares da sustentabilidade ambiental, foco de uma série de projetos do IFMG na área de Extensão – em alguns casos, associados à Pesquisa. Confira algumas iniciativas em andamento. Em Betim, o projeto “Coleta seletiva de lixo” busca conscientizar a comunidade acadêmica quanto ao tema. Para isso, já foram realizados levantamentos sobre os resíduos sólidos gerados no campus, bem como a elaboração das diretrizes do projeto. Já em Piumhi, o projeto “Reciclagem e Tratamento de Resíduos” conta com ações práticas para redução, recuperação, reutilização e reciclagem de lixo, além da destinação correta dos resíduos. Governador Valadares possui o “Programa de Ações Socioambientais no Monumento Natural Estadual do Pico da Ibituruna”, que visa identificar a situação da localidade e investir em ações para a recuperação ambiental. Belas paisagens e trilhas para pedestres e ciclistas investirem na prática de esportes. Esse
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é o cenário do “Ecopedal”, em Itabirito, que tem como objetivos mapear os trajetos, levantar pontos com relevância ambiental e, também, o patrimônio histórico. O projeto “Ecopilhas”, de Ouro Branco, atenta para a conscientização sobre os impactos ambientais decorrentes do descarte inadequado de pilhas e baterias. Pelo projeto, são realizadas ações de conscientização, além da coleta de objetos em pontos da cidade. “Horta gastronômica” é o nome da ação de Ouro Preto que atua no cultivo de alimentos no campus. Livres de agrotóxicos, os produtos podem ser utilizados pela área de Gastronomia, no restaurante escolar e, também, pela comunidade. Em Santa Luzia está em andamento o projeto “Horta”, que busca, pela agricultura urbana, a interação entre comunidade e estudantes, e se desdobra em duas frentes: “Incubadora e Culturas” e “Mapeamento e Cadastramento”. “Paulo Freire” é o nome do projeto de Ribeirão das Neves que está em consonância com o tema sustentabilidade. Entre os projetos de pesquisa na esfera do desenvolvimento sustentável estão o “Jardim filtrante para pós-tratamento de águas residuais”, de Congonhas, e
São João Evangelista é uma das oito unidades do IFMG a implantar os painéis fotovoltaicos. Redução de custos e geração de energia limpa e renovável são as principais vantagens da iniciativa.
“Monitoramento da qualidade da água de abastecimento do Campus Ouro Preto”.
Energia renovável
A implantação das usinas fotovoltaicas para geração de energia, por meio da radiação do sol, é um dos passos mais importantes do IFMG rumo à sustentabilidade. Atualmente, há oito sistemas implantados nos campi Bambuí, Formiga, Ribeirão das Neves, Betim, Ouro Preto, Congonhas, Governador Valadares e São João Evangelista. Para a captação da energia, painéis fotovoltaicos foram instalados estrategicamente, em sua maioria nos telhados dos campi. A ação pretende reduzir as despesas totais com energia elétrica em cerca de 160 mil reais ao ano.
Acesse o link ao lado e saiba mais sobre as usinas fotovoltaicas do IFMG
A implantação das usinas fotovoltaicas para geração de energia, por meio da radiação do sol, é um dos passos mais importantes do IFMG rumo à sustentabilidade
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I NOVAÇÃO
Por Virgínia Fonseca
Inovação a olhos vistos Feira de Negócios, Inovação e Tecnologia discute desafios para o setor em Minas Gerais De 6 a 8 de junho, cerca de 400 pessoas, entre acadêmicos e pesquisadores de instituições de ensino técnico e tecnológico mineiras, inventores, empresários e agências de fomento, estarão reunidas na capital mineira em torno do debate sobre inovação em
Minas. Trata-se da 1ª Feira de Negócios, Inovação e Tecnologia (Fenitec), promovida pelo IFMG por meio do seu Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT). Com o tema “Novos negócios: novos desafios”, o evento será um ambiente propício para se firmar parcerias entre desenvolvedores de tecnologias e o setor produtivo. A feira pretende, ainda, discutir formas de desenvolver a inovação, a tecnologia e o empreendedorismo no ambiente acadêmico, além de criar um fórum de discussão sobre os novos negócios e seus desafios, como startups, spin-offs, aceleradoras de negócios e investidores-anjo.
Programação
A Fenitec contará com espaços voltados para a qualificação e troca de experiências, por meio de palestras, mesas-redondas, workshops e minicursos. Haverá, também, exposição de projetos e estandes onde os inventores poderão apresentar
suas criações e protótipos. “Será uma oportunidade para o IFMG e os demais participantes mostrarem suas potencialidades ao setor produtivo”, reforça o coordenador do NIT, Edilson Nolaço. No caso do IFMG, estarão em evidência projetos e pesquisas desenvolvidos pelos campi em áreas variadas, como Agronomia, Tecnologia de Alimentos, Engenharias, Informática, Zootecnia, entre outras, incluindo as propostas do Polo de Inovação, que possuem foco em Sistemas Automotivos Inteligentes.
O pró-reitor de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação do IFMG, Neimar Freitas, destaca que, pelo caráter da Instituição, a Fenitec vai ao encontro da finalidade dos Institutos Federais, prevista em lei, de estimular o desenvolvimento de soluções técnicas e tecnológicas, estendendo seus benefícios à comunidade. “Além de apresentar as tecnologias desenvolvidas pelo Instituto, acreditamos que o evento poderá resultar em parcerias para novas pesquisas”, acrescenta.
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A Fenitec vai estimular o desenvolvimento de soluções técnicas e tecnológicas, estendendo seus benefícios à comunidade. Também poderá resultar em parcerias para novas pesquisas” P ÓS - G R ADUAÇÃO
Por Virgínia Fonseca
Aqui se faz, aqui se aplica Primeiras defesas do mestrado em Sustentabilidade reafirmam caráter prático do curso e aplicabilidade das pesquisas desenvolvidas
Fotolia.com
O mestrado profissional em Sustentabilidade e Tecnologia Ambiental do IFMG, ofertado no Campus Bambuí, passou por um marco histórico, com a aprovação de suas primeiras dissertações. As defesas, iniciadas no final de 2016, têm corroborado o diferencial curso, com propostas que dosam apurados conhecimentos científicos e realidade mercadológica.
viabilidade do uso de um sistema híbrido, composto de biodigestor e placas solares, para abastecer de forma integral toda a demanda de energia de uma granja de pequeno porte. O trabalho pode ser usado pelo campus como base para instalação de um biodigestor para tratamento dos resíduos do aviário, assim como por empresas de pequeno e médio porte do segmento.
Defendida pelo mestrando Carlos Roberto Costa, sob orientação do professor Carlos Fernando Lemos, a primeira dissertação, intitulada “Análise de viabilidade do uso de fontes alternativas de energias retornáveis na produção de aves de corte e postura”, é exemplo desse perfil de pesquisa. Tendo como referência o Laboratório de Avicultura do Campus Bambuí, o estudo atestou a
Aprovado pela Capes em 2013, o mestrado profissional do IFMG iniciou sua primeira turma em 2014. Atualmente, está em andamento a terceira turma - são disponibilizadas, por ano, 20 vagas. “O curso forma pesquisadores com grande capacidade de resolução de problemas e desenvolvimento de novas técnicas e tecnologias”, afirma Carlos Roberto Costa.
Confira as três primeiras dissertações defendidas “Análise de viabilidade do uso de fontes alternativas de energias retornáveis na produção de aves de corte e postura” | Autor: Carlos Roberto Costa | Orientador: Carlos Fernando Lemos “Coprocessamento de mortalidades e subprodutos de origem animal em fábrica de cimento” | Autor: Ricardo de Lima Silva | Orientador: Ricardo Carrasco Carpio “Antropização, como está? Um processo que afeta a comunidade scarabaeinae do Parque Nacional da Serra da Canastra – MG” | Autor: Lorrany Horácio Penoni | Orientador: Ricardo Sousa Cavalcanti.
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Instituto Federal de Minas Gerais
PROCE SSO S E LETIVO
Por Thomás Bertozzi
#Faz o Enem e #Vem pro IFMG Cursos superiores vão adotar o Enem como critério de ingresso; técnicos mantêm exame de seleção O IFMG vai adotar a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como critério exclusivo de classificação para o ingresso nos seus cursos superiores. A partir do próximo processo seletivo, os candidatos que desejarem entrar em algum curso de graduação do Instituto devem, necessariamente, fazer a prova do Enem.
Arquivo/IFMG
Com a adesão, o candidato terá duas possibilidades de ingresso: 50% das vagas pelo Sisu (Sistema de Seleção Unificada) e a outra metade por processo seletivo próprio, em que o IFMG irá considerar a nota do Enem. Os interessados devem ficar atentos ao portal da Instituição, onde se-
E N S I NO
Aprovados novos Regulamentos de Ensino do IFMG
Após mais de um ano de trabalho foram aprovados pelo Conselho Superior do IFMG os Regulamentos de Ensino: documentos que substituem o antigo Regimento de Ensino e nos quais estão reunidas as normas e diretrizes para o processo de ensino. As novas regras incluem alterações nos critérios para progressão e nas matrículas em cursos subsequentes, a definição de novas diretrizes para avaliações quantitativas, entre outras mudanças. O coordenador de Formulação e Supervisão de Políticas para o Ensino Técnico do IFMG, Lucas Marinho, explica que, após um período de estudos, a Comissão responsável elaborou uma minuta que foi discutida no Comitê de Ensino e nos campi antes de ser submetida a uma consulta pública. Só então o texto resultante seguiu para o Conselho Superior. “Agradecemos a colaboração
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A discussão sobre a adoção do Enem foi iniciada no Colégio de Dirigentes do IFMG e atribuída ao Comitê de Ensino, que deliberou pelo novo modelo. “A maioria dos Institutos e Universidades Federais oferece 100% de suas vagas via Sisu. Colocamos 50% das vagas pelo Enem com o objetivo de atender a uma demanda regional. Além da qualidade da prova, essa adesão vai reduzir o custo operacional tanto para a Instituição quanto para o candidato, que, com um único esforço, terá acesso a várias oportunidades”, explica o pró-reitor de Ensino,
Carlos Bernardes Rosa Júnior. Ele chama a atenção, ainda, para as ações afirmativas de ingresso no Instituto, como a política de cotas, instituída pela Lei 12.711/2012.
Cursos técnicos
Para o ingresso nos cursos técnicos do IFMG – integrados e subsequentes – nada mudou. A Instituição continua realizando processos seletivos próprios, por meio de provas, cujos editais também são divulgados no portal.
Enem
As provas ocorrerão nos dias 5 e 12 de novembro (domingo). Mais informações no site: www.enem.inep.gov.br
Por Thomás Bertozzi
de todos que participaram da elaboração desses Regulamentos. Terminamos com a certeza de que entregamos um documento qualificado, construído democraticamente e atento aos anseios da comunidade por melhorias em nosso processo de ensino-aprendizagem”, finaliza.
Enade
A importância de uma boa prova
Com 70% dos cursos a serem avaliados este ano pelo Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), o aluno do IFMG está diante de um grande desafio: ajudar na consolidação do bom desempenho do Instituto no exame. “O Enade é importante por duas razões: porque a boa performance dos estudantes contribui para a melhora da nota dos nossos cursos, além de ser um instrumento que nos permite avaliar a oferta de cursos superiores”, explica o coordenador de Formulação e Supervisão de Políticas para o Ensino de Graduação do IFMG, Carlos Henrique Bento. Ele cita, por exemplo, o Índice Geral de Cursos, indicador essencial para o reconhecimento da
qualidade dos cursos do IFMG e cuja manutenção depende, em grande parte, da nota no exame. Conscientizar a comunidade acadêmica é necessário, pois a avaliação também afeta os alunos, que ficarão impedidos de obter o diploma em caso de abstenção. Além disso, é igualmente importante preencher o Questionário do Estudante, como alerta a procuradora Educacional do IFMG, Denise Ribeiro Santana: “ele fica disponível no portal do Inep, por 30 dias antes do Enade, e após preenchê-lo, o discente conhecerá seu local de prova. Já tivemos casos de alunos que tinham atestado médico, o que justifica a dispensa, mas não responderam ao questionário e ficaram em situação de irregularidade”.
Sobre o exame
Aplicado pela primeira vez em 2004, o Enade avalia o rendimento dos concluintes dos cursos de graduação quanto aos conteúdos, habilidades e competências adquiridas em sua formação. O exame é obrigatório e sua realização constará no histórico escolar do recém-formado.
Fotolia.com
Melhorias
rão divulgados editais, datas e outras informações específicas sobre o processo.
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COM U N I CAÇÃO
Por Virgínia Fonseca Colaborou André Resende
Ouvidoria Geral é canal aberto para comunidade registrar solicitações, sugestões, elogios, reclamações e denúncias Alunos, pais, servidores, fornecedores... todos que se relacionam com o IFMG têm na Ouvidoria uma ferramenta de mediação e busca de soluções para o bom andamento das atividades da Instituição. Com pontos de atuação em cada campus (Ouvidoria Local) e na Reitoria (Ouvidoria Geral), o setor é responsável por receber elogios, reclamações, solicitações, sugestões e denúncias, que são redirecionadas, pelo ouvidor, às Unidades Organizacionais responsáveis. O ouvidor geral do IFMG, André Luis Resende, explica que, nos campi, os interessados
devem recorrer, primeiramente, à Ouvidoria Local e, só posteriormente, caso a demanda não seja atendida, acionar a Ouvidoria Geral. Segundo ele, o objetivo do setor é atuar de forma preventiva e pacificadora, adotando o diálogo como principal estratégia para evitar o surgimento de conflitos internos e externos. “É importante que a comunidade do IFMG entenda que, antes que algum problema tome grandes proporções, é possível se manifestar emitindo sugestões para minimizar eventuais efeitos negativos ou até mesmo elogios que possam servir de base para soluções definitivas”, orienta.
Como acionar:
Desde o dia 10 de fevereiro de 2017, as manifestações para a Ouvidoria Geral do IFMG devem ser registradas no e-Ouv – Sistema de Ouvidorias do Poder Executivo Federal:
sistema.ouvidorias. gov.br Para enviar uma manifestação, é preciso que a pessoa se cadastre. Em caso de denúncias, é importante que o cidadão anexe documentações no sistema que ajudem a comprovar o fato, junto à manifestação.
Fotolia.com
Papo livre com o IFMG O usuário pode optar por se identificar ou não, mas, neste segundo caso, não é possível acompanhar o andamento da manifestação.
Acesso à informação: Os pedidos de acesso à informação (que não se classifiquem como denúncia, elogio, reclamação, solicitação e sugestão) devem ser encaminhados via e-SIC – Sistema Eletrônico do Serviço de Informação ao Cidadão:
esic.cgu.gov.br
Por Ana Maria Teles
VITRI N E I FM G Ex-aluno do IFMG, Fernando Polastrini, um dos fundadores da Rhino CNC, e a impressora 3D por ele criada (ao fundo).
Do sonho à realidade Estudantes de Formiga mostram como o curso também os inspirou a montar o próprio negócio De acordo com a definição do Sebrae, “empreendedor é aquele que inicia algo novo, que vê o que ninguém vê, que realiza antes, aquele que sai da área do desejo e parte para ação”. Por isso, os ex-alunos Fernando Polastrini, Alex Vidal e o estudante Gabriel Santiago, todos do curso de Engenharia Elétrica do Campus Formiga, são considerados empreendedores. Saíram da sala de aula e fundaram suas próprias empresas. Fernando Polastrini e o sócio Alex Vidal idealizaram a Rhino CNC em 2014, quando eram alunos. Gabriel Santiago ainda não concluiu o curso e tem como sócio o pai, também engenheiro eletricista, na empresa Enggimax Engenharia e Serviços Eireli ME.
Segundo Fernando, a Rhino CNC surgiu ao observarem a demanda do mercado por máquinas de qualidade e precisão como routers, corte a laser e impressoras 3D. Assim, desde que fundaram a empresa desenvolvem maquinário e fornecem suprimentos, manutenção e treinamento aos clientes. Fernando afirma que a empresa possui um diferencial e que o IFMG tem participação nisso. “Realizamos um levantamento das demandas do cliente e modificamos uma de nossas máquinas ou desenvolvemos uma exclusiva para aquela aplicação. Esse serviço nos foi apontado em uma iniciação científica, fruto da parceria entre o IFMG e uma empresa, e o método foi muito importante para nossa formação”.
A Enggimax atua no ramo de instalações elétricas, hidrossanitárias e de combate a incêndio. De acordo com Gabriel, o sonho de possuir o próprio negócio já o acompanhava e do IFMG veio o estímulo para realizá-lo. Em uma das aulas de Teoria Econômica foi proposto que os alunos abrissem uma empresa fictícia, simulando pesquisas de mercado, inserção do produto/serviço, gestão empresarial e de pessoas. Naquele momento, o interesse pelo assunto se aguçou, fomentando o seu lado empreendedor e criando o alicerce para seu futuro como empresário.
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Arquivo/IFMG
Persistam nos seus sonhos. Continuem lutando mesmo quando estiverem desanimados, pois o sucesso é um esforço contínuo diante de desafios diários” Fernando Polastrini, ex-aluno do Campus Formiga
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FI QU E P OR D E NTRO
Por Izabella Siqueira e Tatiana Toledo
GIRO PELOS CAMPI Arquivo/IFMG
SABARÁ
Experiência enriquecida
ITABIRITO
Grupo de estudos em robótica No mês de março, o Grupo de Estudos em Robótica iniciou as atividades no Campus Itabirito. O grupo é voltado aos alunos do curso técnico integrado em Automação Industrial e tem a proposta de avaliar o trabalho em equipe, a capacidade de liderança e organização, além de aprofundar nos conceitos da automação. O método utilizado é o módulo educacional do Lego Mindstorms, orientado pelos professores Bruno Gonçalves e Marcus Diadelmo. Para os responsáveis, o kit Lego é fundamental para a realização das atividades, pois possui uma interface didática simples, permitindo o aprendizado rápido e efetivo.
Arquivo/IFMG
OURO PRETO
Campouro
MULTICAMPI
Semana da Libras Em abril, na semana de comemoração dos 15 anos de oficialização da Libras (Língua Brasileira de Sinais) como segundo idioma do Brasil, o IFMG promoveu diversos eventos. Na Reitoria, realizouse uma oficina e o lançamento do vídeo institucional acessível em Libras; nos campi houve intervenções, distribuição do alfabeto manual, oficinas de Libras, palestras e seminários. Um dos destaques da semana foi o Campus Ribeirão das Neves, no qual houve a palestra “Minha história em quadrinhos” e também a oficina de cartoon em Libras, ambos conduzidos pelo cartunista surdo Lucas Ramon.
Divulgação
ARCOS
I Simpósio sobre Autismo OURO BRANCO
Temporada de livros O professor Édilus Penido lançou o livro “Projetos de Automação com o Arduino – Guia Detalhado para aplicações industriais, residenciais e agrícolas” em um evento realizado recentemente. Já o docente Rodolpho dos Santos publicou o livro “A Invenção dos Discos Voadores – Guerra Fria, Imprensa e Ciência no Brasil (1947-1958)”, o qual teve grande repercussão nos portais de notícias do país. Segundo Rodolpho, “o livro analisa a imprensa brasileira na década de 1940 a respeito dos discos voadores. Além disso, possui uma linguagem acessível, apesar de ser acadêmico”. A obra será lançada em breve no Campus Ouro Branco.
O Campus Arcos realizou, no dia 6 de abril, o Primeiro Simpósio sobre Autismo, que teve como lema “Uma luz azul no mercado de trabalho”. O evento buscou discutir o autismo em suas várias formas, dando destaque às situações no cotidiano, no ambiente acadêmico e nas empresas. O seminário foi realizado pelo Núcleo de Atendimento as Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (Napnee) para comemorar o Dia Mundial do Autismo - 2 de abril criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) com o objetivo de conscientização acerca do tema.
Há dez anos, o projeto “Arte no Campus” tem viabilizado a realização de interferências artísticas no Campus Ouro Preto, trazendo obras de artistas contemporâneos para o espaço acadêmico e propiciando a alunos e servidores a convivência cotidiana com a arte. No jardim da Biblioteca encontra-se a instalação mais recente, a intervenção urbana “Campouro”, de autoria das arquitetas chilenas Macarena Meza, Marcela Carmona e Daniela Orellana. A obra foi premiada no concurso internacional promovido pelo Encontro Ibero-Americano de Lighting Design (EILD), realizado em Ouro Preto em 2016.
Professores e estudantes do projeto de extensão “Ensino de Programação para o Ensino Básico de Sabará” visitaram, em abril, o Campus Ouro Branco. As equipes compartilharam experiências sobre projetos relacionados ao ensino de programação na educação básica em escolas públicas e discutiram propostas de parceria para o desenvolvimento de Pesquisa e Extensão intercampi. O discente Pedro Artur, integrante do projeto de Sabará, aprovou o contato interinstitucional. “Com a troca de experiências, geram-se novas ideias. Os alunos de licenciatura em Computação nos mostraram o quão gratificante é o retorno do ensino de programação na educação básica, além dos resultados surpreendentes”.
Este é um espaço exclusivo para os campi. A cada edição, nossa equipe irá selecionar eventos e projetos a serem publicados.
Escreva para:
jornalismo@ifmg.edu.br
Débora Mendes