Revista de Extensão IFSULDEMINAS - Ed.05

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Nossos Campi Passos Campus

Projetos, Capacitações e Eventos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas

Campus Avançado Reitoria/Campus

Muzambinho

Poços de Caldas

Três Corações Machado

Carmo de Minas Pouso Alegre

Reitoria Av. Vicente Simões, 1111 - Nova Pouso Alegre - Pouso Alegre - (35) 3449-6150 Praça Tiradentes, 416 - Centro (35) 3464-1200

Poços de Caldas Av. Dirce Pereira Rosa, 300 - Jardim Esperança (35) 3697-4950

Machado Rod. Machado-Paraguaçú, km 3 - Santo Antônio (35) 3295-9700

Pouso Alegre Av. Maria da Conceição Santos, 900 - Parque Real (35) 3427-6600

Muzambinho Est. Muzambinho, km 35 - Morro Preto (35) 3571-5051

Carmo de Minas Alameda Murilo Eugênio Rubião, s/nº (35) 99854-1977

Passos Rua da Penha, 290 - Penha II (35) 3526-4856

Três Corações Rua Cel. Edgar Cavalcanti de Albuquerque, 61 (35) 3232-9494

Edição 5 • Ano 2020



Projetos, Capacitações e Eventos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais Ano2016 2020 ição 25••Ano EdEdição

Revista de extensão IFSULDEMINAS: projetos, capacitações e eventos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais / Instituto Federal do Sul de Minas Gerais - v.1, n.1, 2014 --. Pouso Alegre : PROEX, 2014 Anual ISSN 2359-2184 (impresso). 1. Extensão acadêmica. 2. Educação. 3. Inovações Tecnológicas. I. Instituto Federal do Sul de Minas Gerais.


Marcelo Bregagnoli

Apresentação

Reitor do IFSULDEMINAS

O IFSULDEMINAS é uma instituição consolidada por meio de sua atuação diferenciada, pautada na Lei de Criação dos Institutos Federais (11.892/2008). Sua organização educacional é balizada na indissociabilidade do Ensino, Pesquisa e Extensão, sendo nesta última vertente, de atuação inigualável entre as instituições de ensino no País, quando se trata da inter-relação com a sociedade, com os arranjos produtivos locais e com os entes privados e públicos, na busca do bem comum: qualidade de vida das pessoas! Já dizia Freud: “qualquer coisa que encoraje o crescimento de laços emocionais tem que servir contra as guerras”. Nesse momento, com constantes ataques contra a justiça social, igualdade e equidade dos povos, a instituição se adequa em constante metamorfose e, de forma flexível, busca atender a enorme demanda na oferta de cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC), projetos de desenvolvimento sustentável, projetos sociais, culturais e esportivos, dente outros emanados pelas comunidades. São centenas de ações institucionalizadas na região Sul do estado de Minas e, muitas vezes, até extrapolando seus limites territoriais, que têm a extensão como ponto de interlocução proativa na busca da melhoria qualidade de vida e renda. Uma das principais diretrizes da instituição é conciliar a excelência da oferta educacional com a eficiência administrativa. Várias ações foram pensadas para além da economicidade, para que servissem de inspiração (dentro do princípio educativo) a outros gestores, como: o Programa IFSolar, pautado na aquisição de painéis solares e compras compartilhadas que favoreceu todo serviço público brasileiro; Programa de Reuso de água, com soluções acessíveis e benefícios ambientais; e várias outras ações que têm como pano de fundo o princípio da sustentabilidade. O IFSULDEMINAS apresenta índices acadêmicos altamente relevantes, como todos os cursos de graduação com nota 4 ou 5 (na escala máxima de 5). Mas, são os indicadores descritos na Plataforma Nilo Peçanha (http://plataformanilopecanha.mec.gov.br) que podem comprovar que a instituição não somente trabalha com a efetividade de suas ações, mas com eficiência. Nesse sentido, destaca-se o indicador de menor custo por matrícula anual da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (R$ 11.076,46). Todavia, a PNP ainda carece de indicadores importantes como o da Extensão. Com esses, a instituição tem uma forma de atuação diferenciada, com testemunhos de parceiros, alteração da realidade de milhares de pessoas, e com os quais verificamos a efetividade da utilização dos recursos públicos na melhoria de vida dos cidadãos. Por fim, cabe a mim, enquanto gestor da instituição, elogiar todos que apoiam as ações extensionistas, de forma indireta ou indireta, tão bem coordenadas pela PROEX, que traduz, na prática, os anseios da administração e das necessidades das comunidades. “A mais honrosa das ocupações é servir o público e ser útil ao maior número de pessoas” (Michel de Montaigne). Esse é o lema do IFSULDEMINAS! Boa leitura e bom proveito a todos!

Conselho editorial Extensão: Cissa Gabriela da Silva, Cleber Ávila Barbosa, Cleiton Hipólito Alves, Fábio Caputo Dalpra, Fernanda Antonio da Silva, Marcos Roberto dos Santos, Michelle da Silva Marques, Nildo Batista, Paulo César Xavier Duarte, Renê Lepiani Dias e Roselei Eleotério. Jornalistas: Camilo Antônio de Assis Barbosa, Daniel Aroni Alves, Érika Pereira ViIlela, Helena Madeira Caldeira Silva, José Valmei Bueno, Luciene de Castro, Renata Cunha Bruno da Silveira e Tatiana de Carvalho Duarte Relações Públicas: Talita Valadares Carvalho Portaria nº 1071 de 31 de julho de 2020.


Cleber Ávila Barbosa Pró-reitor de Extensão do IFSULDEMINAS

Editorial

As instituições públicas devem primar incessantemente pela melhoria das condições de vida das comunidades às quais estão inseridas. Nesta perspectiva é que o IFSULDEMINAS tem atuado fortemente pela geração de valor público, planejando e executando, sobretudo, práticas de extensão como cursos, projetos e capacitações. Isso tem propiciado um significativo aumento de suas áreas de atuação e o fortalecimento de parcerias com grupos e entidades da sociedade em geral. No biênio 2018/2019, em especial, o IFSULDEMINAS obteve inúmeros avanços, consolidações e conquistas que levaram a resultados notórios! A gama de projetos e eventos abrangeram distintas áreas e públicos, atingindo os números e os resultados descritos nesta edição. Isso nos orgulha muito, pois demonstra a disposição e vocação institucional em promover transformações sociais por meio da atuação de seus docentes, técnicos administrativos e alunos dos vários níveis e cursos. Outro avanço recente, inciado em 2019, foi a curricularização da extensão que, dessa forma, torna a extensão parte integrante dos cursos da instituição. Assim, todos os alunos terão oportunidade de conhecer melhor as diretrizes e projetos extensionistas, proporcionando uma formação mais humanista, motivando-os a atuarem em ações com o público externo e fomentando nos discentes o empreendedorismo social. Retrata um período de reconhecimento de nossos trabalhos por entidades externas, como expoente de boas práticas de responsabilidade social. Nesta edição, está retratado esse marcante momento que vivemos na instituição, especialmente para as ações de extensão, com várias premiações concedidas por entidades externas. Uma delas vem da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (EMATER-MG) que nos concedeu o título de “Parceiro Destaque” do ano 2018. Também ocorreram em âmbito nacional, sendo que os principais reconhecimentos se deram na Reunião Anual dos Dirigentes das Instituições Federais de Educação Profissional e Tecnológica (Reditec 2019). No evento foram premiadas 24 experiências exitosas das 41 instituições que compõem a Rede Federal. Desse total, sete foram do IFSULDEMINAS! A maioria das iniciativas exitosas premiadas estão apresentadas nesta edição e representam a grandeza e a importância de todas as demais promovidas pelo IFSULDEMINAS. São elas: Programa Jovem Aprendiz, Feira de Estágios e Empregos, Programa Expedição, Programa Aprendendo com as Diferenças, Programa de Mobilidade Estudantil Internacional, Projeto Adote um Pet e Programa de Intercâmbio de Estágios. Por fim, quero compartilhar desse sentimento de alegria, gratidão e orgulho e agradecer a todos os servidores e alunos entusiastas da Extensão, aos colegas da Pró-Reitoria, os coordenadores dos campi e ao nosso reitor, pelo irrestrito apoio e fomento. Aos leitores, destaco nossa grande alegria em compartilharmos nossos trabalhos. Boa leitura!

Reitor: Marcelo Bregagnoli • Pró-reitor de Ensino: Giovane José da Silva • Pró-reitor de Extensão: Cleber Ávila Barbosa • Pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação: Sindynara Ferreira • Pró-reitor de Administração: Honório José de Morais Neto • Pró-reitor de Gestão de Pessoas: Luiz Ricardo de Moura Gissoni • Redação e Produção: Assessoria de Comunicação do IFSULDEMINAS (Camilo Antônio de Assis Barbosa, Daniel Aroni, Érika Pereira Vilela, Helena Madeira Caldeira Silva, José Valmei Bueno, Karina Maria Silva de Carvalho, Luciene de Castro, Renata Cunha Bruno da Silveira e Tatiana de Carvalho Duarte) • Colaboradores: Cláudio Vieira da Silva, Heliese Fabrícia Pereira, Nildo Batista. Revisão pelos Jornalistas: Camilo Antonio de Assis Barbosa e Renata Cunha Bruno da Silveira Revisão de texto: Monalisa Aparecida Pereira • Projeto Gráfico e diagramação: Prof. Cleiton Hipólito Alves, Prof.a Heliza Faria Pereira, Alex Garcia (Gráfica Triunfal) e Roberto Carlos Cavalcanti da Conceição • Jornalista responsável: Camilo Antônio de A. Barbosa – MTb 05466 JP Imagens: arquivos do IFSULDEMINAS e imagens ilustrativas • Impressão: Gráfica Triunfal Tiragem: 2.500 exemplares – Distribuição Gratuita


Sumรกrio


INSTITUCIONAL Aprendendo com as Diferenças Equoterapia IF Mulher Jogos dos Institutos Federais (JIFs) Extensão durante a Mobilidade Estudantil Feira de Estágios e Empregos Intercâmbio de Estágios entre IFs PIBID e Residência Pedagógica Sustentabilidade Energética e Financeira CECANE

06 08 12 16 19 20 22 24 26 29

Projetos Jovem Aprendiz Extensão Rural para o Setor Cafeeiro Plataforma Orgânico da Horta e Game sobre Educação Ambiental Atividade Física Pró-Saúde Garoto Bom de Bola Grupo de Teatro IFoco Projeto de Musicalização Dom Maior Cartografias Africanas Viva as Diferenças: Linguagem, Artes e Inclusão Calendário Social no Cotidiano Escolar Diálogo de Saberes Cultivo de Café Agroflorestal e Agroecológico Saúde e Segurança do Trabalho em SIPAT Ginástica Laboral Educação Física Adaptada (PROEFA) Jogo Cooperativo Conviver Oficina de Atividades Lúdicas Acolher Tecidos como Estímulo Sensorial para Autistas Plastissom Viver a Arte: Música, Teatro e Dança Cão Comunitário Dupla Diplomação entre IFSULDEMINAS e IPG

34 35 37 38 39 40 41 42 44 45 46 48 49 50 51 52 53 54 56 57 58 59 60 61

Capacitações PROAMIGO Curso de Português para Haitianos Capacitação de Detentos Curso de Direito Administrativo Estatística ao Alcance de Todos Jogos na Formação Inicial de Professores de Matemática Curso Introdutório ao Ensino Médio Incetec Produção Orgânica e Nutrição de Café Educação em Debate #Include Aluno Digital Formação para Agentes da Segurança Pública

64 65 66 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77

Eventos Feira do Livro (Flif) IF Aberto IF Portas Abertas IF na Praça e IF Portas Abertas Recreando no IF Recruta Passos Feira de Ciências Itinerante VIII Fórum e III Seminário Integração Empresa-Escola Prêmio SEEDS de Educação Prêmio Nacional Sebrae de Educação Empreendedora Empreenda Setembro Azul Seminário de Educação Inclusiva (IncluIF) Novembro Negro Dia de Campo Festival Gastronômico ENCONTEC

80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96


Institucional

Aprendendo com as Diferenças

Programa institucional ganha projetos em cinco campi e atende mais de 500 assistidos pelas Apaes da região em 2019

O

ano de 2019 foi marcante para a Extensão do IFSULDEMINAS. Em janeiro daquele ano, houve a ins�tucionalização do projeto “Aprendendo com as Diferenças”. Ele passou a ser desenvolvido em cinco campi do Ins�tuto, para promover a inclusão social de alunos de Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes) da região, por meio de a�vidades laborais com o suporte de estudantes e servidores. Iniciado pela parceria entre o Campus Muzambinho e a Apae daquele município, em 2012, o projeto expandiu. Em 2018, foi a vez do Campus Inconfidentes aderir e, em 2019, de Machado, Pouso Alegre e Três Corações. O reitor do IFSULDEMINAS, professor Marcelo Bregagnoli, falou sobre a institucionalização coordenada pela Pró-Reitoria de Extensão e elogiou o trabalho das Apaes. “Está na essência de atuação do IFSULDEMINAS ser par-

Participantes realizam práticas nos setores produtivos

#6

ceiro e apoiador de instituições idôneas e comprometidas, como as Apaes. Assim, a inserção deste programa no rol de projetos junto às comunidades de diversas cidades do Sul de Minas potencializa o belo trabalho já desenvolvido por essas associações”. Juntas, as unidades do IFSULDEMINAS atenAssistido pela Apae realiza atividades no setor de Avicultura, no Campus Machado deram, naquele ano, acompanharam os grupos em to505 pessoas ligadas a 21 Apaes do Sul de Minas: Alfenas, das as práticas, como plantio de Alterosa, Areado, Borda da Mata, mudas, coleta e classificação de Botelhos, Bueno Brandão, Cabo ovos, manutenção dos canteiros, Verde, Divisa Nova, Guaranésia, colheita de hortaliças, alimentação Guaxupé, Ipuiuna, Machado, Mon- dos animais, limpeza dos galpões te Belo, Muzambinho, Nova Re- e equoterapia. Lana Mesquita, essende, Ouro Fino, Paraguaçu, Poço tudante de Zootecnia e bolsista do Fundo, Pouso Alegre, Três Cora- programa, em Machado, disse que ções e Lavras (esta úl�ma, em par- o aprendizado é mútuo. “A gente ceria com a UFLA). Os par�cipantes aprende muito mais com eles do executaram a�vidades nas áreas que eles com a gente. Tudo para de Agropecuária e Artes, além de eles é interessante, até as atividaterapia assis�da por animais. Tam- des que julgamos mais simples, bém receberam cer�ficados, como como a coleta de ovos. É muito leforma de auxiliar a inserção no gal ver como desenvolvem a parte cognitiva nas atividades e nos ensimercado de trabalho. nam muito como seres humanos”. FAZENDAS-ESCOLAS O Campus Machado também Nos Campi Inconfidentes, Ma- foi sede do 1º Encontro com as chado e Muzambinho, os alunos ti- Apaes, promovido em agosto de veram contato com os setores pro- 2019 pela Pró-Reitoria de Extendutivos e realizaram atividades na são. O evento reuniu cerca de 200 Avicultura de corte e postura, Hor- pessoas, entre profissionais das ticultura, Caprinocultura, Olericul- Apaes, membros dos NAPNES, sertura, Equinocultura e Cunicultura. vidores, estudantes e profissionais Bolsistas, docentes e estu- interessados em aprender mais sodantes voluntários do IFSULDEMI- bre educação inclusiva. Eles assisNAS, do ensino técnico e superior, tiram à palestra “Família e pessoa


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Servidores do IFSULDEMINAS e representantes de Apaes, na reitoria, formalizam institucionalização do programa

com deficiência: protagonistas na implementação das políticas públicas”, apresentada pelo superintendente da Federação das Apaes do Estado de MG, e participaram de minicursos sobre Deficiência Intelectual; Libras; Equoterapia; Autismo; e Política de Assistência Social. No último, o assistente social José Rodrigo Lopes discorreu sobre a importância das parcerias para a transformação do trabalho das Apaes. “É uma responsabilidade muito grande tirar a pessoa com deficiência de dentro da instituição e integrá-la à sociedade. O Instituto Federal abriu portas para que isso ocorresse, para a reabilitação dessas pessoas. Não tenho dúvidas de que é uma parceria muito importante”, disse.

�vos aos alunos da Apae”, explicou a coordenadora Suzan Evelin Silva, enfermeira no IF. Para iniciar a a�vidade, a cadela Mel, encontrada no entorno do campus e acolhida pelo grupo ‘Adote um Pet do IF’, foi a escolhida, devido a seu comportamento dócil, aperfeiçoado pelo adestramento profissional. Para a diretora da APAE de Ipuiúna, Regina Maris Muniz, os bene�cios da TAA puderam ser notados logo na primeira sessão. “Sen� uma emoção muito grande ao ver o sorriso do Carlos com o animal, o que pra nós não é comum. O Carlos não dá muita liberdade e, com a Mel, vimos a alegria e a interação dele”, revelou.

TRÊS CORAÇÕES Desde 2017, o Campus Avançado Três Corações desenvolve ações com o coral Vozes do Coração, atualmente com cerca de 50 integrantes (alunos e funcionários do IFSULDEMINAS, alunos da Apae e membros da comunidade tricordiana). O coral é coordenado pela professora Emanuela Francisca Ferreira Silva. Conta com a regência da professora musicista Aliciane Aparecida Rodrigues e com a pianista e professora musicista, Aline Mariana Gianina Penha, na função de correpetidora. O grupo já se apresentou nos festivais de arte e cultura promovidos anualmente pelo IFSULDEMINAS; em encontros de corais, além de eventos organizados pelo próprio campus. A ação tem possibilitado um trabalho efetivo de extensão, de socialização e inclusão, positivamente avaliado pela diretora da Apae, Cláudia Regina Barboni de Oliveira. “Foi a primeira vez que fomos convidados para cantar juntos e formar um coral com outra instituição. Isto para mim é inclusão!”, comemorou.

CAMPUS POUSO ALEGRE O projeto IF Pet Terapia foi desenvolvido no Campus Pouso Alegre e u�lizou cães para a reabilitação de assis�dos da Apae de Ipuiúna. “O obje�vo é promover a interação do cão com os assis�dos pelas Apaes através da A�vidade Assis�da por Animais (TAA), oferecendo a oportunidade de melhoria da qualidade de vida dos assis�dos, proporcionando oportunidades mo�vacionais, de lazer, entretenimento, vínculos, socialização e bene�cios emocionais e/ou cogni-

Campus Pouso Alegre promove sessão de Terapia Assistida por Animais

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Institucional

Equoterapia

Projeto desenvolvido com a comunidade no Campus Machado é tema de workshop para a Rede Federal de Ensino

P

ara trocar experiências entre ins�tuições da Rede Federal sobre o funcionamento de um Centro de Equoterapia e sua importância como programa que une inclusão social, ensino e aprendizagem, o IFSULDEMINAS, por meio da Pró-Reitoria de Extensão, promoveu no Campus Machado o “Workshop de Equoterapia em Rede”. O evento reuniu cerca de 200 pessoas, entre estudantes, professores, autoridades acadêmicas e comunidade. Também rece-

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Equipe do Centro de Equoterapia do IFSULDEMINAS demonstra prática

beu representantes de ins�tutos federais dos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas. O Campus Machado é pioneiro no IFSULDEMINAS na prá�ca da equoterapia, iniciada em 2005, com a criação do setor de Equinocultura. O obje�vo inicial era proporcionar aprendizado prá�co aos estudantes dos cursos compa�veis com a área e desenvolver pesquisas cien�ficas. A par�r de 2011, o setor ampliou sua atuação e passou a promover a extensão

do campus até a comunidade regional, por meio da equoterapia, oferecida gratuitamente.

ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR A equoterapia é um método terapêu�co e educacional que u�liza o cavalo em uma abordagem interdisciplinar, nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência e/ou com necessidades especiais.


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Ela emprega o cavalo como agente promotor de ganhos �sicos (força, tônus muscular, flexibilidade, conscien�zação do próprio corpo e equilíbrio), psicológicos (socialização, autoconfiança e autoes�ma) e educacionais (aperfeiçoamento da coordenação motora).

Os primeiros beneficiados pelo projeto foram alunos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Machado. Devido à proposta extensionista, foi formada uma equipe com profissionais de fonoaudiologia, psicologia, pedagogia, neurologia, fisioterapia e zootecnia,

além do permanente envolvimento de estudantes, professores e técnicos do IFSULDEMINAS. Toda esta estrutura beneficiou, até 2019, mais de 200 pessoas, entre idosos, adultos e crianças da comunidade regional. Mais de 3 mil sessões de equoterapia foram realizadas no período.

ABERTURA DO WORKSHOP A mesa de honra da cerimônia de abertura foi composta pelo reitor da Ins�tuição, professor Marcelo Bregagnoli; pelo pró-reitor de Extensão, professor Cleber Ávila Barbosa; e pelo diretor-geral do Campus Machado, professor Carlos Henrique Rodrigues Reinato. “Esse é um dos projetos que mais nos orgulhamos, em função do alcance e da amplitude social. Vemos o quão gra�ficante é o trabalho feito pela equoterapia, que emociona muita gente e traz um ganho humanitário enorme”, enfa�zou o diretor ao dar boas-vindas. Em sua fala, o pró-reitor de Extensão pontuou sobre os obje�vos do workshop. “Queremos sensibilizar e discu�r sobre os trabalhos desenvolvidos, para que sejam espelhados em outros campi do IFSULDEMINAS, e para que sirvam de modelo para a Rede Federal de Ensino. Este tema é a cara da Extensão, pois envolve alunos, docentes e comunidade pelo bem social. Aqui, o ganho é das três partes envolvidas”. Em seu discurso, o reitor do IFSULDEMINAS também comentou a relevância da equoterapia. “É um projeto diferenciado, que passa pela questão social, pela capacitação técnica e tem esse despertar para a inclusão, algo tão necessário nesse momento em que vivemos. Falar de inclusão é falar de envolvimento com a sociedade”.

PALESTRAS Para dar início à programação do workshop, foi convidada a fonoaudióloga Cláudia da Costa Mota, com a palestra: “Funcionamento de um Centro de Equoterapia”. Empreendedora social, Cláudia contou sua experiência ao iniciar uma unidade

de atendimento em equoterapia sem fins lucra�vos, em Ita�ba (SP). Falou sobre os desafios e dificuldades enfrentadas, além de sugerir alguns passos para sucesso na realização do projeto. Dentre as sugestões, Cláudia disse da importância de se estru-

turar o negócio, definindo: quem será o público atendido, qual equipe integrará o projeto, sua missão, e a metodologia de trabalho. “Isso tudo é importante, pois trabalhar com crianças com déficit de atenção e esquizofrenia, por exemplo, demandam espaços adequados”. A #9


Institucional porque conseguem reabilitar a comunidade e também os estudantes. Ainda mais nessa era, na qual os valores estão tão inver�dos. Por meio da equoterapia, conseguimos resgatar o amor ao próximo e o cuidado com o outro”.

EXPERIÊNCIAS EXITOSAS

Workshop “Equoterapia em Rede” reúne cerca de 200 pessoas

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palestrante chamou atenção para a dimensão econômica e para a possibilidade de buscar parcerias com empresas que queiram contribuir com projetos sociais. Outra sugestão seria buscar apoio de voluntários que, muitas vezes, podem ser ex-pra�cantes atendidos pelo centro. A segunda palestra: “A importância da equoterapia nos Ins-

�tutos Federais” foi proferida pela coordenadora do Centro de Equoterapia do Campus Machado, professora Daiane Moreira Silva, que falou sobre a trajetória do projeto. Para ela, um dos maiores ganhos da equoterapia está em ver a atuação dos estudantes, o empenho e o aprendizado deles. “Quando falamos dos centros de equoterapia estarem nos ins�tutos federais é

Cláudia Costa compartilha experiência de montar centro de equoterapia no interior paulista

Coordenadora do Centro de Equoterapia do campus Machado fala sobre trajetória do projeto

No início da tarde, os ins�tutos federais do Sudeste MG - Campus Barbacena, e de Minas Gerais - Campus Bambuí apresentaram experiências com seus centros de equoterapia. O representante de Barbacena contou que, desde 2006, a prá�ca existe em sua ins�tuição. Para Jorge Luiz Braumgratz, a experiência mais importante tem sido ensinar os estudantes a conviverem com as diferenças, já que a maioria dos pra�cantes são crianças com necessidades espe-


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ciais. O professor também falou sobre a experiência posi�va em promover eventos, como cavalgadas, que contam com a par�cipação dos pra�cantes da equoterapia, trabalhando a socialização e a autoes�ma. De Bambuí, veio a experiência de trabalhar com parceiros. Os representantes relataram que o centro de equoterapia do campus do IFMG foi criado em 2015, com a�vidades iniciadas em 2016. Para viabilizar o funcionamento, a equipe buscou parcerias com a Secretaria de Saúde do município e associações. O trabalho, que começou com apenas três atendimentos, evoluiu para 50 pra�cantes.

SESSÃO DEMONSTRATIVA Ao final do evento, a organização reuniu os par�cipantes no

Campus Machado finalizou evento com sessão demonstrativa prática de equoterapia

Centro de Equoterapia de Machado para uma sessão demonstra�va. A coordenadora, Daiane Moreira, apresentou alguns pra�cantes e explicou como funcionam as sessões. Durante uma das prá�cas, a estudante de Zootecnia, Yasmin Carvalho, que atua no centro, falou sobre como é integrar o

projeto do IFSULDEMINAS. “Esse tem sido meu maior aprendizado. Agradeço a Deus por ajudar pessoas tão especiais, que são um presente para o mundo. Agradeço aos meus colegas e a todos os profissionais do centro, pois vocês fazem parte da minha história”.

Participantes reúnem-se em Centro de Equoterapia do Campus Machado para sessão demonstrativa

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Institucional

IF Mulher

O programa institucional capacita mulheres em vulnerabilidade social Ins�tuído e fomentado pelo IFSULDEMINAS desde 2018, o programa ins�tucional IF Mulher oferta cursos de capacitação para mulheres em situação de vulnerabilidade social, com o obje�vo de melhorar as condições de vida delas e de suas famílias, além de contribuir para as polí�cas de gênero, equidade e inclusão social. Em 2019, quatro cursos gratuitos foram executados por meio do programa nas áreas de Educação, Agricultura e Empreendedorismo.

“CAPACITAÇÃO E ALFABETIZAÇÃO DE MULHERES CROCHETEIRAS DE INCONFIDENTES”

C

erca de 20 crocheteiras de Inconfidentes par�ciparam do curso FIC, ministrado entre os meses de julho e dezembro de 2019, voltado para a alfabe�zação das par�cipantes e apresentação do conceito Economia Solidária. Nas aulas, as mulheres aprenderam sobre empreendedorismo e economia e �veram acesso a leituras de obras literárias por meio das Tertúlias Dialógicas. O projeto surgiu de uma proposta cole�va, envolvendo o Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) de Inconfidentes, docentes e a Incubadora de Empresas (INCETEC). “Muitas mulheres fazem crochê e não têm seu produto valorizado. O obje�vo é capacitá-las numa perspec�va da economia solidária, coopera�vismo, para que elas possam ter au-

Durante dinâmica de grupo, crocheteiras compartilham experiências em clima de descontração

tonomia enquanto cole�vo, somar forças e conseguir criar uma marca, uma iden�dade do crochê das mulheres de Inconfidentes”, comentou a coordenadora do projeto, professora Paula Inácio Coelho. As cursistas �veram aulas de economia solidária, nas quais foram apresentados os conceitos solidariedade; colaboração; respeito ao meio ambiente e cadeia produ�va sustentável; preço justo e conquista de autonomia produ-

Cerca de 20 artesãs tiveram aulas de alfabetização e economia solidária

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�va. Nesta etapa, o obje�vo foi fortalecer as crocheteiras como grupo para a conquista da autonomia financeira e social. Também adquiriram conhecimentos em informá�ca e produção escrita, além de par�ciparem de oficinas de marke�ng digital. Os conhecimentos adquiridos no FIC foram aplicados na prá�ca. As artesãs par�ciparam de eventos, exibindo seus trabalhos e vivenciaram as situações discu�das em sala. As cursistas marcaram presença no IF Portas Abertas 2019 e no I Fórum de Negócios de Impacto, realizados no IFSULDEMINAS. Es�veram em Feiras da região, como o Arraiá de Inconfidentes, a Festa de São Geraldo Magela e a 3ª Festa do Café Orgânico de Poço Fundo. Com o desenvolvimento do projeto, o grupo ganhou uma iden�dade e se autodenominou MOÇAS (Mulheres Organizadas


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Crochetando Autonomia). Os impactos na vida das par�cipantes levou o projeto a receber o convite para par�cipar do evento “Economia de Francisco”, a ser realizado em Assis (Itália), em 2020. A inicia�va é do Va�cano, mo�vada pelo Papa Francisco. O obje�vo é fomentar e divulgar diferentes propostas e projetos de empreendedores que colocam em funcionamento uma economia menos compe��va, mais justa e sustentável. “Descobri no crochê uma forma de vida. Com o grupo, a gente está mostrando que o crochê não é uma simples peça, é feito com amor”, comentou Maria Aparecida Pereira, uma das artesãs. Dentre as ações desenvolvidas pelo MOÇAS estão a produção escrita sobre as histórias das cursistas com o crochê e a criação e confecção de peças com mo�vos do Caminho da Fé, rota de peregrinação que passa pelo Sul de Minas.

“CAPACITAÇÃO EM PRODUÇÃO E AGROINDUSTRIALIZAÇÃO DE HORTALIÇAS AGROECOLÓGICAS PARA MULHERES EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE DE MACHADO” Foram selecionadas dez mulheres em situação de vulnerabilidade social e econômica do bairro Jardim das Oliveiras, em

Durante visita técnica, alunas conhecem horta agroecológica

Machado, para par�ciparem do projeto. De agosto a dezembro de 2019, na escola municipal Padre José de Souza Ribeiro, elas fizeram a�vidades teóricas e prá�cas envolvendo desde o plan�o até a agroindustrialização dos produtos de uma horta comunitária e agroecológica. Entre visitas técnicas e trabalho de campo, as cursistas foram capacitadas para o exercício e gerenciamento das a�vidades relacionadas a produção e manejo de uma horta urbana, comunitária e agroecológica, bem como para a agroindustrialização da produção. O projeto resultou em produtos elaborados pelas alunas, como geleias, picles e temperos de pimenta que foram, inclusive, comercializados por elas. Segundo uma das coordenadoras da capacitação, Priscila Pereira, o curso ofereceu um horizonte de expecta�vas que inclu-

Participantes e os produtos desenvolvidos durante aula de agroindustrialização

ísse trabalho, renda e vida digna. “Para as alunas capacitadas, o projeto permi�u vislumbrar caminhos e possibilidades de se construir novos i�nerários para suas vidas. Assim, demonstrou-se que o histórico de exclusão, invisibilidade e vulnerabilidade social pode ser superado por meio da geração de renda, inclusão econômica e de uma educação voltada para a cidadania”, ressaltou. O trabalho foi coordenado pelas professoras Priscila Pereira e Lêda Gonçalves Fernandes, com a colaboração da servidora Maria do Socorro Mar�nho Coelho; parceria da Prefeitura de Machado, da E. M. Padre José, do Núcleo de Estudos em Agroecologia e Produção Orgânica (NEAPO) do Campus Machado e da Associação Socioambiental Cul�var.

Em atividade prática, cursistas aprendem sobre semeadura e formação de mudas

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Institucional ‘‘TÉCNICAS DE PRODUÇÃO E DE COMERCIALIZAÇÃO COM BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS” O projeto do IFSULDEMINAS em parceria com a Incubadora Tecnológica de Coopera�vas Populares e o Núcleo de Pesquisa, Extensão e Apoio à Agricultura Familiar e Desenvolvimento Rural, ambos ligados à Universidade Federal de Itajubá, capacitou 11 mulheres da zona rural daquele município. Ministrado de junho a setembro, o curso FIC trabalhou três temá�cas centrais: gestão financeira, técnicas de manipulação de alimentos e plantas medicinais. Segundo a coordenadora do projeto, Pâmela Hélia de Oliveira, o curso foi importante para fortalecer o trabalho das mulheres e diversificar a produção delas. “Durante a Oficina da Cozinha Cria�va, por exemplo, puderam criar novos produtos para a comercialização. A bolachinha de limão com erva cidreira foi um sucesso, assim como a de beterraba”.

GESTÃO FINANCEIRA

A popular Feira Livre serviu de contexto para tratar o tema. Foram realizadas aulas exposi�vas e a simulação de situações que en-

Mulheres desenvolvem nos produtos durante Oficina Criativa de culinária

volviam etapas como a produção, comercialização e fluxo de caixa, com o obje�vo de que as mulheres pudessem visualizar os gastos e retornos financeiros. Aspectos da economia solidária também foram abordados.

TÉCNICAS DE MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS

No segundo momento do curso, a segurança alimentar entrou

em pauta. As doenças transmi�das por alimentos e por micro-organismos foram apresentadas ao grupo, que também teve demonstrações de como manter a higiene no trabalho e realizar a manipulação adequada do que é preparado. Um manual de boas prá�cas foi elaborado pelas mulheres no fim do módulo. Houve, ainda, a oferta de uma oficina de culinária sobre a valorização dos alimentos que as agricultoras já possuíam em casa, bem como formas de recriarem produtos para venderem ao Programa Nacional de Alimentação Escolar ou por encomenda.

PLANTAS MEDICINAIS

As mulheres também aprenderam como produzir chás e remédios naturais u�lizando as plantas na�vas disponíveis no campo.

Curso capacitou 11 mulheres em Itajubá

#14


Revista de Extensão IFSULDEMINAS :: 2019

“MELIPONICULTURA COMO FONTE DE TRANSFORMAÇÃO SOCIAL E DE RENDA”

D

esenvolvido pelo Campus Poços de Caldas, o curso de Formação Inicial e Con�nuada (FIC) demonstrou, na teoria e na prá�ca, como usar abelhas sem ferrão (Meliponicultura) como fonte de renda e transformação social. Ao todo, foram capacitadas 23 mulheres, com idade entre 17 e 65 anos; a maioria em situação de vulnerabilidade social ou econômica. Como ponto de par�da, as alunas foram ao meliponário do campus e aprenderam sobre criação e manejo de abelhas na�vas sem ferrão, despertando a consciência ambiental. Ao longo de três meses descobriram como desenvolver produtos a base de mel, cera e própolis, ob�dos desse �po de abelha, cujo uso comercial ainda é pouco explorado. Segundo a coordenadora do projeto, professora Isabel Ribeiro do Valle Teixeira, além da biologia e manejo, elas �veram aulas teóricas sobre empreendedorismo, gestão, marke�ng e associa�vismo, além de diversas oficinas. Nas prá�cas, desenvolveram vários �pos de artesanato,

Abelhas sem ferrão constroem colmeia

como dedoches (oficina ministrada pela convidada Talita Fernandes Godoy), panos com cera de abelha e encadernação japonesa (com o licenciando em Ciências Biológicas do IFSULDEMINAS, Felippe Fiorito); além de outros produtos, como armadilhas com garrafas PET, iscas com geoprópolis para captura de enxames e rótulos para os produtos. As cursistas também aprenderam, com a egressa do curso de Ciências Biológicas, Larissa Santos Iatchuk, a produzir diversos cosmé�cos, entre pomada de própolis, desodorante, esfoliante, extratos, essências, sérum e hidratante. Nos encontros de culinária, viram como se re�ra o mel para a produção de pinga Cursistas, em oficina, aprendem a retirar o mel de colmeia

com mel e canela. E, nas aulas de marcenaria, com o professor Luis Cláudio Marques, descobriram como confeccionar e decorar caixinhas de madeira para acomodar as abelhas. As várias possibilidades de artesanato geradas pela Meliponicultura animaram a aluna Eliana Ferreira. “O curso foi maravilhoso! Amei aprender a encadernação japonesa, onde se usa a cera de abelha na linha de costura”. Ao final, as par�cipantes criaram produtos e definiram uma marca para comercializá-los: a Melaflô. “Esta iden�dade é a semente de uma possível nova associação de mulheres, o que se assemelha muito ao que acontece nas colmeias, onde as abelhas se organizam para executar as tarefas necessárias à sobrevivência. O trabalho de parceria entre as mulheres pode trazer diversos frutos, e a produção, em outro sen�do, converter-se em progresso para a marca e os agentes envolvidos”, enfa�zou Isabel. #15


Institucional

Jogos dos Institutos Federais (JiFs) IFSULDEMINAS conquista sua melhor colocação na edição 2019 dos JIFs

(Crédito: IFES)

O

Atletas do IFSULDEMINAS sobem no primeiro lugar do pódio no Handebol masculino

ano de 2019 representou um marco para o esporte no IFSULDEMINAS. Foi nessa edição dos Jogos dos Ins�tutos Federais (JIFs) que os estudantes do sul de Minas �veram o melhor desempenho entre todas as par�cipações: 11ª colocação, com três medalhas de ouro e uma de prata. A delegação do IFSULDEMINAS foi composta por 45 pessoas - entre atletas, técnicos, auxiliares e coordenador - vindas dos Campi Inconfidentes, Machado, Muzambinho e Passos. As equipes foram selecionadas durante a etapa local da compe�ção, pois a fase regional (sele�va feita entre

#16

equipes das ins�tuições federais dos estados de Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro) foi cancelada devido ao con�ngenciamento de recursos feito pelo MEC naquele ano.

ETAPA LOCAL

O Campus Machado foi o responsável por organizar as compe�ções ins�tucionais em setembro. A unidade recebeu equipes de todos os oito campi do IFSULDEMINAS: um total de 500 estudantes que chegaram para a disputa de Basquete, Futsal, Vôlei, Handebol, Futebol de Campo e Vôlei de Areia. As par�das aconteceram durante

três dias nas dependências espor�vas do Ins�tuto, SESI e Prefeitura. Dezenas de servidores e colaboradores trabalharam nos bas�dores dos JIFs, na organização e logís�ca de setores essenciais para viabilizar o evento espor�vo. Para acolher os compe�dores, alojamentos foram montados no Centro de Excelência do Café do IFSULDEMINAS e no re�ro Vila Betânia, ins�tuição beneficente do município. Para o transporte entre os locais das par�das e os alojamentos, foram usados cinco ônibus, dois micro-ônibus e uma van. Além disso, para atender rapidamente aos estudantes, profissionais da área


Revista de Extensão IFSULDEMINAS :: 2019

está muito boa para um evento escolar. Há muito empenho, treino e evolução a cada ano”. A edição 2019 foi a compe�ção de menor custo entre as etapas intercampi já realizadas pelo IFSULDEMINAS. Segundo o pró-reitor de Extensão, professor Cleber Ávila Barbosa, os jogos foram organizados de forma simultânea às aulas. Porém, alterna�vas externas possibilitaram a hospedagem dos discentes e a realização das par�das. “Superamos vários desafios, nos adequarmos à restrição orçamentária e reduzimos o formato, mas foi um sucesso!”, comentou.

(Crédito: IFES) Dupla do Vôlei de Areia do IFSULDEMINAS em partida contra o IFSUL

(Crédito: IFES) Atleta do Vôlei de Areia do IFSULDEMINAS prepara saque contra IFMS

de enfermagem acompanharam todas as compe�ções e o refeitório do campus trabalhou em ritmo pesado para servir, diariamente, mais de três mil refeições, entre café da manhã, almoço, jantar e lanche. O coordenador de esportes do Campus Machado, Eduardo

Pereira Ramos, explicou que sediar uma etapa é sempre um desafio. “Isso acontece pelo número de par�cipantes, pela logís�ca necessária e também pelos cortes que �vemos na parte orçamentária. Mesmo com os problemas, tenho notado que a qualidade dos jogos

ETAPA NACIONAL A fase Nacional do JIF 2019 ocorreu em Guarapari, sediada pelo Ins�tuto Federal do Espírito Santo. Foram 1700 pessoas, de 30 ins�tuições federais, que compe�ram em 11 modalidades: Natação, Judô, Xadrez, Tênis de Mesa, Basquete, Futsal, Handebol, Vôlei, Vôlei de Areia, Atle�smo e Futebol. Os sul-mineiros par�ciparam das compe�ções de Futsal, Handebol, Vôlei de Areia, Basquete e Judô e sagraram-se campeões em duas delas: no Handebol, feminino e masculino; e no Judô masculino - por equipe. Ainda conquistaram o �tulo de vice-campeões no Judô masculino individual, a quarta colocação no Futsal feminino e a quinta

(Crédito: IFES)

(Crédito: IFES) Final do Handebol feminino entre IFSULDEMINAS e IFES

Na competição, a equipe masculina de Handebol do IFSULDEMINAS vence o IFSUL por 15 a 14

#17


Institucional (Crédito: IFES)

Equipe de Futsal masculino do IFSULDEMINAS - Fotos IFES e IFSULDEMINAS

(Crédito: IFES)

Equipe de Basquete masculino do IFSULDEMINAS fica na quinta colocação

(Crédito: IFES)

Estudantes do IFSULDEMINAS ganham medalhas de ouro e prata no Judô por equipe e individual, respectivamente

no Basquete masculino. A façanha foi celebrada por toda a equipe. “É através do esporte que conseguimos es�mular disciplina, dedicação, superação e é�ca, regras sociais e humanas tão importantes para formarmos cidadãos crí�cos e par�cipa�vos. Nossa ins�tuição foi exemplo disso. Es�vemos sete dias em Guarapari, e não �vemos nenhum ato de indisciplina dentro ou fora da quadra. Ob�vemos ó�mos resultados, educacional e espor�vo!”, ressaltou o coordenador de Esporte e Cultura e Lazer do IFSULDEMINAS, professor Carlos Paulino. O atleta João Paulo Balbino, estudante do Campus Muzambinho, conquistou com a sua equipe o primeiro lugar na modalidade Handebol. “O torneio me trouxe muito aprendizado, tanto como atleta, como pessoa. Sinto que adquiri mais responsabilidade, fiquei mais dedicado e maduro, depois de #18

(Crédito: IFES) Equipe de Handebol feminino fatura a medalha de ouro

Atletas reunidos na Reitoria mostram certificados e medalhas do JIF 2019

conviver com todas as delegações. O aprendizado foi surreal”.

HOMENAGEM

A Reitoria do IFSULDEMINAS pres�giou os estudantes medalhistas dos Jogos dos Ins�tu-

tos Federais (JIF 2019). Os atletas par�ciparam de uma cerimônia em Pouso Alegre, em novembro daquele ano. Foram recebidos por integrantes da gestão, receberam cer�ficados e foram parabenizados.


Revista de Extensão IFSULDEMINAS :: 2019

Extensão durante a Mobilidade Estudantil No exterior, intercambistas se aproximam da realidade local com projetos de extensão

A

par�r de 2019, o programa de Mobilidade Estudan�l Internacional do IFSULDEMINAS passou a trabalhar uma nova vertente: a extensão. Além das oportunidades já consagradas pelo intercâmbio, como a chance de viver em outro país, adquirir novo idioma, conhecer tecnologias, técnicas e projetos diferentes dos desenvolvidos na ins�tuição de origem, os alunos classificados foram incen�vados a incrementar sua estadia no exterior, realizando projetos com a sociedade. “A Extensão, como a própria concepção da palavra, é estender a universidade/ins�tuto às comunidades, oferecendo qualificação, capacitação, promovendo o desenvolvimento local. Realizá-la, durante o intercâmbio, permite a imersão do discente na cultura e na realidade local; um ganho enorme para sua formação humana”, explicou o assessor internacional do IF, Rafael Tenório. Criado em 2012, o programa já atendeu 337 estudantes. Apenas em 2019, o IFSULDEMINAS enviou 37 discentes e recebeu 35 estrangeiros para estudar ou estagiar em uma de suas nove unidades. Dois deles compar�lharam suas prá�cas extensionistas e os relatos podem ser lidos a seguir. AGROECOLOGIA PARA INDÍGENAS MEXICANOS Flávio Augusto Guimarães, do Campus Muzambinho, cursou Licenciatura em Agroecologia e realizou estágio na Universidad Autónoma de Yucatán, no México. Lá, ingressou em um projeto existente desde 2014, cujo obje�vo era contribuir para a soberania alimentar de famílias indígenas

Flávio Augusto durante atividade em comunidade indígena mexicana

Yaxcabá. “Ensinava como manejar variadas culturas de hortaliças, milho, feijão, espelon (feijão caupí) e jamaica (planta mexicana cujos frutos são u�lizados em sucos), do plan�o até a colheita. Além de ajudar, o projeto me permi�u obter conhecimentos únicos. Aqueles índios �nham um modo de agir e de pensar próprios, como seu sistema de plan�o chamado “Milpa”, transmi�do de geração em geração”, explicou. CURSO DE PORTUGUÊS NA COLÔMBIA A estudante do Campus Machado, Solange de Carvalho Lourenço,

foi estudar Administração na Universidad Unibagué, na Colômbia, e decidiu ensinar Português para mulheres da terceira idade, da comunidade local. “Durante as aulas, u�lizei jogos, brincadeiras e músicas para facilitar o processo de aprendizagem. Ensinei saudações, nome de alimentos e pratos brasileiros e também como pedir informações. Com o curso, as senhoras passaram a desejar conhecer o Brasil. Disseram que as aulas as tornarão mais independentes durante uma possível viagem. O contato foi maravilhoso. Isso me despertou o desejo de par�cipar de outros projetos com a comunidade”, contou. #19


Institucional

Feira de Estágios e Empregos Evento institucional coloca estudantes e empresas em contato direto

Participantes visitam os mais de 60 estandes montados

E

m 2019, a sé�ma edição da Feira de Estágios e Empregos do IFSULDEMINAS, evento ins�tucional, movimentou o mercado de trabalho regional ao aproximar estudantes e profissionais das vagas em empresas do Sul de Minas. Promovido pela Pró-Reitoria de Extensão, o evento tem perfil i�nerante, intercalando sua realização pelas unidades do Ins�tuto. Dessa forma, garante a interação com as diversas microrregiões em que o IFSULDEMINAS está presente e com seus arranjos produ�vos específicos. Com entrada gratuita e aberta ao público em geral, mais de 2900 pessoas compareceram à 7ª edição da Feira que, naquele ano,

#20

foi sediada pelo Campus Muzambinho e contou com várias atrações durante seus dois dias. ATRAÇÕES Foram quatro palestras que conectaram o jovem com as tendências para o mercado de trabalho e com as demandas das empresas do amanhã e da indústria 4.0. Nos 22 minicursos oferecidos, os par�cipantes puderam trabalhar temas essenciais para o sucesso profissional, como: empreendedorismo, educação financeira, gestão de negócios, crescimento profissional, liderança, entre muitos mais. Uma área também foi reservada para as empresas e ins�tuições parceiras montarem estan-

des para apresentar seu modelo de negócio e captarem currículos, des�nados a vagas de emprego, estágio e trainee. Ao todo, es�veram presentes 62 parceiros dos mais diversos ramos, como agropecuário, farmacêu�co, alimen�cio, educacional, RH, automo�vo, industrial etc. Para o reitor do IFSULDEMINAS, professor Marcelo Bregagnoli, a ação é uma evidente oportunidade para que as ins�tuições privadas e os alunos reconheçam mutuamente seus potenciais. “Este é um momento para que o mercado veja o que há de melhor dentro da ins�tuição, bem como amplia a reflexão sobre como os estudantes devem ser preparados profissionalmente”.


Revista de Extensão IFSULDEMINAS :: 2019

Para a discente do IFSULDEMINAS, Juliana Coimbra Araújo, inves�r no networking foi o foco. “A Feira trouxe muitas empresas relacionadas à minha área, que é a Agronomia. Neste ramo, o estágio é importante. Então, foi posi�vo par�cipar e estabelecer contatos”, ponderou. Já Milena Rafaela de Souza, do curso Técnico em Alimentos, destacou que “a par�cipação permite que façamos perguntas e nos informemos sobre como é o mercado. Isso permite pensar e estruturar melhor o ingresso na área”. Quem emprega também ficou entusiasmado. “É uma oportunidade importante para conhecermos os futuros profissionais, bem como mostrar a eles o trabalho que desenvolvemos. Disso, podem surgir contatos para geração de empregos e parcerias”, apontou o empresário Guilherme Rosa. RESULTADOS Desde que começou a ser realizada, já foram mais de 350 contratos de estágios e de trabalho fechados durante a Feira de Estágios e Empregos do IFSULDEMINAS ou, posteriormente, por causa da formação de um banco de currículos. Só na edição 2019, quase 110 pessoas que se candidataram a alguma vaga apresentada conseguiram colocação. Segundo o pró-reitor de Extensão, Cleber Ávila Barbosa, esses números mostram a consolidação da Feira como espaço gerador de oportunidades. “As empresas perceberam o quanto é oportuno estarem conosco. Por isso, a cada ano, chegam mais parceiros. Eles sabem que vão encontrar em nosso quadro de alunos e egressos, pessoas capacitadas para o trabalho”, afirmou.

Público assiste a uma das quatro palestras do evento

Estudante preenche dados para banco de currículos

Mais de 2900 pessoas estiveram presentes nos dois dias do evento

#21


Institucional

Intercâmbio de estágios entre IFs Em 2019, programa entre IFSULDEMINAS, IF Goiano e IFRJ foi estendido para alunos das áreas de Informática e Alimentos

O

estágio é uma fase importante no processo de desenvolvimento e aprendizagem do estudante, por tratar-se de uma etapa que envolve a aplicação dos conhecimentos e a interação com o mundo do trabalho. O programa ins�tucional “Intercâmbio de Estágio entre Ins�tutos Federais”, coordenado pela Pró-Reitoria de Extensão do IFSULDEMINAS, propõe criar oportunidades diferenciadas para o discente, levando-o a trocar experiências e a realizar prá�cas em ins�tuições conveniadas, cujas técnicas e realidades complementem seus currículos. No ano de 2019, 124 alunos par�ciparam do programa; 62 deles eram dos Campi Inconfidentes e Machado. A proposta consis�u na realização de estágio, durante uma semana, em um dos três ins�tutos federais parceiros: o IFSULDEMINAS (Campi Inconfidentes, Machado e Muzambinho); o IF Goiano (Campi Ceres, Morrinhos e Urutaí) e o IFRJ (Campus Pinheiral). Os par�cipantes �veram alojamento,

Participantes do programa conhecem o setor produtivo de Machado

transporte e alimentação garan�dos pelas ins�tuições. Além disso, os estudantes do IFSULDEMINAS receberam auxílio financeiro por meio do Edital EVACEE. O valor ajudou com eventuais despesas durante o período que es�veram fora. Enquanto as edições anteriores envolveram apenas alunos da área de Ciências Agrárias, em 2019, pela primeira vez, o programa foi estendido aos cursos de Informá�ca e Alimentos. Oportu-

Alunos do IFSULDEMINAS em lavoura, durante estágio no IF Goiano

#22

nidade aproveitada por Joyce Pereira, do Técnico em Informá�ca Integrado do Campus Machado. Ela contou que a experiência no Campus Pinheiral foi excelente. “Gostei de trocar conhecimento e ver como o IFRJ leva a tecnologia aos alunos e à comunidade”. Naquele ano, os Campi Inconfidentes, Machado e Muzambinho receberam 62 discentes. O conteúdo do estágio, em Machado, contou com visitas técnicas e minicursos. Karolayne da Silva Carvalho, do Técnico em Informá�ca do IFRJ, destacou o que mais chamou a atenção. “Gostei das a�vidades que não temos no nosso campus, como o manuseio da impressora 3D, o Kit Lego Mindstorm e o curso de Arduíno. Achei muito interessante o fato de que o curso foi dado por graduandos, que explicaram super bem e foi muito prá�co. No meu campus, só temos contato com professores”.


Revista de Extensão IFSULDEMINAS :: 2019

O coordenador-geral de estágio e egressos do IFSULDEMINAS, Alexandro Silva, explicou que o estágio é uma fase importante no processo de desenvolvimento do aluno. Por isso, a ins�tuição busca constante aprimoramento. “Trata-se de uma etapa que promove oportunidades para vivenciar, na prá�ca, conteúdos acadêmicos, propiciando a aquisição de conhecimentos e a�tudes relacionadas com a área escolhida. Queremos abrir mais portas para os nossos discentes e estamos buscando novas parcerias com o IF Goiás e com a UFRRJ”. HISTÓRICO Desde 2016, mais de 360 estudantes par�ciparam do programa, após serem selecionados por meio de edital. Metade deles, alunos do IFSULDEMINAS, foi estagiar no IF Goiano ou no IFRJ. A outra metade, formada por discentes daqueles ins�tutos, veio para os Campi Inconfidentes, Machado e Muzambinho. Todos os intercambistas foram acompanhados por servidores da ins�tuição de origem durante o programa.

Estudantes do IFSULDEMINAS fazem estágio no IFRJ

A edição 2019 do programa foi aberta também para estudantes da área de Alimentos

Estudantes do IF Goiano e IFRJ da área de Informática, durante estágio no Campus Machado

Estudantes da área de Alimentos no Campus Pinheiral, do IFRJ

#23


Institucional

PIBID e Residência Pedagógica Cerca de 350 licenciandos do IFSULDEMINAS realizam estágio na rede pública de ensino

O

Programa Ins�tucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) e o de Residência Pedagógica são ações desenvolvidas pelo IFSULDEMINAS para incrementar a formação de futuros professores. Fazem parte da Polí�ca Nacional de Formação de Professores, do Ministério da Educação, man�dos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O órgão é responsável por selecionar as ins�tuições e os projetos ins�tucionais que serão implementados ao longo de 18 meses, além de custear os bolsistas.

Ambos são des�nados a discentes de licenciatura, para que realizem estágio em escolas públicas, atuando no ensino fundamental e médio. Tem o obje�vo de antecipar o vínculo entre os futuros mestres e as salas de aula, ao aproximá-los do co�diano escolar, e de promover o aperfeiçoamento prá�co. Também procuram impactar posi�vamente o dia a dia das escolas, por meio de projetos que busquem melhorias no processo ensino-aprendizagem, como ressaltou o pró-reitor de Extensão do IFSULDEMINAS, Cleber Ávila Barbosa. “Os programas têm a cara do Ins�tuto Federal. São Ensino,

Pesquisa e Extensão. Contribuem diretamente com a formação docente, com a formação das escolas públicas e dos professores dessas ins�tuições. Algo que nós temos muito zelo e muito orgulho”, ressaltou. No IFSULDEMINAS, no ciclo 2018-2019, o Programa de Residência Pedagógica forneceu bolsas a 153 estudantes de licenciaturas e atendeu cerca de 800 pessoas. Já o PIBID ofertou 192 bolsas, atendendo outras 8.000. O valor des�nado às bolsas pelos dois programas foi de cerca de R$ 3 milhões, durante 18 meses. Ao todo, 30 escolas foram beneficiadas.

Licenciandos realizam atividade em Muzambinho, durante oficina de “Metodologias Ativas para uma Educação Centrada nos Estudantes”

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Revista de Extensão IFSULDEMINAS :: 2019

Cerca de 350 pessoas participaram do 1º Encontro PIBID e Residência Pedagógica do IFSULDEMINAS, do Campus Poços

gente tem que cumprir 440 horas e entregar documentos do que fez e ainda vai fazer na escola. Durante o estágio, a gente faz todas as a�vidades dos professores da escola, passa por diversos setores, da secretaria até a biblioteca e salas de aula. Damos reforço para os alunos, atuamos na feira de ciências, aprendemos como preparar aula, provas e aplicar a�vidades. O melhor da Residência é viver a realidade de uma escola”, compar�lhou.

EVENTOS

Equipe de gestão e coordenadores do PIBID e Residência Pedagógica durante evento

PIBID

Por 18 meses, licenciandos de Ciências Biológicas, Geografia, Educação Física, Informá�ca e Matemá�ca dos Campi Inconfidentes, Machado, Muzambinho, Passos, Poços de Caldas e Pouso Alegre do IFSULDEMINAS, como bolsistas, desenvolveram projetos com milhares de crianças da rede pública. Como legado, desenvolveram metodologias e instrumentações, publicaram trabalhos em congressos e escreveram capítulos de livros. O então bolsista de Licenciatura em Geografia, do Campus Poços, Thiago Felipe, atuou em um colégio municipal, atendendo cerca de 80 alunos dos 6º e 7º anos do ensino fundamental e do 1º ano do médio. “O que a gente busca

é �rar aquela educação engessada de professor na frente da turma, dando aula. O programa traz essa experiência mais lúdica, ajuda na interação e facilita muito a aprendizagem. A gente busca incluir o aluno no próprio aprendizado dele”, frisou. RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA Discentes de 12 cursos de licenciatura dos Campi Inconfidentes (3 cursos), Machado (2), Muzambinho (2), Passos (1), Poços de Caldas (2) e Pouso Alegre (2) realizaram o estágio supervisionado no ciclo 2018-2019. Entre eles, a então estudante do 8º período de Licenciatura em Ciências Biológicas do Campus Machado, Laleska Moreira. “Dentro do projeto, a

Ao longo de 2019, o IFSULDEMINAS promoveu uma série de eventos para acompanhar o estágio dos licenciandos e possibilitar a troca de conhecimento. No Campus Passos, houve o 1º Encontro de Prá�cas Pedagógicas da Licenciatura em Matemá�ca da ins�tuição. Já Muzambinho sediou eventos dos bolsistas dos cursos de Educação Física e Ciências Biológicas, como a oficina “Metodologias A�vas para uma Educação Centrada nos Estudantes” e o 1º Encontro do núcleo, sobre “Mul�disciplinaridade e Interdisciplinaridade na Escola”. A proposta foi debater e refle�r como deixar o ensino mais integrador, capaz de conectar as diferentes áreas do saber e contextualizar os conteúdos com o social e a realidade. Já o Campus Poços recebeu o 1º Encontro PIBID e Residência Pedagógica do IFSULDEMINAS. Es�veram presentes cerca de 350 par�cipantes, entre docentes da educação básica, servidores e licenciandos de todos os campi da ins�tuição, envolvidos com os programas. O evento contou com palestra, exposição fotográfica, apresentação de trabalhos cien�ficos, rodas de conversa e debates.

#25


Institucional

Sustentabilidade Energética e Financeira IFSULDEMINAS amplia projeto de usinas fotovoltaicas e suas expertise e estrutura institucionais são revertidas em ações para Rede Federal e sociedade

S

ustentabilidade, economia e preocupação com o meio ambiente sempre foram obje�vos trabalhados na gestão do IFSULDEMINAS. Exemplo disso é o programa IFSolar, iniciado em 2016, responsável por gerar energia limpa em todos os campi e reitoria por meio de usinas fotovoltaicas. De forma corajosa e pensando no futuro, o IFSULDEMINAS inves�u, até 2019, R$ 3.739.508,48 em sua estrutura de energia renovável, valor que se autopagará em poucos anos.

Bregagnoli, que explicou porque a gestão central norteia boa parte de seu pensamento estratégico ins�tucional na sustentabilidade. “Além de ser tema de relevância no momento, a sustentabilidade é algo exigido pelos agentes de controle dos gastos públicos, a exemplo do Tribunal de Contas da União (TCU). Em várias situações, �vemos aportes de recursos da reitoria para ações desta natureza, a exemplo da aquisição das placas fotovoltai-

cas, em 2017, onde a reitoria custeou os módulos implantados nas unidades, marcando o início do projeto IFSolar, pioneiro no serviço público. Já em 2019, havíamos planejado inves�r, como prioridade, em projetos de sustentabilidade, assim como em outros projetos envolvendo a Extensão, a Pesquisa e o Ensino. Porém, o recurso foi re�do pelo Governo Federal e só descon�ngenciado durante o segundo semestre. O montante descentrali-

INVESTIMENTOS RECENTES Em 2019, com recursos descentralizados pela reitoria aos campi, 43 usinas fotovoltaicas foram adquiridas e vem sendo u�lizadas para ampliar o potencial do ins�tuto na geração de energia solar. Outros 10 módulos também foram comprados com recursos das próprias unidades (Inconfidentes e Machado) e com verba vinda por Emenda Parlamentar (Muzambinho). Os 43 equipamentos custaram R$ 2.927.806,88, valor ob�do de recursos da própria reitoria e por meio de Termos de Execução Descentralizada (TED), direcionados em função dos indicadores ins�tucionais e via Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC), realizado de forma integrada para a Rede Federal de Educação Profissional, Cien�fica e Tecnológica. A inicia�va do repasse veio diretamente do discricionário do reitor do IFSULDEMINAS, Marcelo #26

Em 2019, 43 novos módulos de placas fotovoltaicas foram adquiridos


Revista de Extensão IFSULDEMINAS :: 2019

zado aos campi é parte do dinheiro que estava con�ngenciado”. EXPERTISE EM LICITAÇÃO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS A pedido da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), em 2018, o IFSULDEMINAS estruturou o segundo processo licitatório de Registro de Preços para contratação de empresa especializada na tecnologia de produção de energia sustentável, com base em placas fotovoltaicas. A licitação foi feita em regime compar�lhado, reunindo inicialmente outros 22 ins�tutos federais e um Grupo de Ar�lharia de Campanha de Selva (Exército) que aderiram como par�cipantes. A exper�se do IFSULDEMINAS no processo compar�lhado

Durante um ano, servidores do IFSULDEMINAS dedicaram-se a estruturar o segundo RDC para aquisição de placas fotovoltaicas

trouxe inúmeros bene�cios, como: custos reduzidos, o�mização dos recursos públicos e ganho de escala, evitando que todos os custos do processo fossem repe�dos em cada ins�tuição que montasse uma licitação equivalente. “Neste novo trabalho, as pesquisas de mercado e de preço resultaram em es�ma�va de custo orçada em R$ 98.595.058,68. Durante a licitação, no entanto, houve redução no valor, ficando em R$ 57.782.804,09 com uma economia para os cofres públicos de 41,39%. Foram 804 módulos a um custo médio de R$ 71.869,16 cada um”, destacou o pró-reitor de Administração do IFSULDEMINAS, Honório José de Morais Neto. Ele foi um dos 15 servidores da ins�tuição que es�veram envolvidos, durante um ano, no estudo e na estruturação da licitação, divulgação, recebimento das propostas até a homologação final. ECONOMIA PARA OS COFRES PÚBLICOS Se for levada em conta a economia com o custo do processo para as 23 ins�tuições par�cipantes, unidas às 126 adesões, mais de quatro milhões de reais deixaram de ser gastos somente com questões burocrá�cas e legais. Já a economia

em energia para os cofres públicos, considerando o valor médio das placas e sua vida ú�l, descontados o payback (tempo de retorno do inves�mento inicial até o momento em que os rendimentos acumulados tornam-se iguais ao valor desse inves�mento) seria de quase um bilhão e meio de reais. OFERTA DE CURSOS Trabalhar a energia sustentável na prá�ca permi�u que o IFSULDEMINAS fosse contemplado em editais e projetos de pesquisa e inovação, que geraram know how, parcerias, tecnologias e infraestrutura. Como desdobramento para a sociedade, foi iniciada a tramitação de um novo curso: Especialista Técnico em Energia Solar Fotovoltaica, que passa a ser ofertado pelo Campus Poços de Caldas. O obje�vo da especialização é formar técnicos para dimensionar, supervisionar, instalar, operar e manter sistemas fotovoltaicos. Tudo de acordo com as normas e procedimentos técnicos, garan�ndo qualidade e segurança da instalação dos sistemas fotovoltaicos com o melhor aproveitamento da conversão da irradiação solar em energia elétrica, respeitando o meio ambiente. #27


Institucional DESTAQUE INTERNACIONAL O compromisso institucional e as constantes ações sustentáveis levaram o IFSULDEMINAS a ser destaque em ranking internacional. Em 2019, pelo quarto ano consecutivo, o IFSULDEMINAS apareceu bem conceituado no UI GreenMetric World University Ranking, que sinaliza os esforços em sustentabilidade e gestão ambiental das instituições de ensino superior em todo o mundo. Segundo dados do ranking, o IFSULDEMINAS foi o quinto colocado na classificação entre as instituições públicas nacionais. Naquele ano, o IFSULDEMINAS saltou 47 posições da última avaliação, concorrendo com mais instituições (eram 719 e agora 780). Confira abaixo a evolução do IFSULDEMINAS na lista internacional, desde que aderiu ao sistema:

Com as implantação dos 43 novos módulos, é esperada uma economia de mais de R$ 855 mil por ano na conta de luz

Todas as nove unidades do IFSULDEMINAS foram contempladas com os novos módulos

Evolução do IFSULDEMINAS no UI GreenMetric, desde que aderiu ao sistema

ANO

Posição do Posição do IFSULDEMINAS IFSULDEMINAS no mundo no Brasil

Nº de ins tuições brasileiras par cipantes

Nº total de ins tuições par cipantes

2019

235

8

28

780

2018

282

6

23

719

2017

325

7

16

619

2016

217

5

14

516

O ranking do UI GreenMetric é baseado em um ques�onário composto de 69 itens. Muitos deles exigem comprovação por meio de fotos, gráficos, tabelas, links para no�cias entre outros. Para isso, uma equipe atuou na coleta das informações nos campi e reitoria. O alinhamento das informações foi realizado pelo coordenador de Sustentabilidade, professor Sérgio Pedini. #28


Revista de Extensão IFSULDEMINAS :: 2019

CECANE

Cerca de 200 cidades mineiras recebem oficinas, assessoria e capacitação para melhorar a execução do PNAE em 2019

Na cidade de Paiva, atividade durante assessoria do CECANE IFSULDEMINAS

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IFSULDEMINAS é pioneiro entre as ins�tuições da Rede Federal na execução dos recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e na aquisição de alimentos da agricultura familiar. É o único Ins-

�tuto Federal a possuir um dos 16 Centros Colaboradores de Alimentação e Nutrição Escolar (CECANE) do país. O centro, ligado à Pró-Reitoria de Extensão, busca desenvolver ações de apoio técnico e operacional para a melhoria da qualidade da gestão e do controle social do PNAE. Também realiza pesquisas e projetos ligados à segurança e educação alimentar e nutricional. O PNAE financia o oferecimento de refeições que atendam às necessidades nutricionais de estudantes de todas as etapas da educação básica pública. Determina que, no mínimo, 30% do valor repassado devam ser u�lizados na compra via agricultura familiar. Atendendo a uma demanda do Fundo Nacional de Desen-

volvimento da Educação (FNDE), desde 2017, o CECANE do IFSULDEMINAS prestou assessoria a 96 municípios mineiros para implementar ou melhorar a execução do PNAE. Além disso, realizou encontros entre agricultores familiares e gestores públicos, ofereceu cursos de gestão do Programa e capacitou mais de 3400 atores das redes municipal, estadual e federal de ensino de outras 533 cidades de Minas, números superiores às metas es�puladas pelo FNDE. “Nossa ins�tuição tornou-se referência na execução do PNAE e vem sendo procurada por vários ins�tutos que desejam implementar sua execução, e a compra de produtos da agricultura familiar”, informou o coordenador do CECANE do IFSULDEMINAS, Rogério Robs. #29


Institucional

Assessoria do CECANE IFSULDEMINAS em Santa Rita do Sapucaí

ASSESSORIAS A MUNICÍPIOS O assessoramento e monitoria realizados pelo CECANE junto aos municípios selecionados pelo FDNE constam de um diagnós�co sobre a situação do Programa em cada localidade. Só em 2019, foram feitas assessorias em 29 cidades mineiras. Cada uma recebeu, por quatro dias, um cronograma com diversas ações e a�vidades, como reuniões com os gestores do PNAE; visita às escolas e à cozinha central e/ou ao depósito central e encontros os atores envolvidos, para a elaboração de Plano de Ações. FORMAÇÃO DE ATORES SOCIAIS O obje�vo em promover a Formação de Atores Sociais foi construir e alinhar conhecimentos, compar�lhar experiências e deba-

ter sobre as dificuldade encontradas. Durante as assessorias, ocorreu sempre uma reunião com os envolvidos na execução do PNAE, em que foram apresentados temas como: gestão, controle social, segurança alimentar e nutricional, execução dos recursos financeiros e prestação de contas. Apenas em 2019, mais de 1.000 atores municipais foram capacitados, dentre nutricionistas, cozinheiros, secretários de Educação, agricultores familiares e suas organizações, membros do Conselhos de Alimentação Escolar (CAE) e dos Setores de Compras de 144 cidades. OFICINAS Para estreitar o contato entre compradores e produtores da agricultura familiar, o CECANE IF-

Em Timóteo, uma das cinco oficinas regionais de articulação entre demandantes e produtores familiares

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SULDEMINAS promoveu, em 2019, cinco oficinas regionais em Mariana, Timóteo, São Francisco, Itaobim e Patos de Minas. Além dessas cidades polo, outros 51 municípios daquelas microrregiões também par�ciparam. 212 pessoas, entre nutricionistas, extensionistas rurais, diretores de escolas, agricultores, membros do CAE, representantes da ANVISA e responsáveis pela alimentação escolar das escolas federais também. Com o cruzamento dos dados levantados entre oferta de produtos da agricultura familiar local e demanda das en�dades executoras, foi redigido um documento que passou a servir de consulta para os demandantes (nutricionistas e diretores de escola) e para os ofertantes (agricultura familiar) se nortearem sobre os procedimentos de compra dos fornecedores locais, assim, desenvolvendo a economia e possibilitando a aquisição de alimentos mais saudáveis aos escolares. CURSOS Desde 2015, o IFSULDEMINAS oferece cursos na modalidade EaD sobre Gestão do PNAE, capacitando servidores das en�dades executoras municipais, estaduais e federais, em parceria e com apoio fi-


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CECANE oferta treinamento para agricultores familiares

nanceiro dessas unidades, para atuarem como mul�plicadores. Desde o início da oferta, duas mil vagas foram abertas e, só em 2019, sob a responsabilidade do CECANE IFSULDEMINAS, 253 servidores federais foram capacitados. Outro curso ofertado foi o de Manipulação de Alimentos para profissionais da Rede Municipal de Educação, em Itajubá (MG). Dentre os temas: É�ca no Trabalho e Valorização Profissional; Introdução às Boas Prá�cas na Manipulação de Alimentos; Manual de Boas Prá�cas na Manipulação de Alimentos; Alimentação Infan�l e Educação Alimentar e Nutricional, entre outros. ASSESSORIAS REMOTAS Além das a�vidades pactuadas com FNDE, a equipe do CECANE IFSULDEMINAS realiza, desde 2017, assistência e assessoria remotas a órgãos e en�dades sobre o PNAE, orientando, esclarecendo e desenvolvendo estudos e pesquisas relacionados à temá�ca.

Profissionais da Rede Municipal de Educação de Itajubá, em curso sobre Manipulação de Alimentos

Participantes de capacitação do PNAE na cidade de Medeiros

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Projetos


Projetos

Jovem Aprendiz Programa do Campus Machado abre oportunidades de trabalho para jovens carentes cado de trabalho é a falta da experiência”. Os jovens atendidos pelo projeto foram contratados, em maio de 2019, por dois anos, sem renovação, para uma jornada de quatro horas diárias em empresas da cidade. Eles recebem uma remuneração mensal correspondente à carga horária geral do projeto. São 1.288 horas cumpriO estudante Guilherme Santos da Silva recebe material de apoio para as aulas do programa das nas empresas, além de 552 horas om o obje�vo de possibilitar o acesso de jovens em vulne- de a�vidades teóricas desenvolvidas rabilidade social ao mundo do no campus, com conteúdos voltatrabalho, o Campus Machado criou dos para as ocupações de arquivista, o “Programa Jovem Aprendiz: Ju- almoxarife, auxiliar de escritório e ventude em Foco”. O público-alvo con�nuo, que compreendem o arco são adolescentes e jovens com faixa administra�vo ocupacional do projeetária entre 14 e 24 anos e que se to. Outro aspecto importante é o suencontram em situação de vulne- porte às empresas no cumprimento rabilidade familiar e social. Entre os à legislação, que exige a contratação requisitos, os jovens devem estar de jovens aprendizes, estreitando regularmente matriculados no ensi- laços entre o Campus Machado e no médio e com frequência escolar os arranjos produ�vos locais. Várias parcerias foram firmadas para a reamínima de 75%. A ideia é desenvolver habili- lização do projeto. Ins�tuições como dades e competências profissionais, a Prefeitura Municipal de Machado e promovendo a inclusão social, por a Associação Socioambiental Cul�var meio da geração de trabalho e renda. tem contribuído para preparar joPara a coordenadora de Extensão do vens e adolescentes para o mercado campus, Michelle da Silva Marques, de trabalho. “é uma conquista atender a cerca de 40 jovens de bairros carentes de Ma- EXPERIÊNCIAS Gabrielly Ferreira Paes, 16, chado. O projeto traz oportunidades estuda no período da manhã, trabapara esses jovens, já que a maior dificuldade deles para ingressar no mer- lha à tarde na empresa e frequen-

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ta as aulas nas sextas-feiras. “Está sendo uma experiência muito boa; não conhecia nada sobre esse mundo do trabalho. Estou aprendendo muito e ganhando maturidade. Já �nha entregado currículos em vários lugares e nenhum dava oportunidade por não ter experiência”, conta. Sem experiência, o estudante Guilherme Santos da Silva Lima ingressou no programa. Já no primeiro semestre de 2019, teve contato com conteúdos de quatro áreas: Informá�ca, Português, Administração e Sociologia. O estudante revela que a área com a qual mais se iden�ficou foi Administração. “Hoje em dia, o mercado de trabalho exige muita qualificação e experiência e o programa surgiu como uma oportunidade para jovens que querem aprender e trabalhar”. Preocupada com o futuro, Isabela da Silva Souza, 17, comemorou muito quando foi selecionada para o programa. O obje�vo da adolescente é ser exemplo posi�vo para os irmãos. A estudante da Escola Estadual Iracema Rodrigues perdeu os pais quando criança e mora com a irmã caçula e a avó. De uma família de cinco irmãos, viu todos desanimarem com as dificuldades que surgiram. “Chega uma época da vida que a gente perde muito e acaba desis�ndo, e meus irmãos desis�ram, achando que a vida não tem sen�do. Deus me deu essa chance de mostrar a eles que é possível, que podemos buscar oportunidades e ter prazer em trabalhar”, disse.


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Extensão Rural para o Setor Cafeeiro Serviços prestados pelo Campus Machado ajudam a melhorar a qualidade dos cafés produzidos na região

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Florada na Fazenda Rosenthal

Campus Machado, a par�r de sua exper�se, tem oferecido uma variedade de serviços ao produtor rural. Por meio de um projeto de extensão mul�disciplinar, são realizadas análises de solos, avaliação da qualidade do café, fornecidos serviços de seleção, torra, moagem e empacotamento dos cafés produzidos na região, além do serviço de encapsulamento. U�lizando laboratórios e o conhecimento produzido no campus, esses serviços são prestados a agricultores e produtores familiares, que têm a oportunidade de melhorar sua produção a valores acessíveis. Os recursos pagos pelos serviços são u�lizados para a manutenção e inves�mentos em projetos do campus. Toda a gestão financeira

é feita pela Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Extensão, Pesquisa, Ensino Profissionalizante e Tecnológico (Fadema). Eveline Dias Leite vem de uma família de agricultores. Com a mãe e mais duas irmãs, toca a produção de café. Ela própria leva os grãos para serem torrados e moídos no campus e também costuma fazer análise do café e encapsulamento. A família criou uma marca própria, o “Café Rosenthal”, e tem par�cipado de concursos. A produtora conta que

também segue as dicas dos especialistas do campus e que seu café ficou entre os finalistas da edição 2018 do “Coffee of the Year”, evento que premia os melhores do país. Nos úl�mos anos, o segmento de café, em especial o setor de industrialização do produto, vem se modernizando e exigindo uma melhor adequação. Foi o que percebeu o agricultor Dálvio Andrade, que possui um sí�o em Poço Fundo. Ele soube do serviço de encapsulamento de café da escola e, para diversificar sua produção, trouxe uma parte para ser encapsulada. Gostou dos custos e do resultado final. “Pretendo ampliar a produção, a medida que conquistar mais mercado para este �po de produto”. O professor Leandro Paiva, coordenador das a�vidades no campus, explica que a máquina de encapsular atende a uma pequena quan�dade de café de cada produtor, em volume menor. Porém, per-

Agricultora apresenta a marca de café especial

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Projetos

Cafeteria recebe estudantes

Serviço de encapsulamento do Campus Machado

Professor Leandro acompanha discentes do Núcleo de Qualidade do Café

mite que ele comece a buscar uma nova fa�a do mercado. Mas, nem todo café pode ser encapsulado. “O produtor traz os grãos; a gente avalia a qualidade e como ele vai ficar na cápsula. Se não for especial, a gente pode dar suporte ao agricultor no campo, na pós-colheita, para que se torne especial e consiga, então, agregar e chegar à cápsula”, explicou. Alunos no setor de torra

Estudantes preparam um espresso na cafeteria do campus

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CAFETERIA DIVULGA A CULTURA DE CAFÉS ESPECIAIS Além do setor de beneficiamento e industrialização, o Campus Machado também possui uma cafeteria, onde funciona o Núcleo de Estudos em Qualidade do Café (Nequali), composto por estudantes de vários cursos superiores. Em 2019, o Nequali abriu a cafeteria da escola para que a comunidade pudesse conhecer e degustar cafés especiais. Desde que passou a funcionar, oferece bebidas a preços acessíveis e virou um ponto de encontro de alunos e servidores.


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Plataforma Orgânico da Horta e Game sobre Educação Ambiental Projetos do Campus Machado aliam tecnologia à sustentabilidade a escoar sua produção e aproximá-lo do consumidor, aumentando a relação de conhecimento dos clientes sobre os ciclos dos produtos de época”.

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Sítio em Poço Fundo em que são produzidos alimentos da agricultura familiar

iversas ações em prol do meio ambiente têm sido incen�vadas em todo o IFSULDEMINAS. Especificamente no Campus Machado, muitas dessas inicia�vas têm aliado recursos tecnológicos à sustentabilidade. Um exemplo é a plataforma informa�zada on-line “Orgânico da Horta”, desenvolvida pelo estudante de Sistemas de Informação, Mateus Brust. A ideia, do professor Sérgio Pedini, surgiu a par�r de uma experiência que conheceu na Itália, quando fazia seu pós-doutorado. Lançado em 2019, o projeto buscou aproximar produtores da agricultura familiar e orgânica cer�ficados de consumidores em potencial. Muitas pessoas têm procurado alimentos mais saudáveis, frescos, produzidos sem a u�lização de químicos, com prá�cas de agricultura sustentável e ecologicamente corretas. Mas, ainda há dificuldade para que produtores e consumidores possam negociar diretamente. Pensando nisso, Pedini pediu a indicação de um aluno de Informá�ca do campus que pudesse desenvol-

DESENVOLVIMENTO DE GAME Outro projeto que uniu tecnologia e meio ambiente foi um game desenvolvido pelos estudantes de Sistemas de Informação, Pedro H. M. de Oliveira, Yuri Rabello Ferreira, Francisco de Paula F. Ne�o e Luiz Otávio Caliari. A ideia surgiu durante a disciplina de É�ca e Educação Ambiental, ministrada pela professora Ariane Borges. Em cada fase do jogo, uma personagem era apresentada às mudanças que ocorreram no planeta devido à degradação do meio ambiente. Desenvolvido na plataforma Android, o game foi apresentado aos alunos dos terceiros anos do Técnico em Informá�ca. “Foi um desafio interessante. Além da parte de programação, teve a educa�va. E ver a reação dos alunos com o game foi legal. Enquanto jogavam, íamos debatendo sobre os problemas ambientais”, comentou Pedro.

ver a plataforma. Mateus aceitou o desafio, que acabou se tornando seu trabalho final de curso. Ele conta que priorizou basicamente a acessibilidade, a escolha dos termos u�lizados e das funções. O projeto foi desenvolvido junto com Sérgio Pedini, o agricultor Márcio Penha e sua esposa Flávia. “Ser responsivo foi a questão principal, pois os produtores �nham celular e era mais cômodo, já que nem sempre eles estavam em casa”. A inclusão de agricultores familiares que possuem dificuldade de acesso aos mercados convencionais, como supermercados e lojas específicas, foi um importante aspecto do trabalho. O casal Flávia e Márcio são exemplos dessa inclusão. Eles residem em Poço Fundo e representam outros 14 produtores orgânicos do município no cadastro da plataforma. Flávia conta que “é uma ferramenGame desenvolvido por estudantes do Campus Machado ta perfeita para ajudar

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Projetos

Atividade Física Pró-Saúde Programa oferece prática orientada de exercícios físicos para usuários do SUS em Muzambinho

Campus promove a prática de exercícios físicos aos usuários do SUS

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a par�cipação efe�va de 40 alunos. As a�vidades são desenvolvidas duas vezes na semana, com duração de uma hora, no período matu�no. “No Jardim Anápolis, com a professora Priscila Missaki Nakamura e seus alunos, realizamos alongamento, fortalecimento, caminhada e é avaliada a saúde de cada um para verificar se podemos fazer a�vidade naquele dia. Vêem a pressão todos os dias e perguntam qual remédio estamos tomando”, explica Maria Laura Donizete da Silva, 46, par�cipante do programa há 3 anos. Os planejamentos das aulas seguem os princípios do treinamento �sico, respeitando sobrecarga e tempo de recuperação. Todas ocorrem com auxílio de materiais alterna�vos e em locais próximos às unidaAproximadamente 100 pessoas foram atendidas no programa

curso de Educação Física do Campus Muzambinho promove um projeto ligado à prá�ca orientada de exercícios �sicos aos usuários do SUS, das Unidades Básicas de Saúde da cidade. In�tulado “Programa de A�vidade Física Pró-Saúde”, o projeto de extensão, desde 2018, atendeu cerca de 100 pessoas, entre 30 e 85 anos, dos bairros Anápolis e Vila Lima. O obje�vo é conscien�zar sobre os bene�cios da a�vidade �sica e proporcioná-la aos usuários do SUS. A extensão já contou com

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des de saúde, como por exemplo, em campo de futebol, academia ao ar livre, praças e quadras poliespor�vas. O “Programa de A�vidade Física Pró-Saúde” atua na interação e a socialização dos beneficiários, auxilia para que a informação sobre a prá�ca da a�vidade �sica chegue até a comunidade, desmis�ficando as concepções equivocadas. Maria Donizete acredita que tal inicia�va gerou resultados posi�vos para sua ro�na. “Eu �nha várias dores, hérnia de disco, bico de papagaio, esporão no pé. Procurei um médico que me indicou a prá�ca de a�vidade �sica. Depois de quatro meses realizando as a�vidades, fiquei bem. Pretendo não parar, além de falar para outras pessoas par�ciparem, pois faz bem para a saúde”. Os bene�cios da a�vidade �sica proporcionam bem-estar, redução da ansiedade e depressão, melhora da mobilidade, redução da hipertensão arterial, melhora no funcionamento do sistema músculo-esquelé�co, entre outros.


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Garoto Bom de Bola Projeto social e esportivo treina jovens em Machado

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á dois anos, um projeto social ensina futebol para jovens em situação de vulnerabilidade social dos bairros Jardim Nova Machado, Jardim das Oliveiras, Centenário, Santo Antônio I e II e Santa Luiza, no município de Machado. Ao todo, 60 garotos treinam todos os sábados, das 08h30 às 13h, na quadra e no ginásio do campus. A equipe de apoio conta com quatro monitores voluntários: o sargento Carlos Roberto Ferreira; o professor de Educação Física e técnico, Roger Botelho; a estudante de Educação Física, Bianca Ferreira, além do colaborador Danilo Silvano.

Conduzido por meio de uma parceria entre o Rotary Clube, Prefeitura e o Campus Machado, o projeto tem feito a alegria da molecada. O trabalho de socialização promove entretenimento, novas amizades, respeito mútuo, além de incen�var valores e contribuir com a formação cidadã. “Os meninos gostam demais. Como muitos deles realmente passam por dificuldades, além do futebol que eles amam, tem também o lanche. Isso faz diferença na vida de muitos”, conta Roger Botelho, um dos monitores.

Roger Botelho, treinador voluntário, com os meninos do projeto

Sargento Ferreira com os meninos na 1º Copa de Futsal

Meninos e voluntários na quadra do Campus Machado

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Projetos

Grupo de Teatro IFoco

Grupo de teatro do Campus Poços de Caldas leva arte à população em situação vulnerabilidade social

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Grupo de Teatro IFoco- o teatro como resistência cultural - é um projeto do Campus Poços de Caldas. Seu obje�vo é despertar a consciência para a cidadania, proporcionando às pessoas em situação de risco e vulnerabilidade social refle�r, ques�onar e transformar sua realidade, por meio da arte. O grupo é formado por estudantes, profissionais e comunidade externa. Em 2018, o projeto passou a ser coordenado pela psicóloga do Campus Poços de Caldas, Josirene de Carvalho Barbosa. Em 2019, durante o evento Setembro Amarelo, o Grupo de Teatro IFoco, por meio da esquete “O som do silêncio”, levou uma mensagem de apoio a servidores e alunos. Informou sobre os serviços disponíveis na rede pública de saúde e sobre a atuação dos profissionais do IF e, também, dos profissionais externos (médicos, psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais) na prevenção e combate ao suicídio. A apresentação teatral abordou o tema da medicalização, da psicofobia e do respeito, empa�a e cuidado para com as pessoas que sofrem com as questões de saúde mental. A esquete foi produzida pela atriz e diretora Évila dos Anjos, também professora bolsista do Teatro IFoco. Os atores interpretaram um texto re�ra-

Teatro IFoco, formado por representantes da comunidade, servidores e alunos

do da página “Vida de um Bipolar”, dedicada a pessoas com transtornos mentais, como bipolaridade, borderline e outros. Ainda naquele ano, o grupo apresentou a peça “Que (R)Evolução é essa?”, no Teatro da Urca, durante a programação comemora�va de 30 anos do Fes�val Estudan�l de Teatro de Poços de Caldas (FET). O evento teve entrada franca e foi pres�giado por toda a comunidade. A peça buscou abordar a violência contra negros, pobres, mulheres e LGBTQIA+, que representam grupos historicamente excluídos da sociedade. A apresentação foi composta por uma junção de poemas, a maioria deles escrita por poetas que denunciam a violência que sofrem co�dianamente. Entre eles: Rafael Carnevalli, Lucas A peça “Que (R)Evolução é essa?” abordou a luta de grupos excluídos Afonso, Emicida

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e Braúlio Bessa. “Nosso intuito foi dar voz àqueles que não são ouvidos. Além de retratar esta realidade, procuramos lançar alguma luz neste caos social que está posto, por meio de dois caminhos: a revolução cole�va e a nossa própria evolução”, mencionou a coordenadora do Grupo de Teatro IFoco, Josirene Barbosa. Durante o VII Sarau IF Cultural do Campus Poços de Caldas, o grupo deu vida à esquete “Não é não”. A cena re�rada da peça “Que (R)Evolução é essa?”mostra o assédio e machismo que as mulheres sofrem dia a dia e a luta no combate à violência contra as mulheres.

Apresentações ao ar livre também marcaram a trajetória do Grupo


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Projeto de Musicalização Dom Maior

Aulas gratuitas de violão para crianças e adolescentes da zona sul de Poços de Caldas ca bem e é muito bom o curso ser de graça”, disse.

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As aulas de violão fazem parte do Projeto “Caminho da Arte”

m projeto de extensão do IFSULDEMINAS – Campus Poços de Caldas vem mudando a ro�na de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade econômica ou social, atendidos pela Casa do Caminho, ins�tuição sem fins econômicos situada na zona sul da cidade. Trata-se do “Dom Maior”, projeto de musicalização, que oferece gratuitamente aulas de violão popular. Cerca de 15 crianças e adolescentes, com idade entre 11 e 16 anos, já foram beneficiados. Coordenado pelo professor Fernando Araújo Sobrinho, a ação acontece desde abril de 2019, por meio de encontros semanais na própria sede da Casa do Caminho. Os par�cipantes já �veram contato com diversos conteúdos e prá�cas, envolvendo notas, cordas, acordes, estudo de cifras, postura corporal, afinação e percepção. Os violões u�lizados pertencem à Casa do Caminho. Fernando explica que o obje�vo é trabalhar a Música Popular Brasileira (MPB), mas também músicas que os estudantes já estão acostumados a ouvir. A meta é es�mular a realização e par�cipação deles em a�vidades culturais, como eventos na Casa do Caminho e no Sarau IF Cultural, do campus. “Essa é a ideia. Levar MPB, despertar o interesse pela música e ter uma a�vidade para ocupar o tempo deles. A idade

em que estão é ideal para aprender a arte. Música e educação têm muito em comum. As escalas musicais têm toda uma metodologia e regra matemá�ca, pra�camente, da formação de acordes. Deveria ser matéria obrigatória no ensino fundamental, pois desperta a sensibilidade, envolve disciplina, ro�na de estudos, cria�vidade, percepção e a formação de um espírito crí�co em relação às músicas”, destacou o professor. No final de 2019, os alunos se apresentaram na Casa do Caminho e fizeram uma homenagem ao docente, que se emocionou. “Acabei pegando afinidade e empa�a com as crianças. São muito carinhosas, educadas e queridas. Eu gosto de ensinar e de música. Então, essa oportunidade veio bem a calhar”, mencionou. OS ALUNOS Nicolle Mikhelle Andrade, de 11 anos, moradora do bairro São Sebas�ão II, foi uma das alunas do projeto. Frequentadora da Casa do Caminho desde os seis anos de idade, pretende se aprimorar no violão. “As aulas são bem legais, pois trazem bastante aprendizado”, afirmou. Também com 11 anos, Anderson Amaro Horácio, morador do Conjunto Habitacional, quer aprender a tocar violão tão bem quanto o irmão. “Achei legal par�cipar das aulas. O professor expli-

A CASA DO CAMINHO Os responsáveis pela Casa do Caminho são gratos pela parceria firmada com o Ins�tuto Federal do Sul de Minas, por meio das aulas de violão. A coordenadora do projeto “Caminho da Arte”, Sandra Cris�na Moraes Marques, comenta que traz muitos bene�cios para as crianças e adolescentes, além de se tornar uma possibilidade de fonte de renda no futuro. “O contato com a arte é sempre muito bem-vindo. A criança poder aprender algo que vai acrescentar na formação dela. Acho que sempre é muito válido. Nossas crianças, por serem um público com um poder aquisi�vo menor, talvez não �vessem a chance de pagar por uma aula. Às vezes, a família nem está empregada. Com esse projeto do IF, elas têm acesso a oportunidades”, salientou. Fundada em setembro de 1984, a Casa do Caminho está há quase 35 anos atendendo famílias em situação de vulnerabilidade social ou econômica em Poços de Caldas. Atualmente, 60 famílias, que foram encaminhadas pelo Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), são acompanhadas pelo serviço de convivência e fortalecimento de vínculo. Em 2006, surgiu o projeto “Caminho da Arte”, que tem como um dos obje�vos complementar a formação ofertada nas escolas da zona sul. Abrange aulas de violão, violino, capoeira, dança, música, teatro, além de atendimento psicológico e assistência social. A ins�tuição também oferece gratuitamente o serviço de creche para cerca de 160 crianças. Ao todo, mais de 30 funcionários, além de voluntários, são responsáveis pela condução das a�vidades. #41


Projetos

Cartografias Africanas Trabalho de estudantes dos Integrados leva cultura para comunidade passense e integra livro da Rede Federal

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Mapa da África ocupou quase todo o ginásio do Campus Passos (Crédito: divulgação equipe projeto)

m mapa da África que ocupou quase todo o ginásio poliespor�vo do Campus Passos. Esse foi o trabalho “Cartografias Africanas: do Atlân�co Negro às novas iden�dades contemporâneas”, desenvolvido pelos alunos

dos terceiros anos dos cursos Técnicos Integrados e escolhido para fazer parte do caderno eletrônico de relatos de experiências integradoras exitosas do Ins�tuto Federal de Brasília. Construído sob orienta-

Drone capta imagem do projeto Cartografias Africanas (crédito: prof. Thomé Almeida)

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ção e colaboração dos docentes Wendell Braúlio e Rildo Duarte, em 2019, o projeto surgiu da ideia do professor de História, Rodrigo Cardoso, que sugeriu a produção em uma escala fora dos padrões normais. Rildo Duarte, então, propôs a escala de 1:750.000, equivalente a um mapa de 14x14m, criado com material reciclado (264 caixetas de papelão). Segundo Wendell, o obje�vo principal era “desmis�ficar que a África é um país e dar uma dimensão inédita ao con�nente, ao menos para os envolvidos no projeto”. As estudantes Maria Eduarda da Silva Brito e Raíssa Viana concordaram. Para elas, um dos pontos mais interessantes foi a oportunidade de conferirem “um lugar de pertencimento para a população negra do Brasil e difundir a história de origem desse povo de forma posi�va, como deve ser”. O projeto foi aberto para visitação de escolas, pais e população em geral. Todos �veram a oportunidade de conhecer a cultura africana, despertar o gosto pela culinária


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Usuários da APAE aproveitam culinária africana (crédito: divulgação equipe projeto)

Detalhes de alguns países do continente africano (crédito: divulgação equipe projeto)

do con�nente e interagir com o grande mapa. A comunidade compareceu, bem como ins�tuições como a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, que trouxe 40 usuários. Eles interagiram com o mapa e se mostraram curiosos. Segundo a educadora social Gleide Mar�ns Santos, os usuários ficaram

deslumbrados e queriam conhecer e se inteirar de tudo. “Foi um evento inédito. Muitas novidades, curiosidades e tudo mais. Até para nós, técnicos, foi inusitado. Um projeto muito bem planejado, de fácil acesso, sem deixar um visitante sem entender. Foi uma dinâmica excelente, na qual souberam envolver nossos usuários de forma geral”. PUBLICAÇÃO NO INSTITUTO FEDERAL DE BRASÍLIA O projeto foi subme�do à linha temá�ca do eixo “Integração entre saberes da educação profis-

sional com saberes da educação básica”, do IFB. De 16 projetos, o de Passos ganhou a segunda colocação. De um total de 72 trabalhos de todos os eixos, ficou entre os dez que serão publicados. “Estar entre os dez numa seleção a nível Brasil é ter destacado a necessidade de uma educação an�rracista. É reafirmarmos as construções que temos como profissionais da educação, que a educação precisa destacar a diversidade, porém, marcando as diferenças e respeitando suas par�cularidades”, ressaltou Wendell.

Parte da equipe do projeto - profs. Wendell, Rildo e alunos

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Projetos

Viva as Diferenças: Linguagem, Artes e Inclusão Projeto do NAPNE de Três Corações dialoga sobre respeito e importância da diversidade

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FIC contou com 40 participantes, entre estudantes, servidores e comunidade externa

iver as diferenças e pra�car a equidade foi o lema usado pelo Núcleo de Apoio aos Portadores de Necessidades Especiais (NAPNE) do Campus Avançado Três Corações para realizar o projeto “Viva as diferenças: linguagem, artes e inclusão”, que contou com um total de 40 par�cipantes, entre estudantes, servidores e comunidade externa. O projeto foi pensado para promover a inclusão e aprofundar a discussão, entre os estudantes, sobre a importância de haver e respeitar a diversidade. Foram abordadas questões ligadas à realidade das comunidades interna e externa do campus, feito levantamento de demandas e estruturação da equipe responsável pelos trabalhos. Assim, um curso de Formação Inicial e Con�nuada (FIC) foi montado para abordar os diversos temas iden�ficados, como a anatomia e as reações químicas, emocionais e psíquicas do amor; a diversidade; o autoconhecimento; e a valorização consciente das diferenças como caminho para uma valorização harmônica do ser humano.

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Durante as a�vidades, foram apresentadas discussões sobre os ciclos da vida e a arte do movimento. Nesta úl�ma, enfa�zaram-se os processos cogni�vos e lúdicos da arte, dos movimentos e do indivíduo. Houve um diálogo sobre o feminismo contemporâneo, suas relações com o meio e seu papel e importância na sociedade atual. Para encerrar o projeto, como forma de contribuir para a reflexão sobre as diferenças existentes na própria unidade do IFSULDEMINAS, os integrantes do NAPNE encenaram uma peça teatral, adaptada do livro ‘Amanhecer Esmeralda’, de Ferréz (2005). O público foi composto por cerca de

250 pessoas, entre par�cipantes do FIC, servidores e demais alunos dos cursos integrados. Após a apresentação, houve uma roda de conversa, na qual a comunidade acadêmica expôs pensamentos e crí�cas sobre os temas. Andreza Cris�na Sales foi uma das alunas do FIC e par�cipou das aulas a distância, pois vive em Portugal. “Estas semanas não �veram a intenção de ensinar tudo, mas dar caminhos, ideias e possibilidades para colocarmos em prá�ca as informações e para que possamos decidir para onde iremos e de que forma. Com certeza, fez toda a diferença em minha vida e das pessoas que par�ciparam”, declarou. Pelo NAPNE par�ciparam o coordenador, Alex Reis; a vice-coordenadora do núcleo, Emanuela Francisca; os intérpretes de Libras: William Senna e Geordana Santos; a assistente social Nádia Junzinskas; a técnica em Assuntos Educacionais Anne Bueno e a pedagoga Sônia Resende, que assumiram o projeto. Como convidados, houve a par�cipação dos professores Sérgio Parada, Maria do Carmo Moreira dos Santos e Berenice Santoro.

No campus, estudantes fazem apresentação em evento sobre inclusão e respeito à diversidade


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Calendário Social no Cotidiano Escolar Ações socioeducativas e o respeito à diversidade são promovidos em projeto do Campus Poços de Caldas

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A trupe “O Mundo dos Palhaços” foi uma das atrações na E.M. Profa. Nicolina Bernardo

mplantado no Campus Poços de Caldas, o projeto “Calendário Social no Co�diano Escolar” busca valorizar, através de ações socioeduca�vas, o respeito à diversidade humana e a de ideias. Coordenado pelo assistente social Fábio Geraldo de Ávila, com a par�cipação e apoio de servidores e alunos, já realizou a�vidades como palestras, oficinas, capacitações, apresentações ar�s�cas e exposições com temas transversais e interdisciplinares. O projeto nasceu como proposta do Serviço Social e do an�go Setor de Assistência ao Educando (SAE), atual Coordenadoria Pedagógica e de Assistência Estudan�l (CPAE) do campus. A finalidade é gerar mudanças de a�tudes nos discentes, de modo a prevenir bullying e evasão, criando um ambiente escolar mais saudável. AS AÇÕES Em 2019, as ações foram focadas em direitos humanos. Nos horários de intervalo, o Calendário Social promoveu encontros sobre diversidade, pluralidade de pensamento, sustentabilidade, convívio e bem-estar. Houve também a for-

mação de um grupo de palhaços: o “Mundo dos Palhaços”, com a�vidades lúdicas e socioeduca�vas no campus e nas escolas municipais Nicolina Bernardo e Professor Arino Ferreira Pinto. O projeto também foi responsável pela realização da palestra “A Declaração Universal dos Direitos Humanos e os desafios para a garan�a de direitos na atualidade”. No dia internacional do orgulho LGBTQIA+, um evento no auditório reuniu alunos, servidores e comunidade. A ação foi inicia�va do Calendário, do Cole�vo Marielle Franco e do Centro Acadêmico de Licenciatura em Ciências Biológicas. O público par�cipou de um bate-papo com a pedagoga Andrea Bene�, fundadora da página “Moça, você é machista”, e com a integrante do Cole�vo Negro de Poços de Caldas (Conep), Jéssica Nuevo. Por meio de brincadeiras, a�vidades lúdicas e socioeduca�vas, o Calendário Social levou diversão, conscien�zação, prevenção e ciências para os alunos do ensino fundamental I e II da E. M. Professora Nicolina Bernardo. A ação fez parte da Semana da Família na Es-

cola e abordou temas como combate às drogas, empa�a, saúde e higiene. Foram parceiros os integrantes do Programa Ins�tucional de Bolsa de Iniciação à Docência e a trupe “O Mundo dos Palhaços”. Em outra ação, a aluna extensionista voluntária, Manuella Vilela Braz, do Técnico em Informá�ca Integrado ao ensino médio, visitou a E. E. do Parque das Nações. O obje�vo foi debater sobre a diversidade. Manuella esteve à frente de uma roda de conversa, esclarecendo dúvidas sobre sexualidade e questões de gênero. Em parceria com o Núcleo de Assistentes Sociais de Poços de Caldas, o Calendário promoveu, ainda, o encontro: “A Declaração Universal dos Direitos Humanos e os desafios para a garan�a de direitos na atualidade”. Acompanhe o Calendário Social pelas redes sociais e fique por dentro de todas as a�vidades do projeto! Face: h�ps://www.facebook.com/ calendario.if.92 e Instagram: @socialcalendario

Durante o encontro sobre direitos humanos, lideranças de movimentos e coletivos compartilharam suas lutas sociais

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Projetos

Diálogo de Saberes Cultura popular é tema de projeto do Campus Poços de Caldas com a comunidade acadêmica

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Terno de Congo Nossa Senhora da Saúde foi um dos que estiveram no IF

alorizar a cultura popular, promovendo a inclusão de diferentes formas de ver e entender o mundo no espaço escolar. É com esse propósito que o IFSULDEMINAS – Campus Poços de Caldas desenvolve o projeto “Diálogo de Saberes”. Implantado em 2018 pela servidora Lílian Fernandes, a inicia�va já levou para o campus rodas de conversa, apresentações culturais, oficinas e cursos. Entre os grupos de cultura tradicional da cidade que se apresentaram e interagiram com alunos e servidores es�veram os de Ca�ra, Caiapós, Folia de Reis, Congada e Viola Caipira. Lílian explica que “através do contato direto entre representantes de diversas manifestações culturais, populares e tradicionais com a comunidade escolar, pretende-se gerar, de forma lúdica, uma intera�vidade, que resulte na

troca de saberes e na ampliação da visão de mundo”. AS AÇÕES O projeto “Diálogo de Saberes” teve sua estreia com a apresentação do Grupo de Ca�ra

Poços-Caldense Mirim. É coordenado pela professora Angélica e financiado pelo Fundo Estadual de Cultura, do Governo de Minas. As crianças são estudantes da Escola Rural José Avelino de Melo. Também par�cipou da ação o Grupo de Ca�ra Poços-Caldense, formado por adultos. Coordenado pelo mestre Amadeu Francisco, mais conhecido como Amadeu Ca�reiro, já recebeu o prêmio “Culturas Populares”, do Ministério da Cultura. O terno de Congo Nossa Senhora da Saúde também teve seu espaço no campus. O Congado Nossa Senhora da Saúde é um terno jovem, criado em 2018. Possui par�cipantes de várias idades e já se apresentou na tradicional festa poços-caldense de São Benedito. Em 2019, o projeto “Diálogo de Saberes” abriu sua programação com um estacional de Outono. São eventos que marcam as

Alunos de danças folclóricas, capacitados pelo projeto, se apresentaram no Sarau IF Cultural

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Revista de Extensão IFSULDEMINAS :: 2019

Roda de conversa sobre cultura reuniu servidores e comunidade

O Grupo de Catira Poços-Caldense Mirim mostrou seu talento à comunidade escolar

entradas das estações. O projeto ainda recebeu o grupo folclórico poços-caldense Caiapó, que mostrou um pouco das tradições indígenas exaltadas durante a Festa de São Benedito. De acordo com o chefe Alexandre Sabino, o grupo Caiapó já existe há mais de 100 anos e conta com par�cipantes de todas as idades. A a�vidade também ofertou cursos gratuitos para servidores, alunos e comunidade. As capacitações envolveram aulas de expressão corporal, cantoterapia,

danças folclóricas, além da formação de um coral orgânico. SARAU IF CULTURAL Dentre as realizações do projeto, o Sarau IF Cultural consolida-se como parte do calendário cultural do campus. Foram sete edições. Segundo Lílian, “é um es�mulo à comunidade escolar a desenvolver seus talentos, habilidades ar�s�cas de música, dança, poesia, dentre outras possibilidades”. Em 2018, o tema do Sarau foi “diversidade e paz”. A edição

Grupo folclórico Caiapó mostrou a todos um pouco de suas tradições indígenas

também comemorou os 10 anos de criação dos Ins�tutos Federais. Em 2019, com a temá�ca “união na diversidade”, a sé�ma edição contou com a par�cipação especial dos alunos do Campus Avançado Três Corações e com danças folclóricas do “Coco”, do “Boi-Bumbá” e do coral orgânico. PORTAL DO PROJETO Todas as ações realizadas pelo “Diáologo de Saberes” estão reunidas no site do projeto. Lá, é possível conferir as fotos e no�cias de todos os eventos, bem como os contatos da equipe responsável. Acesse:h�ps://dialogodesaberes20.wixsite.com/dialogodesaberes.

Grupo de Catira Poços-Caldense durante apresentação

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Projetos

Cultivo de Café Agroflorestal e Agroecológico Projeto do Campus Machado capacita famílias de Assentamentos de Reforma Agrária em MG

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Famílias e integrantes do projeto

m projeto coordenado pela professora Lêda Fernandes implantou, de forma cole�va e par�cipa�va, unidades de referência de cul�vo de café agroflorestal e agroecológico em áreas de produção familiar nos municípios de Campo do Meio e Guapé. A inicia�va contemplou 24 famílias que vivem no Assentamento de Reforma Agrária destes municípios. De acordo com a coordenadora do projeto, algumas áreas são u�lizadas como fonte de estudos. “Está sendo feita a coleta de insetos para ver a questão da biodiversidade, a medição das plantas para acompanhar o crescimento das espécies u�lizadas e a coleta do solo para checar se há mudança na questão da fer�lidade.” Lêda explica que as áreas precisam ser acompanhadas e, só depois de algum tempo, será possível chegar aos primeiros resultados. Para as famílias que par�cipam do projeto, ações importantes já foram realizadas. Elas passaram por um processo de capacitação, feita por profissionais renomados,

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experientes em Sistemas Agroflorestais. Temas como produção agroecológica, implantação de Sistemas Agroflorestais, fer�lidade e conservação do solo e produção de mudas foram amplamente discu�dos com os produtores. “Todas as mudas de café e demais espécies u�lizadas nos sistemas implantados foram produzidas pelos assentados”,

explica a coordenadora. O curso também contemplou integrantes do NEAPO (Núcleo de Estudos em Agroecologia). O projeto “Implantação e monitoramento de unidades de referência com café agroflorestal e agroecológico em áreas de produção familiar no sul de Minas Gerais” foi aprovado pela chamada MCTI/ MAPA/MEC/SEAD – Casa Civil/CNPq Nº 21/2016. E fomentado pelo CNPq. O trabalho teve apoio dos estudantes que integram o NEAPO, de servidores dos Campi Machado e Poços de Caldas, da Universidade Federal de Lavras , Universidade Federal de Alfenas, do Mu�rão Agroflorestal – Núcleo Diversitah, da Associação de Agricultores Familiares do Assentamento Santo Dias e da Coopera�va dos Camponeses Sul Mineiros.

Professor e estudantes do Núcleo de Estudos em Agroecologia


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Saúde e Segurança do Trabalho em SIPAT Projeto Saúde e Segurança do Campus Muzambinho atua em empresas locais

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Alunos e professor do curso de Segurança do Trabalho de Muzambinho

curso Técnico em Segurança do Trabalho do Campus Muzambinho desenvolveu o projeto “Saúde e Segurança do Trabalho em SIPAT”. O obje�vo é proporcionar aos alunos do curso a oportunidade profissional de levar informações à sociedade e empresas sobre prevenção de acidentes e agravos a saúde dos trabalhadores. Ações individuais e cole�vas foram realizadas em quatro empresas da cidade e região. Os estudantes prepararam materiais

Coordenador do curso, Geraldo Gomes, orienta sobre a SIPAT

audiovisuais e desenvolveram a�vidades como: Diálogo Diário de Segurança – DDS, palestras, orientações e instruções. O projeto contribui para a disseminação de informações de saúde e segurança nos ambientes de trabalho, dando aos estudantes a oportunidade de vivenciar experiências prá�cas. Aproximadamente 30 alunos falaram sobre comportamentos seguros e preven�vos, que devem ser construídos cole�vamente, alertando sobre a�tudes saudáveis para

a preservação da saúde e da integridade do trabalhador. Geraldo Gomes de Oliveira Jr, coordenador do curso Técnico em Segurança do Trabalho, explicou que a atuação em ambientes externos proporciona esclarecimentos técnicos e educa�vos quanto às questões de saúde e segurança, dentro e fora dos ambientes de trabalho, contribuindo para o desenvolvimento de uma cultura prevencionista. Otávio de Assis Vidoni, responsável pelo departamento de segurança de uma das empresas que recebeu o projeto, destacou os efeitos posi�vos das ações dos estudantes nas ro�nas diárias da firma. Para os alunos Guilherme Bento, Renato Palos, Edinéia dos Reis e Leonardo da Cruz, “houve a contextualização de forma efe�va da relação existente entre teoria e prá�ca profissional, especialmente pela oportunidade de estar em ambientes reais e dialogar com os trabalhadores”, resumiu Cruz.

Alunos atuam na prevenção de acidentes nas empresas da região

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Projetos

Ginástica Laboral Foco é investir na qualidade de vida de servidores, alunos e comunidade de Inconfidentes

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desenvolvimento de ações de qualidade de vida para o trabalhador tem se tornado cada vez mais freqüente no ambiente corpora�vo. Sua importância ganha dimensão a cada ano, dado os bene�cios que tem demonstrado para a produ�vidade empresarial e, principalmente, para a saúde humana. Foi pensando nisso que o Campus Inconfidentes implantou o projeto “Saúde e Bem Estar”. Com ele, foi possível implantar Ginás�ca Laboral e Treinamento Funcional no campus. Para o início das a�vidades foram realizadas palestras de conscien�zação pela professora de Educação Física, Fernanda Silveira, e pelo treinador Físico Luiz Felipe Lima do Couto. Foram destacados os conceitos de

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Servidores do IFSULDEMINAS e moradores participam das atividades

qualidade de vida e lazer; alerta sobre riscos de posturas erradas e lesões na coluna, decorrentes do mau posicionamento; a importância dos exercícios; alongamentos durante o período de trabalho; e os bene�cios sociais e psicológicos. Para par�cipar, quase 70 pessoas entre servidores, alunos e comunidade externa passaram por uma avaliação. Peso, altura, gordura corporal e visceral e índice de massa corporal (IMC) foram colhidos, além de aplicado um ques�onário para mostrar ao avaliador o histórico médico recente do candidato. “O levantamento é fundamental para detectar restrições e melhorar o diagnós�co de condições preexistentes que possam intervir na prescrição de a�vidades �sicas”, explicou Luiz.

Após três meses de a�vidades, os par�cipantes passaram por reavaliação. Os indicadores mostraram que os obje�vos das a�vidades, como socialização e implemento da cultura de cuidado com a postura laboral e redução da gordura corporal e visceral foram alcançados. Uma das servidoras inscritas no projeto foi Rita Maria Paraíso Vieira. Lotada no setor de Administração e Finanças, considera as a�vidades úteis para aperfeiçoar o condicionamento �sico dos funcionários. “Na área administra�va, a gente fica muito tempo sentada, na mesma posição. Este acompanhamento vai melhorar a qualidade de vida e o condicionamento �sico”, avaliou.


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Educação Física Adaptada (PROEFA) Campus Muzambinho atua com cinco Apaes em projeto de educação física adaptada

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Professora Ieda Mayumi Sabino Kawashita (centro), discentes do campus e usuários da Apae

Projeto de Educação Física Adaptada (PROEFA), do IFSULDEMINAS Campus Muzambinho, promove a�vidades �sicas adaptatas com os usuários das Apaes de Muzambinho, Guaxupé, Guaranésia, Areado e Poços de Caldas. Nele, os alunos de Educação Física desenvolvem trabalhos de iniciação e treinamento de esportes paralímpicos, como a bocha, es�mulando os usuários �sica, social e afe�vamente. Segundo Theodora Barbosa, voluntária do projeto, “a experiência proporcionou o contato com pessoas com deficiência na prá�ca de esportes e lazer.”

De acordo com a professora Ieda Mayumi Sabino Kawashita, as pessoas atendidas possuem diferentes deficiências, como intelectual, �sica, audi�va, visual, paralisia cerebral e distróficos musculares, com idade entre 10 e 63 anos. No total, são 70 pessoas assis�das nas cinco ins�tuições. “Este projeto só foi possível pela adesão dos estudantes de Educação Física, muitos como voluntários, outros como bolsistas. Sabemos que o aprendizado foi para todos, alunos das Apaes, do IFSULDEMINAS e dos profissionais envolvidos”, disse.

Dinâmica entre docente, professora e usuários da Apae

Os atendimentos são realizados por bolsistas e alunos vinculados ao projeto, tendo a supervisão da docente. O grupo se reúne semanalmente para estudar ar�gos cien�ficos e, ainda, debatem as prá�cas da bocha, fazem planejamento e trocam experiências. Nathanael Rodrigues, voluntário e depois bolsista, fala das a�vidades. “No grupo de estudos pude notar que esse projeto era incrível; vimos os �pos de deficiências �sicas, preparamos trabalhos relacionados a isso, discu�mos a�vidades para serem desenvolvidas e fizemos eventos de bocha adaptada. Foi muito significa�vo para o meu crescimento e para ver o mundo de uma forma que nunca �nha visto, onde todos são iguais, independente de suas limitações e deficiências”. Durante as intervenções prá�cas, os discentes desenvolvem pesquisas qualita�vas e quan�ta�vas. Como resultado, são produzidos trabalhos de conclusão de curso, ar�gos cien�ficos, oficinas e minicursos.

Usuários da Apae e estudantes de Educação Física praticam bocha adaptada

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Projetos

Jogo Cooperativo

Jogos de tabuleiro ajudam no desenvolvimento dos estudantes do Campus Pouso Alegre

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Estudantes de escolas públicas participam dos jogos durante o IF Aberto

esde a an�guidade, os jogos de tabuleiro são considerados um passatempo es�mulante e saudável, mas, com o tempo, passaram a ser u�lizados também como ferramentas educacionais. Pensando nisso, o Campus Pouso Alegre criou o projeto “Jogo Coopera�vo”. Ele traz a proposta de possibilitar o acesso de jovens e adultos a esses bens culturais que, muitas vezes, estão longe da realidade diária da maioria das pessoas. De acordo com o coordenador do projeto, o técnico em assuntos educacionais Daniel Reis, em várias cidades do país já acontecem inicia�vas como essas, de popularizar o hobby dos jogos modernos, principalmente em ar�culação com as escolas. Isso porque esse passatempo pode ser trabalhado em interface com diversas competências fundamentais para a formação do aluno. “Pouso Alegre possui uma

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comunidade ‘nerd’ muito grande e, mesmo antes do projeto, já �nhamos boas experiências juntando os fãs dos boardgames no ins�tuto. A ideia era expandir ainda mais essa experiência”. Além dos encontros em uma sala disponibilizada pela prefeitura, no Centro de Artes e Esportes Unificado (CEU), o projeto foi desenvolvido durante eventos do Campus Pouso Alegre: o IF Aberto e o Dia da Cultura Nerd. “Jogos de tabuleiro e RPG ajudam no desenvolvimento psicológico, intelectual, ajudam no raciocínio rápido, na imaginação, em como se virar na vida real, como resolver problemas de forma cria�va e lógica. Projetos como esse são uma oportunidade de aprendizado para os mais jovens e, para os mais velhos, a chance de se manterem a�vos”, contou Luanah Matos, que par�cipou de um dos encontros. Além da comunidade esco-

lar do campus, o projeto foi levado para alunos das escolas públicas municipais, amigos e familiares, a�ngindo cerca de 100 pessoas. “Cada jogo, ao apresentar uma simulação de parte da realidade, delimitando alguns aspectos, permite ao jogador perceber melhor o mundo que o cerca. O jogo é esse espaço seguro onde podemos treinar nossas habilidades sem medo do fracasso e aprender com a observação do comportamento do outro”, destacou o coordenador. O projeto “Jogos Coopera�vos” foi novamente aprovado para execução em 2020. Os encontros ainda serão programados. Nessa nova etapa, os par�cipantes terão acessos aos jogos: 7 Wonders, Ticket to Ride, Stone Age, Concept, Código Secreto, Ubongo, Twilight Struggle, Timeline e Pandemic.

Jogos de tabuleiro desenvolvem habilidade de concentração


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Conviver

Projeto do Campus Muzambinho atua na promoção da saúde e bem-estar dos idosos

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Elza Cecília de Lima é maquiada em ação do projeto Conviver

ados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que em 2050 o mundo terá cerca de dois milhões de idosos com mais de 100 anos de idade. A transição demográfica, que caracteriza essa população, faz com que o curso Técnico em Enfermagem do IFSULDEMINAS – Campus Muzambinho busque soluções para proporcionar-lhes melhor qualidade de vida. O projeto “Conviver” trabalha a hu-

manização com os idosos, promovendo ações de cuidado social. Ele proporciona visitas aos setores da escola-fazenda, às suas áreas verdes, com uma variedade de animais e espaço para a prá�ca de caminhadas ao ar livre e a�vidades �sicas. De acordo com o professor e responsável pelo projeto, Fabrício dos Santos Ritá, “o envelhecimento populacional vem se tornando um grande desafio na contemporanei-

A colheita de ovos faz parte das atividades desenvolvidas pelos idosos

dade. Simultaneamente ao aumento do número de idosos, associe-se o isolamento social, a rejeição e doenças relacionadas à saúde mental destes indivíduos. Nosso trabalho está vinculado aos idosos que vivem em ins�tuições de longa permanência de Muzambinho”. De acordo com Quézia Pereira, aluna do Técnico em Enfermagem, “a ação de humanizar-se e humanizar ao outro favorece o processo do cuidar. Dessa forma, estreita os laços e es�mula o idoso sobre novas expecta�vas e mo�vações para a vida, principalmente aqueles que vivem em asilos”. Análise dos envolvidos no projeto levantou informações de que a população idosa que vive em asilos passa por situação de vulnerabilidade econômica e afe�va e possui sen�mentos de não pertencimento social. Perceberam, inclusive, que muitos sofrem de dependência química. A assistente social da Prefeitura Municipal de Muzambinho, Tânia Alves, ressalta a importância da parceria das ações junto ao Asilo São Vicente de Paulo. “Ações como esta envolvem a dedicação, mo�vação, empoderamento e integração dos par�cipantes. Há a percepção da diminuição do uso de medicamentos para ansiedade e a expecta�va pela visita gera felicidade ao grupo”. “Nos passeios a gente sai do lar e vem caminhar. Eu colho ovos, vejo as galinhas, lembro da família, da minha mãe, e isso enche meu coração de alegria. Faz bem e a gente fica muito feliz. Fico esperando esse dia chegar”, destaca a idosa Elza Cecília de Lima. #53


Projetos

Oficina de Atividades Lúdicas Campus Poços de Caldas desenvolve atividades lúdicas com idosas em asilo da cidade

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As idosas contam com o apoio de alunos e servidores do IF para solucionarem os desafios das atividades

s tardes de sexta-feira não são mais as mesmas no Asilo São Vicente de Paulo - Associação das Damas de Caridade, no centro de Poços. Desde que a “Oficina de A�vidades Lúdicas” do IFSULDEMINAS – Campus Poços de Caldas foi iniciada, em 2018, cerca de 20 idosas, que moram na associação, estão se entretendo com jogos de tabuleiro, quebra-cabeças, desenhos para colorir, entre outras a�vidades, que vão muito além da simples diversão. A “Oficina de A�vidades Lúdicas” é um projeto de extensão coordenado pela professora de Química, Elenice Aparecida Carlos. A inicia�va conta com a colaboração de outros servidores do campus, além de alunos dos cursos técnicos integrados ao ensino médio e superiores, que atuam como tutores voluntários. De acordo com Elenice, o projeto tem como obje�vo “desenvolver a�vidades lúdicas que contribuam para retardar o declínio das habilidades cogni�vas decorrentes da idade; promover a�vidades culturais como espaço

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de lazer e socialização das idosas; e propiciar o encontro entre gerações, para socialização delas e dos alunos do IFSULDEMINAS”. O PROJETO Para avaliação das habilidades e interesses de cada idosa par�cipante, nas primeiras oficinas foram apresentadas diferentes a�vidades, como jogos de tabuleiro, memória, quebra-cabeça, labirinto e desenhos para colorir ou encontrar diferenças. A par�r desse diagnós�co, o projeto prosseguiu por meio de encontros semanais, com uma hora de duração, sempre às sextas-feiras. As a�vidades foram pensadas para serem executadas pelas idosas de maneira individual ou em grupo, com o auxílio dos tutores voluntários e orientação da coordenadora e colaboradores. Através dos jogos lúdicos, promovese a coordenação motora, a cooperação e a socialização, o es�mulo para a troca de idéias. Es�mula, ainda, a paciência e as funções cogni�vas, como a

memória, atenção, concentração, processamento de informações, cria�vidade e o raciocínio. As a�vidades em madeira e polie�leno foram adquiridas por Elenice junto a artesãos de Poços e em lojas de materiais didá�cos. Para atender a necessidades específicas de algumas idosas, alguns jogos foram produzidos pela própria docente, com adesivos, palitos, embalagens de ovos, caixas de papelão e tampinhas. Para a produção, ela teve o auxílio da Laura Lisboa, assistente social do asilo, e de servidores do campus. Ao todo, são cerca de 30 a�vidades diferentes, que apresentam graus de dificuldade variados. Em 2019, o projeto passou a contar com a par�cipação de duas idosas cegas e algumas com declínio cogni�vo. Para atendê-las, foram adquiridos e confeccionados materiais adaptados, que exploram a percepção tá�l.

Professora Elenice (à esq.) e a assistente social da Associação, Laura Lisboa (a dir.), comemoram os resultados do projeto


Revista de Extensão IFSULDEMINAS :: 2019

projeto é muito importante para mim, enquanto licencianda e futura professora. Esses jogos, mesmo a gente os u�lizando com os idosos, a tá�ca e o modelo deles eu consigo usar muito com os alunos com necessidades especiais nas escolas. Falo que aqui é uma terapia e peguei um carinho muito grande pelas idosas”.

O projeto na Associação das Damas de Caridade teve início em 2018.

“O Asilo São Vicente de Paulo é uma ins�tuição de longa permanência e a oficina proposta neste projeto tem contribuído para a melhora do bem-estar e socialização das acolhidas. Pretende-se dar con�nuidade ao projeto nos próximos anos, mantendo a par�cipação dos alunos dos cursos técnicos integrados e superiores, a fim de promover o encontro intergeracional, contribuindo para a qualidade de vida das idosas e na formação humanís�ca de nossos discentes”, destacou Elenice.

Também com 88 anos, a irmã Angelina Grocelli, que por 50 anos trabalhou nos cuidados aos idosos da associação, hoje é uma das assis�das que se divertem com os jogos lúdicos propostos pelo Ins�tuto Federal. “Eles são muito interessantes, porque distraem a mente. A mente da gente vai dispersando naquele jogo e não pensa em outra coisa. Para mim, está sendo uma coisa muito boa, porque, nessa idade, a cabeça fica meio ‘assim’ e, por meio dos jogos, parece que a gente vai treinando. Está sendo muito bom”, afirmou.

AS IDOSAS Com 62 anos e cega desde os 54, por conta de uma re�nose, Genoveva Amélia de Freitas disse que é muito bom par�cipar de a�vidades inclusivas na associação. “Por eu não enxergar, acho muito legal ter jogos adaptados. Esse de quebra-cabeça, que estávamos jogando aqui, a hora passou e a gente nem viu. É bom para distrair, passar a hora, dar umas risadas”, falou. Com 88 anos, Maria Clara Abreu também se mostrou animada com as tardes de sexta. “Está muito bom. Está gostoso. A gente conhece cada dia uma pessoa diferente. É diver�do”.

OS TUTORES Os discentes do Campus Poços, que atuam como tutores voluntários no projeto, auxiliam as idosas. Esse contato proporciona momentos de aprendizagem. Maristella Pimenta Franco, do 3º período de Licenciatura em Ciências Biológicas, par�cipa como voluntária desde o começo de 2019. “É uma a�vidade prazerosa. Conhecer outras pessoas mais velhas, assim, é maravilhoso. Temos que aprender a cuidar dos outros, porque cada um tem uma história de vida diferente. Então, a gente tem que estar sempre de braços abertos para ajudar. Par�cipar do

A ASSOCIAÇÃO A assistente social do Asilo São Vicente de Paulo, Laura Corrêa Lisboa, reforça que as a�vidades lúdicas contribuem para a qualidade de vida moradoras. “Esse projeto só veio para agregar. A gente percebe que a�nge todas as idosas, tanto as com grau de dependência muito grande, as com dependência média e as independentes. Os diversos �pos que jogos es�mulam o raciocínio, a concentração e a memória. A gente percebe que elas ficam muito felizes quando conseguem fazer as a�vidades e resolver os desafios que a professora Elenice traz. Então, causa um bem-estar muito grande, de que são capazes de par�cipar”, disse. A assistente social ressalta ainda que as tardes de sexta-feira são sempre muito aguardadas pelas idosas. “A gente sempre fala que é uma hora de ginás�ca laboral, na qual elas vão exercitar o raciocínio e a concentração. Percebemos que elas se sentem valorizadas com a oficina”, completou. Com mais de 100 anos, o asilo atende a 45 idosas em situação de vulnerabilidade social, com idade entre 62 e 101 anos, que moram no local. Além do trabalho voluntário, as assis�das contam com o serviço de diversos profissionais, como assistente social, psicólogo, médico, enfermeiro, nutricionista, fisioterapeuta, cuidadores e técnicos em enfermagem. #55


Projetos

Acolher Crianças e adolescentes de Machado recebem reforço escolar e participam de atividades recreativas no campus

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Licenciandos de Ciências Biológicas promovem atividades ao ar livre

esde agosto de 2019, crianças e adolescentes em vulnerabilidade social par�cipam de um projeto de extensão no Campus Machado. De segunda a quinta-feira, recebem reforço nas disciplinas de Língua Portuguesa, Geografia, Ciências e Química, par�cipam de rodas de leitura, educação ambiental, informá�ca, pra�cam esportes e aprendem a tocar flauta. As a�vidades prá�cas e lúdicas contam com o apoio de professores e alunos, principalmente das licenciaturas, que ministram aulas, propõem brincadeiras e apresentam projetos como o Museu de Ciências Naturais. Apesar dos conteúdos definidos na programação não estarem focados no ensino regular, compreendem a�vidades que possam reduzir as dificuldades que os meninos e meninas apresentam na escola. O projeto “Acolher”, como uma ação extensionista, surgiu para apoiar o trabalho realizado pela senhora Adriana Fernandes, que passou a servir, desde fevereiro de 2019, café da manhã aos moradores de seu bairro. Com a proposta, nasceu o “Movi-

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dos pelo Amor”, projeto que ganhou diversos apoiadores no município, dentre eles o Campus Machado. Desde a formalização da parceria, o campus passou a receber as crianças e adolescentes, que frequentavam a casa da Adriana, para a realização a�vidades educa�vas e de lazer. Para a coordenadora de Extensão, Michelle Marques, o projeto exemplifica a função social da Extensão, ao unir a ins�tuição à comunidade, dando oportunidade aos alunos e professores de compar�lharem o conhecimento produzido na sala de aula. “Pensei em um nome que representasse o Ins�tuto apoiando outros projetos e ações existentes. Esse �po de ação tem um papel fundamental na proteção social dos menores, que ocorre por meio da criação de um espaço seguro”, explica. Todos os dias da semana, a dona de casa Claudinéia Alves, uma das voluntárias do projeto, acompanha as crianças e adolescentes. Ela tem seis filhos e dois deles são atendidos pelo “Movidos pelo Amor”. Desde o início do projeto, Claudinéia passou a levar os filhos para

tomarem café da manhã na casa da Adriana, mas se dispôs também a ajudá-la. Com a parceria do Ins�tuto, a ro�na mudou bastante. “Eles adoram vir para cá; está sendo muito bom. Cada dia fazem uma coisa diferente; aprendem bastante e se comportam direi�nho, porque se fizerem bagunça ou desobedecerem, recebem suspensão e perdem o dia de passeio, que é toda sexta-feira”. A filha da Claudinéia, Vitória Alves da Silva, de 13 anos, cursa o 8º ano do ensino fundamental e é uma das adolescentes que par�cipam das aulas no campus. Entre as a�vidades preferidas está o projeto sobre meio ambiente conduzido pelos estudantes do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas. “No segundo dia que fizemos aula de ciências, levaram a gente para explorar o Ins�tuto e ver o que é um bioma, seres vivos e não vivos”, contou. Ela também se interessa pela área de Informá�ca e já vê a possibilidade de estudar no campus futuramente, quando puder ingressar em um curso técnico integrado ao ensino médio. Gabriel Kim, estudante de Licenciatura em Ciências Biológicas, se apaixonou pelo projeto “Acolher”. Ele coordena as aulas sobre meio ambiente. Apesar de ter se formado no final do ano, decidiu con�nuar como voluntário. “É um desafio ar�cular o conhecimento com a vivência dos alunos. A ideia principal é colaborar com a formação cidadã dessas crianças e adolescentes, além de propiciar uma oportunidade de atuação aos licenciandos dos cursos de Computação e Ciências Biológicas”.


Revista de Extensão IFSULDEMINAS :: 2019

Tecidos como Estímulo Sensorial para Autistas Projeto do Campus Passos visa permitir a interação de autistas com o meio externo com mais conforto

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dificuldades para interagir com o meio externo por conta da sensibilidade sensorial. Os problemas vinham, principalmente, relacionados às roupas e super�cies com texturas diferentes. “Pensando nisso, quis criar um trabalho para desenvolver amostras têxteis que possam ser aplicadas em diversos produtos. Esperava que esses tecidos pudessem ajudar as crianças a desenvolverem melhor o es�mulo sensorial e, dessa forma, interagir com o meio externo com mais conforto”. O trabalho u�liza o campo Design de Super�cies para desenvolver amostras que podem ser aplicadas em diversos produtos como brinquedos, tapetes, almofadas, entre outros. “Elas são feitas privilegiando o uso de materiais de descarte de confecções (sobras de tecidos e aviamentos) pois a proposta é que o custo final seja baixo em relação ao que existe no mercado”, explicou Franciele. A aluna desenvolveu 20 amostras. Elas trazem uma e�queta que descreve os materiais necessários para a confecção e o que os es�mulos podem promover. O material será doado para a Teciteca do Campus Passos, que é uma biblioteca de tecidos, e contemplará estudantes e comunidade em geral. As amostras também serão expostas no “Passos para a Moda”, Cerca de 20 amostras enriquecerão a biblioteca de tecidos do Campus Passos evento anual ofereci-

esenvolvimento de produto de es�mulo sensorial para crianças au�stas, a par�r de super�cies configuradas por meio de tratamento de super�cie têx�l”. O nome do projeto da estudante de Moda, Raphaela Oliveira, é grande e o potencial maior ainda. Sob a coordenação da professora Franciele Menegucci, as amostras resultantes do trabalho vão compor o acervo da biblioteca de tecidos do Campus Passos e contribuirão para o estudo da comunidade acadêmica. A ideia do trabalho é compreender os aspectos principais do Transtorno do Espectro Au�sta (TEA) e entender a dinâmica do processamento sensorial. Dessa forma, pretende-se propor um produto de es�mulo, na forma �sica, a par�r de super�cies têxteis. As técnicas são desenvolvidas com base nos es�mulos sensoriais tá�l, visual e sonoro. O projeto surgiu ao Raphaela assis�r a uma série de tevê sobre um adolescente au�sta. Ela percebeu que o personagem apresentava

Raphaela Oliveira, com pôster do projeto em evento

do à comunidade. “Além disso, a par�r dos resultados, há propostas de oficinas para professores, psicopedagogos, mães e, inclusive, pessoas interessadas em aprender, produzir e comercializar esse �po de produto, contribuindo com geração de renda e emprego”, destacou a professora. TECITECA A Teciteca do campus ainda está sendo estruturada. A aluna egressa Milena Moreira Silva Gomes acompanhou o nascimento do local e garante a importância das amostras para o aprendizado acadêmico. “Ela auxilia no conhecimento das fibras, tramas, tecidos e facilita o entendimento do caimento que o tecido proporcionará, entre outros. É de grande valia que o Ins�tuto possua e mantenha a Teciteca, principalmente em uma cidade com grande fluxo de bens da moda.Ela não atende apenas os alunos, mas toda a comunidade”. #57


Projetos

Plastissom

Participantes constroem instrumento musical feito de PVC em Três Corações

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Participantes posam junto ao tubofone, criado por eles

projeto “Plas�ssom” foi desenvolvido no Campus Avançado Três Corações, ao longo de 2019, e teve como obje�vo a construção de instrumentos musicais com materiais recicláveis, como: tubos de PVC (policloreto de vinila), garrafas PET (politere�alato de e�la) e metais. A proposta de sustentabilidade foi lançada pelas professoras Emanuela Francisca Ferreira Silva, da área de Artes e Língua Portuguesa, e Lourdes Aparecida Ribeiro, da área de Mecânica. 25 discentes do curso integrado e quatro pessoas da comunidade externa aderiram ao projeto, que culminou na construção de um tubofone de PVC. A primeira etapa consis�u na coleta do material reciclado. Os tubos de PVC vieram de doações de alunos. O suporte do tubofone foi feito com paletes oferecidos por uma indústria local e as �ntas foram compradas com dinheiro do projeto. A escolha dos tubos de PVC e garrafas PET na construção dos instrumentos musicais jus�ficou-se pelo fato de serem os principais polímeros encontrados nos resíduos sólidos urbanos. A reu�lização buscou contribuir, de forma efe�va, para a educação ambiental dos par�cipantes e teve

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como referência o projeto criado em Salvador (BA), “Orquestra Plás�ca do NEOJIBA: Formação Musical para a Sustentabilidade”, uma ação inovadora de construção de instrumentos sinfônicos de cordas a par�r de tubos de PVC.

ção do tubofone permi�u o acesso ao processo de pesquisa entre duas áreas: Música e Mecânica. “Isso demonstrou como Ensino e Pesquisa interligados são capazes de transformar a realidade, como tubos de PVC em instrumento musical”, enfa�zou uma das coordenadoras, Emanuela Francisca. Além do processo cria�vo e sustentável de construção, depois de pronto, o tubofone foi u�lizado em outros projetos e ações, como nas apresentações do coral “Vozes do Coração” e na II Feira de Ciências da unidade. Cerca de 500 pessoas - sendo 150 membros da comunidade interna e mais de 300 vindas de fora - assis�ram à apresentação do instrumento musical; aprenderam como ele foi elaborado, aliando teoria musical, mecânica e �sica e puderam tocá-lo.

O TUBOFONE O tubofone é um instrumento musical de percussão. Nele, cada tubo de PVC corresponde a uma das 12 notas musicais. Quanto maior, mais grave é a nota. O músico, com um chinelo, percute os canos produzindo o som. Construído no laboratório de Mecânica e no Espaço Maker do campus, a execu-

OFICINA O “Plas�ssom” também inves�u no ensino de flauta doce e em uma oficina de artes plás�cas para que os integrantes pudessem aprimorar e ampliar sua cria�vidade. Em uma segunda fase, um novo desafio: construir flautas doces com material reciclado.

Peças do tubofone recebem pintura antes da montagem

Estudantes realizam oficina de artes plásticas


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Viver a Arte: Música, Teatro e Dança

Campus Avançado Carmo de Minas incentiva a cultura por meio de projeto e debates

Grupo apresenta adaptação da obra ‘O pagador de promessas’, de Dias Gomes, no XV Festival de Artes Cênicas de São Lourenço

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projeto “Viver a Arte: Música, Teatro e Dança” envolveu 20 pessoas, entre alunos do Campus Avançado Carmo de Minas e jovens da comunidade, que se inscreveram no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do município. As ações ocorreram ao longo de 2019 com o fomento da Pró-reitoria de Extensão, para a contratação de profissionais e aluno bolsista. O principal obje�vo foi promover experiências esté�cas e culturais por meio do estudo das linguagens (música e literatura), teatro e dança, ampliando o repertório cultural, ar�s�co, polí�co e social dos par�cipantes. No decorrer daquele ano, os estudantes produziram três trabalhos: uma esquete musical com o tema ‘an�imperialismo’; uma dança com referências à área de alimentos, em um pot-pourri com diferentes ritmos brasileiros; e a adaptação da peça ‘O pagador de promessas’, de Dias Gomes. O PAGADOR DE PROMESSAS A peça teatral contou a história de Zé do Burro, um homem simples do campo, que faz a promessa de carregar nas costas uma cruz de madeira tão pesada quanto a de Cristo. Ele e sua mulher percorreram sete léguas do sertão baiano até a

igreja de Santa Bárbara, em Salvador, após seu burro de es�mação, Nicolau, ter sido a�ngido por um raio. Esta jornada, no entanto, acabou se tornando um verdadeiro pesadelo. Segundo a coordenadora do projeto, professora Andresa Fabiana Ba�sta Guimarães, a obra escrita em 1959 trouxe à tona uma série de conflitos polí�cos, econômicos e sociais. “As questões abordadas nos ajudaram a refle�r sobre a automa�zação das diferentes instâncias de poder e como elas se distanciaram das necessidades e demandas da população”, pontuou. Houve diversas apresentações da peça para a comunidade regional em Carmo de Minas, Lambari, Passos e São Lourenço.

SEMANA DE ARTE NO IF Além desse projeto, o Campus Avançado Carmo de Minas promoveu, nos dias 11, 12 e 13 de junho, a Semana de Arte no IF, com o obje�vo de discu�r a função da Arte para a sociedade, por meio do estudo das vanguardas europeias e do Modernismo Brasileiro. O evento, aberto ao público, contou com a par�cipação de 150 pessoas, entre comunidade interna e externa. Elaborado pelos alunos do 3º ano do Técnico Integrado em Informá�ca, contou com a�vidades diversas que buscaram es�mular a percepção, a sensibilidade, a cognição, a expressão e a cria�vidade dos alunos e servidores do Ins�tuto. Também foram deba�das questões sobre meio ambiente e sustentabilidade por meio da Mostra “Do Lixo ao Luxo”, realizada em parceria com a professora Dra. Gilze Belém, e houve a apresentação de danças, músicas, esquetes teatrais, sarau e a presença da poeta Guiomar Paiva, compar�lhando suas vivências e experiências poé�cas. A ar�sta de São Lourenço possui diversos livros infan�s e inúmeras poesias premiadas.

A adaptação da peça foi um dos trabalhos realizados durante o projeto ‘Viver a Arte: Música, Teatro e Dança’

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Projetos

Cão Comunitário

Campus Muzambinho trabalha em programa de manejo de cães errantes

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Cães recebem atendimento no Hospital Veterinário do Campus

Professora Diana Cuglovici Abrão em um dos eventos do projeto

Os alunos são favoráveis à presença dos animais

curso de Medicina Veterinária do Campus Muzambinho implantou o projeto de extensão “Programa Cão Comunitário como estratégia de manejo de cães errantes no campus”. A ação visa a reduzir o número de animais soltos, favorecer a guarda responsável, a saúde pública, prevenir danos ambientais e a outros bichos, promover educação humanitária e a convivência harmoniosa com os cães. Também foram realizadas diversas campanhas de conscien�zação junto à comunidade, além de ações nas redes sociais, entrevistas sobre maus tratos e guarda responsável e a realização de seis eventos cien�ficos gratuitos e abertos à sociedade. O manejo populacional de cães deve ser visto como uma questão mul�fatorial, encaixada no conceito de “Saúde Única”, que representa uma visão integrada da saúde humana, animal e ambiental reconhecida pela Organização Mundial da Saúde Animal e pela Organização Mundial da Saúde. De acordo com

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a professora Diana Cuglovici Abrão, responsável pelo projeto, “atualmente, a solução para o problema é a implementação de programas de manejo populacional humanitários, por meio de estudos da dinâmica, ações educa�vas para promoção de valores humanos, esterilização cirúrgica, desenvolvimento de zonas de manejo, onde são man�dos cães comunitários controlados, e a disseminação de conceitos de guarda responsável”.

As ações têm reunido estudantes e docentes de vários cursos e faixas etárias, transmi�ndo conhecimentos sobre a importância de se trabalhar pelo cole�vo. O projeto foi implantado após constatar que a cidade não man�nha estratégias de manejo populacional e que cães viviam soltos no campus. “O trabalho tem inspirado outros campi da rede, como o de Machado e a Universidade Federal de Alfenas a criarem ações de manejo humanitário, em parceria conosco”, explicou Diana. De acordo com o Grupo de Estudos Be-Pet, 12 animais receberam atendimento, quatro foram adotados e o campus, atualmente, é responsável pelo manejo humanitário de 10 cães comunitários. É o caso de uma cachorra chamada Giovana. Ela chegou há cerca de quatro anos, recebeu atendimento dos alunos de Medicina Veterinária e agora tem a atenção de todos. A discente de Ciência da Computação, Eduarda Karoline Del Vale, relata que a presença dos animais alivia o estresse. “Aqueles olhinhos e sobrancelhas erguidas nos ca�vam, trazem alegria e sen�mento de amor!”.


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Dupla Diplomação entre IFSULDEMINAS e IPG Convênio com instituição portuguesa permite que estudantes de Engenharia Civil tenham diploma reconhecido na União Europeia

Os primeiros discentes do IFSULDEMINAS, contemplados no Programa Dupla Diplomação, chegam a Portugal

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m março de 2019, quatro estudantes do curso de Engenharia Civil do Campus Pouso Alegre viajaram a Portugal para iniciarem sua par�cipação no Programa de Dupla Diplomação. Os graduandos são os primeiros discentes do IFSULDEMINAS a serem contemplados no Programa, inédito na ins�tuição, que possibilita, além da mobilidade de alunos, o estreitamento das relações entre as comunidades acadêmicas das duas ins�tuições e o desenvolvimento de projetos conjuntos. O convênio, formalizado em maio de 2018, entre o IFSULDEMINAS e o Ins�tuto Politécnico da Guarda (IPG), de Portugal, permite que o discente, a par�r do quinto ano do curso de Engenharia Civil do Campus Pouso Alegre, aprovado em edital específico, curse, durante os primeiros seis meses de intercâmbio, disciplinas que renderão o cer�ficado de Licenciado em Engenharia Civil pelo IPG e, com mais um ano de estudos e de estágio profissionalizante, receba o �tulo de Mestre em Construções Civis pelo ins�tuto português. Por fim, ao voltar ao Brasil, obtém o diploma de Bacharel

em Engenharia Civil pelo IFSULDEMINAS. Com os �tulos, o formado poderá atuar tanto no Brasil como na Europa. “É uma oportunidade do nosso aluno conquistar um diploma reconhecido pela comunidade europeia, ou seja, ele poderá ter acesso a um mercado muito mais amplo”, comentou o reitor Marcelo Bregagnoli, um dos responsáveis pela viabilização da parceria entre os dois ins�tutos. Pela cooperação técnica firmada, os estudantes portugueses, a par�r do terceiro ano da Licenciatura em Engenharia Civil do IPG, também poderão se inscrever no programa. Estudando mais um ano e meio no Campus Pouso Alegre, receberão o �tulo de Bacharel em Engenharia Civil. EXPERIÊNCIAS O IPG é um dos mais relevantes Ins�tutos Politécnicos do país europeu e, de acordo com o intercambista Gabriel Alves Pereira, o diferencial do Ins�tuto é sua metodologia de ensino. “Aqui, o método de ensino é bastante prá�co, sem deixar de lado a importância da teoria. Por exemplo, o IPG presta serviços externos para

empresas; isso gera uma relação muito próxima com elas, facilitando a realização de visitas técnicas. Neste pequeno período em que estou aqui, realizei três visitas em obras, uma ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil, uma à Feira de Construções (Tektónica) e houve dois eventos no IPG voltados para Engenharia Civil, nos quais �ve a oportunidade de conhecer an�gos alunos”. Já o estudante Petrus Fernandes comentou sobre como é ser estudante do IPG e porque resolveu par�cipar do programa. “A estrutura do campus é muito boa. Também fui muito bem recebido pelos professores, ao chegar na Guarda, e bem direcionado. Resolvi realizar o programa de Dupla Diplomação e mestrado para conseguir uma �tulação em um período mais rápido (1 ano e meio), possibilitando, assim, entrar para a área acadêmica. Considero o programa uma boa oportunidade também para quem gostaria de ficar na Europa, para trabalhar”. Em 2019, outros cinco estudantes do IFSULDEMINAS foram classificados para a segunda oferta de vagas do programa para ingresso no primeiro semestre de 2020. Para a Diretora de Integração da Ins�tuição com a Comunidade, Roselei Eleotério, a representa�vidade do IFSULDEMINAS, por meio dos alunos da ins�tuição, em universidades espalhadas pelo mundo, traz enorme pres�gio. “Nós, da Extensão, temos a premissa de enviar discentes para o exterior para aprenderem novas tecnologias e, com isso, ao retornarem, compar�lharem suas vivências e novos conhecimentos com colegas e professores. Isso, com certeza, levarão para o resto da vida”. #61


Projetos

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Revista de Extensão IFSULDEMINAS :: 2019

Capacitações

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Capacitações

PROAMIGO

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Empresa Júnior de Três Corações cria parceria e realiza capacitações para terceira idade

evar qualificação e oportunidade é uma missão da Rede Federal. Visando a melhorar a qualidade de vida da população de terceira idade, o Campus Avançado Três Corações do IFSULDEMINAS ofereceu o Programa de Aprendizagem na Melhor Idade (PROAMIGO). Ao todo, foram quatro capacitações com temá�cas variadas, para mais de 60 inscritos. Os cursos de Informá�ca Básica, Prá�cas de Leitura e Escrita, Segurança e Saúde no Lar, e Culinária Italiana �veram, cada um, carga de 30 horas e foram organizados em dias dis�ntos durante a semana.

CONTEÚDOS

A capacitação em Informá�ca Básica abriu oportunidades para acesso à internet e para o uso de aplica�vos, sem perder de vista a questão da segurança e dos cuidados com as fake news. Já o curso de Prá�cas de Leitura e Escrita ofereceu momentos de clube de leitura, sarau e conversas. Em Saúde e

Integrantes da comunidade externa usam equipamentos e instalações do campus durante capacitação

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Estudantes do PROAMIGO aprendem informática básica

Segurança no Lar buscou-se promover momentos de reflexão sobre os cuidados de pessoas idosas em seus lares. Muitas dicas e procedimentos básicos foram abordados. E o curso de Culinária Italiana, ministrado pelo Chef Marco Túlio Cupollillo, trouxe dez pratos tradicionais da cozinha do país europeu para serem montados pelos par�cipantes.

PARCERIA

O PROAMIGO nasceu, em 2019, da parceria entre a Câmara Sênior do município e a Empresa Júnior “IFTC Automação, Manutenção e Treinamentos”, organização cons�tuída por estudantes dos cursos técnicos integrados do Campus, nas áreas de Administração, Informá�ca e Mecânica. A IFTC tem como uma de suas atribuições apresentar projetos e soluções para a comunidade, por meio de conhecimentos desenvolvidos dentro do IFSULDEMINAS. Ao todo, sete alunos foram sele-

cionados e par�ciparam a�vamente do programa, ministrando aulas e orientando os idosos. O saldo dessa parceria, segundo a coordenadora da Câmara Sênior, Cláudia Mauad Renno, foi posi�vo. “Estamos com idosos de vários bairros da cidade e encantados com os recursos e o carinho com que o Ins�tuto Federal tem nos acolhido”, descreveu. Para o coordenador do projeto, professor Bruno Amarante Couto Rezende, parte desse sen�mento vem, justamente, do entusiasmo dos membros da empresa júnior. “Esse envolvimento estudan�l se mostrou muito benéfico para ambas as partes, com alguns alunos reconhecendo e se inspirando no engajamento dos colegas. Inclusive, alguns têm citado a vontade de con�nuar na área de docência”, ressaltou. A proposta é ampliar o PROAMIGO, promovendo cursos em novas áreas e atendendo com maior qualidade a população tricordiana.


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Curso de Português para Haitianos Professores do Campus Pouso Alegre ministram curso de português para refugiados

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Haitianas durante atividades nas aulas

les chegaram �midos mas, aos poucos, os alunos do curso de português para refugiados, do Campus Pouso Alegre, foram se soltando. Do grupo de 23 hai�anos, com idade entre 20 e 54 anos, alguns já entendiam bem a língua, outros ainda encontravam muita dificuldade de comunicação e falavam pouco sobre suas histórias antes de virem para o Brasil. Há dois anos no Brasil, Alin Boisrond, 25, ainda �nha dificuldade para expor suas idéias. Por isso, o curso foi muito importante. “O português é muito di�cil, complicado.

Alunos tiram dúvida durante aula

Eu gosto da escola, porque aprende mais”. “Todo processo de aprendizagem demanda tempo. Nós professores não temos pressa; estávamos lá para auxiliá-los. E, a nosso ver, o empenho que mostraram em aprender português foi sa�sfatório”, contou Lucas Henrique Xavier, um dos docentes que viveu a experiência de trabalhar com os hai�anos. Para ministrarem o curso, os docentes do IF passaram por um treinamento com o professor Nelson Viana, da UFSCar. Diferente das aulas diárias para os alunos dos cursos técnicos integrados ao ensino médio, para essa nova turma, o português começou do zero, com muitas imagens e paciência. “Nem todos falavam com fluência. Alguns, nem

mesmo eram alfabe�zados em sua língua materna (crioulo) ou na segunda (francês). Ao longo do processo de aprendizagem, eles foram se soltando e, ao final, alguns se mostravam confiantes ao usar a nossa língua”, explicou Lucas. Muito além do ensino, o curso �nha outro propósito, de caráter social. “Uma vez que a condição para estar num país estrangeiro é aprender a língua, para a emancipação do sujeito, acreditamos que as aulas propiciaram a libertação que os hai�anos precisam para fazerem parte da nossa sociedade”, disse a docente Elisângela Lopes Fialho. Foi assim, um dia após o outro, que os hai�anos foram se adaptando aos costumes brasileiros. Apesar de todas as barreiras de comunicação, o obje�vo deles era fazer do Brasil a sua nova e defini�va casa. “Eu quero aprender mais o português, porque se uma pessoa fala comigo, eu consigo entender. Esse curso vai me ajudar a entender outras pessoas. Aqui no Brasil é mais fácil pra mim; tem tudo o que eu preciso para minha vida”, disse Kenel Morisseau, 23, residente há 7 meses no país. “Foi tudo muito intenso, com aulas dinâmicas. Sempre tentávamos trabalhar os conteúdos numa perspec�va intercultural, problema�zando e confrontando aspectos culturais nossos com os deles”, explicou a professora Gissele Bonafé da Costa Abreu. O curso de português para os hai�anos está vinculado ao CELIN - Centro de Línguas, do Campus Pouso Alegre. A primeira fase terminou em novembro de 2019. #65


Capacitações

Capacitação de Detentos Campus Inconfidentes implanta política de inclusão de presidiários

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ma parceria entre o IFSULDEMINAS e o Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen) está promovendo a inclusão de presidiários à educação, por meio de cursos e projetos literários. Os reeducandos passam por treinamento de leituras e debates sobre obras literárias, além de receberem livros e par�ciparem de cursos de redação e de vendas. “Hoje, essa parceria possibilita a oportunidade para o preso ingressar no mercado de trabalho, bem como dá condições para que se prepare para o Enem”, destacou o diretor-geral do presídio de Ouro Fino, Leandro Francisco Pereira. Ele explicou que irá buscar junto às autoridades de segurança do Estado e do IFSULDEMINAS uma nova parceria para ofertar cursos superiores. “Vamos lutar para implantarmos um curso superior à distância, num futuro bem próximo.” Para o diretor-geral do Campus Inconfidentes, professor Luiz Flávio Reis Fernandes, a união do IFSULDEMINAS com o Departamento Penitenciário facilita o cumprimento da missão da escola. “Nós exis�mos para promover o desenvolvimento social e regional. Essa parceria é uma prova de que nosso papel está sendo cumprido”, avaliou. TERTÚLIAS DIALÓGICAS O projeto literário “Tertúlias Dialógicas” leva leitura para os custodiados do presídio de Ouro Fino. Prevê a leitura de clássicos da literatura e o compar�lhamento de ideias e aprendizados a par�r da leitura. As tertúlias consistem em encontros semanais para o diálogo em torno de obras da literatura clássica

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Detentos do presídio de Ouro Fino em projeto de alfabetização

e fundamenta-se nos princípios da aprendizagem dialógica. A ação será desenvolvida no âmbito do projeto “Remição pela Leitura”, ins�tuído pela resolução do Tribunal de Jus�ça de MG junto a 10 custodiados, previamente selecionados. Ao longo de 12 meses, os par�cipantes realizam leituras de obras da literatura clássica universal e, semanalmente, são realizados encontros para que falem sobre as obras. Ao final da leitura de cada texto, os custodiados produzem resenhas que são corrigidas pelas professoras e encaminhadas ao juiz de execução penal para o estabelecimento da redução da pena. Na percepção das coordenadoras, professoras Cris�ane Cordeiro de Camargo e Paula Inácio Coelho, o projeto é um espaço importante para que os par�cipantes possam falar de suas vidas e criar, solidariamente, expecta�vas posi�vas sobre o futuro. Para elas, é um espaço único de diálogo com outra realidade, bastante diversa da experimentada no convívio com os alunos do campus. “Há um mundo

fora dos muros da ins�tuição, com outras histórias e necessidades que também podem ser atendidas pelo ins�tuto federal. Isso, sempre tendo em vista que nossa missão é a de contribuir para o desenvolvimento das pessoas, como seres humanos, e da sociedade ao nosso redor, promovendo inclusão”, disse Cris�ane. PROJETO NOVAS PÁGINAS CHEGA A PRESÍDIO DO INTERIOR DE SP O projeto “Novas Páginas”, implementado pelo Campus Inconfidentes em 2019, chegou ao Estado de São Paulo. Com o obje�vo de es�mular a leitura nas unidades prisionais da região, uma comi�va do campus visitou a Penitenciária Feminina de Mogi Guaçu para apresentar a inicia�va. Segundo umas das idealizadoras do projeto, Caroline Machado, a meta é despertar as detentas para a cidadania. “Queremos aproximar as reeducandas do universo literário, servindo como ferramenta no processo de cidadania. E oportunizar, assim, por meio da leitura, um novo caminho em bus-


Revista de Extensão IFSULDEMINAS :: 2019

leitores que se sensibilizaram com o projeto. Segundo Luiz Flávio, a visita à penitenciária foi uma inicia�va importante para a expansão do projeto. Queremos que a ação seja uma porta de ingresso das recuperandas à sociedade. A educação abre novas oportunidades e chances para essas pessoas”, disse Luiz Flávio.

Servidores do Campus Inconfidentes doam livros para presídio de Mogi Guaçu

ca de melhores oportunidades ao retornarem à sociedade”, explicou Caroline, servidora da biblioteca do Campus Inconfidentes. Foram doados mais de 100 �tulos diferentes à Unidade Prisional da cidade paulista, que serão distribuídos em suas bibliotecas internas. O acervo é organizado e cuidado pelas próprias reeducandas. “O projeto vai sur�r um efeito muito posi�vo na área educacional da nossa unidade”, comentou a diretora técnica da Penitenciária de Mogi Guaçu, Daniele de Freitas Melo. De acordo com ela, vai alcançar não somente as reedu-

candas, mas também o corpo funcional. “Estamos muito felizes com o recebimento dos livros. É o início de um projeto que tende a crescer. Todos poderão ler as obras”, comemorou. As doações são provenientes da permuta de multa dos usuários da Biblioteca Afonso Arinos, devido ao atraso na entrega das obras emprestadas. Os usuários, ao invés de pagar o valor em espécie, via Guia de Recolhimento da União (GRU), têm o débito quitado com a doação de um �tulo literário. Outros livros foram doados por

Diretor-geral do Campus Inconfidentes apresenta projeto a gestores de penitenciária

CURSOS DE REDAÇÃO E DE VENDAS NO PRESÍDIO DE OURO FINO 30 recuperandos par�cipam dos treinamentos no presídio. Eles aprenderam técnicas de escrita e de construção de texto, planejamento de venda, atendimento ao público e cálculos de lucro. “A gente fica trancado em uma cela com 20 pessoas. As aulas ajudam a abrir a mente e ter um dia a dia melhor . Na rua, vou conseguir ingressar em um serviço e ter uma oportunidade. Por isso, é importante a gente aprender e ter um conhecimento a mais”, contou o recuperando, W.S.B., 31. A metodologia usada nas aulas é a transmissão de conceitos e troca de experiências. “Usamos da experiência que eles já têm na área para conversarmos sobre o assunto”, explicou a professora do curso de vendas, Joise Aparecida Gabriel. REMISSÃO DE PENA Para par�cipar do projeto, o detento deve apresentar bom comportamento e já possuir condenação, uma vez que as aulas permitem a remissão de pena. A cada 12h de estudo, o detento tem um dia a menos de prisão. Segundo a Analista Jurídica da Unidade Prisional de Ouro Fino, Ana Dioni Rocha, “quando possibilitamos meios, por meio da educação, para que o detento tenha uma cer�ficação, facilita seu ingresso na sociedade. A educação tem um poder transformador e eles ganham uma perspec�va de futuro”. #67


Capacitações

Curso de Direito Administrativo Treinamento capacitou mais de 50 pessoas em Direito Administrativo em Inconfidentes

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Campus Inconfidentes, em 2019, ofertou o curso de Direito Administrativo para mais de 50 pessoas. As aulas foram destinadas a servidores públicos e a quem já concluiu o ensino médio. O treinamento estabeleceu noções sobre Direito Administrativo e sobre o regime jurídico que rege a Administração Pública. Além

disso, promoveu a análise crítica dos poderes e deveres dos administradores públicos. A servidora da prefeitura de Inconfidentes, Jaqueline Veronez Bonamichi, foi uma das alunas. “Achei a metodologia eficiente porque, em um curto período de tempo, foram debatidos os temas de maior demanda do Direito Administrativo”, avaliou.

Comunidade participa de aulas de direito administrativo

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A metodologia usada foi a exposição teórica apoiada na utilização de material, apostila e slides, com o propósito de oferecer aos participantes uma visão prática do Direito Administrativo, além de promoção de discussões e participação dos alunos em situações-problema.


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Estatística ao Alcance de Todos Campus Machado capacita professores e alunos de escolas públicas

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Participantes do projeto no Campus Machado

ara ensinar esta�s�ca a alunos e professores de escolas públicas da região, a professora de matemá�ca do Campus Machado, Ká�a Alves Campos, criou o projeto “Esta�s�ca ao alcance de todos”. Com o apoio de dois bolsistas que atuaram como monitores, deu início ao projeto em 2018 até agosto de 2019, com a oferta de duas edições de um curso de Formação Inicial Con�nuada (FIC). A ementa dos cursos é

uma adaptação dos conteúdos de esta�s�ca, com o uso de planilhas eletrônicas, e vai desde a classificação das variáveis até inferências uni e bivariadas para o nível médio. A primeira versão ocorreu na Escola José Bonifácio, em Poço Fundo, e atendeu 16 alunos do ensino fundamental, com idades entre 13 e 15 anos e que estavam no 8º ou no 9º ano. Já a segunda edição ocorreu no próprio campus e atendeu

alunos do Centro de Educação Profissional de Brazópolis, além de dois professores e estudantes dos cursos técnicos em Administração, Agropecuária e Informá�ca do campus. A seleção dos estudantes externos foi feita pela direção das escolas envolvidas. Já os discentes internos foram convidados nas salas de aula. “Os resultados foram tão sa�sfatórios que foi proposto a con�nuidade do projeto para versão 2019/2020, sendo aprovado pelo Núcleo de Pesquisa e Extensão no edital 06/2019”, informou a coordenadora, professora Ká�a Alves Campos.

Aulas na Escola José Bonifácio, em Poço Fundo

Professora Kátia Alves Campos, idealizadora do projeto “Estatística ao alcance de todos”

Curso oferecido no laboratório de Informática do campus

Instrutor do projeto auxilia alunas

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Capacitações

Jogos na Formação Inicial de Professores de Matemática Matemática descomplicada e criativa é a proposta do Campus Passos para o aprendizado de alunos e futuros professores

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Crianças do ensino fundamental interagem com os jogos matemáticos

prender Matemá�ca pode ser mais diver�do e dinâmico do que muitos imaginam. Exemplo disso é o projeto de extensão “Jogos na formação inicial de professores de Matemá�ca: uma possibilidade de ar�culação entre Ensino, Pesquisa e Extensão”, executado pelos alunos de Licenciatura em Matemá�ca, do Campus Passos, sob a coordenação da professora Luciana Vanessa Buranello. O trabalho vem sendo desenvolvido de forma con�nua no campus e em três escolas públicas da cidade. Ele considera as prá�cas pedagógicas pouco inovadoras persistentes nas aulas de Matemá�ca e compar�lha as experiências vivenciadas por professores e alunos para promover uma flexibilidade metodológica inovadora. “Por meio da problema�zação de jogos para as aulas, buscamos promover uma formação inicial de excelência aos

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futuros professores da disciplina, ao mesmo tempo em que levamos para as escolas públicas novas possibilidades de ensinar e aprender Matemá�ca”, explicou Luciana. As escolas Tancredo de Almeida Neves, Júlia Kubitscheck e Jalile Barbosa Calixto receberam a aplicação desses jogos e problema�zações. A a�vidade, realizada por meio do Programa Ins�tucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), envolveu cerca de 785 pessoas, entre estudantes e professores. O professor da E. M. Profª. Jalile Barbosa Calixto e também supervisor do PIBID, Fernando de Almeida Oliveira, destacou a importância das a�vidades lúdicas aplicadas, uma vez que “envolveram os estudantes de tal maneira que aguardavam ansiosamente pelo momento”. O docente contou que o encontro mo�vou a frequência e aumentou o interesse pela disciplina. “Foi de grande ajuda no

processo ensino-aprendizagem. Os jogos e as situações de problema�zações fizeram com que, além de simplesmente fazer con�nhas para resolver, �nham que interpretar e discu�r as soluções”. Para o aluno de Licenciatura em Matemá�ca, Alexandre Hori, a sua concepção sobre jogos era voltada para entretenimento, ou seja, a prá�ca dessas a�vidades nas escolas passava longe. “Fui educado no método ‘tradicional’. O trabalho mostrou o quanto a exploração de jogos pode ser produ�va. Durante a aplicação, percebi que as discussões são repletas de conteúdos e procedimentos matemá�cos. Devemos desconstruir um equívoco cultural de que jogos em sala de aula são perda de tempo e proporcionam apenas bagunça.” EXPERIÊNCIA PREMIADA Para confirmar o sucesso, o projeto ficou entre os 10 finalistas da 9ª Edição do Prêmio Professor Rubens Murillo Marques. Ao todo, foram 94 trabalhos inscritos. A compe�ção, realizada pela Fundação Carlos Chagas, em outubro de 2019, valoriza e divulga experiências educa�vas propostas e realizadas por docentes de Licenciatura, na formação de professores para a educação básica. “Nossa a�vidade foi bastante elogiada pelo Comitê Execu�vo do Prêmio”, destacou a professora Luciana.


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Curso Introdutório ao Ensino Médio Curso FIC do Campus Machado prepara estudantes para ingresso no ensino médio

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Vestibular do Campus Machado recebeu muitos alunos que concluíram o curso FIC

om o objetivo de preparar estudantes do 9º ano de escolas públicas da região para ingressarem nos cursos técnicos integrados ao ensino médio promovidos pelo Campus Machado, o professor Geveraldo Maciel propôs uma capacitação denominada “Curso Introdutório ao Ensino Médio”, na modalidade de Formação Inicial e Continuada (FIC). Quatro turmas foram selecionadas em editais publicados pelo campus. Segundo o professor, a intenção inicial

O estudante Lucas César Bento com a prova do Vestibular do Campus Machado

era formar apenas uma turma, mas, devido à grande procura, acabaram formando quatro. “Teve muito interesse, tanto dos alunos como dos pais”. Houve casos, segundo ele, de pais que alugaram van de Paraguaçu para levar os alunos a Machado para participarem. Ao todo, mais de 130 estudantes concluíram a capacitação. Além de Geveraldo, professores e alunos da graduação atuaram no FIC. “Um outro objetivo foi propiciar a oportunidade de os acadêmicos de cursos superiores vivenciarem uma experiência pedagógica”, explica. As aulas ocorreram no segundo semestre de 2019, nas dependências do Campus Machado e na Escola Estadual José Bonifácio, em Poço Fundo. Para facilitar a participação,

Geveraldo adaptou os dias e horários. “Tínhamos curso nas quartas-feiras à tarde, mas alguns alunos entraram em contato, lamentando o fato de cursarem o 9º ano no mesmo período. Montamos, então, uma turma na quinta de manhã. E, devido à alta demanda de alunos de Poço Fundo, acabamos montando um grupo lá. E o mais bacana é que todos os professores, voluntariamente, aceitaram se deslocar para ensinar”. O curso abordou todos os conteúdos cobrados no vestibular do IF, inclusive redação. No dia da prova, muitos estudantes que concluíram a capacitação estavam confiantes. Lucas César Bento, 15, era um deles. Natural de Poço Fundo, se preparou para a prova no curso ministrado na Escola Estadual José Bonifácio. “O cursinho ajudou bastante; acho que fui bem”.

Prova de simulado aplicada aos alunos no encerramento do curso

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Capacitações

INCETEC Incubadora de Empresas do Campus Inconfidentes fomenta inovação e empreendedorismo

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erca de 300 pessoas par�ciparam dos cursos e projetos oferecidos pela Incubadora de Empresas do Campus Inconfidentes, INCETEC, em 2019. Dentre os impactos posi�vos estão a divulgação da INCETEC e difusão do conhecimento, do empreendedorismo e mercado. “Pudemos atender a comunidade com capacitação de qualidade, levando informação válida e aplicável nas ro�nas das pessoas e das empresas”, explicou a coordenadora da Incubadora, Sissi Karoline Bueno da Silva. A INCETEC promoveu duas Oficinas de Ideação, com a�vidades

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Alunos são desafiados a pensar inovação

dirigidas por metodologias ágeis e centradas no usuário, como o lean startup e o design thinking, para promover o desenvolvimento de novos negócios e da a�tude empreendedora. Houve ainda a u�lização de ferramentas baseadas em frameworks, para estruturar modelos mentais orientados para a execução, em ciclos de imersão no problema do negócio e ideação de soluções. Já as oficinas de marke�ng e oratória apresentaram conceitos para elaborar estratégias de divulgação em publicidade e propaganda, o bom uso das mídias digitais e sociais, as postagens adequadas a

cada segmento e estruturação de página na internet, bem como foram treinados para a prá�ca da fala em público. A Incubadora fechou, ainda, parcerias com o SEBRAE e com a Associação Comercial de Inconfidentes para a realização de cursos e promoveu uma coleta de alimentos, doados ao abrigo São Vicente de Paula, de Ouro Fino. “Todos os nossos esforços são para que as comunidades interna e externa sejam bem atendidas, capacitadas e conheçam as possibilidades de empreender e inovar’, finalizou Sissi.


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Produção Orgânica e Nutrição de Café Produtores recebem orientações sobre orgânicos e nutrição de café no Campus Inconfidentes tribuir para o desenvolvimento da região. A abertura da estrutura da ins�tuição para a agricultura familiar auxilia nisso”, disse.

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Produtores rurais visitam a horta do Campus Inconfidentes

s produtores rurais do Sul de Minas vêm sendo empoderados por meio de cursos, palestras e treinamentos realizados pelo Campus Inconfidentes. Em julho de 2019, cerca de 80 es�veram na ins�tuição e receberam orientações sobre produção orgânica, além de nutrição de café. O senhor Bibiano Pereira par�cipou do “Dia de Campo” promovido pelo grupo Agrocoffee. De acordo com ele, que é morador de Lambari, a abertura da ins�tuição para os agricultores da região auxilia a receber informações para melhorar o trabalho. “Tem que procurar uma maneira de valorizar a nossa lavoura. Par�cipar de eventos aqui na escola deixa a gente por dentro do que pode melhorar”, disse o lavrador, que cul�va 170 mil pés de café. Ele e outros cafeicultores par�ciparam de palestra e demonstração no campo experimental da fazendaescola.

Para as a�vidades, o Campus Inconfidentes conta com parceiros da inicia�va privada e pública, como a Emater/MG. Gustavo Fonseca Nunes é especialista em nutrição foliar de uma das empresas privadas. Segundo ele, a intenção das orientações é alavancar a produção. “A ideia é mostrar para o produtor que, com manejo nutricional, a gente consegue ter uma melhor produ�vidade e buscar uma melhor qualidade de bebida”, disse. As pesquisas des�nadas à produção orgânica também têm incen�vado agricultores a virem ao IFSULDEMINAS em busca de capacitação. Por meio da análise e estudo de solo na horta da fazenda-escola, o campus oferece noções dos �pos de solos pela observação das plantas na�vas. O aluno de Engenharia Agronômica, Alexander Ferreira, par�cipou de um dos treinamentos. “O Ins�tuto tem a função de con-

DESTAQUE EM CATÁLOGO INTERNACIONAL As a�vidades de extensão, desenvolvidas pelo campus junto aos produtores de café, também foram destaque no catálogo das principais inicia�vas de sustentabilidade para a Associação Internacional para Cadeia Produ�va do Café. A publicação on-line aponta a relevância do trabalho de estagiários do grupo de estudos em cafeicultura, Gecafés, formado por alunos do campus. Eles realizam visitas quinzenais aos produtores, além da estruturação de Dias de Campo e treinamentos. O projeto permite que os cafeicultores produzam cafés com maior nível de sustentabilidade, atendendo a demanda mundial. EM NÚMEROS Em 2019 foram registrados, na Coordenação de Extensão do campus, cerca de 14 eventos des�nados a produtores rurais. Dentre eles, cinco cursos voltados à área agrária, em parceria com o SENAR. Outros nove eventos como palestras, minicursos e Dia de Campo, promovidos por servidores e grupos de estudo, também foram registrados. “Aqui a gente está desenvolvendo diversas pesquisas. Trazendo o produtor para o campus, ele consegue ver o que a atualidade e as ciências estão propondo de melhorias para o setor”, avaliou o coordenador de Extensão, Marcos Roberto dos Santos. #73


Capacitações

Educação em Debate Professores da Rede Estadual participam de curso sobre Educação em Inconfidentes

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Educadores da Rede Estadual assistem à apresentação de coral na abertura dos trabalhos

curso de formação inicial e con�nuada “Educação em Debate”, do Campus Inconfidentes, foi des�nado a educadores da região da Superintendência de Ensino de Pouso Alegre. “Surgiu de uma demanda de atualização dos professores em relação à educação”, explicou a idealizadora do projeto, a docente Bárbara Mariane Maduro. Mais de 70 pessoas se inscreveram no FIC que abordou assuntos como: educação socioemocional para educadores, Base Nacional Comum Curricular (BNCC), Linguagem Brasileira de Sinais (Libras) e inclusão, além de metodologias de ensino. Segundo a Superintendente de Ensino de Pouso Alegre, Clícia Maria Beraldo Nadalini Hart,

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ele atende as expecta�vas da nova gestão educacional do Estado de Minas. “A nova gestão da Superintendência quer fazer chegar uma formação qualificada aos professores, não somente aos diretores. O tema é muito atual, porque envolve o dia a dia dos servidores”, avaliou. A cerimônia de abertura aconteceu no anfiteatro do Centro de Procedimentos Ambientais e reuniu autoridades e par�cipantes. De acordo com a Diretora de Extensão do IFSULDEMINAS, Roselei Eleutério, o FIC foi uma oportunidade para aproximar a ins�tuição à Rede Estadual de Educação. “É importante a nossa parceria com a Superintendência. Essas ações são de grande

importância, porque fazem parte da missão de nosso Ins�tuto”, comentou. Durante discurso na cerimônia de abertura, o diretor-geral do Campus Inconfidentes, Luiz Flávio Reis Fernandes, disse que o evento faz os profissionais de educação se posicionarem frente aos desafios. “Para nós, é mo�vo de orgulho receber uma pluralidade de pessoas da região, acima de tudo, educadores. Em tempos que nossa carreira docente vem sendo ameaçada, este �po de evento nos posiciona de maneira forte perante a sociedade”, destacou. Ao longo dos trabalhos, os profissionais da Rede Estadual par�ciparam de outros dois dias de debates, oficinas e troca de experiências.


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#Include Computação e Sistemas de Informação do Campus Machado ensinam informática à comunidade

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Entrega de certificados aos concluintes

uatro estudantes de Licenciatura em Computação e Sistemas de Informação fizeram parte de um projeto social denominado #Include. Coordenados pelo professor Matheus Eloy Franco, os alunos ensinaram informá�ca básica a crianças, jovens e adultos durante seis meses em 2019. Com o apoio da Associação Socioambiental Cul�var, parceira do Campus Machado em diversos projetos de Extensão, foram atendidas cerca de 60 pessoas nas várias

Instrutores certificam aluna na Associação Resgatando Vidas (Dionatan Santos à direita)

turmas oferecidas. As aulas ocorreram na sede da Associação Resgatando Vidas, na Associação dos Congadeiros e nas dependências do Campus Machado. Durante as aulas, foram apresentados conceitos básicos de hardware e software e introduzido o primeiro software de escritório com foco na edição de texto. Levar a inclusão digital à comunidade tem mobilizado diversas ações nos cursos de Informá�ca do campus. Muitos estudantes, coordenados pelo professor Matheus, integram o Grupo de Estudos em Automação e Robó�ca (Autobots), que tem promovido cursos em escolas públicas, além de levar robôs em lego para exposição em eventos e feiras, com o obje�vo de apresentar um pouco do universo da robó�ca. EXPERIÊNCIA PARA OS ESTUDANTES Dionatan Santos, estudante de Licenciatura em Computação,

atuou como instrutor. A experiência de ensinar adultos e crianças é mais um passo na preparação para a carreira que escolheu. O curso foi direcionado a adultos, jovens e também crianças, o que exigiu adaptação da estratégia de aula adequada a cada público. Para o licenciando, ensinar tem sido mais gra�ficante. “Apesar de os adultos, às vezes, sen�rem um pouco de vergonha de estarem lidando com algo novo, numa idade um pouco acima do restante, eles têm mais compromisso com as aulas”, avalia. Marcelo Leite Junior é acadêmico de Sistemas de Informação e também foi instrutor de Informá�ca Básica. Filho de professores, sempre admirou a profissão e, desde que ingressou no grupo Autobots, em 2017, passou a lecionar informá�ca. “Foi uma coisa que sempre quis fazer. Ensinar está sendo cada dia mais gra�ficante”, disse.

Jovem exibe certificado do curso

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Capacitações

Aluno Digital Projeto do Campus Muzambinho trabalha inclusão de crianças, jovens, adultos e idosos

21 alunos de Ciência da Computação participaram

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globalização traz consigo, simultaneamente, a inclusão e a exclusão. Este fato não está relacionado apenas aos problemas sociais básicos, mas a inclusão e exclusão digital. Pensando nisso, o curso de Ciência da Computação, do Campus Muzambinho, criou o projeto de extensão “Aluno Digital” para atender crianças, jovens, adultos e idosos, contribuindo com a inclusão digital. A inclusão digital é o esforço em assegurar às pessoas o acesso às Tecnologias de Informação e

Comunicação em busca de qualidade de vida, facilitando e agilizando a�vidades da vida diária como: operações bancárias, compras em lojas virtuais, cursos on-line ou mesmo na modalidade de Educação a Distância. Segundo a professora Aline Marques Del Valle, “acredita-se que, por meio dos cursos e projetos ofertados, as crianças possam conhecer mais sobre a informá�ca e u�lizar recursos digitais que os auxiliem na aprendizagem de disciplinas do ensino regular; que jovens e adultos pos-

Projeto Aluno Digital teve duração de quatro anos

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sam adquirir conhecimentos que os auxiliem na vida profissional; e que as pessoas da melhor idade possam se habituar com o ‘novo’, explorando recursos com os quais não são familiarizados – redes sociais, jogos, no�cias, vídeos”. O projeto teve duração de quatro anos (2016/19) e contou com a par�cipação dos professores Sandra Helena Miranda, Aline Marques Del Valle, Tiago Gonçalves Botelho, Iara Oliveira e de 21 alunos de Ciência da Computação. Atendeu, aproximadamente, 3.800 pessoas nas cidades de Muzambinho, Caconde, Juruaia e São Pedro da União. O discente Gabriel Campanelli, de Ciência da Computação, atuou por 13 meses no projeto. Explicou que os resultados vão além do atendimento à comunidade. “A par�cipação como estagiário foi uma experiência muito importante para minha formação humana e profissional. Pude ministrar aulas de informá�ca para o público de Muzambinho, que me permi�u uma perspec�va mais a�va na computação. As conversas e ensinamentos entre os envolvidos foi uma oportunidade de crescimento”. Duas modalidades foram trabalhadas: os cursos de informá�ca e os projetos de escolas. No primeiro caso, os interessados se inscreviam no início de cada semestre le�vo e �nham aulas semanais nos laboratórios do campus. Já os projetos de escolas aconteceram por meio de parcerias com docentes e ins�tuições de ensino de Muzambinho, para integrar a informá�ca aos conteúdos ministrados pelos professores.


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Formação para Agentes da Segurança Pública

IFSULDEMINAS oferta capacitação para guardas-civis do sul de Minas Gerais

IFSULDEMINAS e representantes das forças de segurança de cidades sul mineiras em encontro para definir a estrutura e conteúdos do FIC

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uscando a melhoria das a�vidades de operadores da Segurança Pública, o IFSULDEMINAS ofertou capacitação para 100 guardas-civis do sul de Minas Gerais. O curso surgiu de uma demanda trazida pelas próprias corporações municipais, em reunião na Reitoria, em Pouso Alegre. A par�r daí, o Ins�tuto elaborou o curso “Gestão e Liderança para a Segurança Pública”, tendo como público-alvo guardas-civis e representantes das Secretarias Municipais de Segurança Pública e Defesa Civil das cidades de Alfenas, Andradas, Elói Mendes, Guaxupé, Poços de Caldas, Santa Rita do Sapucaí, Três Pontas e Varginha. O curso foi on-line, com 80 horas de duração, e teve um encontro presencial para marcar o início das a�vidades. Foram oferecidos dois núcleos de conteúdo: “Gestão e Liderança” e “Legislação”, que abordaram noções de gerenciamento de conflitos inter-

pessoais, inteligência emocional, liderança, é�ca, cidadania, direitos humanos, atendimento a populações vulneráveis, legislação de trânsito, sociologia e os Estatutos do Desarmamento e das Guardas Civis, dentre outros. O comandante da Guarda Civil de Poços de Caldas, Marcelo Gavião Bastos, foi um dos par�cipantes. Ele destacou a estrutura e conteúdo do FIC. “Primeiramente, há que se destacar a atenção dedicada aos par�cipantes pelos tuto-

res e professores, completamente comprome�dos e com al�ssimo grau de conhecimento. A palestra inicial foi esclarecedora e com conteúdo técnico plenamente voltado às a�vidades das nossas ins�tuições. No decorrer do curso, �ve a plena percepção de receber aquilo que buscava, ou seja, um conhecimento mais aprofundado dos assuntos relacionados com minhas a�vidades co�dianas”. A ação fez parte do Acordo de Cooperação Técnica, assinado entre a Secretaria Nacional de Segurança Pública e o Conselho Nacional das Ins�tuições da Rede Federal, para combater a violência no Brasil por meio da oferta de cursos e capacitações de agentes da Segurança Pública. “É muito importante para o IFSULDEMINAS contribuir com outros órgãos federa�vos, de forma a oportunizar a formação e capacitação a profissionais de outras ins�tuições. Isso reflete na melhoria na qualidade do atendimento e na prestação de serviços à sociedade como um todo”, afirmou o pró-reitor de Extensão do IFSULDEMINAS, Cleber Ávila Barbosa.

Guardas-civis durante encontro presencial, em Poços de Caldas, que marcou abertura do curso

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Eventos

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Eventos

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Eventos

Feira do Livro (FLIF)

Primeira edição do evento reúne centenas de pessoas no Campus Pouso Alegre

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FLIF 2019 reuniu oito editoras e livrarias de Minas e São Paulo

om a slogan “Um vôo para a imaginação”, a primeira edição da Feira do Livro do IFSULDEMINAS - Campus Pouso Alegre trouxe palestras e bate-papo com escritores, apresentações culturais, lançamentos, concurso literário, oficinas, exposições, apresentação de curtas e artesanato em outubro de 2019. A Nova Velha Banda abriu o evento. Houve o relançamento do livro: “Josias do Timboré”, pelo Museu Histórico de Pouso Alegre e, em seguida, um bate-papo sobre “A mulher e a Literatura”, com as escritoras Fernanda Valin, Marcela Marques, Waléria Loyade e Madu Macedo. “Assis�mos as lutas para que as mulheres se autorrepresentem na literatura. Chegou um momento em que outras vozes querem narrar suas próprias narra�vas. Que bom que a FLIF vem chamar a literatura para o primeiro plano”, disse a professora e escritora Fernanda Valin. A FLIF recebeu a visita de estudantes das escolas públicas municipais da cidade. Depois de percorrerem os estandes de livros e artesanato, par�ciparam de oficinas de dança flamenca, escrita cria-

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�va, desenho e fotografia. Também se diver�ram com as contações de história da servidora pública Michelle Araújo e conheceram diversos lançamentos. “Entre livros e saberes: o despertar da leitura” foi o tema da palestra com Luís Antônio Torelli, membro da Câmara Brasileira de Livros. Torelli fez uma reflexão sobre o ato de ler no Brasil e a importância da internet na formação de novos adeptos. “Não condeno a internet, que veio pra ficar; é uma realidade. Temos que pensar como �rar proveito daquilo que ela conquistou de espaço, principalmente da leitura”, disse. O ex-presidente da CBL ainda falou da responsabilidade do Governo e das universidades na mudança dos números “vexatórios” que o país apresenta quando o assunto é leitura. A palestra foi seguida pela exibição e debate dos curtas Sanduíche, Indígenas, Telelesão, Pizza e Arme-se do Cine Sesc. “Um verdadeiro banho de cultura. Essa proposta de incen�vo à literatura precisa ser levada a sério, ser valorizada. A cidade necessita muito de eventos como esse”, ressaltou

a escritora e ar�sta plás�ca Waléria Loyade. Os grupos de atabaque “Coração das Matas” e de capoeira “Abadá Capoeira” também movimentaram a feira. “É muito bom incen�var os jovens à leitura, �rá-los um pouco do celular”, disse Cris�ano Aparecido de Oliveira, instrutor de capoeira. A FLIF ainda apresentou as poesias finalistas do concurso que recebeu textos de todas as escolas públicas de Pouso Alegre. Foram cerca de 150. “Fiquei muito feliz por ganhar o primeiro lugar. Sempre gostei de escrever redações, poesias na escola ou em casa”, contou Aline Mar�ns, aluna da escola Dom Otávio, vencedora na categoria ensino fundamental. “A arte da escrita” foi o tema de um bate-papo com os escritores Isaías Pascoal, Paulo Roberto Labegaline, Fernando Alves Sales e Fernando Henrique do Vale. No encerramento, alunos dos cursos integrados do campus encenaram a peça “A Revolução dos Bichos”, baseada na obra do escritor de George Orwell. Para a professora Tânia Mara dos Santos, a FLIF é um ganho. “As crianças precisam ter o contato com os livros, com esse mundo imaginário. Vejo que quando uma criança pega um livro, ela se encanta; os olhos brilham porque vai além do que consegue enxergar. Ela viaja para outros lugares sem estar lá; consegue se envolver, despertar para coisas boas, para um encontro com si mesma. A FLIF vem para agregar valores, o desejo de querer aprender, transformar o mundo e construir a aprendizagem de forma significa�va”.


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IF Aberto

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Campus Pouso Alegre abre suas portas com oficinas e prestação de serviços à comunidade

m sua 6ª edição, o “IF Aberto” trouxe a�vidades para todas as idades: oficinas de pintura em MDF, fuxico, boneca negra, laços e laçarotes, feltro e confecção de luminárias representaram oportunidades de uma fonte de renda ou apenas um novo hobby para as par�cipantes. “Esse �po de evento deveria acontecer outras vezes, pois é uma oportunidade para a comunidade. As pessoas vêm para fazer uma oficina e saem daqui com uma ampla bagagem, conhecimentos que eles não �nham”, disse a professora Bruna Cris�na Domingues. “É muito importante esse trabalho do Ins�tuto. Atende todas as classes sociais e a todos os talentos, pois oficinas diversificadas podem despertar o lado artesão que estava adormecido e a pessoa pode melhorar a sua renda”, comentou Regina Ferreira, artesã que ofertou a oficina de fuxico. O Exército esteve presente com treinamento de primeiros socorros e esclarecendo as dúvidas da população sobre o ingresso no serviço militar. Na prestação de serviços, os par�cipantes puderam aferir a pressão e glicemia e ainda colocar as vaci-

Aferição de pressão e glicose por profissionais de saúde do município

nas em dia com uma equipe de saúde da prefeitura. Também foram desenvolvidas a�vidades para as crianças com brinquedoteca, bolhas de sabão, soltura de foguetes na oficina do Curso de Licenciatura em Química entre outras a�vidades. Francisco Pereira, professor da Escola Estadual Cel. Gabriel Capistrano, de São Sebas�ão da Bela Vista, par�cipou e levou a experiência para sua cidade. “Um evento muito bom, com várias oficinas interessantes. Os alunos aprenderam muitas coisas diferentes”.

Oficina de primeiros socorros ministrada pelo Exército

Ainda aconteceram oficinas de mágica, confecção de pipas, horta ver�cal, dança, master class de guitarra e violão, além de exposições de desenhos e fotografias. Alunos de Engenharia Civil apresentaram trabalhos e ministraram uma oficina de pequenas instalações elétricas residenciais. Também houve espaço para interagir com jogos de tabuleiro e aulas de basquete; para realizar experimentos numa sala de Química Forense; para relaxar com momentos de meditação e massagem; e para se diver�r com o grupo de teatro de improviso do campus “Meus Pésames”. Quem não conhecia o Campus Pouso Alegre ficou encantado com o evento. Foi o caso da integrante da Expocriar, Consuelo Ferreira Gonçalves. “Foi incrível ver as pessoas fazendo várias oficinas. Precisamos conhecer melhor o IF”. Para o Pró-reitor de Extensão do IFSULDEMINAS, Cleber Ávila Barbosa, com o IF Aberto o campus cumpre a sua missão junto à sociedade. “É gra�ficante ver essa integração entre alunos e servidores e ver a comunidade dentro do campus. Com essa inicia�va a comunidade se sente acolhida”. #81


Eventos

IF Portas Abertas Em um dia, Campus Inconfidentes recebe mais 600 estudantes de escolas da região

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Balizas apresentam performance para alunos visitantes

om a finalidade de apresentar a estrutura, os projetos de pesquisa e os cursos oferecidos pelo Ins�tuto Federal, o Campus Inconfidentes preparou uma série de a�vidades para receber centenas de estudantes da região. O “IF Portas Abertas” reuniu cerca de 600 visitantes, de 15 escolas. O dia começou com a apresentação da Fanfarra Professor Gabriel Vilas Boas e das balizas. Os alunos do grupo musical “Soud Cloud” animaram o período da manhã, com a interpretação de canções nacionais, como sertanejo e pop. O Coral EnCanto se apresentou no anfiteatro do Centro de Procedimentos Ambientais. Já o grupo de teatro “Arte Federal” exibiu o ensaio aberto da esquete: “O Amor Transforma”. Além disso, os convidados conheceram a fazenda-escola percorrendo o caminho denominado “Pelas Trilhas da Fazenda”, rota que pode ser explorada a pé.

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As distâncias entre os setores ficaram mais próximas por meio dos passeios com a Maria Bonita. O ônibus, fabricado em 1970, foi adaptado para ser uma cópia da Maria Fumaça que viajava pela ferrovia Mogiana, no Sul de Minas, durante o século XX. A Maria Bonita percorreu as Unidades de Produção como bovinocultura e suinocultura, transportando os visitantes. O “IF Portas Abertas” também ofereceu estrutura para orientar os jovens sobre inscrição para o ves�bular. O contato com a estrutura do campus evidenciou as oportunidades oferecidas pela ins�tuição. APOIO A CANDIDATOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS O NAPNE (Núcleo de Atenção a Pessoas com Necessidades Específicas) do Campus Inconfidentes implantou uma novidade no “IF Portas Abertas”. Foi o apoio aos visitantes surdos, por meio da tradução em

Libras (Língua Brasileira de Sinais). “Os alunos surdos são sempre bem-vindos à nossa ins�tuição devido a esta acessibilidade”, disse o tradutor de Libras, Reginaldo Aparecido Silva. Ele acompanhou o candidato ao curso de Pedagogia, André Luiz Ferreira Chaves, de Monte Sião. De acordo com o estudante, o apoio do IFSULDEMINAS, para o público surdo, viabiliza a vinda. “É muito legal conhecer o Ins�tuto Federal. Gostei e vai ser viável estudar aqui”, expressou o aluno, interpretado pelo tradutor e intérprete, Michel Pimenta. “As ins�tuições não dão este �po de apoio. Se eu es�ver em uma, em que não possa me comunicar, fica muito di�cil. Onde �ver apoio, vai ficar mais fácil para me comunicar e me desenvolver”, enfa�zou. VISITANTES A professora de Língua Portuguesa, da E. M. Padre Reinaldo, de Monte Sião, Eliana Comune, acompanhou os estudantes. Segundo ela, o “IF Portas Abertas” mostrou aos adolescentes a possibilidade de ingressarem em uma escola bem estruturada. “A vantagem deste evento é que os alunos saem com a perspec�va de um 2º grau bom. Aqui tem muitas oportunidades”, avaliou. Esta também é a opinião do jovem Alisson Ramos de Souza. Estudante em uma escola de Monte Sião, pretende prestar o ves�bular para conquistar uma vaga para Licenciatura em História, no Campus Inconfidentes. “Os professores com quem conversei aqui estão prontos para solucionar as dúvidas. Tinha um monte delas sobre o curso e eles me ajudaram a decidir”, contou o jovem.


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IF na Praça e IF Portas Abertas

Eventos do Campus Machado apresentam estrutura de Ensino, Pesquisa e Extensão

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Visitantes no IF de Portas Abertas

Apresentação do Grupo de Teatro da Lili

Estudantes conhecem setor de Equinos

ara estreitar o contato do Campus Machado com a comunidade, a Coordenação de Extensão local tem promovido eventos variados. Dois deles, em especial, têm atraído um grande número de pessoas para conhecerem a estrutura da ins�tuição. Realizados de forma alternada, o IF Portas Abertas e o IF na Praça envolveram servidores e alunos na apresentação dos cursos e projetos de Ensino, Pesquisa e Extensão. Em 2019, o IF na Praça levou projetos, grupos de estudos, apresentações culturais e espor�vas à Praça Antônio Carlos, em Machado, para que o público pudesse interagir com a ins�tuição. Para intensificar a aproximação entre campus e comunidade, as ações foram realizadas durante o período do processo sele�vo de cursos do ins�tuto. Um dos diferenciais, segundo os organizadores, foi o envolvimento de alunos e professores que levaram os grupos de estudos e projetos para a praça. A equipe contou com cerca de 300 pessoas, considerando servidores, colaboradores terceirizados e estudantes. O IF na Praça contou com estandes, expositores, apresentações ar�s�cas e espor�vas, promoveu a degustação de produtos do curso de Alimentos e da fazenda-escola. O setor de Enfermagem aferiu pressão e deu orientações de saúde à população. Também manteve um estande para explicação sobre o processo sele�vo do IF e contou com a locução e cobertura da Rádio Educa�va Estação Cultura FM. #83


Eventos

Recreando no IF

Mais de 60 alunos da Rede Municipal de Inconfidentes participam de brincadeiras cognitivas e jogos recreativos

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erca de 60 crianças, alunas do Centro Educacional Infan�l Municipal Américo Bonamichi, par�ciparam do “Recreando no IF”. O evento aconteceu na quadra do prédio principal do Campus Inconfidentes. Brincadeiras cogni�vas e jogos recrea�vos marcaram a ação. A a�vidade foi idealizada e coordenada pelo professor de Educação Física, Carlos Alberto Simeão Jr. De acordo com o docente, a ideia surgiu a par�r da experiência implantada nas Universidades de Ribeirão Preto, em que trabalhou. “Implantamos o projeto Recreando e foi um enorme sucesso. Aqui, as crianças �veram total interação com as a�vidades propostas, além de aproveitarem ao máximo”, disse. O “Recreando no IF”, além de proporcionar uma tarde intera-

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Alunos do CEMAB se divertem em quadra do IFSULDEMINAS

Crianças recebem orientação de professor de Educação Física

�va, teve como obje�vo inserir a comunidade externa no ambiente de educação, cumprindo umas das funções da Rede Federal. Ainda, segundo o idealizador, “buscou-se, por meio da inicia�va, despertar

as crianças para a possibilidade do futuro ingresso na ins�tuição. Por meio da brincadeira, pode-se inserir conceitos que vão além do tradicional. Assim, brincadeira é coisa seria”, destacou Carlos.


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Recruta Passos

Evento inédito no campus alia entrega de currículos, workshops e networking

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Grupo de participantes com banner do evento

Recruta Passos – Feira de Estágios e Empregos do IFSULDEMINAS – Campus Passos, em parceria com a Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), reuniu 25 empresas expositoras. Mais de 600 currículos foram recebidos, gerando diversas entrevistas e possibilidades de empregos à comunidade. As salas cheias mostravam o envolvimento dos alunos e da comunidade com as a�vidades ofertadas. A palestra “Técnicas para elaborar currículo e Linkedin”, ministrada pelo professor Olney da Silveira Jú-

nior, teve as vagas esgotadas. Ele falou um pouco sobre os cuidados que se deve ter ao elaborar um currículo e comentou sobre a criação do perfil profissional na rede social. “Tudo o que você colocar vai ser ques�onado na entrevista. Então, não adianta dizer o que não é verdade. É importante inserir informações relevantes para a carreira, suas conquistas, algo em que você se destaque, e não funções que são inerentes ao cargo pretendido”. Algumas empresas disponibilizaram vagas e oportunidades para os visitantes preencherem

Redes sociais e currículo on-line foram tema de palestra

Filas não atrapalharam o ânimo das pessoas em busca de um emprego

Salas lotadas durante as palestras do Recruta Passos

Interaçãoentreempresasecandidatos-cadastroerapreenchidonoato

fichas. Em alguns estandes, havia até fila para a entrega de currículos. Muitos vieram de cidades vizinhas para conhecer um pouco mais sobre as ins�tuições de ensino promotoras do evento. O estudante de Gestão Comercial, Leandro Júnior da Silva, era um dos que aguardavam ansiosos o momento de conversar com o recrutador. Em busca de uma oportunidade na área administra�va, contou das estratégicas que u�liza em uma entrevista. “Primeiro me apresento; procuro conhecer a organização. Pergunto se tem alguma vaga para mim e procuro falar da minha experiência e de meu obje�vo. Dessa forma, espero obter êxito”. A Minasbeb - Ambev, por exemplo, era uma das que pretendia ampliar o quadro de funcionários e, para isso, contava com a Feira e o nível dos candidatos. Segundo a funcionária Gabriela Nunes, ao realizar uma seleção, alguns quesitos são mais importantes e levados em consideração. “Olhamos bastante para a questão de experiência nos cargos de vendedor e administra�vo. Mas, também prezamos por uma pessoa dinâmica, com facilidade de comunicação. É todo um conjunto que é visto”. Em uma análise, o coordenador de extensão, professor Cleiton Hipólito Alves, considerou que o 1º Recruta Passos foi um sucesso. “Para uma primeira edição, não contávamos com essa entrega alta de currículos, mas apenas visitações. Vimos que a população compareceu em peso e muitos deixavam currículos não apenas em sua área. Percebemos que as pessoas estão mesmo em busca de um emprego”. #85


Eventos

Feira de Ciências Itinerante

Estudantes de Licenciatura em Ciências Biológicas do Campus Muzambinho levam conhecimento a escolas da região

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Feira Itinerante realizada em Muzambinho

”Feira de Ciências Itinerante” é um projeto de extensão desenvolvido para propiciar atividades práticas aos alunos de Licenciatura em Ciências Biológicas. As exposições contemplam a apresentação de trabalhos em Muzambinho e região, atingindo escolas das redes municipais, estaduais, particulares e também a comunidade externa. Duas feiras itinerantes foram realizadas. A primeira em Muzambinho e a segunda em São Pedro da União, com a parceria do campus e das Prefeituras Municipais. O objetivo foi propiciar a sociedade e a comunidade escolar a vivência da diversidade biológica. Ao todo, seis grupos de alunos expuseram materiais práticos, jogos, folhetos e cartazes informativos das áreas de botânica, zoologia e parasitologia. Em São Pedro da União, a Feira contou com a participação

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de aproximadamente 40 acadêmicos de Licenciatura em Ciências Biológicas. Eles abordaram, de maneira expositiva e prática, temas relacionados a botânica, zoologia, parasitologia, genética, ecologia, química e saúde pública. Também houve o uso de jogos, folhetos, cartazes infor-

mativos, lupas, microscópios, coleções botânicas e zoológicas e modelos anatômicos. Algumas equipes ficaram no laboratório móvel (contêiner transportado por um caminhão/ rede e-Tec Brasil cedido pelo IFSULDEMINAS – Campus Muzambinho). As crianças e os adolescentes da rede municipal e estadual de São Pedro da União, bem como a comunidade local, visitaram o local no decorrer do dia. Segundo o aluno José Ângelo G. de Freitas Neto, a feira é uma oportunidade gratificante de fazer o exercício da docência por meio da abordagem prática e lúdica, além de associar o evento à disciplina de Prática como Componente Curricular. A atividade faz parte de um projeto de extensão coordenado pelas professoras Daniela Ferreira Cardoso e Karina Lucas Barbosa Lopes Mattos.

Comunidade tem contato com acervo do campus


Revista de Extensão IFSULDEMINAS :: 2019

VIII Fórum e III Seminário Integração Empresa-Escola Campus Carmo de Minas impulsiona o empreendedorismo entre estudantes

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Concluintes do curso Técnico em Alimentos apresentam projeto no III Seminário de Integração Empresa-Escola

ro. “A mo�vação para a concepção do Fórum, iniciado em 2015, foi a de criar uma ponte entre os alunos do IFSULDEMINAS, nossa produção de Ensino, Pesquisa e Extensão e o mercado. Idealizamos o evento a par�r de pesquisas sobre atendimento ao cliente, realizadas pelos discentes do Técnico Subsequente em Administração, orientados por mim. O sucesso foi absoluto! O Fórum foi uma vitrine para os estudantes e alguns já saíram com convites para estagiar ou trabalhar. Além disso, todos os par�cipantes receberam cer�ficado. Em 2018, ampliamos a proposta para integrar os estudantes do Técnico em Alimentos, que passaram a apresentar o Seminário simultaneamente ao evento”, explicou. Na edição 2019, 25 estudantes dos cursos técnicos da unidade apresentaram projetos. Os do Técnico em Administração criaram uma empresa fic�cia denominada ‘Uni Design’, destacando as áreas: financeiEstudantes do segundo e quarto módulos do Técnico em Administração realizam Fórum

Semana Global do Empreendedorismo, movimento de escala mundial dedicado a inspirar, conectar e capacitar jovens e adultos nessa área, movimentou os campi do IFSULDEMINAS em 2019, com diversas ações voltadas ao empreendedor. No Campus Avançado Carmo de Minas foram organizados o “VIII Fórum e o III Seminário de Integração Empresa-Escola”, promovidos para integrar a comunidade acadêmica com o mundo do trabalho. O evento reuniu cerca de 400 pessoas no anfiteatro da unidade, entre alunos, empresários, membros do poder público local, servidores do Ins�tuto Federal e sociedade. A ideia foi da professora Luciana Emirena dos Santos Carnei-

ra, contábil, marke�ng, produção, logís�ca, recursos humanos, desenvolvimento de novos produtos, entre outras. Foram apresentados dois cenários em anos diferenciados e estratégias de crescimento e melhoria. “O evento foi excelente! Antes de par�cipar, via apenas pelo lado profissional, no sen�do de ‘aparecer’ para o mercado, pois já sabia que diversos empresários estariam presentes. Quando foi o ano da minha turma apresentar, percebi que era uma oportunidade de passar algo edificante aos ouvintes”, relatou João Paulo Teixeira Ribeiro, então aluno do IV módulo do Técnico em Administração. Já os alunos do Técnico em Alimentos escolheram como tema “O Perfil Profissional e Áreas de Atuação do Técnico em Alimentos”. Desta forma, apresentaram o trabalho a par�r de suas vivências e experiências em estágios, projetos de pesquisa, extensão e disciplinas vistas em sala. A diretora de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação, Cris�na Janini Lopes, fez um balanço sobre os trabalhos. “Esses eventos ofereceram, sem dúvida, contribuição fundamental para o enriquecimento do cenário da educação empreendedora no Brasil. O empreendedorismo no IFSULDEMINAS é muito relevante, pois congrega uma comunidade acadêmica cria�va, inspirada e com habilidades técnicas de alta performance para transformar, impactar e buscar resolver problemas complexos e significa�vos da nossa sociedade”, resumiu. #87


Eventos

Prêmio SEEDS de Educação Projetos de extensão do Campus Muzambinho são premiados em uma das categorias do SEEDS

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O Seeds premiou quatro categorias envolvendo comunidade interna e externa

com Ítalo Alves Resende Morato, aluno de Ciências Biológicas; e o projeto de extensão visando aproximar o consumidor aos “métodos de criação humanitários de aves poedeiras”, em coautoria de Mariana Augusta Mansini, aluna de Medicina Veterinária e da professora Diana Cuglovici Abrão. O trabalho sobre aves poedeiras visa a conscien�zar os consumidores sobre a necessidade do bem-estar animal em granjas, apresentando diferentes �pos de sistemas de produção de ovos e seus bene�cios. Os idealizadores es�mam que já foram atendidos, entre alunos, visitantes e a comunidade externa, mais de 1.000 pessoas em aproximadamente dois anos. De acordo com Ramon, “como a maioria das visitas são agendadas, moldamos a a�vidade de maneira personalizada para o perfil dos visitanRamon de Souza Marques (ao centro) foi um dos premiados tes, com maior efe-

s estudantes do IFSULDEMINAS - Campus Muzambinho foram reconhecidos durante o Prêmio SEEDS de Educação: Surpreender, Experimentar, Evoluir, Desenvolver, Socializar, pelo desenvolvimento de a�vidades exitosas que geram impactos posi�vos na sociedade. Entre os 14 relatos enviados por alunos do campus, dois projetos de extensão foram premiados com a primeira colocação na “Categoria Estudantes do Campus”. O discente Ramon de Souza Marques, de Ciências Biológicas, é o autor dos dois relatos premiados: “Educação Ambiental Inclusiva - Horta na Escola”, em coautoria

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�vidade da ação. Esperamos que após a visualização dos sistemas, os consumidores optem por comprar e consumir ovos de galinhas livres de gaiolas, forçando o mercado a mudar a maneira de produção.” Com o obje�vo de inserir nas escolas a�vidades prá�cas que �rassem o aluno da ro�na da sala de aula, foi criado o projeto “Horta na Escola”. Os discentes do Campus Muzambinho envolvidos na a�vidade fazem parte de cursos variados e construíram, em conjunto com os alunos da rede pública, hortas nas cidades de Esmeralda, Muzambinho e Areado. Atualmente, o trabalho é desenvolvido em parceria com a Apae de Areado. O Prêmio SEEDS foi desenvolvido pela direção-geral da escola. A premiação teve como obje�vo iden�ficar, es�mular, reconhecer e divulgar experiências pedagógicas exitosas no ensino, as boas prá�cas de trabalho no serviço público e a�vidades exitosas realizadas por estudantes regularmente matriculados. Foram premiadas quatro categorias: Docentes do campus; da rede pública (estadual ou municipal), TAEs do campus e também seus alunos. Simone Aparecida Mar�ns, Secretária Municipal de Educação, também par�cipou da cerimônia. “Vejo essa a�tude do campus em envolver todo o município e também as escolas estaduais como algo de grande relevância. Fiquei feliz com a par�cipação da rede municipal, porque �vemos muitos relatos de trabalhos de excelência que acontecem em nossas escolas.”


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Prêmio Nacional Sebrae de Educação Empreendedora Projeto do Campus Muzambinho conquista o 2º lugar na categoria Ensino Profissional

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A premiação ocorreu em Florianópolis, Santa Catarina

m projeto do IFSULDEMINAS - Campus Muzambinho conquistou o 2º lugar no “Prêmio Nacional Sebrae de Educação Empreendedora”, categoria Ensino Profissional, no Centro de Convenções Centro-Sul, em Florianópolis, Santa Catarina. O Prêmio foi criado com o obje�vo de es�mular, reconhecer e divulgar prá�cas de educação empreendedora aplicadas em ins�tuições de ensino de todo o país. Dessa forma, visa iden�ficar inicia�vas, a�vidades e projetos desenvolvidos em sala de aula para es�mular nos alunos comportamentos ou competências para empreender. O relato foi construído pelos professores Cris�na Lúcia Janini Lopes, Aracele Garcia de Oliveira Fassbinder, Renato Aparecido de Souza e Gustavo Rabelo Botrel Miranda. Os educadores reuniram ações do Clube de Empreendedorismo, durante o período de 2013 a 2019, incluindo a Semana de Empreendedorismo (Empreenda), Startup Universitário, a�vidades realizadas

colaboradores ligados à área de empreendedorismo do campus, sonharam, construíram e buscaram inspirar outras pessoas a reconstruir caminhos que pudessem, de alguma forma, provocar a mudança de comportamento junto a todos os jovens que fazem parte do ecossistema”. Cris�na ressaltou que o Prêmio a fez perceber “o quanto as ações voltadas para fomentar o empreendedorismo podem modificar contextos locais e, principalmente, regionais. Quando pessoas pensam e agem juntas, podem fazer a roda girar e modificar o mundo. Precisamos con�nuar assim, inspirando pessoas a se conectarem cada vez mais!”. A etapa final contemplou 60 finalistas de todo o país, e, na ocasião, foram anunciados os 12 ganhadores: 1º, 2º e 3º lugares de cada categoria – ensino fundamental, médio, profissional e superior. Os vencedores receberam troféu ouro, prata e bronze e par�ciparão de uma missão técnica nacional, tendo a oportunidade de apresentar o projeto em evento nacional.

junto às disciplinas de empreendedorismo, ações de extensão, a�vidades do Escritório de Inovação (Eli�) e trabalhos de TCCs nessa área. A professora Cris�na Lúcia Janini Lopes, Diretora de Pesquisa e Inovação na reitoria do IFSULDEMINAS, destacou a notoriedade que o prêmio gerou para a ins�tuição. “Sinto que a sociedade pôde tomar conhecimento que as prá�cas adotadas no IFSULDEMINAS, de formar cidadãos crí�cos, cria�vos, competentes, humanistas e empreendedores, são ar�culadas com o Ensino, Pesquisa e a Extensão, e contribuem para o desenvolvimento sustentável do Sul de Minas.” Para a Diretora de Desenvolvimento Educacional do Campus Muzambinho, Aracele Garcia de Oliveira Fassbinder, “nos úl�mos anos, os servidores, esProfessores que escreveram o relato premiado tudantes e demais

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Eventos

Empreenda

Campus Muzambinho propaga ações de empreendedorismo na região

A

s comunidades interna e externa do Campus Muzambinho par�ciparam de um evento em formato inovador. Os alunos organizadores do “Empreenda” se envolveram com o Empreendedorismo de Negócios, Intraempreendedorismo e Empreendedorismo Social. Com as três bases ofertaram, à população regional e acadêmicos de todos os cursos do campus, palestras com cases de sucesso, minicursos e realizaram a arrecadação de dona�vos para duas ins�tuições locais: Casa Lar e Casa de Apoio São Francisco. As a�vidades contaram com a supervisão do professor Leonardo dos Santos Maria e, também, do Clube de Empreendedorismo da ins�tuição. Leonardo destacou o engajamento entre os estudantes. “Este �po de evento fomenta a Extensão e leva até a população o conhecimento produzido aqui dentro”. O “Empreenda”, maior evento de empreendedorismo da ins�tuição, reuniu um

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As atividades envolveram alunos de diversos cursos

público de aproximadamente 900 pessoas. Débora Santana é administradora, reside em Guaxupé e par�cipou do “Empreenda”. Afirmou que o evento trouxe cases de negócios que podem ser referência em inovação e que percebeu o entusiasmo dos alunos quanto às oportunidades em negócios de segmentos diversos. Já o açougueiro Osmair Donize�e Ricardo, de Cabo Verde, comentou que os palestrantes relataram como começaram seus negócios e sobre suas conquistas. “Trouxe uma grande inspiração e a necessidade de compar�lhar com os outros. Me sen� na obrigação de passar para as pessoas que acreditem em seus sonhos, persistam e usem o que têm nas mãos para iniciar uma nova história. A visão que tenho hoje sobre o empreendedorismo é transformadora”. Par�ciparam os alunos dos cursos técnicos integrados e subsequentes e dos cursos superiores, além de cidadãos de Muzambinho,

Cabo Verde, Nova Resende, Guaxupé, Guaranésia, entre outras. Além disso, a população teve acesso ao evento por meio de transmissão ao vivo de veículos de comunicação da região. Renê Staut Neto, estudante de Engenharia Agronômica, disse que par�cipar do “Empreenda” foi uma das experiências mais relevantes que teve na faculdade. “O empreendedorismo é uma área do meu interesse. O evento foi muito bom e foi uma experiência única ter contato com os grandes nomes que par�ciparam, tanto os palestrantes quanto os profissionais que apresentaram os minicursos”.

Ação social em prol da Casa Lar e Casa de Apoio São Francisco de Assis


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Setembro Azul

Campus Inconfidentes realiza evento para dar visibilidade à luta pelo direito dos surdos

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Equipe do Campus Inconfidentes organiza evento destinado à comunidade surda

histórico das lutas e conquistas dos surdos, sobretudo para o acesso à língua e aos produtos culturais. Cerca de 400 pessoas par�ciparam dos minicursos, palestras, debate e da exibição do CineSurdo, que projetou um filme temá�co. As palestras foram desenvolvidas por professores surdos e ouvintes, atuantes na Educação de pessoas com surdez, discorrendo sobre a cultura e a educação desse sujeito na história. Minicursos e aulas de Libras também foram realizados. Evento promovido pelo Campus Inconfidentes sensibiliza para acesso Houve a Mostra Pe-

Brasil comemora, em setembro, o Dia Nacional dos Surdos, criado pela Lei nº 11.796/2008, des�nado à reflexão sobre a inclusão das pessoas com deficiência audi�va. Para celebrar a data, o Campus Inconfidentes promoveu o “Setembro Azul”. O movimento é um marco

dagógica, exposição de material didá�co-pedagógico (livros, dvd’s, cd’s, dicionários e jogos). Uma Exposição de Linha do Tempo, com painel temá�co foi apresentada na Casa das Artes e Prédio Principal, mostrando personagens e celebridades nacionais e internacionais com surdez, bem como as a�vidades e eventos ocorridos ao longo dos séculos pela comunidade surda. De acordo com o tradutor-intérprete de Libras, do Campus Inconfidentes, Reginaldo Aparecido Silva, o projeto deu visibilidade para a comunidade surda. “Há ainda mais o que fazer em levar às pessoas o conhecimento dessa minoria linguís�ca, sua cultura e suas especificidades”, comentou. #91


Eventos

Seminário de Educação Inclusiva (IncluIF) Primeira edição do evento traz reflexões sobre diversidade funcional no Campus Passos

P

Evento de inclusão reuniu profissionais de destaque na área

ara discu�r a educação inclusiva por meio de preceitos filosóficos, polí�cas públicas e prá�cas co�dianas, o Campus Passos realizou a primeira edição do Seminário de Educação Inclusiva, com mesas redondas, rodas de conversas e oficinas. A inicia�va par�u do Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Específicas (NAPNE), composto por uma equipe mul�disciplinar, representantes de pais e também discentes com necessidades específicas. Para a tradutora e intérprete de Libras e membro do NAPNE, Karoline Nascimento, “apesar dos avanços das polí�cas de educação inclusiva nos úl�mos anos, ainda há muito a ser discu�do e estruturado para que, de fato, os alunos com necessidades específicas estejam incluídos”. O aluno de Produção Publicitária, Jales Ernesto, u�liza cadeira de rodas devido a uma malformação congênita da coluna vertebral (mielomeningocele). Convidado a par�cipar de uma roda de conversa, compar�lhou um pouco de sua trajetória na vida escolar e destacou

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a importância do evento para a vida acadêmica e social. “Desde o ensino fundamental �ve algumas dificuldades para me adaptar, tendo em vista que as escolas não eram acessíveis. Minha mãe teve que me acompanhar por um tempo. Aos poucos, as ins�tuições por onde passei foram tentando se adequar. Em 2018, comecei Produção Publicitária no IF e pretendo terminar o quanto antes. Apesar de ainda faltarem algumas coisas para serem adaptadas aqui, é a ins�tuição que melhor me acolheu em todos os sen�dos”. Convidada para os debates, a diretora da Associação de Pais e

Amigos dos Excepcionais (Apae) de Passos, Terezinha de Lourdes Pereira, considerou o evento importante e ressaltou a atuação dos profissionais que trabalham na educação inclusiva. “Foi muito produ�vo. Sabemos da importância de todo o processo social da educação inclusiva, pois entendemos que somos todos capazes de desenvolver as a�vidades. Somos, ainda, profissionais que trabalham no processo de fazer com que normas e leis fiquem mais visíveis a todos. Além disso, vale destacar a questão do afeto, porque entendemos também que existe preconceito e isso gera questões para afinar e organizar”, disse. O propósito do NAPNE é trabalhar a diversidade funcional no campus. “Nós entendemos a ‘deficiência’ como diversidade funcional. Um surdo, por exemplo, não escuta pelo ouvido, mas escuta pelo olho; fala pelo corpo. Temos um corpo que se transforma numa outra dimensão e, a par�r disso, ele existe, assim como existe o outro, dito normal”, explicou o professor de Libras e membro do Núcleo, Welisson Michael Silva.

Profissionais de Educação Inclusiva (da esq. para dir: pedagogas Elisângela Beilfuss e Geruza de Lima; e os professores Welisson Michael Silva e Maria de Fátima)


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Novembro Negro

Campus Avançado Carmo de Minas promove espaço de discussão acerca das questões étnico-raciais

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Durante oficina, estudantes produziram cartazes com reflexões sobre racismo e resistência negra

om o intuito de promover um espaço de discussão acerca das questões étnico-raciais, o evento “Novembro Negro: interfaces culturais e iden�dades” foi realizado no Campus Avançado Carmo de Minas. A a�vidade envolveu cerca de 400 pessoas da comunidade acadêmica e de escolas públicas da região. Por uma semana, o evento trouxe ao campus uma programação diversificada. Na abertura, no laboratório de Informá�ca, os alunos elaboraram um ques�onário sobre a cultura africana. Na sequência, a parceria com a ONG FabricAções possibilitou a realização da oficina “Narra�vas e consciências – a múl�pla África que vive em nós”, integrando discentes do IFSULDEMINAS com alunos dos municípios de Caxambu e Conceição do Rio Verde. Rodas de conversa foram realizadas, es�mulando o diálogo. A “Negritudes” contou com a par�ci-

pação de discentes e servidores, que relataram memórias e debateram, com a mediação das professoras Paula Ferraz, Andresa Guimarães e Lídia Ozório, sobre a questão do racismo ins�tucional. Patrícia Aparecida Vigilato, docente da Escola Estadual Sanico Teles, de Santa Rita do Sapucaí, levou um grupo de alunas - representantes do cole�vo “Fala Miga!” - para a roda “Diálogo entre nós: precisamos romper os silêncios”. Em seguida, houve uma nova conversa, com os professores do campus, sobre “Não me peça para ter calma: uma jornada na busca por iden�dade e propósito”. A manifestação estudan�l foi marcante. Foram apresentadas duas peças teatrais, o projeto “Viver a Arte” encenou a peça “O pagador de Promessas” e a Escola Municipal Dr. Emílio Abdon Póvoa, de São Lourenço, a obra “Qualquer maneira de amor vale a pena”. Além disso, os

alunos realizaram apresentação de música, poemas autorais e produziram cartazes com informações sobre personalidades negras e reflexões sobre racismo e resistência negra, como contou o estudante do curso Técnico em Informá�ca, Oséias Souza. “O Novembro Negro propiciou um local de aprendizado, fortalecimento e deu voz para a luta de homens e mulheres negras. Mediante oficinas e palestras, entendemos o racismo ins�tucionalizado e enraizado no Brasil e aprendemos formas para combatê-lo. Por conseguinte, mais uma vez nos posicionamos como defensores da liberdade de expressão e da par�cipação do negro em todas as esferas sociais”, relatou. O evento também contou com palestras de docentes do campus. O Paulo Marcio Jacinto ministrou “A educação e a prevenção de mortes no Brasil”; e Jean Felipe Ma�as Leite apresentou “O legado da escravidão após a abolição da escravatura”. Além disso, houve a exibição do filme “Dope: Um Deslize Perigoso”. Nos intervalos das aulas ouvia-se “Negras Vozes”, música ambiente de ar�stas negros. A organizadora do evento, Lidia Lopes Ozório, fez um balanço. “Realizamos desde 2016, no Campus Avançado Carmo de Minas, edições do Novembro Negro, contemplando a�vidades de produção de conhecimento, reflexões, cria�vidade, informações. Buscamos a formação de a�tudes, posturas e valores de respeito, tolerância e alteridade entre nossos discentes, como, também, educar e formar cidadãos orgulhosos de seu pertencimento étnico-racial”, finalizou. #93


Eventos

Dia de Campo Evento do Campus Inconfidentes reúne produtores da região para debater sustentabilidade cafeeira

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Campus Inconfidentes, por meio do grupo de estudos em Cafeicultura Sustentável, Gecafés, e em parceria com uma exportadora de Ouro Fino, promoveu a 5ª edição do “Dia de Campo Sobre Sustentabilidade Cafeeira”. O evento ocorreu em 2019 e teve como objetivo realizar a troca de experiências sobre a temática ambiental, social, econômica e agronômica da cultura. Participaram 187 produtores e 37 membros da comissão organizadora, vindos de 16 municípios de Minas e São Paulo. Foram debatidos temas no formato de estações, em que os participantes passavam por todas. As apresentações duraram 35 minutos, em média, cada uma.

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Dezenas de produtores rurais participaram do Dia de Campo

Entre assuntos: as Cultivares de Café para o Sul de Minas; o Manejo da Broca do Cafeeiro; e Gestão da Cafeicultura e Influência dos Métodos de Amostragem de Solo nos Custos com Fertilizantes. Paralelamente, foi realizada uma oficina de degustação. A estrutura, para a degustação e classificação física e sensorial de cafés de 15 produtores da região, foi montada no interior de uma van. Ao final, com os resultados em mãos, os organizadores sugeriram estratégias para melhorar a qualidade do produto. O coordenador do trabalho de extensão sobre sustentabilidade cafeeira, Bruno Manoel Rezende de Melo, des-

tacou que o evento atendeu aos objetivos. “As palestras e a interação do público permitiram que todos tivessem uma experiência positiva, para levar para suas casas e lavouras de cafés. Algo que chamou a atenção, foi a grande presença de jovens e mulheres do setor de cafeicultura”, disse.

Palestrantes falam sobre sustentabilidade cafeeira


Revista de Extensão IFSULDEMINAS :: 2019

Festival Gastronômico

Campus Avançado Carmo de Minas participa de evento para fortalecer a gastronomia local

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Alunas do Técnico em Alimentos Subsequente, ao lado de docentes do campus, em estande no Degusta

ela terceira vez, o Campus Avançado Carmo de Minas teve um estande montado no Festival Gastronômico de São Lourenço. O “Degusta”, como é chamado, tem como propósito o fortalecimento da gastronomia local, com vários restaurantes ofertando pratos específicos, preparados dentro de uma temática definida. Nesta oitava edição foram as cervejas artesanais: Terroir Mantiqueira. No estande do IFSULDEMINAS, a comunidade teve a oportunidade de elucidar o processo de produção de cervejas

Estudantes do IFSULDEMINAS explicaram o processo de produção de cervejas artesanais

artesanais versus industriais, além de conhecer, na prática, a realização de análise de turbidez nas bebidas. Com base nos resultados, obtiveram explicações, com embasamento técnico/científico, pelos alunos matriculados no curso Técnico em Alimentos Subsequente. A ação envolveu docentes, estudantes e técnicos administrativos. “Foi uma ocasião oportuna de integração com a comunidade. Poder apresentar parte do nosso aprendizado e despertar o interesse das pessoas no curso que fazemos”, relatou o estudante da unidade Carmo de Minas, Abel do Carmo Silva. O professor do campus avançado, Adriano Alvarenga Gajo, ressaltou os benefícios deste contato. “Aquele espaço, dentro do Festival, possibilitou a interação da comunidade com nossos alunos; é essencial que eles não fiquem restritos somente ao espaço acadêmico. A Extensão soma vantagens para a sociedade e comunidade acadêmica”.

Conjuntamente ao “Degusta”, ocorreu o III Encontro Nacional de Turismo, Gastronomia e Criatividade. O IFSULDEMINAS participou com a palestra do professor do Campus Inconfidentes, Oswaldo Kameyama, intitulada “Conceitos básicos de produção de cerveja”. Durante a apresentação, o docente mostrou a variedade de cervejas existentes quanto aos seus aspectos sensoriais e de produção e detalhou cada ingrediente utilizado nas formulações mais tradicionais. Sobre o tema, outra atividade desenvolvida, desta vez no campus avançado, foi a oficina “O Cultivo do Lúpulo Mantiqueira na Região do Sul de Minas”, ministrada por André Fernando Barcelos, estudante de mestrado do Programa Ciência e Tecnologia de Alimentos.

Professor Oswaldo Kameyama, em palestra sobre produção de cerveja, em evento organizado pelo Festival Degusta com apoio do campus

#95


Eventos

ENCONTEC

Encontro Tecnológico do Campus Muzambinho estreita laços com produtores locais

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Alunos de diversos cursos apresentam trabalhos para a comunidade

“ENCONTEC - Encontro Tecnológico” é um evento realizado pelo IFSULDEMINAS - Campus Muzambinho e aberto à par�cipação das comunidades interna e externa. É coordenado pela professora Ariana Vieira Silva, por meio do Grupo de Estudos em Agropecuária (GEAGRO), além da AGRIFORT JR, empresa júnior do campus. A a�vidade teve origem a par�r do “Dia do Milho”, na ainda Escola Agrotécnica Federal de Muzambinho. A programação, que até então era voltada apenas para o cul�vo do grão, foi ampliada com a inserção de trabalhos experimentais da área de Ciências Agrárias executados na escola e voltados à melhoria das a�vidades no campo, saúde e segurança. Atualmente, o “ENCONTEC” conta com exposições de trabalhos ligados a vários cursos e

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Grupos de Estudos e engloba a�vidades de discentes e docentes dos cursos superiores de Engenharia Agronômica, Medicina Veterinária, Educação Física, Ciências da Computação e também dos cursos técnicos em Agropecuária, Alimentos, Enfermagem e Segurança do Trabalho. Além de alunos e professores, os técnicos administra�vos e terceirizados também colaboram.

Ariana explica que o tema dos Encontros são levantados durante as palestras que são realizadas pelos acadêmicos em bairros rurais. A 10ª edição, a ser realizada em 2020, será on-line. “Nós, do IFSULDEMINAS, temos vários aplica�vos em início de patente e temos que apresentá-los para os produtores u�lizarem na agricultura familiar, possibilitando assim mais a�vidades sustentáveis”, disse. O tripé da sustentabilidade é consolidado ao adotar sistemas mais econômicos, ambientalmente corretos e socialmente justos. Os estudantes do Campus Muzambinho que se envolvem no ENCONTEC colocam em prá�ca o Ensino, Pesquisa e Extensão, ações ligadas diretamente à missão da ins�tuição. “Eles adquirem desenvoltura para lidar com as dúvidas dos produtores e são preparados para atuar no mercado de trabalho, inclusive no que diz respeito ao processo de realização de Dias de Campo”, complementa a organização do evento.

Dezenas de produtores participam do encontro



Nossos Campi Passos Campus

Projetos, Capacitações e Eventos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas

Campus Avançado Reitoria/Campus

Muzambinho

Poços de Caldas

Três Corações Machado

Carmo de Minas Pouso Alegre

Reitoria Av. Vicente Simões, 1111 - Nova Pouso Alegre - Pouso Alegre - (35) 3449-6150 Praça Tiradentes, 416 - Centro (35) 3464-1200

Poços de Caldas Av. Dirce Pereira Rosa, 300 - Jardim Esperança (35) 3697-4950

Machado Rod. Machado-Paraguaçú, km 3 - Santo Antônio (35) 3295-9700

Pouso Alegre Av. Maria da Conceição Santos, 900 - Parque Real (35) 3427-6600

Muzambinho Est. Muzambinho, km 35 - Morro Preto (35) 3571-5051

Carmo de Minas Alameda Murilo Eugênio Rubião, s/nº (35) 99854-1977

Passos Rua da Penha, 290 - Penha II (35) 3526-4856

Três Corações Rua Cel. Edgar Cavalcanti de Albuquerque, 61 (35) 3232-9494

Edição 5 • Ano 2020


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