Revista de Extensão IFSULDEMINAS - Ed.04

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Projetos, Capacitações e Eventos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas

Edição 4 • Ano 2019




Marcelo Bregagnoli

Apresentação

Reitor do IFSULDEMINAS

Ao longo de uma década o IFSULDEMINAS vem se aperfeiçoando na oferta de um processo educacional que visa tornar-se referência no país. Ao longo desses anos, formamos dezenas de milhares de pessoas, espalhados em todo Sul de Minas e regiões adjacentes. Associado a isso, foram executados centenas de projetos, cujo norte foi sempre serem úteis à sociedade. A instituição faz questão de fazer essa interlocução entre as demandas das comunidades e suas potencialidades, de diversas naturezas. A extensão oferecida pelos Institutos Federais, CEFETs e Colégio Pedro II (balizada pela Lei 11.892/2018) objetiva promover o desenvolvimento social, fomentar projetos e programas que levem em conta os saberes e fazeres das populações e garantir valores democráticos de igualdade de direitos, respeito à pessoa e sustentabilidade ambiental e social. O Regimento do IFSULDEMINAS, em seu artigo 5º, descreve: “Desenvolver atividades de extensão, de acordo com os princípios e finalidades da educação profissional e tecnológica, em articulação com o mundo do trabalho e os segmentos sociais, e com ênfase na produção, desenvolvimento e difusão de conhecimentos científicos e tecnológicos”. Portanto, cabe ao IFSULDEMINAS elaborar e articular as políticas públicas por meio da participação em fóruns, consultorias e núcleos específicos, visando o desenvolvimento sul mineiro, aproximando o expertise acadêmico das comunidades que nos circundam. As instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, notadamente o IFSULDEMINAS, possuem importantes espaços de produção, acumulação e disseminação de conhecimento, por meio da indissociabilidade do ensino, pesquisa e extensão. Dentre as três bases, a última é a que possibilita a maior integração prática junto às comunidades. Possui a prerrogativa da articulação do conhecimento científico, advindo do ensino e da pesquisa, com as necessidades das regiões em que a instituição está inserida, interagindo e transformando a realidade. O IFSULDEMINAS é responsável por milhares de ações como cursos de formação, capacitação e qualificação, bem como por elaborar e administrar projetos sociais e ambientais articulados junto e para a comunidade. Tal trabalho é gerenciado pela Pró-Reitoria de Extensão (PROEX), que dá o suporte técnico e material às ações. Ao longo dos anos, ela vem aperfeiçoando seus programas, em consonância com as demandas, servindo como interlocutora entre a instituição e seu objeto principal: a sociedade.

Conselho editorial Extensão: Cleber Ávila Barbosa, Roselei Eleotério, Nildo Batista, Nikolas de Oliveira Amaral, Evando Coelho, Mariana Felicetti Rezende, Carolina Cau Spósito, Melina Mara de Souza, Lilian Vanessa Silva, Karina Guerra Cardoso Alvim Diagramação: Cristiane Oliveira, Roberto Carlos Cavalcanti da Conceição Jornalistas: Camilo Antônio de Assis Barbosa , Érika Pereira Vilela, Renata Cunha Bruno da Silveira Relações Públicas: Talita Valadares Carvalho Portaria nº 1.031 de 23 de junho de 2015


Cleber Ávila Barbosa

Pró-Reitor de Extensão do IFSULDEMINAS

Editorial

A Extensão é um processo social, político, educativo, cultural, científico e tecnológico que promove a interação dialógica e transformadora entre as instituições e a sociedade. Por meio da interdisciplinaridade, interprofissionalidade e da indissociabilidade com ensino e pesquisa, propicia forte impacto na formação discente e social. O modelo inédito dos Institutos Federais tem como princípio legal e premissa, a inserção, capilaridade e a forte interlocução nas localidades e regiões em que estão sediados. Dessa maneira, a extensão é, sem dúvida, uma expressiva marca dos institutos, pois tem evidente sintonia com seus princípios, concepções e finalidades. É nessa perspectiva que alunos e servidores extensionistas exprimem o conhecimento produzido no dia a dia acadêmico para, com a comunidade local, construírem soluções e enfrentamentos de problemas e no próprio desenvolvimento de habilidades e competências. É com imenso orgulho que publicamos a quarta edição de nossa revista. Ela materializa, por meio das matérias apresentadas, o amplo, dinâmico e virtuoso trabalho desenvolvido pela comunidade do IFSULDEMINAS! A presente publicação traz uma representação das ações de extensão desenvolvidas por nossa comunidade interna, evidenciando a relevância social das mesmas. Assim, visando uma melhor apresentação das atividades, a Revista foi assim segmentada: institucional, projetos, eventos e capacitações. No decorrer da publicação foram abordadas as mais variadas temáticas presentes: da educação à tecnologia, das ciências sociais e agrárias à saúde, produção e trabalho ao meio ambiente, da comunicação ao esporte e cultura. Agradeço a todos, aos entusiastas da Extensão, em especial aos colegas da Pró-reitoria de Extensão e aos coordenadores dos campi e ao nosso Reitor, pelo irrestrito apoio e fomento e, à equipe editorial, que tanto se dedicou para a gênese e efetivação desta obra. Aos leitores, destaco nossa alegria em compartilhar nossas ações. Boa leitura!

Reitor: Marcelo Bregagnoli • Pró-Reitor de Ensino: Giovane José da Silva • Pró-Reitor de Extensão: Cleber Ávila Barbosa Pró-Reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação: Sindynara Ferreira • Pró-Reitor de Administração: Honório José de Morais Neto Redação e Produção: Assessoria de Comunicação do IFSULDEMINAS (Érika Pereira Vilela, Camilo Antonio de Assis Barbosa, Luciene de Castro, José Valmei Bueno, Daniel Aroni, Heliese Fabrícia Pereira, Tatiana de Carvalho Duarte, Jéssica Caixeta, Helena Madeira Caldeira Silva) • Colaboradores: Diego Souza, Nildo Batista, Jacssane Andrade Revisão pelos Jornalistas: Camilo Antônio de Assis Barbosa, Érika Pereira Vilela, Renata Cunha B. da Silveira • Revisão de texto: Monalisa Aparecida Pereira Projeto Gráfico e Diagramação: Prof. Cleiton Hipólito Alves, Profª. Heliza Faria Pereira, Roberto Carlos Cavalcanti da Conceição, Carlos Gabriel Pesoti Jornalista Responsável: Érika Pereira Vilela - MTB 15551 Imagens: Arquivo IFSULDEMINAS e imagens ilustrativas Impressão: Tavares & Tavares Empreendimentos comercias LTDA • Tiragem: 1.000 exemplares • Distribuição Gratuita


Sumรกrio


INSTITUCIONAL

O Instituto Federal do Sul de Minas 06 Por que fazer intercâmbio? 08 Agricultura Familiar e Alimentação Escolar 10 Oportunidades no mercado de trabalho 12 Expedição IFSULDEMINAS 14 Jogos dos Institutos Federais (JIFs) 18 OBAP 22 Corrida de Rua 24

Projetos Alimentação Saudável Alimentação Integral e Vegetariana Apoio à Licenciatura Aprende Mais Aprendendo com as diferenças Arte e Pintura AutoBots: Robótica e Automação Certificação de Café Ação Solidária Contação de histórias Teatro para a comunidade Projeto Dançartes Economia Solidária Ecopontos IF Digital Laboratório de Informática Lixo Eletrônico Moda e Figurino Matemática em Mãos As Pedras do Brasil: riqueza mineralógica Pomar e Piscicultura Plantando Árvores Reinserção Social Tertúlias Artísticas Dialógicas Campo e Escola

32 33 34 36 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 54 55 56 58 59 60 61

Capacitações Curso Pré-Vestibular Cursinho Popular

64 65

Preparação para o futuro Cursinho Preparatório Educação Inclusiva Urgência e Emergência Curso para Educadores Turismo de Experiência Vamos Comer um Café?

66 67 68 70 71 72 73

Eventos Semana Cultural Cultura Setembro Azul V Semana das Diferenças 4º IF Aberto IF Compartilha IF Refloresta Tatame do Bem Acessibilidade Colheita e Pós-Colheita Dia de Campo Cafés Especiais Congresso de Educação Física Encontec 2017 Iguais nas Diferenças Consciência Negra Campeonato de Xadrez PICNIC Literário 1º Café Empresarial Cinema no Pano Mostra de Profissões Vitrine do Milho

76 77 78 79 80 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98


Institucional

O Instituto Federal do Sul de Minas

Missão do Instituto

Promover a excelência na oferta da educação profissional e tecnológica em todos os níveis, formando cidadãos críticos, criativos, competentes e humanistas, articulando ensino, pesquisa e extensão e contribuindo para o desenvolvimento sustentável do sul de Minas Gerais #6

Em 2018, a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica comemorou uma década de grandes conquistas. Instituída pela Lei 11.892, de 29 de dezembro de 2018, integra 38 Institutos Federais, 2 Cefets e o Colégio Pedro II. São 643 campi, mais de um milhão de matrículas e cerca de 80 mil servidores, dentre eles professores e servidores técnico-administrativos. Ao longo desses 10 anos, promoveu uma verdadeira revolução na formação profissional do país. No sul de Minas, as três escolas agrotécnicas de Inconfidentes, Machado e Muzambinho, tradicionalmente reconhecidas pela qualidade na oferta de ensino médio e técnico, deram origem ao Instituto Federal do Sul de Minas (IFSULDEMINAS). Para avançar com a missão de democratizar o ensino e oferecer educação profissional, também foram criados campi nas cidades de Passos, Poços de Caldas e Pouso Alegre, além de campi avançados em Carmo de Minas e Três Corações. Assim como as demais instituições da Rede, o IFSULDEMINAS assumiu o compromisso social de ampliar a oferta de educação pública, gratuita e de qualidade a jovens e trabalhadores do campo e da cidade, viabilizando acesso efetivo às conquistas científicas e tecnológicas, por meio da qualificação profissional em diversas áreas do conhecimento. Desde

sua concepção, os Institutos Federais têm como pilares básicos o Ensino, a Pesquisa Aplicada, a Inovação Tecnológica e a Extensão. Com mais de 26 mil alunos matriculados nos mais diversos cursos, a instituição conta com mais de 1.100 servidores efetivos. Desde 2008, já certificou mais de 90 mil estudantes. Responsável por consolidar a política de verticalização do ensino, ou seja, o acesso às diversas etapas educacionais na mesma instituição, oferta cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC), técnicos (subsequentes e integrados ao ensino médio), superiores (bacharelados, licenciaturas e tecnologias) e pós-graduação (lato sensu e stricto sensu).

Ensino, Pesquisa e Extensão


Revista de Extensão IFSULDEMINAS

Extensão como ferramenta de democratização do conhecimento Grandes avanços no crescimento da instituição foram possíveis devido ao bom relacionamento construído com a comunidade. Nesse sentido, a Extensão tem cumprido um importante papel, seja abrindo portas para receber diversos públicos ou criando meios para chegar até eles. Nessa empreitada, muitas ações de sucesso foram promovidas. Projetos, capacitações, programas e eventos têm contribuído para ampliar o acesso às políticas educacionais, impulsionar práticas esportivas, valorizar ações culturais, incentivar a cidadania, promover o pensamento inovador e diversas competências que vão além da sala de aula. A gestão estratégica da Pró-Reitoria de Extensão conta com as coordenações nos campi, que atuam com eficiência na execução das ações e no incentivo aos estudantes para envolvimento nos projetos e programas institucionais. Ao longo dos anos, a Extensão foi se consolidando como um elo indissociável entre Ensino e Pesquisa, propiciando que o

Agricultores também são beneficiados por diversas ações

Alunos de escolas públicas atendidos pelo IFSULDEMINAS

Programa de Equoterapia atende comunidade

IFSULDEMINAS cumpra a missão de contribuir para o desenvolvimento do sul de Minas Gerais. Entre as muitas ações, destacam-se também o apoio à geração de estágios e empregos, parcerias firmadas, oportunidades de intercâmbio acadêmico, proporcionando novas experiências a estudantes, e a participação no fortalecimento de ações do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), ao liderar e executar projetos em âmbito nacional, contribuindo para a disseminação de boas práticas. Nestes 10 anos, foram mais de 1.200 projetos, cerca de 1.700 eventos, quase 1.200 cursos e mais de 2.000 convênios celebrados. Outro indicador importante é o número de estágios pactuados na última década, foram quase 45 mil estudantes a vivenciarem uma experiência que, para muitos, se tornou a porta de entrada no mercado de trabalho. Cerca

de 200 alunos viajaram ao exterior para agregar conhecimentos a sua formação, assim como o Instituto tem contribuído com o currículo de mais de 60 alunos estrangeiros. Todas essas ações geram oportunidades de aprendizado e de inserção da instituição na comunidade, colocando em prática a missão de educar para transformar o mundo onde vivemos. Por meio da Extensão, o poder transformador da educação é potencializado ao incentivar servidores e estudantes a ultrapassarem os muros da escola, compartilhando saberes além da sala de aula.

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Institucional

Por que fazer intercâmbio? Instituto enviou mais de 200 alunos para o exterior e recebeu mais de 60 estrangeiros nos campi

Estudar no exterior é um sonho cada vez mais comum entre os estudantes brasileiros. Além de enriquecer o currículo e aprender outra língua, fazer um intercâmbio amplia a experiência de vida. Para os alunos do IFSULDEMINAS, esse sonho tem se tornado cada vez mais acessível. Desde 2013, a instituição conta com o Programa de Mobilidade Estudantil, que disponibiliza auxílio financeiro para as despesas com o intercâmbio. Ao todo, mais de 200 estudantes já viajaram para diversos países da América Latina e do Norte, Oceania e Europa para cursar parte das disciplinas em instituições conveniadas com o Instituto. Em contrapartida, os campi da instituição receberam mais de 60 alunos estrangeiros. Rafael Tenório é assessor de Relações Internacionais da instituição e explica que existem duas modalidades de apoio. “Temos editais que fornecem uma bolsa, a passagem e o seguro-saúde, mas também temos convênios com instituições no Peru, Colômbia e Portugal, por exemplo, que fornecem o alojamento e a alimentação pela própria universidade”. Segundo explicou, o valor total do auxílio para o intercâmbio pode chegar a R$ 12 mil por aluno. De acordo com o pró-reitor de Extensão, professor Cleber Ávila Barbosa, nos últimos anos a redução de orçamento das instituições federais ampliou a busca por parcerias. #8

Estudantes viajaram para o México

“Efetivamos convênios com instituições de ensino da América Latina. Assim, tivemos condições de ampliar a oferta do programa, mesmo em tempos de restrição de recursos”, ressaltou. O IFSULDEMINAS possui convênio com mais de 70 instituições de ensino estrangeiras. Em 2016 e 2017, mais de 60 alunos

tiveram a oportunidade de complementar seus currículos com disciplinas realizadas em universidades estrangeiras. México, Uruguai, Colômbia, Peru e Portugal foram alguns dos destinos escolhidos. A vivência, para além do aspecto acadêmico, trouxe a eles um importante elemento à formação da atualidade: o contato com culturas diferentes.

Viagem de Dário Carvalho para o Peru


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Destinos escolhidos Montevidéu foi o destino da estudante Amanda Araújo Silva. Ela estuda Ciências Biológicas no Campus Muzambinho e conta que foi motivada pela ideia de cursar matérias sobre meio ambiente. “Fizemos muitas práticas no campo, avaliamos a Bacia Hidrográfica de Santa Lúcia, muito importante no Uruguai, pois oferece água potável para 60% da população do país”. A intercambista aprendeu sobre contaminação e as leis ambientais do país, além da língua espanhola. “Para minha vida pessoal, aprender a comunicar melhor em outra língua e aprender a viver em um lugar totalmente diferente foi muito importante”. Mateus Roncon Dias viajou para Bogotá, na Colômbia. O estudante do

curso de Educação Física do Campus Muzambinho cursou Ciências del Deporte na Universidad de Ciencias Aplicadas y Ambientales (UDCA). Ele notou algumas diferenças de currículo entre a Educação Física e Ciências do Esporte, pois o foco do programa na universidade colombiana é administração esportiva e treinamento. “Apresentei alguns trabalhos, mas o que me marcou foi a oportunidade de ter uma vivência dentro de um clube esportivo chamado GOLSTAR, um clube de futebol feminino renomado em Bogotá e na Colômbia. Pude ver o trabalho dos treinadores e em alguns momentos também fui treinador. Eu acompanhei a categoria pré-juvenil nos treinos, jogos e viagens”. “O intercambio foi uma oportunidade única e surpreendente de conhecer uma cultura diferente, melhorar o espanhol, conhecer pessoas de outros países e fazer amizades. Foi uma etapa de muito aprendizado profissional e pessoal. Aprendi a conviver em harmonia com pessoas de outra cultura, pensamentos diferentes, respeitando a realidade de cada um”, contou Dário Carvalho Ramos, estudante do curso de Tecnologia Ambiental do Campus Inconfidentes, que fez intercâmbio na Universidade Señor de Sipan, no Peru.

Estudantes em universidade mexicana

A estudante Ana Beatriz Borges Pereira, do Mestrado em Alimentos do Campus Machado, realizou intercâmbio na Universidad Mayor de San Andrés (UMSA), na Bolívia. A aluna, que fez estágio em Laboratórios e estações experimentais da faculdade de Agronomia, contou que seu objetivo foi vivenciar uma experiência científicocultural. Ao voltar para Brasil, disse estar satisfeita com os conhecimentos adquiridos. “No laboratório, o professor instruía quanto aos experimentos e dava pequenas aulas com conceitos que foram muito importantes para o desenvolvimento da minha dissertação de Mestrado. Esse intercâmbio foi de grande valia para minha vida, tanto pessoal quanto acadêmica. Agradeço ao Instituto pela oportunidade”.

Dario na universidade

Amanda Araújo foi para o Uruguai

Estudante do Mestrado em Alimentos realizou intercâmbio na Bolívia

Colômbia foi o destino escolhido por Matheus Roncon Dias

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Institucional

Agricultura Familiar e Alimentação Escolar IFSULDEMINAS é referência nacional na implantação do PNAE Desde 2009, com a promulgação da Lei nº 11.947, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) tem avançado em toda a rede pública de educação básica. A legislação passou a garantir que, no mínimo, 30% dos recursos repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) fossem destinados à aquisição de produtos oriundos da agricultura familiar. Assim, as instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (EPCT) também passaram a receber esses recursos de forma complementar. Considerado um dos maiores programas de alimentação escolar do mundo, o PNAE estimula a produção agrícola local e a agricultura familiar de forma sustentável e promove a formação de hábitos alimentares saudáveis por meio da Educação Alimentar Nutricional (EAN). Nessa perspectiva e de forma pioneira na Rede Federal, desde 2012 o IFSULDEMINAS tem promovido ações extensionistas para incentivar a aquisição de alimentos da agricultura familiar. Seminários para discutir o tema, publicação de editais para incentivo a

projetos que visem o fortalecimento da AF, capacitações sobre o tema e outras iniciativas têm sido realizadas. Mesmo com o potencial de implantação do programa nas escolas, muitas dificuldades têm surgido na operacionalização das ações. Assim, em 2016 o IFSULDEMINAS começou a compartilhar sua experiência com os demais institutos federais do país. Em parceria com a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC/MEC), ofertou o curso “Gestão do PNAE e PAA Compra Institucional no âmbito da Rede Federal EPCT”, capacitando mais de 190 servidores na primeira edição. Com base nos conteúdos abordados, a equipe responsável

elaborou um manual com o objetivo de oferecer uma fonte de consulta para os servidores de toda a Rede que atuam no programa. A publicação, lançada em 2017, possui versão impressa e on-line, que pode ser acessada por meio do endereço: portal.ifsuldeminas.edu.br. Ainda no ano de 2016, foi fechada uma parceria com o Governo do Estado de Minas, permitindo a ampliação do público atendido pelo curso. A primeira edição certificou 174 servidores das escolas estaduais. Em 2017, mais 218 servidores estaduais foram capacitados. Posteriormente, novas parcerias foram firmadas abrindo oportunidades a servidores municipais e da Empresa de Assis-

Servidores da Superintendência Regional de Varginha participam de aula Inaugural

Servidores da Superintendência de Ensino da região de Pouso Alegre durante encerramento do curso

Aula inaugural do curso de Gestão do PNAE realizada no Campus Passos

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Estudantes se alimentam no refeitório do Campus Machado


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tência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG). Desde então, o IFSULDEMINAS já capacitou mais de 1.000 servidores em todo o país, contribuindo para a correta execução do programa e se tornando referência no que diz respeito à gestão do PNAE. Balanço da primeira turma de cursistas da Rede Estadual Uma aula final com os cursistas que participaram da primeira capacitação, voltada aos servidores estaduais, possibilitou a troca de experiências e um balanço das atividades. O encontro ocorreu em dezembro de 2016, na cidade de Pouso Alegre, e contou com 176 servidores das Superintendências Regionais de Ensino (SRE). A servidora Aloísia Rodrigues Hirata, coordenadora pedagógica do curso, avaliou de forma positiva os avanços sobre os aspectos conceituais, legais e práticos em relação à gestão do PNAE e às compras da agricultura familiar. “As discussões promoveram muitas reflexões sobre a alimentação escolar enquanto direito dos estudantes, além do entendi-

Projeto do IFSULDEMINAS é premiado em Congresso Internacional de Alimentação Escolar O projeto “Empoderamento das Mulheres Rurais de Conceição dos Ouros/MG: organização, desenvolvimento de produtos e acesso ao PNAE”, elaborado e desenvolvido pela servidora Aloisia Hirata, em parceria com a EMATER-MG, foi selecionado entre mais de 500 projetos e ações no concurso “Boas práticas de agricultura familiar para a alimentação escolar”, realizado

mento sobre a importância da compra de alimentos oriundos da agricultura familiar como política de promoção do desenvolvimento sustentável da região e segurança alimentar”. Para o professor Luiz Carlos Dias da Rocha, um dos instrutores do curso, a capacitação é importante para fomentar a troca de experiências. “Minha unidade de estudo foi sobre agricultores familiares e como as escolas podem se aproximar e se relacionar com a agricultura familiar de cada município. Foi a primeira vez que tratamos com um público que já conhece o PNAE, já implementa e realiza as compras. Tanto as soluções apresentadas por alguns, quanto as dúvidas levantadas por outros, foram muito ricas e proporcionaram um bom diálogo entre aqueles que tinham dificuldades e aqueles que já passaram pela mesma situação e trouxeram soluções”. Experiências dos cursistas Luciana Antônia Paiva Carvalho é diretora de uma escola estadual em Tocos do Moji, que pertence à Superintendência Regional de Ensino de Pouso Alegre. Para ela, o curso foi proveitoso. “Mais uma vez, pude ver a grande importância de um

em 2017. Premiado, junto com outras 25 ações, o projeto fez parte de um caderno publicado pelo FNDE e FAO. A idealizadora do projeto comentou a importância da conquista. “O reconhecimento é importante, pois sinaliza que estamos no caminho certo, que devemos nos envolver e nos dedicar a atender às reais demandas da sociedade e que a parceria entre o IFSULDEMINAS e a EMATER-MG, para o desenvolvimento de projetos de extensão, é muito potente e pode melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas”.

Cleber Ávila Barbosa, pró-reitor reitor de Extensão, recebe os cursistas da região de Pouso Alegre

nutricionista na elaboração do cardápio em um ambiente escolar, mas não é o que temos, hoje, na nossa escola. No curso, aprendi bastante, os fóruns de discussões foram bons e na prática, durante as aulas, vamos conscientizar os alunos sobre alimentação saudável”. Em seu primeiro ano como gestora de uma escola em Ouro Fino, a professora Ana Paula Gangi contou que fez o curso para conhecer melhor o funcionamento do programa. “Aprendi como é a questão da alimentação escolar e a relação com a agricultura familiar. O curso foi muito válido, o ambiente virtual foi bom também: leitura tranquila, postagens fáceis e leitura bem objetiva, que contribuirão para a prática do meu trabalho”.

Projeto promove empoderamento das mulheres por meio da fabricação de quitandas para alimentação escolar

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Institucional

Oportunidades no mercado de trabalho Feira de Estágios e Empregos

Aproximar estudantes e profissionais das vagas oferecidas pelo mundo do trabalho é o objetivo da Feira de Estágios e Empregos do IFSULDEMINAS. O evento nasceu em 2013. Promovido pela Pró-Reitoria de Extensão, tem ocorrido de forma itinerante nos campi da instituição para interagir com as diversas microrregiões de abrangência do Instituto. Aberta à comunidade e oferecida de forma gratuita, a Feira tem fortalecido as parcerias com empregadores de toda a região, ganhando mais parceiros a cada edição. Durante dois dias, uma programação dinâmica atrai estudantes e a comunidade da região. São oferecidos cursos, oficinas, palestras e workshops sobre assuntos variados. Um dos pontos fortes é a participação de empresas que montam estandes abertos à visitação com o objetivo de apresentarem seus negócios e captarem currículos destinados às vagas de empregos, estágios e trainees. No ano de 2016, nos dias 10 e 11 de novembro, o Campus Passos recebeu a

Autoridades durante a abertura da quarta edição

quarta edição da Feira, que contou com a parceria de 48 empresas de diferentes segmentos. O modelo do evento tem sido muito elogiado, se tornando uma forte referência para outras instituições. Kátia Lima Pereira, técnica em Assuntos Educacionais do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), esteve em Passos para conhecer a Feira. “Percebemos como estreitar os laços com a empresa e dialogar com o mercado de trabalho pode ser eficaz para os nossos alunos e para o estágio deles”, comentou.

Abertura da quarta edição do evento realizado no Campus Passos

#12

A edição foi aberta com a palestrashow “Tô na Universidade! E agora?”, proferida por Gustavo Becker, que compartilhou sua trajetória profissional relembrando a época em que era vendedor, assim como o momento em que se apaixonou pelo teatro e resolveu criar o formato de palestra-show, pelo qual é reconhecido. Gustavo mostrou a importância do estágio para o estudante, pontuando que “um estagiário tem a oportunidade de aplicar, na prática, o que aprendeu na teoria, além de poder avaliar a escolha de sua carreira”. O pró-reitor de Extensão do IFSULDEMINAS, professor Cleber Ávila Barbosa, considera a Feira um diferencial da instituição, onde há articulação com empresários de todo o sul de Minas, demonstrando o sucesso da interlocução. “Ter as melhores empresas conversando com os melhores alunos é promissor, é algo para o futuro”.


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Quinta edição teve recorde de público com a participação de mais de 2.500 pessoas

Em 2017, o Campus Machado recebeu a quinta edição do evento, registrando recorde de público, cerca de 2.500 participantes. Empregabilidade, empreendedorismo, lei de aprendizagem, currículo, competências necessárias à carreira, educação integrada e formação de novos hábitos foram alguns dos temas abordados durante a edição, que também registrou recorde de expositores, mais 60 empresas nos estandes de visitação. De acordo com a organização, durante os dois dias do evento mais de 950 currículos foram coletados.

André Luiz Tomé, colaborador do Sebrae, ministrou a palestra de abertura, que teve como tema motivação trabalhista. Ele falou sobre a importância da inteligência emocional para lidar com pessoas e construir relacionamentos saudáveis, além da motivação como peça fundamental para o engajamento no trabalho. Durante os dois dias de evento foram abordados temas como empregabilidade, empreendedorismo, lei de aprendizagem, currículo, competências necessárias à carreira, educação integrada, formação de novos hábitos, dentre outros.

Empresas montam estandes durante a feira

Abertura da quinta edição realizada no Campus Machado

Feira de Estágios destaque na mídia regional

Gustavo Becker proferiu a palestra “Tô na Universidade! E agora?”

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Institucional

Expedição IFSULDEMINAS Programa desenvolveu projetos de extensão em cidades de Minas Gerais e São Paulo O desejo de levar mais conhecimento à comunidade e de viver experiências inovadoras têm motivado estudantes do Instituto Federal do Sul de Minas a deixarem de lado uma semana das férias de julho para participarem do Programa Expedição IFSULDEMINAS. Criado em 2016 pela Pró-Reitoria de Extensão, o programa tem como objetivo implementar ações voluntárias em diversas comunidades em parceria com as prefeituras municipais. Inspirado no projeto Rondon, além da participação dos alunos também conta com a colaboração de servidores na execução das atividades propostas para as diversas cidades atendidas. Em sua segunda edição, o Expedição teve a participação de nove equipes de alunos e servidores que viajaram para os municípios mineiros de Pedralva, Poço Fundo, Tocos do Moji, Liberdade, Cássia, Campanha, Bom Repouso, Espírito Santo

Bom Repouso

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do Dourado e a cidade de Tapiratiba, no interior de São Paulo. As equipes apresentaram propostas de ações de acordo com as demandas de cada localidade. Uma das novidades dessa edição foi, justamente, uma visita precursora aos municípios atendidos. Essa melhoria foi implementada a partir da sugestão dos alunos e coordenadores em uma pesquisa realizada na primeira edição do programa. Segundo o pró-reitor de Extensão do IFSULDEMINAS, professor Cleber Ávila Barbosa, o programa tem sido considerado exemplo na rede federal, demonstrando excelentes resultados. “Sem dúvidas, a sintonia e a afinidade dos estudantes e servidores possibilitam ações profícuas como essa”.

160 pessoas. Cerca de 50 crianças participaram de uma gincana cultural. O projeto “IF Cultura Afora”, coordenado pela bibliotecária Heliese Fabrícia, contou com a participação de estudantes do Campus Poços de Caldas e foi executado na cidade de Campanha. Oficinas de desenho, oralidade, contação de histórias, GIFs literários, artes cênicas e corporais e exibição de curtas-metragens tiveram como finalidade unir arte, cultura e educação. As atividades alcançaram aproximadamente 670 alunos da rede pública de ensino de Campanha.

Projetos Em Bom Repouso, o projeto coordenado pela professora Lêda Gonçalves Fernandes, do Campus Machado, foi executado a partir de três tópicos principais: agricultura sustentável; alimentação saudável e boas práticas de administração. Merendeiras de escolas públicas aprenderam a preparar uma alimentação mais prática e saudável. Produtores rurais realizaram um curso sobre manejo integrado de pragas e doenças do morangueiro. Cerca de 200 pessoas participaram de uma capacitação sobre relacionamento interpessoal e trabalho em equipe. As plantas medicinais foram tema de outro curso que atendeu mais de

Espírito Santo do Dourado


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Campanha

As ações apoiaram o Festival de Inverno da cidade e contribuíram para o encerramento do semestre letivo nas escolas públicas ao promover atividades educacionais, lúdicas e recreativas aos alunos. O encerramento da participação da Caravana “IF Cultura Afora”

ocorreu com apresentação de coreografias inéditas sincronizadas e executadas pelo grupo de dança de rua de Poços de Caldas, The Power Music Dance. O professor Thiago Bernardes Jorge, do Campus Machado, coordenou o projeto “Resgate do conhecimento popular para a valorização cultural da cidade de Cássia”. A equipe reuniu participantes veteranos e três intercambistas bolivianos do curso de Agronomia. Entre as atividades promovidas, uma roda de conversa animou o Lar dos Idosos e oficinas de artesanato e de artes com barro e argila agitaram as praças da cidade.

Como demanda do município, a população aprendeu sobre a construção de uma fossa ecológica por meio de aulas práticas e teóricas. Mutirão de recolhimento, palestra abordando o destino correto do lixo, gincana sobre desenvolvimento sustentável e visita ao abrigo das crianças também fizeram parte das atividades realizadas pelos estudantes. Para o coordenador do projeto, o aprendizado foi intenso. “Aprendi muito com esses meninos. Fico satisfeito com as experiências proporcionadas a eles, que estão com uma bagagem científica e emocional muito grande, além da inicia-

Poço Fundo

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Institucional

Liberdade

tiva e proatividade. O Instituto está de parabéns pela ação”, comentou. “A transformação populacional do município de Espírito Santo do Dourado com a cultura do morango” foi o projeto coordenado pelo assistente social Fábio Geraldo de Ávila, do Campus Poços de Caldas. Devido ao choque da cultura local, com a migração decorrente da cultura do morango, foram articuladas capacitações

nas áreas de educação, saúde e práticas sustentáveis por meio de minicursos. A intervenção foi realizada no município por intermédio do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). Também foram desenvolvidas atividades de recreação voltadas para crianças, adolescentes e para a terceira idade. O projeto “Liberdade é Movimento”, do Campus Passos, foi coordenado

Pedralva

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pela professora Heliza Faria e executado na cidade de Liberdade. A equipe levou para o pequeno município uma programação recreativa, explorando um pouco de temas como turismo religioso, economia criativa, patrimônio e ocupação urbana, educação matemática, comunicação e educação financeira. Eles promoveram bate-papo com jovens, resgate da cultura oral, principalmente com os idosos. Cerca de 450 pessoas participaram de minicursos, palestras, brincadeiras e jogos com as crianças, exibição de sessões de cinema e uma gincana solidária. Na cidade de Pedralva, a equipe do Campus Avançado Carmo de Minas, coordenada pelo professor Lucas Barbosa Pelissari, desenvolveu o projeto “IF em ação: Campus Carmo de Minas promovendo o desenvolvimento regional”. Empreendedorismo, economia doméstica, aproveitamento dos alimentos, comunicação, sustentabilidade e informática foram alguns dos temas trabalhados por meio de palestras e minicursos. “A responsabilidade de levar o conhecimento de forma simples fez com que eu me sentisse útil. Pude ver que os dias de estudo me trouxeram um grande aprendizado que levarei para a minha vida pessoal e profissional. Ministrar o


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curso sobre aproveitamento e reaproveitamento integral dos alimentos fez com que olhasse de uma forma mais consciente para tudo aquilo que consumimos sem necessidade”, contou o aluno Edmilson. “Agricultura e Sustentabilidade” foi o projeto coordenado pela professora Sindynara Ferreira e pelo professor Fernando da Silva Barbosa, do Campus Inconfidentes, no município de Poço Fundo. A equipe estudou o perfil da cidade em função da forte atuação na agricultura, optou por desenvolver diversas ações na área. Os estudantes ensinaram a montar uma horta na escola, promoveram palestras sobre “Conscientização ambiental” e abordaram o tema “Arte de reciclar”. Eles realizaram, também, uma oficina de sabão caseiro, artesanato com feltro, ensinaram sobre manejo de agrotóxico na Cooperativa dos Agricultores Familiares de Poço Fundo (Coopfam) e abordaram temas variados como lixo, saúde e cidadania no bairro rural Paiolinho. Para colaborar com a geração de emprego e renda no município de Tapiratiba, o projeto “Semeando Saberes”, coor-

Tapiratiba

denado pela professora Lúcia Helena, do Campus Machado, foi executado na cidade. Várias áreas foram trabalhadas, como informática, saúde, formação empreendedora e cooperativas fraternas. Os estudantes também realizaram atividades culturais, como apresentação de stand up, exposição de fotos, caminhada cantante, entre outras. O projeto “Avante Expedição” foi realizado em Tocos do Moji por uma

equipe de alunos do Campus Machado, sob coordenação da professora Deliane Cristina Costa. Alimentação saudável; Combate e prevenção à dengue; Intoxicação por agrotóxicos e uso correto de EPI; Adubação na cafeicultura; Associativismo; Mastite em bovinos; Plantio de Mudas de árvores; Ecoturismo; Educação ambiental e Mostra de cursos foram algumas das atividades desenvolvidas pela equipe.

Tocos do Moji

#17


Institucional

Jogos dos Institutos Federais (JIFs) IFSULDEMINAS sediou a Etapa Nacional em Poços de Caldas

Cerimônia de abertura

Entre os dias 03 e 08 de outubro de 2017, o IFSULDEMINAS recebeu, em Poços de Caldas, cerca 1.200 estudantes de todo o país para a disputa da etapa final dos Jogos dos Institutos Federais (JIFs). Uma solenidade realizada no dia 03 de outubro, no Centro de Convenções, marcou o início da competição que envolveu 11 modalidades esportivas: atletismo, natação, judô, vôlei de areia, tênis de mesa, futebol, xadrez, vôlei de quadra, handebol, futsal e basquete. Evento que envolve todas as instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica do país, a Etapa Nacional do JIFs é uma confraternização promovida por intermédio do Ministério da Educação (Setec/ MEC) e do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação

#18

Profissional e Tecnológica (Conif) com o objetivo de incentivar o esporte entre os estudantes e também para a integração da comunidade escolar. São classificados para essa etapa os melhores atletas das fases locais e regionais em cada modalidade esportiva. A cada ano uma instituição da Rede Federal fica responsável pela organização da fase nacional, que acontece de forma itinerante na cidade-sede da instituição realizadora. A competição é organizada em três fases. A primeira etapa é local e acontece na própria instituição. Os classificados vão para a etapa regional e por último, os melhores classificados disputam a etapa nacional. O IFSULDEMINAS disputou todas as modalidades esportivas da etapa final com uma

delegação formada por aproximadamente 150 alunos, além de 20 servidores e colaboradores que acompanharam a equipe. Abertura A cerimônia de abertura reuniu estudantes, professores e autoridades de 34 instituições federais de ensino técnico e profissional de todas as regiões do Brasil para darem início à etapa nacional da disputa. Aproximadamente 1.500 pessoas prestigiaram a solenidade. Em um dos momentos mais empolgantes da cerimônia, as bandeiras de todos os estados brasileiros foram conduzidas pelos atletas e as delegações foram acolhidas no auditório do


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Centro de Convenções. O símbolo mais representativo dos jogos olímpicos, a tocha, foi conduzida pelo judoca vice-campeão olímpico e campeão mundial da categoria médio, Carlos Eduardo Honorato. Foi ele quem acendeu a pira. O público, em pé, recebeu a bandeira oficial dos Jogos dos Institutos Federais conduzida pela estudante do Campus Pouso Alegre, Bárbara Hellen, campeã mundial de Karatê, disputado em Agra, na Índia, e pelas campeãs da Etapa Nacional do JIFs, na modalidade xadrez, Jaqueline, Marina e Lígia, do Campus Muzambinho. Além da competição Olhares atentos da torcida, concentração total dos atletas. Assim foram as disputas das onze modalidades esportivas que exigiram garra dos competidores. A vontade de conquistar o primeiro lugar mobilizou as equipes, que se esforçaram ao máximo e disputaram partidas e jogos acirrados. Nesse clima, o espírito de coletividade das equipes foi colocado em cheque. Mas o que se pôde observar foi um clima

Apresentação artística na abertura

de solidariedade dos jovens uns com os outros, um dos aprendizados mais importantes do esporte. Outro momento especial dos Jogos foi a apresentação de uma modalidade inclusiva. Os estudantes tiveram a oportunidade de interagir com os atletas do Goalball, um esporte praticado por deficientes visuais. Embora os Jogos dos Institutos Federais sejam um momento destinado ao esporte, também foi uma oportunidade de os estudantes e professores

conhecerem outras culturas, fazerem amizades e de se divertirem. Para isso, a organização do evento preparou momentos de descontração e de entretenimento. Eles puderam se divertir no Parque de Diversões Walter World e nos momentos de descanso visitar os atrativos da cidade de Poços. Participação do IFSULDEMINAS Nos últimos anos, a participação dos estudantes do IFSULDEMINAS nos JIFs

Banda do Campus Inconfidentes

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Institucional foi potencializada com a representação do Instituto em todas as modalidades disputadas. De acordo com o pró-reitor de Extensão, professor Cleber Ávila Barbosa, a ampliação e fortalecimento das ações de fomento ao esporte foi uma solicitação do reitor do Instituto, professor Marcelo Bregagnoli. A partir disso, foi feito um planejamento detalhado de fomento às atividades, como o lançamento de editais de incentivo a projetos, a institucionalização do Dia do Esporte no calendário acadêmico, apoio à participação dos alunos em competições e a promoção de vários eventos, inclusive regionais. “Os ganhos para os nossos alunos são evidentes, como saúde, disciplina, autoconfiança, espírito de equipe e companheirismo, contribuindo diretamente na sua formação. As equipes representantes do Instituto Federal do Sul de Minas na Etapa Nacional do JIFs foram definidas em maio, quando a etapa local dos jogos foi disputada no Campus Passos. Por sediar os Jogos dos Institutos Federais 2017, o IFSULDEMINAS teve todas as equipes vencedoras classificadas automaticamente, sem disputar a Etapa Regional.

Vôlei

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Entrada das equipes

Equipe de handebol

Prova de Atletismo

De acordo com o Chefe da Delegação, professor Carlos Henrique Paulino, o método de seleção dos melhores atletas tem o objetivo de alcançar os melhores resultados, além de motivar os estudantes que se destacam pela entrega, esforço e

humildade. “Escolhemos aqueles que aprenderam a jogar para a equipe e a não serem estrelas, que superam a vaidade e a carência de aparecer mais do que o outro. O esporte caminha por meios contrários à vaidade e ao individualismo”, explicou o docente.

Natação


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Um dos resultados mais importantes para a instituição foi o ouro no futebol conquistado pelo time do Campus Inconfidentes. Com a vitória, a instituição conquistou, pela primeira vez, o título de melhor time de futebol da Rede Federal. “Foi emblemático nosso time de futebol ter sido campeão nesse esporte tão popular. Os jogadores e as demais equipes demonstraram garra na competição e o nosso balanço foi extremamente positivo, saímos vitoriosos em campo e fora dele”, comentou o reitor do IFSULDEMINAS, professor Marcelo Bregagnoli.

Judô

IFSULDEMINAS na final do Futebol

Tênis de Mesa

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Institucional

OBAP

Olimpíada testa conhecimentos de estudantes da área de Agropecuária Desde 2011, o Instituto Federal do Sul de Minas realiza, anualmente, a Olimpíada Brasileira de Agropecuária (OBAP), uma competição que reúne estudantes de todas as regiões do país para desafios práticos e teóricos. No ano de 2017, a sétima edição do evento foi sediada em Barbacena, no campus do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais. A olimpíada é organizada pela Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação do IFSULDEMINAS, com o apoio da Embrapa e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Já a fase presencial da competição conta com a parceria da instituição responsável por sediar o evento. A OBAP tem como objetivo incentivar alunos de cursos técnicos subsequentes e integrados ao ensino médio a participarem de atividades de pesquisa e de inovação. A edição 2017 contou com duas fases: uma escolar (virtual) e uma final (presen-

Equipe vencedora da modalidade Técnico Integrado

cial). A primeira fase foi realizada entre os dias 1º e 3 de agosto e foi composta por 40 questões de múltipla escolha. Já a segunda fase (presencial) ocorreu entre os dias 1º e 3 de setembro e compreendeu duas etapas: prova teórica que envolveu 20 questões de múltipla escolha e cinco discursivas; e provas práticas propostas

Prova teórica

#22

pela organização. A fase presencial desafia os estudantes a colocarem em prática não só conhecimentos, mas também habilidades. Em uma das provas práticas, os participantes fizeram a retirada de solo para análise de uma área delimitada no IFSUDESTE- Campus Barbacena. Em outro momento, identificaram a


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falta de nutrientes das plantas por meio de fotos de diversas espécies. Ao todo, foram 60 equipes a participarem dessa fase, 50 na modalidade Técnico Integrado e 10 na modalidade Técnico Subsequente. As equipes classificadas nos primeiros lugares e os estudantes com melhor desempenho receberam troféus e medalhas. Durante a cerimônia de premiação, a expectativa e surpresa tomaram conta dos competidores que receberam os resultados com muita emoção. Além da premiação final, os estudantes com a melhor classificação foram convidados a participarem de uma seletiva para integrarem a equipe que disputa a Olimpíada Internacional de Ciências da Terra (IESO). Segundo o idealizador da competição e reitor do IFSULDEMINAS, professor Marcelo Bregagnoli, a OBAP valoriza o ensino técnico agrícola. “Somos o segundo curso técnico de maior expressão no Brasil. Estamos sempre tentando melhorar o evento. Com a revisão das normas, tivemos a melhor das provas qualitativas”. Os estudantes Julião Gonçalves Guimarães, 21 anos, Licínio da Cruz Gama, 24, e João Serafim Almeida da Costa Júnior, 22, do curso Técnico Subsequente em Agronegócios do Campus Itacoatiara, do Instituto Federal do Amazonas (IFAM), chegaram a

Cerimônia

Barbacena confiantes em uma boa classificação, mas acabaram assustados com a prova prática. “Foi difícil mexermos com o solo daqui. Estava complicado fazer a retirada das amostras. Estamos acostumados com a nossa região que é mais úmida”, lembrou Julião. Porém, isto não fez com que a prova não fosse executada com qualidade, completando os pontos que levaram o grupo ao primeiro lugar de sua categoria. “Foi uma experiência enriquecedora. A gente aprendeu muito durante a competição”, analisou Licínio. Representantes de Santa Catarina e do Amazonas ficaram com os primeiros lugares da etapa final. A equipe Helicoverpa II, do Instituto Federal do Amazonas – Campus Itacoatiara, ficou com o ouro

Prova prática

na categoria Ensino Técnico Subsequente. Já o grupo Jim – Os transgênicos, do Instituto Federal Catarinense – Campus Videira, alcançou a maior pontuação na modalidade Técnico Integrado ao Ensino Médio. Os vencedores receberam medalhas e troféus. Também foram premiados os estudantes com melhores notas individuais e os que apresentaram os vídeos mais significativos de suas regiões. Projeto de Internacionalização Os competidores com as melhores notas individuais também são convidados a participarem de uma seletiva para compor a equipe que disputa uma competição internacional correlata à OBAP, a Olimpíada Internacional de Ciências da Terra (IESO), que a cada ano é realizada em um país. Além dessa articulação com a IESO, mais uma novidade foi anunciada durante a premiação da sétima edição, a internacionalização da Olimpíada. Desde 2018, já podem se inscrever para a competição estudantes oriundos das nações pertencentes à Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). A partir de 2019, a competição foi aberta também a estudantes de países de língua espanhola, especialmente da América do Sul. #23


Institucional

Corridas de Rua Circuito incentiva qualidade de vida e interação com a comunidade

Competidores aguardam largada

Com objetivo de estimular alunos, funcionários, servidores e demais membros da comunidade a praticarem uma modalidade esportiva em ascensão, o Instituto tem realizado várias etapas do “Circuito IFSULDEMINAS de Corrida de Rua”. Além de promover a melhoria da qualidade de vida, a ação busca aproximar a instituição da comunidade.

Participantes do II Circuito de Corrida Rua do IFSULDEMINAS

#24

Em 2015, a primeira edição do evento ocorreu em Muzambinho e ofereceu 300 vagas. No ano de 2016, além da Etapa Muzambinho também foi promovida a Etapa Pouso Alegre, reunindo cerca de 600 participantes nas duas edições. No ano de 2017, quase 1.000 corredores disputaram as etapas realizadas nas cidades de Muzambinho, Passos e Poços de Caldas. De acordo com um dos organizadores do evento, professor Fabiano Fernandes da Silva, o objetivo principal do projeto inicial está acontecendo: “difundir a corrida de rua em todas as cidades em que há um campus do IFSULDEMINAS. Isso está sendo muito gratificante”. As etapas do Circuito IFSULDEMINAS de Corrida de Rua contam com provas nas distâncias de 10 km e 5 km e uma caminhada de 5 km. As disputas são divididas

em categorias masculinas e femininas, além de levarem em consideração a faixa etária dos participantes. Todos os corredores que completam as provas recebem medalhas de participação. Também são premiados com troféus os primeiros colocados de cada categoria. Etapas Muzambinho A segunda Etapa Muzambinho de Corrida de Rua aconteceu no dia 10 de setembro de 2016. Cerca de 300 pessoas participaram das modalidades de corrida e caminhada. A largada e a chegada foram realizadas na Avenida Doutor Américo Luz. Para cada modalidade, um trajeto foi demarcado com apoio da equipe organizadora, composta por alunos do curso de Educação Física e agentes da Polícia.


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Já a Etapa Muzambinho do ano de 2017 foi realizada no dia 24 de setembro, com a participação de mais de 400 corredores. Ela aconteceu dentro do próprio Campus Muzambinho. Os participantes tiveram que percorrer um trajeto com ruas de terra, algumas subidas leves e outras mais íngremes, acompanhadas de paisagens dos cafezais da instituição. Durante o percurso, os atletas tiveram acesso a pontos de distribuição de água. Ao final, também receberam frutas e isotônicos.

Entrega dos kits aos mais de 300 participantes da Etapa Muzambinho

As provas da Etapa Pouso Alegre contaram com cerca de 250 inscritos

Etapa Pouso Alegre Em Pouso Alegre, a corrida foi promovida no dia 28 outubro de 2016 e contou com a parceria da Polícia Militar, Exército, Prefeitura e Guarda Municipal, além dos patrocinadores. A largada e a chegada foram na Avenida Vicente Simões, em frente à Reitoria do Instituto. As provas contaram com cerca de 250 inscritos. Cada participante recebeu

um Kit atleta composto por número de identificação, chip de cronometragem retornável, medalha, isotônico, frutas (para aqueles que completarem a prova) e camiseta personalizada. O primeiro lugar na categoria servidor masculino foi conquistado por Grenei Alves, do Campus Machado. “Foi um momento muito oportuno e interativo com os participantes. O evento foi

Entrega de premiação

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Institucional bem organizado. O percurso estava bem sinalizado, com pontos de hidratação suficientes. Essa iniciativa é uma excelente forma de interagir com a comunidade e incentivar a prática esportiva”. Etapa Poços de Caldas No dia 10 de outubro de 2017, foi a vez da cidade de Poços de Caldas receber a Etapa do Circuito IFSULDEMINAS de Corrida de Rua. Sob um sol escaldante, 400 atletas concluíram o percurso no tempo determinado e receberam medalhas. Na Etapa, a novidade ficou por conta do percurso. A largada aconteceu em frente ao Campus Poços e seguiu pela Avenida ALCOA, diferente de outras corridas que, tradicionalmente, acontecem na Avenida João Pinheiro. Para Fernando Sandy, atleta

Etapa Poços de Caldas do Circuito IFSULDEMINAS de Corrida de Rua reuniu 400 corredores

ganhador do primeiro lugar na categoria Geral e integrante da equipe Pé Q Voa, o evento veio para ficar. “Adorei a prova por ter um percurso inovador. Quem correu 10 km não ficou só no plano, tinham muitas subidas. Vários atletas da região estiveram presentes. Prova com batedores, cones, staff, e muito bem organizada”. Etapa Passos

Mais de 150 competidores disputaram a Etapa Passos do Circuito

A Etapa Passos foi realizada no dia 29 de outubro de 2017 e reuniu mais de 150 competidores. Grande

Premiação dos participantes da Etapa Passos

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parte deles já pertencia a grupos de corrida, academias ou clubes. Alguns mais experientes participaram com o objetivo de conquistar o tão sonhado troféu. Outros foram motivados pela diversão e satisfação que a modalidade proporciona, além daqueles que consideram a prática importante para o bem-estar e a saúde. Antonino da Silva Júnior, associado de um clube da cidade, conquistou o primeiro lugar na categoria 40 a 49 anos. Ele correu 10 km em 39 minutos e 24 segundos, batendo seu recorde pessoal. “Foi uma surpresa para mim, nunca tive um tempo tão baixo. A minha atividade-fim é o triatlo e eu faço corrida para aprimorar essa modalidade”, comentou.


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Etapa Muzambinho

Etapa Passos

Etapa Poรงos de Caldas

Etapa Pouso Alegre

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Projetos


Projetos

Equoterapia

Método terapêutico que utiliza cavalos promove saúde e inclusão O Campus Machado mantém um Centro de Equoterapia, que atua por meio de métodos terapêuticos, promovendo saúde e inclusão social de pessoas com necessidades especiais. Em 2017, as ações foram fortalecidas com a participação de diversos profissionais, como: psicólogo, professor de educação física, fisioterapeuta e zootecnista, além dos estudantes que integram o Grupo Assistido de Pesquisa e Extensão em Equinocultura (GAPE - Equinocultura). O setor conta com toda a infraestrutura de baias, piquetes, pistas de areia, redondel, sala de equoterapia, banheiros adaptados e equinos. Um curso de equitação foi promovido para os alunos do campus, com o objetivo de treiná-los para atuarem como auxiliares guias e auxiliares laterais nos atendimentos. O envolvimento dos estudantes da instituição contribui para a aproximação com a comunidade, além de aumentar o interesse na área, combater o preconceito e promover

Profissionais de diversas áreas acompanham praticante durante sessão de equoterapia

o contato com os praticantes, como contou a então estudante de Zootecnia e colaboradora, Regina Oliveira de Jesus. “Quando cheguei, não tinha convívio com os animais e nem com os praticantes. Esse contato me trouxe um aprendizado muito importante.

Praticante da equoterapia faz carinho no animal antes de sessão começar

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A evolução dos atendidos é o que mais me impressiona”. As estudantes de Zootecnia, Suzane Inácio Campos e Yasmin Letícia Carvalho, realizaram pesquisas sobre o assunto. Suzane participava do projeto desde 2013 e desenvolveu uma pesquisa financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). “Podemos ver a interação dos alunos com os participantes, o que proporciona uma realidade totalmente diferente. Ajudar e ver o progresso é uma satisfação. Algo gratificante e totalmente incentivador”. Já Yasmin, naquele ano, participou do projeto e utilizou os dados do curso de extensão para o trabalho de conclusão de seu curso de graduação. Segundo ela, “as atividades visam ao bem-estar dos participantes e proporcionam uma melhor mobilidade, tornando-os mais independentes da família”.


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Profissionais que atuam no campus também trabalham como voluntários no projeto. Para a professora de Educação Física, Adriana Rabelo, “a equoterapia permite associar a paixão que tenho pelo animal com minha profissão, utilizando os conhecimentos sobre movimentação motora e equilíbrio, juntamente ao da fisioterapia”. Já a também voluntária e fisioterapeuta, Sara Matozo, destacou a importância de divulgar a oferta da equoterapia no campus. “Nossas atividades estimulam desde a parte afetiva até a parte motora do praticante”. Relatos Para Marcos Vinicius da Silva, irmão de um dos participantes atendidos pelo projeto, a equoterapia tem ajudado muito na evolução do irmão. “É algo diferente, que nos chamou a atenção e nos fez trazê-lo. Sabíamos do seu apreço por cavalos e, após o início das atividades, vimos uma mudança enorme. Ele não tinha contato com outras pessoas, apenas com os familiares. Com a equoterapia, aprendeu a se socializar”. Meire da Silva, mãe de um participante, relatou que, nas primeiras aulas, o filho era nervoso e que, por meio das sessões, foi aprendendo a ter domínio sobre si mesmo.

Praticante acompanhado pela equipe

Cinara de Assis possui um filho que participa do projeto havia três anos. “Ele tinha dificuldade em controlar o tronco e, agora, já está tendo uma grande evolução, conseguindo se sentar. Além disso, houve melhora na fala e na atenção. O projeto é ótimo e sempre indico para mães com filhos especiais ou com dificuldades motoras, pois traz um grande aprendizado para a vida”.

Sessão dura cerca de 30 minutos

Cavalos são treinados para atendimento

Praticante com dificuldade motora

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Projetos

Alimentação Saudável

Projeto incentiva alimentação saudável de crianças em Inconfidentes Alunos do curso de Engenharia de Alimentos do Campus Inconfidentes realizaram atividades que buscaram, por meio de atividades lúdicas e interativas, incentivar a alimentação saudável das crianças que estudam no Centro Educacional Américo Bonamichi (CEMAB), da Rede Municipal de Ensino da cidade de Inconfidentes (MG). O projeto foi desenvolvido pelos estudantes Gizele Cristina da Costa e Sidnei Aparecido dos Reis, sob a orientação da professora Verônica Soares de Paula Morais, e contou com o apoio da voluntária Islaine de Castro Domingues. Entre as atividades desenvolvidas no projeto, o preparo de bolachas saudáveis foi um dos principais destaques. As crianças estiveram no setor de processa-

mento de frutas e hortaliças da Fazenda Escola do Campus Inconfidentes e utilizaram moldes em forma de desenhos para produzir as bolachas. Os graduandos também incentivaram - por meio de brincadeiras, vídeos, jogos e gincanas - uma alimentação adequada e saudável, priorizando a inserção de produtos regionais no consumo diário da criança. “No encerramento do projeto, todos os participantes estavam extremamente motivados, de forma que os familiares, ao receberem o relato da prática pelas crianças, mostraram interesse pelos produtos desenvolvidos. A recepção positiva demonstrou como atividades lúdicas são capazes de estimular crianças a terem bons hábitos alimentares”, comentou a orientadora do projeto, a professora Verônica Morais.

Estudantes utilizam moldes diferenciados para fazer bolachas

Atividades no setor de processamento de frutas e hortaliças da Fazenda Escola do Campus Inconfidentes

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Alimentação Integral e Vegetariana Agricultores e microempresários são capacitados para produção de alimentos integrais e vegetarianos Estudantes, servidores e a comunidade do Campus Machado passaram a contar, em suas cantinas, com a opção de alimentos integrais e vegetarianos. A inclusão desses produtos ocorreu depois que o instituto ofereceu capacitação para agricultores e microempresários. A proposta teve o apoio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), do Governo Federal. Muito mais que uma opção alimentar, os benefícios do projeto alcançaram os agricultores familiares da cidade. A oportunidade também foi estendida aos profissionais que já ofereciam lanches não vegetarianos para o campus e comunidade. O pontapé inicial ocorreu por meio de uma pesquisa para verificar o conhecimento e o interesse pela capacitação para trabalhar com esse tipo de produto. Das 64 pessoas que responderam à pesquisa, 58 eram agricultores familiares e metade deles tiveram interesse em se capacitar. Quanto ao desejo de se cadastrarem como microempreendedores individuais (MEI), 23 agricultores familiares responderam positivamente. Capacitação Trinta e três pessoas, dentre agricultores familiares e fornecedores de

Participantes do curso aprendem a preparar lanches vegetarianos e integrais

lanches tradicionais, participaram da “Capacitação Profissional em Produção de Lanches e Salgados Vegetarianos com Cereais Integrais”, ministrada pela docente Maria de Lourdes Lima Bragion, na Cozinha Experimental do Departamento de Ciência dos Alimentos. Durante o curso, foram ensinadas, na prática, receitas de lanches, como: hambúrguer de proteína de soja, montado com pão integral; esfirra de proteína de soja; massa integral e pastel assado de palmito, produzido com massa integral. Além do curso, houve uma palestra com orientações sobre a abertura de empresas como microempreendedores. Segundo o professor Nivaldo Bragion, “os produtores familiares foram beneficiados ao se capacitarem, pois poderiam utilizar a habilidade para a obtenção de renda extra. Já os profissionais, eles

se especializaram para atender a um segmento de mercado em pleno crescimento”. Uma das participantes do curso, Maria Aparecida Corrêa, da cidade de Machado, já fornecia salgados convencionais para as cantinas do campus e quis expandir seu conhecimento. Após o curso, ela passou a fornecer variados salgados veganos. Os novos produtos foram aprovados e inseridos nas cantinas escolares, aumentando as opções alimentares. Logo depois da capacitação, Maria começou a oferecer cerca de 60 salgados semanais para o campus. “Sinceramente, eu amei o curso! Antes, eu não sabia fazer esse tipo de alimento. Eles trouxeram um aumento significativo para minha renda. Além de fornecê-los para a instituição, tenho sido muito procurada por amigas e clientes que querem experimentar”, explicou.

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Projetos

Apoio à Licenciatura

Bolsistas do PIBID realizam ações para melhoria da educação na rede pública

I Encontro do PIBID – Subprojeto de Educação Física

O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) é uma ação do Ministério da Educação (MEC) que tem como objetivo antecipar o vínculo entre os licenciandos e a sala de aula, além de contribuir com a melhoria da qualidade do ensino. Com esses objetivos, o programa oferece bolsas aos alunos de licenciatura que se dedicam ao estágio em escolas da rede pública. No Campus Muzambinho, em 2016 e 2017, bolsistas do PIBID - Educação Física e PIBID - Ciências Biológicas executaram ações variadas. PIBID – Educação Física Cerca de 30 alunos do Ensino Integrado do Campus Muzambinho participaram das atividades físicas propostas por cinco bolsistas e dois voluntários que coordenaram as ações. As aulas

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ocorreram, semanalmente, para incentivar a vivência prática dos licenciandos do curso de Educação Física, sob orientação dos professores Tuffy Brant e Raimunda Beserra da Silva. As intervenções dos licenciandos foram realizadas durante as aulas de educação física que, durante o segundo semestre, abrangeram esportes de aventura, além de temas como gênero e sexualidade. I Encontro do PIBID - Educação Física Promovido no Centro de Ciências Aplicadas à Educação e Saúde (CeCAES), do Campus Muzambinho, o I Encontro do Subprojeto de Educação Física reuniu cerca de 120 participantes no dia 12 de abril de 2017, entre alunos do programa, estudantes e egressos do curso de Educação Física, além de professores das

redes municipal, estadual e particular das cidades de Muzambinho, Guaxupé e Monte Belo. Esse I Encontro do PIBID contou com uma palestra sobre “Perspectivas da Educação Física Escolar e o PIBID”, ministrada pelo professor Mateus Camargo, e com quatro oficinas sobre: “Lutas no contexto da Educação Física Escolar”, ofertada pelo professor Marcos Roberto So, do Campus Pouso Alegre; possibilidades de “Tai Chi Chuan na escola”, realizada pelo professor Paulo Di Nizo, presidente da Federação Paulista de Kung Fu; “Jogos e brincadeiras na escola”, realizada pelo professor Rogério Grillo; e “Educação Física e Pedagogia Histórica”, ministrada pelos professores Gustavo Mello e Ana Flávia Lima Oliveira. Ao final do encontro, ainda foi ministrada a palestra “O PIBID na formação dos alunos do IFSULDEMINAS”, pelo professor Rafael Kocian.


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planejadas aulas nas quais o objetivo foi o reconhecimento dos sintomas das doenças transmitidas pelos insetos e, principalmente, a prevenção por meio de ações de cuidado com o Meio Ambiente. PIBID - Ciências Biológicas

Prática para Inclusão

Semana da Saúde

Ainda no mês de abril de 2017, o PIBID - Biologia propôs uma atividade prática, que dividiu os participantes em duplas, nas quais uma pessoa era vendada e a outra deveria auxiliar o colega em atividades cotidianas, como andar pelo campus, beber água, dentre outras. Segundo os organizadores da apresentação, essa prática teve como objetivo desenvolver o sentimento de empatia nos pibidianos, mostrar as dificuldades enfrentadas por cegos e verificar se o instituto está adaptado para incluí-los na comunidade escolar. Outro tema abordado foi a inclusão de pessoas com necessidades especiais nas universidades e mercado de trabalho por meio de atendimento diferenciado, provas disponibilizadas em Braille, prova ampliada, prova superampliada, tradutor-intérprete de LIBRAS, leitura labial, auxílio leitor, auxílio para

Durante o mês de abril de 2017, ações da Semana da Saúde na Escola foram realizadas, segundo recomendação dos Ministérios da Saúde e da Educação, com o intuito de promover uma discussão sobre a saúde nas unidades de ensino. Na Escola Estadual Professor Salatiel de Almeida, a semana da Saúde na Escola teve participação efetiva dos alunos do Campus Muzambinho, por meio do PIBID - Ciências Biológicas, que planejaram e colocaram em prática várias atividades nas turmas do Ensino Fundamental, do Ensino Médio e da EJA noturno. O tema proposto pela Secretaria Estadual de Educação (SEE) foi o combate ao mosquito Aedys Aegypti. Além do combate ao transmissor da dengue, foram discutidas doenças transmitidas pelo haemagogus e sabethes, barbeiro e carrapato. Foram

Aulas sobre preparo de hortas

Projeto para alunos do ensino médio e fundamental na piscina do Campus Muzambinho

transcrição, guia-intérprete, mobiliário acessível no local de aplicação das provas e sala de fácil acesso. Por fim, foram apresentados laudos de alunos com deficiências das escolas estaduais onde o PIBID atua e discutida a melhor forma de trabalhar com esses alunos, preocupando-se com a inclusão total deles nas atividades propostas pelo projeto. Reforma do Ensino Médio Outra atividade realizada pelo PIBID - Biologia foi um seminário sobre a Reforma do Ensino Médio no Campus Muzambinho. A ideia surgiu da urgência em discutir o tema e da constatação de que a maior parte da comunidade escolar (pais, professores e alunos) e sociedade desconhecia o teor do texto aprovado e quais seriam os impactos futuros na educação do país. Segundo a supervisora do PIBID, professora Leda Maria Silva, “o tema é polêmico, pois a mudança ocorre sem debate com a sociedade e a comunidade escolar. A maior parte dos alunos do Ensino Médio não tem ideia do que se trata a Reforma, conforme constatado pelos organizadores do seminário, que entrevistaram alunos da Escola Salatiel de Almeida”.

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Projetos

Aprende Mais

Campus Machado oferece esporte, música e artesanato para 115 crianças em Poço Fundo

Alunos de escola da rede estadual de Poço Fundo realizam aulas de judô pelo projeto “Aprende Mais”

Desde 2015, o “Jita-Kyoei” faz parte das atividades desenvolvidas pelo Campus Machado. O projeto conta com aulas de judô para alunos da Escola Estadual José Bonifácio, em Poço Fundo. O sucesso foi tanto que ganhou novas formas e se tornou o “Aprende Mais: esporte, música e artesanato”, atendendo a 115 crianças de 6 a 14 anos. Foi pensando em combater a evasão escolar que a professora Kátia Alves, com o apoio de cinco bolsistas, uniu essas três vertentes em busca de um mesmo objetivo: criar um espaço para o desenvolvimento integral de jovens. “São projetos que integram e sociabilizam os participantes. Despertam o espírito de equipe, a consciência cultural, individual e coletiva, além do desenvolvimento psíquico, físico,

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intelectual e social”, explicou. Para a diretora da Escola Estadual, Rita de Cássia Silva da Costa, “o Aprende Mais é um grande aliado no desenvolvimento integral dos jovens, principalmente os menos favorecidos. Oferece um horizonte para o desenvolvimento e a integração social, econômica e cultural, criando a oportunidade para que desenvolvam potencialidades, ampliando a visão de mundo, valorizando suas raízes, aumentando a autoestima e conscientizando-os sobre seu papel como cidadãos”. Banda marcial e artesanato Na área de música, foi desenvolvido um subprojeto da Banda Marcial, que conta com 62 participantes sob a

coordenação de um maestro bolsista. Eles ensaiam com instrumentos de sopro (trombone de vara, bombardino, baixo de tuba, sax alto Eb, sax tenor Bb e clarinete) e percussão (tarol, caixa de guerra, bombo, surdo e pratos). A banda se destacou em diversas apresentações, como a Mostra Cultural realizada no dia 7 de Setembro e no aniversário de Poço Fundo. Também foi atração no Festival de Arte e Cultura do IFSULDEMINAS, sediado pelo Campus Machado. Já as aulas de artesanato contaram com 30 participantes, distribuídos em duas turmas. Foram trabalhadas técnicas de pintura em tecido, bordados e crochê. Os resultados das oficinas foram expostos na Feira do Café, em Poço Fundo. Na ocasião, os integrantes aprenderam técnicas para


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comercialização dos produtos e para fazerem cálculos de venda. Destaque acadêmico Os resultados do projeto ganharam destaque com a divulgação do trabalho científico da estudante e bolsista Verônica Morais, do curso de Biologia. “A prática do judô na socialização dos educandos, da Escola Estadual José Bonifácio: a experiência do projeto de extensão Jita-Kyoei do Campus Machado” foi o título do trabalho apresentado por ela na Jornada Científica e Tecnológica do IFSULDEMINAS e no XI Congresso de Extensão (CONEX), realizado pela Universidade Federal de Lavras.

Estudantes durante treino

O Aprende Mais é um grande aliado no desenvolvimento integral dos jovens, principalmente os menos favorecidos.

Integrantes do Projeto “Aprende Mais” do Campus Machado durante apresentação de judô

Judô conquista medalhas nos Jogos Escolares de Minas Gerais No judô, os atletas se destacaram em diversas competições, como nos Jogos Escolares de Minas Gerais, em Uberaba. Como resultado, foram conquistadas duas medalhas de ouro e duas de bronze. A escola ficou em primeiro lugar na categoria Módulo 1

(jovens de 12 a 14 anos), tanto feminino quanto masculino. A medalha de ouro foi conquistada pelas atletas Maria Cecília Pereira Mendes de Oliveira e Karoline Ferreira Fernandes, de 14 anos, integrantes da oficina desde o início. A medalha de bronze foi obtida por Raissa Andriele. No masculino, o ouro veio com Kauã Eduardo de Paiva Moraes e Yago Guilherme de Paiva Moraes, do projeto

educação integrada. Além disso, houve mais dois bronzes no masculino, com Kauã Codignole e José Walison. O professor Fernando Henrique Ribeiro Arlindo Magalhães, bolsista e responsável pelas aulas, comentou, na época, que “foi o melhor resultado até hoje na competição e que é muito prazeroso ver o empenho dos participantes sendo recompensado”.

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Projetos

Aprendendo com as diferenças Projeto de extensão do Campus Muzambinho atende educandos da APAE “Aprendendo com as diferenças” é um projeto de extensão do Campus Muzambinho que envolve educandos, de diferentes idades, da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Muzambinho. Na época, os participantes realizaram atividades nos setores de Olericultura, Avicultura de Corte e Postura, Caprinocultura, Ovinocultura e Cunicultura do campus e, em novembro de 2016, ocorreu um evento para comemorar os resultados do trabalho. De acordo com Thays Olímpio, terapeuta ocupacional da APAE, o objetivo terapêutico do projeto consiste em desenvolver habilidades necessárias ao desempenho de uma tarefa, por meio de atividades práticas, fazendo com que o educando possa executar e produzir um

Profissionais e educandos da APAE se reúnem com integrantes do projeto “Aprendendo com as Diferenças” do Campus Muzambinho

determinado trabalho com qualidade, quantidade e responsabilidade, na função na qual ele será inserido, futuramente, e de acordo com as demandas do mercado. Para o educando, a realização desses cursos possibilita o aprimoramento dos conhecimentos, a convivência, a ampliação

Crianças também participam do projeto

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da rede social, o trabalho com conceitos e regras. Também oportuniza o exercício de gestão e autodefesa necessárias para a futura inclusão no mercado de trabalho. Além disso, esse trabalho proporcionou aos educandos a experiência de participarem de diversas atividades no Campus Muzambinho, visando ao aprendizado de novos conhecimentos, para que se tornassem mediadores de novos conteúdos, bem como a promoção da inclusão social e o estímulo da autonomia e autoestima dos atendidos.


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Arte e Pintura

Oficina de história da Arte e prática da pintura é oferecida a estudantes e comunidade Um projeto de extensão do professor Márcio Bess, do Campus Poços de Caldas, tem oportunizado aos alunos e à comunidade entrarem em contato com a história da Arte e com a teoria e prática da pintura. No segundo semestre de 2017, teve início uma oficina que buscou estimular a criatividade, a imaginação, a percepção visual e, principalmente, proporcionar a integração, inclusão, autoconhecimento e a autovalorização dos participantes e da arte produzida nas escolas. Com aulas práticas e auxílio de equipamentos tecnológicos, internet e outros meios de potencialização do aprendizado, como visitas a galerias e outros espaços de arte, o projeto culminou com a exposição “Expressões Artísticas”, realizada no dia 1º de agosto de 2017, na Galeria Ampliart. Os visitantes puderam apreciar as obras produzidas pelos diferentes

pintores do curso. Ao todo, foram 40 obras organizadas por temas e compostas por estilos e técnicas diversificados, tais como personagens de jogos e animações, também temas ligados à música, tecnologia e ficção. A primeira tela do estudante e expositor do 2º ano do curso Técnico em Eletrotécnica Integrado ao Ensino Médio, Nicholas Costa Fernandes de Souza, representou uma série de livros que ele gosta. “Para mim, foi importante porque era algo que eu gostava e que guardo como uma experiência muito boa, pois no começo era apenas uma atividade curricular, mas, ao longo do ano, toda a sala se organizou para desenvolver bons trabalhos”, afirmou. De acordo com o coordenador do projeto, professor Márcio Bess, a exposição superou as expectativas. “Reunimos,

Exposição “Expressões Artísticas” atrai visitantes à Galeria Ampliart, em Poços de Caldas

Visitantes apreciam obras produzidas ao longo da Oficina

no mesmo espaço, alunos que estão iniciando e apresentando seu primeiro quadro e pessoas da comunidade externa que já pintam há mais de 40 anos, cada qual com ideias, temáticas e experiências diferentes, de maneira a criar um intercâmbio de saberes dentro do curso”. “O que me impressionou foi a qualidade dos quadros, por serem pintores iniciantes. Estou orgulhosa da minha irmã que está expondo. É muito importante para os artistas verem seus quadros expostos em uma galeria de arte, e o apoio do Instituto Federal é fundamental para os estudantes e comunidade terem contato com a arte, como artistas ou apreciadores”, comentou a estudante Camila Almeida. A aposentada Emília Bernadete de Fátima percebeu a exposição como uma oportunidade para a expressão da arte e destacou a capacidade dos jovens na execução dos trabalhos. “É uma iniciativa que serve de exemplo para outros setores de Poços de Caldas”, disse. #39


Projetos

Robótica e Automação Projeto desenvolve atividades com estudantes do Campus Machado e de escolas estaduais O projeto “Autobots: Robótica e Automação” foi desenvolvido no Campus Machado para promover atividades de iniciação à automação, utilizando a plataforma de prototipagem Arduino e de introdução à robótica com o kit Lego MindStorms. Os trabalhos foram realizados pelos alunos dos cursos Técnico em Informática, Licenciatura em Computação e Sistemas de Informação, sob coordenação do professor Matheus Eloy Franco. As atividades consistiam em testar sensores e componentes para automação, implementar diferentes protótipos baseados em Arduino, modelos de robôs móveis com o kit Lego e em desenvolver e aplicar cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC). Envolvimento com escolas estaduais Em parceria com o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), o projeto ministrou cursos em três escolas estaduais: Iracema Rodrigues e Gabriel Odorico, de Machado; e José Bonifácio, de Poço Fundo.

Além de promover a inclusão digital, o curso permitiu aos estudantes ministrantes vivenciarem a atividade docente na prática. “O trabalho busca introduzir conceitos sobre o pensamento computacional, programação e robótica para jovens que ainda não tiveram contato com tais conceitos. O kit LEGO Mindstorms é constituído por um conjunto de peças da linha tradicional, acrescido de sensores de toque, intensidade luminosa e temperatura, controlados por um processador programável: o módulo RCX. Eles possuem função didática e são usados de forma lúdica em instituições de ensino tecnológico, abordando a teoria e a prática de conteúdos direcionados para a introdução à robótica. Isso permite o desenvolvimento de projetos de pequeno e médio porte, estimulando a criatividade e a solução de problemas do quotidiano por parte dos alunos”, explicou Matheus. Os integrantes tiveram a oportunidade de participar de diversos eventos como o Arduino Day, em São Carlos (SP); a Feira Estadual de Ciências e Tecnologia, na Escola Técnica de Eletrônica Francisco

Moreira da Costa, e a Feira Tecnológica do Inatel (FETIN), na cidade de Santa Rita do Sapucaí. O grupo também promoveu mostra de projetos durante a Semana da Computação e no encerramento do segundo semestre letivo. “O trabalho é importante, pois permite aos discentes envolvidos desenvolverem conceitos que não fazem parte das matrizes curriculares. A participação no grupo os motiva a continuarem no curso e na área de computação, além de poderem visualizar, de forma prática, a aplicação de alguns conceitos abstratos”, ressaltou o coordenador do projeto. Saiba mais sobre a Arduino A Arduino é uma plataforma de prototipagem eletrônica de hardware livre. O objetivo é criar agentes de automação acessíveis, com baixo custo, flexíveis e fáceis de usar. Essa plataforma é amplamente utilizada para aplicações práticas e de ensino.

Alunos de escolas estaduais participam de cursos de robótica e automação

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Certificação de Café Projeto implementa normas da Verificação 4C em cerca de 100 propriedades cafeeiras

Visita às propriedades cafeeiras

Servidores e alunos do Campus Inconfidentes desenvolveram um projeto, em parceria com uma empresa exportadora

Participantes do projeto

Já foram visitadas 96 propriedades

de café, com o objetivo de implementar as normas da Verificação 4C (Código Comum da Comunidade Cafeeira) nas propriedades das cidades de Inconfidentes e Ouro Fino. O projeto foi executado por quatro estudantes do curso de Engenharia Agronômica, que realizaram visitas quinzenais às propriedades, atuando como auditores do processo, ou seja, procuraram verificar o quanto elas apresentavam consonância com as normas da verificação. Paralelamente, atuaram como consultores do mesmo protocolo, sugerindo mudanças nas propriedades tanto no processo produtivo do café, como na gestão, para que elas se adequassem às normas da 4C. Para verificar essas características, os alunos, junto aos produtores, percorreram toda a extensão dos locais, avaliando cada critério da norma. Essas normas são discriminadas em

27 itens, abordando aspectos sociais, econômicos e ambientais. Diante da realidade encontrada durante as visitas, foram realizados “Dias de Campo” anuais, eventos que tinham como objetivo debater os principais desafios encontrados pelos produtores. Até o final de 2017, tinham sido visitadas mais de 96 propriedades, muitas delas, no mínimo, duas vezes. Durante as visitas, foi verificado se houve adequação. Quando observado que elas não estavam plenamente adequadas, eram feitas novas sugestões. O coordenador do projeto, Bruno Manoel Rezende de Melo, destacou a integração da instituição com os produtores. “O projeto é de relevância, pois permite integrar ações da academia com a comunidade rural, visando à sustentabilidade do sistema agroindustrial do café”.

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Projetos

Ação Solidária

Estudantes participam de concurso em apoio ao Hospital do Câncer em Passos A proposta do concurso foi desenvolver T-shirts (itens do vestuário em formato da letra T) para serem vendidas pela Loja Animavida. A loja oferece produtos, como: camisetas, chaveiros, bonés, porta-moedas e diversos souvenirs para todos os segmentes do mercado e classes sociais, com o objetivo de viabilizar recursos necessários ao Hospital Regional do Câncer (HRC). “Acredito que este seja o início de muitos outros projetos que possam trabalhar, com nossos alunos, a moda com solidariedade e cidadania”, disse a professora Vanessa Mayumi Io, coordenadora do projeto. “Não tenho palavras, adjetivos para resumir tamanha felicidade por ter tido minha criação escolhida, em primeiro lugar, no concurso do Hospital Regional do Câncer de Passos para ser a camiseta oficial, que representará o hospital. Só tenho a agradecer, em primeiro lugar, a Deus e a minha mãe Onelma Lisboa, que sempre me apoiou; a meus professores, altamente qualificados e preparados, que nos proporcionam um ensino de ótima qualidade; e ao Hospital Regional do Câncer pela oportunidade concedida. Está sendo um orgulho para mim”, foram as palavras do primeiro colocado Thales Deivid de Assis. O segundo lugar ficou com o aluno Gledson Eurípedes Leandro. Marca Animavida Criada em 2002, o nome lembra animar, alegrar, reanimar no sentido clínico, dar alma. A marca é formada por #42

Participante do concurso que escolheu, em 2017, a estampa da camisa oficial do Hospital Regional do Câncer de Passos

“sinais vitais”, que à esquerda são decrescentes, formando um sorriso ao centro e, à direita são crescentes, numa referência à promoção da saúde, do bem-estar e da vida. A marca expressa os valores fundamentais da instituição como a solidariedade e, para as empresas que têm a responsabilidade social como princípio, é o canal aberto para sua participação nos programas sociais mantidos pelo hospital. Os produtos da marca Animavida podem ser adquiridos pelo site: www. animavida.com.br.

A marca expressa os valores fundamentais da instituição como a solidariedade


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Contação de Histórias

Projeto “Tem Conto: Conto de Todos os Cantos” incentiva a leitura e narrativas orais

Mais de 120 pessoas participaram do curso oferecido pelo Campus Poços de Caldas

Com o objetivo de adentrar no universo das narrativas orais e proporcionar o gosto pela leitura, o projeto de extensão “Tem Conto: Conto de Todos os Cantos”, do Campus Poços de Caldas, realizou, em junho de 2016, um curso de contação de histórias. Mais de 120 pessoas participaram da iniciativa, que foi oferecida em duas turmas. O curso foi dividido em três módulos: adentrando o universo da leitura; confecção e utilização de objetos e histórias em diferentes formatos. As aulas seguiram até o mês de dezembro de 2016. A instrutora era ex-aluna da primeira turma, Lúcia Albino, que teve seu primeiro contato com contação de histórias há cerca de 10 anos. Nos primeiros encontros, os alunos

participaram de duas técnicas de aproximação; a primeira delas foi a criação de histórias coletivas a partir de um desenho coletivo e a segunda foi chamada de “Blablação”, que consistiu na produção de uma história a partir da primeira sílaba dos nomes dos integrantes dos grupos. Em seguida, cada grupo contou e dramatizou suas histórias para os colegas. Na ocasião, para exemplificar como uma história poderia ser contada, Lúcia fez a contação do conto “A menina bonita do laço de fita” e o bolsista do projeto, o aluno Matheus Araújo (3º ano de Eletrotécnica), contou “O Campo Santo”. Lúcia explicou que os participantes aprenderam a confeccionar fantoches, instrumentos de percussão e objetos de

cena. O curso também mostrou as técnicas de presença de palco, entonação de voz e como contar histórias em diferentes gêneros, como comédia, contos de fadas e de terror. Os alunos tiveram ainda a oportunidade de colocar os ensinamentos em prática por meio de apresentações em escolas e bibliotecas da cidade e em eventos do campus. A moradora Simone Martins do Parque Esperança, em Poços de Caldas, participou do curso. Na época, ela era berçarista no Centro de Educação Infantil Conceição Aparecida Miguel, no bairro Vila Matilde, onde cuidava de cerca de 20 crianças com idade em torno de dois anos. “Contar histórias não é só pegar um livro e ler. É preciso encontrar uma forma de chamar a atenção das crianças”. #43


Projetos

Teatro para a comunidade Campus Poços de Caldas promove projeto “Teatro IFoco: o teatro como ferramenta social” Com o objetivo de ensinar técnicas artísticas da representação, o Campus Poços de Caldas iniciou, em agosto de 2016, a primeira edição de um curso de teatro. Mais de 40 participantes, dentre alunos, servidores do campus e representantes da comunidade, participaram das atividades naquele ano. As aulas, ofertadas de forma gratuita, fizeram parte do projeto de extensão “Teatro IFoco: o teatro como ferramenta social”, coordenado pela servidora Heliese Pereira. Évila dos Anjos, atriz com 10 anos de experiência e membro da Cia “Nós de Teatro”, atuou como instrutora do curso e contou ainda com a monitoria do aluno de Engenharia da Computação, Guilherme Silvestre. Na primeira aula, os participantes puderam exercitar a expressão corporal, a respiração, o trabalho em grupo, a criação e a improvisação. A coordenadora do projeto, Heliese Pereira, comentou o sucesso de ações

Alunos durante aula

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Projeto “Teatro IFoco: o teatro como ferramenta social” envolveu mais de 40 participantes

culturais como essa. “Tenho observado que o campus se tornou referência na cidade, devido à oferta de cursos diversos na área cultural. Foram 63 inscritos para o curso de teatro”. Heloise Costa, professora de filosofia da Escola Estadual Francisco Escobar, participou do curso e destacou que “o teatro é uma ferramenta de autoconhecimento e descoberta”.

Com bom público e muitos elogios, o grupo de teatro fez sua estreia com a peça “Homens de Papel”, no dia 07 de dezembro de 2016, no auditório do campus. No formato de crítica social, a peça foi uma livre adaptação do texto de Plínio Marcos. A entrada foi gratuita, contando com a presença de alunos, servidores, comunidade, além de familiares e amigos dos atores.

Participantes do projeto


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Projeto Dançartes Jovens aprendem a superar limites por meio da dança Com o objetivo de oferecer aos jovens a oportunidade de se tornarem agentes modificadores da realidade cultural onde vivem, tirando-os de uma vida ociosa e com risco de vulnerabilidade, o Campus Pouso Alegre passou a oferecer, em 2017, o projeto de extensão ‘Dançartes’, em uma parceria com o Espaço de Dança Ivan Felipe. O “Dançartes” ofereceu as opções de dança de salão (forró, tango, rock and roll e zouk) e jazz. Em 2017, o projeto teve a participação de 36 alunos, sendo 18 no jazz, 10 na dança de salão infantil e 8 na dança de salão juvenil, com idades variando entre sete e 18 anos. O grupo já fez diversas apresentações em eventos culturais de Pouso Alegre e região, como a Festa Junina do CAIC Árvore Grande; o IF Aberto; o Encontro dos IFs em Machado; a Feira das Nações; o Festival de Cultura do Centro Educacional Reis Magos; o Espetáculo Retrô do Espaço de Dança Ivan Felipe; o Festival Nacional de Trânsito e um evento no shopping de Pouso Alegre. Para o aluno Caio Almeida, o projeto “Dançartes” foi importante não apenas para o desenvolvimento corporal, mas no dia a dia, no contato com outras pessoas. “Facilitou a minha atuação dentro e fora de aula, fazendo com que eu tenha uma postura melhor em momentos que, antes, a timidez e/ou vergonha poderiam atrapalhar. Abriu oportunidade também de conhecer novas pessoas e, assim, dividir novos conhecimentos”. “O projeto foi muito importante

em minha vida. Ajudou-me a melhorar meus relacionamentos, a saber ouvir, a ter disciplina e responsabilidade. Também aprendi a superar os meus limites. O projeto me mostrou que sou muito mais capaz do que eu imaginava. A dança mudou a minha vida e vou levar isso comigo pra sempre”, comentou Bruna Gabrielly, aluna de jazz. Segundo Ivan Felipe, professor de dança, os alunos se mantiveram motivados do início ao encerramento do primeiro ano do projeto. “A cultura é essencial para a formação dos nossos jovens. Se todas as instituições de ensino tivessem essa preocupação, conseguiríamos mudar muito a realidade deles. Dança é saúde, é alegria e ensina os alunos a trabalharem individualmente e coletivamente”, disse. Ainda de acordo com o professor, o projeto deu a muitos jovens a oportunidade de fazerem aulas de dança, pois sem o suporte do IFSULDEMINAS, eles não conseguiriam. O curso auxiliou na qualidade de vida dos participantes por meio dos exercícios e alongamentos. As coreografias em equipe também

Alunos de dança de salão infantil do projeto Dançartes

ajudaram na concentração, pois exigiu mais dedicação e comprometimento da parte deles. “A convivência com pessoas de várias idades mostrou a eles que, quando respeitamos as diferenças, somos muito mais felizes”, ressaltou. “Os alunos participantes desse projeto tornam-se divulgadores do que aprenderam, além de serem exemplos vivos dos benefícios da dança à saúde física e mental, bem como fonte inesgotável de prazer e de interatividade no convívio social”, explicou o professor Flávio Adriano Bastos.

Alunos de dança de salão juvenil do projeto Dançartes em apresentação no Teatro da medicina

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Projetos

Economia Solidária Materiais recicláveis são trocados por moeda social no Campus Inconfidentes O projeto de extensão “Economia solidária como forma de conscientização da reciclagem” vem fortalecendo a cultura da sustentabilidade no Campus Inconfidentes, por meio de atividades que potencializam a reciclagem na comunidade acadêmica e na cidade de Inconfidentes. Tudo começou com o concurso da criação de uma moeda social. Depois de definida, ela passou a ser trocada por materiais recicláveis, que alunos e membros da comunidade trazem de suas casas. De posse da moeda social, o participante a utiliza como forma de pagamento por fotocópias dentro da instituição e para a compra de produtos na cooperativa do campus. Já o material reciclável arrecadado é vendido pelo mesmo valor que foi pago aos participantes. O dinheiro recebido pela venda do material, por sua vez, custeia as impressões das fotocópias e os produtos da cooperativa adquiridos com a moeda social, que continua circulando para novas compras. O projeto tem como objetivo estimular a coleta seletiva e levar o conhecimento às pessoas sobre a economia solidária, atuando na educação ambiental. “Com esse projeto será possível retirar grande quantidade de resíduos sólidos do meio ambiente, bem como sensibilizar a comunidade sobre a coleta seletiva”, disse a coordenadora Bárbara Mariane Maduro, professora do Campus.

Participante troca materiais recicláveis por moeda social

Coordenadora entrega moeda social a membro da comunidade

Materiais recicláveis recebidos

O projeto tem como objetivo estimular a coleta seletiva e levar o conhecimento às pessoas sobre a economia solidária. Moeda social

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Ecopontos Alunos do Campus Machado promovem campanhas ambientais em escola estadual O lixo eletrônico tem sido uma preocupação para o Campus Machado. Há mais de três anos, a instituição desenvolve ações para o descarte consciente desses materiais com a implantação de coletores específicos. O projeto cresceu e alcançou um novo espaço: a Escola Estadual Paulina Rigotti de Castro, onde os estudantes do campus promoveram palestras sobre a importância do descarte correto e sobre os riscos desses produtos à saúde e ao meio ambiente. Dentre os assuntos abordados, estavam: “O homem e o meio ambiente no século XXI”, “O lixo eletrônico: o que é e os danos ao meio ambiente e à saúde humana” e “Os vilões do lixo eletrônico”. Segundo Allissom Patrick Galdino, integrante do projeto, a ação junto à escola estadual contribuiu de uma maneira muito abrangente para a sociedade, principalmente de forma educativa e crítica. “Fez com que as pessoas não só aprendessem como é importante a separação dos tipos de lixo e como o descarte inadequado afeta o Meio Ambiente, mas também puderam se policiar e ver que suas atitudes podem gerar resultados e tornar o lugar onde vivem mais saudável”. Coleta de lixo eletônico Outra atividade do projeto era a coleta para destinação adequada dos resíduos. Os responsáveis pela execução das ações foram os alunos de Ciências Biológicas e Licenciatura em Computação e integrantes do Programa Institu-

Um dos pontos de coleta de resíduo eletrônico no Campus Machado

cional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID). Eles recolheram 80 quilos de lixo eletrônico (pilhas, baterias, celulares, notebooks, placas eletrônicas, aparelhos televisores), coletados pela comunidade após campanhas de conscientização. Outros 100 quilos foram recolhidos dentro do próprio campus e destinados ao projeto “Lixo Eletrônico - não descarte essa ideia”, do também parceiro Inatel. Esta ação existe desde 2008 e nasceu da necessidade de fazer o descarte correto de materiais eletrônicos inutilizados (encaminhados a empresas especializadas no segmento) e de reaproveitar os que ainda estiverem em bom estado (por meio de doações para escolas e entidades assistenciais ou pelo reaproveitamento de peças eletrônicas em feiras). Para Patricia Diniz Pereira, super-

visora do PIBID - Computação, “a conscientização sobre os danos causados pelo descarte incorreto do lixo eletrônico foi trabalhada com os alunos, que levaram para casa o conhecimento adquirido. Além das palestras, com a coleta, oferecemos a opção do destino correto para os materiais. Assim, em uma pequena parcela da nossa comunidade, foi possível observar a mudança de comportamento”.

Pilhas e baterias coletadas para promover o descarte adequado

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Projetos

IF Digital Instituições públicas são beneficiadas por projeto de inclusão social e digital Um projeto de extensão do Campus Poços de Caldas promoveu a inclusão digital de alunos de instituições públicas parceiras. Um curso de Informática Básica foi realizado de março a junho de 2017 e, ao final de julho, ocorreu a entrega dos certificados. Por iniciativa da professora Lorena Temponi Boechat Reis, coordenadora do projeto, o evento contou com a participação não só dos alunos, como também de representantes das duas instituições contempladas: Associação Beneficente de Apoio à Comunidade (ABACO) e Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (Escola Padrão), localizadas em Poços de Caldas. Também participaram da entrega dos certificados o diretor-geral, Thiago Caproni Tavares; a coordenadora de Extensão, Cissa Gabriela da Silva; e o membro da equipe executora, professor Márcio Luiz Bess. Para Lorena, o “IF Digital” contribuiu para a melhoria da qualidade de vida dos participantes beneficiários. “O projeto colaborou com a inclusão social, digital e o exercício da cidadania plena dos participantes,

por meio da utilização do computador e demandas da informática relacionadas ao conceito de ética, moral e cidadania, valorizando e promovendo o conhecimento referente aos direitos e deveres, aplicando o uso de recursos tecnológicos”. A aluna do 3º ano do curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio, Indira Gorgulho Fernandes, atuou como estagiária do projeto. “Para mim, o estágio serviu não só para aprimoramento dos conteúdos vistos em sala, foi de grande importância para uma evolução pessoal. Sinto uma imensa gratidão por ter vivenciado isso, pois o estágio é a base para a formação de um bom profissional”, comentou. Segundo Lara Beatriz, psicóloga da ABACO, “a instituição já tinha o sonho de oferecer o curso de informática, mas não tínhamos recursos financeiros para pagar um instrutor. A parceria nos proporcionou não só o curso, mas também a montagem da sala de informática. É uma satisfação contar com o apoio do Instituto”. Raquel de Barros, supervisora peda-

A coordenadora do projeto IF Digital, a professora Lorena Temponi Boechat Reis

gógica na Escola Padrão e aluna do curso de Pós-Graduação em Informática na Educação do Campus Poços de Caldas, ressaltou o impacto gerado na comunidade com a manutenção dos computadores. “A escola tinha um laboratório com cerca de 40 computadores que não funcionavam e, hoje, por meio da intervenção do Instituto, consegue ter um laboratório que funciona. Como pós-graduanda, sei o quanto é significativo para as práticas educacionais que promovemos na escola. Posso dizer que o projeto impactou não só em nosso dia a dia, mas na própria comunidade, que passa a ter uma escola com computadores que funcionam”.

Alunos da rede pública durante cerimônia de entrega de certificados de conclusão do curso de Informática Básica

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Laboratório de Informática

Projeto melhora laboratório de informática em escola de Ouro Fino (MG) Docentes, técnicos e alunos do Campus Inconfidentes desenvolvem projeto para reformular o laboratório de informática da Escola Esperança e Vida, em Ouro Fino (MG). As ações realizadas visavam à melhoria da estrutura de rede de computadores e à atualização das máquinas disponíveis, proporcionando um ambiente adequado para uso e aprendizado dos estudantes. A Escola Esperança e Vida é uma associação civil cristã, de caráter filantrópico, sem fins lucrativos, que abriga, desde 1996, crianças e adolescentes em situação de abandono ou de risco, no município de Ouro Fino. A Instituição possuía um laboratório com dez computadores, com média de quase 20 anos de uso, sendo que mais da metade estava com problemas de hardware. Os participantes do projeto conseguiram 12 computadores mais novos para o laboratório da entidade. Esses computadores estavam em fase de descarte pelo Campus Inconfidentes e obsoletos para o uso, porém, todos em bom estado e com configurações de hardware que satisfaziam o uso básico das crianças, adolescentes e voluntários da entidade. Antes da entrega, foi feito um levantamento das necessidades em relação a softwares e também foram estudadas as opções de softwares gratuitos úteis para resolver as demandas. Após essa etapa,

os hardware dos computadores foram testados e instalados e os software escolhidos. A infraestrutura de rede foi toda refeita, seguindo as normas básicas de cabeamento estruturado. Todas as ações proporcionaram um ambiente com mais potencial para atividades educacionais e recreativas, como ressaltou o aluno do curso de Rede de Computadores e integrante do projeto, Silvino José Santos Pimenta. “O projeto vai trazer melhorias para o ensino, o lazer e o social”. Já para Pamela Molina, aluna do curso de Engenharia de Agrimensura e

Cartográfica, “meu envolvimento foi além do projeto, pois pude fazer a aplicação dos meus estudos diretamente e ajudar um grupo de pessoas”. O coordenador do projeto, professor Igor de Oliveira Lara, contou que o projeto atingiu seu objetivo. “Penso que o principal da Extensão é compartilhar o conhecimento adquirido em sala de aula, de uma forma a trazer benefícios não apenas aos alunos, mas também a uma parcela da comunidade externa ao campus. Acho que o projeto foi muito interessante para todos os envolvidos”.

Estudantes do Campus Inconfidentes mostram os computadores doados à entidade

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Projetos

Lixo Eletrônico Resíduos eletrônicos são reutilizados e materiais irrecuperáveis recebem destino adequado Recolher, selecionar, recuperar resíduos eletrônicos para a reutilização e doação e dar destino adequado aos não recuperáveis são os objetivos do projeto “Gestão de Resíduos Gerados pela Tecnologia da Informação”, desenvolvido pela Empresa Júnior iTech, participante da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica do Campus Inconfidentes – Incetec. Também são desenvolvidas atividades nas escolas e empresas para conscientização a respeito dos danos que o descarte inadequado pode gerar ao meio ambiente. O projeto é desenvolvido desde 2014 e, nos dois primeiros anos de existência, foram recolhidos 807 itens tecnológicos e doados 34 computadores. Em 2017, foram recolhidos 289 itens tecnológicos e doados 16 computadores, ministradas três palestras e entregues 50 cartas explicativas do projeto nas empresas. Anualmente, acontece o Dia “C”, de cooperar, que é um evento simbólico para promover a preservação ambiental e para coletar resíduos eletrônicos. Durante o ano inteiro, os resíduos são recolhidos no ponto de coleta permanente do projeto. É realizada a triagem do material, os equipamentos são testados e classificados quanto à possibilidade de recuperação. As peças e máquinas que podem ser recuperadas recebem a manutenção adequada e são doadas a famílias, atendidas por projetos sociais no município, e a instituições sociais. Os resíduos irrecupe#50

Resíduos eletrônicos coletados no “Dia C”, evento anual do Campus Inconfidentes

ráveis são encaminhados a empresas especializadas em reciclagem de lixo eletrônico. O projeto é coordenado pelo professor do Campus Inconfidentes, Ivan Paulino, e pela gerente da Incubadora de Empresas, Adriana Daló.

Recolher, selecionar, recuperar resíduos eletrônicos para a reutilização e doação

Equipamentos eletrônicos recuperáveis são destinados a instituições sociais e a famílias de baixa renda


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Moda e Figurino Projeto oferece oficina de Moda e Produção de Figurino A oficina de Moda e Produção de Figurino do Campus Poços de Caldas surgiu da necessidade de criação de figurinos para as produções cinematográficas e teatrais desenvolvidas nas aulas de Artes e demais disciplinas, bem como para atender às demandas de produção de material para o Festival de Cinema Amador escolar “Abacaxi de Ouro”, evento promovido pelo Campus Poços. No decorrer da oficina, além de aprenderem sobre a história da Moda, os participantes desenvolveram a parte técnica da criação e produção de outros saberes, como a fotografia, moda inclusiva, sustentabilidade, mercado, marketing e a produção de eventos de moda. A coordenação do projeto é do professor de artes do campus, Márcio Bess, que conta com a atuação direta de uma equipe formada por servidores do campus. Com direito à passarela, tapete vermelho, DJ, decoração e iluminação especiais, o salão norte do Espaço Cultural da Urca, em Poços de Caldas, esteve lotado no dia 24 de outubro de 2016, em ocasião do IFahion, desfile de moda performático das criações dos participantes da Oficina de Moda e Produção de Figurino. O evento fez parte da abertura da 6ª Semana Cultural e Tecnológica do IF e foi prestigiado por alunos, servidores e comunidade. Ao todo, foram 23 temas apresentados, cerca de uma hora de desfile e mais de 70 pessoas pisando na passarela. As peças foram desfiladas pelos participantes da oficina, alunos e servidores do Campus Poços de Caldas e de escolas da cidade. Entre as coleções mostradas, esteve a de pijamas do projeto “Arte de Caderno”, a de peças criadas a partir do reaproveitamento de jeans e a de vestidos e figurinos, como o “Balé das

Gueixas”, “Homens das Cavernas”, “Rainha do Mar”, “Rainha das Formigas”, “Casamento da Barbie” e “Cocada Branca”. Márcio Bess, professor de Artes do Campus Poços de Caldas e coordenador do projeto, contou que a ideia do desfile performático foi apresentar a produção de moda de uma forma cênica, para contextualizar o conceito da criação com os cenários e as performances, tudo de uma forma teatral. “O desfile tinha uma sequência que gerava uma história onde uma apresentação complementava a outra. Até mesmo a trilha sonora foi cuidadosamente pensada. Pode-se dizer que o formato da apresentação remetia um pouco a um musical”. Muitos dos looks foram confeccionados com materiais alternativos e mais baratos, como: plásticos, lonas e retalhos. Partindo de um conceito de moda sustentável, alguns modelitos foram feitos a partir da customização de peças de roupas, que estavam fora de uso, ou por meio do reaproveitamento de pequenos objetos e de aplicações feitas à

mão. Foram desfiladas ainda algumas peças de moda inclusiva, com texturas, formatos e materiais pensados para os deficientes. A servidora do Campus Poços de Caldas, Simone Machado, foi uma das modelos convidadas para o IFashion. Em suas entradas, apresentou um modelito de jeans reaproveitado e outro no estilo hippie. Para a servidora, participar do evento foi uma ótima experiência: “pude ver de perto o quanto os alunos e servidores envolvidos levam a sério esse projeto. Foi motivador”. Muito orgulhosos também estavam os parentes dos participantes da Oficina de Moda. Ana Carolina Gomes, mãe da estudante Júlia Gomes, acompanhou todo o processo de confecção do vestido da filha e ela mesma foi quem fez o buquê utilizado pela Júlia no desfile. “Amei o desfile. Acho que esse trabalho artístico tem que existir mesmo dentro do ensino; é uma forma de descobrir outros talentos. Valeu para a vida inteira da Júlia. Fiquei muito orgulhosa”, comentou.

Alunas no “IFashion”, desfile de moda das criações da Oficina de Moda e Produção de Figurino

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Projetos

Matemática em Mãos Estudantes de escolas públicas aprendem matemática com jogos e brincadeiras Uma das disciplinas mais temidas nas salas de aula está deixando de ser o bicho papão na vida dos estudantes que participaram do projeto “Matemática em Mãos”, do Campus Pouso Alegre. Em dois anos de trabalho, os resultados começaram a aparecer e o saldo era positivo. Utilizando materiais recicláveis, comuns no dia a dia de qualquer pessoa, os alunos criaram jogos, atividades e brincadeiras, que contribuíam para o estudo da Matemática. O projeto “Matemática em Mãos” foi implantado inicialmente em duas escolas municipais e uma estadual. O resultado tem sido satisfatório. “É muito interessante porque eu nunca tinha trabalhado a disciplina dessa forma”, disse Ana Alicia Pedroso de Souza, aluna da escola municipal Professora Josefa Azevedo Torres. “Em 2016, quando o projeto começou, os alunos estavam muito fracos na primeira avaliação que fizemos. Alguns mal sabiam fazer continhas de adição. Um ano depois, vimos que o programa supriu algumas das necessidades dos estudantes. No início, os alunos estavam fechados, diziam: ‘não gosto e não quero aprender Matemática’. Não havia interesse por parte deles. Hoje, eles já buscam esclarecer as dúvidas e trazem para nós o que querem aprender. Eles têm vontade de aprender o novo”, explicou Terquiana Silvério, aluna de Licenciatura em Matemática, que integra o projeto. #52

Alunos participantes do projeto “Matemática em Mãos”

O principal objetivo é desmitificar o ensino da Matemática, apresentando novos conceitos aos alunos e mostrando a eles como aquilo que é visto na sala de aula se aplica no nosso cotidiano. “A Matemática convencional é trabalhada na lousa. Quando você apresenta uma forma diferente de trabalhar com os números, num primeiro momento, eles nem entendem que se trata de Matemática e acabam perdendo o medo. Eles aprendem de uma forma diferente, com atividades do seu dia a dia”, contou a aluna de Licenciatura em Matemática, Alice Jenifer da Silva. E o pavor da matéria vai, aos poucos, desaparecendo. “Eu acho ótimo poder tirar as dúvidas com os professores e ainda poder aprender de uma forma divertida. Minhas notas melhoraram e não tenho mais tanto medo de matemática”, disse a estudante Lara Garcia Guedes.

Produção de Materiais Pedagógicos Enquanto os alunos aprendem a confeccionar jogos e a desenvolver atividades para aprender, os professores aprendem a criar materiais pedagógicos para lecionar a disciplina. “É importante que o professor faça com que o próprio aluno desenvolva o material para que ele crie interesse naquilo que ele manipula. O estudante sai daquela aula tradicional e passa a ser o protagonista do seu próprio aprendizado”, explicou a coordenadora do projeto, professora Geslaine Frimaio da Silva. A capacitação foi solicitada pela Secretaria Municipal de Educação de Pouso Alegre, com base nos bons resultados apresentados pelos alunos da Escola Municipal Josefa Azevedo Torres. A oficina foi acompanhada por 10 docentes que atuarão como agentes multiplica-


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dores nas escolas públicas da cidade. O curso foi dividido em Aritmética, Álgebra e Geometria. As aulas foram ministradas pelos servidores Geslaine Frimaio da Silva, Carlos Cezar da Silva, William José da Cruz e Bruno Ferreira Alves, do Campus Pouso Alegre. Segundo a coordenadora, os materiais produzidos são, antes de tudo, pensados por alunos e docentes na disciplina “Práticas”, do curso de Licenciatura em Matemática do Campus Pouso Alegre. Os melhores são selecionados e utilizados na prática, sendo materiais recicláveis e de baixo custo. “A ideia vem de experiência própria, das dificuldades que enfrentamos em sala e da nossa preocupação com o aprendizado. O que podemos fazer para melhorar esse entendimento da Matemática? Torná-la mais agradável e não tão pavorosa para os alunos?”, disse. Resultados Assim que o material começou a ser utilizado, os primeiros resultados começaram a aparecer. Raquel Antônio dos Santos Dias, professora da Escola Muni-

Estudantes da rede pública de Pouso Alegre trabalham a Matemática com atividades lúdicas

cipal Pio XII, levou para a sala o jogo sobre números negativos. “Deu para perceber que gostaram muito, entenderam melhor o uso dos sinais positivo e negativo, foi muito interessante. Usando um material concreto, que podem sentir, é muito melhor para o aprendizado”. Resultado positivo também na Escola Vinícius Meyer. “Foi interessante porque gostaram de ter algo diferente. Construir

o material foi tão interessante quanto aplicá-lo”, contou o professor Fernando Pereira Herculano. O material também foi aprovado na Escola Municipal Vasconcelos Costa, onde o professor Leandro Pedro Toledo começou a sua utilização com um aluno autista. “Estamos caminhando. É um processo lento, meio repetitivo. Estou aprendendo com o material e com ele”. E completou, “na Matemática, a maioria dos assuntos são abstratos e, por isso, os alunos têm muita dificuldade. Eles precisam do contato e esses materiais os ajudam a memorizar, desenvolver o raciocínio e a confiança de que são capazes”. Para a professora Geslaine Frimaio, do Campus Alegre, expandir o projeto que começou em uma escola, e vem colhendo bons frutos no aprendizado, reafirmou a missão do Instituto Federal junto à comunidade. “É sempre bom saber que nosso trabalho foi bem aceito e que nossa missão, no Instituto Federal, é atender à demanda local”.

Professores aprendem a confeccionar material didático durante oficina do Campus Pouso Alegre

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Projetos

“As Pedras do Brasil: riqueza mineralógica” Campus Machado usa litoteca itinerante como instrumento de educação e conhecimento da riqueza mineral O projeto “As pedras do Brasil: riqueza mineralógica brasileira” foi promovido pelo Campus Machado e apresentado aos alunos do Ensino Fundamental das escolas estaduais Paulina Rigotti de Castro e Rubens Garcia. Com o uso de uma litoteca itinerante, a atividade, coordenada pela professora Elizângeli Serafini e auxiliada por estudantes do Técnico em Agropecuária, teve como objetivo a difusão do conhecimento sobre a riqueza mineral e seu uso no dia a dia. Foram diversos tipos de pedras, como: hematita, utilizada na indústria de aço na sustentação de casa, meios de transporte, fabricação de maquiagem e tintas; malaquita, mineral com o qual as mulheres egípcias se maquiavam e,

atualmente, é usado para ornamentar joias e bijuterias; pirita, que serve no refinamento do petróleo, explosivos, fertilizantes e tintas; dentre outras. No projeto, foram abordadas informações sobre a importância econômica da comercialização e exploração dos materiais para o país e a preocupação com a sustentabilidade, devido à exploração exagerada, os impactos ao Meio Ambiente e à necessidade do uso consciente dos recursos minerais. Segundo Elizângeli, “as explicações despertaram bastante interesse nos alunos, que ficaram bem curiosos, principalmente, quando mostramos o uso de objetos que têm minerais em sua fabricação. Já os acadêmicos de Agropecuária tiveram a oportunidade de

Projeto mostra diversos tipos de pedra e produtos fabricados a partir dos minerais

trabalhar os conhecimentos adquiridos nas aulas de solo e do uso dos minerais na produção agrícola”. Para o estudante do Técnico em Agropecuária e integrante do trabalho, Otaviano da Costa Antônio, foi ótimo transmitir o aprendizado. “Mudamos o ponto de vista deles, de uma simples pedra, para uma rocha cheia de utilidades”.

O grupo abordou a preocupação com a sustentabilidade, devido à exploração exagerada Estudantes do Campus Machado levam litoteca itinerante para alunos do Ensino Fundamental de escolas estaduais

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Pomar e Piscicultura Projetos implantam pomar e piscicultura em instituição que acolhe crianças e adolescentes A implantação de dois projetos de extensão está mudando a paisagem e a rotina da Escola Esperança e Vida, localizada na cidade de Ouro Fino (MG), que atende crianças e adolescentes em situação de abandono ou risco. Os projetos foram propostos pelo servidor do Campus Inconfidentes, Oswaldo Francisco Bueno, agora, aposentado. Se antes, nos arredores da entidade era possível ver terrenos ociosos e degradados, em decorrência da garimpagem de minério, agora, árvores frutíferas estão crescendo e nascentes d’água estão sendo preservadas. Além do pomar, o trabalho de proteção ambiental fez surgir três lagos. “Conheci o lugar, em janeiro de 2013, e percebi a necessidade da instituição em receber ajuda e me envolvi”, contou Oswaldo. “A gente vai se apaixonando pelas crianças e pela ideia. Um trabalho vai desencadeando outro”, completou. A implantação do pomar foi aprovado pelo Núcleo Institucional de Pesquisa e Extensão do Campus Inconfidentes em setembro de 2013. O Projeto previa o uso de equipamentos e insumos do campus, para a abertura das 80 covas de frutíferas, com ajuda de três funcionários do campus e um bolsista do curso de Engenharia Agronômica, Mateus Scheffer. Além de 50 pés de citros, de 10 espécies diferentes foram plantadas: uvaia, amora, acerola, atemoia, caqui, jabuticaba, goiaba, figo e araçá. “Ensinamos as pessoas a fazerem coisas que

Implantação de pomar oferece diversas frutas para alimentação dos abrigados e funcionários da instituição

não eram do hábito delas. Mostramos que não é só plantar, mas é preciso cuidar”, disse o bolsista Mateus Scheffer, destacando as instruções de irrigação, capina e desbrota, controle de pragas e doenças, transmitidas para as crianças e para os responsáveis pela instituição filantrópica. A implantação deste pomar doméstico, além de resolver o problema de fornecimento das frutas a médio prazo, educa os jovens entre 14 e 18 anos para agricultura familiar. Decorridos 4 anos da implantação do pomar, já estavam sendo colhidos, na época, citros diversos, araçá e amora para alimentação das crianças. Piscicultura Já o projeto de piscicultura surgiu em dezembro de 2014, quando o único tanque que havia na instituição encontrava-se praticamente seco e tomado pelo mato. O coordenador conseguiu,

junto à Prefeitura Municipal de Inconfidentes, 13 dias de serviço de retroescavadeira para limpar o tanque, que mede cerca de 2.000 metros quadrados. Numa outra área degradada pela mineração, havia uma nascente que também estava seca e com seu entorno tomado por escavações. Neste local, foram construídos mais dois tanques. No entorno deles, foram realizados serviços de terraplenagem, que contou também com o apoio de máquinas da Prefeitura Municipal de Ouro Fino. Em outubro de 2015, iniciou-se a criação de 3 mil tilápias no local. “A implantação do projeto de piscicultura foi uma bênção para nossa Escola, pois transformou uma área degradada, com grande probabilidade de foco de dengue, em lagos com gramado e frutíferas no seu entorno. Os lagos, a pescaria e a beleza do local têm funcionado como lazer e terapia para as nossas crianças”, comentou o então coordenador da Escola Esperança e Vida, Genivaldo Vilas Boas. #55


Projetos

Plantando Árvores Projeto de extensão deixa o IFSULDEMINAS mais verde A preocupação com o desenvolvimento sustentável e o desejo de contribuir para a preservação do Meio Ambiente foi o que motivou três servidoras do Campus Pouso Alegre a desenvolverem o projeto de extensão “Plantando Árvores”. O primeiro passo foi a realização de uma palestra sobre sustentabilidade e técnicas de plantio com o professor José Venícius, do Campus Pouso Alegre. Posteriormente, foi feito o plantio de 49 mudas de árvores no campus. “Estamos procurando, de alguma forma, contribuir para a preservação do Meio Ambiente. Também nos causa incômodo o fato de não existirem árvores no Campus Pouso Alegre. Esse plantio seria, além de um cuidado com o futuro do Meio Ambiente, uma forma de deixar o campus um local mais agradável e acolhedor para o público que passa a maior parte do seu dia aqui”, disse a técnica administrativa Lígia Viana, uma das idealizadoras do projeto. Para Késia Ferreira, técnica administrativa e também idealizadora do projeto, o plantio das primeiras mudas traz um sentimento de que é possível contribuir com ações concretas para um desenvolvimento sustentável. “Mesmo que isto represente uma ínfima parcela no todo, se cada um se conscientizar, no final, a mudança poderá ser grande”. A expectativa do resultado dessa ação é muito positiva, segundo Sarita de Oliveira, técnica administrativa, que completa a equipe idealizadora do projeto. “Com esse projeto, esperamos

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Plantio de árvores no Campus Pouso Alegre

resultados positivos, no sentido de que as mudas cresçam saudáveis. E de que essa ação também seja uma forma de sensibilizar a comunidade acadêmica quanto à sustentabilidade”. O trabalho ainda não terminou. A meta é plantar mais 20 mudas de árvores que estão sob os cuidados das servidoras e outras que serão doadas pelo Instituto Estadual de Florestas, executando, assim, ações em prol da sustentabilidade e das futuras gerações.

celebrado, no campus, com uma palestra ministrada pela bióloga e educadora ambiental Ana Carla Arantes Furtado e, em seguida, com o plantio de mudas de árvores pela escola. Na palestra, foi falado sobre áreas

Dia da Árvore A preocupação com o Meio Ambiente é uma atividade constante no Campus Pouso Alegre. Há uma grande preocupação dos professores de que as experiências vividas na escola possam fazer dos alunos multiplicadores de boas ações em suas comunidades. Por essa razão, o Dia da Árvore foi

Cerca de 70 mudas foram plantadas durante o projeto


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protegidas, como preservá-las e como exigir a intervenção do Poder Público quando ela se fizer necessária. “Ninguém é dono de uma árvore. No máximo, ela está dentro da sua propriedade, mas o benefício que aquela árvore gera é de todo mundo. Então, qualquer dano que seja causado, qualquer tipo de ação que seja necessária para remover uma espécie de um local para construção de alguma coisa, precisa ser compensado. E a população tem o direito de receber essa compensação”, ressaltou a educadora. Durante a atividade de plantio, o campus ganhou 20 novas mudas de árvores, plantadas próximo ao ginásio da escola. “Árvore para gente é vida, sequestro de carbono, diminuição do efeito estufa. Se cada um de nós pudesse plantar uma árvore, bilhões de árvores adicionais teriam o efeito cumulativo que o planeta precisa”, disse o professor de Biologia, Paulo do Nascimento. Para os estudantes que participaram das atividades, foi mais que um gesto simbólico, mas também uma oportunidade de reflexão. “Principalmente, quando as coisas parecem ruins, é que temos que dar o exemplo. Se ficarmos parados, ou as coisas vão regredir ou

Palestra sobre área de preservação ambiental

nada vai acontecer. Mesmo que seja simbólico, mesmo que sejam poucas mudas, é o primeiro passo que estamos dando para mostrar para a comunidade que isso faz diferença. Primeiro fazemos a nossa parte, depois cobramos do Poder Público que também faça a sua”, comentou a aluna Yasmin Ferreira, do curso Técnico em Administração Integrado ao Ensino Médio. “Acho que, justamente por ser um ato simbólico, fará diferença entre muitos alunos que estão hoje aqui vivenciando isso. Essas mudas podem não fazer diferença no nosso planeta através da captura de carbono, mas trará a cada um de nós, a consciência da importância do plantio, tendo repercussão ao longo da nossa vida. Mesmo não sendo um ato grandioso, plantamos a semente no coração de cada um, para que, mais para frente, a gente possa fazer a diferença necessária”, reforçou o estudante Guilherme Nadalini Pereira, do curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio.

“Esse momento é a esperança do amanhã. Esse momento tem que ser plantado a cada dia, a cada instante, e tem que ser duradouro na cabeça dos nossos alunos”, finalizou o professor de Biologia, Paulo do Nascimento, idealizador do projeto junto com as professoras Luisa Barbosa (Administração) e Patrícia Goulart (Geografia).

Plantio de árvores pelos servidores do campus

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Projetos

Reinserção Social Campus Passos utiliza música para promover reabilitação de usuários do CAPS municipal

Coral participa das comemorações do Dia da Cultura.

Mais de 40 famílias de Passos foram beneficiadas por um projeto de extensão desenvolvido pelo professor do Campus, João Marcos Evangelista. “Benefícios da música na reabilitação psicossocial” foi a ação que teve como objetivo estimular os usuários do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) da cidade. Semanalmente, durante 2016, os integrantes do projeto

Os professores João Marcos e Andrea Alves

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se reuniram para oferecer oficinas de música na unidade do CAPs. Desde a década de 1980, o campo da saúde mental no Brasil tem mudado sua forma de atenção aos usuários, transformando o modelo asilar em um fundamentado na redução de internações e reintegração dos indivíduos considerados “loucos” para a sociedade, como sujeitos de direitos e deveres. Nesta perspectiva, o projeto buscou levar os benefícios da música à vida dos participantes, promovendo a integração das pessoas, proporcionando o sentimento de igualdade e de que todos são capazes. Segundo o coordenador do projeto, professor João Marcos Evangelista, a opção pela música como instrumento de reinserção social tem a ver com suas características. “Reunir pessoas em um só corpo e, assim, proporcionar o sentimento de igualdade e mostrar que todos

têm capacidade. Além disso, por meio desse projeto, podemos discutir a influência da Reforma Psiquiátrica na mudança das políticas de Saúde Mental no Brasil e demonstrar como essas atividades podem ser um instrumento favorável à reabilitação psicossocial dos usuários dos serviços públicos de Saúde Mental”. Sobre o CAPSs As unidades do CAPS constituem-se como locais de referência e tratamento para pessoas que apresentam algum diagnóstico de sofrimento mental grave, severo e persistente, psicoses, neuroses graves e demais quadros, cuja severidade e/ou persistência justifiquem sua permanência num dispositivo de cuidado intensivo, comunitário, personalizado e promotor de vida.


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Tertúlias Artísticas Dialógicas Literatura, Artes Plásticas e músicas para estudantes da Rede Municipal de Ensino Uma vez por semana, alunos da Rede Municipal de Ensino de Inconfidentes, com idades entre 5 e 10 anos, participaram do projeto “Tertúlias Artísticas Dialógicas”. Os encontros aconteceram na Casa das Artes - espaço criado pelo Campus Inconfidentes, em 2015, para abrigar os projetos artísticos da instituição. Nessas reuniões, as crianças apreciaram obras clássicas da Literatura, Artes Plásticas e músicas e dialogaram sobre as suas impressões, sentimentos e interpretações a partir de suas experiências com as obras. No biênio 2016-2017, passaram pelo projeto cerca de 200 crianças. Além de terem entrado em contato com obras artísticas, os participantes, ao final de cada encontro, também foram estimulados a se expressarem por meio de dese-

nhos, pinturas, colagens, danças e uso de instrumentos musicais. “De um modo geral, o vínculo da criança com as obras é negligenciado pelo mercado e pela escola. O que este projeto proporciona é uma relação mais estreita dos estudantes com a arte e experiências de diálogo, de respeito mútuo e de transformação”, explicou a professora Cristiane Cordeiro de Camargo.

As tertúlias dialógicas foram consideradas uma atuação educativa de êxito

O que são Tertúlias Dialógicas As tertúlias seguem os princípios da aprendizagem dialógica, desenvolvido pelo Centro de Pesquisa para Superação das Desigualdades Sociais, da Universidade de Barcelona (Espanha). Elas foram consideradas uma atuação educativa exitosa pela pesquisa INCLUD-ED, reali-

Desenvolvimento de atividades artísticas

Participantes entram em contato com instrumentos musicais

zada no âmbito europeu entre 2006 e 2011. Seu conceito consiste em melhorar as condições de aprendizagem das crianças, e a convivência entre elas, por meio de interações entre elas mesmas e entre elas e os adultos, sejam estes professores, pais, mães ou membros da comunidade. #59


Projetos

Tradição e Culinária Projeto resgata cultura culinária dos migrantes de Inconfidentes

Grupo de alunas com o objetivo de aprender e discutir receitas tradicionais da região de Inconfidentes

De junho de 2016 a junho de 2017, nas noites de terça-feira, alunas do projeto “Quitandas na fazenda: resgate da cultura culinária dos migrantes de Inconfidentes” se reuniram com o objetivo de aprender e discutir receitas, tanto as tradicionais da região de Inconfidentes, como também técnicas inovadoras apresentadas pela servidora da área de Alimentos, Fernanda Coutinho, e pela professora de Alimentos, Verônica Morais. Integraram o grupo chefes de cozinha, nutricionistas e cozinheiras da comunidade e de cidades vizinhas. Nos encontros, receitas de licores, pães, bolachas, queijos, arroz carreteiro, galinhada, doces de frutas foram discutidas e postas à mesa. Havia receitas trazidas pelas próprias alunas, em #60

pesquisa com seus familiares, e outras apresentadas pela própria cooperativa do campus. “Aqui é valorizado o caseiro e aquilo que é passado pelas gerações, receitas que não usam produtos ou aparelhos muito sofisticados”, destacou a participante Vilmara de Mira, sobre a importância do resgate dos pratos e formas de preparo tradicionais. Já a nutricionista Laís Ramalho refletiu sobre o objetivo do projeto. “Foi muito gratificante mostrar a importância da alimentação saudável na vida das pessoas, com receitas caseiras, saborosas e fáceis”. Para a professora Verônica Morais, os frutos do trabalho de extensão permitiram que a instituição contribuísse com a comunidade por meio da transferência de conhecimentos. “A convivência com pessoas tão espe-

ciais, como as que participaram desse projeto, foi muito gratificante. O grupo de trabalho desenvolveu uma ótima parceria”, lembrou.

Alunas preparam receitas sob orientação de servidoras do Campus Inconfidentes


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Campo e Escola Projeto do Campus Passos contribui para o fortalecimento do PNAE na região Em novembro de 2016, o evento “Agricultura e Alimentação Escolar”, organizado pelo Campus Passos, reuniu mais de 120 pessoas da cidade e da região, entre produtores rurais, profissionais da educação, nutricionistas, autoridades e representantes de diversas instituições, como a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER), o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), a Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social (SEDESE) e associações. Na ocasião, os participantes assistiram a palestras sobre o Programa de Alimentação do Instituto, ouviram relatos de produtores rurais, trocaram experiências sobre o tema e participaram de uma dinâmica que envolveu demanda e oferta de produtos. A partir de então, e sob a coordenação da professora Camila Codonho, com a parceria da Superintendência Regional de Ensino de Passos, o Campus Passos começou a conduzir o projeto de Extensão Referencial de Preços da

Exposição durante o seminário

1º Seminário de Segurança Alimentar e Nutricional realizado na Superintendência Regional de Ensino de Passos

Agricultura Familiar para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), o qual disponibiliza cotações de produtos da agricultura familiar. O projeto tem fomentado debates sobre o tema e intermediado encontros entre agricultores e profissionais da educação, com o intuito de estreitar o relacionamento entre eles e de afinar a relação entre demanda e oferta de

produtos da agricultura familiar. Além disso, segundo Camila, a cada três meses é feita uma cotação de preços de mais de 20 itens e “disponibilizada para as escolas a fim de que possam utilizar os dados para a chamada pública do Programa de Alimentação Escolar (PNAE)”. A disponibilização das planilhas tem facilitado a aquisição dos produtos por parte das escolas.

Evento promove diálogo entre produtores rurais, profissionais da educação e representantes de diversas instituições

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Capacitações


Capacitações

Curso Pré-Vestibular Estudantes ministram curso de Matemática para comunidade

Alunos participam do Cursinho de Matemática

Os licenciandos, que ministraram o curso, tiveram a oportunidade de desenvolver técnicas de planejamento e de amadurecimento da prática docente.

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Alunos do curso de Licenciatura em Matemática, do Campus Inconfidentes, participaram do projeto “Curso Pré-Vestibular Popular: novos olhares sobre a Matemática”. O objetivo é oferecer aos alunos atendidos pelo IFSULDEMINAS e à comunidade da região circunvizinha possibilidades de incrementar a aprendizagem sobre temas relacionados aos conteúdos de Matemática, que compõem a estrutura curricular do Ensino Médio, preparando discentes e egressos para a realização de processos seletivos e do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O curso foi oferecido nas dependências do Campus Inconfidentes, por meio de aulas expositivas e dialógicas, ministradas pelos licenciandos em Matemática, sob supervisão do coordenador do projeto, professor Magno

de Souza Rocha. Esta proposta ofertou 40 vagas, preferencialmente para alunos em situação de vulnerabilidade social e econômica, que comprovaram estudar ou ter estudado todo o Ensino Médio em escola pública. As aulas ocorreram no segundo semestre de 2016, em quatro sábados, organizadas em dois períodos: manhã e tarde. Ao final foram fornecidos certificados aos participantes e elaborado um relatório referente às atividades realizadas. Com a execução do projeto, os alunos alcançaram a melhoria da aprendizagem de conteúdos de Matemática e os licenciandos, tiveram a oportunidade de desenvolver técnicas de planejamento e de amadurecimento da prática docente.


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Cursinho Popular Alunos do Campus Inconfidentes lecionam aulas em cursinho preparatório para vestibular Com o objetivo de ajudar pessoas que pararam de estudar há algum tempo e gostariam de ingressar em um curso superior, em uma universidade ou instituto federal, foi criado, no Campus Inconfidentes, o Cursinho Popular Paulo Freire. As aulas foram realizadas a partir da união de um grupo de alunos dos cursos superiores, que se interessaram em ser voluntários para lecionar disciplinas do Ensino Médio aos inscritos no cursinho. As inscrições foram realizadas em agosto de 2017 e teve como públicoalvo a comunidade de Inconfidentes e de cidades vizinhas. Foram realizadas 35 inscrições, das quais 80% foram de pessoas que terminaram o Ensino Médio há aproximadamente dois anos e que tinham mais de 18 anos.

Mayara Luisa de Mello Macedo, 23, moradora de Ouro Fino, frequentou as aulas. “Participar do cursinho Paulo Freire teve extrema importância na realização da minha prova do ENEM, pois os conteúdos abordados foram direcionados para nos capacitar na compreensão dos textos, fórmulas e matérias”, comentou. A coordenadora das atividades, professora Bárbara Mariane Maduro, destacou o papel do projeto para os envolvidos. “O cursinho popular é de grande importância para a comunidade, bem como para os nossos alunos do instituto, que são voluntários. O projeto visa a fomentar o conhecimento adquirido no Ensino Médio, para que a comunidade possa continuar estudando, e a opor-

tunizar aos alunos do instituto a experiência de lecionar, estimulando seus estudos”.

Alguns dos participantes do cursinho

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Capacitações

Preparação para o futuro Curso preparatório para o Enem, promovido pelo Campus Machado, tem índice de aprovação de 75% Em 2017, o Campus Machado deu início a um curso preparatório para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o qual obteve um índice de aprovação de 75%. Dos 28 alunos que concluíram, 21 conseguiram ingressar em cursos superiores. Desses, 18 entraram em instituições públicas, como Institutos Federais, Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG), Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL), Universidade Federal de Lavras (UFLA) e Universidade de São Paulo (USP). O projeto nasceu do desejo de alguns professores de exercerem um trabalho social para abrir portas a jovens menos privilegiados e contribuir com o desenvolvimento da região. Tem como objetivo propiciar, aos estudantes do Ensino Médio, a oportunidade de se prepararem tanto para vestibulares, quanto para o Enem. E incentiva, ainda, a experiência pedagógica dos acadêmicos de graduação, já que contribuem para sua execução. Gustavo Celestino, 19, foi aprovado em Ciências da Computação pela UFLA. Além de participar do cursinho, auxiliou como monitor voluntário. “Eu tinha muitas dúvidas básicas advindas do primeiro e segundo anos e a preparação me ajudou a relembrar e aprender as matérias. Havia os simulados, que me ensinaram a administrar o tempo na hora da prova. Certamente, #66

Professores do Campus Machado e de outras escolas públicas colaboraram com a execução do projeto

Estudantes participam de curso preparatório

o projeto fez toda a diferença para a minha aprovação”. Em 2017, o projeto funcionou no período noturno e contou com a participação dos professores Peterson Pereira de Oliveira, Marcela Costa Rocha, Lígia Maria Stefanelli Silva, Aline Luíza Cunha, Celina Neta, Geveraldo Maciel, Carmen Lúcia de Brito Lambert e Daividson de Oliveira Rodrigues, do

IFSULDEMINAS, além dos professores Ronaldo Gonçalves Gonzaga e Fábio Alves de Oliveira, das escolas estaduais Rui Barbosa e João de Paula Caproni, respectivamente. Também participaram os graduandos Sandro de Carvalho Lourenço, Tatiany Corrêa Aguiar, Maria Luíza Honório Carvalho, Rafael Pereira Machado, Tayná Cristina Baptista e Solange de Carvalho Lourenço.


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Cursinho Preparatório Campus Muzambinho prepara estudantes de escola estadual para o Enem Quatorze professores do Campus Muzambinho e mais duas colaboradoras externas promoveram, entre os meses de setembro e novembro de 2016, o “Cursinho Popular Salvador Allende”, com o objetivo de preparar estudantes para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Ao todo, 47 alunos da Escola Estadual Professor Salatiel de Almeida, de Muzambinho, manifestaram interesse pelo curso, mas apenas 30 foram selecionados com base em seus desempenhos e históricos escolares. Segundo a aluna Andressa Maria dos Santos, o curso foi ótimo. “Apesar das poucas semanas, deu

para tirar várias dúvidas e dar um gás final para fazer o Enem. Os professores são ótimos e só tenho a agradecer a cada um que me ajudou nessa reta final”. Para o coordenador do projeto, Tarcísio Souza Gaspar, “ao trabalhar com a noção de educação popular, o cursinho popular teve motivação crítica voltada à problematização de padrões, preconceitos, desigualdades e outros estigmas sociais existentes em nosso meio, assumindo um compromisso ético e político com a transformação qualitativa da sociedade capitalista contemporânea”. As aulas foram ministradas na

unidade Dr. José Januário de Magalhães, de segunda a quinta-feira, no período noturno, e contaram com o apoio dos professores Leandro de Castro Guarnieri, Leandro Gustavo da Silva, UshaVashist, Carlos Renato Soares, Éder Perassa, Hugo Baldan, Lia Polegato Castelan, Vanessa Paixão, Renê Lepiani Dias, Marcio MaltarolliQuida, Marcos Roberto Candido, Mateus Camargo Pereira, Renato Mazzeu, Simone Villas Ferreira, Manuel Messias e Fernando Magalhães Sene. E com o apoio técnico e logístico dos servidores: Cristina Lúcia Janini Lopes, Fernando Magalhães e Laura Paim.

Alunos e responsáveis pela oferta do cursinho popular Salvador Allende

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Capacitações

Educação Inclusiva Educadores de diferentes instituições recebem capacitação em Libras Garantir uma educação que atenda às necessidades de todos os alunos tem sido um grande desafio desde que o sistema educacional brasileiro aderiu à proposta inclusiva, pela qual a escola regular acolhe todos os estudantes com deficiência ou não, buscando os recursos necessários para garantir a aprendizagem a todos. Observando esse novo panorama da educação, o Campus Pouso Alegre oferece o curso de Língua Brasileira de Sinais (Libras) para a comunidade. Em 2017, a capacitação ocorreu no Instituto Felippo Smaldone, atendendo 26 educadores de escolas de Pouso Alegre e região. “O objetivo é fornecer subsídios para que o educador, ao compreender como funciona a língua de sinais, sinta-se munido das ferramentas adequadas para continuar aprendendo Libras. Assim, ao terminarem o curso, os alunos poderão se comunicar com os surdos e, ainda, buscar meios para ampliarem seus vocabulá-

Educadores aprendem Libras em curso ministrado por servidora do Campus Pouso Alegre

rios”, explicou a coordenadora do projeto e tradutora e intérprete da Língua Brasileira de Sinais, Ivanete Fonseca Martins de Abreu. O curso contou com 16 encontros, divididos em 32 horas de aulas expositivas, seminários e oficinas sobre o tema, abrangendo conhecimentos básicos

Educadores reproduzem sinais necessários para o dia a dia em sala de aula

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sobre o ensino de Libras, aspectos gramaticais e sintáticos, com foco no preparo para situações comunicacionais do dia a dia. Para a Irmã Sara Pinheiro da Silva, monitora escolar no Instituto Felipo Smaldone, “o curso é de suma importância, levando em consideração que o Instituto trabalha diretamente com surdos, facilita a comunicação e inclui os alunos cada vez mais na nossa vida”. Professora na Escola Estadual Professora Geraldina Tosta, em Pouso Alegre, Daniele Barbosa Baggio também comentou a importância. “É uma necessidade. A escola em que leciono é totalmente inclusiva. Alunos surdos, nós ainda não temos, mas penso que devemos estar preparados para quando chegarem”. Para a coordenadora do projeto, “foi enriquecedor trabalhar com profissionais tão comprometidos em oferecer


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No curso, os participantes trocam experiências e aprendem, juntos, a comunicação por meio de sinais.

Palestra discute a inclusão do surdo

uma educação de qualidade aos alunos e dispostos a se doarem nesse aprendizado. O resultado do trabalho, na minha perspectiva, foi um sucesso, uma vez que corroborou com os objetivos propostos”. A iniciativa foi muito elogiada pelos participantes. “Ver as diferenças e tentar aprender com elas é muito difícil, mas necessário para a convivência. É uma iniciativa espetacular do IF”, finalizou a professora Marta Elisabete Lisboa Garcia. Três anos de curso O curso de Libras do Campus Pouso Alegre teve início em 2016, com a participação de 44 pessoas de diferentes

setores da sociedade que, por diferentes motivos, decidiram aprender a língua de sinais. “Eu decidi fazer primeiramente porque eu tenho um filho com Síndrome de Asperger, um tipo de autismo mais leve, e também porque eu faço um trabalho voluntário de pregação sobre a bíblia, e a língua de sinais pode ser necessária em algum momento”, contou Kátia Neves Leal, dona de casa e missionária. No curso, os participantes trocam experiências e aprendem, juntos, a comunicação por meio de sinais. “Senti a necessidade de fazer Libras, porque a cada dia entram novos alunos e cada um deles tem uma necessidade especial em sala”, disse a professora Cristina Regina

Serapião. Para a coordenadora do projeto, além do aprendizado de cada aluno, a expectativa é de que os participantes sejam propagadores de conhecimento, possibilitando à pessoa com deficiência auditiva o desenvolvimento adequado para a vida social, o pleno exercício da cidadania e para o mundo do trabalho. Palestra discute a inclusão do surdo em Três Corações No Campus Avançado Três Corações, a inclusão do surdo também foi tema de uma palestra ministrada, em 2017, no Centro de Apoio ao Surdo (CAS) de Varginha, por Rosilene de Souza, Thiago de Oliveira, Jônatas Matias e Sueli Prado. O evento contou com a participação do tradutor e intérprete de Libras do campus, o servidor William Sena de Freitas, que traduziu as informações. Foi um momento de integração entre estudantes do Módulo I do Técnico em Administração, do curso de Formação Inicial e Continuada (FIC) de Libras e da Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática, momento em que os participantes discutiram as leis de inclusão e a cultura surda.

Educadores durante palestra sobre a inclusão do surdo

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Capacitações

Urgência e Emergência Mais de 180 profissionais da área de Saúde participam de capacitação Uma parceria do IFSULDEMINAS com o Consórcio Intermunicipal de Saúde da Macro Região do Sul de Minas (Cissul), responsável pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), viabilizou a capacitação de 180 profissionais da área de enfermagem das cidades de Lavras, Três Corações, São Lourenço, Itajubá, Muzambinho, Alfenas, Passos e Pouso Alegre. A “Capacitação em Urgência e Emergência” foi promovida pela Pró-Reitoria de Extensão, a partir da demanda do Cissul. As atividades tiveram início com uma aula inaugural no segundo semestre de 2016. O curso contou com uma carga horária de três horas diárias, quatro dias por semana, durante três meses. Ao final, os participantes puderam aplicar os conhecimentos adquiridos em um estágio de 16 horas, realizado, em dois sábados, no Hospital de Varginha. Epidemiologia e Políticas de Atenção às Urgências e Emergências, Biossegurança, Ética e Aspectos Legais na Urgência e Emer-

gência, Anatomia e Fisiologia, Assistência de Enfermagem ao Politraumatizado foram algumas das disciplinas ministradas. Aproximadamente 70% do conteúdo teórico feito em sala de aula e 30% do conteúdo prático, em laboratório. Uma das professoras da capacitação realizada em Lavras, Larissa Sales Martins, explicou que o curso promoveu melhorias na agilidade do serviço e segurança nos cuidados de enfermagem dos setores de urgência e emergência. Já para a docente Heloísa Turcatto Gimenes Faria, coordenadora do curso no Campus Passos e no Polo de São Sebastião do Paraíso, os alunos mostraram desempenho satisfatório nas atividades avaliativas e o retorno foi positivo quanto ao conteúdo teórico e prático. “Na prática clínica, pode-se observar lacunas no conhecimento por parte dos profissionais de enfermagem quanto ao atendimento às diversas situações de urgência e emergência que podem acometer a população. Assim, com o aumento da demanda e da

Aula do curso de Urgência e Emergência

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complexidade que envolve a assistência em urgência e emergência, os profissionais que atuam nessa área devem estar capacitados e preparados para trabalhar em conjunto e tomar decisões rápidas, embasadas em conhecimentos prévios e protocolos de atendimento. Nessa direção, cursos de capacitação na área de urgência e emergência, voltados principalmente para a equipe de enfermagem, são imprescindíveis, uma vez que proporcionam maior segurança, tanto para os profissionais que exercem atendimento às vítimas, quanto para elas”. Aprimorando conhecimentos e experiências Arnaldo Sabino de Carvalho é técnico em Enfermagem e participou do curso em Varginha com o objetivo de aprimorar seus conhecimentos na área. “Aprendi muito com os professores, tanto na parte teórica, quanto prática. Já tinha experiência, mas sempre tem algum conteúdo novo. Aprendi principalmente novas técnicas na área de trauma. Todos os professores são muito capacitados; só posso agradecer”. Para Poliane Amado, aluna do curso em Três Corações, foi uma oportunidade de atualização do conhecimento. “Foi muito proveitoso e com um conteúdo enriquecedor. As aulas práticas e as teóricas atualizaram nossas técnicas, abrangendo uma gama de conteúdos. Agradeço ao IFSULDEMINAS por disponibilizar o curso e aos profissionais do SAMU e aos professores por ouvir atentamente os questionamentos, direcionando nossos passos para alcançarmos o sucesso”.


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Curso para Educadores Cerca de 100 profissionais da educação de nove municípios do Sul de Minas são capacitados O Campus Avançado Carmo de Minas promoveu um curso de Formação Inicial e Continuada (FIC) com a temática “África – Brasil: laços e Identidades” para cerca de 100 profissionais da educação das cidades de Carmo de Minas, Caxambu, Cristina, Cruzília, Dom Viçoso Itanhandu, Jesuânia, Lambari, Olímpio Noronha, Pouso Alto, São Lourenço e Soledade de Minas. O objetivo foi contribuir para a formação dos participantes sobre as práticas pedagógicas em relação à temática. A capacitação, realizada entre os meses de outubro e dezembro de 2016, contemplou quatro áreas: Educação e Relações Étnico-raciais; História: África e Brasil: relações e interfaces; Arte Afro-Brasileira e Literatura Africana. Ainda, foram realizadas oficinas de dança e ritmos africanos e contação de histórias. A coordenadora do curso e professora de Educação e Relações Étnico-raciais, Lídia Lopes Ozório, desenvolveu temáticas que abrangeram as legislações políticas de promoção da igualdade racial e ações afirmativas. Também foram apresentados estudos sobre a constituição da identidade afro-brasileira e o papel da escola como campo de formação humana e propulsora da construção dessa identidade na diversidade cultural do Brasil. Christiane Ferreira Nascimento, professora de História, buscou identificar a diversidade cultural e histórica da África. Nas aulas sobre Arte e África, a professora Selma Bajgielman aproximou os participantes de novas possibilidades estéticas.

Além das aulas, o curso também contou com oficinas variadas

Na disciplina de Literatura, a docente Siméa Paula de Carvalho Ceballos discutiu a relação entre língua, literatura e etnicidade, tendo como perspectiva a educação. Oficinas Além das disciplinas do curso, foram realizadas também as de contação de histórias e de dança e ritmos africanos. Natach Almeida, professora de Teatro, afirmou que pôde conhecer mais as raízes e valorizá-las. “Espero, dessa forma, alimentar em meus alunos tudo que absorvi. Em determinados momentos, por ser um assunto bem profundo, nos fez sentir na pele a dor e o sofrimento que passam as crianças, adolescentes e adultos, todos os dias, com algum tipo de preconceito. Tenho certeza de que usarei a minha arte em busca de mudanças por uma sociedade mais humana”. Arthemisa Freitas Guimarães Costa,

pedagoga do campus e participante do projeto, considerou o aprendizado intenso. “Aliando teoria e prática, os participantes puderam refletir e realizar atividades no curso e em seus locais de trabalho, escolas e salas de aula”. Certificação e palestra sobre Pedagogia Social Os participantes foram certificados durante uma cerimônia realizada no dia 07 de abril de 2017, no auditório do Colégio Imaculado Coração de Maria, em São Lourenço. O evento também recebeu o professor Dr. Roberto da Silva, da Universidade de São Paulo (USP), que discorreu sobre a importância da construção da Pedagogia Social no Brasil. Fruto de pesquisas acadêmicas, seu trabalho chamou atenção para a temática dos excluídos e marginalizados, propondo caminhos para uma efetiva inserção social. #71


Capacitações

Turismo de Experiência Parceria promove capacitação para condutores de turismo na Rota do Café Especial O Curso de Formação Inicial e Continuada (FIC) foi realizado pelo Campus Avançado Carmo de Minas em parceria com a Unique Cafés em 2017. O objetivo foi capacitar condutores de roteiros de turismo de experiência na Rota do Café Especial, passeio guiado entre Carmo de Minas e São Lourenço. A ação foi coordenada pela professora Lílian Vanessa da Silva e contou com os instrutores Renata Prado, gestora da Rota, e Gabriel Guimarães, da Unique Cafés. Eles apresentaram aos participantes técnicas de guia; sustentabilidade e turismo aplicados à cadeia produtiva do café especial; comunicação, expressão e desenvolvimento interpessoal do guia turístico e ética e cidadania na prestação de serviços turísticos. Gabriel Guimarães é também barista e desenvolveu conceitos básicos de degustação de café e LatteArt. O refinamento cultural ficou por conta da artista plástica Simone Ribeiro, que conduziu os alunos a uma visita guiada na Galeria de Arte Paiva Frade, onde aprenderam conceitos de arte e cultura. Noções de primeiros socorros aplicados às situações ocorridas na rota turística foram tecnicamente apresentadas pelo soldado Leonardo Lemes de Paula, do Corpo de Bombeiros. Fechando o ciclo de conhecimento, os alunos fizeram um resgate de histórias e vivências dos costumes locais, enriquecendo e valorizando os aspectos históricos. Eles também participaram do roteiro “Do pé à xícara” para consolidarem a #72

aprendizagem de guias de turismo de experiência. Gabrielly Ferreira, aluna do campus, é coordenadora do turismo de experiência na Rota do Café Especial e organizou o passeio. Renata Prado, gestora da Rota do Café Especial, considerou os participantes aptos a atuarem profissionalmente como condutores de turismo de experiência. Ela ressaltou que o objetivo foi estimular vivências e o engajamento nas comunidades locais, gerando aprendizados significativos. O encerramento do curso FIC foi realizado na Fazenda do Sertão, onde se vivencia o roteiro “Do pé à xícara. O Campus Avançado Carmo de Minas foi representado pelo então diretor de Ensino, Pesquisa e Extensão, professor

Participantes posam em frente ao casarão histórico do Campus Avançado Carmo de Minas

Luiz Gustavo de Mello, que parabenizou os alunos e agradeceu à Rota do Café Especial pela oportunidade da parceria.

Estudantes se reúnem para encerramento do curso na Fazenda do Sertão, onde é realizado o roteiro do “Pé a Xícara”


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“Vamos Comer um Café?” Quitandeiras são capacitadas para preparo de pratos com café Promovido pelo Campus Avançado Carmo de Minas, o curso de Formação Inicial e Continuada (FIC) “Vamos comer um café? O uso gastronômico do café” capacitou um grupo de quitandeiras da região. Com o apoio da Secretaria de Cultura e Turismo da Prefeitura de Carmo de Minas, responsável pela seleção das mulheres e fornecimento do material, a capacitação contou com atividades práticas realizadas em 2017. O curso foi especialmente ofertado para que o grupo pudesse preparar e comercializar alimentos, a partir da utilização do café, durante o I Festival do Café Especial, realizado em setembro de 2017, no município. As atividades foram ministradas pelo gastrônomo Gabriel Freitas e pela professora do Campus Avançado Carmo de Minas, Lílian Vanessa Silva, que forneceram orientações sobre boas práticas de manipulação dos alimentos. Também foram realizadas ações de planejamento e organização de equipes para atuarem no Festival.

Equipe que atuou durante o curso de Formação Inicial e Continuada (FIC)

Gabriel Freitas apresentou pratos doces e salgados contendo café como ingrediente principal, como filé de frango flambado com batatas a provençal, molho jus e confit de minitomates; patê de café servido em canapés com presunto de parma e no pão de queijo; arroz-doce com café; ragu de carne bovina com molho de café e aligot de batatas-inglesas e baroa; macarrão gravatinha com molho de café; naked cake com creme de café; rosca com ganache de café e caramelo de café com

uvas-passas e pão de café recheado com muçarela e tomate. O gastrônomo considerou o curso desafiador e interessante e relatou que é gratificante elaborar preparações com café, especialmente as salgadas. Freitas também explicou que o ingrediente oferece aroma, sabor e textura inusitados e surpreendentes aos pratos. A capacitação ocorreu no Laboratório de Alimentos do campus. Para a realização das atividades, contou com apoio das alunas do curso Técnico em Alimentos, Ester Nazareth Policarpo da Graça, Eveline Silva Carneiro e Natália Moreira Mafra. Entre as alunas e quitandeiras, Maria dos Santos contou que o curso superou as suas expectativas e Natália Moreira Mafra ressaltou que “o mais interessante da capacitação foi aprender a elaborar pratos salgados com o café, considerando que esse tipo de preparação é pouco explorado, mas resulta em sabores inusitados”. O projeto “Vamos comer um café? O uso gastronômico do café” foi iniciado em 2015 pela professora Lílian Vanessa da Silva.

Alguns pratos preparados no primeiro dia de curso

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Eventos


Eventos

Semana Cultural Campus Inconfidentes leva arte e entretenimento para a comunidade A Semana Cultural é um evento que leva arte e cultura para o Campus Inconfidentes e para a comunidade. Realizada em 2016, a quinta edição do evento contou com apresentações, oficinas e palestras contemplando as mais variadas áreas, integrando alunos, servidores e moradores da cidade. A Semana iniciou-se com a abertura de duas exposições: “A Arte é...”, de Emanuel de Gusmão, que busca traçar um caminho para a arte por meio da utilização de materiais comuns e reutilizados e “EnlouqueSer e a Escrita de Si”, de Saionara Leandro, que traz a público cartas de internos de instituições psiquiátricas inseridas em prontuários médicos, mas que nunca chegaram ao seu destinatário. Logo após, foi realizado o 8° Festival de Poesias na Praça de Inconfidentes. Os alunos que integram o Projeto “Som no Campus” realizaram apresentações musicais. Houve oficina de palhaços, apresentação do Coral enCanto, lançamento do site da Casa das Artes e o show “Entre acordes e palavras”, com Aliciane Rodrigues e Fábio Dalpra. A Fanfarra Professor Gabriel Vilas Boas e suas balizas realizaram uma apresentação no pátio do Prédio Principal. Também foi oferecida uma oficina de iniciação às artes circenses na Praça Tiradentes. Malabares, bambolês, slackline e tecidos foram algumas das habilidades experimentadas pelos participantes. O Coral “Cantos Lux” se apresentou no Salão Social e emocionou o público que lotou o espaço. Na Praça, mais uma vez, as atividades se direcionaram para o espaço #76

Coral enCanto se apresenta no Salão Social do Campus Inconfidentes

do Circo com o espetáculo “Cabaré”, do Grupo Picadeiro Ambulante. O projeto “Tertúlias Literárias Dialógicas” esteve presente na programação do evento, apresentando a leitura de textos e reflexões. Uma oficina de comédia física da palhaçaria teve seu encerramento com a invasão de palhaços durante o lançamento do livro “Relicários de uma jovem poetisa”, da aluna Tainara Guimarães. Foi realizada a apresentação do Grupo Plantear, de Campinas, com o espetáculo “Fando e Liz” e o show com Bruno Maia e o Terror Celta de Varginha. O 1° Geek Day encerrou as atividades com diversas batalhas, jogos, concurso de cosplay e, para encerrar, o Projeto Nostalgia, de Jacutinga, trouxe muitas músicas e relembrou sucessos que nunca saem de moda. “Conseguimos perceber a interação proporcionada pela arte entre alunos, servidores e comunidade em geral, em belíssimos projetos que unem as habilidades e talentos em prol de um mesmo

objetivo – ser e fazer arte”, disse o professor Luís Carlos Negri, coodenador de Arte e Cultura do Campus Inconfidentes.

Apresentação durante o Festival de Poesias na abertura da 5ª Semana Cultural

As artes circenses estiveram presentes no evento


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Cultura Evento exibe apresentações de música, dança, teatro, cinema e fotografia Os alunos do Campus Pouso Alegre tiveram a oportunidade de apresentar, em um só dia, todos os gêneros culturais que desenvolvem por meio dos projetos da escola: dança, música, cinema, teatro e fotografia. O campus também recebeu apresentações culturais externas da Escola de Ballet Luiz Henrique, Grupo Soul PA, Espaço de Dança Ivan Felipe, Grupo Break Soul Crew e Abadá Capoeira. As apresentações aconteceram no dia 10 de maio em comemoração ao Dia da Cultura no IFSULDEMINAS. O evento teve início com o show musical “O ritmo que nos define”, dos alunos do Projeto “Musicalidades por toda a Parte”. “É sempre um dia muito especial porque os alunos deixam a tensão das salas de aula para vivenciar o aprendizado da cultura. A interação durante as atividades tira todo o estresse das aulas e faz com que os alunos se soltem mais revelando, até mesmo, grandes talentos”, disse o estudante do

Curso de Informática e monitor do Projeto, Renan Ribeiro Soares. As apresentações foram acompanhadas por discentes do campus e de escolas visitantes. Após o show musical, o teatro ganhou espaço com a Cia dos Péssimos e o espetáculo “Comunidade do Arco-Íris”. Em seguida, foi a vez do Ballet Luiz Henrique, fundado em Pouso Alegre há 12 anos. Com diversas premiações em apresentações por outros países e com ex-alunos integrando grandes companhias, a escola de ballet trouxe para o palco uma apresentação contemporânea e moderna, com músicas atuais e danças do cotidiano. Luiz Henrique, diretor da escola, aplaudiu a iniciativa do Instituto. “É sensacional! É importante levar arte e culturas diferentes para os alunos”. O Soul PA ganhou a atenção dos estudantes numa apresentação ao ar livre, enquanto o grupo de teatro Meus Pésames dava um show de improvisação técnica

Apresentação musical no dia da Cultura

no auditório do campus. Em seguida, também subiram ao palco os integrantes do “Poéticas do Corpo”, com apresentações de dança. Para fechar a tarde, aconteceu a exibição do filme “O Sorriso de Mona Lisa”, de Mike Newell, por meio do projeto Cine IF. “Temos seis projetos na área de artes: dois de teatro, um de música, um de dança, um de fotografia e um de cinema. O aluno opta por aquele que mais se identifica e vai vencendo seus limites e crescendo. É uma forma de aprendizado diferente da sala de aula. Seria bom se todas as escolas fizessem isso, destinar um dia para a cultura, um para o esporte e um para a consciência ambiental para que a gente possa desenvolver, outras formas de pensamento e de valorização de si próprio”, disse o professor de artes do Campus Pouso Alegre, Emerson Simões. A programação ainda contou com a exibição de trabalho do projeto Desfocar, com a exposição fotográfica “KRAG: o poder afro no IF”. À noite, os alunos acompanharam as apresentações do Espaço de Dança Ivan Felipe, com os grupos Break Soul Crew e Abadá Capoeira.

Peça encenada por alunos do Campus Pouso Alegre

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Eventos

Setembro Azul Língua Brasileira de Sinais é tema de evento que reúne mais de 400 participantes Durante o mês de setembro de 2017, aconteceu o “I Setembro Azul do Campus Inconfidentes”. O evento teve como objetivo difundir a Língua Brasileira de Sinais (Libras), bem como apresentar a história da educação dos surdos e suas conquistas, além de provocar reflexões acerca desses sujeitos quanto a sua singularidade linguística e cultural na sociedade e no âmbito educacional, por meio de palestras, mostras culturais, minicursos, workshops, apresentação de filmes, mesa de discussão e exposição de livros. A programação foi divulgada a toda comunidade escolar e alunos. Estiveram presentes mais de 400 participantes. Quem liderou a organização do evento foi o servidor Reginaldo Aparecido Silva, tradutor e intérprete da Língua Brasileira de Sinais e professor da disciplina de Libras no Campus Inconfidentes. Para ele, a motivação do evento é uma oportunidade de mostrar a cultura surda e o mundo surdo, que é uma minoria linguística. “Ainda que estejam num mesmo país, eles estão esquecidos, estão à parte da sociedade. Então, o Instituto dando essa oportunidade para nós, é uma razão de trazermos os profissionais que trabalham com a Língua Brasileira de Sinais e socializar essas informações com professores, com a comunidade e, principalmente, com alunos, que futuramente serão docentes também”, disse Reginaldo. A palestra de abertura teve como #78

tema “A história educacional dos surdos – seus desafios e conquistas”. O palestrante foi Jonatas Rodrigues Matias, professor de Libras no Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e Atendimento à Pessoa com Surdez (CAS – Varginha). A palestra foi dada em Libras e traduzida pelo servidor Reginaldo Silva. “A palestra é muito importante para nós enquanto surdos. Contamos a história de nossa luta desde muito tempo até hoje. A discriminação que nós sofremos, a acessibilidade que era muito difícil nas instituições de ensino, entre outras coisas”, comentou o palestrante. “É um evento importante para refletirmos sobre a inclusão da pessoa com surdez, as possibilidades que as instituições têm em relação a isso. No que diz respeito às licenciaturas, é essencial para o futuro professor

Professor Jonatas Rodrigues Matias ministrou a palestra em Libras “A história educacional dos surdos – seus desafios e conquistas”

ter a oportunidade de debater isso durante seu percurso formativo”, disse a docente Lidiane Teixeira, do Campus Inconfidentes, aos participantes das atividades.

Alunos, professores, servidores do campus e comunidade participaram das atividades


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V Semana das Diferenças Evento proporciona reflexões sobre arte, educação e sexualidade

Encerramento com a apresentação do curta “Translúcidos”

Em sua quinta edição, a “Semana das Diferenças”, organizada pelos professores Paula Inácio e Luís Carlos Negri, coordenadores do Grupo de Estudo em Gênero, Arte, Educação e Sexualidade (GAES), convidou a comunidade do Campus Inconfidentes e da cidade a pensarem a respeito das subjetividades da transexualidade. A abertura do evento aconteceu em 17 de maio de 2017, dia Internacional de luta contra a homofobia, com uma performance da drag queen Jaqueline Ramirez e a performance intitulada “Não Recomendado”, apresentada pelo Grupo de Teatro Arte Federal, do Campus Inconfidentes, que emocionou o público presente. Após as apresentações, o público participou de um bate-papo com Jaqueline. No segundo dia foi realizada uma oficina, só para mulheres, organizada pela atriz Tatiana Caltabiano, do Coletivo Petit Comitê/SP. A oficina foi uma preparação para a apresentação do dia

seguinte, a performance “P.S.” (post scriptum cênico). Também ocorreu a apresentação da peça-manifesto “Lampião” com a Cia Clandestina/SP, seguida de um bate-papo com os atores. Para encerrar o evento, no dia 19 de maio, a apresentação da performance P.S. (post scriptum cênico) contou com a participação de alunas e mulheres da cidade de Inconfidentes. Após o espetáculo aconteceu um bate-papo com as mulheres que estavam em cena. Em seguida, houve a apresentação do curta “Translúcidos” dos diretores Asaph Luccas e Guilherme Candido, membros do coletivo de audiovisual Gleba do Pêssego, grupo de jovens LGBT periféricos que discutem identidades marginalizadas por meio de seus trabalhos. As atividades também contaram com a presença da atriz e performer trans Wallace Ruy, que participou, junto com os diretores, de um bate-papo após a apresentação do curta. “Ser trans é ser muitos, é não erguer

normas para si e para o outro. Ser trans é ser sujeito que resiste a preconceitos e piadinhas cotidianas que geram violência psicológica, violência física e tentam matar, apagar as diferenças. Ser trans é ser um corpo transgressor que embaralha em si, as nossas referências sólidas e dicotômicas sobre o feminino e o masculino. Ser trans é ser uma subjetividade que incomoda e a realização do evento é justamente um meio de incomodar os nossos referenciais para pensarmos a nossa existência e a do outro”, disse a professora Paula Inácio.

Drag Queen Jaqueline Ramirez realiza performance

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Eventos

4º IF Aberto Campus Pouso Alegre recebe comunidade para apresentação de cursos, atividades culturais e oficinas Realizada em 2017, a quarta edição do IF Aberto teve como foco divulgar o vestibular do IFSULDEMINAS. O evento recebeu cerca de 500 estudantes e professores de Pouso Alegre e da região para um dia de conhecimento sobre os cursos oferecidos pelo Instituto. A programação contou com oficinas e apresentações culturais para os visitantes. O IF Aberto teve início com apresentações de dança dos alunos que integram o projeto “Poéticas do Corpo”. Em seguida, os visitantes assistiram a um vídeo institucional para conhecerem a estrutura de todo o IFSULDEMINAS. Logo após, puderam conhecer toda a estrutura física, laboratórios e os cursos oferecidos pelo Campus Pouso Alegre. Para a apresentação foram montados, no prédio pedagógico, estandes coordenados por professores e alunos. “A ideia do evento foi abrir o campus para a comunidade conhecer a nossa estrutura, os cursos e os projetos que desenvolvemos”, explicou o servidor Daniel Reis, membro da equipe organizadora. Além da visitação nos estandes, foram realizadas oficinas para apresentação de alguns conteúdos e de cada área de atuação. “É muito importante para a comunidade e para os alunos conhecerem as atividades e cursos que o Instituto Federal oferece. Foi uma oportunidade incrível para eles sentirem um pouquinho de como é estar aqui no IF”, disse a professora Mariele Rezende Andrade, da Escola F1 de Pouso Alegre. Houve também apresentações de

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música com os alunos do Projeto “Musicalidades”, teatro de improviso com o grupo “Meus Pésames”, dança com os participantes do “Dançartes”, sessão de cinema pelo “Cine IF” e práticas esportivas, todos os projetos foram desenvolvidos no Campus Pouso Alegre. “Eu sempre quis conhecer o IF. Ele é bem amplo, tem muitas atividades como música, dança, esporte e cursos que podem desenvolver conhecimentos para fazer uma faculdade”, contou a estudante Cecília Vieira, do Colégio Tiradentes. Todas as turmas que estiveram presentes no evento ganharam uma muda de árvore para plantio em suas escolas. A professora Claudia Monção, da Escola Mendes Oliveira, de Congonhal, aprendeu a criar a própria horta vertical. “Foi muito interessante participar dessa oficina. Nossos estudantes vão descobrir que com pouco espaço e utilizando material descartável é

possível ter uma horta em casa”. O projeto IF Aberto foi idealizado pela docente Mariana Felicetti, como uma espécie de dia do voluntariado. “Foi pensado como uma forma de trazer as pessoas para dentro do IF, tanto para conhecerem e se tornarem nossos alunos, quanto para oferecer novas oportunidades. Temos participantes do IF Aberto e hoje usam os conhecimentos das oficinas para ganharem dinheiro e aumentar a renda familiar”, ressaltou. Oficina do IF Aberto ajuda participante a complementar renda É no seu ‘cantinho da criatividade’ que a auxiliar contábil Jéssica Helen Silva, 26, tira as ideias do papel e as transforma nas mais belas peças em feltro. Tem de tudo um pouco: animais, bonecos, enfeites de porta, lembranças de maternidade,

Apresentação Cultural de Flamenco durante IF Aberto


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chaveiros. O artesanato complementa a renda da família. Os primeiros ‘pontinhos’, a moradora de Itajubá aprendeu em uma das oficinas oferecidas pelo projeto de extensão IF Aberto. “O curso me ajudou muito a começar a arte do feltro e esclareceu muitas dúvidas. Desde então, tenho aprimorado meu conhecimento e hoje faço peças de feltro sob encomenda”, disse. “O artesanato em feltro, além de sua capacidade terapêutica, possui um grande potencial gerador de renda e autonomia. Com investimento inicial baixo, uma vez que o trabalho é manual e o material utilizado é barato, é possível produzir peças que podem ser comercializadas com uma grande margem de lucro. A flexibilidade de tempo e espaço também é um grande atrativo desse tipo de atividade, especialmente para donas de casa que desejam incrementar a renda familiar, sem sair do lar”, ressaltou a assistente em administração, Amanda Paz, que ministrou a capacitação. A oficina de artesanato em feltro foi uma das inúmeras oferecidas no IF Aberto. Os participantes também tiveram a oportunidade de aprender automaquiagem, confeccionar sabão, como cuidar de hortas

Experiências de química durante o 4º IF Aberto

Oficina de feltro

Artesã Jéssica Hellen em seu cantinho da criatividade

suspensas em garrafas pets, criar peças em palete, produzir iogurte, desenvolver luminárias usando barbante e cola e muitas outras.

Realizado desde 2015, o evento já atingiu e fez a diferença na vida de muitas famílias que passaram a utilizar as técnicas aprendidas como fonte de renda. “Participar dessas mudanças é uma experiência que não tem preço. Quando recebo mensagens das participantes agradecendo por terem realizado sua primeira venda eu fico até emocionada. Na maioria das vezes, elas nem sabem que possuem essa capacidade, de confeccionarem, com suas próprias mãos, um produto que possa encantar outras pessoas e se transformar em uma fonte de renda. Eu sinto que estou cumprindo meu papel, ainda que pequenininho, de transformar o ambiente onde moro. É muito recompensador”, contou a professora da oficina de feltro.

Momento de recreação durante o 4º IF Aberto

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Eventos

IFCompartilha Programação diversificada leva conhecimentos à comunidade passense Anualmente, o Campus Passos promove o IFCompartilha, evento que tem como objetivo levar os conhecimentos desenvolvidos pela instituição a toda comunidade. Uma programação diversificada marcou a quinta edição do evento, realizada em 2016. No primeiro dia, as atividades foram iniciadas com mostras, feira de ciências e exposições de trabalhos dos acadêmicos do IFSULDEMINAS, que foram visitadas por alunos de algumas escolas públicas da região. Aulas de fitness dance e zumba, promovidas na área de convivência do campus, agitaram o evento. Durante todo o dia, uma equipe de divulgação do vestibular se colocou à disposição para realizar as inscrições do processo seletivo da instituição No período da tarde, minicursos abordaram temas ligados a maus tratos animais, saúde da família, introdução ao Photoshop e programação de computadores. Ainda nesse período, os alunos participaram de uma gincana desportiva e cultural que envolveu os cursos técnicos integrados.

Participantes durante aula de dança

O dia de atividades encerrou-se, primeiro, com a palestra “Escolas Técnicas no Brasil”, proferida pelo chefe de educação do Instituto Multidisciplinar da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Flavio Anício Andrade, que falou sobre a importância dos institutos federais na formação, não só de profissionais para o mercado de trabalho, mas de cidadãos conscientes de seu papel na sociedade. Em seguida, os professores Tiago Severino, Rildo Duarte, Mariana Eliane

Evento recebeu alunos de outras escolas públicas do município

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Teixeira, Rene Hamilton Dini Filho, Camila Codonho e Rodrigo Cardoso promoveram uma mesa-redonda que propôs o debate sobre “Os impactos da PEC 241, PL 257 e Reforma do Ensino Médio na educação pública brasileira”. O segundo dia de atividades, da 5ª edição do IFCompartilha, ofereceu à comunidade um espaço de ações de controle e prevenção do câncer de mama e câncer de colo de útero com orientações sobre as doenças e a realização de exames preventivos. Encerrando o IFCompartilha, no período da tarde, o campus ofereceu oficinas nas áreas de planejamento familiar, dresscode, desenho de moda, oncologia, além dos minicursos de introdução ao Photoshop, calculadora científica e comunicação no campo da saúde. As mostras e exposições dos alunos também estiveram disponíveis para visitação durante o sábado, além das ações de divulgação do vestibular e posto de inscrições.


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“IF Refloresta” Evento reúne mais de 550 pessoas para ações de preservação ambiental Com objetivo de recuperar áreas de preservação permanentes (APPs) dentro do Campus Muzambinho e conscientizar a comunidade sobre preservação da fauna e flora foi realizado, no segundo semestre de 2016, o IF Refloresta. O evento reuniu mais de 550 participantes. Realizado após o “Dia da Árvore”, marcou o início da primavera. A iniciativa é do coordenador do Laboratório de Jardinagem e Paisagismo, Juliano Francisco Rangel. Além dele, estiveram envolvidos os profissionais Greimar Alves de Jesus, Generci Dias Lopes, Marcelo Antônio Morais e Claudiomir Silva Santos. A ação também teve apoio do engenheiro ambiental do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Luiz Ricardo Zavagli. Uma área com 1,44 hectares próxima a dois afluentes de água foi escolhida para o plantio das mudas. Além da comunidade acadêmica do campus, também prestigiaram o “IF Refloresta”, estudantes de escolas municipais, estaduais, particulares e da APAE de Muzam-

Assistidos da Apae participaram da ação

binho e região. Ao todo, foram plantados 108 exemplares de mudas, dentre elas 25 espécies diferentes de plantas nativas. Todas as mudas foram produzidas no Laboratório de Produção de Mudas Florestais do Campus Muzambinho, que realiza esse trabalho há mais de 15 anos, promovendo reflorestamento e recuperação ambiental de toda a região. Reflorestamento promovido pelo Campus Muzambinho

Plantio de mudas durante o IF Refloresta

Em 2015, com o fechamento de viveiros regionais, o trabalho realizado no Campus Muzambinho passou a ser referência estadual na produção e distribuição de plantas nativas da Mata

Atlântica. No início de 2016, o Laboratório disponibilizou mais de 50 mil exemplares de mudas nativas aos interessados. Além de ser responsável pela produção de mudas, o local é utilizado para ações pedagógicas, como a realização de cursos e visitas de escolas de toda a região. Nos últimos anos, o viveiro do campus tem produzido mais de 50 mil mudas, cerca de 250 espécies de mudas nativas catalogadas, cuja grande maioria faz parte da flora da Mata Atlântica. Todo esse acervo é disponibilizado no início do período chuvoso aos proprietários que pretendem promover a recuperação ambiental. #83


Eventos

“Tatame do Bem” Projeto realiza graduação de cerca de 70 atletas de Jiu-Jitsu

Participantes do projeto “Tatame do Bem”

Ao final do ano de 2016, uma solenidade marcou a graduação dos atletas de jiu-jitsu do projeto “Tatame do Bem”. Dos cerca de 70 atletas participantes, 24 são crianças da comunidade muzambinhense. Semestralmente, o projeto promove a graduação dos atletas que trocam de faixas e graus, de acordo com avaliação técnica feita durante os treinos pela professora Rafaela Rezende. Esteve presente no evento, juntamente ao mestre da equipe, Paulão Rezende, o egresso do curso Técnico em Agropecuária do Campus Muzambinho, Rafael Leite, atleta profissional e integrante da “Casa do Atleta”, idealizada pelo mestre Paulão Rezende. O “Tatame do bem” foi fundado

Crianças são atendidas pelo projeto

#84

em maio de 2014 com o objetivo de promover o aprendizado da arte marcial por meio de uma parceria entre o Campus Muzambinho, a equipe do Mestre Paulão Rezende – BrazilianJiuJitsu/Zenith, com o apoio da Cooperativa-Escola. Sobre o projeto Coordenado pela professora Rafaela Silva Brício Rezende, pelo professor Márcio Luiz de Almeida Bueno e pelo Mestre Paulo César Rezende, o projeto ofereceu aos participantes oito treinos semanais, sendo seis para adolescentes e adultos e dois para o público infantil. Durante os treinos diários, os alunos estão sob constante avaliação de desempenho e comportamento. Dessa forma, transcorrido o tempo mínimo necessário a cada faixa, segundo a Confederação Brasileira de JiuJitsu, é garantida ao aluno exemplar a mudança de grau ou de faixa, celebrada em uma das duas graduações anuais, com a presença do Mestre Paulo César Rezende. Segundo a professora Rafaela, “os alunos não são avaliados especifica-

Mestre Paulão Rezende participa da graduação dos atletas

mente no momento da graduação e sim diariamente, por meio da sua assiduidade nos treinos, comprometimento, técnicas, resultados em campeonato, entre outros”. O “Tatame do bem” oferece treinamento de duas horas divididas em: aquecimento, condicionamento físico, técnicas, dinâmica de ataque (passagem de guarda), defesa (guarda) e luta. A professora explica que o treino é dado da mesma forma para todos os alunos, mas na véspera de competições as aulas têm como foco algumas técnicas básicas abordadas em um treino mais moderado, a fim de evitar lesões.


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Acessibilidade “História da Educação dos Surdos” é tema de debate promovido pelo Campus Muzambinho o evento foi de grande proveito, pois mostrou a riqueza da língua de sinais e serviu de incentivo para que mais pessoas aprendam sobre a língua

Abertura do evento feita por Matheus Batista Barboza Coimbra e Mayra Pettersen

Início do debate sobre a “História da Educação dos Surdos”

O Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais (NAPNE) tem como um de seus objetivos promover a conscientização da população sobre os desafios vividos pelas pessoas com tais necessidades. Com essa finalidade, o NAPNE do Campus Muzambinho realiza, frequentemente, ações como palestras, cursos e debates. Em 2017, uma das iniciativas foi a realização do evento “Café com Prosa” a partir do tema “A História da Educação dos Surdos”.

Realizado, na Câmara Municipal de Muzambinho, o evento contou com a presença de 107 pessoas em uma palestra ministrada pela professora de Libras da Universidade Federal de Alfenas (Unifal), Thais Magalhães Abreu. A palestrante utilizou a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e foi feita a tradução simultânea para o Português, com a ajuda dos intérpretes Mayra Pettersen e Matheus Coimbra. Segundo um dos organizadores, o

tradutor e intérprete Matheus Coimbra, “o evento foi de grande proveito, pois mostrou a riqueza da língua de sinais e serviu de incentivo para que mais pessoas aprendam sobre a língua, garantindo acessibilidade aos surdos”. Além da palestra, o NAPNE ainda promoveu debates sobre surdez, língua de sinais, transtornos de déficit de atenção, hiperatividade, deficiências e necessidades educacionais especiais, dentre outros temas.

#85


Eventos

Colheita e Pós-Colheita Encontro técnico sobre cafeicultura reúne 120 produtores da região de Muzambinho Anualmente, o IFSULDEMINAS tem ampliado a oferta de eventos extensionistas no campo da agropecuária, com a finalidade de transmitir conhecimentos e novas tecnologias disponíveis no mercado aos produtores rurais da região. São inúmeros grupos de estudos e pesquisa que contribuem com iniciativas dessa natureza nos campi de Inconfidentes, Machado e Muzambinho. Nessa perspectiva, um encontro técnico foi organizado pela Empresa Júnior Agrifort e pelo Grupo de Estudos em Cafeicultura (Gecaf) do Campus Muzambinho, no primeiro semestre de 2017, com diversas palestras relacionadas à cafeicultura. Segundo os organizadores, seu objetivo principal foi promover a troca de informações e experiências entre empresas, instituições de ensino e pesquisa e os produtores, para divulgação de tecnologias e opções para melhoria dos processos produtivos. Cerca de 120 produtores rurais da cidade de Muzambinho e região puderam conhecer o campus do IFSULDEMINAS na cidade e assistir às palestras ministradas. Gui Carvalho explicou sobre o tempo de planejamento para a safra. O professor José Marcos Angélico de Mendonça falou sobre colheita e pós-colheita do café e o docente Wonder Higino abordou a saúde e segurança do trabalhador rural. O evento, realizado no Campus Muzambinho, contou com o apoio da Prefeitura Municipal, do Sindicato dos #86

Produtores rurais da região e estudantes participaram do encontro

Equipe integrante do GECAF

Produtores Rurais, da Emater - MG, da ESLOC Muzambinho, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e da Secretaria da Agricultura do Estado de Minas Gerais. Na avaliação dos organizadores, a proposta de promover a troca de informações entre os participantes foi cumprida com êxito. Para isso, as palestras abordaram questões relevantes ao mundo da cafeicultura, levando conhecimentos específicos sobre os temas tratados aos agricultores da região.

Instruções sobre segurança no trabalho

seu objetivo principal foi promover a troca de informações e experiências entre empresas, instituições de ensino e pesquisa e os produtores


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Dia de Campo Evento tem como foco o contexto da agricultura familiar e cafeicultura sustentável Alunos do curso Superior de Tecnologia em Cafeicultura, do Campus Muzambinho, promoveram, ao final de 2016, um Dia de Campo sobre cafeicultura. O evento contou com a presença de 120 pessoas, envolvendo estudantes, professores e produtores rurais da região. Sob orientação do professor Márcio Maltarolli, a iniciativa foi liderada pelos estudantes que cursavam o 5°período, e abordou temáticas aplicadas ao contexto dos agricultores familiares, tendo como foco a cafeicultura sustentável. O trabalho fez parte da disciplina Sociologia e Extensão Rural e teve como objetivo o fomento ao diálogo e à promoção das técnicas extensionistas por meio do

envolvimento direto dos estudantes com a comunidade. Com variadas frentes de discussão, o evento organizou tendas e painéis no Campus Muzambinho, que abordaram as temáticas: “Amostragem de solos e folhas”, “Segurança do Trabalho”, “Pragas e doenças do café” e “Cafeicultura de Montanha”. Os locais para discussão foram espalhados pelo circuito produtivo de café do campus. Ao final do encontro, além de sorteio de brindes, foi realizada uma pesquisa de avaliação do Dia de Campo. Mais de 90% dos presentes avaliaram de forma positiva, considerando o evento “muito bom” ou “excelente”.

Cerca de 120 pessoas participaram do evento

Uma das estações do dia de campo sobre cafeicultura

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Eventos

Cafés Especiais Desenvolvimento da cafeicultura é tema de encontro entre alunos, produtores e agrônomos O Campus Muzambinho foi o palco de debates do “Encontro Grupo Café Especial” que reuniu, durante um sábado, grandes produtores, engenheiros agrônomos, professores e universitários da região. Com viés técnico, a iniciativa promoveu debates teóricos e práticos sobre fisiologia da produção, frutificação e crescimento do cafeeiro, nova técnica de secagem de café e sistema alternativo de renovação e podas, conhecido como Poda Programada em Ciclo do Café Arábica (PPCA). Para análise sensorial, os participantes ainda fizeram uma série de degustações e provas de algumas amostras. O encontro ocorreu nas dependências do Prédio da Cafeicultura e no Laboratório de Qualidade do Café do Campus Muzambinho, em setembro de 2016. Para o professor José Marcos Angélico de Mendonça, coordenador do Setor de Cafeicultura do campus e um dos realizadores da iniciativa, o evento é um reconhecimento do trabalho desenvolvido na instituição. “É um encontro de pioneiros que buscam a produção de cafés especiais destinados a atender mercados

mais exigentes, mas que também pagam melhor. A presença desses produtores nos enche de orgulho, pois significa o reconhecimento da qualidade do nosso trabalho”, comentou. As palestras foram ministradas pelo professor Ivan Caixeta, do Campus Machado, o qual abordou a secagem do café como um dos fatores de grande relevância em um procedimento de produção de qualidade. Em seguida, a egressa do curso de Engenharia Agronômica, Raquel

Amostras utilizadas no encontro de cafés especiais

Palestra ministrada pelo professor Ivan Caixeta

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Encontro Café Especial

Vilela da Mata Miranda, fez uma breve explicação sobre a dissertação desenvolvida durante seu mestrado. As apresentações sobre novas alternativas de cultivo foram feitas pelos professores do Campus Muzambinho, Cláudio Bachião e José Marcos de Angélico Mendonça, que abordaram também temas como poda e fisiologia do cafeeiro. A última explanação foi feita pelo coordenador-geral do Grupo Cafés Especiais, o engenheiro agrônomo Guy Carvalho, que fez um relato sobre o cenário produtivo dos últimos anos. Além dos debates, os participantes fizeram degustações e chegaram a provar amostras de mais de 10 propriedades diferentes. Ao final, foi formada uma mesa-redonda, momento em que todos os produtores puderam contar suas experiências, trocar conhecimentos e tirar dúvidas.


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Congresso de Educação Física Quarta edição foi realizada na cidade de Passos em parceria com a UEMG Em 2017, foi realizada a quarta edição do Congresso de Educação Física do IFSULDEMINAS - Campus Muzambinho, que contou com a parceria da Universidade Estadual de Minas Gerais - Campus Passos. Durante os dias 7, 8 e 9 de setembro, o evento reuniu participantes de diferentes universidades para palestras, minicursos e mesas-redondas. O congresso abordou temas como promoção da saúde, aspectos socioculturais e pedagógicos da educação física e esporte sobre a biodinâmica do exercício físico. A entrega de algumas homenagens marcou a solenidade de abertura do evento, que também trouxe uma palestra sobre “Avanços e perspectivas na busca do conhecimento”, ministrada pelo professor Dr. Sebastião Gobbi, da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp - Rio Claro) e pelo professor Dr. Wagner Wey Moreira, da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM – Uberaba). Durante a solenidade, os participantes puderam assistir a uma apresentação cultural de alunos da UEMG e a uma apresentação com tecidos feita pelos estudantes do Campus Muzambinho. No segundo dia de evento, os congressistas participaram de minicursos sobre questões relacionadas

Solenidade de abertura do 4º Congresso de Educação Física

à nutrição no esporte, ao comportamento sedentário da população e sobre outros temas, como esportes coletivos na escola. À tarde, foram apresentados alguns trabalhos em forma oral e pôster. Também foi promovido um momento especial denominado “Café com prosa com os amigos”. À noite, foram ministradas as palestras “Educação Física Escolar – perspectivas da praxiologia motriz” pela professora Dra. Lilian Aparecida Ferreira, da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp – Bauru) e pelo professor Dr. Glauco Nunes Souto Ramos, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar); e sobre “Tecnologia: mocinha ou vilã da saúde”, ministrada pelo professor Dr. Inaian Pignatti

Teixeira, do Campus Muzambinho, e pelo prof. Dr. Bruno de Paula Caraça Smirmaul. O terceiro dia foi reservado para a segunda seção das apresentações e para premiação dos melhores trabalhos. Durante o congresso, foram ofertados 10 minicursos, 8 mesas-redondas, além de duas apresentações artísticas.

Estudantes durante uma das atividades do congresso

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Eventos

Encontec Mais de 500 estudantes e agricultores participaram de dinâmicas de campo Anualmente, o Campus Muzambinho tem realizado um evento voltado a estudantes e produtores rurais da região. O Encontro Tecnológico (Encontec) tem como objetivo incentivar agricultores a buscarem novas tecnologias. Em 2017, recebeu cerca de 530 participantes. Uma solenidade oficial marcou o início das atividades. Logo após, a professora Ariana Vieira Silva, que faz parte da coordenação do evento, direcionou as equipes para as dinâmicas de campo que contaram com sete estações: Fixação biológica de nitrogênio no milho, Soja safrinha, Manejo racional de bovinos, Manejo de doenças no cafeeiro, Sistema de irrigação no cafeeiro, Fertilizantes organominerais no cafeeiro (MultFertilizantes) e Fertilizantes minerais no cafeeiro (Yara Fertilizantes). Ao término das dinâmicas de

Dia de Campo contou com sete estações sobre temáticas diversas

campo, os participantes seguiram para a Feira Tecnológica, onde estavam sendo expostos diversos projetos e ações desenvolvidas pelos cursos do campus e pela Empresa Júnior Agrifort. Entre elas a degustação de produtos da agroindús-

Estudantes e agricultores participaram das ações

#90

tria, doação de livros da área de cafeicultura e meio ambiente, distribuição de mudas de chia, exposição do aplicativo de previsão do tempo, demonstração do uso de drones na agropecuária, apresentação de equipamentos de proteção individual (EPIs), distribuição de preservativos, orientações sobre doenças sexualmente transmissíveis, aferição de pressão arterial, orientações sobre hipertensão e diabetes mellitus, explicações sobre anatomia veterinária e apresentação de técnicas e equipamentos para amostragem de solo, dentre outras. O Encontro ainda contou com exposição de empresas parceiras da AGRIFORT, como a Terra Jr. (UFLA), Minas Verde Máquinas, Inova Máquinas, Automáquinas (Brudden Equipamentos Ltda.), TMF Fertilizantes, Biomix e Termax Fertilizantes.


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Iguais nas Diferenças Semana promove reflexão sobre aluno com deficiência “Somos todos iguais nas diferenças”, foi esse o lema que mobilizou a I Semana de reflexão sobre o aluno com deficiência. O evento foi promovido pelo Campus Poços de Caldas em comemoração ao Dia Nacional da Luta de Pessoas com Deficiência, celebrado em 21 de setembro. Durante uma semana inteira, de 19 a 23 de setembro de 2016, diversas atividades, como apresentações culturais, palestras, jogos, oficinas e minicursos mobilizaram o campus e a comunidade. A palestra “Inclusão e Diferença: possibilidades de (re)inventar a inclusão para os aprendizes do século XXI”, com a professora da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL), Sílvia Orrú, foi uma das atividades que abriram a programação da Semana. No segundo dia, os participantes puderam se entreter com jogos didáticos em química. A atividade coordenada pela professora do campus, Elenice Carlos, para deficientes visuais demonstrou os conteúdos de química orgânica vistos em sala de aula. Uma partida de Goalball, com a equipe da AADV-PC, demonstrou um pouco do esporte praticado por defi-

cientes visuais. A semana contou com uma apresentação de dança dos alunos do Grupo Artístico Sem Limites, da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Poços de Caldas (APAE). Coordenados pela professora Shirlei Aparecida Pereira, a apresentação intitulada “Amoreko” retratou, de uma forma engraçada e descontraída, a história dos palhaços que se apaixonam pelas bonecas. Uma exposição de produtos do Centro de Capacitação para o Mercado de Trabalho da Associação dos Deficientes Físicos de Poços de Caldas (ADEFIP) foi promovida na quinta-feira (22). Chinelos, cachecóis, canecas e tapetes feitos pelos atendidos e pelo grupo de mães da ADEFIP puderam ser admirados e adquiridos pelos participantes do evento. No auditório do campus, o público pôde se emocionar com uma apresentação de dança do Projeto Superação, Arte e Dança Adaptada da ADEFIP. O evento foi encerrado na sexta-feira com dois minicursos ofertados pela Associação de Assistência aos Deficientes Visuais de Poços de Caldas e pelo Centro Municipal de Atendimento

Minicursos sobre Braille e Sorobã encerraram as atividades da Semana

Jogos didáticos em Química fizeram parte do evento

Equipe de Goalball da Associação de Assistência aos Deficientes Visuais (AADV) de Poços de Caldas

Educacional Especializado Helen Keller: “O alfabeto em Braille”, com a professora Rosilene Marcondes, e “O uso de sorobã para o ensino de Matemática aos deficientes visuais”, com a professora Renata Rezende. Deficiente visual desde o nascimento, a professora Rosilene aprovou o evento do IF. “Gostei muito da participação do público, pois é sempre muito bom divulgar o Braille. A capacidade de um aluno com deficiência visual de aprender é diferente de um aluno que não possui tal deficiência”. No Campus Poços de Caldas, o evento foi organizado por uma comissão de servidores coordenada pela professora Alexandra Cruz. Para ela, a Semana superou todas as expectativas: “Foi muito enriquecedora a diversidade do público, desde alunos da educação básica, ensino médio e alunos do curso superior”.

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Eventos

Consciência Negra Programação especial aprofunda debate sobre a questão racial Com o objetivo de resgatar a cultura negra e de aprofundar o debate sobre a questão racial, uma programação especial foi preparada para o mês de novembro de 2016, com várias ações em comemoração à Consciência Negra. A iniciativa do Campus Poços de Caldas contou com a parceria do Grêmio Estudantil e do Centro Cultural Afro-brasileiro Chico Rei. Palestras e debates gratuitos promoveram espaços para questionamentos e novos olhares, além de propiciar contato com outros pontos de vista e vivências. No dia 04 de novembro, uma palestra com a professora Lucilene Reginaldo, especialista em História da África e docente da Universidade Estadual de

Bonecas africanas (Abayomi) produzidas durante oficinas realizadas no Campus

Campinas (Unicamp), intitulada “Historiografia africana e perspectivas brasileiras: abordagens, pesquisa e ensino”, tratou sobre a implantação da História da África como disciplina obrigatória no ensino médio no Brasil. Alunos, servidores e comunidade tiveram a oportunidade de participar de duas oficinas de Abayomi, que são as bonecas africanas. A atividade, realizada no dia 07, foi conduzida pelas representantes da diretoria do Centro Cultural Afro-brasileiro Chico Rei de Poços de Caldas, Lúcia Vera de Lima, Cláudia Arcanjo e Lais Fausta. No dia 10 de novembro, o Mestre Kong, da Associação de Capoeira Angola Navio Negreiro (Acanne MG), ministrou uma oficina de capoeira para os participantes do Mês da Consciência Negra do IF. O Mestre comentou que a capoeira surgiu na senzala dos escravos africanos no Brasil. Sobre o evento do Campus Poços de Caldas, elogiou a iniciativa por “permitir à cultura falar sobre si mesma”. O estudante Fábio Costa, da Engenharia de Computação, foi um dos parti-

Estudantes do Campus Poços de Caldas participam das atividades

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Professora Lucilene Reginaldo, especialista em História da África e docente da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

cipantes da oficina. Comentou que a aula do Mestre Kong foi muito interessante porque mostrou um pouco da cultura brasileira. “O evento foi essencial. Ainda precisa de campanha de conscientização sobre o preconceito e a escola tem esse papel”, disse. Ao longo de todo o mês de novembro, os alunos do Grêmio Estudantil do Campus Poços de Caldas exibiram no auditório da instituição, na hora do almoço das segundas-feiras, filmes relacionados à consciência negra. “Ao mestre, com carinho”, “Mãos Talentosas”, “A História de Ruby Bridges” e “Quanto vale ou é por quilo?” foram os filmes exibidos.

O evento foi essencial. Ainda precisa de campanha de conscientização sobre o preconceito e a escola tem esse papel.


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Campeonato de Xadrez Cerca de 100 enxadristas participam de disputa no Campus Poços de Caldas A prática do xadrez estimula diversas habilidades, como memória, concentração, planejamento e tomadas de decisões. Cada vez mais a atividade é explorada em ambiente escolar para contribuir com o desenvolvimento dos estudantes. No Campus Poços de Caldas, no segundo semestre de 2016, cerca de 100 enxadristas participaram do 1º Campeonato de Xadrez, um evento que contou com a presença de servidores e alunos, representantes da comunidade e cerca de 80 crianças e adolescentes do ensino fundamental da Escola Municipal Professor Arino Ferreira Pinto, o CAIC. Durante a competição, foram disputadas cinco categorias: 07 a 09 anos; 10 a 12; 13 a 14; 15 a 17 e livre. No total, foram premiados 33 participantes com medalhas de bronze, prata e ouro. As crianças do CAIC estavam acompanhadas pela supervisora pedagógica da escola, a senhora Iracema Santos. De acordo com a pedagoga, trazer seus alunos para o campeonato de xadrez do IF “foi uma oportunidade fantástica para eles vivenciarem a modalidade”. Ela explica que na escola o número de tabuleiros de xadrez, apenas três, é insuficiente para atender cerca de 1.200 estudantes da instituição. “O xadrez desenvolve muitas coisas. Ajuda na concentração, no raciocínio, na atenção, gerando uma aprendizagem”, comentou. Luis Gustavo Gonçalves, 14 anos, foi medalhista de ouro no campeonato. O estudante do 9º ano do CAIC disse que joga desde criança e que foi bom parti-

Estudantes de escolas públicas de Poços de Caldas participaram do torneio

cipar do campeonato do Campus Poços de Caldas. “É divertido jogar. Bom que ativa a memória”. Luiz Henrique Andrade, 11 anos, estudante do 5º ano, também saiu vitorioso, levando uma medalha de prata para casa. Muito feliz com seu resultado, mencionou que foi seu primeiro campeonato: “achei bem legal. Pude ver o nível que eu estou. Gosto de xadrez; jogos matemáticos são legais porque você pode pensar e interagir com o outro”. O estudante do curso Técnico em Eletrotécnica Subsequente do Campus Poços de Caldas, Lucas dos Reis Daines, achou o campeonato bem organizado: “conheci várias pessoas novas. Eu jogo desde os oito anos de idade. O xadrez é um jogo de estratégia. É bom ensinar isso para as pessoas”. O 1º Campeonato de Xadrez do Campus Poços de Caldas foi organizado pelo professor Fernando Araújo Sobrinho. De acordo com o docente, o

evento superou as expectativas e a ideia. “A presença do xadrez dentro da escola é essencial pois desenvolve várias habilidades, como raciocínio lógico, controle do tempo, controle emocional, pensamento cognitivo, ajuda no rendimento acadêmico dos alunos, principalmente nas disciplinas relacionadas às Ciências Exatas”, comentou.

Organizador do evento, professor Fernando Araújo Sobrinho

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Eventos

“PICNIC Literário” Evento envolve comunidade em atividades culturais e esportivas Incentivar o gosto pela leitura e ofertar gratuitamente à comunidade opções de esporte e cultura foram objetivos do Campus Poços de Caldas ao realizar, durante um sábado, no Parque Municipal Antônio Molinari, o evento “PICNIC Literário”. Crianças e adultos puderam se divertir em diversas atrações, como contação de histórias, pintura facial, montagem de bonecos, biblioteca móvel, recital de poesias, varal literário e muitas brincadeiras. Por meio de fantasias, maquiagem, adereços e outros artifícios, o grupo de alunos de um curso de Formação Inicial

e Continuada (FIC), do IFSULDEMINAS, promoveu uma contação de histórias infantis. Depois de cada contação, foram propostas diversas atividades, como a montagem de bonecos personagens das histórias. A criançada ainda teve energia de sobra para brincar de pula-corda, estoura-balão, peteca, vôlei, passa-bola, bambolê e corrida de saco. Do lado de fora do parque, a Biblioteca Móvel da Prefeitura esteve de portas abertas para receber os visitantes ávidos pela leitura. Os representantes da Casa da Árvore Projetos Sociais também aproveitaram a oportunidade para fazerem o

lançamento da revista Página 9 ¾, publicação virtual direcionada e feita pelo público jovem. O PICNIC também gerou solidariedade por meio da arrecadação de uma caixa de alimentos para doação às crianças da Casa do Caminho. A iniciativa foi dos alunos concluintes do curso FIC Auxiliar de Biblioteca, do Campus Poços de Caldas, em parceria com a Prefeitura Municipal e a Casa da Árvore Projetos Sociais. A concluinte do curso, Ana Beatriz Gatti, achou maravilhoso participar da organização do evento. “Foi muito legal levar essa oportunidade de cultura para as pessoas e ver a criançada prestando atenção nas histórias. Minhas amigas todas elogiaram o evento”. Ana Beatriz falou ainda que amou fazer o curso de Auxiliar de Biblioteca do IF. “Não imaginava que eu fosse aprender tanto. O curso foi muito informativo; abriu a mente da maioria dos participantes. Não sabia que a biblioteca podia fazer tanta coisa”. Curso de Auxiliar de Biblioteca

Contação de histórias agitou o público da Praça

Brincadeiras como a de corrida de saco animaram a criançada

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Visitantes desfrutaram de momentos de leitura proporcionados pela Biblioteca Móvel da Prefeitura

Realizado nos meses de novembro, dezembro de 2016 e janeiro de 2017, totalizando 90 horas de carga horária, o curso FIC de Auxiliar de Biblioteca do Campus Poços de Caldas capacitou gratuitamente, ao todo, 29 pessoas. Para Heliese Pereira, uma das instrutoras do curso: “aliar teoria à prática, ocupar espaços públicos e oferecer à comunidade atividades esportivas, culturais e literárias foram os nossos objetivos”, finalizou.


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1º Café Empresarial Campus Avançado Três Corações promove evento de integração com arranjos produtivos locais

Palestrante fala sobre indústria 4.0

Participantes puderam conhecer infraestrutura do Campus Avançado Três Corações

Participantes durante o 1º Encontro Empresarial

Estreitar o contato do Campus Avançado Três Corações com empresas e arranjos produtivos locais. Esse foi o objetivo do 1º Café empresarial, realizado no dia 04 de agosto de 2017. Promovido em parceria com a Associação Comercial e Empresarial de Três Corações (ACE), o encontro possibilitou que empresários, gestores, chefes de recursos humanos e demais convidados conhecessem a infraestrutura do campus e tivessem um diálogo mais próximo com

a gestão e servidores da unidade. Durante a abertura do evento e sob a regência do maestro Magno dos Santos, o Coral do campus realizou sua primeira apresentação em público. A programação contou com a apresentação de todos os cursos ofertados nas modalidades de ensino técnico integrado, subsequente e dos cursos de pós-graduação. Visitas aos laboratórios, salas de aulas e biblioteca fizeram parte das atividades.

Além disso, os visitantes assistiram a uma palestra com o tema: “A Indústria 4.0 – Nova dimensão de produção industrial”, proferida pelo engenheiro da Festo Brasil, Daniel Duarte dos Santos. Na avaliação da organização, o evento cumpriu sua missão, promovendo a integração com empresas, entidades e instituições, ampliando as possibilidades de novas parcerias e celebração de convênios que possam resultar em estágios e projetos.

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Eventos

Cinema no Pano Cerimônia marca o encerramento de curso de Formação Inicial e Continuada (FIC) O Campus Avançado Três Corações realizou a entrega dos certificados de conclusão do curso de Formação Inicial e Continuada (FIC) “Cinema no Pano”, realizado durante o ano de 2017. Os concluintes foram certificados no dia 08 de novembro, logo após a pré-estreia do filme “A garota que reciclava sonhos”, uma ficção que relaciona meio ambiente e arte. Dirigida pelo cineasta Patrick Moysés, o curta-metragem foi produzido durante o curso. Realizada no Museu Pelé, a cerimônia também contou com a apresentação do grupo de teatro Arte Comedy. Aproximadamente 100 pessoas estiveram presentes. Foram realizadas duas sessões de exibição para que todos pudessem assistir. Ao final da solenidade de entrega dos certificados, o diretor do Campus Avançado Três Corações, professor Francisco Vitor de Paula, destacou a importância de iniciativas como esta, ressaltando o compromisso do IFSULDEMINAS com a cultura da cidade. Coordenado pelo professor Amauri

Araújo Antunes, a proposta do curso foi apresentar a linguagem audiovisual aos estudantes a partir de uma pedagogia desenvolvida pelo publicitário Patrick Moysés, criador do movimento cultural “Cinema no Pano”, que alia informação técnica à experiência de produção de curta-metragem, que vai da criação do roteiro às exibições, passando inclusive pela atuação. Ao longo do curso, os estudantes tiveram aulas de História do Cinema, Roteiro, Interpretação, Filmagem e equipamento, Práticas de gravação e Edição, totalizando 100 horas de atividades. Exibido pelo programa “Campus em Ação”, do Canal Futura, o filme conta a história de Rosa, uma jovem que foge de casa e busca abrigo em um barracão improvisado. Seu único modo de sobrevivência é ser catadora de lixo. No trajeto de seu trabalho, ela encontra com antigos colegas da escola onde estudava. A partir daí, uma simples decisão pode mudar sua vida: ser honesta ou não.

Público prestigia certificação dos estudantes

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Divulgação do curta-metragem

O filme conta a história de Rosa, uma jovem que foge de casa e busca abrigo em um barracão improvisado.

Cerimônia de certificação do curso com a presença do cineasta Patrick Moysés


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Mostra de Profissões Campus Avançado Carmo de Minas recebe comunidade para apresentação de cursos Em novembro de 2017, o Campus Avançado Carmo de Minas abriu suas portas para a I Mostra de Profissões. O evento reuniu oficinas do curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio e dos cursos técnicos Subsequentes em Administração e Alimentos. Visitantes de toda a região puderam conhecer a infraestrutura da unidade e os trabalhos desenvolvidos pelos alunos. Trabalhos relacionados às disciplinas Arte e Design, Linguagem de Programação I, Redes de Computadores, Lógica de Programação, Fundamentos de Informática (Hardware) e Banco de Dados tiveram destaque na oficina sobre o curso Técnico em Informática. Também foram apresentados os softwares desenvolvidos pelos alunos Gustavo Vieira e Vítor Ramos. Gustavo implementou uma aplicação CRUD (Create, Read, Update e Delete) responsável por fazer um cadastro simples usando a linguagem de Programação Java e o banco de Dados MySQL. Já Vítor Ramos implementou um chat web, fazendo uso de recursos de

Alunos do curso Técnico em Alimentos durante uma das oficinas

rede e das linguagens de programação para Web: HTML, Javascript e CSS. Para apresentar o curso Técnico em Administração, foram realizadas três oficinas: Perfil de investimento, Oficina de currículos e Oficina sobre processo seletivo em entrevistas de empregos. A primeira delas possibilitou a identificação de perfil do investidor, que pode ser conservador, moderado ou agressivo. Estes perfis servem para definir o melhor investimento de acordo com as características apresentadas, proporcionando satisfação e melhores retornos financeiros. A Oficina de currículos abordou os itens necessários e a formatação aconse-

Os visitantes puderam conhecer os laboratórios do campus

lhada para fornecer uma boa impressão aos empregadores. Na terceira oficina, foram apresentados os processos relativos à entrevista de emprego. A atividade abordou comportamento, apresentação, perguntas importantes, além de outras questões que envolvem o processo de seleção. O curso Técnico em Alimentos contou com três oficinas: Fabricação de alimentos, Análise de qualidade na indústria de alimentos: acidez titulável e pH e Análise sensorial de iogurte sabor açaí com variação de leite integral e desnatado. A primeira delas tratou sobre alimentos alergênicos, desenvolvimento de novos produtos, processos de fabricação, técnicas de conservação e uso de aditivos, critérios higiênico-sanitários na produção, contaminações microbiológicas e aspectos de rotulagem. A segunda oficina relacionou conhecimentos de química orgânica com análises de cotidiano praticadas pela indústria alimentícia. Na terceira oficina, os alunos apresentaram um novo sabor de iogurte, utilizando polpa de açaí como matéria-prima. #97


Eventos

Vitrine do Milho 8ª Vitrine do Milho movimenta produtores, empresas e comunidade do Campus Machado A presença de produtores rurais, empresas do ramo e da comunidade acadêmica marcou a 8ª vitrine do milho do Campus Machado. Segundo a coordenadora do curso de Agronomia, Patricia de Oliveira Alvim Veiga, o evento tem o enfoque na pesquisa. “Trabalhamos o ano todo plantando e analisando os resultados das características dos híbridos de milho, na região. O objetivo é demonstrar para o produtor quais são os melhores materiais para cada tipo de condição, por isso, o nome vitrine”. Durante o evento, o pesquisador Álvaro Vilela de Resende, da Embrapa Milho e Sorgo, ministrou uma palestra sobre o manejo da fertilidade do solo para alta produtividade em sistema de produção de grãos. “A adubação tem grande importância na alta produtividade, tendo em vista que o sul de Minas, hoje, é um polo forte em produção de grão no país, com uma logística privilegiada em relação a outras regiões. Em contrapartida, nossos solos são originalmente pobres em nutrientes. Dessa maneira, o produtor para chegar à condição de alta produtividade, tem que investir muito em fertilidade do solo e conhecer suas deficiências”. Álvaro destacou a necessidade do controle permanente e monitoramento das áreas em adubação e manejo. “Ao longo do tempo, é preciso o monitoramento desse sistema para balancear a necessidade de novas adubações. Isso, associado ao plantio direto, que elimina #98

Comunidade acadêmica, produtores rurais e representantes de empresas do ramo participaram do evento

o problema de erosão, aumenta o aproveitamento de fertilizantes, a rotação de cultura, soja, milho sorgo e até a braquiária. O produtor, que trabalha bem o solo e o conhece por meio de análises periódicas das lavouras, consegue informações muito importantes para definir melhor o dimensionamento da adubação”. Segundo André Delly Veiga, o campus conta com o Grupo de Estudos e Extensão em Culturas Anuais (GECCA), que coordena os trabalhos que caracterizam os materiais de milho e soja dispo-

níveis para comercialização. Eles também avaliam a germinação e o vigor do grão para, futuramente, entregar esses resultados aos produtores. “O objetivo é que tenham maior assertividade nas condições de suas lavouras. Esses trabalhos são feitos aqui no campus e também em Muzambinho e Inconfidentes, já que trabalhamos num projeto maior, chamado Rede de Ensaios. Os produtores ficam a mercê das empresas e, muitas vezes, não têm as informações necessárias. Então, orientamos a fazerem testes em suas fazendas ou procurar um laboratório credenciado”, explicou.

Estande para inscrição dos participantes

Evento tem como foco pesquisa sobre milho




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