Revista de Extensão IFSULDEMINAS - Ed.01

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Projetos, Capacitações e Eventos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais

Edição 1 • Ano 2015


Ensino

PĂşblico, Gratuito e de Qualidade

www.ifsuldeminas.edu.br


Projetos, Capacitações e Eventos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais

Edição 1 • Ano 2015

Revista de extensão IFSULDEMINAS: projetos, capacitações e eventos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais. - v.1, n.1, dez. 2014 -. - Pouso Alegre: PROEX, 2014 Anual ISSN 2359-2184 1. Extensão acadêmica. 2. Educação. 3. Inovações tecnológicas. I. Instituto Federal do Sul de Minas.


Apresentação

Marcelo Bregagnoli Reitor do IFSULDEMINAS

Sérgio Pedini Pró-Reitor de Desenvolvimento Institucional do IFSULDEMINAS

O advento da criação dos Institutos Federais certamente é a maior transformação que a educação profissional, científica e tecnológica brasileira passou em seus mais de 100 anos de história. Foram criados 38 IF’s, que em 2014 alcançaram a marca de 562 câmpus e mais de 500 mil alunos. Esta não foi apenas uma transformação numérica, mas uma mudança no paradigma da educação profissional, que antes estava quase que restrita à formação técnica de nível médio, com pouca inserção nos programas de desenvolvimento do país. Atualmente, os IF’s possuem uma missão que vai além da formação profissional, ampliando seus horizontes para uma forte inserção no desenvolvimento local, através da articulação entre ensino, pesquisa e extensão. Mas como isso ocorre na prática? No que diz respeito à pesquisa, nosso foco é aquela aplicada, ou seja, atividades voltadas à resolução de problemas práticos dos diversos segmentos produtivos que nos envolvem, principalmente, com ações de inovação tecnológica. E o ensino deve acompanhar essa dinâmica, seja incluindo disciplinas e conteúdos voltados para essa prática, seja envolvendo os alunos em todas as etapas do processo de pesquisa e inovação. Talvez seja na extensão que os IF’s possam encontrar sua vocação, no que diz respeito à inserção no desenvolvimento local e regional. Tudo começa com a interlocução junto aos atores que promovem o desenvolvimento: agências, organizações do terceiro setor, empresas, cooperativas etc. O IFSULDEMINAS vem cumprindo essa etapa de forma clara e marcante. Temos parceria com várias cooperativas de produtores (empresariais e de agricultores familiares), EMATER, associações comerciais, prefeituras, universidades, empresas de todos os ramos. Desde 2009, são realizados fóruns de desenvolvimento regional, nos quais as políticas são claras e as parcerias se efetivam. A partir das articulações, surgem as ações em vários níveis: capacitações, treinamentos, ações organizativas, gestão da qualidade, entre tantas outras. É dessa forma que os IF’s vão se firmando como agentes de transformação da realidade, em parceria com os atores regionais e alinhados com as políticas de inclusão social, geração de emprego e renda. Uma ação como esta, da Revista de Extensão, é fundamental para que prestemos contas à sociedade sobre nossas ações, dando visibilidade aos trabalhos do IFSULDEMINAS e parceiros.


O Sul de Minas Gerais é uma região privilegiada pelas suas condições climáticas e pela localização geográfica, além de possuir uma população aproximada a de alguns países, como o Uruguai. Esses fatores são preponderantes para que a região crie oportunidades de atuar em diversas atividades econômicas, tendo a agropecuária como a mais expressiva delas. Dessa forma, a iminência em organizar, assessorar, formar e capacitar profissionais, aptos a essa pluralidade de atividades traz inúmeros desafios. Em 2008, com a lei 11.892, o Governo Federal criou os Institutos Federais em todo o Brasil, cuja maioria é originária da fusão de escolas técnicas. Especificamente em nossa região, foi criado o Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais - IFSULDEMINAS, por meio da fusão das escolas agrotécnicas de Inconfidentes, Machado e Muzambinho. Nossa instituição nasceu com o propósito de fortalecer e fomentar o desenvolvimento regional, promovendo ações que aliem a tríade ensino, pesquisa e extensão. Além da clássica atuação no ensino, considerando que já havia ações de pesquisa e extensão nas escolas técnicas, com a criação dos Institutos Federais, esse propósito foi notoriamente potencializado e estimulado pela necessidade de alinhamento com a realidade e demandas regionais. O IFSULDEMINAS, consciente de suas atribuições e desafios, tem atuado de forma expressiva na interlocução com a sociedade e na promoção de ações que atendam às demandas e necessidades da região. Especificamente na área de extensão, alvo desta publicação, os trabalhos são numerosos e abrangentes. Para efeito de organização, as ações têm sido implementadas em cinco eixos: capacitações, programas e projetos, eventos, esportes e assessoria internacional. Dentro de cada um deles, por meio do estreitamento entre instituição e sociedade, várias atividades têm se efetivado, com impactantes desdobramentos, como a geração de emprego, emancipação profissional, empoderamento do indivíduo, desenvolvimento e aperfeiçoamento de habilidades e competências, formação do conhecimento, prática acadêmica, vivência de outras culturas, geração de possibilidades, sintonia com o mercado, resgate da cidadania, orientação institucional, fomento às atividades culturais e esportivas, autoconfiança, qualidade de vida, acesso às tecnologias, resgate ao meio acadêmico, acesso às politicas públicas, organização social, dentre outros. Por isso, é com grande satisfação que apresentamos a edição número 1 da Revista de Extensão do IFSULDEMINAS, uma publicação criada com o objetivo de retratar, situar, prestar contas à comunidade interna e externa sobre a efetividade dos trabalhos de extensão realizados no Instituto Federal do Sul de Minas. É um espaço para evidenciar possibilidades, avançar e envolver ainda mais parceiros em nossas ações. Boa leitura!

Cléber Ávila Barbosa Pró-Reitor de Extensão do IFSULDEMINAS

Reitor: Marcelo Bregagnoli • Pró-Reitor de Ensino: Carlos Alberto Machado Carvalho • Pró-Reitor de Extensão: Cléber Ávila Barbosa • Pró-Reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação: José Luiz de Andrade Rezende Pereira • Pró-Reitor de Administração: José Mauro Costa Monteiro Pró-Reitor de Desenvolvimento Institucional: Sérgio Pedini Redação e Produção: Assessoria de Comunicação do IFSULDEMINAS (Érika Pereira Vilela, Joarle Magalhães Soares, Camilo Antonio de Assis Barbosa, Luciene de Castro, José Valmei Bueno, Daniel Aroni, Tatiana de Carvalho Duarte, Lucas Constantino) • Colaboradores: Cleciana Rangel, Pedro Pioli, Luiz Fernando Bócoli, Diêgo Souza, Nathalie Rigotti, Profª. Lerice Garzoni, Nildo Batista Revisão pelos Jornalistas: Érika Pereira Vilela, Camilo Antônio de Assis Barbosa, Joarle Magalhães Soares, José Valmei Bueno, Prof. Tiago Nunes Severino Projeto Gráfico e Diagramação: Prof. Cleiton Hipólito Alves, Profª. Heliza Faria Pereira, Patrik Rangel de Melo (Programador Visual), Carlos Gabriel Pesoti (Programador Visual) Jornalista Responsável: Érika Pereira Vilela - MTB 15551 Imagens: Arquivo IFSULDEMINAS e imagens ilustrativas Impressão: RB Gráfica Digital • Tiragem: 1000 exemplares • Distribuição Gratuita


Sumรกrio


Eventos

IFSULDEMINAS

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Projetos Centro de Equoterapia de Machado atende pacientes da região Projeto Rondon Coleta seletiva em Inconfidentes Projeto Cidade Limpa IFSULDEMINAS apoia o produtor Propriedades rurais de Poço Fundo são georreferenciadas Horta em Mandala Projeto Horta nas escolas Piscicultura Certificação de Produtos Orgânicos Mapeamento do Milho Transgênico Cultivo de flores envolve população rural em Poço Fundo Capacitar para Ressocializar Compartilhando Experiências Pioneirismo na extensão em áreas de reforma agrária Projeto Soma Câmpus Muzambinho desenvolve Polo Sul Mineiro de Canoagem AQUALAB Incentivo à licenciatura Empresa Júnior Projeto Sexta-Fit

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Capacitações Técnicas de plantio para agricultores Massas e Pães Capacitação em laticínios Bovinocultura de Leite Jovem Agricultor Doma de Animais Zona Rural de Inconfidentes Degustadores de café Desenvolvimento de lideranças Qualificação na produção de doces Mulheres Mil IFSULDEMINAS promove capacitação no Circuito das Águas

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Servidores debatem políticas e práticas de inclusão Educadores participam de Seminário de Tecnologia Educacional Educação do Campo é debatida em Fórum IFSHOW movimenta mercado agropecuário Cavalgada Estudantil reúne 300 cavaleiros e amazonas Encontro Internacional da Rede de Sementes Livres Semana do Meio Ambiente mobiliza comunidade Interação Solidária Câmpus Inconfidentes no Dia da Cidadania Feira em São Gonçalo do Sapucaí socializa conhecimento 1ª Olimpíada de Programação em Passos Games: mercado e desenvolvimento Câmpus Passos no Dia Mundial de Combate à Aids Outubro Rosa e Novembro Azul movimentam Câmpus Perspectivas do Ensino em Ciências Humanas IFCOMPARTILHA: conhecimento, arte e cultura em Passos 1º Encontro sobre Comércio Eletrônico Caderno Nosso 3º Arraiá agita o Câmpus Passos Câmpus Passos promove a 4ª Semana da Enfermagem Jornada de Educação e Computação e Semana de Enfermagem 2ª Mostra de Profissões de Poços de Caldas Semana do Livro e da Biblioteca movimenta IFSULDEMINAS Sarau IF Cultural integra comunidade do Câmpus Poços Olimpíadas do Conhecimento Técnicos integrados participam de gincana Consciência Negra Palestras debatem empreendedorismo e tecnologia Circuito de palestras sobre suinocultura Congresso sobre Meio Ambiente Câmpus Muzambinho sedia Congresso Leite e Queijo Minas Feira de Estágios e Emprego reúne empresas e alunos Gincana Tecnológica intensifica relações interpessoais Educadores debatem Tecnologia, Marketing e Ideb Encontec reúne estudantes, produtores rurais e empresários Diversificação na agricultura familiar é tema de Dia de Campo Congresso de Apicultura e Meliponicultura Vitrine do Milho firma-se como evento referência no sul de MG Encontro “Trânsitos e Vivências” discute caminhos da educação Passos para a Moda Semana da Terra e Indústria mobiliza alunos Agroecologia Semana de Ciência, Tecnologia e Cultura Fazenda-Escola no 1º Rotary Bike

56 58 60 62 63 64 66 68 69 70 71 72 73 74 75 76 78 79 80 81 82 83 84 86 87 88 89 90 91 92 94 95 96 97 98 99 100 102 103 104 105 106 108 110


Institucional

O IFSULDEMINAS Referência em Ensino, Pesquisa e Extensão Criado em 2008, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais originou-se a partir da fusão de três antigas escolas agrotécnicas localizadas nos municípios de Inconfidentes, Machado e Muzambinho. Assim, essas três unidades tornaram-se câmpus, formando uma só instituição e assumindo um novo compromisso: o desenvolvimento regional por meio da excelência na educação profissional e tecnológica. Atualmente, o IFSULDEMINAS atua em diversos níveis: médio, técnico, graduação e pós-graduação, em 27 diferentes áreas, além de atuar no ensino a distância. Possui câmpus também nas cidades de Passos, Poços de Caldas, Pouso Alegre e câmpus avançados em Três Corações e Carmo de Minas. E ainda, “polos de rede” que funcionam em parceria com as prefeituras, permitindo a oferta de cursos nos locais onde o Instituto ainda não tem sede própria. Articulando a tríade ensino, pesquisa e extensão, o Instituto Federal do Sul de Minas trabalha em função das necessidades regionais, capacitando cidadãos, prestando serviços, socializando o conhecimento, fomentando o desenvolvendo e a economia local, com ações que colaborem para a qualidade de vida da população e a sustentabilidade. A Extensão no IFSULDEMINAS Para as instituições de ensino, promover ações de extensão significa ir além do ambiente educacional, ao inserir práticas educativas, culturais e científicas na sociedade e colaborar para os processos de aquisição de #8

aprendizado, além do fortalecimento de políticas de acesso à educação e aos mecanismos de inclusão, tendo em vista o desenvolvimento local e regional. Assim, a Extensão do IFSULDEMINAS atua em consonância com o Plano Nacional de Extensão do Ministério da Educação, que preconiza as atividades de extensão como práticas acadêmicas que interligam a instituição de ensino e a comunidade, proporcionando a formação do profissional cidadão, através da busca constante do equilíbrio entre as demandas sociais e as inovações que surgem do trabalho acadêmico. Nessa perspectiva, a Pró-Reitoria de Extensão do IFSULDEMINAS, aliada às Coordenações de Extensão dos oito câmpus, atua na viabilização de ações que possam envolver a comunidade, levando o conhecimento desenvolvido pela instituição além de seu âmbito acadêmico. Cursos, capacitações, projetos e serviços tecnológicos, eventos, agenciamento de estágios e empregos, políticas de integração e de intercâmbio são promovidos para fomentar o conhecimento com atividades multidisciplinares, prestação de serviços à comunidade, celebração de contratos e convênios com empresas e outras instituições, estabelecimento de parcerias, apoio às ações que possam contribuir, principalmente, com o ensino e pesquisa em prol da sociedade. Este contato com a sociedade tem buscado o desenvolvimento mútuo, além de estabelecer o intercâmbio de saberes, estimulando a produção do conhecimento resultante do confronto com a realidade nacional e regional, propiciando a democratização da educação e a

Missão do Instituto

Promover a excelência na oferta da educação profissional e tecnológica em todos os níveis, formando cidadãos críticos, criativos, competentes e humanistas, articulando ensino, pesquisa e extensão e contribuindo para o desenvolvimento sustentável do Sul de Minas Gerais participação efetiva da comunidade nas atividades do IFSULDEMINAS. Para o Pró-Reitor de Extensão Cléber Ávila Barbosa, as iniciativas e políticas de extensão do IFSULDEMINAS têm sido fortalecidas e ampliadas. “A atuação articulada dos órgãos de governança, como Núcleo Institucional de Pesquisa e Extensão (NIPE), Câmara de Extensão (CAEX), Coordenações de Extensão e a Pró-Reitoria de Extensão (PROEX), munidos de recursos próprios, aliados à disposição e envolvimento dos servidores, tem resultado em impactantes avanços”, afirma.


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Conquistas e Resultados • Muitas ações têm sido bem sucedidas. Entre algumas conquistas para a Extensão do IFSULDEMINAS, podemos destacar, no último biênio, a aprovação de 14 projetos e editais de apoio à agroecologia; 67 projetos em diferentes áreas; 25 projetos na área de cultura e esportes; 130 bolsas de extensão para alunos dos cursos de graduação do Programa Institucional de Bolsas para Iniciação à Docência – PIBID; projeto de equoterapia voltado para o tratamento de pessoas com necessidades especiais; projeto de agroecologia aprovado pelo CNPq para área de reforma agrária em assentamentos nas cidades de Campo do Meio e Guapé; participação no Projeto Rondon. • Em outra linha de atuação, com foco na capacitação para a empregabilidade, foram promovidos 47 cursos na modalidade FIC, atendendo a 1120 pessoas da comunidade externa. O Programa Mulheres Mil capacitou mais de 334 alunas para a inserção no mercado de trabalho, enquanto o PRONATEC atendeu 15.269 pessoas com oferta de cursos de 160 horas. • Como apoio e viabilização de estágio aos estudantes, a instituição assinou mais de 150 termos de cooperação técnica, resultando na oferta de 5.134 vagas de estágio. Ainda nesse biênio, o IFSULDEMINAS, por intermédio da Assessoria Internacional, teve 37 estudantes em programas de intercâmbio através de edital de Mobilidade Estudantil e Ciências sem Fronteiras. Além de ofertar curso de idiomas para 450 alunos e servidores, a Assessoria Internacional promoveu convênios com Institutos e Universidades estrangeiras, num total de 35 acordos internacionais e recebeu 19 estudantes de outros países. • Em todos os câmpus do IFSULDEMINAS, foram realizados mais de 80 eventos atendendo a mais de 20 mil pessoas. Seminários e Congressos sobre Educação, Meio Ambiente e Agropecuária, Semanas Tecnológicas e Culturais, Circuitos de Agroecologia, Fóruns de Sustentabilidade, Semana do Jovem Agricultor, Vitrine do Milho, Feira de Estágio entre outros eventos tiveram grande participação de estudantes, professores, técnicos, empresas e comunidade.

Estudantes do IFSULDEMINAS observam o sol por meio de telescópio especial

Capacitação para análise e qualidade do café

Centro de Equoterapia em Machado (MG)

Laboratório de Bromatologia e Água em Muzambinho (MG)

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Projetos

Centro de Equoterapia de Machado atende pacientes da região Atividade no câmpus teve projeto aprovado pelo Ministério da Educação

Docente e alunos em treinamento na equoterapia

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O setor de eqüinos do Câmpus Machado desenvolve projetos de equoterapia desde 2011, atendendo pacientes do município e de outras cidades como Turvolândia, Poço Fundo e Paraguaçu. Desde o início 30 pacientes foram recebidos no Centro de Equoterapia, sendo que 17 deles ainda estão sob atendimento. O trabalho é realizado por meio de um convênio com a Prefeitura Municipal de Machado, que cede duas fisioterapeutas e uma fonoaudióloga, responsáveis pela triagem e encaminhamento de parte dos pacientes. Além disso, outras 14 são atendidas graças a um projeto de extensão aprovado pelo MEC (edital Proext 2014). Com os recursos recebidos, foram contratados mais um fisioterapeuta e uma psicóloga que fazem a triagem dos novos envolvidos. A equoterapia ainda recebe apoio de mais dois psicólogos do IFSULDEMINAS (um da Reitoria e um do Câmpus Machado), um equitador e uma professora do instituto (todos capacitados pela Associação Nacional de Equoterapia). Estudantes do curso Técnico em Agropecuária e dos superiores em Agronomia, Ciências Biológicas e Zootecnia, além de bolsistas, estagiários e voluntários também estão ligados diretamente.

Processo de triagem e o uso dos animais O primeiro passo da triagem é que o candidato ao tratamento tenha uma indicação médica para tal. Depois ele passa por avaliações fisioterápicas e psicológicas. Se aprovado e havendo vaga, começa a receber os cuidados equoterapêuticos. Todos os animais utilizados pertencem ao Câmpus Machado, no total de três (uma égua e dois cavalos castrados). Outros seis devem ser incorporados, em breve, sendo adquiridos com verbas do Ministério da Educação. Para o coordenador de extensão do câmpus, professor André Delly Veiga, “além da contribuição e da responsabilidade social em atuar com pessoas com necessidades especiais, com qualidade no atendimento e de forma gratuita, a atividade é importante como diferencial de capacitação dos estudantes em um novo ramo do mercado de trabalho”. Investimentos Até o final de 2014 foram investidos R$ 150 mil nos trabalhos (edital Proext MEC). O Centro de Equoterapia passa por manutenções periódicas e conta com dois

banheiros adaptados para cadeirantes e um pequeno consultório. Segundo a coordenadora do Centro, professora Daiane Moreira Silva, tem-se conseguido diversos resultados interessantes quanto à rápida reabilitação física, social, educacional, psicológica, mental e fonoaudiológica de diversos praticantes. “Mas, o resultado mais importante é com relação aos alunos que participam auxiliando nas sessões. Eles têm diminuído os preconceitos e aumentado a responsabilidade, além de outros valores humanos, proporcionando a maior inclusão social de pessoas com necessidades especiais”. A docente destacou que, em função da nova experiência, alguns recém formados têm recebido propostas de emprego em outros Centros de Equoterapia. Como tudo começou A ideia do projeto teve início graças a um ex-aluno do Técnico em Agropecuária, Gleysson Roberto da Silva. Ele percebeu que o setor possuía infraestrutura básica para a abertura de um centro de equo, e começou a sensibilizar os professores e técnicos para tal.

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Projetos

Projeto Rondon

Desenvolvimento sustentável de comunidades motiva alunos e professores do Projeto Rondon

Prof. Fabrício Rita afere pressão de moradora de Pernambuco

Desde 2011, alunos e professores do Câmpus Muzambinho participam do Projeto Rondon, com o objetivo de integrar socialmente os estudantes universitários que trabalham de forma voluntária, em busca do desenvolvimento sustentável de comunidades carentes. O projeto faz parte de uma ação interministerial coordenada pelo Ministério da Defesa, em parceria com governos e municípios. A primeira viagem dos alunos do Instituto foi para a cidade de Ipiranga do Piauí (PI) em uma operação que atendeu 20 municípios. A comitiva, coordenada pelo professor Claudiomir Santos, integrou a Operação Zabelê e foi composta pela professora Josiane Pereira Fonseca, pelo professor Gustavo Rabelo Botrel Miranda e por oito alunos dos cursos de Ciência da Computação, Engenharia Agronô#14

mica, Ciências Biológicas e Educação Física. O segundo grupo seguiu para o Rio Grande do Norte, para a operação Seridó, e foi integrado por oito estudantes dos cursos de Ciências Biológicas, Engenharia Agronômica, Ciência da Computação e Educação Física e foi coordenado pela professora Narayana de Deus Nogueira e pelo professor Marcelo Moraes. As atividades desse grupo foram desenvolvidas na cidade de Equador (RN) e envolveram a realização de cursos de criação de frango e galinha caipira, produção de mudas, criação de horta comunitária, informática, educação física, educação ambiental entre outros. Após a conclusão das operações, os alunos retornaram ao Câmpus Muzambinho, receberam seus certificados e apresentaram os resultados à comunidade acadêmica.

Para Ericsom Macedo Freire, aluno do quarto período de Ciências Biológicas, o que mais impressionou foi a felicidade das pessoas mesmo diante da falta de recursos e infraestrutura oferecidos no lugar onde moram. Ele contou também que foi preciso muito “jogo de cintura” para saber lidar com a situação. “Essa vivência de poder levar o conhecimento da sala de aula para a comunidade e ter que modificar completamente a maneira de passar isso foi um desafio”. Já André Lattaro dos Santos, também do quarto período de Ciências Biológicas, afirma que se impressionou com a paisagem do sertão e com a forte cultura da região. “É uma população carente de conhecimento, que precisa de coisas básicas. Apesar das dificuldades, é um trabalho que faria de novo.”


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É uma população carente de conhecimento, que precisa de coisas básicas. Apesar das dificuldades, é um trabalho que faria de novo Alunos e professores do Câmpus Muzambinho também participaram do Projeto Rondon através da Operação Canudos. Foram para a cidade de Lagoa Grande, em Pernambuco, oito alunos coordenados pelos professores Claudiomir Silva Santos e Fabrício dos Santos Rita. Ao final da viagem foi realizada uma solenidade de entrega de certificados aos participantes e um troféu de participação ofertado pelo Ministério da Defesa. O estado do Maranhão também foi contemplado com o Projeto Rondon, que levou ações educativas nas aréas de saúde, segurança e meio ambiente através da operação Velho Monge. Integraram a equipe do Câmpus Muzambinho alunos dos cursos de Biologia, Agronomia e Ciências da Computação, coordenados pelos professores Fabrício dos Santos Ritá e Claudiomir da Silva Santos. Na cidade Maranhense de Senador Alexandre Costa, foram realizadas atividades de aferição de pressão, capacitações de vigilância em saúde, combate a endemias, agentes comunitários de saúde, saúde ocupacional, higienistas de saúde, agentes ambientais, ecodesigner, hortas suspensas, dentre outros. De acordo com uma das participantes do curso Teresa Neta, educadora e moradora da cidade, “o Projeto Rondon é uma iniciativa que corrobora com os direitos dos cidadãos de acesso a uma educação de qualidade e de uma formação crítica, permitindo que a população esteja dotada de conhecimentos e seja capaz de exercer o seu papel social”. Ressaltando a importância do projeto tanto para a população do estado do Maranhão, quanto para os alunos participantes do projeto, o professor Claudiomir Silva citou que “embora tenhamos condições e aptidões para promover o aprendizado da população em geral, temos a certeza de que o aprendizado agregado aos participantes é muito maior do que aquele que trago na bagagem, sendo impossível sua mensuração ou definição”.

Estudantes do Câmpus Muzambinho desenvolvem diversas atividades durante Projeto Rondon

Solenidade de entrega de certificado aos participantes e troféu ofertado pelo Ministério da Defesa

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Projetos

Coleta seletiva em Inconfidentes Curso de Gestão Ambiental implanta coleta seletiva em um bairro da cidade Implantar a coleta seletiva no Bairro Santa Clara, zona urbana de Inconfidentes, foi o objetivo do projeto proposto pela disciplina Gestão de Resíduos Sólidos, do terceiro período do curso de Tecnologia em Gestão Ambiental, sob a coordenação do professor Luiz Flávio Reis Fernandes. A intenção é verificar a viabilidade da implantação da coleta seletiva no município. O município de Inconfidentes está envolvido nas discussões sobre a implantação de um consórcio municipal de aterros sanitários com outros municípios da região. “A implantação da coleta seletiva, além de aumentar a vida útil dos aterros, gerar emprego e renda, é uma das obrigações da Política Nacional de Resíduos Sólidos”, destaca o docente. O projeto foi executado durante o primeiro semestre de 2014. O bairro Santa Clara foi escolhido como área piloto. “Dois dias da semana acontecia a coleta dos materiais considerados rejeitos e em outro dia acontecia a coleta dos materiais recicláveis. Para que a população pudesse entender de forma clara a diferença entre rejeitos e materiais recicláveis, foi feito um trabalho de orientação com a comunidade, para informar quais resíduos se enquadravam em cada modalidade”, esclareceu Fernandes. Para além da teoria

Alunos participam de projeto de Coleta Seletiva em Inconfidentes

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De acordo com o idealizador do projeto, a atividade facilitou a assimilação do conteúdo pelos alunos. “Pude observar que trabalhos focados na questão prática promovem uma melhor assimilação do conteúdo pelos alunos. A participação deles foi fundamental para o bom andamento do processo. Eles puderam verificar e sentir como é a rotina da coleta e destinação final de resíduos sólidos em um município, já que eles fizeram os trabalhos dos garis”, analisa o professor. Para a execução do projeto de implantação da coleta seletiva houve uma parceria entre o IFSULDEMINAS - Câmpus Inconfidentes e a Prefeitura. “Espero que a parceria com o Município possa continuar, de forma que em um médio espaço de tempo a coleta seletiva em Inconfidentes seja realidade, cumprindo assim com a missão do IFSULDEMINAS que é promover o desenvolvimento sustentável regional”, finaliza o professor.


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Projeto Cidade Limpa Ideia inovadora motiva a realização de programa de reciclagem

Projeto Cidade Limpa transforma tampa de monitores queimados em lixeiras

A campanha Cidade Limpa é um dos projetos de extensão que o Câmpus Passos colocou em prática a partir de uma ideia inovadora: a utilização de lixeiras feitas com tampas de monitores queimados. Uma pesquisa sobre os hábitos de descarte do lixo foi realizada com os alunos do câmpus, com o propósito de avaliar a consciência ecológica que o estudante tem em casa. Uma outra medida é o plantio de mudas nas tampas dos monitores reformadas para doação e incentivo ao cuidados com o meio ambiente. O grande pilar do projeto é a educação e conscientização em relação à sustentabilidade, descarte adequado de resíduos, reciclagem e reaproveitamento de materiais. Para

o professor e diretor do Câmpus Passos, João Paulo Toledo Gomes, que trabalhou na iniciativa, a doação dos monitores vem do Projeto 2RCOMP, que recolhe peças de computadores para montagem e aproveitamento na sala de aula ou em outros computadores. “Recebemos muitos monitores queimados que não podem ser recuperados no projeto 2RCOMP, mas as tampas dos monitores servem como lixeiras para o projeto Cidade Limpa, o princípio é reciclar sempre”, defende. Outra iniciativa é a criação de um site instrucional com dicas de reciclagem que podem ser feitas em casa, para promover a conscientização e a educação a toda comunidade, sobre a importância da conservação e sustentabilidade.

O grande pilar do projeto é a educação e conscientização em relação à sustentabilidade, descarte adequado de resíduos, reciclagem e reaproveitamento de materiais

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Projetos

IFSULDEMINAS apoia o produtor Núcleo de Qualidade do Café atende pequenos produtores regionais

Setor de Torrefação do Câmpus Machado atende a comunidade regional

Cerca de 20 pequenos produtores de café de Machado e cidades vizinhas são atendidos mensalmente pelo câmpus. O Setor de Industrialização e o Núcleo de Qualidade do Café do IFSULDEMINAS torra, faz a moagem e empacota os grãos trazidos pelos agricultores a preço de custo, sem nenhum lucro. Caso o produtor queira, o café pode ser analisado sensorialmente, e a torra definida a partir de testes. O empacotamento, juntamente com a embalagem, podem ser trabalhados de acordo com a necessidade do cliente, a partir de orientações dos professores e alunos dos cursos de Tecnologia em Cafeicultura, Agronomia e Técnico em Agropecuária. Dessa forma, a escola atua na extensão universitária, levando até a comunidade todo o apoio necessário e aplicando, na prática, os conhecimentos e pesquisas desenvolvidos, sem esquecer sua responsabilidade social. Segundo o coordenador do curso de Tecnologia em Cafeicultura, professor Leandro Carlos Paiva, outro serviço é a incubação de indústrias de café ou criação de marcas. “É uma incubação mais informal, na qual orientamos o produtor em todos os estágios de implementação e dimensionamento de uma indústria, laboratório e cafeteria, com a seleção de máquinas, definição de espaços, criação dos cafés e blends, bem como a formação dos rótulos e embalagens. A vantagem para o cliente é que ele pode industrializar o café conosco, na medida em que sua indústria é construída, e tudo com o envolvimento dos alunos na aprendizagem”, explicou. #18


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Propriedades rurais de Poço Fundo são georreferenciadas 80 produtores participam do projeto de extensão em busca do Fair Trade

Georreferenciamento de propriedade na localidade Barra Grande

Oitenta produtores associados a COCAMINAS (Cooperativa dos Agricultores de Minas) participam de um projeto de georreferenciamento de suas propriedades rurais, realizado por estudantes do curso de Agronomia do Câmpus Machado, sob orientação do professor Leonardo Rubim Reis. A atividade consiste em montar croquis georreferenciados das áreas de café, culturas anuais, pastagens, pomares, construções, áreas de proteção ambiental, confrontantes, nascentes e cursos de água, para obter a certificação para o Fair Trade, ou comércio justo. Os acadêmicos visitam os locais

munidos de aparelhos de GPS e tomam as medidas das áreas com os receptores de satélite. Com programas especializados constroem os croquis, que são entregues aos agricultores. O trabalho vem sendo discutido desde 2012, quando representantes da COCAMINAS e do Instituto Federal iniciaram os primeiros contatos. As ações envolveram 12 alunos bolsistas, durante 10 meses. Também foram comprados quatro aparelhos de GPS, num investimento de R$ 5 mil. Posteriormente, sete estudantes voluntários participaram dos levantamentos.

Saiba mais sobre o Fair Trade O termo Fair Trade ou “Comércio Justo” surgiu na década de 1960. Esse tipo de certificação de produtos representa uma iniciativa que reúne a responsabilidade social, sustentabilidade e competitividade para pequenos e médios produtores. Ele funciona como uma cadeia, em que não apenas o produtor (cooperativa ou associação) é certificado, mas, também, as indústrias. Assim, todo o elo de produção segue as mesmas regras.

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Projetos

Horta em Mandala

Projeto debate o uso de agrotóxicos e incentiva o consumo de orgânicos

Professores e alunos unem forças na produção dos canteiros

A antiga sede do Câmpus Poços de Caldas, no bairro Vila Nova, surpreendeu muitos visitantes com a presença de uma horta em forma de caracol, circundada por garrafas pet, que produzia regularmente frutas, legumes e verduras. A horta fez parte do projeto de extensão intitulado Horta em Mandala, coordenado pela professora Mireile Reis dos Santos desde 2012, cujo objetivo era promover o debate sobre o uso indiscriminado de agrotóxicos e incentivar o consumo de alimentos cultivados sem a utilização de produtos químicos. O trabalho foi desenvolvido pela docente e por diversos alunos do curso Técnico em Meio Ambiente, para permitir a troca de experiências e a formação de multiplicadores. Com isso, #20

abriu-se a possibilidade de incentivar atitudes semelhantes em outros locais, integrando questões da biologia à ação social. Para combater possíveis pragas, foi aplicada uma mistura simples e orgânica à base de água, cinza e sabão. As verduras, legumes e frutas do canteiro foram regularmente colhidas e comercializadas a um preço menor do que o de mercado para os servidores e alunos do câmpus. O dinheiro adquirido foi utilizado na manutenção da própria horta, como para a compra de sementes. Além de ser integrante do projeto, a assistente de alunos Lílian Fernandes adquiria os produtos com regularidade. Ela destacou a iniciativa como um grande benefício devido à dificuldade de se encontrar alimentos orgânicos no comércio.

No dia 1º de outubro de 2013, o projeto foi consagrado como um dos 20 finalistas do 10º Prêmio Assis Chateaubriand de Responsabilidade Social, organizado pelo Núcleo de Estudos do Terceiro Setor Universitário da Universidade José do Rosário Vellano (Unifenas). O prêmio teve como objetivo “promover a divulgação de projetos sociais de empresas e organizações, visando à prática de ações cidadãs”. Para Josimara de Lima, uma das bolsistas do projeto, o resultado obtido pelo Horta em Mandala foi motivo de muito orgulho e felicidade. A estudante, que antes nunca havia tido contato direto com uma horta, disse que “o projeto trouxe a oportunidade de aprender”.


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Projeto Horta nas escolas Alunos do Técnico em Agropecuária de Machado preparam hortas em escolas estaduais da cidade

Estudantes ensinam práticas de plantio em escola estadual

Cerca de 40 alunos da Escola Estadual Rubens Garcia, de Machado, tiveram aulas sobre plantio de hortaliças e a importância de seu consumo. Além da teoria, colocaram a mão na massa e, com o apoio de servidores federais e integrantes do projeto de olericultura, do curso Técnico em Agropecuária, construíram 10 canteiros. O pedido partiu da escola estadual junto ao câmpus. O técnico agrícola Jonathan Ribeiro de Araújo foi o coordenador

das atividades, que também ocorreram na Escola Municipal Tancredo Neves, em Alfenas. Rúcula, alface, chicória... No total, foram plantadas mudas de rúcula, alface lisa e crespa, chicória, cebolinha e abobrinha de tronco. O trabalho durou 30 dias e, segundo Jonathan, “a atividade é importante pois, além de integrar as crianças ensinando todos os processos, da muda à

colheita, faz com que elas sejam influenciadas a consumirem as verduras, melhorando sua saúde e qualidade de vida”. Durante os encontros, os estudantes aprenderam a lidar com compostagem orgânica e a usar o excedente das refeições para produzir adubo, que será devolvido às hortaliças. Novas demandas estão sendo geradas e devem ser atendidas pela equipe dentro das possibilidades. #21


Projetos A estiagem prolongada ao longo dos últimos anos provocou uma grande crise hídrica que resultou na diminuição do nível das águas em toda a extensão da Bacia do Rio Grande, afetando a vegetação nas margens e prejudicando o bom desenvolvimento dos peixes.

Piscicultura

Câmpus Inconfidentes e Cemig promovem povoamento do Rio Grande

Em dois dias de captura, 32 mil peixes Curimbatã foram levados para Itutinga

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Depois de dois anos, o Câmpus Inconfidentes e a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) restabeleceram parceria para povoar a bacia do Rio Grande com espécies de peixes, como Curimbatã e Pacu. A iniciativa envolveu a doação de larvas, por parte da Cemig, e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas (IFSULDEMINAS) ficou responsável pelo desenvolvimento dos animais até a fase de alevinos, quando os peixes podem ser capturados nos tanques criadouros da Fazenda-Escola e levados para uma Estação Ambiental, na cidade de Itutinga (MG). Depois de um período de observação para controle de possível desenvolvimento de pragas e doenças, feita por um veterinário da CEMIG, os animais foram soltos nos afluentes do Rio Grande. Em dezembro de 2013, as Centrais Elétricas de Minas Gerais depositaram nos tanques criadouros da Fazenda-Escola as larvas dos animais. Depois de quatro meses, eles desenvolveram para alevinos e foram levados à Estação Ambiental de Itutinga para serem soltos nos rios da região. Nos dois dias de captura, 32 mil peixes curimbatã foram levados para observação em Itutinga. Cerca de 40 mil alevinos ficaram nos viveiros do Câmpus Inconfidentes. “Quando atingirem tamanho juvenil, parte dos peixes será solta no Rio Mogi Guaçu, e parte terá como destino a comercialização”, esclareceu um dos idealizadores da parceria, o servidor do Câmpus Inconfidentes, Ronaldo Reale. Dos peixes criados na Fazenda-Escola, 50% são destinados para as atividades da Cemig e os outros 50% ficam para a instituição. Segundo o Técnico Agrícola da Cemig, Gilson Antônio Azarias, a união das duas instituições tem como resultados a conservação do meio ambiente e o envolvimento dos alunos em atividades de pesquisa. “Inconfidentes é local estratégico para esta ação devido à estrutura da escola e a proximidade com Jacutinga, onde a Cemig tem usina e faz “peixamento” no Rio Mogi Guaçu. Mas esta iniciativa é interessante também porque envolvemos a sociedade com as atividades de repovoamento e os alunos com a pesquisa e extensão”, afirmou.


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Certificação de Produtos Orgânicos Agricultores do Sul de Minas recebem certificados de produtos orgânicos

Na cidade de São Lourenço (MG), durante a feira de produtos orgânicos, foram entregues os primeiros certificados de Produção Orgânica a agricultores vinculados ao OPAC Grupo de agricultores exibem certificado de produtos orgânicos

A certificação de produtos orgânicos é o anseio de muitos agricultores brasileiros. O selo pode ser obtido por meio de auditoria e pelos Sistemas Participativos de Garantia (SPG), ambos regidos pela legislação brasileira (Lei 10.831/2003 e seus regulamentos). Para a certificação pelos SPGs, os agricultores participam do sistema e constituem um (OPAC) Organismo Participativo de Avaliação da Conformidade Orgânica, que após credenciamento no Ministério da Agricultura, é responsável pela condução do processo de certificação. No Sul de Minas, um grupo de agricultores orgânicos e agroecológicos, apoiados pelo IFSULDEMINAS, Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG) e Ministério da Agricultura iniciaram o processo de credenciamento de um OPAC em 2012, objetivando a certificação de seus produtos. O processo ganhou força com a criação da Central de Associações de Produtores Orgânicos do Sul

de Minas (Orgânicos Sul de Minas), com sede no Câmpus Inconfidentes. Após o encaminhamento da documentação necessária, o OPAC Sul de Minas recebeu, no período de 09 a 13 de dezembro de 2013, a visita de auditoria do Ministério da Agricultura. Os Auditores, Lygia Bortolini e Marcelo Laurino, visitaram

Sul de Minas as instalações da Orgânicos Sul de Minas, analisaram a documentação registrada e realizaram visitas de Auditorias Testemunhais em propriedades de agricultores em processo de certificação. Como resultado deste trabalho, o Ministério da Agricultura emitiu o Certificado de Credenciamento do OPAC Sul de Minas.

OPAC Sul de Minas O OPAC Sul de Minas é o primeiro e ainda o único a ser credenciado em Minas Gerais. A criação de um organismo participativo na região proporciona autonomia aos produtores, além de um ganho organizacional e profissional. Os grupos de agricultores se reúnem e por meio do controle social e da responsabilidade solidária, um garante a qualidade orgânica do outro perante a sociedade. No final de 2013, na cidade de São Lourenço (MG), durante a feira de produtos orgânicos, foram entregues os primeiros certificados de Produção Orgânica a agricultores vinculados ao OPAC Sul de Minas. O primeiro certificado foi entregue pela presidente da Orgânicos Sul de Minas, Rosângela de Souza Paiva, e foram contemplados 20 agricultores, todos pertencentes à Associação Permacultural Montanhas da Mantiqueira (APOMM), com sede em São Lourenço (MG). #23


Projetos

Mapeamento do Milho Transgênico Projeto realiza mapeamento do cultivo do milho transgênico em Carvalhópolis O projeto Diagnóstico da Produção de Milho Transgênico no município de Carvalhópolis está mapeando, junto a um grupo de 30 produtores locais, o cultivo do milho geneticamente modificado. A primeira etapa consiste em visitas de campo e entrevistas com os agricultores e conta com o apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG). O questionário aborda diversas questões quanto à cultura transgênica na cidade e tem demonstrado que os agricultores ainda possuem muitas dúvidas em relação ao cultivo deste milho. Segundo a professora Patrícia de Oliveira Alvim Veiga, do Câmpus Machado, coordenadora da atividade junto aos acadêmicos do curso de Agronomia, Túlio Tempesta e Murilo de Souza, “o retorno tem sido positivo, pois esclarece pontos importantes sobre a utilização dos híbridos transgênicos, que requer práticas como o uso

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do refúgio e da coexistência. Ficou claro que os entrevistados são carentes de informação e o trabalho vai auxiliar na estruturação futura de treinamentos específicos sobre a cultura”, mencionou. As visitas às propriedades não tem custo algum para os agricultores que, além de responder ao questionário, são orientados quanto à transgenia e manejo. As entrevistas foram tabuladas, gerando um relatório que será também aproveitado no trabalho de conclusão de curso do extensionista Túlio Tempesta. Para o coordenador geral de Extensão de Machado, professor André Delly, “o trabalho é importante pela aproximação entre o homem do campo e o Instituto. Este contato mostra o quanto o pequeno produtor precisa de assistência técnica, para que as tecnologias sejam levadas até ele, de forma estruturada ocasionando a melhoria dos processos produtivos”.

O pequeno produtor precisa de assistência técnica, para que as tecnologias sejam levadas até ele, de forma estruturada ocasionando a melhoria dos processos produtivos


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Cultivo de flores envolve população rural em Poço Fundo Projeto é desenvolvido pelo Câmpus Machado em parceria com a COOPFAM

Grupo de mulheres em visita à unidade demonstrativa de rosas

O Câmpus Machado em parceria com a COOPFAM (Cooperativa dos Agricultores Familiares de Poço Fundo) trabalha em um projeto para a implantação do cultivo de flores, na zona rural do município. A atividade foi aprovada em dezembro de 2013 (chamada MEC/SETEC/CNPq Nº 94/2013) e segue até 2015, em um investimento de quase R$ 25 mil. Professores do Câmpus Machado, técnicos da COOPFAM e alunos bolsistas atendem a cerca de 20 agricultoras, com o objetivo de proporcionar uma cultura alternativa ao café, melhorando sua renda.

Rosas, Copos-de-Leite e folhagens Serão instaladas quatro unidades demonstrativas de Rosas, duas de Copos-de-Leite e outras com folhagens. A coordenação geral do projeto é da professora Dra. Silvana da Silva e envolve associadas do “Mulheres Organizadas Buscando Independência – MOBI”. As etapas do trabalho identificam e reconhecem as comunidades potenciais, realizam diagnóstico socioeconômico, formam grupos e os capacitam por meio da unidade demonstrativa. O cultivo é monitorado, bem como a colheita.

O projeto também prevê que as famílias envolvidas recebam orientação para o comércio das flores. Segundo Silvana da Silva, parte dessas etapas já foi realizada. Dentre elas, estava um dia de campo na Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) de São João del Rei, onde participaram de palestras sobre as culturas e conheceram uma unidade demonstrativa de rosas, no município de Prados.

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Projetos

Capacitar para Ressocializar Extensão desenvolve diversos projetos de capacitação no presídio de Alfenas

Detentos do Presídio de Alfenas participam de curso de jardinagem, estruturação de hortas, entre outros

Desde 2011, o Câmpus Machado atua no presídio de Alfenas, capacitando os internos e auxiliando no processo de ressocialização com projetos de jardinagem, cafeicultura, estruturação de hortas, entre outros. A ideia surgiu a partir de visitas da direção do câmpus ao local, a convite de seus diretores, para conhecer os trabalhos realizados dentro do complexo, inclusive na agropecuária, como criação de animais e produção de hortaliças. A partir daí, foi firmada uma parceria e um grupo de servidores estruturou as primeiras ações, que aconteceram pelo programa FIC (Formação Inicial e Continuada). Jardinagem foi um dos mais procurados, seguido por olericultura, em que os detentos trabalharam na horta do presídio, melhorando #26

sua alimentação. O aporte financeiro veio de recursos da Extensão do Câmpus Machado e da Reitoria, com o pagamento dos instrutores e na compra de sementes, mudas, substrato, defensivos, adubos, entre outros materiais. Detentos capacitados As aulas funcionam em salas do próprio presídio, com recursos audiovisuais e atividades práticas. Os selecionados são os que tem melhor comportamento e já se preparam para a saída da detenção. Entre 2011 e 2012 foram capacitadas 60 pessoas. A partir de 2012, entra em cena o PRONATEC (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego). Pelo programa foram implantados novos projetos como o de criador de animais

de médio porte, totalizando 53 inscritos. Em 2013, foram ministrados dois cursos de jardineiro (160 h) e dois de ovinocultor (200 h) para outros 11 estudantes. Em 2014, o câmpus atuou com capacitação na área de informática, por meio de curso para montador e reparador de computadores (160h). Para o coordenador de Extensão de Machado, professor André Delly Veiga, “as atividades têm sido muito positivas. Primeiro, pelo ponto de vista pedagógico, pois qualificamos pessoas em total vulnerabilidade social e que precisam de apoio para voltarem ao mercado. Por outro, como cidadão, me sinto feliz vendo os resultados e ouvindo os próprios detentos sobre o quanto os cursos abrem novas portas e oportunidades”.


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Compartilhando Experiências Projeto Intergerações possibilita troca de experiências entre alunos e moradores do Lar dos Velhinhos O projeto de extensão do Câmpus Poços de Caldas “Intergerações: Compartilhando Experiências” está trazendo um colorido especial para o dia a dia dos idosos moradores do Lar dos Velhinhos da Sociedade São Vicente de Paulo. Implantado em maio de 2014, o Inter-Gerações já promoveu diversas atividades como apresentação teatral, oficinas de pintura e reciclagem e visita ao Parque Municipal da cidade. Coordenado pela professora de Informática, Lorena Boechat, a iniciativa conta com a atuação direta de alunos bolsistas e voluntários do curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio e dos professores Márcio Bess (Artes), Viviane de Stefani (Português) e da servidora Rosângela Fonseca. De acordo com a professora Lorena, “os objetivos gerais do projeto são contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população idosa, a inclusão social e o exercício da cidadania plena, por meio da valorização do papel social do idoso, seus saberes, experiências e vivências intergeracionais, bem como potencializar os patamares de qualidade da Extensão na formação dos alunos do Câmpus Poços de Caldas, cumprindo sua missão na formação de profissionais humanistas, críticos e cidadãos”. A coordenadora do Lar dos Velhinhos, Cássia Moreira Diniz, comenta que os idosos são muito carentes de convívio familiar e que a proximidade com os jovens do Instituto faz com que se sintam menos sozinhos. “Essa troca de experiências é muito legal. Os idosos adoram”, comentou. Vitória Laudares Ansani, do 1º ano do curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio, é uma das estudantes participantes do projeto. Ela está gostando bastante da oportunidade de interagir com os velhinhos. “Comecei a ver a vida de um jeito diferente. Aprendo muito com eles. Quando os vemos sorrindo por causa de uma brincadeira nossa, é muito gratificante”, disse. A professora Lorena faz um balanço muito positivo. “Muitos idosos já reconhecem a gente, ficam aguardando nossa visita e participam das atividades do jeito deles, no tempo deles. Os alunos também estão bem animados e nunca deixam de participar das visitas ao Lar”, mencionou.

Alunos do Câmpus Poços de Caldas interagem com os idosos do Lar dos Velhinhos

Comecei a ver a vida de um jeito diferente. Aprendo muito com eles. Quando os vemos sorrindo por causa de uma brincadeira nossa, é muito gratificante #27


Projetos

Pioneirismo na extensão em áreas de reforma agrária Projetos em agroecologia atendem assentados do MST nas culturas de café, maracujá e produção de leite

Docentes, alunos e MST visitam propriedades de café

Em um trabalho inédito do IFSULDEMINAS, 24 famílias de assentados do Movimento Sem Terra (MST) participam diretamente de um projeto coordenado pelo Câmpus Machado, na implantação de unidades demonstrativas que buscam a transição da cultura de café convencional para a agroecológica, em áreas de reforma agrária. A atividade, realizada desde 2012, envolve três docentes e dois técnicos do IFSULDEMINAS, além de três coordenadores regionais do MST, sete alunos bolsistas e 35 estudantes que integram o Núcleo de Estudos em Agroecologia e Produção Orgânica (NEAPO), de Machado. Entre os objetivos, está implementar, de forma participativa, três diferentes unidades #28

demonstrativas de arranjos produtivos de cafeeiros agroecológicos, em áreas de assentamento. A ideia é capacitar as famílias do programa de Reforma Agrária sobre o manejo, a partir de bases ecológicas em cafezais, na busca da sustentabilidade ambiental, social e econômica. O projeto foi aprovado pelo CNPQ (Chamada MCTI/MAPA/CNPQ Nº 46/2012) e se estendeu até dezembro de 2014, num investimento de R$ 126 mil, sob a coordenação da professora Lêda Gonçalves Fernandes. “Primeiro do Sul e Santo Dias” Localizado na antiga Fazenda Jatobá, o Primeiro do Sul existe desde 1997, a 13 km de Campo do Meio. Sua área total é de 889,00

ha, distribuídos para 45 famílias em lotes individuais. Já o Assentamento Santo Dias, de Guapé, existe desde 2006, na antiga Fazenda Capão Quente, a 23,4 km da cidade. Sua área total é de 1788,32 ha, distribuídos para 49 famílias, em lotes individuais e coletivos. Ambos os municípios sul mineiros apresentam economia local baseada na agricultura, com predominância do café para exportação, leite, gado de corte, cachaça artesanal e milho, dentre outros produtos de subsistência. Segundo Lêda Gonçalves, no Primeiro do Sul, a maioria das famílias produz café com emprego do manejo convencional, com exceção de algumas que buscam a mudança para o manejo orgânico. Já no Pré-Assentamento Nova Conquista, também em Campo


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do Meio, a realidade é diferente, pois a área possui menos de dois anos de constituição. Desta forma, as famílias ainda estão na fase da escolha dos arranjos produtivos. A pesquisadora explica que já no Santo Dias, em Guapé, desde sua constituição, as famílias têm adotado práticas de manejo da terra e uso dos recursos sustentáveis, proibindo os agrotóxicos, queimadas e o corte de madeira verde das áreas de reserva legal e proteção permanente. “Metade das famílias envolvidas no projeto de transição da cafeicultura convencional para a agroecológica já passou suas lavouras para a orgânica e iniciou o processo de certificação. A implantação das unidades demonstrativas, os cursos de formação e capacitação, os encontros e as reuniões mensais com as famílias permitiram dar a eles segurança, confiança e credibilidade para começar o novo modelo de produção, mais ecológico, sustentável, garantindo aos assentados melhor qualidade de vida”, defende. Para ela, outro resultado positivo é o aprendizado e experiência para todos os envolvidos, alunos, professores e técnicos do IFSULDEMINAS. “A reforma agrária popular é construída pelo MST e pelo conjunto da sociedade. Os projetos desenvolvidos pelo IFSULDEMINAS, em parceria com o nosso movimento, são um dos grandes exemplos de que o acúmulo de conhecimento que os integrantes do NEAPO e do Instituto Federal nos oferecem, melhora a vida das pessoas e qualifica nossa proposta de Reforma Agrária Popular”, destacou o membro da Direção Estadual do MST, Sílvio Netto. Para a aluna de Pós-Graduação em Produção Animal e integrande do projeto, Aline Cristina Ferreira, “as ações de agroecologia em áreas de reforma agrária agregam valor e conhecimento para os discentes, em nossa formação acadêmica e pessoal. Além do trabalho social, desenvolvemos atividades técnicas, com as quais levamos até a comunidade o conhecimento científico e aprendemos com eles os saberes empíricos. É com alegria

que vejo a satisfação da comunidade conosco, e como estamos mudando, não só a vida dessas pessoas, como também as nossas”.

rior ao aumento populacional, o de leite bovino foi inferior (FAO, 2010). “A pecuária leiteira tem importância fundamental para a agricultura familiar dos assentamentos. O manejo racional das pastagens, como fonte principal da alimentação e nutrição animal, é relevante para sua pecuária. Assim, o Pastoreio Racional Voisin – PRV, como uma alternativa de produção leiteira a pasto, pode favorecer a recuperação ambiental das pastagens, aumentar a capacidade suporte animal, garantir a fixação das famílias no campo e a maior geração de renda para os assentados”, destacou.

Maracujá Orgânico Em 2013, o NEAPO submeteu mais dois projetos de pesquisa/extensão a um edital interno do IFSULDEMINAS (nº 011 /2013), que também privilegiam o público da reforma agrária: “Transição agroecológica e estruturação da cadeia produtiva da cultura do maracujá em áreas de reforma agrária do município de Campo do Meio (MG)” e “Difusão participativa da Produção de Leite Agroecológico em Assentamentos de Reforma Agrária do Sul de Minas Gerais”. Ambos foram aprovados e seguem até 2015 com financiamento do Instituto Federal. O trabalho com a cultura do maracujá orgânico, no assentamento de Campo do Meio, orienta os agricultores sobre a produção e beneficialmento da fruta, visando ao aumento dos ganhos com o aproveitamento da mão de obra familiar. Outro objetivo é inserir as mulheres e os jovens assentados na geração de renda, além de oferecer um produto de qualidade e sem riscos à saúde. Também são orientados quanto as instalações adequadas e a inserção no mercado consumidor.

Saiba mais sobre o NEAPO O Núcleo de Estudos em Agroecologia e Produção Orgânica (NEAPO) conta com a participação de estudantes dos cursos Técnico em Agropecuária Integrado e em regime de Alternância, do Técnico em Alimentos, além do Superior de Licenciatura em Ciências Biológicas, Agronomia e Pós-Graduação em Produção Animal. Também integram a equipe, quatro professores e um técnico administrativo do IFSULDEMINAS. Eles se reúnem semanalmente para estudar e discutir assuntos diversos dentro do tema de agroecologia, participam de eventos nacionais e estaduais relacionados e feiras de produtos orgânicos. Em 2012, o NEAPO organizou o Seminário Reforma Agrária, Educação do Campo e Agroecologia e, em 2013, o I Encontro de Agroecologia do IFSULDEMINAS, reunindo mais de 600 pessoas para debater educação e extensão em agroecologia no Câmpus Machado.

Leite Agroecológico A estruturação de um projeto voltado ao leite agroecológico, segundo a professora Leda Gonçalves, justifica-se por sua importância. No entanto, enquanto o aumento da produção de grãos e de carne foi supe#29


Projetos

Projeto Soma

Produtores recebem conhecimento e técnicas sobre cafeicultura

O Projeto SOMA abrange 12 núcleos de produção e cerca de 330 cafeicultores do Norte do Paraná

O Projeto SOMA é uma importante iniciativa de extensão do IFSULDEMINAS que atende aproximadamente 600 famílias em três estados brasileiros. O trabalho é realizado por estudantes e professores do Câmpus Muzambinho que oferecem assistência técnica, além de levarem conhecimento a cafeicultores com o objetivo de melhorar a produção, o processamento e a comercialização do café. A proposta surgiu em 2009, como uma disciplina de extensão rural, ministrada aos cafeicultores da Associação Cafeeira de Nova Resende (COOPERVITAE), pelo idealizador e coordenador do Projeto SOMA, o professor José Marcos Angélico de Mendonça. Com essa iniciativa, o IFSULDEMINAS prestava assistência aos cafeicultores da associação com dias de campo, palestras e minicursos. #30

A gente mais aprende do que ensina. Os trabalhos nos oferecem a oportunidade de vivenciar realidades diferentes e de aprender como se posicionar frente a elas “Desde o início, o projeto SOMA busca orientar na produção de um café de melhor qualidade usando boas práticas agrícolas, menos tecnologia de fora da propriedade, aproveitando os recursos naturais, contaminando menos, gastando menos e produzindo mais”, explica o professor José Marcos.

De 2009 para cá, o projeto cresceu. Atualmente, cerca de 30 alunos atendem os cafeicultores nas cidades mineiras de Cabo Verde, Fama e Paraguaçu, na paulista de Caconde e nos municípios que integram o Norte Pioneiro do Paraná, com 12 núcleos de agricultores. Somar é o objetivo do Projeto Para o estudante do curso de Engenharia Agronômica, Denis Henrique Silva Nadaleti, trata-se de uma troca de saberes. “A gente mais aprende do que ensina. Os trabalhos nos oferecem a oportunidade de vivenciar realidades diferentes e de aprender como se posicionar frente a elas”, comenta. “O objetivo do projeto é oferecer aos nossos estudantes o conhecimento da realidade ainda dentro da Instituição de


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ensino, apoiados por muitos orientadores para que, assim, possam se qualificar melhor”, declara o coordenador do Projeto SOMA, professor José Marcos Angélico de Mendonça. Enquanto os alunos têm a oportunidade de atuar junto à extensão, os cafeicultores podem se beneficiar de uma assistência técnica direcionada e diferenciada. “Já percebemos que o contato com os alunos tem tudo pra ser muito produtivo. Eles interpretaram todas as nossas amostras de solos e a orientação deles será feita a partir de cada um desses estudos de forma muito direcionada”, comentou Marcos Antônio Carvalho, um dos 50 produtores da Associação de Cafés Especiais de Cabo Verde, instituição atendida pelos alunos. Embora a parceria com esta associação seja relativamente recente, a expectativa dos cafeicultores com o trabalho é grande.

A dinâmica de atuação do Projeto SOMA Os 30 alunos são divididos em quatro grupos e cada um deles atende às cidades de Caconde, Cabo Verde, Fama/Paraguaçu e os municípios do norte do Paraná. A dinâmica de trabalho é particular em cada grupo, pois os grupos atendem demandas diferentes, mesmo que as realidades sejam muito próximas. Visitas individuais, palestras, dias de campo e minicursos são organizados e ministrados pelos estudantes que integram o projeto. Um grande diferencial do trabalho é oferecer uma assistência puramente técnica aos cafeicultores. “Não falamos em nome de nenhum tipo de produto, nós falamos em nome da solução. Seja um produto de mil reais ou de dez mil reais, nós indicamos o que é adequado e melhor para o produtor resolver determinado tipo de problema”, explica o prof. José Marcos.

A maioria dos pequenos produtores é desinformada ou então está desorientada. Com o trabalho realizado pelo IFSULDEMINAS, podemos ficar alinhados ao conhecimento científico sobre a produção do café

Certificação FAIR TRADE A certificação de produtos agrícolas é um importante diferencial de mercado, que ao expor todo o processo de produção garante a credibilidade do produto. Desde o início dos trabalhos, a Certificação Fair Trade (Comércio Justo) é adotada pelos parceiros do Projeto SOMA. Além de estipular os produtos que podem ou não ser utilizados, este certificado tem foco especial na agricultura familiar, que é também eixo principal dos atendidos pela iniciativa. Levar informação ao pequeno produtor rural é um dos desafios do trabalho. O desconhecimento frente às tecnologias é reconhecido pelos próprios cafeicultores, que cada vez mais procuram por formação especializada, como conta o vice-presidente da Associação dos Agricultores Familiares da Pontinha e Região, que abrange propriedades nas cidades de Fama e Paraguaçu, “a maioria dos pequenos produtores é desinformada ou então está desorientada. Com o trabalho realizado pelo IFSULDEMINAS, nós podemos ficar alinhados ao conhecimento científico sobre a produção do café”, comenta.

Os estudantes que integram o Projeto SOMA participam de diversos treinamentos com os professores orientadores

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Projetos

Câmpus Muzambinho desenvolve Polo Sul Mineiro de Canoagem

Aventurar-se pelas curvas de um sinuoso rio, remar seguindo a agitação das quedas d’água, desviar de pedras e descer corredeiras constituem os desafios da canoagem, um esporte que parece perigoso, mas que pode ser praticado de forma segura com auxílio de instrutores capacitados e material adequado. Para dar apoio ao esporte, a Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa) iniciou #32

um estudo sobre a possibilidade de criar, no Câmpus Muzambinho, um polo de ensino do esporte. A iniciativa veio do professor do curso de Educação Física, Thales Teixeira Bianchi, e do estudante Pedro de Sousa Carvalho. Segundo o professor, “o Núcleo do Esporte visa à identificação, iniciação e preparação de talentos de canoagem e paracanoagem. As atividades realizadas

em parceria com a Confederação Brasileira de Canoagem, dando o suporte científico ao núcleo, por meio de assessoria técnica, consultoria metodológica e capacitação da equipe”. Este programa é um convênio entre o Câmpus Muzambinho, a Confederação Brasileira de Canoagem e o Ministério do Esporte, através da Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento, onde será desenvolvido


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a canoagem velocidade para cerca de 80 jovens de 8 a 17 anos. Logo no início do projeto, o professor Thales e o estudante Pedro buscaram a capacitação adequada, participando de cursos de formação ofertados pela Confederação Brasileira de Canoagem, com o apoio do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), através do incentivo e apoio da Solidariedade Olímpica Internacional. Ainda nesse período, Thales e Pedro estiveram no Rio de Janeiro para participar de um estágio supervisionado com a Seleção Brasileira de Canoagem. 1º Festival Brasileiro de Canoagem da Juventude e Curso de Formação e Desenvolvimento de Treinadores A ideia de criar um polo de Canoagem em Muzambinho ganhou seu primeiro reconhecimento nacional quando, no mês de novembro de 2012, a cidade foi esco-

lhida para sediar o 1º Festival Brasileiro de Canoagem – Juventude, evento responsável pela seleção dos atletas que participaram da competição internacional, Australian Youth Olympic Festival 2013. O campeonato trouxe para a cidade a equipe técnica da Seleção Brasileira de Canoagem, um representante da Confederação Internacional e o campeão mundial e sul-americano da categoria Canoa C1, Isaquias Queiroz. Durante a competição, as atletas de Muzambinho, Cíntia Grazielli e Caroline Casagrande, com seu técnico Thales Teixeira Bianchi, se classificaram para o VI Festival Olímpico Australiano da Juventude 2013. Também esteve presente e ministrou uma palestra aos participantes do curso de treinadores o ex-canoísta húngaro Csaba Czantó, que atualmente é representante da Federação Internacional de Canoagem (FIC).

O campeonato trouxe para a cidade a equipe técnica da Seleção Brasileira de Canoagem, um representante da Confederação Internacional e o campeão mundial e sul-americano da categoria Canoa C1

A prática esportiva é desenvolvida com jovens de 8 a 17 anos

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Projetos

AQUALAB

Mais de 200 pessoas participam de aulas de natação, hidroginástica e spinning aquático Desde 2010, o Câmpus Muzambinho conta com o funcionamento de um Laboratório de Atividades Aquáticas (AQUALAB) que, em sua estrutura, possui dois vestiários completos e uma piscina semiolímpica de 25 metros, coberta e aquecida por energia solar. Localizada no Centro de Ciência Aplicada à Educação e Saúde (CeCAES), a piscina de 400 mil litros beneficia o ensino, a pesquisa e a extensão. Atualmente, seis projetos de extensão são realizados no AQUALAB. O laboratório possui um grupo de pesquisa próprio que desenvolve quatro desses seis trabalhos. As modalidades natação infantil, natação adulto, hidroginástica e spinning aquático atendem mais de 200 beneficiários em suas diversas turmas. Em geral, as aulas acontecem três vezes por semana e são ministradas pelos estudantes de Educação Física e integrantes do Grupo de Pesquisa do AQUALAB, com a coordenação da professora Daniela Bueno. Um dos focos de todos os projetos do AQUALAB é acompanhar a evolução dos alunos nas modalidades esportivas que cada um pratica. “É muito bom acompanhar a evolução do nosso desempenho nas atividades da piscina e saber que sempre podemos melhorar”, afirma o aluno da natação, Eduardo Carvalho Arena. Natação O projeto de natação acontece desde 2010 e atende a um público variado de 9 a 66 anos de idade. O ensino da natação é uma necessidade da própria sociedade. Um exemplo disso é o número de afogamentos de crianças, segunda #34

maior causa de morte infantil por acidente. “E não somente na faixa etária infantil. É muito comum o afogamento de pessoas que sabiam nadar”, declara Daniela Bueno.

nástica me faz não tem igual”, comenta. Além do ganho em saúde, o exercício físico é uma oportunidade de interação e convívio social entre os praticantes.

Hidroginástica Assim como a natação, a modalidade de hidroginástica é oferecida desde o ano em que o AQUALAB iniciou suas atividades, em 2010. A maior parte do público atendido possui alguma lesão nas articulações. Há dois anos na hidroginástica, Florinda dos Reis Machado, de 81 anos, não pretende parar tão cedo. “O primeiro motivo de praticar atividade física é uma satisfação pessoal, pois o idoso não pode ficar parado. O bem-estar que a hidrogi-

Spinning Aquático Oferecida no AQUALAB, desde 2013, o spinning aquático é uma modalidade relativamente nova no mundo inteiro. Consiste basicamente em exercícios realizados com a bicicleta dentro da água. Ou seja, para sua prática, não há necessidade das pessoas saberem nadar. Diferentemente da hidroginástica, que pode ser praticada por qualquer pessoa, o spinning aquático restringe sua prática àqueles que não possuem lesão no joelho.

Dentre os beneficiários, está dona Florinda de 81 anos

Os participantes durante as aulas no CeCAES


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Incentivo à licenciatura Pelo PIBID, 130 bolsistas fazem a diferença nas escolas do Sul de Minas

Alceu Cardoso, bolsista do PIBID

O IFSULDEMINAS integra, desde 2010, o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), via edital público da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (CAPES). O programa conta com 130 bolsistas dos cursos de Licenciatura em Ciências Biológicas, Computação, Educação Física e Matemática dos câmpus Inconfidentes, Machado e Muzambinho, que desenvolvem projetos em 12 escolas estaduais e municipais da região. Os alunos recebem a orientação e acompanhamento de 22 professores supervisores ligados à rede estadual, além do suporte de 11 docentes coordenadores dos cursos de licenciatura do IFSULDEMINAS. O investimento anual do programa é de R$ 1.143.060,00 – valor que é dividido entre as bolsas de iniciação à docência, de supervisão, coordenação e despesas de custeio.

Estudantes aprendem matemática com o uso de jogos

Segundo a professora do Câmpus Machado, Maria Aparecida Rodrigues Cangussu, coordenadora institucional do PIBID, “ele transformouse em uma política pública governamental, no sentido de ampliar o número de profissionais formados nas licenciaturas de instituições de ensino superior públicas e privadas, para atuar na educação básica. Trata-se de uma troca em que os mestres passam suas experiências aos estudantes que, em contrapartida, trazem novas tecnologias que são aplicadas nas instituições”. Exemplo disso, segundo ela, são as escolas estaduais de Machado, que tinham equipamentos de última geração, como lousa digital, mas que estavam parados por falta de mão de obra especializada. Os bolsistas viram a necessidade e ativaram os laboratórios para uso da comunidade. Outro projeto interessante apresentado pela coordenadora é o realizado

no Câmpus Muzambinho, por bolsistas do curso de Educação Física. “Lá, estão quebrando paradigmas e preconceitos sobre o gênero no esporte. Atividades físicas com fitas, por exemplo, tem o envolvimento de alunos e não só de mulheres, como tradicionalmente se vê. O trabalho visa essa integração”, explicou. Já em Inconfidentes, o uso do laboratório de Matemática tem despertado nos alunos o prazer pela disciplina, com ajuda da tecnologia. “A matemática, muitas vezes, é vista como um bicho de sete cabeças. A intervenção dos bolsistas pretende desmistificar essa ideia, com metodologias que fujam ao quadro negro”. Para o bolsista de Licenciatura em Computação do Câmpus Machado, Alceu Rodrigues Cardoso, “o PIBID é fantástico. Conseguimos despertar nas crianças o prazer pelo ensino e pelo uso das tecnologias. O envolvimento delas nos emociona e valoriza nossa profissão”. #35


Projetos

Empresa Júnior Projeto prepara estudantes para o mercado de trabalho

“Dia de Cooperar” mobiliza comunidade para doação de “lixo eletrônico”

O principal papel da incubadora dentro do contexto socioeconômico e financeiro da região de Inconfidentes é estimular o desenvolvimento de pequenas e médias empresas, sendo também um elo entre o ensino, pesquisa e extensão. Com essa premissa, foi criada em 2011, a Empresa Júnior do curso Técnico em Informática e Tecnologia em Redes de Computadores, iTech. A existência da Empresa Júnior, é um dos primeiros passos para o ingresso do aluno no mercado de trabalho e reveste-se de importância primordial, como estimuladora de mudanças e desenvolvimentos na área acadêmica, permitindo, inclusive, as adaptações curriculares detectadas como necessárias na adequação do curso às realidades sociais e de mercado. Em 2013, a iTech participou de edital #36

Aluno participa do projeto para ter experiência profissional

de extensão com o projeto de “Gestão do Resíduo Gerado pela Tecnologia da Informação. O projeto promoveu a reciclagem e a reutilização dos produtos que seriam descartados de forma incorreta na natureza. Eles foram doados à ONG’s, associações, escolas e famílias. Uma das atividades da iTech foi promover o “Dia C” - Dia de Cooperar, por meio de projeto de extensão, estudantes e servidores envolvidos na empresa júnior, organizaram, no dia 15 de agosto de 2014, um ponto de coleta de lixo eletrônico na Praça Tiradentes em Inconfidentes (MG). “Coletamos o lixo eletrônico para dar um destino adequado, doando para instituições e projetos sociais”, explicou o professor Bruno. A iniciativa contou com o apoio do IFSULDEMINAS, Incetec, Fundação Rocha, Nipe e Arpa 3, de Bom Despacho (MG).

De acordo com o Coordenador da Incetec, Oswaldo Francisco Bueno, o envolvimento da comunidade foi indispensável pelo grande volume de material coletado. “A participação da comunidade foi muito além do que esperávamos”, avaliou Oswaldo. Segundo ele, o material arrecadado poderá ser destinado às instituições e projetos sociais. No “Dia C”, os estudantes também apresentaram números musicais e mais de vinte mudas de árvores foram distribuídas. Segundo Fábio Augusto Forni Carvalho, aluno do curso de Tecnologia em Redes de Computadores e membro da iTech, a busca pela experiência como diferencial o leva a se envolver na iniciativa. “Participo da empresa para conseguir conhecimento e experiência para enfrentar o mercado de trabalho”, concluiu o estudante, natural de Espírito Santo do Pinhal (SP).


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Projeto Sexta-Fit Esporte, saúde e entretenimento na praça de Muzambinho Com o objetivo de incentivar a população de Muzambinho a praticar atividades físicas, o projeto Sexta-Fit, organizado pelos alunos do curso de Educação Física, sob orientação das professoras Elisângela Silva e Januária Andrea, realiza atividades esportivas gratuitas para toda a população em diversos locais da cidade, durante às sextas-feiras. Abrangendo uma ampla faixa etária, o projeto é dividido em estações que cuidam de diferentes atividades. Há uma estação responsável pela área de recreação para crianças, outra para realização de avaliações físicas e ainda algumas que foram inseridas no projeto com o tempo. Segundo a professora e coordenadora do Centro de Ciência Aplicada à Educação e Saúde (CeCAES), Daniela Gomes Martins Bueno, “as pessoas precisam entender que para fazer atividade física é necessário o acompanhamento de um profissional da área. As atividades físicas, quando realizadas sem orientação profissional, diminuem ou até mesmo anulam os benefícios de determinados movimentos, e ainda podem causar alguma lesão”. Praticar atividades físicas em grupo é uma ótima maneira de contribuir para a prevenção de diversas doenças, com o aumento da expectativa de vida e consequente integração entre os participantes. Além de beneficiar a população, o projeto Sexta-Fit busca, através da extensão universitária, formar profissionais cidadãos, elegendo o espaço fora de sala de aula como campo de aprendizagem, tanto para os saberes técnico-científicos quanto para os conhecimentos humanos. Para a estudante do curso de Educação Física, Stefani Reis, o projeto é uma forma de promover ações sociais e físicas. Segundo ela, tais ações melhoram a qualidade fisiológica dos participantes. Explicando como funciona a distribuição das estações, a aluna e participante do projeto citou que na primeira estação são realizados os exames físicos, antes da ginástica. Na segunda estação são realizadas orientações sobre caminhada, consumo de água, dentre outras questões referentes à saúde. A terceira estação é destinada à ginástica e, como o projeto é ofertado em dois horários, essa área possui características ideais para o exercício de cada faixa etária participante.

Os participantes durante as atividades promovidas pelo projeto

Praticar atividades físicas em grupo é uma ótima maneira de contribuir para a prevenção de diversas doenças #37




Capacitações

Técnicas de plantio para agricultores Produtores de morango de Bueno Brandão aprofundam conhecimentos e técnicas da lavoura O curso profissionalizante foi uma oportunidade para o homem do campo ter acesso à informação e melhorar a gestão da sua lavoura Produtores durante capacitação promovida pelo Pronatec Campo

A 12 quilômetros do centro da cidade de Bueno Brandão, no clima frio da serra da Mantiqueira, está situado o bairro Santana. A localidade é formada por 78 famílias que sobrevivem da agricultura, cerca de 50 delas estão envolvidas na produção do morango. Elas são responsáveis por fazer a colheita em uma área de 12 hectares. O Câmpus Inconfidentes implantou na comunidade, em abril de 2013, o curso de fruticultor. A capacitação foi promovida por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec Campo). A iniciativa ofereceu conhecimentos teóricos e práticos para aproximadamente 25 produtores. Eles foram levados às lavouras para #40

conhecer, na prática, as técnicas de plantio, correção de solo, adubação, manejo e ações de prevenção de pragas. Para a agricultora Suely Aparecida Pereira, que há seis anos trabalha com a cultura do morango, a capacitação ensinou aos produtores técnicas corretas de manejo e irrigação. “Se antes ninguém nos acudia, agora aprendemos como lidar com o morango para render mais”, comentou. Entusiasmado com o curso, o agricultor Renato Santana Ribeiro cultiva 10 mil pés e, segundo ele, as aulas surtiram efeito. “Aplicamos o conhecimento recebido e a lavoura respondeu. Vejo que as ramas ficaram mais bonitas e mais saudáveis”, disse. A Empresa de Assistência

Técnica e Extensão Rural (Emater - MG) e a Prefeitura foram parceiras do IFSULDEMINAS na execução do projeto. O extensionista da Emater, André Moreira Dutra, acompanhou os morangueiros nas aulas teóricas e práticas. Para o agrônomo, “o curso profissionalizante foi uma oportunidade para o homem do campo ter acesso à informação e melhorar a gestão da sua lavoura”, afirmou. De acordo com a diretora de agricultura da Prefeitura, Taíris Maria Ferreira, uma das conquistas do programa foi o despertar da consciência em relação à preservação do meio ambiente. “Os produtores diminuíram o uso de agrotóxico e passaram a aplicar e a dar importância para a adubação orgânica”, ressaltou.


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Massas e Pães

Jovens aprendem nova profissão com curso de padeiro e confeiteiro

Participantes aprendem a confeccionar pães, massas, bolos e salgados no Centro de Promoção Social de Monte Sião

Victor Costa Gama é natural de Santos (SP). Há mais de um ano reside em uma casa de recuperação de dependentes químicos no bairro Guiné, zona rural de Monte Sião (MG). Na instituição, o jovem trabalha como chefe de cozinha. Em setembro de 2013, ele começou a frequentar o curso de padeiro e confeiteiro oferecido pelo Câmpus Inconfidentes, por meio do Pronatec, no Centro de Promoção Social de Monte Sião. “Esse projeto está sendo ótimo. Espero um dia poder exercer a tarefa profissional de padeiro, quando sair da casa”, conta Victor, na ocasião em que fazia a capacitação. Com duração de 300 horas-aula, o curso ensinou aos participantes a confecção de vários tipos de pão, massa folhada, bolachas, salgados, bolos recheados, tortas e panetones. Os alunos também receberam orientação sobre segurança do trabalho e higiene. A turma foi formada por 27 cursistas, com idade entre 17 e 58 anos. Orientadas pelo gerente de padaria Josué Galvão da Silva, as aulas pretendem auxiliar na formação de mão de obra qualificada para cidade. Os produtos confeccionados durante as aulas foram distribuídos para as escolas e creches públicas do município. “Quando se trata de comida, se trata de amor e de carinho. No curso, exercitamos a serenidade e o profissionalismo. As aulas me mostraram que sou capaz”, declarou Victor.

Esse projeto está sendo ótimo. Espero um dia poder exercer a tarefa profissional de padeiro, quando sair da casa #41


Capacitações

Capacitação em laticínios Parceria entre IFSULDEMINAS, Fundação Rocha e Senar promove a qualificação de trabalhadores

Trabalhadores, empresários do ramo de laticínios e donas de casa participam da qualificação

O jovem produtor rural José Paulo Mariano, de 18 anos, aprendeu que “é preciso respeitar o tempo de cada uma das etapas de produção do queijo, não jogar o coalho no leite sem antes ferventá-lo e não apertar a massa com a mão”. Depois da capacitação, promovida em parceria entre o Câmpus Inconfidentes, a Fundação Rocha e o Serviço Nacional da Aprendizagem Rural (Senar), José Paulo planeja comercializar o queijo produzido na fazenda da família. “Cresci ajudando meu pai a cuidar do gado e a fazer queijo para nosso próprio consumo. Quero começar a vender o produto, aos poucos, para valorizar a matéria-prima produzida em nosso sítio”, explicou. Junto com José Paulo, outras 11 pessoas, entre pequenos produtores agrícolas, empresários do ramo de laticínios e donas de casa participaram da qualificação, na sede da Fundação. Com carga horária de 40 horas, o #42

curso foi realizado em novembro de 2013. Os alunos participaram de aulas teóricas e práticas e aprenderam a analisar a composição do leite, conheceram a legislação vigente, em especial, o regulamento técnico do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), as boas práticas de fabricação e portarias publicadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre a produção de queijo. O curso foi monitorado pela instrutora do Senar, Maria Inês Marques Pereira. Há 18 anos na instituição, ela é médica veterinária e veio de Paraisópolis (MG) para ministrar as aulas. Segundo Maria Inês, a finalidade é profissionalizar a mão de obra rural para atender o mercado. “A produção artesanal deve atender as normas técnicas das boas práticas de fabricação, qualidade e identidade dos produtos, seguindo sempre a regulamentação da Vigilância Sanitária”, esclareceu.

Empresário do ramo de laticínios há 20 anos, Carlos Eduardo Guimarães Garcia participou das aulas. Ele é proprietário de uma empresa fabricante de iogurtes e tem previsão de expandir os negócios. Guimarães vai iniciar a produção industrial de queijo. “O curso agregou conhecimentos de novas técnicas. A professora transmitiu informações de maneira simples e eficaz e esclareceu a melhor forma de adquirir equipamentos para a confecção de produtos de qualidade”, disse.

O curso agregou conhecimentos de novas técnicas. A professora transmitiu informações de maneira simples e eficaz


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Bovinocultura de Leite Encontro técnico reúne cerca de 100 produtores da região no Câmpus Inconfidentes

Produtores no Encontro Técnico de Bovinocultura realizado no Câmpus Inconfidentes

Aproximadamente 100 pessoas participaram do Encontro Técnico da Bovinocultura de Leite. O evento foi destinado a produtores de leite, estudantes e interessados na área. Estiveram presentes produtores de Inconfidentes, Bueno Brandão (MG) e Socorro (SP). O encontro foi promovido pelo Câmpus Inconfidentes, com o apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG), em junho de 2014, na Fazenda-Escola. A programação contou com palestras ministradas, em especial por estudantes do curso de Engenharia Agronômica. Matheus Scheffer falou sobre pastejo rotacionado. Já Rafael Paes fez uma apresentação sobre manejo de pastagens. Os alunos Stela Soares Zamboim e Valfrido Sobrinho comentaram a respeito de irrigação de pastagens. Os produtores tiveram ainda a oportunidade de conhecer o sistema produtivo da bovinocultura de leite do Instituto Federal e o funcionamento do programa Balde Cheio em Minas. A participação do Câmpus Inconfidentes

ocorreu por meio do Grupo de Pesquisa e Extensão em Agricultura (Geagro), coordenado pelo professor José Luiz de Andrade Rezende Pereira e com a colaboração do professor Edu Max da Silva. O Encontro é uma continuidade do projeto de extensão denominado “Agricultura familiar: diagnóstico e transferência de tecnologias para associações de produtores dos municípios de Inconfidentes (MG) e Bueno Brandão (MG)”. No primeiro Encontro realizado na zona rural do município de Bueno Brandão, notouse a necessidade de realizar o evento no próprio Instituto, já que muitos produtores desconheciam o trabalho realizado pela instituição. “O encontro foi muito produtivo e partiu da necessidade dos próprios produtores, que escolheram os temas de maneira participativa. Com o diagnóstico das associações, tornamse evidentes as dificuldades dos produtores, como a falta de informações sobre as atividades que desenvolvem e a falta de assistência técnica”, enfatizou um dos organizadores do evento, William Marçal Brandão.

A nossa Semana de Ciência, Tecnologia e Cultura vem justamente convergir com todas as áreas em que nós atuamos e mostrar aos alunos a importância desse desenvolvimento, além de dar a oportunidade para que apresentem novas técnicas e ideias que venham a agregar conhecimentos

#43


Capacitações

Jovem Agricultor Mais de 500 participantes são capacitados para o trabalho no meio rural durante a Semana do Jovem Agricultor

Participantes da Semana do Agricultor são capacitados em 30 minicursos e oficinas

A Semana do Jovem Agricultor reuniu cerca de 500 pessoas em Inconfidentes. O evento foi promovido pelo IFSULDEMINAS, em parceira com a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento e também com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG). Foi a quinta edição da Semana que contou com laboratórios, auditórios e espaços reservados para plantação. O público formado, em especial por jovens com idade entre 14 e 29 anos, participaram de 30 minicursos e oficinas de vasos decorativos com material reciclável, mosaicos, cafeicultura sustentável, produção de doces e geleias, #44

mecanização, melipolicultura, leite sustentável, agroecologia, horta fácil e informática. Cem desses jovens integravam o projeto “Transformar”, um dos programas estruturadores da Emater, iniciado em 2006, com a finalidade de qualificá-los profissionalmente, implementar atividades produtivas e incluí -los digitalmente, além de orientá-los para o conhecimento e acesso às políticas públicas destinadas a jovens produtores rurais. Participante da oficina de empreendedorismo, o estudante Felipe Marques, 17 anos, da cidade de Fama (MG), simulou, com a sua equipe, a criação de uma empresa de doces de morango orgânico com chocolate.

De acordo com ele, os treinamentos ofereceram orientações para organizar as ideias e elaborar um projeto fundamentado. “Onde a gente mora não temos acesso a essas informações. Aí viemos aqui e começamos a organizar e a desenvolver as nossas propostas para fazer empreendedorismo”, disse. “A avaliação da Semana do Jovem Agricultor é muito positiva. Vemos a satisfação dos jovens por terem passado a semana aqui e o desejo de voltarem como alunos”, avaliou o então diretor de Administração e Planejamento do Câmpus Inconfidentes, Luiz Carlos Dias da Rocha, um dos organizadores do evento.


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Doma de Animais Curso de doma racional prepara cavaleiros da região

Alunos aprendem a domesticar cavalos

O Câmpus Inconfidentes, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e com a Fundação Rocha, realizaram em junho de 2014, o curso Doma Racional. Com duração de 40 horas-aula, o treinamento foi realizado no bairro Boa Vista da Adelaide, zona rural de Inconfidentes. Ao todo, 12 participantes da região aprenderam a domesticar cavalos. “O curso consiste em pegar o animal xucro e ensiná-lo a ser cabresteado, tirar cócegas e medo. O aluno deve aprender a montagem pelos lados direito e esquerdo e andar no animal sem que ele pule e sem muito esforço para ser guiado”, explicou o instrutor do Senar, Leonardo Tadeu Freiria. Natural de Guaranésia (MG), Leonardo é especialista em doma, rédea e equipamentos trançados, como cabresto e barrigueira. Ele trabalha no Senar há 14 anos. De acordo com o instrutor, no tempo de relacionamento com os alunos, o ideal é transmitir valores aprendidos tanto na história de vida, quanto na instituição. “Para ser instrutor, o Senar exige muita prática, dedicação e qualificação. O que levamos 40 anos para aprender, tento passar para os alunos em cinco dias”, disse. Leonardo lembrou o trabalho realizado com doma de cavalos e boiadas no Estado do Mato Grosso como uma das principais escolas para sua profissão. No entanto, ele destaca a importância do conhecimento teórico. “Junto a experiência dura e apertada que tive com os animais, sem ter muita noção, com os cursos que faço com os norte-americanos e campeões brasileiros para aperfeiçoar a lógica do trabalho. Filtro e dissolvo estas informações para repassar”, contou. Um dos jovens participantes do curso é Vicente Moreira Filho. Morador do bairro Itaguaçu, município de Ouro Fino, ele doma cavalos há 12 anos. Segundo Vicente, o treinamento indica a maneira correta de tratar os animais durante o tempo de domesticação. “Domo cavalo e quero aprimorar o meu sistema. Quero deixar a maneira rústica para adotar uma forma racional. Esse negócio de pegar cavalo à força e ficar batendo é coisa passada. Hoje temos que domar sem judiar, sem estressar o animal e sem machucar o domador,” afirmou Vicente. #45


Capacitações

Zona Rural de Inconfidentes Produtores rurais recebem treinamento sobre produção de derivados do leite e manuseio de roçadeira

Donas de casa recebem treinamento para confecção de derivados do leite

Produtores rurais dos bairros Boa Ventura e Boa Vista dos Góes, na zona rural de Inconfidentes, participaram dos cursos de aperfeiçoamento em produção de derivados do leite e operação e manutenção de roçadeira. No bairro Boa Ventura, cerca de 12 donas de casa receberam treinamento para a confecção artesanal de doce de leite pastoso, ricota, muçarela, requeijão de corte e iogurte. O curso teve duração de 40 horas-aulas. Além da prática, as alunas receberam informações teóricas. “Abordamos as boas práticas de fabricação, o valor nutritivo, a composição do leite, o mercado, a conservação e a validade de cada produto. “A ideia é preparar as produtoras de acordo com as orientações da Vigilância Sanitária”, explicou a instrutora do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Maria Inês Marques Pereira. De acordo com ela, o treinamento foi uma oportunidade para as donas de casa obterem informações sobre as boas práticas de tratamento de uma das #46

Produtor rural aprende o manuseio e manutenção de roçadeira

principais matérias-primas da alimentação, o leite. “Aqui vai agregar valor a um leite que é tirado para alimentação familiar. Elas aprenderam a avaliar as possíveis contaminações e a eliminação das bactérias do leite tirado no curral. Isto vai melhorar o valor nutritivo da alimentação familiar”, afirmou a instrutura que também é médica veterinária e para quem o treinamento teve objetivo de promoção social. A dona de casa Adriana da Silva Alves participou do curso. Para ela, a grande novidade do treinamento foi aprender a importância da temperatura na hora da produção dos gêneros derivados do leite. “A grande novidade foi aprender a usar o termômetro. A gente em casa não tem hábito de usar termômetro. A temperatura é essencial para produzir um alimento saudável e saboroso”, afirmou. Os cursos foram realizados por meio de parceria entre o Câmpus Inconfidentes, Senar e a Fundação Carlos Silvério da Rocha, em maio de 2014.

Aqui vai agregar valor a um leite que é tirado para alimentação familiar. Elas aprenderam a avaliar as possíveis contaminações e a eliminação das bactérias do leite tirado no curral. Isto vai melhorar o valor nutritivo da alimentação familiar


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Degustadores de café Câmpus Muzambinho investe na qualificação de cafeicultores Com o propósito de incentivar a educação, ciência e tecnologia e contribuir com a capacitação dos produtores da região, o Câmpus Muzambinho realizou uma série de cursos e palestras de especialização. Um desses cursos contemplava a formação de degustadores de café. Realizado no Laboratório de Classificação e Industrialização do Café, o curso contou com a presença de 16 produtores dos municípios de Fama e Paraguaçu (MG), integrantes do Projeto Cafés Especiais. “O objetivo é capacitar os cafeicultores para a avaliação dos seus lotes de café, quanto à presença de grãos defeituosos e suas causas no manejo da lavoura e também, com relação à avaliação sensorial do café, possibilitando melhores decisões na comercialização do produto final”, explicou o Prof. José Marcos Angélico de Mendonça. O curso realizado no Instituto faz parte de um projeto mais abrangente, intitulado Cafés Especiais de Fama e Região, coordenado pelo escritório da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG) de Fama com o apoio do Sindicato Rural de Paraguaçu, Prefeitura de Fama, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Câmpus Muzambinho, através do Projeto Soma.

Capacitação promovida para avaliação de lotes de café e formação de degustadores

Degustação e Avaliação Sensorial do Café Uma parceria com Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) proporcionou aos alunos do curso Técnico em Cafeicultura do polo de Boa Esperança do Câmpus Muzambinho uma capacitação em degustação de café. Ministrado pelo professor Bruno Ribeiro, contou com a presença de cerca de dez alunos das turmas do curso técnico. A capacitação foi promovida pela tutora em Cafeicultura Eliane Naves Cunha que ressaltou o objetivo do curso: “capacitar os alunos para a avaliação sensorial do café, possibilitando melhores decisões na comercialização do produto final e de ingressarem no mercado de trabalho.” #47


Capacitações

Desenvolvimento de lideranças Câmpus Poços de Caldas inicia programa de capacitação de gestores

A consultora Neusa Nogueira ministrou curso para os gestores

O Câmpus Poços de Caldas deu início a um programa de capacitação destinado aos servidores que compõem a equipe de gestão. Ao todo foram 14 gestores, além de cinco substitutos, participantes do curso realizado nas dependências do próprio câmpus, às sextas e sábados, totalizando 36 horas de atividades. Tendo como tema o desenvolvimento de lideranças, o curso permitiu aos servidores a ampliação de sua formação para atuarem em funções gerenciais. Alguns assuntos abordados ao longo dos encontros foram a postura profissional de um líder, os seus papéis e responsabilidades, comunicação, motivação e delegação. #48

O curso foi ministrado pela professora e consultora Neusa dos Reis Nogueira, que possui cerca de 25 anos de experiência em treinamentos nas áreas de gestão de pessoas e qualidade. Segundo Neusa, foi muito gratificante desenvolver um trabalho para os gestores de uma instituição de ensino. “Fiquei muito satisfeita. Considero que a equipe tem um alto nível de competência nas funções que executa e acredito que todos conseguirão desenvolver um trabalho com eficiência e eficácia, obtendo, assim, bons resultados, principalmente na função de gestão de pessoas”, disse. A diretora de Administração e Planejamento, Marina Murta, aprovou a iniciativa. “O curso de capacitação gerencial foi muito

importante para o melhor desenvolvimento das nossas atividades enquanto gestores. A equipe teve a oportunidade de se conhecer melhor através dos trabalhos e dinâmicas realizados. Os temas muito contribuíram para tornar o grupo mais preparado para os desafios diários”, destacou. Na visão da coordenadora de Ensino, Nathalia Freitas, a capacitação ofereceu subsídios para o desempenho eficiente dos cargos de chefia, coordenação e direção. “Foi uma excelente oportunidade para a equipe de gestão do câmpus construir, em conjunto, conhecimentos específicos referentes às atividades de gestão de procedimentos e, principalmente, pessoas”.


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Qualificação na produção de doces Mulheres de Inconfidentes são qualificadas para a fabricação Compota de laranja, limão siciliano, galego e cravo; geleia de maracujá e morango; doce em barra de banana-nanica e doce da massa reaproveitada do maracujá. Essas foram algumas das receitas aprendidas por 11 mulheres, moradoras de bairros rurais e urbanos de Inconfidentes, durante curso voltado para a produção de conservas, vegetais, compotas, frutos cristalizados e desidratados. As aulas, ministradas em março de 2014, foram oferecidas pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), em parceria com o Câmpus Inconfidentes, Fundação Rocha e Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do Município de Inconfidentes e tiveram a finalidade de profissionalizar a mão de obra da produção de doces. Durante as manhãs e as tardes, as alunas foram coordenadas pela instrutora do Senar, Maria de Lourdes Gonçalves Monteiro, que há 19 anos trabalha nas áreas de alimentação e de saúde. “Este é um curso profissionalizante que prepara para trabalhar com conservas de frutas para ajudar as participantes a aumentar a renda familiar”, explicou. O objetivo é desenvolver habilidades básicas de saúde, segurança do trabalho e cuidados com o meio ambiente, além de apresentação teórica de temas como valor nutricional de frutos e legumes, higienização do local de trabalho, dos materiais, equipamentos e pessoal. “Uma das partes mais importantes é a higienização e saniti-

Mulheres de Inconfidentes aprendem técnicas de produção de doces, compotas e frutos cristalizados

zação. Elas aprenderam a cuidar de tudo para garantir a qualidade do produto, a saúde das pessoas e permitir uma degustação dos produtos com segurança”, afirmou. Se algumas alunas têm o sonho de aplicar as técnicas em futuros negócios econômicos, outras se motivaram a participar do curso com o objetivo de aperfeiçoar o trabalho diário. É o caso da dona de casa Maria de Fátima do Couto de Souza.

De acordo com ela, apesar da carga horária exigente, de 40 horas-aulas, ela superou a falta de tempo para aproveitar a nova aprendizagem. “Apesar dos meus serviços e aulas à noite na faculdade, vim fazer o curso. Aprendemos não somente a aperfeiçoar a técnica na produção de doces, mas também crescemos na parte humanitária, por causa dos relacionamentos que estabelecemos”, contou. #49


Capacitações

Mulheres Mil

Programa promovido pelo IFSULDEMINAS qualifica cidadãs para o mundo do trabalho

Aula Inaugural do Programa Mulheres Mil no Câmpus Inconfidentes

Ampliar a escolaridade das mulheres, inseri-las no mercado de trabalho e qualificar profissionalmente aquelas que tradicionalmente realizam trabalhos domésticos são os objetivos do Programa “Mulheres Mil”. Implantado no IFSULDEMINAS, o programa atendeu, em 2013, 82 alunas no Câmpus Inconfidentes, ao oferecer cursos de informática, farinhas e farináceos, costura e cuidador de idosos. Em 2014, o programa ofertou os cursos de auxiliar de confeitaria, para 30 alunas de Inconfidentes, e de costureiro, para 30 alunas de Ouro Fino. No Câmpus Machado, 55 mulheres foram qualificadas nas áreas de corte e costura, informática básica e auxiliar de cozinha. No Câmpus Pouso Alegre, o curso de cabeleireiro ofertou 40 vagas. Uma das alunas é a dona de casa Terezinha Imaculada Daló. Desde abril de 2012, ela frequenta as aulas e se tornou uma empreendedora na área de alimentos. Há 27 anos mora no bairro Monjolinho, zona rural de Inconfidentes. Para ajudar na economia de casa ela utiliza as técnicas apreendidas no Mulheres Mil para confeccionar bolo de aniversário e salgadinho e comercializar esses produtos. “O negócio dá para ajudar nas despesas de casa e para abastecer o bar do meu esposo com salgadinhos para ele vender nos #50


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Sargento Carmem da Silva Mendes Cardoso, Comandante da Polícia Militar de Inconfidentes, participa da Aula Inaugural do Câmpus

finais de semana”. Hoje, Terezinha participa como instrutora do programa Mulheres Mil, no curso de Farinhas e Farináceos. Ela foi capacitada pelo programa em 2012 e convidada para ministrar aulas posteriormente. Para implantar os cursos do Mulheres Mil, o IFSULDEMINAS realizou um levantamento da demanda e do arranjo produtivo local. Além de assimilarem técnicas inovadoras, as mulheres participam de aulas teóricas, chamadas de “núcleo comum” composto por matemática aplicada, produção de texto, saúde da mulher, relações humanas, expressão artística e corporal e inclusão digital. De acordo com a professora Verônica Soares de Paula Morais, que ministra aulas práticas para as mulheres, todas as atividades desenvolvidas no “Mulheres Mil” conduzem a uma das finalidades do Projeto que é aumentar a autoestima feminina. “Elas descobrem uma nova motivação interior para se cuidarem”, afirmou. Claudete Alfredo Teodoro frequenta as aulas de farinhas e farináceos. Há 15 anos, ela trabalha como doméstica e depois de muito tempo sem estudar, concluiu um curso de hotelaria, quando resolveu aprimorar seus conhecimentos. Ela comemora o aperfeiçoamento com a superação da timidez.“Eu era muito tímida e a participação nas aulas me deixou mais comunicativa. Aprendi novas formas de fazer rosquinhas, confeccionei no meu serviço e os donos da casa aprovaram”. Dezesseis alunas se inscreveram no curso

Participantes durante as aulas do Programa

de costura e uma vez por semana frequentaram uma empresa de Inconfidentes onde foram orientadas sobre regulagem de máquina e os traços a serem seguidos no tecido. A instrutora e empresária Eduarda Virgínia Bonamichi explicou a divisão da turma em duas com objetivo de oferecer um acompanhamento personalizado. Segundo ela, a experiência a fez tomar consciência de seus talentos.

“Não conhecia o meu lado de ensinar às pessoas. Tenho o maior prazer de, durante o dia, fazer o meu trabalho e à noite me dedicar ao ensino daquilo que sei fazer”. As aprendizes confeccionaram 180 conjuntos de lençol e fronha para uso dos alunos do Câmpus Inconfidentes, que foram entregues para a instituição no encerramento do curso.

Formadas do Programa Mulheres Mil

Eu era muito tímida e a participação nas aulas me deixou mais comunicativa. Aprendi novas formas de fazer rosquinhas, confeccionei no meu serviço e os donos da casa aprovaram

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Capacitações

Projeto Mulheres Mil do Câmpus Machado conta com salão de beleza para capacitação via Pronatec Desde maio de 2014, o Câmpus Machado conta com um novo salão de para os alunos do curso Assistente de Cabeleireiro, desenvolvido pelo Mulheres Mil. O público-alvo são mulheres a partir de 16 anos, em situação de vulnerabilidade social. O projeto tem como objetivo inseri-las no mercado de trabalho, promover a igualdade e a melhoria da qualidade de vida. Além das aulas teóricas e práticas, gratuitas, as alunas recebem um benefício de R$ 180,00, como auxílio para a alimentação e outras despesas. O salão, localizado ao lado da sala do Centro de Educação a Distância e da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento e Ensino de Machado (Fadema), contém cadeiras para corte, lavatórios, kits de escova progressiva e hidratação, pintura, espelhos e outros materiais como secador, chapinhas e pincéis. “Estamos com um projeto para ampliar ainda mais o salão, uma vez que a procura tem sido muito grande”, afirmou a coordenadora do Mulheres Mil, professora Letícia Sepini. Vinte mulheres participaram do curso de maquiagem no local, pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e outras 29 do curso Assistente de Cabeleireiro. A aluna Lucília de Oliveira destacou a importância de ter este espaço na instituição, uma vez que o salão contribui muito na aprendizagem. Já a estudante Alessandra Freitas disse que o curso de maquiagem agregará valor a seu trabalho. Coordenadora do Mulheres Mil, no Câmpus Machado, Letícia Sepini, em aula prática de maquiagem

Estamos com um projeto para ampliar ainda mais o salão, uma vez que a procura tem sido muito grande

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IFSULDEMINAS promove capacitação no Circuito das Águas

Mulheres participam do curso Artesanato em Cabaças

Para atender a demanda por capacitação na região do Circuito das Águas, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sul de Minas (IFSULDEMINAS) implantou, no período de setembro de 2013 a março de 2014, diversos cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC). Inglês Básico, Artesanato em Cabaça, Capacitação de Tutores em EAD e Turismo Rural foram as capacitações realizadas proporcionando oportunidades de desenvolvimento profissional, pessoal e econômico. Inglês Básico O curso de idioma pode ser considerado um diferencial no perfil do profissional, sendo um suporte necessário na realização de muitas tarefas cotidianas. Nesse sentido, o curso pode ser considerado um instrumento de inclusão

Baependi (MG) recebe Capacitação em Turismo Rural

social, especialmente no que diz respeito a trabalho, emprego e renda. Artesanato em Cabaças O objetivo do curso Artesanato em Cabaças foi oferecer qualificação e capacitação dos profissionais na cidade de Carvalhos (MG). Nessa região, onde o artesanato tem um grande potencial, o IFSULDEMINAS contribui para o empoderamento dos artesões auxiliando-os na aquisição de novas perspectivas de crescimento pessoal e profissional. Turismo Rural No bairro rural da Piracicaba em Baependi (MG), o curso de Turismo Rural foi promovido para qualificar os moradores da região na atuação como profissionais da área de turismo,

em especial, no segmento rural que apresenta grandes perspectivas de crescimento no Sul de Minas Gerais. Tutores EAD A capacitação de Tutores em EAD trabalhou os conceitos da modalidade de ensino a distância no Brasil, a importância do tutor e sua interação nos ambientes de aprendizagem como o MOODLE, o mais utilizado do mundo. Ao todo, o IFSULDEMINAS ofertou 280 vagas nos cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC) promovidos na região do Circuito das Águas, a expectativa era atender às demandas geradas no local, potencializar e incentivar os negócios e a economia local. #53




Eventos

Servidores debatem políticas e práticas de inclusão Câmpus Inconfidentes sedia 1º Seminário de Educação Inclusiva

Professor do Instituto Federal do Amazonas compartilhou experiências

Cerca de 200 educadores das redes de ensino federal, estadual, municipal e privada participaram do 1º Seminário de Educação Inclusiva, realizado pelo IFSULDEMINAS, em outubro de 2013, no Câmpus Inconfidentes. Palestras, mesa redonda e apresentações culturais marcaram o evento, que teve por #56

objetivo debater as estratégias e as políticas de educação inclusiva, bem como oferecer repertório teórico para a reflexão, resultando em propostas e práticas inovadoras de inclusão. No primeiro dia, uma mesa redonda abriu a programação. O momento contou com a presença do professor Cipriano de Luckesi e dos

representantes dos Núcleos de Atendimento a Pessoas com Necessidades Especiais (NAPNE), além dos coordenadores de cursos do Instituto Federal. Doutor em educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP), Luckesi expôs a história dos processos de avaliação, a partir do ponto de vista filosófico,


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Apresentação dos membros da Adefip emociona o público

e chamou a atenção para a importância da inclusão. “O ato de avaliar é investigar para intervir ou não na realidade. Se o aluno não aprendeu, ensine de novo”, argumentou, recordando pensadores como Aristóteles, Platão e Comenius. Na cerimônia de abertura, os participantes assistiram a uma apresentação musical, em piano e violino, interpretada pelos artistas de Inconfidentes Roberto Mariano dos Santos e Zilda Martinelli dos Santos. A primeira palestra abordou o tema “A avaliação na perspectiva inclusiva” e foi desenvolvida pelo professor Cipriano de Luckesi. Ele deu continuidade ao assunto debatido na mesa redonda e recordou o início de sua vida estudantil. “Fui reprovado várias vezes, exaustivamente, e comecei a tentar compreender a avaliação da aprendizagem”, contou. Com formação em psicoterapia pelo Centro de Biossíntese da Bahia e credenciado pelo Center For Biosynthesis Internacional, Cipriano chamou a atenção dos docentes para analisar os estudantes como sujeitos inacabados. “A avaliação faz sentido se tivermos claro que o ser humano está em

construção. O ser humano não está pronto; está em desenvolvimento”, defendeu. No segundo dia, os trabalhos tiveram início com a apresentação e discussão da Política Inclusiva do IFSULDEMINAS. À tarde, os educadores refletiram sobre o transtorno de déficit de

A avaliação faz sentido se tivermos claro que o ser humano está em construção. O ser humano não está pronto, está em desenvolvimento atenção e hiperatividade através da palestra “Cabeça nas Nuvens: orientando pais e Educadores sobre TDAH”, conduzida pela pedagoga e mestre em educação, Jane Haddad. “O mundo tem que falar em inclusão porque o diferente

incomoda”, afirmou. De acordo com a autora de livros na área educacional, as instituições devem ter clareza do projeto político pedagógico. “A grande questão da educação inclusiva é inseri-la no projeto político pedagógico. A política inclusiva vira a escola e a universidade ao avesso”, disse. Além da palestra, houve apresentação musical dos professores Márcia Sibele e Fábio Dalpra Caputo, que interpretaram canções populares brasileiras. O seminário foi encerrado com uma demonstração de superação pela arte dos membros da Associação dos Deficientes Físicos de Poços de Caldas (Adefip). Usando cadeiras de rodas e muletas, eles apresentaram danças e emocionaram o público pela graciosidade da performance. A última palestra foi orientada pelo professor do Instituto Federal do Amazonas, Dalmir Pacheco de Souza. Doutorando em Educação e portador de necessidades especiais, ele compartilhou histórias e experiências particulares e esclareceu sobre leis de inclusão, bem como mostrou projetos bem-sucedidos desenvolvidos pelo Instituto Federal do Amazonas. #57


Eventos

Educadores participam de Seminário de Tecnologia Educacional

Autoridades prestigiam cerimônia de abertura

Debates sobre a aplicação de novas tecnologias à pedagogia e esclarecimentos sobre as ações de investimento dos governos em equipamentos comunicacionais nas escolas. Esses temas nortearam as discussões do 1º Seminário de Tecnologia Educacional do Sul de Minas, realizado em agosto de 2013, no Câmpus Inconfidentes. Nem o frio rigo#58

roso do início da manhã espantou os cerca de 500 educadores que participaram das discussões, capitaneadas pela subsecretária de Tecnologias e Informações Educacionais do Estado de Minas Gerais, professora Sônia Andere Cruz, e também pelos membros da Associação Brasileira de Tecnologia Educacional (ABT), professores Fernando

da Silva Mota, Lúcia Martins Barbosa e Mônica Miranda de Mattos Paulo. A secretária de Estado de Educação, Ana Lúcia Gazzola, foi representada por Sônia Andere, que fez a entrega simbólica de um tablet para o professor Marco Lúcio dos Reis, da Escola Estadual Prefeito Celso Vieira Vilela, de Heliodora (MG). A ação iniciou a distribuição dos apare-


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Cerca de 500 educadores participam das reflexões

lhos, equipados com software educacional, para os professores do Ensino Médio da rede estadual, através do Proinfo (Programa do Governo Federal). Na abertura, também foi assinado o termo de cooperação técnica entre o IFSULDEMINAS, a ABT e a Superintendência Regional de Ensino de Pouso Alegre, parceiras na realização do evento. A conferência de abertura ficou a cargo da professora Sônia Andere, que pôde explicar aos educadores as medidas para equipar as escolas e efetivar, segundo ela, uma educação digitalmente inclusiva. Mediada pelo pró-reitor de Extensão, professor Cleber Ávila Barbosa, a palestra abriu espaço para os professores esclarecerem os mecanismos tecnológicos a serem implantados nas escolas. Ainda na primeira parte do seminário, os professores da ABT recorreram à apresentação de vídeos com o objetivo de motivar os participantes a aderirem à educação digital. Fundamentados em teóricos como Marshall McLuhan e Pierre Lévy, os docentes

Os professores precisam ter formação em tecnologia e encontrar caminhos para aplicá-la na sala de aula, de forma a melhorar a qualidade do ensino contextualizaram os novos meios de busca pela educação da chamada “Geração Y” e tocaram em temas como “Tecnologia com Humanismo e Criatividade”; “Utilização e prática de ferramentas tecnológicas nas salas de aula” e “Utilização de mídias sociais e trabalhos integrados.”

Os professores acompanharam a apresentação de experiências bem-sucedidas de educação digital realizadas pela professora Mônica Miranda em uma escola do Rio de Janeiro. A apresentação foi mediada pelo então pró-reitor de Ensino, Marcelo Simão da Rosa. Eles também falaram sobre o perfil dos estudantes do século XXI, os desafios da linguagem cibernética e a necessidade dos educadores se adequarem às transformações da modernidade. “Os professores precisam ter formação em tecnologia e encontrar caminhos para aplicá-la na sala de aula, de forma a melhorar a qualidade do ensino”, defendeu Fernando Mota, um dos palestrantes. #59


Eventos

Educação do Campo é debatida em Fórum Carta elaborada por agricultores e pesquisadores foi enviada ao MEC

Educadores do IFSULDEMINAS e produtores rurais propõem modelo pedagógico

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Representantes de agricultores, do IFSULDEMINAS, da Prefeitura de Brazópolis, da Emater/MG, da Universidade Federal de Minas Gerais, do Movimento dos Sem Terra, de cooperativas e entidades educativas participaram do 1º Fórum de Educação do Campo, em Brazópolis. Realizado em maio de 2013, o evento teve por objetivo a elaboração de um projeto político pedagógico, que envolveu a discussão do Pronatec Campo, a cultura agrícola do município e o modelo político-pedagógico a ser aplicado no curso Técnico em Agricultura. Os participantes tiveram acesso aos modelos de aplicação de educação do campo e à pedagogia de alternância praticados pela UFMG, pela Escola Família Agrícola de Cruzília-MG e pelo Câmpus Machado. De acordo com a pedagoga da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Marinalva Jardim, “são milhões de pessoas que vivem no campo e isso é suficiente para uma revolução, sobretudo a cultural, rompendo com os padrões dominantes. Os jovens necessitam aprofundar o conhecimento que faz sentido para eles”. Em 2008, a pedido do Ministério da Educação, a UFMG deu início ao curso de licenciatura em Educação do Campo.

São milhões de pessoas que vivem no campo e isso é suficiente para uma revolução, sobretudo a cultural, rompendo com os padrões dominantes. Os jovens necessitam aprofundar o conhecimento que faz sentido para eles

O fórum promoveu também um espaço para troca de experiências sobre a pedagogia da alternância. O modelo educativo desenvolve o conhecimento dos alunos a partir da presença dos educandos entre a escola e a comunidade camponesa. O modelo é aplicado pelo Câmpus Machado por meio de uma parceria com o

Movimento Sem Terra (MST). No início de 2013, o câmpus implantou o curso Técnico em Agricultura destinado a mais de 30 jovens do movimento em Campo do Meio (MG). Segundo um dos organizadores, Luiz Carlos Dias da Rocha, a finalidade da criação do curso Técnico em Agricultura em Brazópolis é oportunizar a profissionalização aos trabalhadores do campo. “Cerca de 70% dos alimentos que consumimos são produzidos pela agricultura familiar. Por isso, é urgente a necessidade de garantir condições justas para o trabalho e possibilitar a melhoria da qualidade de vida no campo”, afirmou. Para encerrar o fórum, os participantes elaboraram e assinaram uma carta destinada ao MEC e ao Ministério do Desenvolvimento Agrário, órgãos responsáveis pelo Pronatec Campo e pelas políticas voltadas à agricultura familiar. Na carta, os participantes manifestaram a não concordância com a exigência mínima de escolaridade em relação aos cursos FIC – Formação Inicial e Continuada – destinados aos agricultores. A carta ressaltou ainda a necessidade de abrir vagas para cursos técnicos em agricultura na modalidade “subsequente”.

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Eventos

IFSHOW movimenta mercado agropecuário Minicursos e exposições integraram a programação

Autoridades e produtores agrícolas debatem produção do café

Apresentar à comunidade as novas tecnologias agropecuárias e motivar o produtor rural para conhecer os trabalhos desenvolvidos pelo IFSULDEMINAS foram os objetivos do 2º IFSHOW, realizado pelo Câmpus Inconfidentes, em julho de 2013. Além da exposição e comercialização de maquinários, insumos agrícolas e artesanatos produzidos em Inconfidentes, o evento promoveu atividades esportivas, minicursos de adestramento de cavalos e sediou o 13º Circuito Mineiro da Cafeicultura. O 2º IFSHOW reuniu cerca de 40 empresas na fazenda-escola e, segundo o #62

levantamento das empresas participantes, o volume financeiro movimentado em vendas atingiu mais de R$ 600 mil. O levantamento indica ainda que a expectativa de negócios futuros estabelecidos na feira pode chegar a mais de R$ 1milhão. Para o gerente de uma concessionária de veículos, Romeu Del Giudice, a feira foi bastante proveitosa para a empresa porque a estratégia de apresentar negócios para beneficiar os agricultores deu certo. “Apresentamos atrativos para o produtor rural. Tudo foi feito para beneficiar o produtor, como financiamentos através

dos programas Pronaf e ‘Mais Alimentos’. Em outras edições queremos novamente a parceria porque foi extramente lucrativo para nós”, comemora. Outras atrações do evento foram os minicursos de “Execução de Flexão Lateral” e “Conformação Ideal de Cavalos de Sela”, além das apresentações de cavalo domado. Orientados pelo campeão brasileiro de hipismo, Elson Aparecido Sabadini, e pelo diretor de esporte lusitano e juiz nacional paraolímpico, Wilson Ricciluca, os minicursos buscaram esclarecer os participantes sobre a forma adequada de tratamento dos animais.


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Cavalgada Estudantil reúne 300 cavaleiros e amazonas

Participantes percorrem a Avenida Alvarenga Peixoto

O IFSULDEMINAS – Câmpus Inconfidentes promoveu, em outubro de 2013, a 2ª Cavalgada Escolar, com a participação de cerca de 300 cavaleiros e amazonas. No trajeto de aproximadamente nove quilômetros, entre a Fazenda-Escola e o destino do passeio, no bairro Porantava, zona rural do

município, os participantes puderam apreciar a fauna e a flora da região e sensibilizar para a valorização do meio ambiente. “Um dos objetivos foi estimular o ecoturismo local e integrar a comunidade”, explicou um dos organizadores, César Bonifácio Junqueira. Cerca de 500 mudas de diferentes espécies

foram distribuídas para a comunidade, que recebeu orientações sobre a forma correta de plantio. “Tudo ocorreu num clima tranquilo e de paz; todos puderam desfrutar do passeio, do almoço e do descanso na comunidade, sempre preocupados com o cuidado dos animais”, avaliou César. #63


Eventos

Encontro Internacional da Rede de Sementes Livres

Autoridades na abertura do Encontro Internacional

O Câmpus Inconfidentes foi o palco de uma reunião latino-americana em prol das sementes livres, em maio de 2014. Sementes livres são aquelas conhecidas também como crioulas, tradicionais, livres de transgênicos e agrotóxicos. Esse foi o terceiro encontro internacional da Rede de Sementes Livres, que foi formada em agosto de 2012, no Peru, em #64

Ollantaytambo, cidade localizada no Vale Sagrado dos Incas, e se consolidou em Laguna Verde, no Chile, onde foi definido o Brasil para sediar o III Encontro. A Rede é integrada por agricultoras e agricultores dos países da América Latina, além de pesquisadores, estudantes e apoiadores, com o propósito de defender o patrimônio genético

ancestral contido nas sementes e na agricultura tradicional ao redor do mundo. Em Inconfidentes, estiveram cerca de 500 pessoas oriundas de países das Américas do Sul, Central e Norte, além da França. Durante a cerimônia de abertura, o presidente da Associação de Agricultura Biodinâmica do Sul (ABD Sul) e representante do Brasil na Rede, o


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Maracatu interpretado pelo grupo Oro Ari, da Unesp

engenheiro agrônomo Nelson Jacomel Júnior, destacou a necessidade de buscar uma inclusão nos processos relacionados à agricultura orgânica para que eles sejam participativos e se configurem como um pensamento uno. O avanço dos transgênicos no mercado e na indústria, e as consequências do consumo desse tipo de alimento aos animais e seres humanos foi o tema que abriu a programação de palestras. Ministrada pelo doutor em genética pela Universidade da Califórnia, Rubens Onofre Nodari, a reflexão chamou a atenção pelas duras críticas feitas à pesquisa com alimentos transgênicos, que, para o pesquisador, tem provocado o empobrecimento da variedade de sementes cultivadas na agricultura. “Variedades crioulas são importantes porque o melhoramento genético reduziu significativamente a concentração de nutrientes nos alimentos originários das variedades modernas”, afirmou. A França mostrou a experiência de uma organização chamada Kokopelli, entidade que luta pela preservação da biodiversidade cultivada. Formada em Direito Ambiental pela Universidade de Sorbonne, em Paris, a integrante Blanche Magarinos-Rey, que veio ao

Variedades crioulas são importantes porque o melhoramento genético reduziu significativamente a concentração de nutrientes nos alimentos originários das variedades modernas Brasil, especialmente para o encontro, explicou como nasceu a organização e apresentou a campanha “Sementes sem Fronteiras”, responsável pela distribuição de sementes crioulas em países em desenvolvimento da África, Ásia e América Latina. Durante o evento, foram realizadas 15 oficinas na fazenda-escola do Câmpus Inconfidentes e temas como a desibridação, melhoramento participativo do milho, apicultura

biodinâmica e hortaliças não convencionais foram discutidos. Na opinião de Emanuel Dias, da AS-PTA – Agricultura Familiar e Agroecologia do Estado da Paraíba, a produção deste tipo de semente precisa tornar-se política governamental. “O governo brasileiro precisa assumir as sementes com o status que elas precisam ter. Os governantes devem fomentar a produção como forma de segurança alimentar e geração de renda, por meio de leis”, defendeu. Apresentações culturais animaram os presentes por meio do ritmo Maracatu, interpretado pelo grupo Oro Ari, da Unesp, de Rio Claro (SP). O coral Luz Figueira, de Carmo da Cachoeira (MG), emocionou a plateia com os cânticos “Ó Senhor do Universo”, “Fonte Mãe” e “Sementes de Luz”, inspirados na união entre povos, raças, credos e culturas. Envolvida com o propósito de semear essa ideologia, a jovem Karoline Lisanne Fendel, de Florianópolis (SC) apresentou um sonho: “esse encontro confirmou algo interno. Quero articular uma rede de sementes em Santa Catarina e mobilizar os agricultores para gerar o banco de sementes comunitário, além de uma associação de guardiões”. #65


Eventos

Semana do Meio Ambiente mobiliza comunidade

Estudantes durante a distribuição de mudas de árvores na Igreja Matriz em Inconfidentes

Os alunos dos cursos de Tecnologia em Gestão Ambiental e de Licenciatura em Ciências Biológicas do Câmpus Inconfidentes realizaram, em junho de 2014, diversas atividades em comemoração à Semana do Meio Ambiente. A programação contou com celebração religiosa, palestras, gincanas e apresentação de teatro. Durante a Missa, na Igreja Matriz São Geraldo Majela, foram distribu#66

ídas 50 mudas de árvores para a comunidade. Houve “arrastão de pneus” e os alunos coletaram cerca de 70, destinados para reciclagem. Os estudantes desenvolveram ainda atividades de Educação Ambiental no Centro Educacional Municipal Américo Bonamichi e na Escola Estadual Felipe dos Santos, com apresentação de teatro e gincana com mensagens de conscientização.

As comemorações terminaram com a palestra “A Gestão de Resíduos e a Coleta Seletiva Solidária”, ministrada pela Educadora Social do Instituto Nenuca de Desenvolvimento Sustentável (INSEA), Renata Siviero Martins. Ela falou a respeito da lei 12.305/2010, que dispõe sobre Política Nacional de Resíduos Sólidos e as diretrizes do marco legal. A educadora abordou ainda a relação entre catadores


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de material reciclável e a lei, evidenciando os números obtidos por uma pesquisa realizada pelo Movimento Nacional Catadores Recicláveis. Renata mostrou um dado alarmante: 90% dos catadores trabalham para ferrosvelhos, sem qualquer direito trabalhista. “Falar deste assunto para uma plateia formada por jovens me entusiasma. O jovem pode contribuir muito para as mudanças econômicas, sociais e ambientais. Meu objetivo é desper-

tá-los para o cuidado com as pessoas e com o mundo, que passa por catástrofes”, afirmou. O catador de material reciclável, Antônio Aparecido Almeida, acompanhou Renata Siviero no desenvolvimento da palestra. Ele é membro da Cooperativa “Ação Reciclar”, de Poços de Caldas. Quanto tinha 13 anos, Almeida começou a trabalhar na coleta de material, nos bairros Brás e Pari, em São Paulo. Voltou para o Sul de Minas e continuou

colaborando com o meio ambiente, coletando material no lixão e nas ruas da cidade de Guaxupé. Tempos depois, foi morar em Poços de Caldas e se juntou a mais catadores. A “Ação Reciclar” tem atualmente 35 cooperados e comercializa isopor. Cada associado consegue retirar R$ 850,00 por mês. Com os recursos da coleta, Antônio consegue manter economicamente a esposa, que também é catadora, e dois filhos.

Palestras, teatro e conscientização agitam a comunidade

“Arrastão de pneus” recolhe materiais para reciclagem

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Eventos

Interação Solidária Estudantes arrecadam mantimentos para entidades sociais durante o trote

Estudantes de Gestão Ambiental na 10ª Interação Solidária

Os alunos do curso de Gestão Ambiental do Campus Inconfidentes promoveram, em fevereiro de 2014, a “10ª Interação Solidária”, com a finalidade de integrar os “calouros” do curso à comunidade e auxiliar entidades filantrópicas da região com doação de mantimentos. A atividade também é conhecida como “Trote Solidário”. Em 2013, foram arrecadados cerca de 380 quilos de alimentos. Em 2014, a arrecadação atingiu 600 quilos, entre alimentos não perecíveis, produtos de limpeza #68

e de higiene pessoal. Os mantimentos foram doados à Escola Esperança e Vida, Abrigo São Vicente de Paulo e CRAS – Centro de Referência de Assistência Social do Município de Inconfidentes. De acordo com o coordenador do Centro Acadêmico de Gestão Ambiental, Arthur Dantas Rocha, os objetivos foram atingidos e a ação representou um passo a mais no cumprimento dos princípios da gestão ambiental. “Todo começo de semestre, quando os

calouros chegam, temos a tradição de fazer a interação entre eles. Como o gestor ambiental tem a meta de gerir os problemas ambientais do mundo, nós tentamos fazer um mundo mais sustentável e solidário por meio desta iniciativa”, contou o estudante. Cerca de 15 novos discentes se envolveram na ação. Para o vice-coordenador do Centro Acadêmico, Dario Carvalho Ramos, os “calouros ficaram muito satisfeitos com o resultado deste evento”.


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Câmpus Inconfidentes no Dia da Cidadania

Comunidade conhece os animais do Museu de História Natural

O Câmpus Inconfidentes participou do 2º Dia da Cidadania, realizado em Ouro Fino, em 2013, com a apresentação de programas desenvolvidos na área de meio ambiente. O aluno do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, Carlos Humberto Bueno de Albuquerque, responsável pelo projeto “Serpentes e Meio Ambiente”, conseguiu chamar a atenção por meio da demonstração de espécies de cobras, enquanto prestava esclarecimentos sobre a importância desses animais para o meio ambiente. Para exemplificar, citou que as serpentes são fundamentais para o equilíbrio da cadeia alimentar, evitando o aumento

da população de seus predadores, como ratos, sapos e outros. “Por isso, não se deve matá-las”, afirmou. “Se elas forem encontradas fora de seu habitat natural, o correto é chamar a Defesa Civil ou o Corpo de Bombeiros para fazer a remoção”. Também foram explicados os cuidados e procedimentos após as picadas. Na oportunidade, foi apresentado o projeto desenvolvido em Ouro Fino, pelo professor do Câmpus Inconfidentes, Marcos Magalhães de Souza, sobre a diversidade de marimbondos e sua relevância para o meio ambiente. Segundo o professor, a escolha de Ouro Fino deve-se ao grande número de espécies encontradas no

município. Ele já divulgou dados preliminares de sua pesquisa no Congresso Nacional de Meio Ambiente, realizado em Poços de Caldas, e no Encontro Internacional sobre Vespas, em Manaus. Outra atividade que chamou a atenção foi a exposição de animais taxidermizados pertencentes ao Museu de História Natural do Câmpus Inconfidentes: “Professor Laércio Loures”. Também foram distribuídas mudas de árvores nativas produzidas no Viveiro da instituição. O técnico agrícola responsável pelo local, Bruno Melo Rezende, prestou informações sobre o plantio e cultivo, além de falar sobre os benefícios do reflorestamento. #69


Eventos

Feira em São Gonçalo do Sapucaí socializa conhecimento

Músicos de Inconfidentes interpretam canções populares brasileiras

A 1ª Feira do Conhecimento organizada pelo polo de rede do Câmpus Inconfidentes, em São Gonçalo do Sapucaí, reuniu, em setembro de 2013, cerca de 320 alunos e convidados de outras instituições de ensino. Eles participaram de palestras, minicursos e assistiram às apresentações musicais, na sede da Fundação Educacional Capitão Mário Guerra (Fundecar). Com salas lotadas, o primeiro dia do evento foi marcado por debates sobre pesquisa de marketing, monitoramento e análise de efluentes e alimentos, segurança do trabalho nas empresas e a importância da formação pedagógica para a educação profissional, além de temas referentes à enfermagem e à logís#70

tica. Os participantes assistiram ao concerto apresentado pelo grupo musical composto por artistas de Inconfidentes, Borda da Mata, Santa Rita do Sapucaí e Ouro Fino. O repertório fez um “passeio histórico pelas canções brasileiras do século XX e XXI. De 1910 até hoje, a plateia pôde apreciar composições de Villa Lobos, Chiquinha Gonzaga, Ari Barroso, Vinícius de Moraes, Tom Jobim, Noel Rosa e Milton Nascimento”, explicou o maestro, Roberto Mariano dos Santos. “O objetivo é socializar os conhecimentos e informações adquiridas nas salas de aula e agregar novos conhecimentos com a colaboração dos palestrantes”, afirmou o coordenador do Polo São Gonçalo do Sapucaí, Sandro Oraboni de Souza.

O segundo dia foi dedicado aos minicursos, com abordagem sobre motivação e qualidade de vida no trabalho, controle de pragas urbanas e aplicação prática do Direito do Trabalho. Os alunos também receberam instruções sobre câncer de colo do útero, administração pública e ainda refletiram sobre os desafios da educação no século XXI. O Presidente da Fundecar, Jarbas Junqueira, responsável pela administração do local onde funcionam os cursos do polo de rede, aprovou a iniciativa. “É um evento ampliador da visão de mundo dos estudantes. Apresenta novas maneiras de enxergar os problemas da atualidade”.


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1ª Olimpíada de Programação em Passos Competição reuniu alunos do Técnico em Informática

Alunos e professores durante a Olimpíada

Com o objetivo de incentivar o estudante quanto à sua capacidade para a resolução de problemas e desenvolvimento de software, o Câmpus Passos promoveu a 1ª Olimpíada de Programação, em 2013. A competição, que envolveu a turma do curso Técnico em Informática, reuniu alunos para o desafio em tempo limitado. Cada equipe

foi composta por até três competidores, que foram submetidos a testes de lógica de programação, com cinco problemas de informática, que exigiam raciocínio lógico e conhecimento da linguagem de programação C . Os vencedores foram premiados com livros e medalhas. A medalha de ouro foi conquistada pela equipe “THE FLIES”, composta pelos

discentes Alysson Eduardo Estevam, Fabiana Medeiros Dutra e Felipe Oliveira Paulino. A equipe “ÁTOM”, integrada pelos alunos Naiane Calixto Ferreira, Felipe Mendes Lima e Talita Vitória de Souza, foi premiada com a medalha de prata. Por último, a conquistar a medalha de bronze, ficaram os estudantes da equipe “THE LOGGERS”, Agmar de Ávila e Erick Souza. #71


Eventos

Games: mercado e desenvolvimento Empresa vencedora do prêmio Sebrae fala a estudantes

Gilp Studio e estudantes discutem o mercado e o desenvolvimento de games

Engenhosidade, criatividade e inovação são atributos exigidos para conquistar o tão sonhado mercado de games. Pensando nisso, o Câmpus Passos promoveu em 2013 uma palestra sobre a criação de games com a Gilp Studio, ganhadora do prêmio Sebrae de desenvolvimento de jogos empreendedores. A empresa foi constituída no início de 2013 por quatro amigos e faturou um prêmio de R$ 40 mil e o quinto lugar no primeiro concurso promovido pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Os novos empresários falaram aos alunos, a partir da experiência de trabalhar com uma área tão difundida no país. De #72

acordo com o Sebrae, o mercado dos games no Brasil é o quarto maior do mundo no segmento de jogos digitais, com 35 milhões de usuários. Para o grupo, o prêmio é um incentivo ao trabalho que vem desenvolvendo. Durante a palestra o designer Marcelo Spiezzi Raimbault fez questão de ressaltar a diferença entre gostar de jogar e gostar de trabalhar com jogos, por tratar-se de um trabalho denso de programação, além das questões práticas que são importantes. “Antes de tudo, temos obrigações como empresa, contas para pagar no fim do mês, além de foco no mercado, pois o jogo deve ser atrativo para os usuários”, disse.

O grupo lançou o jogo “Min!Inimo” que conta a história de três personagens Mini, Ini e Mo, criaturinhas com diferentes habilidades que tentam ajudar sua vila. Juntos, os personagens enfrentam uma difícil jornada com diferentes cenários. De acordo com o estudante Wilson Junior, a palestra foi motivadora, pois mostrou como é possível operar as ferramentas para criação e desenvolvimento dos jogos.”É interessante aprender como funciona e perceber que há uma certa facilidade de operar essas ferramentas e agregar a imaginação ao conteúdo delas”, comentou.


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Câmpus Passos no Dia Mundial de Combate à Aids

Curso de Enfermagem comemora Dia Mundial do Combate à AIDS

1º de dezembro é o Dia Mundial do Combate à Aids. Nessa data, o curso Técnico em Enfermagem promoveu um trabalho de conscientização e prevenção da doença, direcionada aos candidatos que prestaram o vestibular no Câmpus Passos. As alunas abordaram os candidatos com panfletos, orientações sobre os riscos e distribuíram preservativos. Ações como essa, fazem parte da educação em saúde e tem por objetivo

levar informações à comunidade para reduzir os índices da doença que, de acordo com o Ministério da Saúde, tem apresentado queda significativa nos últimos anos. A redução é de aproximadamente 33% do número de infecções, desde 2001, e de 29% do número de mortes relacionadas à Aids. A estudante do curso Técnico em Enfermagem, Keila Soares Faria, observa que a população tem muito precon-

ceito, quando se fala na doença. “Há uma restrição muito grande das pessoas, seja na hora de receber um preservativo ou mesmo uma orientação a respeito. Existe vergonha, principalmente na população acima de 30 anos. Mas é preciso insistir na prevenção. Os PSF’s, por exemplo, distribuem preservativos gratuitamente, mas, o preconceito muitas vezes impede as pessoas de buscarem”, comenta. #73


Eventos

Outubro Rosa e Novembro Azul movimentam Câmpus

Câmpus Passos adere à campanha Outubro Rosa e Novembro Azul

O Câmpus Passos organizou em 2013 uma campanha para comemorar o Outubro Rosa, mês de referência na luta contra o câncer de mama. O curso Técnico em Enfermagem, responsável pela campanha, distribuiu panfletos e deu orientações aos alunos. As futuras técnicas esclareceram dúvidas e levaram orientações, principalmente sobre o autoexame e procedimentos preventivos, como a realização de mamografia pelos postos de saúde. Para a discente Ana Paula Fernandes, “existem muitas pessoas desinformadas sobre os riscos e prevenção à doença, ou mesmo, o intervalo de realização dos exames”. De acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer), o de mama é o segundo tipo mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos #74

novos a cada ano. A doença é relativamente rara antes dos 35 anos e, se diagnosticada, pode ser tratada. O câmpus entrou no clima do Outubro Rosa com o uso de mural com dicas e orientações sobre o autoexame e os principais sintomas. Servidores e alunos receberam um laço rosa, símbolo da luta contra o câncer, e toda a instituição foi enfeitada para apoiar a causa. Os discentes do Técnico em Enfermagem ainda visitaram outros pontos da cidade, levando orientações e apoiando o movimento durante a campanha. Novembro Azul Assim como outubro é direcionado à prevenção do câncer de mama, novembro é internacionalmente dedicado às ações relacionadas ao câncer de próstata e à saúde mascu-

lina. Aproveitando a data, a turma do Técnico em Enfermagem também promoveu ações direcionadas à conscientização da comunidade. A campanha“Novembro Azul”foi lançada durante a abertura do IFCOMPARTILHA, semana científica realizada naquele mês no câmpus Passos. O objetivo é mobilizar a sociedade de diferentes formas para a conscientização do público masculino, em relação aos cuidados preventivos e a importância da realização de exames periódicos. 17 de novembro é considerado o dia mundial do combate ao câncer de próstata. O preconceito tem sido uma das maiores barreiras à prevenção da doença. Apenas 44% dos homens brasileiros vão ao urologista. Os médicos dizem que cerca de 90% dos cânceres de próstata detectados no início têm chance de cura.


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Perspectivas do Ensino em Ciências Humanas

Prof. Manoel Fernandes fala sobre ensino de ciências humanas

Manoel Fernandes de Sousa, docente da Universidade de São Paulo, esteve no Câmpus Passos para uma conferência sobre as perspectivas para o ensino de ciências humanas. Ele falou a diversos servidores e convidados sobre a importância da cultura escolar. Questionou os saberes produzidos nas instituições e instigou a pensar sobre os conteúdos dados em sala de aula, considerando a realidade local. “O que ensinamos está no contexto da vida das pessoas? O currículo que está no livro didático é uma seleção de conteúdos. Dessa forma, qual currículo deve ser ensinado? Qual a proposta do currículo do Câmpus Passos?”. A partir daí, convidou a comunidade a discutir sobre as perspectivas do ensino de ciências humanas. Para a pedagoga Vera Lúcia Santos de Oliveira, é preciso pensar no entrosamento do ambiente escolar. “A expansão dos Institutos, como um fenômeno recente, nos mostra que é importante considerar a experiência das

Prof. Rildo Duarte lança o livro “Incógnitas Geográficas”

escolas da rede estadual, por exemplo, para construir essa cultura escolar própria. Nesse processo, precisamos discutir qual conteúdo ensinar e rever constantemente os currículos”, disse a pedagoga. Para o professor de Filosofia, Renê Hamiton Dini Filho, “no ensino técnico há uma extensa carga horária voltada para os conteúdos tecnicistas. O que devemos nos perguntar é até que ponto estamos investindo na formação humana? Uma solução interessante, que já foi adotada no Câmpus Inconfidentes, está na otimização do tempo por meio da integração de conteúdos afins, com o objetivo de harmonizar o currículo escolar”, explicou. Visão humanística “As humanidades estão sendo fechadas em todo mundo; os incentivos das pesquisas são prioridade das engenharias. Pensar é difícil, exige um deslocamento que nos torna

adultos. Talvez, tenhamos que pensar numa forma de humanização do ensino técnico. Não podemos ser instrumentalizados pelas coisas, pois o maior patrimônio que temos são as pessoas”, destacou o conferencista. Um dos pontos-chave foi a forma de conceber o ensino técnico, sem perder de vista a formação humana, que desperte no aluno a capacidade crítica. Na opinião do professor de geografia e coordenador de Ensino, Rildo Borges Duarte, a partir de eventos como esse, podemos refletir e fomentar a discussão sobre essa perspectiva humanista no ensino técnico. “Uma importante iniciativa e que já está sendo implantada no Câmpus Passos é estimular grupos de pesquisa de diversas áreas de ensino, para pensar na formação de cidadãos mais conscientes, verificar as práticas que já deram certo e adaptar ao nosso contexto”, disse. #75


Eventos

IFCOMPARTILHA: conhecimento, arte e cultura em Passos

Cerimônia de abertura do IFCOMPARTILHA em 2013

A 2ª edição do IFCOMPARTILHA, semana científica do Câmpus Passos, aconteceu em 2013. O evento reuniu alunos, servidores e a comunidade para “compartilhar” o conhecimento produzido dentro da instituição. O Pró-Reitor de Extensão do IFSULDEMINAS, Cleber Ávila Barbosa, cumprimentou a iniciativa de se promover um evento tão eclético, envolvendo diversos assuntos. “Percebemos o objetivo da ação pelo próprio #76

nome. Não poderia ser mais apropriado para compartilhar o conhecimento, a experiência e a técnica, fazendo com que os alunos possam interagir com a sociedade”, disse. O IFCOMPARTILHA ofereceu oficinas, palestras, minicursos, workshops e exposições gratuitas durante três dias. Foram apresentadas ações como os cuidados em enfermagem, passando pela confecção de velas decorativas, pintura em tecido, photoshop, fotografia,

modelagem 3D, entre outros temas desenvolvidos no instituto. Para a técnica de enfermagem Regiane Mendes Costa Paiva, foi a oportunidade para aprender sobre uma outra paixão: o artesanato. Ela participou da oficina de confecção de velas decorativas e aprovou o resultado. “Adoro me dedicar à atividades como essa e aproveito todas as chances para aprender e exercitar”, comentou.


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Dias e noites movimentadas Os estudantes assistiram a um desfile organizado pelo curso Técnico em Vestuário. Os modelos foram desenvolvidos exclusivamente pelos alunos. Na entrada do câmpus foi reservado um espaço para expor e comercializar as peças. Já o designer gráfico e ex-aluno do curso Técnico em Comunicação Visual do IFSULDEMINAS, Jader Henrique Barbosa Macedo, expôs seus trabalhos em papercut. A técnica é uma arte milenar chinesa, em que o papel é recortado de forma artesanal para compor imagens. O resultado final é um trabalho que parece ter sido recortado a laser. Jader conta que aprendeu há quatro anos, quando entrou na faculdade. “Eu tinha que criar algo experimentando algum tipo de material no curso de Design Gráfico. Como sempre gostei do papel, escolhi o recorte”, disse. O evento também contou com um projeto de leitura. Diversos livros recebidos como doação foram distribuídos aos participantes,

Designer Gráfico Jader H. B. Macedo (JADMON)

Eu tinha que criar algo experimentando algum tipo de material no curso de Design Gráfico. Como sempre gostei do papel, escolhi o recorte com a condição de serem passados adiante. A proposta do projeto previa que as obras, depois de lidas, fossem entregues a outras pessoas ou deixadas em locais públicos para serem descobertas. Cada pessoa que encontrasse um livro, deveria registrar seu destino no site: www.projetoleituralivre.blogspot.com.br. Assim, seria possível acompanhar o trajeto das obras, com o objetivo de incentivar a leitura e compartilhar o conhecimento. Uma mesa redonda, com os designers de

Passos, também foi organizada pela professora do curso Técnico em Comunicação Visual, Heliza Faria, que mediou a discussão entre os participantes, com o objetivo de discutir os problemas enfrentados no mercado. Para a docente, é necessário estimular a valorização do profissional. “Existe uma grande diferença entre o trabalho desenvolvido por um especialista e por um amador; o mercado precisa reconhecer isso”, comentou. A comunidade pôde aproveitar diversas palestras, como “O mercado de trabalho na área de TI”, realizado pela IBM, direcionada aos estudantes do Técnico em Informática. Ou, “O lado comercial e as dificuldades do mercado – o mundo Plus Size”, para os discentes do Técnico em Vestuário. A apresentação da peça “O Despertar da Primavera”, do grupo Cia Lux de Teatro, de Carmo do Rio Claro, marcou o último dia, que teve a apresentação da Banda Quintal, composta pelos alunos do câmpus e organizada pelo professor Luis Novais, com repertório de MPB.

Comunidade participa de atividades do IFCompartilha

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Eventos

1º Encontro sobre Comércio Eletrônico Câmpus Passos, Sebrae e Correios discutem o E-Commerce

Empresariado e Comerciantes de Passos participam do evento

O 1º Encontro Eletrônico da cidade foi promovido pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em parceria com os Correios. O evento contou com a participação de mais de 120 convidados, entre representantes do comércio e indústria, que tiveram a oportunidade de acompanhar as soluções propostas pelas instituições, no que diz respeito à viabilização do comércio eletrônico. Durante o encontro, o consultor do Sebrae, Márcio Lopes, falou sobre o marketing digital, com ênfase na necessidade de criar estratégias para se destacar no mercado eletrônico. “Não compramos um produto sem enxergar sua necessidade, e o marketing está aí para isso. No caso do marketing digital, temos a possibilidade de utilizar ferramentas que podem maximizar os lucros das empresas”, enfatizou. O consultor falou ainda sobre a tendência do Mobile Commerce, que já possui o Brasil como #78

Márcio Lopes, consultor do Sebrae, fala sobre marketing digital

líder na América Latina. O número de pessoas que está substituindo as tradicionais compras on-line pela alternativa móvel vem aumentando. É possível que se chegue a um ponto, no qual quase todas as transações sejam concluídas por dispositivos móveis. A partir dessa plataforma, é preciso priorizar o pagamento eletrônico, que já é uma realidade nas outras. “Quem não acompanha o crescimento desse mercado está por fora; nós temos que vender soluções para as pessoas e a evolução das tecnologias está aí para isso”, comentou. O consultor Arrison Nogueira tratou do E-Commerce, destacando o potencial do mercado no país. “Sabemos que 40% da população tem acesso à internet no Brasil, o que demonstra um grande potencial a ser explorado”, disse. A orientação do relacionamento com o marketing mudou muito nos últimos anos.

Para Arrison, não existe mais foco em produtos. O momento que vivemos compreende manter o foco no cliente. “Existem diversos fatores que orientam a decisão do cliente; as pessoas buscam informação. Ações muito atrativas nem sempre vendem no primeiro momento, mas criam circunstâncias que abrem a possibilidade de vendas posteriores. É preciso estar atento a isso”, disse. A consultora dos Correios, Janifer Aparecida Adão, marcou presença no encontro, trazendo as propostas de parceria dos Correios para a redução do frete, um dos pontos ressaltados como decisivo no processo de compra on-line. “Os Correios possuem tabelas de diferenciação de preços, que oferecem à empresa a possibilidade de trabalhar com frete grátis”, explicou Janifer. O consultor Arrison Nogueira destacou o frete como fator decisivo para 53% dos compradores.


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Caderno Nosso Publicação antecipa tendências da Coleção de Inverno 2015 no país

Equipe do Sebrae apresenta as tendências para a Coleção Inverno 2015 com a publicação “Caderno Nosso”

O Câmpus Passos participou do lançamento do Caderno Nosso, publicação que antecipa as tendências para a Coleção Inverno 2015 no Brasil. Para isso, recebeu, em maio de 2014, a analista de moda, Cyntia Lopes. O evento foi realizado em parceria com a Associação Passense de Indústria e Confecção (Apicom), Sindicato da Indústria do Vestuário de MG (Sindvest), Sebrae Regional e Senai. O lançamento do Caderno aconteceu em todo o país simultaneamente. A proposta foi levar informações atualizadas para a inspiração das coleções a diversos setores têxteis do país. “Passos recebe nesse momento as mesmas informações que estão sendo levadas ao restante do país”, comentou Jorge Domingos Peixoto, diretor do Modatec, Senai – Belo Horizonte. O Caderno Nosso é o primeiro de uma série de publicações, a partir de um trabalho

de pesquisa colaborativa e multidisciplinar. A publicação é produzida em nível nacional, por colaboradores da rede Senai Têxtil e de Confecção, e temas relacionados aos segmentos de couro, calçados e joias. Orientada ao estímulo da criatividade e design, a publicação pretende agregar aos setores têxteis e de confecção, temas relacionados a outros segmentos. Participaram do evento empresários do setor de confecção, alunos do curso Técnico em Vestuário e representantes do setor de serviços. A Analista de Moda, Cintia Lopes, falou sobre as tendências para a criação das coleções de inverno 2015. “A inspiração voltada para as raízes, como por exemplo o crochê e o tricô estão em alta. Mas, a empresa deve principalmente contar a história da marca, buscando na essência expressar sua trajetória”, comentou.

O presidente da Apicom, Ricardo Andrade, comentou sobre a importância da iniciativa. “Temos que promover eventos como esse para estimular a cadeia produtiva, aprimorar e trazer conhecimento técnico ao chão de fábrica”. A professora do curso Técnico em Vestuário, Jussara Teixeira, observou a importância de palestras como essa para a formação dos estudantes. “Os alunos tiveram contato com informações atualizadas sobre as tendências de moda, o que é um grande diferencial”, explicou. A empresária e estilista, Andréia Simão Rocha, se disse inspirada. “Há muito tempo não tínhamos na região, uma palestra de alto nível criativo. Existe uma mesmice, no sentido de dizer o que vai usar, mas, hoje, foi possível aguçar o espírito criativo”. #79


Eventos

3º Arraiá agita o Câmpus Passos

Alunos do Câmpus Passos entram no clima do arraiá

Música, comidas típicas, fogueira, brincadeiras e muita animação estiveram presentes no 3º Arraiá promovido pelo Câmpus Passos, em junho de 2014. A festa reuniu mais de 500 pessoas, entre alunos, professores, servidores, familiares #80

e comunidade. A organização e decoração do câmpus começou logo de manhã. Bandeirinhas e fogueira deram o toque característico. Não faltaram opções de comidas típicas e bebidas, tudo organizado pelos alunos do

ensino médio integrado e dos cursos técnicos em Comunicação Visual e Vestuário. A atração principal da noite ficou por conta da banda INOV, cuja apresentação garantiu a animação do público, tocando músicas de vários estilos.


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Câmpus Passos promove a 4ª Semana da Enfermagem

Professores e alunos do Câmpus Passos participam da 4º Semana da Enfermagem

O Câmpus Passos realizou, em 2014, sua 4ª Semana da Enfermagem. A partir do eixo temático estabelecido pela Associação Brasileira de Enfermagem (ABEN) sobre “O protagonismo da enfermagem no processo de cuidar”, adotou o tema local: “Acolhimento implicado e escuta ampliada”.

A abertura contou com a presença de alunos e servidores. O tema foi escolhido pela ABEN em função da necessidade de conscientizar o profissional sobre a importância de um acolhimento humanizado, desde o primeiro contato com o paciente. “O desafio é possibilitar uma escuta

que vá além dos protocolos, deixando o paciente à vontade para falar sobre seus anseios, dúvidas e, consequentemente, ocasionando uma melhor resposta terapêutica ao caso clínico”, explicou uma das organizadoras do evento, a professora do curso, Andréa Cristina Alves. #81


Eventos

Jornada de Educação e Computação e Semana de Enfermagem

Alunos durante atividades da 3ª Semana de Enfermagem

Machado sediou a primeira Jornada de Educação e Computação com palestras, minicursos e um concurso de logomarca entre os acadêmicos. O evento foi promovido pela Licenciatura em Computação, e também envolveu estudantes do Técnico em Informática. As palestras foram variadas e contaram com a participação de ex-alunos, servidores e de profis#82

sionais de renome no mercado. Temas como Modelos Utilizados para o Desenvolvimento de Software, Banco de dados ORACLE/SQL, Carreira – escolha e condução para o sucesso, computação nas nuvens, entre outros, movimentaram as tardes e noites do Câmpus na primeira semana do mês de maio. Na mesma data aconteceu a 3ª Semana de Enfermagem,

com o tema Assistência Humanizada, reunindo alunos do Técnico em Enfermagem e Bombeiro Civil, além de professores, coordenadores e técnico-administrativos. Palestras sobre humanização e relações pessoais no trabalho, e assistência humanizada em unidades de terapia intensiva marcaram as noites da semana, que reuniu mais de 250 pessoas.


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2ª Mostra de Profissões de Poços de Caldas Evento auxiliou estudantes da região na escolha profissional

Estudantes de escolas de Poços participam de mostra de profissões

A Segunda Mostra de Profissões do Câmpus Poços foi aberta a instituições de ensino da cidade e região. Cerca de 150 alunos do nono ano do Ensino Fundamental, acompanhados de seus professores e coordenadores, prestigiaram o evento em 2013. Na ocasião, os visitantes

tiveram a oportunidade de interagir com os docentes e discentes do Instituto Federal, além de conhecer as salas de aula e laboratórios dos cursos técnicos em Administração, Edificações, Eletrotécnica, Informática e do superior de Tecnologia em Gestão Ambiental. A profes-

sora de Português, Raquel Lopes, da Escola Municipal Dr. Aroldo Afonso Junqueira, afirmou que seus alunos aproveitaram bastante a visita. Ela pensa em trazer agora os estudantes do oitavo ano do Ensino Fundamental. “Participar dessas demonstrações é ímpar para eles”, finalizou. #83


Eventos

Semana do Livro e da Biblioteca movimenta IFSULDEMINAS Atividades uniram Inconfidentes, Passos e Poรงos

Jovens trocam obras literรกrias durante evento em Poรงos

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Para comemorar a Semana Nacional do Livro e da Biblioteca, além de incentivar a leitura, os servidores das bibliotecas Afonso Arinos, do Câmpus Inconfidentes; Professor Gerson Pereira, de Poços de Caldas; e da biblioteca do Câmpus Passos organizaram ações como varal literário, exibição de filmes, interpretação de poemas, feira e exposição de livros, em 2013. Em Inconfidentes, foram organizados murais, varal literário e uma estante especial contendo obras literárias e um espaço em homenagem ao escritor Carlos Drummond de Andrade. De acordo com a bibliotecária Angela Regina Pinto, os preparativos são um convite para os estudantes do Instituto Federal, bem como para a comunidade visitar com mais frequência o local. “Queremos despertar para o valor da leitura. Os murais, a estante e o espaço em homenagem a Drummond querem levar as pessoas a pararem, olharem e refletirem sobre a importância dos livros para a vida”, disse. O IFSULDEMINAS também produziu cartazes para relembrar o centenário do poeta Vinicius de Moraes. “Além de outros poetas, estamos mostrando a riqueza de sua obra”, explicou. Um festival de poesias marcou o encerramento da semana, em frente à igreja matriz.

Queremos despertar para o valor da leitura. Os murais, a estante e o espaço em homenagem a Drummond querem levar as pessoas a pararem, olharem e refletirem sobre a importância dos livros para a vida Ações em Passos O Câmpus Passos comemorou com várias atividades organizadas pelo professor de literatura, Luiz Novais, e pela bibliotecária Romilda Pinto da Silveira, junto aos alunos do curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio. Foi exibido o curta-metragem “Os

fantásticos livros voadores de Modesto Máximo”, animação que ganhou o Oscar em 2012 e inspirou um livro. A história é uma declaração de amor pela literatura. Foram apresentados, ainda, um documentário sobre “A história da Biblioteca de Alexandria”, a declamação de poemas pelos alunos do câmpus, e um rap com a Canção do Exílio, de Gonçalves Dias. Poços de Caldas A Biblioteca “Professor Gerson Pereira”, do Câmpus Poços promoveu uma exibição de filmes, feira de troca de livros, exposição do acervo e comemoração do centenário de Vinicius de Moraes.Todos os vídeos exibidos foram baseados em obras literárias. Entre as opções, Os Miseráveis, O Conde de Monte Cristo, Lolita, Ensaio sobre a cegueira, Bicho de sete cabeças, O amor nos tempos da cólera, Auto da Compadecida, Os três mosqueteiros, entre outros. Em comemoração ao centenário de Vinicius de Moraes, durante todos os dias, no intervalo das aulas, os servidores interpretaram músicas e poemas do autor. A professora de português e literatura, Nathália Luiz de Freitas, fez uma apresentação sobre a vida e obra do poeta. Também foi montado um varal com seus principais textos.

Estudantes e professor leem poemas no varal literário

#85


Eventos

Sarau IF Cultural integra comunidade do Câmpus Poços

Teatro e música foram algumas das muitas apresentações do IFCultural

Nem mesmo o frio intenso impediu a comunidade escolar de prestigiar, em maio de 2014, o 2º Sarau IF Cultural do Câmpus Poços de Caldas. Por toda a instituição, uma diversidade de manifestações artísticas contagiou os servidores, alunos, pais e convidados presentes. Os mais corajosos se equilibraram no slackline, tipo de fita elástica suspensa e esticada entre dois pontos. No palco, estudantes e servidores se apresentaram juntos. Teve dança, declamação de poesia, apresentações teatrais, paródia e até capoeira. Na música: piano, violão e guitarra. Um grupo de hip hop arrancou risadas do público com as rimas inusitadas. E a coordenadora do evento, a servidora Lílian Fernandes, agitou com uma performance de heavy metal. Artistas convidados também mostraram seus talentos, como as crianças e adolescentes da Casa do Menor Dr. Ednan #86

Dias. Eles apresentaram ritmos brasileiros ao som de instrumentos de percussão. Salas de Arte O professor de artes, Márcio Bess, e os alunos do curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio (1º e 2º anos) montaram três salas de arte com pinturas vasculares gregas, exposição de quadros e projeção de fotos dos bastidores do Filme “A Mala”, produção cinematográfica dos estudantes. A servidora Rosangela Fonseca projetou suas fotos com cenas das paisagens e arquitetura de Poços. O aluno do curso Técnico em Administração, Ricardo Braga, expôs seus desenhos e foi muito prestigiado. 50 anos do Golpe O professor de história e sociologia, Flávio Calheiros, e os alunos do segundo ano

do curso Técnico em Informática realizaram o encerramento do projeto “História e Resistência: 50 anos do golpe militar de 1964”. Filmes, teatro e músicas sobre as memórias dos perseguidos políticos e as cenas de tortura e resistência da época emocionaram o público presente. Sucesso de crítica O 2º Sarau IF Cultural agradou. A estudante Laureane Kamile se encantou com as apresentações. Segundo ela, eventos como esse fazem com que o aluno goste mais da escola. João Paulo Vasques, discente do Técnico em Edificações, concorda. Ele acredita que o sarau ajuda na socialização. Os familiares também aprovaram. Para o casal José Luiz Ansani e Gorete Laudares, pais da aluna Vitória, do curso Técnico em Informática, foi uma boa oportunidade de conhecer a escola e os colegas da filha.


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Olimpíadas do Conhecimento Câmpus Poços destaca-se em várias competições

Estudantes participam da competição no Câmpus Poços

A participação nas Olimpíadas do Conhecimento tem feito parte do cotidiano dos alunos dos cursos técnicos integrados ao Ensino Médio do Câmpus Poços. Entre as competições estão a XVI Olimpíada Brasileira de Informática (OBI), X Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), XVII Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), e a VI Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB). OBMEP Os alunos das três turmas dos cursos técnicos integrados (Eletrotécnica e Informática) participaram, em 2014, da X Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas. Durante duas horas e meia, resolveram, individualmente, 20 questões fechadas de raciocínio lógico. A OBMEP 2014 é a primeira com participação dos alunos. De acordo com o professor Bruno, responsável pela OBMEP no câmpus,

a Olimpíada, além de encontrar talentos nas escolas públicas, expande as possibilidades de aplicação da matemática. OBI Estudantes do 2º ano do Técnico em Informática Integrado participaram da XVI Olimpíada Brasileira de Informática. A prova abrangeu quatro problemas de lógica e programação. Para responder, cada estudante precisou desenvolver um programa na linguagem C. A aplicação dos problemas contou com a coordenação do professor Mateus dos Santos. Antes do desafio, os discentes passaram por treinamentos. “Fiquei muito satisfeito com o desempenho deles”, disse Mateus. Na OBI 2013, os estudantes do 2º ano do curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio, Gabriel Modina, Fernanda Tavares e Guilherme Barbosa ganharam, respectivamente, medalha de prata e medalhas de bronze.

OBA 15 discentes do 1º e 2º anos do Técnico em Informática registraram seus nomes na primeira participação do câmpus na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). Como treinamento para a competição, frequentaram aulas extras em horários especiais para aperfeiçoamento. Os melhores classificados representam o Brasil em olimpíadas internacionais. A olimpíada é organizada pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB). ONHB Os estudantes do curso integrado participaram da Olimpíada Nacional em História do Brasil pela primeira vez em 2013, com ótimos resultados. Em 2014, a ONHB chegou à sua sexta edição. #87


Eventos

Técnicos integrados participam de gincana Competição favorece desenvolvimento de habilidades artísticas e raciocínio lógico

Jovens desenvolvem raciocínio com atividades lúdicas

Para receber e integrar os alunos novatos do Câmpus Poços de Caldas, os setores Pedagógico e de Assistência ao Educando, juntamente com a direção de Ensino, Pesquisa e Extensão, diretoria-geral, professores e coordenadores de cursos, pensaram em uma programação especial. Uma das atividades propostas foi a Gincana “Dezafios” que movimentou a rotina dos estudantes dos cursos técnicos integrados em Informática e Eletrotécnica, em janeiro de 2014. No total, foram disputadas dez provas. Entre #88

as brincadeiras, estiveram o cubo mágico, desenhos, “Qual é a música?”, charadas e raciocínio lógico. Uma das provas de maior repercussão foi a de produção de poesias. Cada equipe compôs um ou mais poemas e quem decidiu sobre o melhor foram os servidores do câmpus, através de votação eletrônica. Na final da gincana, os estudantes tiveram que entrar na dança para garantir uma pontuação. Em duplas, dançaram tango, samba, lambada, forró, rock anos 60 e valsa. Mais uma vez, servidores compuseram o

júri e avaliaram o talento dos discentes. Com 90 pontos, a equipe Preta sagrouse a grande campeã, conquistando o título e os bonés do projeto “Arte de Caderno”. Para o novato Bruno de Oliveira Cruz, do curso Técnico em Informática, a gincana foi muito divertida. “A gente conseguiu socializar com vários grupos”, disse. O veterano Guilherme Barbosa, do 2° ano, mencionou que “foi muito bom interagir com o pessoal do 1° ano e se enturmar”.


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Consciência Negra Alunos e servidores realizam debate

O racismo e o sistema de cotas foram alguns dos assuntos abordados no Dia da Consciência Negra

O Dia da Consciência Negra, em novembro de 2013, foi marcado por um debate entre servidores e alunos do curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio do Câmpus Poços de Caldas. A atividade foi coordenada pela professora de História e coordenadora de Pesquisa e Extensão, Lerice Garzoni. Além dos estudantes do Ensino Médio, participaram das discussões profissionais ligados à área de psicologia, pedagogia e docência. Em pauta, questões como o racismo, o sistema de cotas, a ideologia do branquea-

mento e o movimento de negritude. Antes do debate, os participantes assistiram ao documentário “Pele Negra, Máscara Branca”. A professora Lerice Garzoni explica que o debate complementa os conteúdos de História da África atualmente vistos pelos alunos. Para a docente, “é importante a gente, pelo menos, levantar a discussão para que os estudantes não tenham apenas uma única visão sobre o assunto, como a visão transmitida pela mídia. Apesar da noção de raça já ser contestada, o racismo ainda é muito forte”, completou.

O aluno Gustavo Luiz de Paula disse que o debate sobre racismo o fez parar para refletir mais sobre o tema. Para Iasmim Alves, colega de turma de Gustavo, a atividade “valorizou o nosso conhecimento sobre o assunto e ampliou nosso interesse”. A psicóloga do Câmpus, Josirene Barbosa, gostou bastante de participar. “Iniciativas como essa fazem parte da formação humanística dos alunos. Esse deveria ser o principal objetivo da escola: a educação humanizadora e transformadora da realidade social”, declarou. #89


Eventos

Palestras debatem empreendedorismo e tecnologia Iniciativa prevê contato entre estudantes e mercado de trabalho

Alunos do Câmpus Muzambinho assistem palestra sobre empreendedorismo

Um Ciclo de palestras promoveu discussões sobre empreendedorismo e tecnologia para alunos dos cursos de Ciência da Computação, Engenharia Agronômica, Tecnólogo em Cafeicultura e Técnico em Meio Ambiente. Segundo o Coordenador do ELITT, #90

Consultor do Sebrae participa do evento

Gustavo Botrel, “foram sete palestras ministradas em dois dias de evento, nos quais os alunos tiveram contato com diversas empresas e profissionais que expuseram suas experiências e suas práticas de inovação no mercado”. O EmpTec foi uma ação promovida através de uma parceria

do Câmpus Muzambinho com o Escritório Local de Inovação e Transferência de Tecnologia (ELITT) e buscou incentivar o contato entre alunos e profissionais já no mercado de trabalho, além de discussões sobre os novos cenários nacionais para o empreendedorismo e a inovação.


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Circuito de palestras sobre suinocultura Novas tecnologias de mercado são apresentadas

Evento reúne estudantes e profissionais de Muzambinho e região

Anualmente é realizado no Câmpus Muzambinho um circuito de palestras e workshops sobre suinocultura destinado aos alunos e profissionais de Muzambinho e região. O circuito tem a finalidade de promover a integração, a troca de conhecimento, levar novas informações e tecnologias aos suinocultores e incentivar o desenvolvimento da região. O encontro é organizado pelo coordenador

do curso Técnico em Agropecuária e do Setor de Suinocultura, professor Marcelo Antonio Morais. Ele destaca que “além de apresentar aos discentes as novas tecnologias que permeiam o mercado da suinocultura, o encontro estende isso também aos pequenos produtores, quebrando assim as barreiras existente entre os pequenos e grandes produtores, principalmente na região Sul de Minas”.

Nas últimas edições, os temas abordados foram a qualidade de fêmeas lactantes, a importância do controle da Circunvirose e Pneumonia Enzoótica na suinocultura, instalações e utilização de mão de obra em UPL - Unidade Produtora de Leitões, questões sobre Suinocultura e Meio Ambiente e alertas sobre pequenas falhas e grandes prejuízos na suinocultura. #91


Eventos

Congresso sobre Meio Ambiente Sustentabilidade, compromisso social e apresentações culturais estiveram na pauta O 11º Congresso Nacional de Meio Ambiente de Poços de Caldas, realizado em maio de 2014, contou com a participação de mais de 600 pesquisadores e alunos para debater os caminhos e os desafios do equilíbrio ecológico e da produção alimentar sustentável. Realizado no Espaço Cultural da Urca, o Congresso atraiu os participantes pela possibilidade de conhecer a cidade, famosa pelos parques termais. A solenidade de abertura contou com a presença de autoridades do IFSULDEMINAS, da Prefeitura de Poços de Caldas e da Fundação do Jardim Botânico. Ao realizar abertura do evento, o coordenador do Curso Técnico em Meio Ambiente do Câmpus Muzambinho e presidente da comissão técnica do evento, Claudiomir Silva, aproveitou para agradecer os colaboradores e ressaltar a grandiosidade e importância do evento. Segundo ele, esse é o maior Congresso realizado na área ambiental em âmbito nacional e a tendência é que ele cresça mais a cada ano e ganhe ainda mais reconhecimento. Os participantes ainda foram agraciados com uma exibição do Hino Nacional e de músicas como “Planeta Azul”, interpretadas pelo Coral do Câmpus Muzambinho, regido pelo maestro Acácio Donizetti Vieira. O primeiro dia do evento ainda contou com a palestra do Dr. Werner Grau Neto, sobre “As questões da produção alimentar mundial sob #92

a ótica do direito ambiental”, na qual o palestrante ressaltou questões importantes como o fim das chuvas no sudeste, a vazão de água maior que sua entrada nos reservatórios.“Temos a necessidade de interpretar o mundo como um todo e não como pequenos feudos”, defendeu.

Alertar as pessoas sobre as suas responsabilidades como cidadãos para construir um futuro diferente, cada um tem que fazer a sua parte Os doutores Tamiel K. B Jacobson e Flávio Barbosa Justino discutiram questões sobre ecologia e agricultura familiar e o sistema agrícola e ambiental em um mundo aquecido. Os presentes ainda puderam assistir a apresentação teatral “Sonho de uma noite de verão”, interpretada por alunos do Câmpus Muzambinho e dirigida pelo professor de teatro Silas Navarro.

O segundo dia também contou com renomados profissionais da área ambiental, como a Dra. Cleonice Borges de Souza que ministrou a palestra “Economia Verde”; o professor Nuno Rodrigo Madeira tratou da produção de alimentos em sistemas orgânicos; o professor Johann Wolfgang Schneider abordou o marketing de estações de águas termais como destino turístico; e a senhora Maria de Jesus Ferreira Bringelo desenvolveu o tema “A realidade e as dificuldades enfrentadas pelas mulheres pertencentes ao Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu”. Johann Wolfgang Schneider ainda destacou a realização de eventos semelhantes ao XI Congresso de Meio Ambiente, como compromisso social. Segundo ele, o evento se faz necessário para “alertar as pessoas sobre as suas responsabilidades como cidadãos para construir um futuro diferente. Para isso, não basta apenas escutar discursos sobre sustentabilidade dos nossos governantes e de alguns técnicos, cada um tem que fazer a sua parte”. O último dia de Congresso abriu mais espaço para discussões ao promover uma mesa redonda com o tema contra o uso de agrotóxicos e contou com a participação do sociólogo da Universidade Federal de Goiás (UFG) e representante do Comitê Estadual da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos, Carlito Rocha; do coor-


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denador no Sul de Minas do citado comitê, Demes Nunes da Mota e do membro da direção do Movimento Sem Terra (MST), Silvio Neto. Doutor Ildo Sauer tratou sobre o último documento das mudanças no clima alertando sobre os benefícios e prejuízos da camada de Ozônio. Doutor Alfredo José Barreto Luiz tratou da dinâmica da produção agrícola

brasileira e, para finalizar, os presentes assistiram à palestra sobre as influências das mudanças ambientais na saúde humana e dos ecossistemas, ministrada pela professora Mônica Andrade Morraye. Alguns trabalhos foram escolhidos para serem apresentados pelos autores de forma oral, enquanto outros trabalhos eram avaliados

no formato de exibição em painel. Os trabalhos foram premiados com kits do evento, outros com certificados e com publicação na revista Agrogeoambiental do IFSULDEMINAS. No encerramento do Congresso, os alunos da Escola Estadual Parques das Nações, mais conhecida como Escola Padrão, apresentaram uma peça teatral.

Atividades promovidas durante o XI Congresso Nacional de Meio Ambiente de Poços de Caldas

#93


Eventos

Câmpus Muzambinho sedia Congresso Leite e Queijo Minas Integração e desenvolvimento técnológico foram objetivos do evento

Autoridades e alunos participam da abertura do congresso

O Congresso Leite e Queijo é um evento que visa integrar profissionais da área, pesquisadores e interessados pelo assunto, contribuir com o desenvolvimento técnico, proporcionar um ambiente para discussões e debates e divulgar novas tecnologias a favor da produtividade, rentabilidade e bem-estar animal. Através de palestras ministradas por profissionais de renome, foram abordados assuntos sobre temáticas variadas como a importância de médicos veterinários para a bovinocultura #94

leiteira, a qualidade do leite recepcionado pelas cooperativas/laticínios, o bem-estar dos animais, a concepção pós período de transição, programas sobre gestão da bovinocultura leiteira, questões sobre lactação, dúvidas sobre mastite em vacas no período de transição, dentre outros. O diretor-geral do Câmpus Muzambinho, Luiz Carlos Machado Rodrigues, ressalta a importância do Congresso para o desenvolvimento da região e da pecuária ao proporcionar

aos participantes, a oportunidade de discutir tópicos relacionados aos temas, alem promover a troca de experiências. Com crescimento exponencial, a cada ano, o Congresso Leite e Queijo atrai novos interessados, buscando promover o desenvolvimento da região e contribuir com a difusão de novas tecnologias entre os produtores e gestores da bovinocultura no Sul de Minas Gerais, afirma o professor Marcelo Rosa, presidente da comissão organizadora.


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Feira de Estágios e Emprego reúne empresas e alunos Alunos do IFSULDEMINAS fazem contato com empresas

Feira reuniu empresas de diversas áreas no Câmpus Muzambinho

Realizada a fim de promover interação entre os jovens e o mercado de trabalho, a Feira de Estágios é aberta ao público acima de 16 anos. O objetivo da feira, realizada em outubro de 2013, foi aproximar os estudantes das empresas de

diversas áreas e demonstrar a eles as possibilidades de atuação no mercado de trabalho e de construção de planos de carreira. Na ocasião, além de conhecer melhor as empresas e candidatar-se as vagas disponíveis, o participante da feira assistiu às pales-

tras ministradas por diversos profissionais. Para as empresas participantes, esta ainda é uma excelente forma de divulgar sua marca, ter contato direto com candidatos de alta qualificação e estreitar relações com esses futuros profissionais.

#95


Eventos

Gincana Tecnológica intensifica relações interpessoais Competição prevê provas de habilidade em tecnologia e ações de solidariedade

Autoridades e alunos participaram da gincana em Muzambinho

Desde 2010, o Câmpus Muzambinho promove a Gincana Tecnológica, a Gintec. O evento tem como objetivo promover o desenvolvimento técnico dos alunos e propiciar a intensificação das relações interpessoais, que se traduzem na capacidade de vencer desafios, de trabalhar em equipe e de ser solidário com o próximo. Geralmente realizada simultaneamente à programação da Semana de Informática, os alunos podem participar da gincana e assistir a uma série de palestras, minicursos e tarefas programadas pelos professores da #96

área de Tecnologia da Informação. A Gintec envolve os alunos dos cursos Técnico em Informática (Integrado e Subsequente) e do curso superior de Ciência da Computação. Na competição, os alunos devem se submeter a tarefas que misturam temáticas relacionadas às disciplinas dadas em sala de aula, como elaboração de um site, descoberta do enigma na internet e a produção de uma animação gráfica, com atividades esportivas, culturais e filantrópicas. Os alunos, além de concorrerem à premiação da gincana, ainda participam de

palestras que mesclam variadas vertentes da computação, como técnicas para lidar com servidores, robótica, Java ME (dispositivos Móveis), fundamentos de 3D, desenvolvimento de web e jogos, mercado de trabalho em TI, inovação tecnológica no Brasil, introdução aos métodos ágeis, carreira, mercado de trabalho e vida profissional, dentre outros. A gincana incentiva gestos de solidariedade, ao solicitar que os participantes coletem produtos para doação, como litros de leite e contribuam com a sustentabilidade através do recolhimento de lixo eletrônico.


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Educadores debatem Tecnologia, Marketing e Ideb Através de palestras e minicursos, congresso difunde e atualiza conhecimento

Congresso recebe participantes e autoridades na abertura do evento

Realizado através de uma parceria entre a Associação dos Municípios da Microrregião da Baixa Mogiana – AMOG e o Câmpus Muzambinho, o Congresso de Educação visa reunir, anualmente, professores da rede municipal de ensino das 15 cidades do Sul de Minas que integram a associação. Para acolher todos os participantes do evento, o ginásio poliesportivo do Instituto recebeu uma estrutura especial com rebaixamento de teto, sistema de refrigeração de ar, sistema de som e telão de vídeo, decoração, banners, estações de água, além de espaços para a oferta de coffee breaks. O refeitório do Câmpus Muzambinho serviu um cardápio especial para o almoço dos participantes.

O Congresso, além de promover a interação entre os profissionais educadores da região, também contribui com a difusão e atualização do conhecimento trazendo para o Sul de Minas Gerais, palestrantes renomados como o gramático e professor de Língua Portuguesa, Pasquale Cipro Neto, presente na 3ª edição do Congresso. O evento propõe ainda incentivar o debate entre os educadores sobre temas de destaque como metodologias e tecnologias para a educação de qualidade, relações humanas na escola e marketing educacional, ética e desenvolvimento moral, avaliação quantitativa sobre como se adaptar às avaliações do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), dentre outros assuntos de maior relevância

em cada ano de realização. Os participantes também puderam realizar minicursos de temas que variavam desde políticas étnico -raciais e educação, literatura infantil, Enem, Enade e Prova Brasil até a utilização de redes sociais em educação, tecnologias e inovações no processo de ensino aprendizagem, utilização de voz, corpo e comunicação em sala de aula, relação entre família, educação no atual contexto social brasileiro, intertextualidade e sexualidade infanto-juvenil. A partir desses minicursos e palestras, os participantes puderam aprimorar seu conhecimento e ainda aproveitar a oportunidade que o Congresso proporcionou para estabelecer contatos com outros profissionais da área. #97


Eventos

Encontec reúne estudantes, produtores rurais e empresários Encontro trouxe espaço para o conhecimento de novas tecnologias

Os participantes do Encontec são apresentados à pesquisas e inovações

O Encontro Tecnológico promovido pelo Câmpus Muzambinho tem como principal objetivo proporcionar a produtores rurais da região, estudantes, profissionais do campo e empresas, uma nova oportunidade de conhecer as novas tecnologias disponíveis no mercado para o incremento da produtividade agrícola. Os participantes são provenientes de cidades como Guaxupé, Monte Belo, São Sebastião do Paraíso, Tapiratiba, Caconde, Baependi, Poços de Caldas, Cabo Verde e Uberaba, além de produtores e trabalhadores rurais das localidades de Moçambo e Palmeia, em Muzambinho. Durante o Encontec, são debatidos temas ligados à produção de café, milho, algodão, #98

soja, utilização de herbicidas, adubação biológica e implementos agrícolas. Os participantes são levados para diversos ambientes nos quais são apresentadas pesquisas e inovações. Empresas da região aproveitam o encontro para expor seus produtos e experimentos aos produtores e fazer contato com os alunos que atuarão como profissionais. Segundo o professor Gustavo Botrel, um dos professores e organizadores do evento, “o principal objetivo do Encontec é trazer as novas tecnologias das empresas e os trabalhos dos alunos para o contato direto com os produtores e com os próprios estudantes”. A quarta edição do evento, organizada

pelos professores Ariana Vieira Silva, Felipe Campos Figueiredo e Gustavo Rabelo Botrel Miranda, ainda contou com o apoio da empresa júnior da Engenharia Agronômica. Segundo Rodrigo Moreira Albano da Silva, presidente da AGRIFORT Jr. a empresa visa “fazer mais Dias de Campo como esse para aproximar a Instituição dos produtores da região e, assim, criar uma relação de pesquisa e trabalho”. A organização também conta com o apoio dos alunos dos cursos de Engenharia Agronômica e Técnico em Agropecuária que participaram tanto das atividades como da organização do evento.


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Diversificação na agricultura familiar é tema de Dia de Campo

Estudantes promovem apresentações e debates sobre agropecuária para os produtores rurais

O curso de Engenharia Agronômica do Câmpus Muzambinho promoveu Dia de Campo sobre a diversificação na agricultura familiar. O evento consistiu numa dinâmica planejada na disciplina de Extensão

Rural, ministrada pelo professor José Marcos Angélico de Mendonça, na tentativa de contextualizar, na prática, o aprendizado em sala de aula e permitir maior contato dos futuros agrônomos, formados na instituição,

com os produtores rurais da região. Os produtores participaram de apresentações e debates com temáticas importantes da agropecuária. A dinâmica foi organizada e promovida pelos estudantes. #99


Eventos

Congresso de Apicultura e Meliponicultura Mercado do mel é debatido durante evento O Congresso Mineiro de Apicultura e Meliponicultura reuniu pesquisadores renomados de todo o Brasil e também de outros países, no Câmpus Muzambinho. Nas conferências e discussões científicas, os participantes tiveram a oportunidade de entrar em contato com nomes de referência da área como os professores Lúcio Campos (UFV), Marilda Laurino (USP-SP) e Fernando Silveira (UFMG). Além disso, dos 15 minicursos oferecidos, dois foram ministrados por pesquisadores da Colômbia e dos Estados Unidos. “O congresso foi montado visando à melhoria da qualidade do apicultor, com a oferta de vários cursos de capacitação. A tônica foi voltada para os minicursos, mas tivemos palestras importantíssimas sobre a preservação de abelhas indígenas e melhoramento genético com a parte de própolis, assuntos essenciais para alavancar a apicultura nacional”, destacou o docente da Universidade Estadual de São Paulo (USP) – Ribeirão Preto e presidente da comissão científica, Ademilson Espencer. Os participantes puderam se envolver com atividades práticas e visitas técnicas, como o grupo que participou do minicurso #100

O congresso foi montado visando à melhoria da qualidade do apicultor, com a oferta de vários cursos de capacitação “Meliponicultura para a terceira idade”. Eles visitaram a propriedade rural do senhor Lázaro Donizetti Pinto, localizada nas redondezas do Câmpus Muzambinho. No local, existem 60 colmeias de abelhas sem ferrão, como a iraí, mandaçaia, jataí e boca-de-sapo, que utilizam pedaços de bambu, troncos de árvores e cabaças como suporte para a produção de mel. Durante a visita, os pesquisadores Fernando Silveira e Weyder Santana (UFV) capturaram exemplares de abelhas para estudo das espécies.

O mercado de mel e as inovações na área de apicultura e meliponicultura também tiveram espaço nas atividades do congresso. Na feira organizada ao lado do ginásio poliesportivo, quatro empresas participaram, expondo equipamentos, utensílios e produtos apícolas utilizados na alimentação, em tratamentos estéticos e medicinais. Para o presidente da Confederação Brasileira de Apicultura (CBA), José Gumercindo Cunha, realizar eventos de forma itinerante é importante para a comunidade ter acesso ao que está sendo discutido na academia. Ele falou ainda sobre o crescimento do mercado interno de mel, que tem recebido apoio de ações governamentais, como a inserção do produto na merenda escolar. Essa expansão foi confirmada pelo produtor de abelhas-rainha Robson Sousa Raad, que veio da cidade de Faria Lemos (MG) especialmente para o congresso. Em 2010, ele coordenou, com o apoio do Sebrae, um trabalho em Sinop, no Mato Grosso, com um grupo de produtores, no qual o recorde mundial de produção de mel foi batido. Eles conseguiram produzir uma média de 86 quilos de mel por colmeia/ano, ultrapassando o recorde anterior, de 69 quilos colmeia/


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ano, que pertencia ao Canadá. Segundo Robson Raad, a média brasileira é bem inferior ao recorde mundial e gira em torno de 15 a 25 quilos de mel por colmeia/ano. O IV Congresso Mineiro e o I Simpósio de Apicultura e Meliponicultura de Minas Gerais foi realizado em agosto de 2011, em parceria com a

Associação dos Apicultores de Muzambinho (Apimuz), a Universidade de São Paulo (USP - Ribeirão Preto) e o Sebrae-MG. A Federação Mineira de Apicultura (FEMAP), a Fundação de Apoio à Educação Tecnológica (Faet) e a Prefeitura Municipal de Muzambinho participaram como instituições apoiadoras.

Atividades promovidas durante o Congresso Mineiro de Apicultura e Meliponicultura realizado no Câmpus Muzambinho

#101


Eventos

Vitrine do Milho firma-se como evento referência no sul de MG

Evento reuniu produtores, empresas e alunos para discutirem sobre a produção de milho no Sul de Minas

A Vitrine do Milho é um evento que promove a discussão sobre o plantio e colheita, bem como as novas tecnologias aplicadas nesta cultura. Em 2014, chegou à sexta edição, reunindo uma série de parceiros e centenas de visitantes no Centro de Excelência do Café, em Machado. Organizada pela coordenadoria de extensão do Câmpus Machado, com apoio da FADEMA, Emater, Coetagri e Coopama é voltada a produtores, #102

estudantes e pesquisadores. Na última edição, a vitrine discutiu a importância da segunda safra de milho no Sul de Minas, por meio de uma palestra ministrada pelo produtor e técnico em agropecuária, Cláudio Issamu Okada, juntamente com o engenheiro agrônomo, Victor Lucas de Almeida. A cada ano, após os debates, os visitantes são divididos em grupos e, em sistema de rodízio, visitam os estandes das empresas, conhecendo seus

produtos, maquinários etc. Os visitantes participam de um café da manhã e de um almoço oferecido pelo câmpus gratuitamente. Para o então coordenador geral de extensão de Machado, professor André Delly, “a importância da Vitrine é trazer alternativas para o produtor rural e meios de enfrentar o clima desfavorável. Além disso, o estudante vivencia problemas e soluções que enfrentará no mercado de trabalho”.


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Encontro “Trânsitos e Vivências” discute caminhos da educação

Alunos e representantes do cursinho pré-vestibular comunitário Núcleo Dércio Andrade/Educafro

Discutir os caminhos e possibilidades da educação, a partir das ações afirmativas foi o objetivo do 1º Encontro Trânsitos e Vivências promovido e coordenado pelo professor de língua portuguesa, Luiz Henrique Novaes. O evento, realizado em março de 2014, reuniu alunos e representantes do cursinho pré-vestibular comunitário promovido pelo Núcleo Dércio Andrade/Educafro. O Núcleo promove cursos pré-vestibular em Passos, há 15 anos, atendendo a estudantes afrodescendentes e de baixa renda para inserir e garantir permanência em universidades. O trabalho na instituição é totalmente voluntário, contando com coordenadores e professores, que se dispõem a trabalhar a partir do Movimento Negro. De acordo com o professor do IFSULDEMINAS, Luis Henrique Novaes, a troca de vivências entre os participantes é importante

para orientar os alunos sobre as possibilidades que a educação oferece. “É fundamental conhecer melhor as políticas de ações afirmativas para que o direito seja realmente efetivado junto àqueles que precisam”, comentou. O professor Danilo Vizibeli apresentou a história da Educafro ressaltando a importância do trabalho voluntário para a manu-

É fundamental conhecer melhor as políticas de ações afirmativas para que o direito seja realmente efetivado junto àqueles que precisam

tenção do curso. “Hoje atendemos a uma turma de 45 alunos, mas damos suporte a mais de 80 estudantes, considerando os que já estão cursando universidade”, destacou. O cursinho preparou mais de 10 alunos para universidades federais e mais de 150 alunos para faculdades particulares, além de ter dois alunos em universidades cubanas. Tiago Henrique dos Santos foi aluno do cursinho e como conseguiu concluir o curso de história, trabalha voluntariamente na ONG como professor. “Não vejo como um trabalho e sim como um prazer, pois acredito na educação e é extremamente gratificante devolver a ONG, o que ela me proporcionou”, comentou. O Encontro possibilitou aos alunos, o esclarecimento de dúvidas sobre as ações afirmativas, auxílios, além de bolsas específicas para pesquisa e extensão dentro das instituições de ensino. #103


Eventos

Passos para a Moda Evento apresenta produção dos alunos do curso Técnico em Vestuário do Câmpus Passos

Discentes criam modelos utilizando materiais alternativos

As expressões criatividade e originalidade descrevem com exatidão a primeira Edição do Passos para a Moda, evento promovido pelo curso Técnico em Vestuário do Câmpus Passos. Considerada como a Semana da Moda, o evento reuniu os trabalhos dos alunos do primeiro e terceiro período do curso, a partir da temática “Desafios à Criatividade”, proposta pelo trabalho de montar um vestido de festa com materiais alternativos que pudesse “vestir”. “Os trabalhos ficaram tão impressionantes que mereciam uma exposição e um desfile digno da criatividade dos alunos”, explica a professora Maria Concebida Pereira. Num trabalho interdisciplinar e multidisciplinar, o evento reuniu também a criatividade dos alunos do curso Técnico em Comunicação Visual para criar a identidade do “Passos para #104

a Moda”. Foi realizado um concurso interno para a elaboração da logo que seria utilizada na divulgação. O evento foi realizado em junho de 2013 e reuniu mais de 600 pessoas para prestigiar o desfile, com a apresentação da coleção elaborada pelos alunos, a partir da utilização de materiais alternativos. Entre os destaques, o desfile apresentou um vestido feito com papel sulfite e outro com folhas de uma árvore do próprio câmpus. A aluna Rosemere de Barros Silva teve a ideia de criar o vestido formado por folhas de árvore, durante o intervalo das aulas, quando observava as folhas caídas no chão. “A saia era composta por folhas que receberam verniz para serem impermeabilizadas e foram costuradas ao forro e para o

corpete utilizei embira de bananeira”, disse. O 1º Passos para Moda teve ainda um workshop de fotografia em moda com o fotógrafo Janildo Carneiro, oficina de lembrancinhas de feltro com a professora Lucília Lemos e Maria Bernardete Carvalho, oficinas de bolsas em tecido em tecido com a professora Jussara Teixeira, além da palestra, “Como não ser mais um na multidão”, ministrada por Ricardo Roque Corrêa. Para a organizadora, Maria Concebida Pereira, o Passos para Moda mostrou o interesse dos alunos pelo desafio proposto. “Tivemos peças belíssimas que impressionaram pela criatividade e inovação quanto à matéria-prima utilizada. É importante valorizar as produções e incentivar a perspicácia dos alunos”, comentou.


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Semana da Terra e Indústria mobiliza alunos Além de palestras, Sematri promove atividades esportivas e culturais

Alunos participam de atividades durante a 1ª Sematri no Câmpus Muzambinho

Em junho de 2013, o Câmpus Muzambinho promoveu a 1ª Sematri – Semana da Terra e Indústria dos cursos Técnicos em Agropecuária e em Alimentos e reuniu mais de 30 palestrantes. A abertura do evento, realizada no Poliesportivo do câmpus, contou com a presença do diretor-geral, Luiz Carlos Machado Rodrigues, do prefeito de Muzambinho, Ivan de Freitas, do pró-reitor de Extensão, Cléber Ávila Barbosa, do presidente do Grêmio Estudantil, Luiz Henrique Assunção, do presidente da Cooperativa-Escola e representante dos líderes noturnos, Washington Pereira, Representante dos Líderes Diurnos, Maique Isidoro, sargento da Polícia

Militar, Rezende, representante do coordenador de Alimentos, Priscila Loyola, de coordenadores dos cursos, professores e alunos. Na ocasião, o presidente do Grêmio, Luiz Henrique Assunção, agradeceu aos professores, ao diretor-geral e aos colegas pela ajuda e confiança, citou os desafios que passou durante a organização do congresso e destacou que a semana foi realizada para os alunos e que estes devem aproveitar cada palestra e atividade desenvolvida. O evento foi organizado pelo Grêmio Estudantil e teve como parceiros a Coopam e a coordenadoria dos cursos. O diretor-geral destacou a liderança dos alunos, do Conselho, da Cooperativa e do Grêmio. Disse que o Insti-

tuto continua aceitando “novas propostas de parcerias e está com as portas abertas para trabalhos em conjunto”. Ainda segundo Luiz Carlos, “através desse trabalho de liderança exercida na instituição, os alunos se tornarão líderes na sociedade”. Foi realizada uma apresentação do grupo de dança do Câmpus Muzambinho e uma palestra motivacional de Fábio Fernandes. A Sematri abordou temas como atividades de extensão rural, agricultura de precisão, alimentos, adestramento de cães, dentre outros. Além de minicursos, houve atividades culturais e jogos de futsal adaptado, voleibol de quadra, bete, truco e uma gincana cultural. #105


Eventos

Agroecologia Câmpus Machado dissemina cultura de produtos orgânicos entre produtores e consumidores da região

1º Encontro de Agroecologia expõe produtos orgânicos

Machado tem se firmado como referência em agroecologia no Estado, graças a seus projetos de intervenção, pesquisa e extensão universitária. Um Núcleo de Estudos, o NEAPO, foi criado e atua diretamente nestas ações. Uma delas foi o 1º Encontro de Agroecologia do Sul de Minas, voltado a produtores, pesquisadores, empresas e comunidade em geral. A edição do evento reuniu mais de 600 pessoas e foi marcada por uma série de palestras, mesas redondas, visitas a estandes de empresas e organizações, além de diversas apresentações culturais. Uma das discussões foi sobre a Agroecologia e os Institutos Federais: novos e conjuntos desafios, numa palestra ministrada pelo professor do IFSULDEMINAS, Dr. Sérgio Pedini. Ele destacou que “o Instituto Federal é uma agência de fomento ao crescimento #106

sul mineiro e que a região pede alternativas agroecológicas. Em Minas, são 11 universidades federais, cinco Institutos e um Cefet, muito mais que em diversos estados. Por isso, é importante que haja maior integração entre as instituições para o desenvolvimento de projetos”, defendeu. Brasil é um dos maiores consumidores de agrotóxicos do mundo O ensino e a agroecologia foi o tema de uma das mesas redondas, que reuniu docentes e pesquisadores da Universidade Federal de Lavras, do IF Sudeste e Embrapa. Pesquisas e dados apresentados pelo Dr. Eli Lino de Jesus, do IF Sudeste – Câmpus Rio Pomba, mostraram o país como o maior consumidor mundial de agrotóxicos, mesmo não sendo o maior produtor de alimentos. De uma lista dos 10 mais contaminados, o

pimentão ocupou o primeiro lugar. Dr. José Maria Gusmân, representante da Unicamp e Embrapa, falou do controle das grandes empresas sobre a produção de sementes e dos riscos do consumo pelo excesso de agrotóxicos. “A agroecologia, como ciência em construção, é uma resposta crítica ao modelo de agricultura convencional”. Os pesquisadores destacaram, ainda, que o produto orgânico não deve ser benefício de poucos, mas de toda a sociedade. A certificação, os custos de produção, economia e o mercado também entraram em debate. Segundo o docente Walnír Gomes Júnior, do Câmpus Machado e mediador dos trabalhos, “é necessário discutir as ideias que a agroecologia possui e a importância desse tipo de produção. O grande papel da educação é formar cidadãos completos. Apresentando uma nova visão aos estudantes, eles poderão escolher


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os rumos profissionais que desejam. Precisam estar conscientes de que existem duas possibilidades de cultivo.” Dezenas de oficinas Cinquenta e sete oficinas foram realizadas durante o evento, num total de 25 temas. Entre eles o uso de inimigos naturais para controle biológico, desafios na produção de café orgânico etc. Uma equipe de Santa Catarina, do Instituto Casa Viva, viajou 18 horas para ministrar um curso sobre sistemas sustentáveis. Falaram sobre tratamentos de efluentes domésticos, a reutilização de caixas de leite para produção de mantas térmicas e da construção de tijolos de barro com tecnologia alternativa. O Instituto é uma organização não governamental, que tem como sede uma casa ecológica, localizada no interior da cidade de Caçador. “Fundamos a ONG para educação ambiental e consultoria de empresas, além do apoio a organizações engajadas nas causas socioambientais. Mostramos que é possível ter sistemas sustentáveis dentro do próprio lar”, explicou Alfredo Fuchs, integrante do grupo. Atividades Culturais Os visitantes conferiram diversas ações culturais, com danças e ritmos brasileiros com o grupo Oro Ari, da UNESP. Houve apresentações musicais, moda de viola e até o hino nacional brasileiro recebeu uma interpretação especial, realizada com sanfona e viola.

Marias da Terra O encontro teve a participação das integrantes do projeto “Marias da Terra”, que comercializaram produtos orgânicos como pães, roscas, tortas e outros produtos. Elas ficaram famosas ao participar do programa Mandando Bem, do apresentador Luciano Huck. Também houve espaço para barracas com hortaliças, frutas, feijão e doces orgânicos de produtores regionais. Os participantes conferiram, ainda, a apresentação de novas técnicas de adubação, controle biológico de cigarras entre outras atividades demonstradas por empresas especializadas.

Extensão rural - foco nos agricultores regionais Uma mesa redonda sobre Extensão Rural em Agroecologia e experiências consolidadas foi voltada aos produtores regionais. Participaram representantes da Emater, Embrapa, Fundação Instituto de Terras de São Paulo e do Câmpus Inconfidentes. Eles trouxeram as experiências que desenvolvem junto aos agricultores, na busca de sistemas produtivos sustentáveis, milho orgânico e os desafios para a substituição de insumos agroquímicos e biológicos. De acordo Luiz Octávio Ramos Filho, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente de Jaguariúna (SP), “a agroecologia necessita de todos os conhecimentos. Deve existir uma troca de saberes. Os agricultores não só recebem conhecimentos dos técnicos, mas também transmitem o que sabem.”

Troca de experiências Os desafios da produção e do mercado orgânico, bem como suas potencialidades e as experiências adquiridas foram apresentados por meio de relatos de representantes do MST – Assentamento Santo Dias, da cidade de Guapé. Também participaram membros da Associação de Orgânicos de Poço Fundo, Organização Controle Social – Terra Viva Carlos Lamarca e do Assentamento de Bela Vista, além das Marias da Terra. Com práticas agroecológicas, as “Marias” superaram as dificuldades de conseguir uma boa produção. “Com as técnicas orgânicas vimos que podemos plantar sem insumos químicos. Percebemos a diferença do produto e conquistamos os consumidores. Plantamos primeiramente para nós mesmas e comemos um alimento saudável e rico em nutrientes. Mas, também, oferecemos essa qualidade aos nossos clientes, explicou Maria Irleide. Para a coordenadora do Núcleo de Estudos em Agroecologia e Produção Orgânica (NEAPO) e uma das organizadoras do encontro, professora Lêda Gonçalves Fernandes, “o resultado foi muito positivo. Conseguiu-se reunir dentro do Instituto Federal várias instituições de pesquisa, assistência técnica e extensão rural. Também trouxemos os alunos, produtores e a comunidade para discutir a agroecologia e sua importância na produção de alimentos saudáveis e na prática de uma agricultura sustentável”.

#107


Eventos Inovação e tecnologia. Apesar de estarem presentes no cotidiano dos brasileiros, são duas palavras que ainda causam estranheza em muitas pessoas, porque, no Brasil, pouco ainda se fala em pesquisa e extensão nas escolas.

Semana de Ciência, Tecnologia e Cultura O conhecimento ao alcance de todos

O astronauta brasileiro Marcos pontes durante a abertura do evento

Neste cenário, onde determinados temas parecem assuntos de cientistas, os Institutos Federais mostram o quanto essas situações estão ligadas ao nosso dia a dia, em qualquer área de atuação. O Câmpus Pouso Alegre, desde 2012, através de sua equipe de Pesquisa e Extensão, promove a Semana de Ciência, Tecnologia e Cultura como forma de integrar os alunos, os professores e a comunidade de uma forma geral. Por meio de palestras temáticas e minicursos, os participantes aprendem um pouco do que é o mercado de trabalho, do que é tecnologia, pesquisa e extensão. Em 2013, o evento teve a participação do astronauta brasileiro, Marcos Pontes que falou #108


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sobre “a Primeira Missão Espacial Brasileira”. A Semana também trouxe palestras nas áreas de química, administração, segurança do trabalho, informática e agropecuária, com enfoque para o mercado de trabalho, processos industriais, prevenção de incêndios, inseminação artificial, arranjos produtivos locais, jogos de informática, cadeias produtivas da construção civil, biocombustível, robótica e novas tecnologias na produção do morango. Quem participou da Semana de Ciência,

A nossa Semana de Ciência, Tecnologia e Cultura vem justamente convergir com todas as áreas em que nós atuamos e mostrar aos alunos a importância desse desenvolvimento, além dar a oportunidade para que apresentem novas técnicas e ideias que venham a

NASA-ESA

agregar conhecimentos

Tecnologia e Cultura aprovou. “Nessas palestras, tive a oportunidade de um crescimento teórico e prático. Saímos daqui revestidos de conhecimentos para atender o mercado lá fora”, ressaltou o técnico em agropecuária Elcino dos Santos. “Não imaginava o comprometimento da Instituição Federal na busca do conhecimento, de trazer o aluno para a realidade de hoje”, disse a estudante de administração Flávia Andrade. Para o diretor-geral do Câmpus Pouso Alegre, Marcelo Bottazzini, o evento deu aos participantes a oportunidade de ampliar a visão que possuem sobre ciência e tecnologia. “A nossa Semana de Ciência, Tecnologia e Cultura vem justamente convergir com todas as áreas em que nós atuamos e mostrar aos alunos a importância desse desenvolvimento, além de dar a oportunidade para que apresentem novas técnicas e ideias que venham a agregar conhecimentos.”

Exemplo de Superação Menino pobre, na periferia de Bauru, interior de São Paulo, filho de servente de serviços gerais e escrituraria da Rede Ferroviária. Assim, foi a infância de Marcos Pontes, o primeiro astronauta brasileiro. Aos 14 anos, conseguiu o primeiro emprego como eletricista aprendiz da Rede Ferroviária, para poder ajudar em casa. Começava aí a sua carreira profissional. Pela manhã fazia um curso técnico, à tarde trabalhava e a noite fazia outro curso técnico. O sonho de voar o levou a ingressar na Força Aérea Brasileira. Foram quatro anos até se formar oficial aviador. Fez diversos cursos de carreira de piloto e prestou o vestibular no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) para Engenharia Aeronáutica. “Somei a parte operacional de piloto com a parte de engenheiro e me tornei o primeiro piloto de testes do Brasil. Com isso, voei com a Força Aérea, a Marinha Americana e a Força Aérea Russa”. De volta ao Brasil, fez mestrado em Otimização de Trajetórias Orbitais e outro, no exterior, em Engenharia de Sistemas, além de doutorado na mesma área que não conseguiu terminar porque, nesta época, o Brasil entrou no Programa da Estação Espacial Internacional e precisava selecionar um astronauta. Marcos Pontes prestou o concurso e foi selecionado. Passou a morar em Houston (EUA), integrando o grupo de 98 astronautas. Após dois anos, formou-se Especialista em Missão, um tipo de astronauta profissional, responsável pela manutenção da espaçonave. Em 2005, foi escalado para realizar a primeira missão brasileira, que aconteceu em 2006. “Vou dizer uma coisa que a minha mãe me falava. Ela me dizia: Marcos, você consegue ser o quiser na vida desde que você estude, trabalhe, persista e sempre faça a mais do que esperam de você. Essas quatro coisas, juntas, tem um poder gigantesco. Para todos os jovens, não importa o que eles queiram fazer na vida, por mais impossível que pareça, essas quatro coisas são a maneira como você transforma, o que a maioria das pessoas acha impossível, em realidade”. #109


Eventos

Fazenda-Escola no 1º Rotary Bike Evento reuniu quase 200 ciclistas em Inconfidentes

Ciclistas pedalam na fazenda-escola

Cerca de 200 atletas, entre crianças e adultos, participaram do 1º Rotary Bike promovido pelo Rotary Clube de Ouro Fino, em parceria com o Câmpus Inconfidentes, e com as prefeituras municipais das duas cidades, além do apoio da Rádio Difusora Ouro fino e Inconfidentes FM, Polícia Militar e Associação Comercial de Ouro Fino. O passeio ciclístico, realizado em abril de 2014, foi feito em um percurso de 20 quilômetros, partindo do pátio do Mercado Municipal de Ouro Fino, com destino até a Fazenda-Escola e retorno ao pátio do Mercado. “O objetivo foi proporcionar à sociedade uma opção de lazer, integração e divulgar a bicicleta como meio de transporte ecologicamente correto, na perspectiva da sustentabilidade”, avaliou um dos organizadores e professor do IFSULDEMINAS, Claudino Ortigara. De acordo com o docente, os recursos arrecadados com a realização do passeio foram #110

revertidos pelo Rotary para o banco de cadeiras de rodas. “Os participantes contribuíram com uma taxa de R$ 10,00 e esses valores foram investidos no banco de cadeiras de rodas. As pessoas que necessitam desses serviços

O objetivo foi proporcionar à sociedade uma opção de lazer, integração e divulgar a bicicleta como meio de transporte ecologicamente correto, na perspectiva da sustentabilidade

devem procurar o Rotary, a fim de que suas necessidades sejam atendidas”, explicou. Debaixo de sol forte, os participantes contaram com o apoio de van e de caminhão para transportar as bicicletas e aqueles que fossem tomados pelo cansaço. Orientados por guias e monitores, às 9h30, os ciclistas deixaram o pátio do mercado, passaram pela Rua Treze de Maio e atingiram a saída para o Bairro Tanque, até a divisa do município de Inconfidentes. Na zona urbana, os “aventureiros” percorreram a Rua Cláudio Manoel da Costa, contornaram a Praça Tiradentes, seguindo pela Avenida Alvarenga Peixoto até à Rua Sargento Mor Toledo Pizza e chegaram à Fazenda-Escola, sendo recebidos pela organização com água, sucos, frutas e iogurtes. Depois de quase uma hora de descanso, tomaram a direção do abatedouro e alcançaram a antiga estrada que liga Inconfidentes a Ouro Fino, retornando ao pátio do Mercado Municipal.



Nossos Câmpus Passos

Câmpus Câmpus Avançado Reitoria/Câmpus Muzambinho

Machado

Três Corações

Poços de Caldas

Carmo de Minas Inconfidentes

Pouso Alegre

Reitoria

Av. Vicente Simões, 1111 - Nova Pouso Alegre - Pouso Alegre - Fone: 35 3449-6150

Inconfidentes

Praça Tiradentes, 416 - Centro - Fone: 35 3464-1200

Machado

Rod. Machado-Paraguaçú, km 3 - Santo Antônio - Fone: 35 3295-9700

Muzambinho

Est. Muzambinho, km 35 - Morro Preto - Fone: 35 3571-5051

Passos

Rua Mário Ribola, 409 - Penha II - Fone: 35 3526-4856

Poços de Caldas

Av. Dirce Pereira Rosa, 300 - Jardim Esperança - Fone: 35 3713-5120

Pouso Alegre

Est. Aeroporto, 1730 - Jardim Aeroporto - Fone: 35 9973-2577

Carmo de Minas

Alameda Murilo Eugênio Rubião, s/nº - Fone: 35 9851-2695

Três Corações

Rua Cel. Edgar Cavalcanti de Albuquerque, 61 - Fone: 35 3232-9494


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