Música Cristã e Sonorização, 20

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+third day=70 mil pessoas álvaro tito está de volta

jesus vida verão

a n o 4 • n º 20

R$ 8,90

direito

novos equipamentos, bastidores, crítica de cd’s, agenda de shows e as 10+ tocadas no brasil

música gospel busca inclusão nas leis de incentivo à cultura

ficha técnica

Conheça as etapas do processo de gravação de um cd

pai do canto congregacional brasileiro revela fatos inéditos acerca de sua vida e de seus 35 anos de ministério

asaph BORBA

Onde está o produtor? Faltam profissionais experientes no meio gospel



asaph

nesta edição

setup

objetos inseparáveis de téo dornellas

Com 35 anos de ministério, 69 discos GRAVADOS e mais de 2 milhões de cópias vendidas, Asaph Borba – o pai do canto congregacional brasileiro – revela fatos inéditos, acerca de sua vida e ministério

O mercado de produção de espetáculos de música gospel sofre com a falta de profissionais qualificados

48 especial onde está o

18 38 produtor? Jesus 44 vida verão +third day ficha técnica Da escolha do 22

direito

música cristã em busca de reconhecimento perfil

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o retorno de Álvaro tito

música cristã & sonorização |||||||

repertório a masterização. Conheça as etapas do processo de gravação de um trabalho fonográfico, e saiba quanto custa em média gravar um CD

as 10+ Bruna Karla e DAMares

primeiro lugar nas princiipais rádios do RIO DE JANEIRO, porto alegre, são paulo e belo horizonte.

fevereiro / março 2011

6 7 8 14 16 20 26 40 52 56 60 61

social twitterland sonoras igreja por dentro: quando tamanho faz a diferença

cifras bastidores:

quatro mais no Adoradores Vivendo em Cristo

perfil: Igl3sias estudio:

nosso som, bh

equipamentos crítica cd’s as 10+ agenda

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Ela está linda! D

izem que editor de revista e pai de menina tem ao menos uma coisa em comum. Ambos são fãs incondicionais e eternos apaixonados por suas filhas, o que convenhamos, é de se concordar. A minha é adotada, mas depois de participar da reformulação gráfica e editorial de suas 64 páginas, já me sinto como se fosse pai biológico. Afinal de contas, está na cara que ela tem o meu DNA. 4 aninhos, 20 edições, mais de 30 mil leitores espalhados por todo o Brasil e um futuro brilhante pela frente é o currículo desta menina chamada Música Cristã & Sonorização que a partir desta edição terei imenso prazer em editar. As intermináveis noites, regadas a café e boa música - mas claro, acompanhadas do grande amigo e super designer Igor Guedes - começaram cedo, já na elaboração do projeto gráfico e editorial, que sim ou sim, deveria nascer em tempo recorde, para não quebrar o cronograma que sempre insiste em nos amedrontar. O desafio de gerenciar online uma equipe de jornalistas e colaboradores, trabalhando em diversas cidades do Brasil e do exterior, também não teria sido possível sem a ajuda do grande jornalista Celso Francisco, que agora deixa a editoria da MCS e Revista Igreja para coordenar as reportagens de todos os veículos do grupo EBF Eventos & Comunicação. A insônia se potencializou ainda mais, quando descobri que a capa desta edição seria uma entrevista completa com ninguém menos do que Asaph Borba, uma lenda viva do canto congregacional evangélico, que apesar de morar tão próximo, ainda não tinha tido o prazer de conversar pessoalmente. Entrevistá-lo , foi como fazer uma viagem no tempo; como reviver um passado impregnado de boas sensações. Da infância à juventude, suas composições marcaram épocas em minha vida e ao reescutar suas músicas, situações memoráveis vieram à tona. Meus primeiros acordes no violão, a colônia de férias lotada de crianças, meu batismo aos 9 anos de idade, a participação nos juniores e no coral de jovens, são apenas alguns dos bons momentos que suas canções me fizeram lembrar. Adoração, amor, unidade, perdão, mas também confronto são sentimentos que suas composições despertam em mim. É impossível passar batido por [...] Tanta coisa tenho feito / para o meu próprio prazer / tenho andado a procura / do meu próprio bem viver / enquanto existe tanta gente / ansiosa por aí / não te conhecendo assim como eu conheço a ti [...] É. Ter Asaph Borba na capa da primeira edição sob minha editoria, não foi só um privilégio; mas, definitivamente um grande presente de Deus. Temos muito a aprender com este homem. A MCS está aí. De cara nova, com mais páginas, novas editorias, matérias super bacanas, coberturas de eventos, agenda de shows, as 10 mais tocadas, twitterland, colunistas pra lá de capacitados, e claro, o destaque que vai para o espaço “Crítica de lançamentos de CDs” assinado pelo talentosíssimo batera e publicitário Fernando Garros.

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30 mil exemplares

GRÁFICA BANDEIRANTES

MÚSICA CRISTÃ E SONORIZAÇÃO é uma publicação da EBF Comunicações em parceria com a editora Minuano. Edição 20 • fevereiro e março de 2010

Redação e administração: Rua Otavio Passos, 190, 2º andar Atibaia, SP - CEP: 12.940-972 Telefones: (11) 4081-1760 editorial@ebfeventos.com.br MÚSICA CRISTÃ E SONORIZAÇÃO não se responsabiliza pelo conteúdo e pelos conceitos emitidos nos artigos assinados que não representam necessariamente a opinião da revista. É proibida a reprodução, total ou parcial, do material editorial publicado em MÚSICA CRISTÃ E SONORIZAÇÃO sem autorização prévia e documentada pela EBF Comunicações.

oziel alves, editor

Tem uma frase que diz assim: “críticar é fácil, fazer melhor é que difícil”. Não tenho dúvida de que ela é real, mas com esta equipe pegando junto; seja em Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro ou até mesmo no exterior, é certo que esta menina desfilará nas melhores passarelas.


twitterland @revistamsc

@felippevaladao •

Felippe Valadão

“O que eu quero dizer é que o Reino de Deus é tomado por esforço. Com frescura você nunca vai conhecer a vontade de Deus pra sua vida.” @ChrisDuranMCD

Chris Duran

“Devemos orar sempre. Não até Deus nos ouvir, mas até que possamos ouvir a Deus.”

@juninho_afram

Juninho Afram

“Eu penso que o maior assassinato que vem ocorrendo no Brasil é privar o brasileiro da educação. Guerra nos morros é só um reflexo disso.”

@zebrunoresgate

José Bruno

“Deus nos prospera sim, mas segundo a sua vontade e o seu plano, não segundo a ganância humana. Não posso perseverar naquilo que Deus não quer”

@luiz_Arcanjo

Luiz Arcanjo

“Prefiro ser criticado pelos sábios do que elogiado pelos tolos.”

@veronica_sacer •

Verônica Sacer

“Deus ainda está no controle! Ele ainda converte prisioneiros em príncipes (José), cativos em conselheiros (Daniel).” @pcbaruk •

Paulo César Baruk

“Olhe para a pessoa que está ao teu lado e diga: e aí beleza? se ela ficar brava, releve. Se sorrir, corra e de um abraço! Rsrs” @marianavaladao •

Mariana Valadão

“Os tropeços em nossa vida, não estão nas coisas grandes que fazemos, mas nas pequenas que deixamos de fazer!” @anapaulavaladao •

Ana Paula Valadão

“Agradeço por todas as vezes em que Deus me respondeu: Não. Chorei, esperneei, mas ao olhar para trás, vejo que Ele sempre soube o que era o melhor para mim.” @pregadorluo •

Pregador Luo•APC16

“Quer ser bem quisto? Então, seja mais impactante e menos implicante! Ninguém gosta de gente chata, nem elas mesmas.” @aline_barros •

Aline Barros

“Não duvide do poder de uma semente!” @bandaJo642 •

Jó642

“Que possamos orar pelas pessoas que precisam. A oração é um ato de amor sem pretensões nem trocas. É um ato de amor pleno.” @prkleberlucas •

Kleber Lucas

“Aí irmão, guarde esta verdade popular: camarão que dorme a onda leva.” @prantoniocirilo •

Antônio Cirilo

“A árvore quando está sendo cortada observa com tristeza que o cabo do machado é de madeira. Em 2011 escolha levantar os caídos.” música cristã & sonorização |||||||

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sonoras

“Aleluia” de Diante do Trono já é disco de Platina Durante um jantar entre o presidente da Som Livre, Leonardo Ganem e Ana Paula Valadão, líder do ministério Diante do Trono, o grupo recebeu Disco de Platina pela vendagem de 150 mil cópias do CD Aleluia. O DVD que segue no rastro do CD, já alcançou as 60 mil cópias vendidas.

PROTESTO

It’s Ok fecha parceria de distribuição com a OniMusic Onimusic e a banda catarinense It’s Ok celebraram parceria de distribuição. O álbum “It’s Ok – Sou Teu Desejo”, ainda sem previsão de chegada nas lojas de todo o Brasil, será o marco inicial do acordo de distribuição. Liderada por Matheus Schmitt a banda It’s Ok é formada pelos irmãos Matheus (Compositor, voz lead e guitarra), Lucas Schmitt, na guitarra, Fabiano Coelho (baixo, produção de vídeos), Dudu Stamm (bateria), Bárbara Tortelli (Back vocals e pianos) e Felipe Schmitt (violão e engenheiro de áudio). As influências musicais vêm do British Rock, com arranjos bem trabalhados, choros, efeitos e guitarras distorcidas misturadas a muita adoração.

Igreja Batista faz manifesto raivoso ao show do cantor Ozzy Osbourne nos EUA

Marcelo Aguiar escolhe repertório

“Deus odeia Ozzy Osbourne. Ele promove toda a podridão e rebelião que pode. Tem o rancor de chamar a igreja de Jesus Cristo de maligna por avisar a todos sobre o destino desse mundo arruinado”. Este foi o pronunciamento oficial da Igreja Batista de Westboro Kansas City (EUA) em um protesto realizado contra a realização de um show do metaleiro que aconteceu recentemente na cidade. Liderada pelo pastor Fred Phelps, a igreja usa uma paródia de “Crazy Train” falando sobre o quanto Ozzy é maligno. O cantor disse ter repudiado o uso de sua música por para promover “mensagens de ódio e maldade”. Antes de se fazer qualquer julgamento, ou a Igreja ou a Ozzy, é importante conferir um pouco da história do polêmico cantor, no Wikipédia.

Ao lado de Reinaldo Barriga, Es-

FOTO: REPRODUÇÃO

dras Gallo, Clovis Pinho, Minduca, o cantor Marcelo Aguiar começou a definir o repertório de seu mais novo CD. “Deus nos deu leFOTO: REPRODUÇÃO

tras maravilhosas, agradeço à Ele pelos louvores e o amor dEle que

é incondicional”.Esse será o quinto CD da carreira de Marcelo, sendo o primeiro pela gravadora Sony Music.

HELENA TANURE DEIXA DT Com retorno de Ana Paula Valadão ao Brasil, que deve acontecer no mês de maio, algumas mudanças estão sendo sentidas no Ministério Diante do Trono. Uma delas é a saída de Helena Tanure que deixa o grupo para se dedicar a família e aos filhos. A saída foi anunciada por Valadão, em tom de tristeza porém também de aceitação “Não tem sido um tempo fácil para nós, mas temos muita paz de que Deus está provocando todas estas mudanças. Junto com a saída destes irmãos preciosos percebemos que o Pai já estava nos dando também uma nova missão. Há alguns meses iniciamos um projeto de reforma no Ministério de Louvor de Lagoinha. Deus tem voltado nosso coração para dentro de nossa própria igreja. Acreditamos que Lagoinha tem o chamado de ser uma inspiração, e por isso, o que acontecer aqui, Deus poderá fazer refletir em muitas outras igrejas.” Ana Paula diz que o grupo Diante do Trono ficou menor, mas não significa que houve diminuição. “Acredito que Deus, em Sua sabedoria, está multiplicando esta unção, este amor, levando cada um que está saindo para ir além, assim como fez um dia com a Nívea, o André, a Mariana, e outros que já estiveram conosco e que hoje servem em tantas áreas do Reino”.

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Marcos Witt celebra 25 anos de ministério Já está decidido. Marcos Witt

Mudança na Banda Jó 42

comemorará os seus 25 anos de ministério com um grande gravação, no dia 25 de fevereiro de 2011, na na Igreja onde exerce o pastoreio da comunidade hipanica, a Lakewood Church em Houston, TX – USA. O CD co-

sonoras

FOTO: REPRODUÇÃO

memorativo terá a participação de Jesus Adrian Romero, Alex Campos, Crystal Lewis, Coalo Zamorano, Danilo Monteiro, Marcela Gándara, Marcos Barrientos e relembrará os seus 25 anos

O cantor e vocalista da banda Jó 42, comunicou, recentemente, seu afastamento do grupo. Vinícius Melo que também é um dos pastores do grupo de jovens da Igreja Batista Getsêmani, deixa o grupo para exercer carreira solo. “A banda Jó 42 continua, e com meu apoio. Afinal, fazemos parte do mesmo corpo, que é o Corpo de Cristo. Nós cinco continuamos nossos ministérios sob a autoridade do pastor Jorge Linhares e sob a cobertura da nossa igreja local, a Batista Getsêmani”, afirma Vinicius Melo. FOTO: REPRODUÇÃO

de carreira. Após a gravação do CD, que tem previsão de lançamento para o mês de julho pela Canzion, haverá uma grande turnê que deve passar por 25 cidades da América Latina, incluindo o Brasil no final de 2011, início de 2012. Uma caravana deve sair do Brasil para prestigiar o cantor. Interessados em participar do Concerto Comemorativo – 25 anos de Marcos Witt, na Lakewood Church - podem entrar em contato pelo email lidere@lidere.com.br e (11) 34784646.

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SONORAS

Pedala Edmar!

Cantor evangélico percorre 3 mil km de bicicleta para gravar seu primeiro CD O paraibano Edmar Souza, de 58 anos, tá dando o que falar. Há poucas semanas, subiu em sua bicicleta, ajustou sua bússola na direção de São Paulo e embarcou numa jornada de aproximadamente 3 mil kilômetros para tentar realizar seu sonho de gravar um CD. O itinerário que deve passar por cerca de 40 cidades, entre Teresina (PI) e São Paulo (SP) deve ser feito de bicicleta e carona quando for necessário. O que Souza quer com tudo isso? Nada de entrar para o livro dos recordes ou curtir as férias pedalando por belas paisagens. Declaradamente, o que Souza deseja mesmo é chamar a atenção de alguma gravadora para o seu talento e, claro, assinar o contrato tão esperado.

Desde 1990, quando se converteu, Souza sonha em gravar um CD com músicas evangélicas, porém a falta de recursos financeiros, sempre lhe impossibilitou de realizar este sonho. Se, contudo, a jornada lhe der o resultado que espera, promete doar parte do lucro da venda de seu CD para entidades carentes. Se o objetivo de Souza era chamar a atenção, o troféu já está garantido. O recado foi dado. Não há como negar, a ousadia extrapolou os limites da resistência e acabou ditando até mesmo o figurino do cantor. Edmar se vestiu de roupas feitas de tecidos que imitam peles de animais e tratou de garantir uma proteção contra o sol, com chapeuzinho de couro um tanto quanto démodé. “Fiz essa roupa e coloquei esse chapéu para chamar a atenção. Por onde passo as pessoas assoviam e mexem comigo”, afirma Edmar. Agora nos resta esperar para ver este trabalho que deve estar saindo do forno, literalmente, depois de muito suor. FOTO: REPRODUÇÃO

Entre a Fé e a Razão alcança 40 mil cópias

André Valadão é um fenômeno de vendas, de público, de que não dizer. Sempre sorridente, este mineiro carrega no sobrenome o peso de ser de uma das famílias mais conhecidas da música evangélica sul-americana. Mas ele soube muito bem trilhar o seu próprio caminho, já há algum tempo. Em 2010, Valadão protagonizou a mais bem sucedida turnê até agora de sua carreira, tocando para mais de 1 milhão e meio de pessoas, contabilizando mais de 350 mil conversões a Cristo, em 200 cidades. Além de passar por todo o Brasil, Estados Unidos e até Japão, a turnê também prestigiou igrejas, eventos, congressos, seminários, feiras e eventos, levando sempre a Palavra de Deus por meio da música. Para 2011, “tudo será maior e melhor cuidado” afirma André, que põe o pé na estrada para divulgar o seu novo trabalho, “Minhas Canções” que acarretará na gravação do DVD ao vivo já para o primeiro semestre deste ano.

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FOTO: REPRODUÇÃO

audiência e de pessoa, por

O álbum Entre a Fé e a Razão, primeiro do Ministério Trazendo a Arca pela Graça Music, alcançou a marca de 40 mil cópias vendidas em menos de 10 dias após o lançamento. “Ficamos felizes com a notícia do Disco de Ouro. É sempre uma alegria ver que o nosso trabalho já alcançou tantas pessoas. Agradeço a todos que oram por nós e vibram conosco a cada vitória. Muito obrigado!”, disse Ronald Fonseca, produtor musical do grupo e integrante do Ministério.

TALITA PAGLIARIN COM NOVO CD Neste início de ano, Talita Pagliarin já se encontra trabalhando nos primeiros preparativos para o seu próximo CD. Dessa vez, a produção ficará a cargo de Esdras Gallo, produtor, arranjador e saxofonista. O novo álbum, ainda sem título definido, será gravado ao vivo e com lançamento marcado para o segundo semestre de 2011. Talita diz que está muito feliz, pois tem vivenciado novas experiências com Deus: “- Isso tem influenciado diretamente nesta fase em que estamos escolhendo as músicas que farão parte do próximo álbum, pois temos recebido muitas composições, e tenho buscado letras que estejam diretamente alinhadas com a Palavra de Deus.

FOTO: REPRODUÇÃO

Nova turnê de André Valadão tenta superar o sucesso de “Fé”


SONORAS

Nádia Santolli repaginada A cantora Nádia Santolli prepara-se para lançar seu primeiro trabalho pela Sony Music. Na primeira semana de março, o CD “Por Toda a Parte” chegará às lojas de todo o país. A novidade deste relançamento é a inclusão da canção “És Tudo pra Mim” que inicialmente fez parte do repertório do CD “Sorria” da Comunidade das Nações de Brasília, igreja da qual Santolli faz parte. O material gráfico, produzido pelo designer Carlos André Gomes, conseguiu destacar-se em meio a toda riqueza musical do projeto. “Fiquei muito bem impressionado com a qualidade das fotos e com o resultado final do projeto gráfico. Houve uma perfeita sinergia entre o designer, a fotógrafa e a artista. Acho que este é um dos projetos gráficos mais bonitos que lançamos nos últimos tempos! Ficou tudo muito caprichado!”, comentou Mauricio Soares, executivo da Sony Music.

Ele Não Desiste de Você, novo álbum de Marquinhos Gomes

Com mais de cinco milhões de cópias vendidas em todo o País, o álbum Ele não desiste de você é o nono da carreira do cantor Marquinhos Gomes e marca seu retorno às paradas. Marquinhos, que participou do grupo Altos Louvores, ficou nacionalmente conhecido ao partir para a carreira solo. Logo, revelou talento acima do esperado e viajou por dezenas de cidades e países. Suas apresentações são sempre marcadas por multidões, seu público fiel. O álbum de maior sucesso do cantor foi O Rei da glória, cujas vendas ultrapassaram a casa de 1 milhão de cópias. Esse fenômeno rendeu a Marquinhos o título de “cantor do século”, conferido pela mídia nacional. Marquinhos Gomes, além de compor a maioria de suas canções, tem muitas de suas composições gravadas por grandes intérpretes da música cristã. Entre eles, estão Fernanda Brum, Aline Barros, Carlinhos Félix e Marina de Oliveira. O talento deste cantor carismático sai da fronteira gospel e alcança o gosto de pessoas de diversos segmentos, que reconhecem a sua qualidade musical e a unção divina que fazem diferença em sua carreira. Reconhecido também, e principalmente, por tocar de modo admirável o seu saxofone, Marquinhos ficou quatro anos sem gravar. Agora, porém, chega como produtor musical do seu novo álbum, cujo selo é a Sem Limites Produções, de propriedade sua. Com 13 faixas, a maioria assinada pelo cantor, revelando o melhor da música pop gospel, o CD tem sonorização acústica e acompanhamento de muitas cordas. Ele não desiste de você apresenta um clima de ambientes musicais norte-americanos, mas com a forte identidade de Marquinhos. música cristã & sonorização |||||||

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o levita

ALE X ANDRE MALAQUIAS

Louvar é bem mais... Exerço o ministério de louvor a mais de 20 anos, e aprendi coisas muito importantes nesse tempo, no que diz respeito ao louvor. Já produzi artistas como Paulo Baruk, Kleber Lucas, Nani Azevedo, Ziza Fernandes, Asaph Borba, Cristina Mel entre muitos outros e hoje, continuo produzindo e sobretudo servindo ao Senhor, juntamente com minha esposa e 3 filhos, na Igreja Assembléia de Deus em Guarulhos. E por que começo este artigo falando do tempo em que estou nesse ministério? Para deixar claro que no meu modo de vista, a idoneidade pode; e gera “na vida de quem assim entende” a maturidade necessária para servir a Cristo. Se assim não acontece, é porque andamos fora da vontade de Deus que em tudo nos aperfeiçoa. “Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;” (Filipenses 1:6.). Ao meu modo de ver, a necessidade de aperfeiçoar-se foi sendo trocada por palavras bonitas de se ouvir; mas que jamais substituirão o aperfeiçoamento. Palavras tais como unção, adoração extravagante e até mesmo hino de fogo, foram se agregando e se aconchegando aos ministérios de louvor de todos os cantos. Uma vasta variedade de estilos invadiu as igrejas e diante da ausência de conhecimento, estes ingredientes de nossas vaidades foram tomando forma de “ministério”. Mas não se alegrem de súbito, os líderes que ao lerem tais palavras,

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pensem “meus músicos precisam ler isso aqui”. Sabe por que? Se há, hoje, um número tão elevado de “músicos” dentro das Igrejas e ministérios que não entendem nada, nem de música, muito menos de louvor a Deus, devem atribuir isso aos seus líderes, e o digo de forma tão tranqüilo, podendo comparar isso a um filho que não sabe sequer um versículo da bíblia, porque seu pai não o ensina.

‘Cantar qualquer um que tenha um pouquinho de talento, pode; mas louvar requer muito mais do que técnica e dedicação, requer profundo conhecimento dos princípios e do caráter de Deus.”

Entenda dessa forma. Cantar qualquer um que tenha um pouquinho de talento, pode; mas louvar requer muito mais do que técnica e dedicação, requer profundo conhecimento dos princípios e do caráter de Deus. Leia o que o Salmista escreveu em Salmos 14:1: “E disse o néscio no seu coração: Não há Deus”. O néscio não pode louvar porque não crê. É simples assim. Portanto se queremos de fato um louvor com temor e tremor, precisamos nos converter a visão real do louvor. Não estamos de fato preocupados com o crescimento ou a divulgação da palavra de Deus através do louvor; as composições que mais fazem sucesso nas rádios evangélicas de todo país, mostram que estamos mais preocupados com “pseudopromessas”, “pseudovi-

tórias”, “pseudovinganças” e outras bobagens que nos fazem entender que somos melhores do que os outros. Boa parte de nossas músicas, hoje, exalta mais ao homem do que a Cristo. Se alguém deve ser exaltado, esse alguém com certeza deve ser o Senhor e não os seus servos. Sejamos realistas; esse tempo já devia ter passado em nossas mentes e nossos cultos. Deveríamos chorar, sorrir, erguer as mãos, fechar os olhos e contemplar o Deus do louvor com temor e tremor. Os líderes deveriam investir mais na visão de crescimento na área do louvor e adoração através da música em suas congregações; porem ao invés disso, dizem que louvor não transforma o pecador e nem tão pouco gera ofertas. Bem, nisso eu concordo plenamente, pois o propósito do louvor, nem de longe se assemelha a tal coisa. O louvor tem sim, a função de honrar o nome do Senhor, contar os grandes feitos de suas mãos, mostrar a Ele nossa gratidão e o quanto confiamos em seu nome e seu poder. E para encerrar minha humilde contribuição, recomendo a todos os músicos que estudem com afinco a palavra de Deus e o conheçam mais de perto através do louvor em suas congregações. Façam as pessoas louvarem de verdade, e tenho certeza que o Senhor lhes dará à devida recompensa.

É produtor, arranjador, orquestrador, compositor e instrumentista há mais de 20 anos.



IGREJA POR DENTRO

Som da Primeira Igreja Batista de Atibaia (SP) é adequado para atender com potência e qualidade amplo ginásio de culto da redação FOTOS DIVULGAÇÃO

Quando tamanho

faz a diferença

D

urante a semana o espaço da Primeira

tipo de arquitetura, facilitando o dimensiona-

Igreja Batista de Atibaia (SP) é utilizado

mento”, frisa.

como ginásio de esportes. Nos finais de se-

Um bom exemplo do aproveitamento

mana, o local se transforma em uma ampla

deste espaço, aconteceu em novembro de

área de culto. Para atender esta demanda, isto

2010, quando foi apresentada uma cantata

é, disponibilizar um som de qualidade e ver-

com 80 crianças e uma cantata do coro reuni-

sátil que supra com qualidade os mais dife-

do/orquestra em comemoração aos 30 anos

rentes números musicais que se apresentam

de organização. Participaram 50 instrumen-

na Igreja-, a Piba contou com auxílio da Leacs.

tistas e foram utilizados 60 microfones para

Fundada em oito de novembro de 1980,

captar os coristas e amplificar os instrumen-

a jovem igreja tomou posse - em 1995 - de um

tos.

novo terreno de oito mil m2, inaugurando um

Mais importante que a potência, este

ano depois, um ginásio que é utilizado para

sistema privilegiou a qualidade sonora, já que

diversos fins, além de ser local para os cultos

a parte musical da igreja favorece apresenta-

dominicais.

ções de corais, quartetos e é claro o Ministério

Para este espaço multiuso, a Igreja con-

de Música, destacou o técnico, .

tou com ajuda da Leacs para desenvolver um sistema de som. De acordo com técnico LINE ARRAYS: “ESTE SISTEMA FORMA UMA ÚNICA FRENTE DE ONDA, SEM PRODUZIR INTERFERÊNCIAS NOCIVAS ENTRE SI.”

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EQUIPAMENTOS

da Igreja, Fernando Saccheeto, foi utilizado

Os equipamentos usados no projeto fo-

sistema de caixas acústicas para arranjo em

ram: Sistema AB 212 com potência LA 6.000

linha ,que é fixo no espaço. “Este sistema for-

1000 watts rms, 4 potências LA 10.000 2000

ma uma única frente de onda, sem produzir

watts rms e 2 potências LA 8.000 1.500 watts

interferências nocivas entre si. Este projeto é

rms, além das 4 VIP 400 frontal ativa de 330

altamente versátil e se acomoda a qualquer

watts usadas como delay de reforço.

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teoriamusical

edielson aureliano

Escrita musical Olá pessoal, graça e paz! Vamos iniciar esta coluna de Teoria Músical para auxiliar os maestros, músicos e líderes de louvor das igrejas. Teremos muitos assuntos relacionados com a música, visando o fortalecimento dos departamentos de música, do conhecimento geral e enfim, tirando as dúvidas. Nosso tema de hoje é A Escrita Músical

Tenho visto muitos grupos músicais de vários ministérios que providenciam suas próprias partituras, fazendo seus próprios arranjos. Isso é muito bom e é saudável. Promove a busca por soluções in loco, trazendo um grande crescimento para o grupo. Porém é uma pena saber que nem todos esses músicos tem conhecimento suficiente para gerar um material bem escrito, respeitando os fundamentos acadêmicos que já foram universalizados. Um arranjo bem escrito ajuda muito a sua interpretação, mesmo que os músicos executantes não sejam profissionais Antes de prosseguir, quero mostrar a diferença entre Partitura e Partes: Partitura contem todos os arranjos, com todos os instrumentos , cada instrumento em um pentagrama. Normalmente é usado pelo regente, mas serve a qualquer músico, para tirar dúvidas e se localizar no arranjo. Parte é uma folha (ou folhas) separadas que contem apenas os arranjos de um instrumento. É o material que o músico coloca em sua estante. Indo adiante, quero frisar a necessidade do músico em conhecer as música cristã & sonorização |||||||

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regras de grafia músical, o uso correto das indicações (ritornello, Da Capo, Al Senho), o uso do cifrado, agrupamento de notas etc. Quero me referir apenas na forma manuscrita. Essas regras são encontradas em livros de caligrafia, publicados pelas principais editoras de música do Brasil. Nas próximas edições, tratarei de programas de partituras. Vou levar em conta um músico que estuda essas regras e quer por em prática. Então vamos as dicas: Dica 1: Deixe espaço suficiente

Quando fizer uma partitura ou uma parte, deixe os compassos bem largos, sem notas amontoadas. Não se limite a falta de papel ou outros pormenores e sim, pelas regras universais. Isso faz toda diferença no momento da leitura. Dica 2: Indicações de andamento e de caráter, de retornos e outros serviços

Como já está protocolado, a língua oficial para escrita de música é o italiano. Conheça bem essas indicações e palavras. Essas regras são claras e não permitem atalhos. Dica 3: Uso da cifra

Os instrumentos que fazem acompanhamentos harmônicos (baixo, violão, guitarra e piano) usam as cifras junto com as notas. Para isso, segue o padrão internacional que deixa claro as seguintes variações: ❱❱ Tríade - Acorde maior ou menor - utilizar as letras; ❱❱ Tétrade - Acorde com 4 vozes (dissonância ou tensões) - usar letra e números; ❱❱ Divisões rítmicas- utilizar notas músicais.

Essas cifras devem ser colocadas acima do compasso, deixando claro em que tempo devem ser executados os acordes. Dica 4: Os Riffs

São frases onde todos tocam juntos. Devem aparecer escritos em notas, juntamente com as divisões rítmicas. Dica 5: Indicações de dinâmica

O som que vai ser produzido pelo músico deve ser indicado: se é forte, fraco, médio e assim por diante. A graduação de cada intensidade tem uma série de códigos que vai do pianíssimo ao fortíssimo. Dica 6 – Uso de duas claves para partes de ritmos (bases)

Sistema igual as partes de piano. Quando houver um arpejo específico, deve ser escrito na clave desejada (sol para médios e agudos e fá para os graves). Outro motivo para duas claves são as frases isoladas de mão esquerda do piano e contra baixo. Não são riffs para todos, apenas para os graves. Por enquanto é só. No próximo número falaremos de programas de partituras e mais dicas para fazer uma boa partitura. Lembre-se, tudo que fizer para a Obra de Deus, faça bem feito.

Edielson É músico, arranjador graduado em Regência Instrumental pela Universidade Livre de Musica. Atua no Estúdio Guidon (SP) desde 1982 como Produtor Musical, Técnico de gravação, mixagem e tem participado das principais correntes de musica dos últimos 30 anos.

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andré nascimento

técnicavocal Black Music, um estilo de vida acessível”

mento cultural genuíno e espontâneo, uma boa música negra pode sim ser produzida por brasileiros e por qualquer bom cantor/músico, mesmo este não sendo um nativo das comunidades negras dos Estados Unidos. A verdade é que o Black, assim como tantos outros sons, é mais um estilo de vida do que uma técnica em si. Aprender a cantar exige de nós um processo parecido com o aprender a falar. Ainda nos primeiros meses de vida, a criança ouve os sons que os pais produzem e passa a associá-los a objetos, sentimentos e ações. Com o desenvolvimento do sistema vocal, o indivíduo passa a imitar esses sons e a desenvolver suas significações particulares, tudo baseado nas referências que recebeu dos pais. Para aprender canto também há um processo marcante de aprendizado, é através das referências que recebemos que nós, músicos, produzimos e damos significado próprio à grande referência chamada “Black Music”. Assim, não existe voz black, existe é um estilo de vida Black. Qualquer pessoa é capaz de desenvolver essa técnica, basta se atentar às etapas do processo, que podem se confundir e acontecer simultaneamente, mas que são partes do mesmo processo:

A Black Music norte-americana não é apenas arrebatadora para quem aprecia música repleta de nuances e improvisos. Apreciar Black é, acima de tudo, uma forma de obter aulas práticas sobre controle vocal. Trata-se de um movimento artístico e musical tão rico de técnica e cultura que, não por acaso, deu origem a sons marcantes como o Jazz e o R&B. Apesar de ter nascido de um movi-

“Não existe voz black, o que existe é um estilo de vida black”

2. Conheça música - Conhecer música continua essencial para apurar essa técnica. Apesar de cantar desde a infância, foi só depois que entrei na faculdade que aprendi maneiras de aproveitar o melhor da minha voz. Não por acaso comecei meu curso chegando a Mi 3 e - quando terminei o curso - meu alcance era La 3. Hoje, no mestrado, alcanço Do 4 com voz plena. Procurar conhecimento faz toda a diferença. 3. Sinta o seu corpo - Uma boa técnica Black passa por respiração. Trata-se de algo físico: significa entender e sentir o corpo, saber os seus limites. Nessa etapa são essenciais exercícios de fôlego para produzir uma coluna de ar firme, que sustente com afinação notas longas. Trabalhar a musculatura inferior também é importante para obter o famoso “apoio”. Um exercício recomendável para começar é prestar atenção ao que se canta, respirando antes do começo de cada frase. Não sugue o ar, permita que ele entre naturalmente. Água para hidratar as pregas vocais é essencial nessa etapa.

E acima de tudo, seja um músico disposto a aprender, e decidido a produzir o melhor. Isso é honrar a Deus através da capacidade e inteligência que ele nos deu.

1. Audição - Consiste em ouvir bom Black e tentar imitar. É normal que tudo saia errado nas primeiras tentativas, o importante é não desistir de imitar, trata-se da melhor maneira de iniciar um bom aprendizado. Lembro que aos 8 anos de idade comecei a cantar em um coro de FOTO: REPRODUÇÃO

música gospel tradicional, e fiz questão

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de imitar todas as vozes até guardá-las na minha mente. Esse aprendizado foi essencial para trabalhos com jingles e até mesmo no meu mestrado.

Graduado em música com ênfase em regência de coral pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), hoje ANDRÉ é aluno da Universidade de Chichester/Inglaterra onde cursa o mestrado em Direção de Coral. Trabalha para o governo Inglês como Professor de Técnica Vocal e Regente de Coral.



EDITORIA ESPECIAL

Show apoteótico realizado em Vila Velha (ES) reúne mais de 70 mil pessoas e se consagra como o maior espetáculo gospel à beira mar do Brasil

da redação FOTOS DIVULGAÇÃO

N

o primeiro ano de existência da Igreja

siderado o maior evento evangélico de praia

Batista da Praia do Costa, em Vila Velha

do Brasil. Desta vez, a organização resolveu

(ES), em 1991, cerca de 40% dos seus mem-

caprichar ainda mais, trazendo pela primeira

bros eram jovens e no verão de 1992 eles se

vez ao Brasil a Banda americana Third Day.

reuniram na praia para fazer o louvor. Como

O evento reuniu cerca de 70 mil pessoas na

a música é sempre um elemento agregador,

praia, numa estrutura com telões, palco de 18

esse número foi crescendo e acabou em mi-

metros e som de primeira. O Governador do

lhares. Bem organizado e sempre contando

Estado, Renato Casagrande esteve presente,

com boa estrutura, o evento entrou para o

além do vice e vários deputados, o que mos-

calendário oficial da temporada de verão do

tra a importância do evento como celebração

Estado do Espírito Santo, sendo prestigia-

cultural e religiosa para o estado do Espírito

do até por políticos. Neste mês de janeiro, o

Santo.

evento comemorou 20 anos e pôde ser con-

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Jesus vida verão

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Este ano, o Jesus Vida Verão, além


JESUS VIDA VERÃO

de proporcionar grandes performances como a de Marcus Salles, lançando seus mais recente trabalho, ainda preocupou-se com as vítimas das chuvas na região Serrana do Rio de Janeiro e, em parceria com a Rádio Novotempo, arrecadou toneladas de alimentos e donativos. Mas a grande atração, sem dúvida foi a presença do Third Day, uma das mais representativas bandas do novo rock cristão americano. Os quatro rapazes de Atlanta estiveram pela primeira vez no país e fizeram um show memorável, reunindo seus grandes sucessos e as canções do álbum “Move”, recém lançado nos EUA e já disponível no Brasil. Em pouco mais de 1 hora de apresentação, Mac Powell conduziu o show com seu tradicional carisma e simplicidade - talvez a maior característica da banda- e quando falou ao público, enfatizou sempre a necessidade do compromisso de um relacionamento genuíno com Deus. No meio do evento, Powell convida Marcus Salles novamente ao palco para cantar a canção “Cry Out to Jesus”. O público foi ao delírio com o dueto e depois cantou junto quando Salles retornou ao palco para “Agnus Dei”, gravação do Third Day que os catapultou para os primeiros lugares das paradas americanas. Ao final do evento, impressionados com a resposta do público, o Third Day prometeu vol-

“o Third Day prometeu voltar, se possível ainda em 2011, desta vez incluindo outras cidades brasileiras.”

acima: MARCUS SALLES E MAC POWELL ENSAIANDO “CRY OUT TO JESUS”, CANÇÃO QUE LEVOU O PÚBLICO AO DELÍRIO NA GRANDE NOITE À BEIRA MAR ABAIXO: MAC POWELL PROMETENDO RETORNAR AO BRASIL

tar, se possível ainda em 2011, desta vez incluindo outras cidades brasileiras. O Brasil evangélico está carente de grandes eventos que possam atrair nomes internacionais, dar retorno financeiro aos patrocinadores e assim ampliar a presença e a força da música cristã. São poucas as produtoras, os custos são altos, há falta de estrutura e a dificuldades de patrocínio são sempre uma constante neste segmento. Por isso, a Igreja Batista da Praia do Costa, Vila Velha, merece os parabéns pelo Jesus Vida Verão 2010. Que venham outros 20 pela frente.

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EDITORIA BASTIDORES

Quatro Mais dá um show à parte em Som e Iluminação no Adoradores Vivendo em Cristo de Valinhos (SP)

CASSIANE, RENASCER PRAISE, APOCALIPSE 16, ENTRE OUTROS, SE APRESENTARAM NO PALCO MONTADO PELA QUATRO MAIS

da redação FOTOS DIVULGAÇÃO

O som dos adoradores S

eis mil adoradores e quase uma dezena

ção, que tem entre outros nomes, Celinha Ba-

de cantores e bandas que entraram para

tista, IVC Vida Nova e Emerson Pedrosa.

história de Valinhos, cidade a 80 km da capi-

Foram dois dias de montagem de som e

tal paulista. Se em cima do palco ministérios

iluminaçao. À frente da coordenação técnica

como Cassiane, Renascer Praise, Apocalipse

do evento estava João Rodrigues, da IVC. “A

16 e Pregador Luo deram um show, nos basti-

idéia era montar uma estrutura nunca mon-

dores a empresa de sonorização e iluminação

tada em Valinhos que respeitasse o rider de

Quatro Mais garantiu todo suporte no espetá-

todas as bandas e ministérios”.

culo realizado dia 20 de janeiro pela IVC Co-

Da Quatro Mais, a empresa contratada para o show, a equipe responsável pela

municação. O evento liderado pela Igreja Vivendo

área técnica, Felipe Lino (PA); Paulo César

em Cristo, da pastora Ester Rodrigues, cele-

Aparecido, o Cido (Monitor); Danilo Franco

brou um ano de formação do ministério. O

(projetista e iluminador) deram um show a

show realizado no Centro Cultural Adoniram

parte, sob a coordenação geral de Eduardo

Barbosa reuniu todo cast da IVC Comunica-

Zamboti Barroso.

ESTRUTURA TÉCNICA Para o som foram utilizadas no P.A Console de Mixagem Digi Desgne Venue, 16 caixas acústicas DAS Aero 28; 08 Caixas Acústicas DAS SB 218; 12 Caixas Acústicas SB 850; 04 Rock de Potência Machine Modelo PSL 7,4. Ainda foram empregados um monitor de mixagem Yamaha M7CL, 02 processadores de áudio DAS; 06 Caixas Acústicas Variant 25 A DAS; 03 caixas acústicas DAS SB 218, 06 caixas SM 400, 10 caixas acústicas DAS 115. Para iluminação foram 12 talhas para sustentação de uma tonelada, 20 spancetes, 48 refletores OPT Par 64; 16 refletores ACL; 08 Elipso; 04 mini brut; 04 Atomic três mil, 36 canais de rack Dimer e uma mesa de iluminação Pear 2010.

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bateraworld

Fernando Garros

EDITORIA

Besta-fera em ambiente sagrado FOTO: REPRODUÇÃO

Todo domingo era o mesmo ritual. Seu João botava a gravata, o paletó, retirava a Bíblia do lado da cabeceira da cama, pega as crianças e a patroa e entrava no carro. No percurso até a igreja, ficava pensando” Será que ela estará hoje?”. Uma dúvida que só aumentava quanto mais perto a igreja se aproximava. Estacionava o carro e, com toda reverência, adentrava ao templo com a família, sentava no mesmo banco situado logo a direita, junto às janelas. Baixava a cabeça, fazia uma oração breve e ao fitar os olhos para o centro do palco “diacho, lá está ela outra vez: sim, a bateria. Aquele maldito, barulhento, irritante e imponente instrumento musical. Será mais um suplício”, pensava. “Espero que o período de louvor passe rápido.” Essa situação que descrevi acima certamente já aconteceu com milhares de pastores, líderes, presbíteros, ministros de louvor e membros comuns de igrejas evangélicas ao redor do mundo. E no Brasil não foi diferente. Sou baterista há mais de 30 anos e minha formação musical deve-se muito ao ambiente de música proveniente de uma igreja evangélica. Portanto, sei por experiência própria o que a bateria representa num contexto de igreja. Bateria ocupa muito espaço físico, requer preparo acima da media, não pode ser tocada muito baixinha, nem muito alta. É espalhafatosa, com seus música cristã & sonorização |||||||

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ferros, bancos, pedais, pratos e cores berrantes. E para ser tocada, utiliza algo tão pré-histórico e prosaico como dois pedaços de pau. Enfim, praticamente uma besta-fera num ambiente sagrado. Um king-kong que se converteu. E que

“Talvez por ser o último instrumento a ser incorporado pela liturgia recente e por carregar uma imagem de rebeldia implícita, a bateria é para muitas pessoas um convidado indesejável” agora, quer conviver conosco. Você pode não ter essa sensação quando vê uma bateria na sua comunidade por ser jovem e estas questões nem passam pela sua cabeça. Ou seja, parece inconcebível não haver bateria no cenário de louvor de uma igreja evangélica, você pode pensar. Mas saiba que a coisa já foi muito, mas muito mais difícil do que é hoje. E estamos falando apenas de 20 anos atrás. Foi preciso muita instrução teológica, muito profissionalismo e muitos bons exemplos para que este paradigma fosse ultrapassado. Talvez por ser o último instrumento a ser incorporado pela liturgia recente e por carregar uma imagem de rebeldia implícita, a bateria é para muitas pessoas um convidado indesejável. Algo que temos que aturar para sermos modernos em

nossos cultos. Tenho certeza de que a culpa por este estigma ao longo do tempo vem dos próprios bateristas, que não entenderam ou não administraram as sutilezas que este instrumento em particular carrega. E de que, dependendo de como é usado, pode ser uma tragédia ou uma verdadeira benção para uma comunidade. Ao longo desta coluna, estarei discutindo com você o universo desse instrumento fantástico, místico e intrigante e todas as suas possibilidades no contexto evangélico e fora dele também. Minha intenção aqui será a de dividir conhecimento, experiências, esclarecer dúvidas e suscitar muitas outras. Claro que não sou o dono da verdade e você terá todo o direito de discordar das minhas opiniões e conceitos. E isso é ótimo. Mas vamos juntos descobrir quais caminhos existem para que a bateria, hoje instrumento com presença inconteste na produção musical evangélica brasileira, seja algo que traga prazer, alegria e nos ajude na condução de um louvor sincero à Deus. Espero que você goste. Porque eu vou.

FERNANDO é baterista da TANLAN (tanlan.com.br), além de publicitário, pai da Sofia e marido da Michele. Ao longo de seus mais de 30 anos de música, já tocou, gravou e acompanhou um sem-número de grupos e artistas no Rio Grande do Sul.

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ARTE: IGOR GUEDES

EDITORIA direito

Parlamentares cristãos continuam o pleito pela a inclusão do gênero gospel nas principais leis de incentivo à cultura do Brasil POR O ZIEL ALVES

Música cristã em busca de

reconhecimento O

caráter religioso da música gospel ain-

de Janeiro através da renúncia fiscal do ICMS”

da é um problema, quando o assunto é

afirma.

lei de incentivo à cultura no Brasil. Dos 24 estados brasileiros que possuem estas leis, hoje,

PROJETO DE LEI FEDERAL

apenas o estado do Rio de Janeiro, reconhece

Em 2009, o ex-deputado federal e bispo

a música evangélica como manifestação cul-

da Igreja Sara Nossa Terra, Robson Rodovalho

tural. (LIC/RJ 1.954/92)

(DEM-DF), também levou à Câmara dos De-

A alteração partiu de um projeto de

putados, um projeto de lei, sugerindo a inclu-

autoria dos Deputados Jorge Picciani e Edson

são da música gospel no rol das manifesta-

Albertassi, ambos do PMDB/RJ, que para a

ções culturais a serem reconhecidas pela Lei

alegria dos produtores culturais cristãos, con-

Rouanet. O projeto foi aprovado na Câmara,

seguiu incluir, em tempo recorde e de forma

nas Comissões de Assuntos Econômicos; e de

inédita no Brasil, a música gospel como ma-

Educação, Cultura e Esporte, e agora está no

nifestação cultural e artística na Lei.

Senado Federal, onde se encontra pronto para

Em entrevista por telefone, Albertassi

votação no plenário, antes de ser encaminha-

falou que sua maior motivação em incluir o

do a sanção presidencial. Ao que tudo indica,

gênero gospel na Lei, se deu, primeiramente,

a alteração proposta por Rodovalho será bem

em razão do número elevado de prefeitos que

sucedida, e por se tratar de uma Lei Federal,

estavam sendo processados pelo Tribunal de

se tornará referência aos demais estados bra-

Contas, por terem patrocinado com dinheiro

sileiros que ainda desconsideram o fim artís-

público, eventos de música gospel até então

tico e cultural presentes neste gênero.

considerados religiosos. “Hoje, a gente mostra que a música gospel não tem fronteiras. Com

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música cristã & sonorização |||||||

L.I.C / ESTADUAIS

a inclusão do gênero, demos legalidade para

“É uma pena, mas aqui no Rio Grande

que estas produções, também possam ser

do Sul, por exemplo, assim como na maioria

patrocinadas por empresas do Estado do Rio

dos estados brasileiros, projetos no segmen-

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LEI ROUANET

FOTO: ARQUIVO PESSOAL

EDITORIA direito

ALBERTASSI DIZ QUE HOJE, A MÚSICA GOSPEL NÁO TEM FRONTEIRAS

A primeira Lei de Incentivo a Cultura criada no Brasil, surge logo após a ditadura militar, quase que como uma tentativa de redimir o obscurantismo cultural imposto pela censura da época. É neste contexto que em 1972, José Sarney criou um projeto de lei - aprovado apenas em 1986 – que concedia benefícios fiscais, na área do Imposto de Renda, a toda pessoa física e jurídica que visasse financiar manifestações de caráter cultural ou artístico. Em 1991, durante a gestão Collor, a Lei Sarney foi alterada e passou a se chamar Lei Rouanet, ou Lei Federal de Incentivo à Cultura. De lá pra cá, cerca de 12 mil novos projetos culturais, ao ano, são apresenta-

ma oportunidade, como garante o princípio

dos ao Ministério da Cultura (MinC) para

da igualdade que as leis de incentivo à cultu-

serem bancados com o dinheiro da União.

ra proporcionam. “Antes de se criarem amar-

Exposições, Gravações, Festivais de Arte,

ras e óbices a um projeto cultural, deveria ser

Espetáculos de Música, Dança, Teatro, Fol-

observado o seu escopo, seu interesse social e

clore, Artesanato, entre tantas outras mani-

os objetivos e metas que ele apresenta ao in-

festações, exceto aquelas consideradas re-

vés de indeferí-lo por estar, de alguma forma,

ligiosas, passaram a receber financiamento

ligado a uma religião” salienta o produtor.

integral do Ministério da Cultura, num mon-

Se as considerações de Keiber, real-

tante que ultrapassa a quantia de 1 bilhão

mente fossem levadas em conta, nenhum

de reais, por ano.

destes projetos de lei, citados anteriormente,

Os anos se passaram e Seguindo o mode-

se faria necessário, já que pelo princípio da

lo do Governo Federal, 24 dos 27 estados

isonomia, e por ser considerada

brasileiros acabaram criando, também,

arte, a música gospel já deveria

suas próprias Leis de Incentivo à Cultura,

fazer parte das manifestações

destinando parte da verba arrecadada em

culturais expressas pela Lei, sem

ICMS, para tal fim.

necessariamente ser especificada pela palavra “gospel”. Talvez, seja por este moti-

Exposições, Gravações, Festivais de Arte, Espetáculos de Música, Dança, Teatro, Folclore, Artesanato, entre tantas outras manifestações PODEM SER PRODUZIDAS COM DINHEIRO DA REUNÚNCIA FISCAL

to gospel jamais foram incentivados, repre-

vo, que há 5 anos consecutivos, o

sentando a ignorância ou inobservância dos

Governo do Mato Grosso, através

princípios de igualdade que norteiam a Lei”

de sua Lei de Incentivo à Cultu-

afirma Fernando Keiber, que é diretor da Gaia

ra, patrocina integralmente um

Cultura e Arte, Produtor Cultural há mais de

Festival de Arte e Cultura Gospel

20 anos e ex- Coordenador do Setor de toma-

organizado pela Igreja Batista da

das de Contas da Lei de Incentivo a Cultura

Paz de Cuiabá (MT). Nestes 5 anos de realiza-

do RS.

ção, o projeto já apresentou grandes nomes

Para Keiber, ações que tenham a arte

da música cristã como Kades Singers, Alda

como objeto, independente do segmento cul-

Célia, Fat Family, David Fantazzini, Carlinhos

tural a que se proponham, devem ter a mes-

Felix, Álvaro Tito, Marquinhos Gomes entre

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keiber diz que É justo que o povo e a própria religião, sem ater-se em seus sectarismos, lute contra os preconceitos e a favor da igualdade.

FOTO: ARQUIVO PESSOAL

EDITORIA DIREITO

LEIS DE INCENTIVO À CULTURA: SAIBA O QUE É O que é uma lei de incentivo à cultura? É uma lei que oferece benefício fiscal (à pessoa física ou jurídica) como atrativo para investimentos em cultura. Existem hoje leis de incentivo federais, estaduais e municipais. Dependendo da lei utilizada, o abatimento em impostos pode chegar até a 100% do investimento.

Como funcionam as leis de incentivo? outros, além de envolver a comunidade em

Cada lei tem um funcionamento especí-

oficinas de dança, pantomima, teatro, artes

fico. As leis federais oferecem isenção no

plásticas e em um grande festival gastronô-

Imposto de Renda das pessoas físicas ou

mico com culinária típica da região.

jurídicas. Já as estaduais proporcionam

Segundo relata o Produtor Cultural,

isenção de ICMS e as municipais, de IPTU

Ênio Castilho, membro da Igreja Batista da

e ISS. Algumas optam por financiar a fun-

Paz e um dos responsáveis pela elaboração

do perdido ou fazer empréstimos a proje-

do “Gospel Art” “no início houve muita resis-

tos culturais regionais. Ao optar por uma

tência dentro do Conselho Estadual de Cultu-

ou outra lei, o produtor cultural deve levar

ra do Mato Grosso para que este projeto fosse

em consideração a região onde o projeto

aprovado. No entanto, o Estado que já havia

cultural será realizado e as necessidades

Cabe à bancada parlamentar cristã, provocar uma reflexão mais profunda para convencer todas as entidades públicas da verdadeira importância e meritoriedade de tais projetos

aprovado projetos da Igreja Católica,

dos possíveis patrocinadores.

por exemplo, se viu obrigado a não agir com discriminação aos projetos

Como uma empresa pode patrocinar um projeto cultural?

protestantes, uma vez que seu cunho

Primeiro, o órgão do governo responsável

cultural era muito evidente.”

precisa aprovar o projeto. Depois da apro-

Castilho diz que apesar de não

vação, o produtor cultural (que pode ser

haver citação específica à música gos-

o próprio artista) procura uma empresa

pel na Lei Estadual de Incentivo à Cul-

que queira patrocinar o seu projeto. Fe-

tura do Estado do Mato Grosso, tam-

chado o patrocínio, a empresa fornece o

bém não há nenhum empecilho que

dinheiro para a realização do projeto cul-

impossibilite estes eventos de serem

tural. Esse dinheiro (ou parte dele) voltará

aprovados. “O que é preciso de fato, é

para a empresa em forma de abatimento

demonstrar no descritivo do projeto

de imposto na hora do pagamento do tri-

o mérito cultural do mesmo, e isso a

buto (Imposto de Renda, ICMS ou IPTU/

gente faz”.

ISS, dependendo da lei utilizada). Em al-

Se esta é realmente a lógica que deveria permear todas as Leis, na prática não é o que acontece. Para Albertassi, ao aprovar tais projetos sem a especificação da música gospel na Lei, “o Governador do Estado do Mato Grosso corre sérios riscos de ser processado

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música cristã & sonorização |||||||

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guns casos, o próprio MinC ou Secretaria da Cultura, já libera o valor. Fo n t e : R e v i sta M a r k e t i n g


EDITORIA

recem já ter conquistado o

FOTO: ARQUIVO PESSOAL

castilho diz que não há nenhum empecilho na lic/mt que impossibilite a aprovação de projetos de música gospel

seu espaço. Diante disso, por que o povo cristão vai ficar de braços cruzados, se pode pleitear a aprovação do caráter cultural de suas músicas? “Cabe, sim,

pelo Tribunal de Contas por

à bancada parlamentar

EVENTOS E MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS RECONHECIDAS PELAS L.I.C • Produção de discos, vídeos, obras cinematográficas de curta e média metragem e filmes documentais;

uso indevido do dinheiro público,

cristã, provocar uma reflexão mais

• Realização de exposições, festi-

assim como aconteceu com alguns

profunda e uma exposição de ideias

vais de arte, espetáculos de artes

prefeitos no Estado do Rio de Janei-

mais justas para convencer todas as

cênicas, de música e de folclore;

ro” afirma. Por este motivo é que

entidades públicas envolvidas no

• Edição de obras relativas às ciên-

considera importante a mobilização

processo, da verdadeira importân-

dos parlamentares cristãos nos es-

cia e meritoriedade de projetos de

tados e municípios para que a mú-

tal alçada” finaliza.

sica gospel seja incluída nas leis de incentivo à cultura de suas regiões.

No Rio de Janeiro já é realidade, mas nos demais estados do Bra-

“É justo que o povo e a pró-

sil, ainda não. Portanto, a inclusão

pria religião, sem ater-se em seus

da música gospel entre as manifes-

sectarismos, lute contra os pre-

tações culturais do país, deve acon-

conceitos e a favor da igualdade.”

tecer mais cedo ou mais tarde, mas

Salienta Keiber. Afinal de contas,

inequivocadamente, depende de

manifestações religiosas oriundas

mobilização e debate. É uma ques-

das práticas afro descendentes, pa-

tão de tempo e de bom senso.

música cristã & sonorização |||||||

fevereiro / março 2011

cias humanas, às letras e às artes; • Conservação e restauração de prédios, monumentos, logradouros, sítios e demais espaços; • Restauração de obras de artes e bens móveis e imóveis de reconhecido valor cultural; Fonte: MinC

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FOTO: DIVULGAÇÃO

PERFIL

Igl3sias propõe um som mais rock para alcançar novo público e romper o preconceito da redação

Lucas Iglesias, vocalista do trio, explica que por serem filhos de figuras notáveis no meio musical, a cobrança é sempre maior

Talento de berço E

les têm música no DNA. Lucas, Gabriel e

pop, rock e brasileiro, sempre cuidado da

Felipe são filhos de Fernando Iglesias,

mensagem contida nas letras de nossas can-

pastor e ex-integrante do grupo adventista

ções”, frisa.

Arautos do Rei e Maricéu (Tia Ceceu). O desejo

Assinando a produção e as letras, o trio

de fazer um projeto mais focado no rock jo-

investiu no som de violões e guitarras ca-

vem e na música brasileira gerou o

prichando ainda mais na música Agradeço.

trio Igl3sias. No primeiro CD lança-

Após se apresentar na EXPOCRISTÃ 2010, o

do pela Novo Tempo. eles apostam

grupo Igl3sias recebeu convite e se apresen-

numa pegada mais jovem, na tenta-

tou para um grande público no evento ‘Ado-

tiva de abrir espaço fora dos limites

radores Vivendo em Cristo’, que ocorreu em

da denominação adventista.

Valinhos (SP), no final de janeiro de 2010.

Optamos por fazer algo diferenciado, mais pop, rock e brasileiro, sempre cuidado da mensagem contida nas letras de nossas canções

A ideia surgiu há pouco mais

A ideia é continuar nesta jornada, rom-

de um ano e o CD acabou sendo

pendo as barreiras congregacionais, levando

concluído em agosto de 2010. Lucas

a palavra, claro, sem esquecer as raízes de

Iglesias, vocalista do trio, explica

quem os lançou.

que por serem filhos de figuras notáveis no meio musical, a cobrança é sempre maior. “Optamos por fazer algo diferenciado, mais

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música cristã & sonorização |||||||

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Twitter: @igl3sias www.myspace.com/igl3sias


masterização Ro d r i g o Lo l i

FOTO: REPRODUÇÃO

Prefira profissionais experientes

Muitos me perguntam sobre a real necessidade da contratação do serviço de masterização e por que contratar um outro estúdio ou profissional para fazer um serviço, se tenho tantos recursos e tecnologias à disposição? A resposta é muito simples: um par de ouvidos extra. Com os avanços tecnológicos e, muitas vezes, falta de recursos financeiros para a execução de um projeto, muitos artistas e produtores utilizam um único estúdio para executar todas as etapas que envolvem a gravação de um cd. Em certas ocasiões, os profissionais têm problemas de acústica e monitoração no estúdio onde desenvolvem um trabalho e depois que já participou das etapas de gravação e mixagem de um cd acabam se acostumando com as imperfeições sonoras. Na ausência de certas frequências, ele tenderá a compensá-las no equalizador com excessos. Falta agudo e sobra grave ou sobra médio e falta tempero. É nesta hora que entra a masterização profissional. música cristã & sonorização |||||||

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Um estúdio para masterização tem que ter a sua disposição uma sala com boa acústica e equipamentos de altíssima fidelidade para que o som possa ser ouvido com perfeição. A monitoração deve permitir que ele ouça todo o espectro de freqüências, sem coloração ou distorções, mas com certeza o item mais importante é o par de ouvidos extra. Um par de ouvidos especializado em ouvir e procurar problemas, uma pessoa que não participou do cansativo processo de gravação e mixagem do cd e que fará uma audição em um ambiente neutro e diferente de onde a produção aconteceu. Com isso em mente, o masterizador deve equilibrar graves, médios, agudos, volume entre as faixas e criará uma unidade para o trabalho. Adicionará também uma compressão na mix para dar mais punch e volume geral percebido da música. Certos estilos exigem mais ou menos compressão e ela pode ser utilizada de forma criativa para dar textura ao som. Por último, ele fará a conexão de

uma música para outra e incluirá os códigos de ISRC, nomes das faixas e textos para gerar a master final. Um detalhe muito importante: nem todos os problemas podem ser resolvidos na masterização e a contratação de uma masterização não dispensa uma boa mixagem. Bons profissionais comprometidos com a qualidade irão pedir pra que alterações sejam feitas na mixagem e novos arquivos sejam enviados para a masterização. Como eles trabalham com um arquivo já mixado, qualquer alteração irá refletir em vários instrumentos. Se a mixagem não estiver boa, há um limite para as correções e não existe mágica. No geral, os profissionais de masterização estão acostumados a trabalhar com vários estilos musicais e não deve haver muito problema em seguir uma referência sugerida pelo cliente. Para atingir bons resultados é importante um trabalho conjunto entre os profissionais envolvidos no projeto. Os equipamentos são importantes, mas a experiência nesta etapa fala mais alto. Experimente contratar o serviço para uma ou duas músicas e compare com outros resultados. O investimento em um profissional experiente vale a pena e você irá perceber que sua música soa melhor e mais equilibrada.

RODRIGO LOLI é produtor musical, projetista acústico, engenheiro de áudio e diretor do tonelada estúdio em são paulo.

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FOTOS: DIVULGAÇÃO

EDITORIA PERFIL

Depois de quase duas décadas distante do mainstream gospel, Tito, o jovem prodígio que fez sucesso nas décadas de 80 e 90, retorna em março com “Reina em Glória” pela Sony Music Tito contou que aproveitou os últimos quatro anos sem gravar para preparar composições de altíssima qualidade para o seu próximo cd

Ricardo RÉgener

O retorno de

Álvaro Tito E

ra o ano de 1981, e apesar da falta de

trabalho - lançado por um selo independen-

profissionalismo e estrutura ainda

te –Álvaro Tito prepara-se para apresentar

serem a regra no recém-nascido mer-

seu novo álbum em grande estilo, “Reina em

cado de música evangélica, o adolescente

Glória” que será distribuído pela Sony Music,

Álvaro Tito destacava-se pela qualidade de

gigante mundial do mercado fonográfico.

suas composições. Com o tempo, suas músicas passaram a trazer algo de inovador: pela primeira vez na história, o Black norte-americano temperava a música sacra das igrejas evangélicas brasileiras. Foi um sucesso.

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música cristã & sonorização |||||||

Influências de Michael Jackson a Roberto Carlos

Em entrevista por telefone à Revista Música Cristã e Sonorização, Tito contou que

Talentoso, Álvaro Tito caiu nas graças

aproveitou os últimos quatro anos sem gravar

dos executivos da Polygram (atual Universal

para preparar composições de altíssima qua-

Musical), uma das maiores gravadoras do

lidade. “Eu me sinto confortável compondo

mundo na época e tornou-se um dos primei-

obras nesse ritmo. Tudo bem que o mercado

ros fenômenos de vendas da música que hoje

fonográfico é importante, mas considero que

é chamada de gospel. Agora, 30 anos depois, e

é necessário pelo menos dois anos para dige-

quase 4 anos após o a gravação de seu último

rir um álbum e começar a criar outro”, avalia

fevereiro / março 2011


PERFIL

[bate bola] Qual a maior diferença entre fazer música cristã em 1981 e em 2011?

o cantor. Modesto, Álvaro Tito evita entitular-se como “ministro de louvor”, “levita” ou algo parecido, prefere o título de “Músico Cristão”. Gosta de apontar pra Deus e causar boas emoções com a sua arte. Aprecia música po-

Nos anos 80 havia muito menos música cristã disponível. Eu comecei com 14 anos e me inspirava em nomes como Oséias de Paula, Vitorino. Com o tempo, vi que precisava me posicionar no mercado e comecei a ouvir os estilos norte-americanos, daí veio a minha identidade musical. Já nos dias de hoje vejo que há um excesso de música cristã sendo colocada no mercado, não acho que seja ruim: há gosto pra Black, pra sertanejo... pra quase tudo que colocarem no mercado. Claro, há o joio no meio do trigo, mas como a bíblia diz, temos que deixá-lo crescer no nosso meio, pra só depois separá-lo.

pular sem preconceitos, não por acaso, a influência de nomes como Michael Jackson e Milton Nascimento é evidente em seus mais de 15 álbuns já lançados. A ida pra Sony Music

O contrato com a gravadora Sony Music

Como você define o seu público?

Essencialmente cristão, mas fico feliz em ver que minha música já ultrapassou as barreiras do sacro. Minhas canções são

apreciadas por grandes amigos como Ed Mota, Djavan, Roberto Carlos, Exaltasamba... também gosto muito, e procuro me relacionar com essas pessoas que gostam e recebem através das nossas músicas para além das fronteiras das igrejas. É verdade que você já foi convidado para ser cantor popular?

É verdade, e a proposta foi muito tentadora. Como já disse, não tenho preconceito contra música não-cristã (há letras e arrannjos de muita qualidade), mas minha identidade musical é na música cristã. Quando “Reina em Glória” chega às lojas?

Em março desse ano, se Deus quiser, ele já deve estar disponível na Internet e nas maiores loja do Brasil. Vou continuar viajando, apresentando com calma as músicas do novo álbum.

foi assinado em outubro de 2010, e o convite partiu de Maurício Soares, executivo responsável pelo selo gospel da gravadora. Sobre a nova realidade, Álvaro destaca que a gravadora oferece estrutura de gravação, produção, divulgação e distribuição de primeiro mundo, em contrapartida, pede uma carga elevada de trabalho e exige excelência nos mínimos detalhes. Álvaro Tito, o jovem prodígio de “Não há barreiras”, certamente tira isso de letra. O telefone de shows do cantor é o (21)

Modesto, Álvaro Tito evita entitular-se como “ministro de louvor”, “levita” ou algo parecido, prefere o título de “Músico Cristão”

9561-8146.

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capa

ASAPH

BORBA

Entre a fé,

a razão e a

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T

alvez você não saiba, mas provavelmente

a

grande

maioria das músicas (também chamadas de corinhos)

que você aprendeu a cantar numa igreja evangélica a partir da década de 80,

Com 35 anos de ministério,

é da autoria desse cidadão baixinho,

69 discos GRAVADOS

olhos azuis e olhar intenso que apesar

e mais de 2 milhões

contagiante, tem uma história de vida

de cópias vendidas,

agora mais magro, de barba eterna, de da simplicidade, humildade e simpatia exemplar que impõe respeito e consequentemente provoca admiração. Para Asaph Borba, lá se vão 35

Asaph Borba – o pai do

anos de ministério como compositor,

canto congregacional

mas acima de tudo, como um grande

brasileiro – revela fatos inéditos, acerca de sua vida e ministério

arranjador, produtor, maestro, músico, adorador e discípulo de Jesus Cristo, já que é assim que prefere ser chamado, quando diz que - apesar de compreender a necessidade dos rótulos - não se sente muito à vontade com a pomposidade de títulos como artista, cantor ou ministro de louvor.

POR

OZIEL ALVES

FOTOS

IGOR GUE D ES

Quem conversa com este homem - calmo, de sábias palavras e discipulador de boa parte dos artistas cristãos que hoje fazem a diferença no cenário da música gospel brasileira - jamais poderia imaginar que, não fossem as orações da mãe e a atitude ousada de um líder, tudo poderia ter sido diferente.

emoção »


Capa

no estúdio da Life Produções, asaph mostra alguns de seus 69 discos, e faz questáo de divulgar o dvd dos seus 30 anos de ministério e o e o recente lançamento “quero ser encontrado fiel”

Asaph nunca perdeu a perspectiva do seu chamado: levar a igreja a uma adoração genuína. Nunca época em que a comunidade cristã só cantava hinos da harpa ou do cantor cristão, suas pequenas canções, a maioria salmos musicados, literalmente transformaram o ritual do louvor congregacional em boa parte das igrejas evangélicas brasileiras, introduzindo uma nova cultura de adoração. Por isso, hoje, podemos dizer sem medo de errar, que Asaph é o “pai” do canto congregacional da igreja pós-moderna brasileira. Com hinos como “Ao nosso Deus”, “Celebrai”, “Digno de Glória”, “Estamos reunidos”, “Jesus em tua presença”, “O meu louvor é fruto”, “Superabundante graça”, “Tu és soberano” e centenas de outros cuja lista sequer caberia aqui, o menino que outrora vendia artesanato para bancar seu vício, fez fama e acabou ganhando notoriedade no mundo inteiro. Com a Life Produções, lá se vão 69 discos gravados em 9 idiomas - entre eles, árabe, hebraico, inglês, alemão, assírio, etc -, mais de 2 milhões de cópias vendidas e cerca de 350 gravações de e para outros artistas, além de parcerias com Adhemar de Campos,

No começo da década de 70, Asa-

culto, daquele mesmo dia. “No outro

Gerson Ortega, Daniel Souza, Fernan-

ph era hippie. Viciado em drogas dos 13

dia eu estava ali, e em agosto de 1974,

dinho, Nívea Soares, entre tantos ou-

aos 15 de idade, fazia seu pé de meia,

me converti”.

tros. Isso sem falar nos projetos junto

vendendo artesanatos à beira do mar.

Envolvido na área da musical da

à Adhonep (Associação de Homens de

Sua mãe, preocupada com a situação

igreja, em 1976, Asaph passou a viajar

Negócios do Evangelho Pleno) e o seu

que se agravava, resolveu pedir ajuda

com Erasmo, ministrando o louvor em

ministério

ao pastor da comunidade onde fre-

Igrejas. É a contar deste ano que, hoje,

Bridges of Love (Pontes de Amor) que

qüentava os cultos. “Ele me procurou

ele comemora quase quatro décadas

tem atendido a dezenas de nações em

uma vez e eu não abri a porta. Outra

de ministério, agora sob o discipulado

todo o continente americano, Europa e

vez, mas novamente eu não o atendi.

do pastor Moyses Moraes, que, assim

sobretudo no Oriente Médio, em países

Num determinado dia, eu disse a mi-

como Erasmo, mora no mesmo prédio

como Jordânia, Egito, Líbano, Turquia,

nha mãe que queria falar com ele e foi

e é seu vizinho de apartamento.

Israel e Irã.

assim que tudo começou” diz Asaph.

32

internacional intitulado

Do começo em 1978, com o lan-

Asaph, que é mineiro de nascen-

Erasmo Ungaretti, na época, pas-

çamento do seu primeiro álbum “Cele-

ça, para realizar o sonho de seu pai,

tor da Igreja Metodista em Porto Alegre,

braremos com júbilo” com o american-

mas gaúcho de coração, já que sempre

numa atitude ousada e muito comum

do Donald Stoll, a dupla Don & Asaph

morou no RS, é membro da Igreja Co-

ao conservadorismo de seu tempo, sa-

- quando álbum era álbum mesmo, de

munidade em Porto Alegre (RS), tem 53

bendo do gosto de Asaph pela música,

vinil - até seu mais recente, lançado

anos e é casado com Lígia Rosana, com

decidiu convidá-lo para tocar violão no

em 2010 “Quero ser encontrado fiel”,

quem tem dois filhos, Aurora e André.

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Asaph borba MCS: Sobre a cura da sua filha. É verdade que você não vai sossegar enquanto Deus não curar ELA? çou quando ele me convidou para trabalhar. No mês de janeiro, apesar de estar com sua agenda lotada até o final de 2011, Asaph prontamente recebeu nossa equipe nas dependências do estúdio Life, para um bate-papo descontraído (com direito a barras de chocolate e café) mas cheio de inspiração, para falar sobre sua vida, os 35 anos de ministério, sua visão de música, igreja e claro: dos projetos que pretende realizar nos próximos 35 anos de ministério.

MCS: Era 1974, você tinha 15 anos, era hippie, usuário de drogas e, um pastor que verdadeiramente se preocupava com você, com atitudes a frente do seu tempo, lhe convida para tocar no culto, do jeito que você está, sem lhe impor nenhuma condição de santificação. Lindo, nobre, divino. Mas você indicaria este tipo de atitude para os pastores de hoje? ASAPH BORBA: Eu acho que a gente deveria ter mecanismos pra assimilar pessoas. E, obviamente isso significa assimilar as pessoas como elas são. Claro, com os devidos cuidados, né? Tem que ser guiado por Deus para ter uma atitude destas. É preciso ter certeza da direção divina para pegar um drogado e entregar um violão pra ele tocar naquele mesmo dia no culto. Lembro de um livro do David Wilkerson onde ele conta o que fez com Nick Cruz - de uma outra forma, é claro no dia em que ele foi fazer um grande evento lá no Brooklyn. E ele disse: “Você, vem cá, me ajudar com as ofertas”. Ele deu o gazofilácio pro Nick, um baita drogado, baita marginal... Imagina, recolhendo a oferta? Anos depois, o Nick Cruz conta que sua conversão começou quando ele passou por um lugar onde poderia ter fugido com todo aquele dinheiro. A minha comemúsica cristã & sonorização |||||||

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Eu não vou parar de pedir! Enquanto a Aurora tiver um fôlego de vida, eu e a minha esposa vamos orar pela cura integral da Aurora. Deus não curou ontem, pode ser que cure hoje, ou amanhã... Não muda nada na minha fé, na minha expectativa, na minha esperança. Nós cremos que a Aurora pode ser curada todos os dias, sim.

MCS: Como era o universo da música gospel na época que você começou? ASAPH BORBA: Havia poucos nomes que se sobressaíam ou que tinham certa expressão no segmento. Tinham os nomes tradicionais como Vitorino Silva, Ozeias de Paula, Luiz de Carvalho... Enfim, estes nomes já aconteciam no Brasil. Mas a cena era muito pequena, muito limitada às igrejas. A música era basicamente tradicional. MCS: Você ainda é anterior ao Adhemar de Campos? ASAPH BORBA: Sim, eu comecei a produzir discos, uns três anos antes dele. O Adhemar se converteu no mesmo ano que eu, e começamos o ministério no mesmo ano também, em 1976. Só que eu gravei antes. Eu comecei a produzir e a gravar em 77, 78. Ele só em 81, 82. MCS: Quem era a sua principal influência na época? ASAPH BORBA: O principal nome que marcou a minha vida foi um cara chamado Volo, que era da ABU (Associação Bíblia Universitária) e ele tinha um disco que se chamava “A lua não pode e não poderá fazer” que era, absolutamente, inovador para a época. Eram músicas super jovens, mas cristãs. Foi a primeira música cristã que falou comigo, de fato. Depois, no final de 76, início de 77, eu conheci Vencedores por Cristo, com uma batida jovem, também, absolutamente inovador, que certamente, foi uma grande influência na minha vida. MCS: Quando é que surge a ideia de compor cantos congregacionais? Houve influência norte-americana,

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Capa

havia alguma pretensão de inovar o ritual de asaph diz que é um culto? simples exemplo ASAPH BORBA: Não. Nasdo que as pessoas ceu sem pretensão e sem podem gerar e produzir e qualquer influência amerique valoriza cana, apesar do Don Stoll o que as pessoas têm compor juntamente comigo. Nasceu como uma prática. Eu e o Don começamos juntos meu coração. Mas, se sou reconhecido porque nós ministrávamos juntos, aqui como pai, é porque tenho algum tipo na Igreja Metodista em Porto Alegre. de paternidade, então a única coisa Então, ele foi uma influência, somente que eu faço é honrar esta paternidaneste sentindo. de. Honro através do meu testemunho, da continuidade, do apoio a muitos irmãos e dos muitos filhos que tenho MCS: Mas havia uma insatisfação nesta área de louvor e adoração. tua, com a liturgia congregacional, isto é com os cânticos da harpa e do cantor cristão? Você estava à procuMCS: Qual a sua opinião sobre a ra de inovação? cobrança de cachê? ASAPH BORBA: Não, nunca pensei nisso. ASAPH BORBA: Eu não sou a favor do Simplesmente fizemos. Foi algo que cachê pré-determinado, porque não surgiu, espontaneamente. Um formato é um padrão bíblico. Mas eu creio que curto e fácil de tocar. Não sei explicar o todo mundo que vive do ministério, porquê. Não foi uma coisa consciente... tem que ser honrado. Foi algo que simplesmente, fizemos. Harmonia simples, tocando simples e MCS: Quando você recebe convicom palavras simples. O que pouca tes para ministrar, você negocia gente sabe é que nossas composivalores? ções, eram textos bíblicos inicialmente ASAPH BORBA: Eu não cobro cachê. e acabou se tornando uma ênfase do Não negocio. Eu mando uma folha nosso trabalho, porque o Donald não onde a pessoa tem que dizer a data do falava português e eu não falava inglês. evento, o tipo de evento e em quanto Nós éramos amigos, queríamos servir e esta disposta a abençoar o nosso mitínhamos a Bíblia em comum. Foi assim nistério. que surgiu. Decidimos cantar a Bíblia. Daí o ministério cresceu e os pastores MCS: Você foi o primeiro cantor nos levaram daqui Brasil à fora. Depois evangélico a gravar um CD de louconhecendo o mundo e as igrejas, desvor e adoração. Mas tudo evoluiu e cobri que na década de 70, com o aviao que se sabe, o comentário dos vamento que ocorria no mundo, tambastidores era o de que você não bém surgiram cantos congregacionais gostaria de gravar um DVD. Acabou em outras nações, como Rússia, por gravando um DVD de comemoraexemplo etc. ção aos 30 anos de ministério, por MCS: Como você se sente com este título que é atribuído a você: Pai do canto congregacional no Brasil? ASAPH BORBA: Nenhum título entra no

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insistência de Fernandinho e porque foi um presente dele, também. Isso é verdade? Seria esta uma forma de você se abster do mercantilismo gospel?

ASAPH BORBA:

Não que eu não quises-

se, mas é que eu nunca senti necessidade. Eu não quero entrar nas coisas por moda. Eu quero entrar nas coisas por que chegou a hora de Deus. E o Fernandinho, que é um amigão, discípulo querido, discerniu que era a hora de Deus, e então me deu de presente, toda a produção artística do DVD.

MCS: Você tem interesse em gravar um DVD do “Quero ser encontrado fiel”? ASAPH BORBA: Eu estou gravando clips. Eu quero fazer um DVD de clips. Eu quero por vários clips do ministério, desta época da minha vida. Inclusive um que esta na internet rodando no Egito... MCS: Então não vai gravar um DVD ao vivo? ASAPH BORBA: Não. Isto aí é modelo. São clichês que estão se esgotando. Eu acho que o DVD ao vivo, é um clichê bom, que cumpre o seu papel, mas, que já está esgotado em termos da visibilidade. Este formato vai ter que ser modificado, urgentemente, pra gerar resultados melhores. E eu pretendo melhorar este formato aí, com o treinamento acadêmico que estou tendo. Já estou pensando em alternativas. MCS: Há quase 14 anos, você decidiu investir em missões no Oriente Médio. Como surgiu o projeto Bridges of Love e por que a Jordânia foi o teu primeiro destino?


Asaph borba

Tenho um bom inglês.

igreja, e valorizei o que eles tinham. E

Foi em função disso, que acabei par-

uma grande parte destes irmãos, eu

ticipando de muitos projetos pelo

participei de alguma forma dos pri-

de Deus, gerar neles o compromisso,

mundo inteiro com a missão Portas

meiros discos destes irmãos. Ludmila

ensiná-los a adorar.Todas estas músi-

Abertas em Cuba, Peru, Colômbia, Eu-

Ferber, Cirilo... Um grande grupo de

cas eu ministro lá, em Árabe.

ropa. Foi através destes irmãos que

pessoas. Que são irmãos que hoje me

recebi o convite para desenvolver um

chamam de pai, por causa disto, por-

projeto de gravação e produção com

que eu os ajudei a dar um primeiro

os irmãos árabes. Eles queriam servir

passo. Eu falei de uns dez, doze, mas

ao Senhor com um grupo de música,

tem quatrocentos; inclusive o disco de

mas não sabiam como fazer aquilo.

um deles está saindo daqui este mês.

Eu disse: Vamos fazer uma produção.

O Daniel de Souza era o meu baixista,

Cheguei lá, montei um estúdio, como

por exemplo...

ASAPH BORBA:

“Quando uma pessoa para de ouvir os outros irmãos, aí começa a sua queda.” eu faço sempre, em seguida começou a nascer uma bela equipe de louvor. Começamos a produzir, treinar, capacitar pessoas e acabamos fazendo grandes projetos. Daí surgiu a ideia de montarmos um estúdio. Arrumamos dinheiro e montamos o estúdio na própria igreja, lá na Jordânia. Eu não fico com nada, dôo tudo. Fiz isto em Cuba, fiz isto no Peru. No Peru eu só entrei com o treinamento técnico, uma entidade americana deu o

MCS: Como “pai” que conselho você dá a estes artistas, sobretudo com relação aos manjares, que a fama pode oferecer? ASAPH BORBA: Caráter! Mantenha o teu caráter submisso. Não perca a simplicidade. Você pode ter frutos... hoje eu tenho bons carros, uma estrutura que Deus tem nos dado, tenho sítio, tenho casa na praia, mas nada disso é a prioridade do meu ministério. Eu deixo tudo isto, por amor a Deus.

estúdio. Mas em Cuba nós financiamos uma grande parte do estúdio.

MCS - E as tuas músicas já estão entrando lá, de alguma forma? ASAPH BORBA: Sim, vagarosamente. Eu sempre valorizei o que as pessoas têm. Esta é uma outra tônica do nosso ministério. Nunca impus a minha música como um padrão que deve ser cantado, ou tocado. Eu sou um simples exemplo do que as pessoas podem gerar e produzir. Eu valorizo o que as pessoas têm. Fiz isto com o Benê, com a Alda, com o Silvério, com o Márcio, com o Adhemar, o Cláudio Claro, David Quinlan, todos estes irmãos foram irmãos que eu conheci nos primeiros passos, com Daniel de Souza, com Davi Silva, Mike Shea. Todos estes irmãos são pessoas que me respeitam por este começo. Eu os vi em uma música cristã & sonorização |||||||

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MCS: Ainda falando do seu trabalho no mundo Árabe (Istambul, Turquia) por exemplo, onde apenas 3% da população se intitula cristã. Trabalhar lá, lhe dá a sensação de recomeçar, já que no começo do seu ministério menos de 5% da população brasileira era evangélica? ASAPH BORBA: Sempre! Um eterno recomeço. Não é um recomeço com gosto de derrota é uma continuidade. Uma conquista. Como foi na Jordânia, não tinha adoração lá. Os irmãos se reuniam pra cantar dois, três hinos no culto, e a gente começou ensiná-los a adorar...Eu tenho agenda pra todos os dias da minha vida se eu quiser e ainda sobram algumas centenas, mas dedico parte do meu tempo para, por exemplo, sentar com cinco irmãos no Oriente Médio e gerar a vida

MCS: Em quais os países o seu projeto “Bridges of Love” está presente? ASAPH BORBA: Síria, Jordânia, Líbano, Turquia, Emirados Árabes, Egito, Iraque, Palestina... já fizemos no Chipre, mas eu não tenho ninguém do Chipre. MCS: Ser exemplo. Qual é o preço disso? Tem renúncia? ASAPH BORBA: Preço? Fidelidade. Ser fiel em tudo. Não deixar nada com a marca da infidelidade. Não pagou a conta? Deu um cheque que voltou? A fidelidade é o preço do meu ministério. A pessoa fiel é fácil de ser seguida. O fiel é previsível. Por isto que as pessoas me acham exemplo de vida. Linearidade... Meu rastro pode ser seguido com facilidade, o que eu prego é fácil de entender, o que eu canto é fácil de reproduzir, eu cedo minhas músicas pra todo mundo gravar. Hoje mesmo eu mandei duas autorizações. Quase toda a semana eu dou duas ou três autorizações. Cedo livremente para os irmãos. Então, isto deixa uma boa marca pela vida à fora. Sobre a re-

“‘Jesus é a minha música mais gravada, mais cantada em todos os países por onde o meu ministério já esteve.”

35


Capa

núncia, eu não a vejo como a principal ênfase da minha vida. Minha esposa tem um nível de renuncia muito maior que o meu. Ela fica com os filhos, nós temos uma filha excepcional, ela que cuida, e o ficar em casa gerindo, né... talvez, seja mais difícil...

MCS: Há grandes tentações na fama, Asaph? ASAPH BORBA: Daí entra a fidelidade. Neste caso, quando você esta sozinho e renuncia um assédio, por exemplo, você não esta renunciando, você esta sendo fiel. Fiel a minha esposa, aos meus princípios, a uma igreja, a um testemunho de vida. Quando um líder de qualquer tamanho cai, sempre cai alguém junto. Se não atingir ninguém, atinge a família. O mecanismo que funciona muito bem pra isso, é aquele de estar submisso a outro ministério. Por exemplo, os meus pastores até hoje são meus pastores. A filha do pastor Erasmo, trabalha comigo há vinte anos. É importante ter pessoas ao seu lado que tenham acesso a sua vida, que possam te dizer: isto é um perigo. Eu já tive irmãos conhecidos do Brasil, que tinham saído de suas casas, largado suas esposas, e eu cheguei e disse: não faça isto! Peguei um avião com a minha esposa e fui para um grande escritório no Rio de Janeiro, e disse: “Não faça isto, Deus me trouxe aqui para restaurar sua família”. Liga pra sua esposa, agora. (Ele disse, a mas eu já saí de casa!) – Liga agora! Deus vai fazer uma obra em sua vida. E Deus fez. Está lá. Vida restaurada, casamento restaurado, acabaram de ter mais um filhinho. Quando uma pessoa para de ouvir os outros irmãos, aí começa a sua queda. MCS: E quando um ministro dá um passo em falso, é possível se levantar e seguir caminhando, novamente?

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MCS: Asaph é verdade que a música “Aos olhos do pai” da Ana Paula Valadão foi uma composição escrita em homenagem a sua filha?

Para Aurora... (Risos) É... Foi, isto mesmo! A Ana quando compôs este cântico, telefonou pra Aurora e deixou registrado que tinha feito uma música pra ela. Disse que ela era uma obra prima, e quando a Aurora fez quinze anos a Ana gravou um vídeo, dizendo a mesma coisa.

ASAPH BORBA: Sim,

mas se ele não res-

taurar sua família, dificilmente continuará seu ministério.

MCS: E se ele construir uma outra família? ASAPH BORBA: Vai ser com o limite de quem construiu uma outra família. Ele vai perder uma porcentagem do seu público. Ele vai perder uma porcentagem de sua atuação, do seu testemunho, da sua autoridade espiritual. É uma pessoa que nunca mais terá plena autoridade espiritual. MCS: Mas nem por isso ele estará para sempre errado? ASAPH BORBA: Eu não vejo nenhum acerto, por qualquer razão, em destruir a sua família, ou deixar a sua família se destruir. Não há nenhuma realidade espiritual plausível, que diga que a pessoa acertou em deixar esta mulher para casar com outra. Não há fundamento bíblico pra fazer esta afirmação, mas eu sei que acidentes acontecem na vida das pessoas, e se elas não restaurarem tudo o que ficou para trás, elas vão ter que conviver com esta limitação. MCS: Asaph é verdade que a música “Aos olhos do pai” da Ana Paula Valadão foi uma composição escrita em homenagem a sua filha? ASAPH BORBA: Para Aurora... (Risos) É... Foi, isto mesmo! A Ana quando compôs este cântico, telefonou pra Aurora e deixou registrado que tinha feito uma música pra ela. Disse que ela era uma obra prima, e quando a Aurora fez quinze anos a Ana gravou um vídeo, dizendo a mesma coisa. MCS: Sobre a cura da sua filha. É verdade que você não vai sossegar enquanto Deus não curar a sua filha? ASAPH BORBA: Eu não vou parar de pedir! Enquanto a Aurora tiver um fôlego de vida, eu e a minha esposa vamos orar pela cura integral da Aurora. Deus


Asaph borba

e venda. O Benny Hinn usa ela, em suas cruzadas. “Quero mais 35 anos de ministério, no mínimo. Meu grande projeto esta só começando. “

não curou ontem, pode ser que cure

ASAPH BORBA: (Risos)

hoje, ou amanhã... Não muda nada na

mais...

Infinitamente

minha fé, na minha expectativa, na minha esperança. Nós cremos que a Aurora pode ser curada todos os dias, sim.

MCS: Qual é o problema dela, de fato? ASAPH BORBA: Síndrome de Prader-ville. Uma síndrome bem conhecida, mas que dá muita obesidade, uma hipotonia e retardo mental muito grande. MCS: Você conhece alguem no mundo que tenha sido curado desta síndrome? ASAPH BORBA: Não. MCS: E isto não abala a tua fé? ASAPH BORBA: Não. Eu já vi gente ressuscitar. Eu já vi uma criança ressuscitar dentro do meu próprio carro. Um menino que morreu na beira da estrada, eu o coloquei no carro e levei para o hospital orando. E... ressuscitaram o menino no hospital. É o mesmo Deus... Eu não sei quantas variantes há em tudo isto, mas eu tenho aprendido irmão, a no caso da Aurora, especificamente - pra ficar registrado - que o importante pra Deus não é a cura. É o processo. A Aurora é um processo, de muitos processos que Deus permite na vida de homens de Deus. Na vida de ministros. Na vida de pessoas. Cada pessoa tem alguma coisinha que Deus deixa. MCS: E são nestes momento que você canta... “Sim eu sei Senhor que tu és soberano, tens os teus caminhos tens teus próprios planos...” música cristã & sonorização |||||||

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MCS: O que há com sul Asaph? Você é o único nome na área da música que saiu daqui e ganhou grande notoriedade. Por que? ASAPH BORBA: Não sei. Talvez porque as igrejas não incentivam as pessoas a saírem daqui, não investem, não produzem. Poucas igrejas tem a visão de ter pessoas e liberar estas pessoas pro ministério. Todas as igrejas querem o ministro de louvor pra ficar lá. Eu não. Eu fui um homem constantemente, enviado. Se os pastores tiverem a visão de gerar pessoas para enviar, teremos mais pessoas. MCS: Você já fez música para vender? ASAPH BORBA: Não... fazer música é... É sempre um fruto. É o resultado de uma experiência de vida. Não faço música pra vender, mas eu sei que vou colocar em um disco e vai vender. MCS: De todas as músicas que você compôs, qual a que mais te tocou? ASAPH BORBA: Bah... “O Meu louvor é fruto” sem dúvida alguma... “Eu sei que foi pago um alto preço”. E de adoração, “Jesus em tua presença reunimo-nos aqui”. Esta música significa muito pro meu ministério. Ela que me jogou pra fora do Brasil, com muita força. E, claro a música “Jesus”, que é a minha música mais gravada, mais cantada em todos os países por onde o meu ministério já esteve. É a música que mais me gerou dinheiro, recursos

MCS: Asaph, a humildade só vem depois de muito elogio? ASAPH BORBA: Não sei. Acho que o que gera a humildade não é o elogio, mas em nosso caso, é o caráter de Jesus. Talvez esta seja a chave desta entrevista. O que eu mais quero na vida de um homem é que seu caráter seja parecido com o de Jesus. É impossível, uma pessoa que queira parecer com Jesus, não querer buscar a humilde. Humildade não é um resultado. É uma busca. MCS: E, agora, daqui pra frente como será? ASAPH BORBA: Quero mais 35 anos de ministério, no mínimo. Meu grande projeto esta só começando. Meu grande projeto é ganhar mais nações pro Reino de Deus. MCS: Você entrou pra faculdade de comunicação social e está quase se formando. Qual o objetivo de voltar aos bancos escolares? ASAPH BORBA: Entrei, em primeiro lugar (Risos). Bem, quero ampliar toda área de comunicação da Life... O meu credenciamento jornalístico também, é importante, para este andar, porque esta cada vez mais difícil circular pelo mundo, sendo apenas um ministro do evangelho. MCS: Você está com dois livros quase prontos para serem lançados, né? Sobre o que tratam e por qual a editora você deve lançar? ASAPH BORBA: Um é sobre a minha história (Biografia) e outro sobre A adoração como um estilo de vida. Ainda não sei, por onde vou lançar, vamos ver. MCS: Obrigado, Asaph.

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FOTO: ARQUIVO PESSOAL

EDITORIA Setup

Objetos inseparáveis Guitarrista Téo Dornellas revela objetos e equipamentos que fazem parte do set-list obrigatório do seu dia-a-dia P o r Ro b s o n Mo r a i s

S

e o assunto é rock pesado, nada melhor que um especialista. Neste caso Téo Dornellas. Com

passagem por bandas como Kadoshi e PG, o músico tem 17 anos de estrada. Pioneiro em desenvolver uma pegada mais pesada para música gospel, algo inconcebível há cerca de duas décadas quando a música cristã ainda engatinhava, o músico relembra sua história e mostra o que não pode faltar em seu set. Caipira de berço, Dornellas nasceu em Araçatuba, interior de São Paulo. Aos 13 anos de idade, já começava tocando em igrejas evangélicas e montando as primeiras bandas de rock, influenciado pelo virtuosismo que ainda não cabia ao meio cristão. Guitarristas como Yngwie Malmsteen, Paul Gilbert, Steve Lukather e Steve Vai influenciavam e integravam sua planilha de estudos do músico. Com 15 anos, foi integrante da banda Kadoshi, mas logo se encontrou na

dornellas diz que O objeto mais indispensável pra ele é sua pedaleira. Nela estão todos os efeitos que usa nos seus trabalhos, os timbres do CD e de suas performances no louvor da igreja

música estritamente instrumental e se aperfeiçoou em estilos como o jazz , participando, logo depois, de workshops com grandes nomes da música brasileira, entre eles destacam-se Celso Pixinga, Kiko Loureiro, Mozart Mello e João Castilho. Com a música instrumental, Téo desenvolve um trabalho com Adriano Sambatti (Baixo), Ivan Lopes na (Bateria), Jessé no (Teclado). Intitulado Quartfuza, o projeto foca o rock cristão, mesclado com as batidas de groove e fuzion. Antes disso, fez turnê do álbum ‘A Conquista’ com cantor PG. Como artista solo, finalizou no início de 2011 o disco ‘Do Calabouço ao Palácio’, ao lado de Juninho Afram, Edu Ardanuy e Harley Silva, entre outras feras. Um CD temático baseado todo na história de José do Egito. “Procurei compor minhas músicas como se alguém fosse cantar. Pensei na

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música cristã & sonorização |||||||

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Cada músico tem um

forma da música.

Téo Dornellas:

Tentei fugir do CD

ouvido, um gosto por timbres diferen-

guitar-

ciados. Dificilmente, um músico terá o

ra fritando tudo, sem

mesmo gosto 100% de um outro. Por

com

uma

tema, sem

expressão,

sem musicalidade” conta.

isso considero muito importante que um músico tenha, sempre a mão, seu

Há quatro anos endorse

próprio equipamento, pois assim sem-

das marcas Boss Effects, Guitarras

pre terá seus timbres e sons preferidos

Condor, Amplificadores WG, Pedal Wah

a seu dispor, e evitará situações com-

Morley, Luthier Careka, Correias Basso

plicadas.

Straps, Cabos Sparflex, Cordas Soles/ Groove e Palhetas Ferez, Téo Dornellas concedeu entrevista à MCS, falando um pouco sobre sua carreira e o que não pode faltar nos bastidores.

MCS: Possui algum objeto que sempre o acompanha nos palcos? Algo inusitado? Téo Dornellas: Vou falar de dois objetos que me acompanham nos palcos e são absolutamente indispensáveis para mim: o primeiro é a minha bíblia, eu como um músico cristão não deixo de levá-la. O segundo objeto chega ser engraçado, mais ele que me acompanha não só nos palcos, mas em todo lugar, até pra dormir (risos). É meu iPhone. Como estou tentando sempre manter atualizado meu twitter, site e etc, sempre está comigo, e quando o esqueço no hotel, parece que esqueci minha guitarra. Bate o desespero. MCS: Quanto aos equipamentos que utiliza, qual o mais indispensável? Téo Dornellas: O mais indispensável pra mim, com certeza, além da guitarra é minha pedaleira. Nela estão todos os efeitos que uso para os meus trabalhos, os timbres do meu CD e inclusive quando eu toco no louvor da minha igreja. MCS: Qual a importância do músico ter sempre à mão seu próprio equipamento ou por assim dizer “amuleto”?

música cristã & sonorização |||||||

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MCS: Já passou alguma situação complicada por não ter em mãos esse fator indispensável? Como foi e como se saiu? Téo Dornellas: Em um show com PG no Rio de Janeiro, na passagem de som, percebi que a fonte de energia da minha pedaleira estava com defeito. Ela ligava e depois de um minuto desligava. Tinha um rapaz no palco que prontamente me ofereceu outra pedaleira. Eu liguei e tentei usar, mais foi absolutamente impossível, pois os timbres não estavam rolando, os volumes estavam desordenados. Esse show poderia ter sido um desastre, a hora passava e nada de resolver o problema. Mas de repente apareceu um rapaz com uma pedaleira igual a minha e me emprestou a sua fonte. Minha pedaleira voltou a funcionar, foi mais um show abençoado e tudo correu bem. Que sufoco foi esse dia. MCS: Sem citar nomes, qual o objeto mais curioso que já viu um músico trazer consigo e tê-lo como indispensável? Téo Dornellas: Nesse caso vou citar o nome, pois é meu amigo: o PG: Ele sempre leva consigo um lenço que ele amarra no pedestal do microfone. Nunca toquei em um show com ele sem que esse lenço estivesse presente (risos), ele é indispensável já virou até uma marca dele.

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EDITORIA estúdio

FOTOS: ARQUIVO PESSOAL

Produção com sotaque mineiro

O

NossoSom - um estúdio de Belo Horizonte, que já recebeu grandes nomes da música gospel brasileira - é apresentado por Rubem DiSouza e Henrique Portugal da redação

rganizado em 1997 e tendo como só-

os primeiros estúdios mineiros a utilizar o sis-

cios, Henrique Portugual - tecladista do

tema Protools.

Skank - e o produtor Rubem Di Souza, o

Tendo gravado nomes como Cesar

Estúdio NossoSom, em Belo Hori-

Menotti & Fabiano, André Valadão, Mariana

zonte (MG), é a prova de que afi-

Valadão, Antonio Cirilo, Wilsom Sideral, Jota

nidade é o principio de qualquer

Quest, Discopraise, Lô Borges, Milton Nasci-

projeto bem sucedido. O Estúdio

mento, 14 Bis etc o NossoSom conta com sis-

mineiro já recebeu nomes de

tema Protools HD, monitoração Adam S3X/H

peso como André Valadão, Mil-

e um bom kit de microfones. O diferencial do nosso som, como fri-

ton Nascimento, Disco Praise e Lô Borges.

sa DiSouza é o set up dos teclados – e isto

“Tínhamos compatibilidades de

pode ser justificado pois tanto Rubem quanto

projetos e ideias”, define Di Souza, que

Portugal tem esta base – e os equipamentos

antes tocava um home Studio. Logo de-

Hammond B3, Piano Wurlitzer, Minimoog, e

pois da época de fundação, quando ainda

muita velharia. “ Gostamos das coisas vinta-

trabalhavam com uma plataforma Adat,

ges”, diverte-se.

ganharam notoriedade por estarem entre

TALENTO DE FAMÍLIA

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Rubem Di Souza é um dos talentos pro-

cava e cantava, então eu cresci ouvindo

trocar e adquirir conhecimento”, declara.

missores nesta área de produção de mú-

música o tempo todo.” Membro da Igre-

Ao ser questionado se há fórmula para

sica gospel. Nascido em lar evangélico,

ja Batista da Lagoinha, Rubem acredita

um CD perfeito, Rubem Di Souza é ca-

filho de assembleianos, começou a se

que o relacionamento é o segredo para

tegórico. “Para mim o mais importante é

interessar por música aos oito anos de

seu sucesso. “Eu adoro estar com as

a composição e o que não pode faltar é

idade. “Na minha família todo mundo to-

pessoas. Creio que é o melhor jeito de

alma, sentimento e unção.”

música cristã & sonorização |||||||

fevereiro / março 2011


produçãodeáudio abner borba

As freqüências e a equalização Equalizar é trabalhar frequências. Modificar graves, médios e agudos. Em grande parte, é na equalização que se muda o “enlatado” de um timbre. Brilho, peso e presença são palavras conhecidas e exigidas por quem quer um trabalho bem feito. No entanto, muita gente equaliza sem entender como as ondas sonoras atuam em um determinado timbre. Acabam impossibilitados de tirar melhor proveito das frequências. As freqüências audíveis ao ouvido humano são as compreendidas entre 20Hz e 20.000Hz (ou 20KHz). Quanto menos se repete num segundo, mais baixas são as frequências e quanto mais se repetem, mais altas. Daí o conceito de frequências baixas (graves) e médias e altas (agudas). O som que normalmente escutamos, seja de uma voz ou de um instrumento, vem sempre acompanhado de um conjunto de frequências. Como se diferencia um Lá3 de um piano, de um Lá3 de uma flauta (lá3=440Hz)? Toda frequência fundamental vem acompanhada de seus múltiplos (chamados de harmônicos). Logo, os instrumentos até pelas suas características, têm diferentes capacidades de emiti-los. Estes harmônicos são sempre mais agudos que a “fundamental” e o somatório destes harmônicos com sua fundamental, forma o que chamamos de TIMBRE. No caso da flauta e do piano, distinguimos facilmente a diferença sonora entre ambos, porque as características físicas de cada instrumento nos faz ouvir os harmônicos em volumes diferenciados. Assim, pode-se deduzir que quanto mais agudo acrescenta-se em um timbre, mais caracterizado ele fica. Grande parte do que ouvimos está na música cristã & sonorização |||||||

fevereiro / março 2011

faixa dos médios. Subdividindo, temos os médios graves (200Hz a 630Hz), os médios (630Hz a 2KHz) e os médios agudos(2KHz a 6,3KHz). Esta faixa de frequência é a que dá presença à sonoridade dos timbres. É importante ter isso claro, porque às vezes, numa mixagem, notamos que o som de um determinado instrumento

“Brilho, peso e presença são palavras conhecidas e exigidas por quem quer um trabalho bem feito. No entanto, muita gente equaliza sem entender como as ondas sonoras atuam em um determinado timbre.”

ou voz, desaparece no meio dos demais. Damos volume a este instrumento e parece que, mesmo assim, ele não se sobressai. Muitas vezes é porque o som está magro e isto pode ser resolvido acrescentando frequências médias no equalizador (normalmente entre 630Hz e 2KHz). Por outro lado é preciso ter muito cuidado com o excesso destas frequências que pode fazer com que o som fique “enlatado” ou estridente (especialmente acima dos 2KHz). Por fim, chegamos aos graves (20Hz a 200Hz) que tratam do peso ou da profundidade de um timbre. Nesta faixa, temos o contrabaixo, o bumbo, algumas notas de oitavas mais baixas de um teclado, além de outros com sonoridade

peculiar. Subdividindo, temos os subgraves que vão de 20Hz a 63Hz e os graves que vão de 63Hz a 200Hz. Acontece às vezes do som ficar abafado (como se tivesse um cobertor tapando a caixa de som). O abafado tanto pode ser pela falta de agudos como pelo excesso de graves A questão interessante é os graves se sobressaem por si só. Com uma boa captura e caixas de som que favoreçam sua reprodução, fica fácil mixar um bumbo ou um contrabaixo, por exemplo. Sobre o bumbo da bateria, um pouco de 50Hz a 70Hz vai deixá-lo com um som mais gordo e profundo, mas sem esquecer que os agudos (entre 5 a 7KHz) farão com que o “kick” do bumbo (ataque) apareça mais. Cabe ressaltar que o capricho na captação facilita na fidelidade da resposta dos equalizadores. Equalizador não cria frequências. Não adianta, por exemplo, acrescentar agudo na faixa dos 16Khz para uma voz que foi captada por um microfone que responda até 13KHz. Ou querer dar peso em 50Hz num tom de bateria, se ele soa a partir de 170Hz. Se o som está bem captado na fonte, teremos sucesso na equalização.

ABNER É diretor do estúdio Life, Fez especialização no segmento de sonorização nos Estados Unidos e como produtor de áudio já trabalhou ao lado dos grandes nomes da música gospel brasileira, executando projetos para a igreja na Alemanha, Portugal e vários países da América Latina e Oriente Médio. Atualmente, ministra cursos sobre áudio e sonorização em Igrejas de todo o país.

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Diailze Pacito

fonoaudiologia

“Músicos, cantores e ministros devem conhecer os meandros do funcionamento da voz a fim de não prejudicarem a sua, nem a da dos componentes de sua equipe. “ mentos, em especial diuréticos e moderadores de apetite. Muitos deles reduzem a quantidade de liquido no organismo, ressecando-o. ❱❱ Evite “sprays”, balas e pastilhas, pois provocam uma FALSA sensação de conforto vocal e mascaram a dor do esforço vocal, prejudicando grandemente as mucosas das pregas vocais.

Conhecendo melhor a sua voz A voz é um dos instrumentos que nos permitem expressar sentimentos, pensamentos e palavras. Em termos funcionais a voz é o som produzido no trato vocal, originado a partir da laringe. A laringe é um tubo composto de cartilagens, localizada no pescoço. Internamente a ela encontramos as pregas vocais (pregas de musculatura), que são as estruturas responsáveis pela produção do som. As pregas vocais são duas e encontram-se em posição paralela ao solo, como se estivessem deitadas. Para produzir a voz uma sequência de atos coordenados precisa acontecer. Assim, inspiramos e colocamos o ar nos pulmões. Neste momento as pregas vocais se afastam da linha mediana da laringe. Quando o ar, advindo dos pulmões, é expirado, há uma junção vibratória no

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música cristã & sonorização |||||||

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movimento das pregas vocais na linha mediana. Estes ciclos vibratórios em velocidade acentuada produzem a voz. Quanto maior a velocidade dos ciclos, maior será freqüência do som produzido (grave ou agudo). Conhecer nossa voz nos ajuda a utilizá-la de forma adequada, buscando os cuidados necessários para sua conservação. Músicos, cantores e ministros devem conhecer os meandros do funcionamento da voz a fim de não prejudicarem a sua, nem a da dos componentes de sua equipe. A seguir, dicas e cuidados especiais que você deve ter com a sua voz:

❱❱ Alimentos leves, verduras e frutas bem mastigadas relaxam a musculatura das mandíbulas, melhorando sua articulação e tensão na região laríngea. ❱❱ Evite competição sonora. ❱❱ Realize exercícios de aquecimento e desaquecimento vocal antes e depois de suas apresentação. importante

Os distúrbios vocais ocorrem em decorrência da má utilização e hiperfunção do uso da voz. Ao observar que as alterações vocais como: rouquidão, dor na garganta, sensação de esforço, perda de voz, ardência ou cansaço vocal perduram por mais de 10 dias, procure um médico Otorrinolaringologista e/ou um Fonoaudiólogo.

❱❱ Procure ingerir água em temperatura ambiente durante suas performances. ❱❱ Procure ingerir sucos cítricos e não açucarados. ❱❱ Evite refrigerantes, cafés, chocolates, leites e seus derivados antes de suas performances. ❱❱ Tenha cuidado redobrado com medica-

DIAilze é graduada em fonoaudiologia pela puc-sp e exerce atividades na área de fonoaudiologia clínica e educacional, além de assessoria fonoaudiológica.



especial O ESTÚDIO TONELADA grava vários artistas independentes evangélicos e seculares também.

Por Viviane C a sta n h e i r a Fotos: Arquivo Pessoal e Viviane Castanheira

Da escolha do repertório a masterização. Conheça as etapas do processo de gravação de um trabalho fonográfico, e saiba quanto custa, em média, gravar um CD

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música cristã & sonorização |||||||

Ficha técnica Q

uando olhamos a ficha técnica de um

mentos e da voz principal; Edição; mixagem

CD, muitas vezes, ficamos intrigados,

e masterização (veja quadro explicativo sobre

nos questionando como se dá cada etapa de

cada uma dessas etapas). “Pode se comparar

um projeto fonográfico, desde a concepção

a mixagem e a masterização com o preparo

intelectual até a prensagem e distribuição

de um bolo, onde a mixagem é o processo

nas lojas. Para diluir qualquer dúvida, a Re-

de inclusão de ingredientes, maneira que se

vista Música Cristã e Sonorização foi atrás

mistura, dose exata de cada medida e tudo

dos melhores profissionais e estúdios de gra-

mais até o momento do bolo ficar pronto ao

vação evangélicos do país para buscar infor-

estar já assado. Nesse momento o bolo esta-

mações sobre o tema.

ria pronto, mas não finalizado. A masteriza-

Fomos ao Reuel Studios que é conhecido pela aparelhagem de última geração e con-

ção seria o confeito, o toque final”, compara o gerente técnico.

siderado um dos maiores da América do Sul.

Segundo Rogério, para cumprir todas

O local pertence à cantora Cassiane e a seu

essas etapas não é necessário um investi-

marido, o maestro Jairo Manhães. O Gerente

mento tão alto, há gravações para todos os

Técnico do Reuel, Rogério Lopes, explica que

bolsos. “Um projeto independente que englo-

o processo de gravação pode ser dividido em

ba todo o processo de gravação desde o arran-

cinco etapas: Gravação com instrumentos de

jo musical, passando pelas cinco etapas cita-

base e da voz guia – gravada pelo cantor para

das acima, pode ficar em R$20 mil. Esse valor

“guiar” os músicos; gravação de outros instru-

inclui cachês de músicos, produtor musical,

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ficha técnica

REUEL stúdio pertence a CASSIANE E JAIRINHO MANHÃES

além de equipe técnica e horas de estúdios”,

projeto. Um cantor que quer gravar projetos

explica Rogério. Ele afirma ainda que fora do

mais elaborados, tem que primeiro contratar

estúdio, há mais duas etapas que devem ser

um grande produtor musical que será mais

percorridas pelo cantor: o projeto gráfico e a

exigente com a parte técnica e irá trazer

prensagem. “Se acrescentamos mais essas

maior complexidade aos seus arranjos mu-

duas etapas, com uma tiragem mínima de

sicais, solicitando uma maior quantidade de

1.000 cópias, que engloba fundo de caixa, en-

músicos como orquestras, metais etc. Nessa

carte e todo material gráfico, deve ser acresci-

área de atuação, o compositor, cantor, arran-

do mais 5 mil reais ao valor do projeto”, assi-

jador e produtor musical Jairinho Manhães é

nala Rogério que faz uma conta matemática

referência de qualidade. Casado com a canto-

para demonstrar que apesar do investimento

ra Cassiane o pastor divide o seu tempo entre

é possível ter lucro. “Hoje é mais fácil gravar,

as produções da esposa e de vários cantores

pois se tem tecnologia para se fazer isso com

evangélicos que o procuram para ser o “ma-

relativo baixo custo. Tomando por base o

estro” de seus projetos. “Quando pego um

preço final de cada CD, a 15,00, 1.000 cópias

projeto para fazer, faço o arranjo e a produ-

vendidas ao consumidor final daria 15 mil.

ção musical. Porque na produção de um disco

O projeto total sai por 25 mil. Portanto, inves-

você tem que ter um objetivo claro, não pode

timento de 10 mil reais apenas. Se a tiragem

ficar perdido. E no caso do CD evangélico que

inicial for de 2.000 cópias ao invés de mil, ren-

tem vários estilos, cada denominação tem

dimento será de 30 mil reais, ultrapassando

suas preferências. Nós temos que conhecer

os 25 mil reais de investimento”.

bem o artista e sua igreja para oferecer a ele o

A diferença de uma gravação modesta

que ele precisa”, conta Jairinho que é forma-

para uma mais elaborada está diretamente li-

do pela Escola de Música Villa-Lobos do Rio

gada à produção musical, arranjos e também

de Janeiro.

ao destino para o qual se direciona aquele música cristã & sonorização |||||||

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A diferença de uma gravação modesta para uma mais elaborada está diretamente ligada à produção musical,

O produtor Musical Rogério Vieira tam-

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EDITORIA especial

As 5 etapas da gravação 1

acima: bateria dw no estúdio tonelada abaixo: Natan Brito cuida pessoalmente dos detalhes de produção do 15º cd da banda & voz

Gravação de base: que envolve bateria, baixo, piano. Nessa etapa participa também o cantor fazendo a chamada “voz guia” e analisando junto com o produtor a possibilidade de mudanças de arranjos, tom da música, entre

outros. Obs.: Nessa primeira etapa, a gravação de base, pode ser inserido outros instrumentos para agilizar o projeto. Isso depende do entrosamento da banda.

2

Complementos de gravação: é a inserção de outros

3

Edição: essa etapa consiste em preparar tudo que foi

instrumentos como guitarra, violão, cordas, gaita, acordeon, metais, backing vocal e finalização com a voz principal, que irá substituir a voz guia feita lá na gravação de base.

gravado para o próximo processo, na verdade é uma “limpeza” das sessões de gravação, descartando aquilo que não será utilizado na próxima fase. É nessa fase que é pos-

sível fazer mudanças e escolhas de áudios que foram gravados e que não serão aproveitados. Nessa etapa, pode ser feito o processo de afinação de voz, caso seja necessário.

4

Mixagem: consiste em trazer equilíbrio a tudo que foi gravado. Existem diversos instrumentos que foram gravados e é na mixagem que se faz essa avaliação. Analisando a proposta do projeto, a concepção, estilo musical, tendo

cuidado com a dinâmica da música e assim por diante. Cada instrumento deve soar corretamente, cada um no seu espaço, sem atrapalhar o outro. Isso é um processo demorado, principalmente nos projetos mais completÉcnico de Áudio do Reuel Estúdio

xos onde se tem muitos instrumentos que soam na mesma faixa de freqüência, tendo o cuidado de não alterar o arranjo musical e nem a dinâmica desejada pelo produtor musical.

5

Masterização: Consiste em equilibrar o projeto num todo pra que uma música não soe diferente da anterior ou posterior ao que se ouve num CD. Um CD de 10 faixas deve ter um equilíbrio de volume pra que ao sair de uma

faixa não tenha diferença na faixa seguinte. Isso se refere também a equalização e efeitos. Muitas vezes a taxa de compressão para se obter um volume maior ou na verdade um ganho maior é utilizada de forma errada, fazendo com que o projeto não soe bem aos nossos ouvidos. Fonte: Reuel Stúdio

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música cristã & sonorização |||||||

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EDITORIA ficha técnica

bém está envolvido em grandes projetos fono-

jeto fonográfico bem sucedido”, afirma Ro-

gráficos. Rogério costuma assinar a produção

drigo que é engenheiro de gravação, músico,

musical dos cantores da gravadora MK Music

produtor musical e arranjador. Loli diz gostar

e por conta desses trabalhos, foi indicado vá-

de trabalhar as ideias das bandas que ele pro-

rias vezes ao Grammy Latino tendo recebido

duz. “Tem produtor que usa as mesmas fór-

três estatuetas. “Graças a perfeita vontade de

mulas para todo trabalho que realiza, eu gos-

Deus é que tenho sido indicado como Pro-

to de ouvir o meu cliente. O CD tem que ter a

dutor Musical à categoria Melhor Álbum de

cara do artista e não do produtor. Nós somos

Música Cristã Brasileira. Nunca deixamos de

‘tradutores’ do momento do artista, daquilo

participar da premiação e acabamos ganhan-

que ele deseja, traduzimos as emoções para

do em 2006 e 2007 com a cantora Aline Barros

a linguagem musical. Prefiro lapidar as idéias

e agora em 2010 com a cantora Marina de Oli-

que me são trazidas pela banda, apesar de

veira. Ganhar um Grammy é algo inusitado,

também fazer arranjos originais”, relata.

eu sonhava com isso desde os meus 14 anos

Rodrigo Loli está lançando um selo mu-

e aprouve a Deus me dar a graça de realizar

sical este ano, o Cena Sonora que já conta

esse sonho já três vezes!”, relata o produtor

com sete artistas, mas tem perspectivas de

que estuda música desde os cinco anos de

aumentar esse número para 25 até o fim do

idade. Ele explica que seu trabalho é coorde-

ano. “Percebemos entre os artistas que grava-

nar e gerenciar todas as etapas da gravação

mos que eles precisam de uma estrutura me-

de um fonograma, desde a escolha de reper-

lhor para lançar o seu produto, então resol-

tório até masterização. “Caso haja necessida-

vemos ajudá-los, assessorando-os em todo o

de o Produtor Musical também participa da

processo para o lançamento de um álbum”.

criação da imagem e início da carreira de um

O cantor, compositor e produtor musi-

artista. Muitas das vezes o Produtor Musical

cal Natan Brito conhece os dois lados dessa

é chamado pra produzir um artista já ‘pron-

moeda. Líder e vocalista da Banda & Voz, um

to’, outras vezes, ele pega um produto bruto,

dos grupos evangélicos mais antigos e co-

um artista novo e cria um grande projeto.

nhecidos no meio, a Banda & Voz já passou

Existem muitas coisas que cooperam para o

por várias gravadoras e já sentiram na pele as

sucesso de um projeto, creio que escolher o

dificuldades enfrentadas antes, durante e de-

produtor certo é uma delas”. Para Rogério, as

pois da execução de um projeto fonográfico.

etapas mais interessantes durante o proces-

No momento, o grupo está no casting da Gra-

so de gravação são a montagem do repertório

ça Music, mas já passou pela MK Music e Line

e a mixagem em si. “Elas são a estrutura bá-

Records. A Banda está em estúdio gravando

sica de tudo, um bom repertório já traz nele

seu 15º CD e a produção do disco está com

ótimos arranjos. Ótimos arranjos geram boa

o próprio Natan, que cuida pessoalmente de

execução dos músicos, a soma disso tudo nos

cada detalhe do novo projeto e a co-produção

dá uma ótima mixagem e por fim um ótimo

de Gerê Fontes. “Já fizemos as bases, coloca-

produto. Se houver uma falha em cada etapa

mos guitarras, violões e teclados, já entra-

o projeto todo está fadado ao fracasso”, alerta.

remos com as vozes. Estamos em processo

Rodrigo Loli, proprietário do estúdio de

de finalização“, conta Natan que está muito

gravação Tonelada, em São Paulo, também

feliz com esse novo trabalho que se chama

concorda quanto a importância da escolha do

“Família”. “A sensação é de um novo come-

repertório para o sucesso de um projeto mu-

ço, sempre é diferente. Ainda mais hoje com

sical. O Tonelada grava vários artistas inde-

a globalização e a tecnologia podemos fazer

pendentes evangélicos e seculares também.

grandes proezas nas gravações”, finaliza Na-

“O artista pode ter à sua disposição os me-

tan que já participou da produção de CDs da

lhores equipamentos e instrumentistas, mas

Cristina Mel, Marina de Oliveira, Léa Mendon-

se não tiver um bom repertório, de nada vai

ça, Yerushalém, entre outros.

Jairinho ManhÃes DIZ QUE Quando pegA um projeto para fazer, faZ o arranjo e a produção musical.

Rogerio Lopes, É gerente tÉcnico do Reuel stúdiod

adiantar. Boas canções são a base de um promúsica cristã & sonorização |||||||

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EDITORIA especial

Onde está o produtor? O mercado de produção de espetáculos de música gospel sofre com a falta de profissionais qualificados Da Redação

N

ão há como negar. Faltam produtores

dogma instituído de que “como é para Deus”, a apreciação da arte e o profissionalismo ficam em segundo plano. E quando a coisa ganha um tom “profissional” ele se resume apenas à contratação de empresas forneceiluminação.

qualificados no segmento da música

Não existem ou são poucas as empre-

gospel no Brasil e ao que tudo indica, esta es-

sas produtoras de eventos, de relações públi-

cassez deve se potencializar ainda mais, nos

cas, de assessoria de imprensa e, menor ain-

anos seguintes.

da, os produtores profissionais voltados para

Segundo relatório da SEPAL, até o ano

este mercado. Segundo o experiente produtor

de 2020, o Brasil terá 50% de sua população

Renato Pimentel “o problema dos eventos

pertencente ao ramo evangélico e um dado

gospel não está nem tanto em sua realizacão,

como esse suscita questionamentos, uma vez

mas em seu planejamento, que geralmente é

que abre grandes possibilidades de mercado

feito por amadores.” Renato que tem nas cos-

para a cultura e a arte evangélica, principal-

tas realizações seculares como Rock in Rio,

mente com eventos musicais. Ao mesmo

Hollywood Rock, Criança Esperança, Show da

tempo que a notícia é animadora, é também

Xuxa e turnês de Madonna, Michael Jackson e

desafiadora. Tudo porque o mercado gospel

Roberto Carlos, afirma que o meio evangélico

brasileiro carece de muita mão-de-obra e in-

é um grande mercado para eventos, mas está

fraestrutura qualificada.

muito atrasado em termos de organização

Existem várias explicações para isso.

em comparação ao profissionalismo do meio

Talvez a primeira delas seja cultural. O povo

secular. Não se criou uma cultura cristã base-

evangélico está acos-

ada na excelência das realizações. O zelo está

criar,

no bolso, no orçamento de quem contrata e

produzir e receber

não no resultado final para o público e, prin-

eventos de maneira

cipalmente, para Deus” argumenta ele, que

gratuita, informal e

produziu eventos como a turnê É Claro Que É

amadora. A grande

Gospel e a gravação do DVD Tudo de Bom com

maioria dos even-

Rebeca Nemer e o último de Mara Maravilha.

FOTO: arquivo pessoal

tumado

a

ções, Ana Claudia Barbosa, o problema tam-

cursos dos templos

bém recai sobre a dificuldade dos organiza-

usando

utilizando-

dores evangélicos de levantar parcerias com

-se do “muti-

patrocinadores. “Muitas marcas não querem

rão”, ou seja, da

ver seus nomes associados à cultura gospel

união de forças

no Brasil. Entretanto, as empresas não enxer-

de várias igre-

gam que essa imensa população evangélica

jas que se aju-

também utiliza serviços de operadores de te-

dam, cedendo

lefonia, andam nos mesmos carros, usam as

equipamentos,

mesmas marcas de roupas” enfatiza.

ou Ana claudia, da aw produtora, revela que Muitas marcas não querem ver seus nomes associados à cultura gospel no Brasil.

estrutura e pes-

Apesar destas dificuldades, o número

essa

de grandes eventos tem aumentado significa-

perspectiva cultural,

tivamente no país. Com o aumento de renda

soal. Sob

fevereiro / março 2011

Para a diretora executiva da AW Produ-

re-

igreja,

música cristã & sonorização |||||||

quase como sacrilégio. Isso sem falar num

doras de sonorização, estrutura de palco e

tos se dá na própria

48

palavras como ingresso, cachê e lucro soam


EDITORIA onde está o produtor?

FOTO: ARQUIVO PESSOAL

e a estabilidade econômica, é cada vez mais possível a formação de estruturas para eventos de grande porte. “Não acredito que o público cristão brasileiro não tenha interesse em pagar e assistir a mega-espetáculos” defende o diretor executivo da divisão gospel da

“Não acredito que o público cristão brasileiro não tenha interesse em pagar PARA assistir a megaespetáculos” diz maurício soares

Sony Music no Brasil, Maurício Soares.” O problema geralmente recai sobre a estrutura física. Não temos casas de shows voltadas para este público, nem produtoras especializadas. Logo, o que acontece em 70% dos casos, é ver o artista se apresentando nas igrejas. No máximo em eventos promovidos por algumas redes de rádios ou mega- igrejas.” Para Soares, nestas ocasiões, a plástica e a estética não é tão levada em conta, nem pelo contratante, nem pelo próprio artista, com raríssimas exceções. “O próprio artista também deveria se preocupar em investir em performance, em equipamentos, em estética de show. Não há nada de errado nisso. Pelo contrário, só valoriza a qualidade da adoração” completa. O que justifica muitas vezes o argumento do próprio público.

preço do ingresso”. Portanto, a formação e profissionalização da figura do produtor evangélico, que é o

Para Rogério do Nascimento, que mora

elo entre artista ou igreja e a materializacão

em Erechim, interior do RS e é um apaixona-

do evento poderia ser a grande saída para a

do pela arte, quando o assunto é espetáculo,

qualificação dos eventos brasileiros. Este pro-

seja gospel ou secular “só vale a pena pagar

fissional, que entende o sistema cultural da

quando a coisa tem qualidade”. Para ele, a

igreja e ao mesmo tempo, entende como fun-

maioria dos artistas no meio gospel ainda

ciona a organização secular de eventos, tra-

tem em si a cultura do amadorismo da igreja,

ria maior garantia de uma produção que não

que não pode ser transportada para eventos

deixasse tanto a desejar em termos técnicos.

maiores, onde se exige técnica, qualidade e

Mercado existe. Quem se habilita?

execução bem acabados, “que justifiquem o

música cristã & sonorização |||||||

fevereiro / março 2011

49


cesar moyses

produçãotécnica A importância da pré-produção A igreja brasileira no século 21, mais do que nunca, tem se servido de eventos e programações especiais. Até mesmo o culto tem se tornado mais elaborado e com conteúdo que foge a liturgia praticada anos atrás. Quer seja um culto ou um evento evangelístico, o planejamento é a chave para uma programação bem sucedida. Esta é a fase onde levantamos as informações gerais chamada de pré-produção. Não vamos aqui dar uma aula de produção, mas traçar linhas gerais para que este planejamento seja simples e facilite sua vida e a vida daqueles que vão participar do seu evento. A primeira dica é muito simples: ponha tudo no papel. Muitas pessoas acham que para eventos pequenos não é preciso, mas esta simples prática cria além de um registro, um procedimento padrão para os eventos futuros. Comece listando as informações gerais do evento como nome, local, data, horário (início e término), objetivo, público estimado, etc. Na seqüência, você precisa tratar do conteúdo. É crucial que todos falem a mesma linguagem, por isso não confie em uma descrição genérica do que vai ser feito. O correto é se reunir com quem vai realizar a programação, com o objetivo de conhecer o passo a passo do que vai ser feito. Já presenciei muitas vezes, situações em que uma das partes subentende algo que a outra nem sequer suspeitava. Para isto, é importante que a pessoa que vai realizar a programação, descreva com detalhes tudo o que vai acontecer neste evento.

50

música cristã & sonorização |||||||

fevereiro / março 2011

Anote tudo, peça detalhes, crie um roteiro e participe dos ensaios. Neste roteiro, você deve colocar o horário e a duração prevista de cada etapa. Isto ajuda na preparação antecipada e também a prever problemas que podem ocorrer na preparação dessas etapas. Um exemplo simples para o que descrevemos: a pessoa que está dirigindo a programação, sabe que a igreja possui microfones sem fio e imagina que é possível utilizá-los em todas as situações. Muitas vezes não é, por uma questão de quantidade, tipo de microfone ou o seu deslocamento. De posse da programação já definida, comece verificando se o espaço disponível é adequado para o evento que se pretende fazer. Analise isto tanto para o conteúdo quanto para ao número de pessoas esperado. Se reúna com os responsáveis pelo som, luz e estruturas e discuta o que vai ser feito. Desta reunião vão surgir os problemas e as soluções. Da parte do som, verifique se o equipamento está dimensionado de maneira correta. Em sua igreja, podem ocorrer problemas simples, como a falta de canais na mesa ou microfones adequados para a situação. Se o evento for musical, peça aos músicos o mapa de palco e a relação dos canais. Se não existir, monte você mesmo este mapa, onde é desenhada a posição correta de cada músico no palco. Se você não tem como atender a banda, comunique o mais cedo possível, para que se encontre uma solução viável. Outro fator importante é verificar

se o local possui estrutura elétrica suficiente para atender o equipamento. O projeto de iluminação pode ser lindo, mas, a carga necessária, pode ser superior à capacidade do sistema. É claro que uma pré-produção engloba muito mais do que escrevemos aqui, mas se você conseguir

“É crucial que todos falem a mesma linguagem, por isso não confie em uma descrição genérica do que vai ser feito. O correto é se reunir com quem vai realizar a programação, com o objetivo de conhecer o passo a passo do que vai ser feito.” prever estes poucos itens, você tem grande chance de realizar seu evento com sucesso. Trate dele com carinho, afinal, o evento é uma ferramenta poderosa quando utilizado de maneira engenhosa.

Formado em Eletrotécnica é empresário, músico, diretor e produtor técnico ativo no mercado profissional gospel desde 1994. Atualmente é consultor técnico e gerente de projetos do Canzion Produções Brasil e conselheiro do Instituto Canzion Brasil.



equipamentos BATERIA ELETRÔNICA DDRUM DD1 Um dos maiores nomes em bateria do mundo lança seu novo kit dd1, uma excelente opção para quem quer aliar qualidade e praticidade. Módulo com 215 diferentes sons de kits de bateria. 20 presets originais de fábrica e 10 para você configurar seus próprios kits. Entrada auxiliar para iPod, MP3 ou CD para tocar junto com sua banda preferida. Conector USB para enviar e receber sinal de um PC ou MAC. Saída estéreo para monitor ou PA, entrada para fone de ouvido

CARACTERÍSTICAS ❱❱ Módulo Ddrum ❱❱ Um pad estilizado para o prato de ataque ❱❱ Um pad estilizado para o prato de condução ❱❱ Um pad estilizado para o chimbal ❱❱ Pedal de controle para chimbal ❱❱ Grupo com quatro pads independentes ❱❱ Um suporte para pedal de bumbo com pad ❱❱ Sistema “Rock” de Rack sólido ❱❱ Entrada Auxiliar.

e conector MIDI. Kit composto por: módulo dd1, quatro pads para caixa, toms e surdo, pad de bumbo, pedal de controle para chimbal, pad de chimbal, pad para o ride, pad para o crash e um prático rack.

CONSOLE DE MIXAGEM EURODESK SX4882 BEHRINGER Os estúdios de gravação e shows ao vivo não precisam investir alto para obter uma excelente qualidade de gravação. O console de mixagem Eurodesk SX4882 da Behringer oferece uma ampla gama de recursos para estes tipos de aplicação com um preço surpreendentemente acessível. Com baixíssimo ruído, este mixer analógico serve para aplicações ao vivo e monitor com grande head room. Características: ❱❱ 24 canais de entrada independentes Mix-B, todos com EQ de 2 bandas, Level, PAN e Mute;

❱❱ 24 pré-amplificadores de mics Xenyx com Phantom Power +48V selecionável;

❱❱ EQ de 4 bandas neo-clássico modelo britânico com 2 bandas semi paramétricas para um som mais encorpado e musical;

❱❱ 8 sub-grupos com solos e funções roteadoras independentes que alimentam simultaneamente, 16 saidas multi track;

❱❱ LEDs de clip e -20dB com chaves roteadoras de EQ In, Low Cut, Mute, Solo/ PFL, Subgrupo e Main em todos os canais;

❱❱ 6 auxiliares por canal: todos com chave de pré/pós fader;

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música cristã & sonorização |||||||

fevereiro / março 2011

❱❱ 6 retornos estéreos auxiliares multifuncionais com controle de nível e balanço, Solo e funções roteadoras extensivas;

❱❱ Função Solo com PFL mais 2 seções de fone de ouvido independentes com monitor completo e seção de talkback com microfone embutido;

❱❱ Pontos de Insert por canal, Grupo e Main; ❱❱ Faders logarítmicos de 100mm e controles giratórios blindados;

❱❱ Porta para expansão com conector Jack universal para melhor conexão com outros consoles;

❱❱ 2 conectores BNC para lâmpadas tipo gooseneck de 12V.


características

equipamentos

❱❱ Importa e reproduz arquivos de áudio (WAV e mp3);

❱❱ Controle de pitch e tempo das músicas importadas;

❱❱ Entrada Guitar/Mic com controles dedicados;

❱❱ Saída para fones de ouvido; ❱❱ Alto-falantes customizados

Player com efeitos p/ guitarra eBand JS-8 Para os “guitarristas de quarto” que adoram tocar junto com suas músicas favoritas, a companhia ideal chegou. O eBand JS-8 é um player de áudio com tudo que é necessário para os guitarristas. Arquivos em WAV e mp3 podem ser inseridos e reproduzidos no equipamento e o tempo alterado. Conecte sua guitarra e toque com suas músicas prediletas usando incríveis amplificadores COSM e efeitos BOSS embutidos. Reduza o volume dos vocais ou partes da guitarra com a função Center Cancel e seja o novo membro de sua banda favorita. E você ainda pode gravar e salvar suas “jams”. O JS-8 possui ainda uma biblioteca de bases e ritmos internos, afinador embutido e metrônomo.

“envenenados” para playbacks poderosos;

❱❱ Amplificadores COSM e mais de cem efeitos derivados da BOSS GT-10;

❱❱ Função EZ TONE: crie timbres incríveis em poucos segundos!;

❱❱ 300 loops de áudio internos para tocar junto com os playbacks e os ritmos; (alguns com efeitos de guitarra préprogramados)

PEDAIS DE EFEITO PARA CONTRABAIXO Quando a criatividade vai além do timbre natural do instrumento, um bom pedal de efeito faz toda diferença para o músico poder mostrar seu talento e criatividade. Por isso a Behringer disponibiliza o que há de melhor em efeitos para contrabaixo, unindo tecnologia ao seu jeito de tocar e tornando este importante acessório numa extensão indispensável ao seu instrumento. Dentre as muitas disponibilidades de pedais, 3 são destaques:

❱❱ Metrônomo e afinador; ❱❱ Grava e salva suas performances;

❱❱ Interface USB para conexão direta com PCs;

❱❱ Importe suas músicas favoritas de CDs para o eBand com o software exclusivo (PC/Mac).

SINTETIZADOR DE BAIXO BSY600 O circuito com tecnologia RSM do pedal BSY600 pode transformar seu baixo num sintetizador de baixo com um simples toque de botão. Com ele, você pode escolher entre 11 diferentes formas sonoras para gerar os sons graves mais incríveis. ULTRA BASS FLANGER BUF300 Enlouqueça seu baixo com os efeitos Flanger, Chorus, Vibrato e Short Delay do pedal BUF300. Ele mantém o som original e clareza de tons através das informações que você mandar por seus controles de taxa, profundidade, manual e ressonância dedicados deste equipamento. AMPLIFICADOR LIMITADOR BLE100

Alcance a tranqüilidade sonora com este indispensável pedal que elimina picos de volumes nas suas linhas de graves, sem matar seu espectro de freqüência nas harmônicas mais altas. Funciona muito bem também para slaps agressivos e batidas de cordas. música cristã & sonorização |||||||

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equipamentos YAMAHA MOTIF XF MOTIF XF6 / MOTIF XF7 / MOTIF XF8

GUITARRA N2 VINTAGE NUNO BETTENCOURT SIGNATURE WASHBURN Para desenvolver a N Series com a Washburn, Bettencourt, um dos

Após o lançamento do MOTIF ori-

maiores guitarristas do mundo, utili-

ginal em 2001, este foi reconhecido

zou seu extensivo conhecimento de

como o melhor som, o “top” de vendas

guitarras e projetou cada guitarra

e o Workstation mais solicitado do mercado.

com dedicação total, resultando em

Ao longo do tempo, ele foi sendo desenvolvido

uma série de guitarras que são uma

e melhorado, proporcionando expressividade e fun-

verdadeira obra prima.

cionalidade. Ao mesmo tempo, a comunidade online de usuários finais, progra-

Um dos produtos de maior des-

madores de sons, desenvolvedores de software e especialistas de produtos do

taque da linha é a N2 VINTAGE,

site MOTIFATOR (www.motifator.com) se expandiram em uma vibrante comu-

uma guitarra projetada para aten-

nidade online de produção musical. O MOTIF deu vida nova às performances

der a demanda dos guitarristas

ao vivo com sua capacidade de expressão e com seus controles intuitivos. Na

profissionais mais exigentes.

LED FLAT - PLS Características: As novas tecnologias de

❱❱ Corpo em Aghatise; ❱❱ Braço em Maple (25,5” de escala);

LED da PLS continuam evoluindo,

proporcionan-

❱❱ Escala em Rosewood;

do cada vez mais luz e

❱❱ 22 trastes em jumbo;

cada vez menos consumo

❱❱ Captação L500 Bill Lawrence Bridge; ❱❱ Trêmolo Floyd Rose; ❱❱ Hardware cromado;

de energia. Destaque para os novos modelos do LED FLAT da PLS, agora ainda mais

❱❱ Efeito strobo; ❱❱ Modo DMX, Master Slave e ativação sonora;

❱❱ Ângulo de raio de 15º;

aplicações bastante diversificadas como palcos,

❱❱ Cor única: natural.

reduzidos e discretos, dando destaque somente a iluminação e cores.

A Condor Music traz a mais nova sensação da Kurzweil para o Brasil. É o teclado SP 76 que foi reformulado e agora está de volta com novo design - compacto, leve e fácil de usar. O teclado Stage Piano, tem 76 teclas semi-pesadas, polifonia de 64 vozes, 128 timbres extraídos do PC3, 128 MIDI Setups e entrada USB; com 11 Kg e fonte externa 5VDC. Confira mais

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❱❱ Dimmer 0 ~ 100;

Por serem compactos e potentes, permitem teatros, shows e até casas noturnas em espaços

música cristã & sonorização |||||||

❱❱ 4 canais DMX;

❱❱ Entrada para CA-8;

TECLADO KURZWEIL SP76 ESTÁ DE VOLTA

54

❱❱ 212 LEDS RGB;

brilhantes e com cores vibrantes e mais fortes.

❱❱ Tarrachas Grover Exclusive;

notícias em www.kurzweil.com.br

Características

❱❱ Bivolt; ❱❱ Peso: 1,8Kg.


equipamentos criação musical, o MOTIF

Características:

não apenas oferece suas próprias

capacidades

de

❱❱ 741MB de memória de ondas, 128 Voices novas e 8 Kits de Bateria Novas: S6 piano, Clavinet, Organ, Synthesizer e kits de Bateria derivados da DTX;

criação, como também oferece um sistema para integrar essas capacidades com

❱❱ 128 performances novas (Adicionais), 1248 tipos de arpejos novos;

uma variedade de aplicações de software. Agora, a

❱❱ Memória Flash expansível via placas opcionais (FL512M/FL1024M);

nova geração XF foi projetada com base no patrimônio

❱❱ 128MB SD-RAM pré-instalados para sampler;

de uma década de MOTIF e proporciona capacidades de

❱❱ Update de Sistema Operacional (Versão 1.1) com função refinada para sampler aumentando a operação intuitiva.

expansão inovadoras com memória flash, o que será o novo padrão de “workstations” dos próximos anos.

❱❱ Sons de altíssima qualidade, incluindo poderosos Pianos e alta capacidade de memória de formas de onda (741MB)

NOVA LINHA DE AMPLIFICADORES CUBE XL Com mais de um milhão de amplificadores CUBE vendidos a ROLAND continua a inovar em tecnologia e design de amplificadores. Agora a família CUBE recebe uma dose de adrenalina com a nova linha XL e seus quatro amplificadores arrasadores: 15XL, 20XL, 40XL e 80XL. Os CUBE XL “esquentam”

seu

timbre

com as incríveis simulações COSM de amplificadores, efeitos incríveis, função PHRASE LOOP embutida e muito mais.

Mixer AM 642D USB Phonic

Do timbre limpo e cristalino ao metal

Com sua poderosa interface de gravação estéreo USB, o mixer AM642D

pesado, a linha XL

USB é a unidade perfeita para gravação de performances ao vivo ou

possui uma varie-

aplicações em home studio. De

dade de amplifica-

operação simples e intuitiva,

dores e efeitos que

este mixer poupa o usuário da

irão

“dor de cabeça” com comple-

os guitarristas, incluindo os pesadíssimos EXTRE-

xas configurações. Com este

ME, Heavy Octave, e Metal Zone, além do lendá-

mixer, um computador e seus

rio JC-120, simulação de violão acústico, simulação

instrumentos, qualquer músico

de Reverb de mola vintage, e mais (confira abaixo

pode fazer gravações de quali-

as especificações de cada amplificador). Todos os

dade em pouco tempo!

amplificadores da linha XL oferecem mudança de

surpreender

canal LEAD e CLEAN, e agora os modelos 20XL, 40XL e 80XL vêm com a opção de um terceiro ca-

Características

nal, chamado SOLO. Com timbres arrasadores em

❱❱ Circuito Audiophile-Quality

❱❱ 2 Sub-grupos com fader e

– pré-amplificadores de microfone de qualidade superior e baixo ruído;

botões de destino L-R;

Bandas;

❱❱ Alimentação Phantom Power

❱❱ 6 canais mono (mic/line); 4 canais estéreo com EQ de 4 bandas;

❱❱ EQ de 3 bandas em todos os canais mono;

global de +48V;

estéreo;

❱❱ Processador de efeitos digital

❱❱ Amplificador de 15 Watts com falante de 8” de alta performance;

❱❱ Dois canais independentes: JC Clean e Lead;

❱❱ Entrada e saída estéreo tipo

❱❱ Três timbres autênticos BOSS para solo, incluindo

❱❱ Master output balanceado; ❱❱ Fonte interna chaveada com

32/40-bit com 100 programas, tap-delay e tons de teste; música cristã & sonorização |||||||

Características

❱❱ Inserts nos canais mono;

RCA - maior conveniência;

❱❱ 3 AUX SENDS; 2 AUX RETURN

troglicerina!

❱❱ EQ Gráfico Estéreo de 9

❱❱ Interface USB Estéreo para gravação em PC ou MAC;

peso e definição, a nova linha CUBE XL é pura ni-

fevereiro / março 2011

conector universal (100-240V, 50/60Hz).

METAL ZONE e o novo EXTREME;

❱❱ Função Power Squeezer, que oferece alto ganho com volumes baixos;

❱❱ Entrada AUX IN para conectar reprodutores de música portáteis.

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EDITORIA/ lançamentos crítica

Aline Barros Extraordinário Amor de Deus MK Music

Você pode amar, você pode não gostar, mas você não pode negar: Aline Barros é uma referência nacional quando se fala em música evangélica brasileira. Ela ditou o segmento, juntamente com Ana Paula Valadão e Fernanda Brum. Daí o fato do mercado secular ter o respeito que tem por ela e que, convenhamos, é mais do que devido. Aparições em programas de grande audiência na Rede Globo como Domingão do Faustão e Show da Virada, só para citar a maior emissora brasileira, shows e participações internacionais junto aos maiores nomes

Regis Danese

da música evangélica mundial, vencedora de vários Grammy Latino, dis-

Família

cos de ouro, platina e todos os quilates possíveis atestam o respeito à essa

Line Records

diva do gospel brasileiro. Mas tudo isso tem uma razão: o esmero e as do-

56

ses equilibradas de ousadia que Aline sempre colocou em tudo o que faz.

O que fazer depois que

Depois de quatro anos sem gravar um álbum de inéditas (especificamen-

sua música vira um hit

te para o público digamos, adulto), Extraordinário Amor de Deus empe-

tão grande, que ex-

nha-se em mostrar uma Aline no seu melhor. Produzido pelos Roupa Nova

trapola o seu próprio

Ricardo Feghali e Cleberson Horsth, o álbum foi gravado parte em estúdio

mercado e vira fenômeno de massa? “Faz um Mi-

(instrumental, voz e vocal) e parte ao vivo (ministrações e público) na

lagre em Mim” poderia ter sido o pesadelo de Regis

Comunidade Evangélica Internacional da Zona Sul (RJ), onde a cantora e

Danese, mas nesse novo álbum Família, ele esperta-

seu marido, o ex-jogador do São Paulo e da Seleção Gilmar, são pastores.

mente muda o drive e concentra suas composições

A sonoridade recebe a clara influência pop de Ricardo e Cleberson, o que

em temas familiares, preocupado com a edificação e

é muito bom. Antenada, Aline sabe o que faz, desde a escolha dos parcei-

os valores da igreja e se liberta disto. Regis, que veio

ros de composição, das letras até os detalhes de arranjos. Destaques para

do meio secular (fez dupla sertaneja como Regis &

as texturas, com loopings na medida certa, guitarras menos estridentes

Raí e fez parte do Só Para Contrariar durante 5 anos)

e mais britânicas, privilegiando pequenos fraseados, reflexo da influência

sabe muito bem, portanto, os ingredientes que devem

internacional no trabalho de Aline. Outro ponto alto são as versões para o

estar contidos num trabalho de sucesso. São 14 fai-

português de “Rei da Glória”, do Third Day, “Teus Para Sempre” e “Rendi-

xas inéditas gravadas durante apresentações no Rio

do Estou” ambas do ministé-

de Janeiro, na Assembléia de Deus de Vista Alegre,

rio australiano Hillsong, sen-

e em Uberlândia, nas igrejas Sal da Terra de Vigilato

do esta última cantada em

Pereira e Quadrangular de Santa Mônica. A gravação

parceria com Fernandinho,

é perfeita, cheia de cuidados e detalhes, que só um

o que mais uma vez atesta

cara calejado em gravações como ele poderia fazer. A

o calibre de Aline em gravar

faixa-título é um reconhecimento do que Deus fez na

e interpretar músicas inter-

própria vida de Regis “te agradeço pelo pão de cada

nacionais, que já são boas.

dia /que o senhor nunca deixou faltar/ a minha família

Uma boa ouvida e dá para

é um presente do Senhor”. Já em “Ressuscita meus

entender o porquê de Aline

sonhos” os desafios da vida são colocados segundo

lotar estádios, teatros e igre-

a ótica de Deus. Régis é um grande construtor de ba-

jas por onde vai. Seu talento

ladas arrebatadoras. E isso, no meio evangélico, é um

é realmente, extraordinário.

prato cheio para mais hits.

música cristã & sonorização |||||||

fevereiro / março 2011


cd’s nacionais

crítica / lançamentos

Flordelis

Marcus Salles

Fogo e Unção

Meu lugar

MK Music

Sony Music

Flordelis é uma vencedora. Sua

Ex-vocalista da 4 por 1, Salles de-

história emociona a qualquer

cola em seu vôo solo com Meu

pessoa com o mínimo de sangue

Lugar. E olha que o avião é luxu-

nas veias. Cuidando de mais de

oso. Com o backup de uma gran-

50 filhos adotivos na sua própria casa, mãe, ex-moradora da fa-

de gravadora, Marcus faz desse seu primeiro álbum, uma estréia

vela do Jacarezinho, sua vida já rendeu um filme com a partici-

bem cuidada. Com a produção de Jamba, o álbum é recheado

pação gratuita de produtores e atores Globais como Reynaldo

de boas sacadas e tecnicamente perfeito em sonoridade e textu-

Gianecchini, Deborah Secco, Marcelo Anthony, Cauã Reymond,

ras. É pop, mas sem açúcar; é brasileiro, mas sem chatice. O bom

Alinne Moraes, Fernanda Lima e muitos outros. Tudo porque o

gosto nos arranjos de “Lindo”, por exemplo, com direito a slide

enredo de Flordelis é o de superação e entrega total à vontade

guitar ao fundo e os vocais femininos suaves, quase que sussur-

de Deus. E tudo isso aparece nesse seu primeiro trabalho, Fogo

rando no ouvido, revelam que Marcus bebeu na boa fonte dos

e Unção, que usa e abusa de uma fórmula vencedora: letras en-

acabamentos americanos de Nashville e Los Angeles. “Amigo de

corajadoras, arranjos grandiosos e produção rebuscada. Temos

Deus” começa lembrando John Meyer. “Eu só quero estar” está

baladas como “Deus no Controle” , baião em “A Minha Família

cheia de overdubs, e poderia ser uma faixa gringa, sem proble-

é de Jeová” , mudanças de andamento em “Deus Mudou Mi-

ma algum. Embora a maioria das músicas é de Marcus e Jamba,

nha História”, que é a própria história de Flordelis e efeitos em

“Aleluia” tem parceria de Aline Barros, o que não é para qualquer

“Recâmara do Rei”. A voz de Flordelis emociona, mas nada se

um. A julgar por essa estréia e se continuar nesse bom gosto,

comparado ao que Deus fez na sua própria vida.

Marcus Salles tem muita pista pela frente para alçar seus vôos.

Gisele Nascimento

Anderson Freire

Rio de Milagres

Identidade

Line Records

MK Music

Facilidade para cantar não falta

Muitas vezes o talento de um

à Gisele Nascimento. Parte disso

compositor sobressai sobre o ta-

se deve à sua formação, já que

lento da própria banda. É o que

Gisele vem de uma família inteira

acabou acontecendo com An-

de cantores. Em Rios de Milagres, ela agora mostra seu lado

derson Freire, integrante da banda Giom juntamente com seus

mais maduro, depois de 4 álbuns. Temas como fé, perseveran-

irmãos, e um dos mais requisitados compositores do segmento,

ça, comunhão com Deus, esperança e vitória predominam nas

que agora lança seu primeiro CD solo, Identidade. São 13 faixas

letras. O disco tem participação do marido da cantora, Rogério

de sua autoria (algumas em parceria), produzidas por ele e o

Teixeira; do pai, Tuca Nascimento que é também o produtor

irmão Adelson, com muito bom gosto. A Giom já estava no se-

e maestro; e do irmão, Michael Nascimento, em “Não Me Es-

gundo CD quando surgiu o convite para Anderson gravar solo.

quecerei de Ti”. Bem cuidado e direcionado aos amantes das

Quanto ao trabalho em si, violões, loopins discretos, tudo na

composições mais pentecostais, este trabalho de Gisele pode

medida certa para não ofuscar a voz melodiosa de Anderson.

ser considerado o mais elaborado. Temos gaitas em “O poder

Destaque para “Identidade”, com um coral reforçando o refrão e

da fé” e belas cordas em “Certeza da resposta”, onde ela diz

a participação de Bruna Karla. Em “Coração Valente”, os arranjos

“não importa o tempo da espera/o importante é a certeza da

mais rebuscados e com cara de apoteóticos dão força para um

resposta”. É um disco de belas baladas essencialmente, como

coração que deve ser estimulado a combater o bom combate

o 6/8 de “Ele vem”, no melhor estilo Bill Gaither, onde Gisele

da vida por aqui. “Imensidão” está pronta para ser cantada nos

pode ter mais espaço para sua voz. O disco tem até a versão de

cultos, pois tem cara de ‘hinão’, o que aqui é um grande elogio. Já

“Look What Has Done”, sucesso na voz de Jaci Velasquez que

em “Canção do Céu” a letra ensaia uma música para ser cantada

aqui ganhou o título de “Não Existe Amor Assim”.

naquele lugar, “onde o Maestro diz que sou especial”. E é mesmo.

música cristã & sonorização |||||||

fevereiro / março 2011

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crítica / lançamentos

Ministério Além do Véu Marcado com sangue

Jozyane

Sony Music

Herança

Os australianos do Hillsong se sen-

MK Music

tiriam homenageados. Pois ao que parece, é tudo o que o Ministério

Como superar um álbum que

Além do Véu gostaria de ser. E em alguns momentos, consegue.

teve indicação ao Grammy Lati-

Nesse terceiro trabalho, Marcado com sangue, agora sob a ba-

no em 2009? Esse pode ter sido

tuta da Sony Music, os irmãos Davis, Manuela e Wagner Oliveira

o desafio implícito em Herança,

emplacam mais um álbum recheado de canções de adoração

novo trabalho da cantora Jozyanne e sexto de sua carreira. Pra

pop. As guitarras de “Para o mundo ouvir” são interessantes, as-

começar, chamou o irmão Josué Lopes, que produziu o bem-

sim como a voz de Manuela em “Sempre o melhor”. Gravado ao

-sucedido álbum anterior. Depois, usou medalhões da compo-

vivo na própria igreja do ministério, o disco possui várias ver-

sição gospel brasileira como Anderson Freire, Vânia Santos,

sões, fórmula que já havia sido aplicada em “Nasci para vencer”,

Wanda Santos, Gislaine e Mylena, Aretuza, André Freire e Kelly

cd anterior da banda, que continha nada menos do que quatro

Cristina. O resultado foi mais um trabalho requintado, cheio de

versões da Hillsong. Desta vez, mais quatro, mas uma de Tim

arranjos grandiosos, corais, metais, orquestra e participações

Huhges, duas do Casting Crows e apenas uma do Hillsong. Nada

especiais como de Eyshila em “Mova o Céu”. Com 6 músicas

contra fazer versões, mas o Ministério Além do Véu tem bala na

gravadas ao vivo e a outra metade em estúdio, com um mega

agulha para criar seus próprios hits, e sabem muito bem fazer

coral, há vozes, aplausos e declarações que emprestam o clima

isso. O sucesso de suas empreitadas anteriores os respaldam,

de culto, como em “Para Tua Glória”. Talvez seja o terreno mais

portanto, não custa nada compor mais e mais.

confortável para Jozyanne, o da ministração junto à igreja. Há também uma regravação emocionante de “Via Dolorosa” um clássico da música cristã e que está presente em seu DVD, ain-

Palavrantiga

da inédito. Mais um belo registro de uma de nossas divas do

Esperar é caminhar

gospel nacional.

Canzion

Beatriz

Fugir do óbvio e buscar na poesia a expressão para sua fé é o caminho

Você é uma Bênção

que o Palavrantiga encontrou para

MK Music

ocupar o seu espaço. A banda, liderada pelo ótimo letrista e vocalista de tom messiânico Marcos

A primeira coisa que chama

Almeida, tem conquistado, cada vez, mais um público carente por

atenção a quem ouve Beatriz é

um viés diferente de rock evangélico, que não se encaixa na linha

seu timbre. Grave, penetrante e

das grandes cantoras e das bandas de “ministérios”. Com 5 anos

poderoso, em muitos momentos

de estrada e um EP lançado de forma independente em 2008,

lembra Alcione, em outros, Ana Carolina. O que é muito bom,

agora, finalmente “Esperar É Caminhar” vem para a superfície, o

diga-se de passagem. Nesse primeiro trabalho para a MK Mu-

chamado mainstream, que, obviamente lhe dá o devido holofote.

sic, Beatriz coloca toda essa força para conclamar a igreja a

Empurrado pela força da internet e das redes sociais, “Esperar É

se levantar, como em “É agora”, faixa que abre o álbum dessa

Caminhar” traz 13 faixas que passeiam por The Killers, Los Her-

cantora com 12 anos de carreira. A produção ficou por conta de

manos, Colplay e U2. Os trabalhos abrem com “Amor que nos faz

Silvinho Santos, que optou por um tom mais clássico ao álbum.

um”, uma dileção sobre o verdadeiro amor. Em “Feito de barro” a

Sem muitos modernismos, metais mexicanos aparecem em

comparação com o início de Vertigo não precisava ficar tão evi-

“Ele É”, que vira uma salsa-merengue, uma balada em “Mate-

dente. Em “Seguro Vou”, o discípulo fala sobre sua jornada, que

mática de Deus” que oferece uma letra interessante, e um forró

tem a segurança do Mestre na caminhada. “Pensei” é quase uma

surge em “Homem e Mulher de Deus”, que está pronto para

homenagem a The Killers e Richard Aschcroft (The Verve), que se

levantar o pó de muito banco de igreja por aí. Mas é o vigor da

mistura a uma bossa nova lá pelo meio, o que revela, no mínimo,

interpretação de Beatriz que é o seu ponto forte, o que sem

bom gosto . Agora, “Casa” - que mereceu até cover de Christian &

dúvida, anima o ouvinte.

Ralf - é sem duvida um hit. É esperar e ver os próximos movimentos desta verdadeira exceção na música evangélica.

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música cristã & sonorização |||||||

fevereiro / março 2011


cd’s internacionais

crítica / lançamentos

Third Day

Hillsong United

Move

Aftermath

Provident/Sony

Canzion

Poucos sons são tão inconfundí-

Hillsong não é uma igreja e tam-

veis como o do Third Day. Muito,

bém não é uma banda. É um mo-

é claro, se deve ao timbre baríto-

vimento. Assim como seus para-

no de Marc Powell e as pegadas

lelos americanos do Passion e

bluseiras de Mark Lee e o tom folk rock da maioria das can-

Jesus Culture, os australianos do United – o lado mais, digamos

ções. Mas a melhor coisa que uma banda pode ter é um estilo,

assim ”jovem” da igreja Hillsong - estão mais preocupados em

uma marca registrada. E temos tudo isso em “Move”, o mais

liderar uma nova geração de adoradores, que busquem a Deus

recente álbum, o 13º, de uma das mais bem sucedidas bandas

“em espírito e em verdade” seja através da música, eventos,

do cenário evangélico mundial. Abrindo os trabalhos, “Lift Up

livros, documentários, escolas, ou simplesmente da devoção

Your Face” tem a participação especial do Five Blind Boys of

pura. Acontece que todo movimento é carregado por algum

Alabama, grupo vocal de cegos, que ficou famoso por sua par-

ícone e aqui é que entra o “estilo” United. Nesse Aftermath, de-

ticipação em álbuns de Ben Harper. Third Day tem uma grande

pois de percorrerem o mundo, inclusive o Brasil, o United dá as

facilidade para transformar musicas em hinos e isso se repete

caras novamente num trabalho de estúdio, o 12º. A sonoridade

em “Trust in Jesus” e “What You got to loose”. Há rocks mais

é totalmente oitentista, com sequencers, teclados e guitarras

vicerais como em “Gone”, com o Hammond B3 fazendo fundo

que lembram Simple Minds, New Order e The Cure. São tantas

às guitarras de Lee e momentos mais intimistas em “Sound of

as referências pop e tanta criatividade que às vezes a gente

Your Voice”.

esquece que se trata apenas de uma banda de louvor de uma igreja. Mas a adoração sincera de Joel Houston, Jad Gillies and

Jars of Clay

JD e sua troupe está presente em todas as letras, como em “Bones” na bela voz de Jill McCloghry. Assim, o United coloca

The Shelter

mais uma vez o trem na linha da adoração e louvor e empura

Sony Music/Provident

tudo para a frente. E todo mundo, como sempre, vai vir atrás.

Impressionados e sentindo na própria pele os efeitos de um

Kerrie Roberts

desastre natural como as en-

No matter what

chentes que atingiram Nashville

Sony Music/Provident

em maio de 2010, os membros do Jars of Clay lançaram na época um EP para ajudar as vítimas que sofreram com tudo

Escutar Kerrie Roberts é se de-

aquilo. Deste projeto e das experências de solidariedade e es-

parar com uma incógnita. Afinal,

forços humanitários vivenciados por eles, surgiu The Shelter. O

nunca se sabe se está diante de

álbum gira em torno do espírito de solidariedade que deveria

uma nova Amy Grant ou não. Fi-

existir entre cristão e não cristãos. Não traz a genialidade cria-

lha de pastor na Flórida, Kerrie cresceu cantando e desde os

tiva dos trabalhos anteriores do Jars, mais ainda assim, está

6 anos, sua voz já se destacava – o que convenhamos, para

cheio de belíssimas músicas, como em “We Will follow” onde o

qualquer americana criada na igreja, é quase um pleonasmo.

desastre é uma paráfrase da vida cristã “para onde tu guiares/

Mas de qualquer maneira, são de sua autoria todas as dez fai-

nós Te seguiremos”. Outro detalhe são as participações ilustres

xas nesse seu debut. E o disco é bom. A faixa título “No matter

de gente como Amy Grant e Mac Powell do Third Day além de

what” parece ter sido produzido por Timbaland, assim como

vários artistas independentes locais, espalhados praticamen-

em “Unstoppable”, mas são perfeitas dentro da estética pop.

te em todas as faixas. O Jars dos tempos de Flood pode ser

Sua voz lembra um pouco a de Carrie Underwood, principal-

sentindo em “Eyes Wide Open”, uma bela canção folk. Shelter

mente em “Take you away”. Mas a versatilidade de Kerrie é la-

emociona, onde diz que “Deus nos deu uns aos outros/por isso

tente, o que permite que além do pop, ela passeie pelo R&B em

jamais andaremos sozinhos”. É. O que há de melhor em nós,

“Keep breathing” e “Maybe I’m afraid”, pelo southern gospel

realmente surge na adversidade. Para o Jars of Clay, isso vale

em “Savior to me”. Onde Kerrie vai chegar, é impossível saber.

para a música, também.

Mas a julgar por esse começo, pode ser longe. Ou não.

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EDITORIA cifras

A Tua Glória Faz Fernanda BruM

Tom: F / (intro) F Bb F/A Gm F/A Bb F

Bb

F9

Gm

Dm

C4

Me tira o medo

F9

Dm

Aumenta minha fé

Dm9

Bb

Dm

Gm

C4 C

Teu derramar de amor me faz dançar

C

Revela quem És

F

F/E

F/D

F/C

F

Dançarei, dançarei, para Tua glória, Senhor

Dm

Tu és Emanuel

F

F/E

F/D

F/C

F

Viverei, viverei, para Tua glória, Senhor

F

Por mim se entregou C

F

Pulsa o meu co-ra- ção

Gm Dm

Bb

F F4

Ao som da Tu-a voz

Bb

Me conta segredos

C/E

C

Me faz flutuar

F

C

Gm

Me leva bem junto a ti

Bb

Bb

Dm9 Dm

Bb

coração

F

Com que eu vo-e mais

F/A

Faz derreter meu

F/A

F

A Tua glória faz

Faz estremecer tudo em mim F/A

F

F

F/E

F/D

F/C

F

Dançarei, dançarei, para Tua glória, Senhor

Dm

Nunca ninguém

Bb

Gm

Gm7/11

G

Viverei, para Tua glória, Senhor

C

assim me amou

G

G/F#

G/E

G/D

G

Dançarei, dançarei, para Tua glória, Senhor G

G/F#

G/E

G/D

G

Viverei, viverei, para Tua glória, Senhor G

G/F#

G/E

G/D

G

Dançarei, dançarei, para Tua glória, Senhor G/F#

G/E

G/D

G

Viverei, viverei, para Tua glória, Senhor (final) G C G/B Am G/B C

Am

Bb

C

1 2

C/E 1

3

2 2

3

4

C4 1

Dm 1

2

3

Dm 1

3

4

F/A 3°

2

3

F

5° 3

3

F/D 5°

2

2 4

F/C

1

1 2

2

4

2

3

3

3

4

4 4

F/E

F4 1

F9

G

G/D

G/B

G/F#

Gm

Gm7/11 1

3

2 2

3

4

3

1 2

1

1 3

2

1

3

2 4

60

G/E

2

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3

4

2

3

1 3

2

2

3 2

3

3

4


EDITORIA cifras

Deus da Minha Vida thalles roberto Tom: F / Intro: Dm Dm7 Bb

Dm7 Bb

Dm7

Bb

Deus meu. Pai meu. Amor meu. Dm7

Bb

Tudo, razão de tudo Dm

Bb

Dm7 Bb

Deus meu. Ar meu. Farol Dm7

Bb

Dm

O farol que eu preciso Bb

Como eu preciso... Dm

G

Eu preciso Te sentir todo dia Dm

G

E olhar pra Tua luz pra não me perder Dm

G

Meu Senhor, Tu és a minha alegria Bb

Eu preciso...

Bb

Deus da minha vida C

Dm7

Fica comigo Bb

Sou a sua casa C

Dm7

Mora em mim

Bb

C

Dm7a

Deixa eu Te dizer o que eu preciso, Pai Bb

Eu preciso do Senhor... Bb

C Dm7

Lalalalala

Bb

C

Dm 1

2 2

3

4

música cristã & sonorização |||||||

3

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Dm7 1

G

2

1

2 3

3

2

3

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EDITORIA CIFRAS

Depois de tudo RESGATE

Tom: D / Intro: F#5 G5 B5 A5 A

D

G

Pra sempre eu vou andar, sem olhar pra tras jamais A

D

G

e sempre eu vou saber, que a tua mão me guarda A

D

G

( F#5 G5 2x F#5 G5 Em )

apenas poder guardar na memoria a minha história A

D

G

Eu quero fazer parar, meus pés diante da tua casa A

D

G

pra sempre eu vou entrar, nos teus átrios com meu canto A

D

G

O tempo pode passar, mas não passam os meus sonhos Em

D/F#

G

Atravessar o deserto e depois de A

( F#5 G5 B5 A5 )

tudo ainda crer na promessa D/F# G D G

A

( F# E D )

Eu sei, eu sei aonde tudo começou D/F# G D G

A

e quem eu sei é fiel pra terminar D/F# G

D G

A

O mal, o mal eu sei bem porque passei Em

D/F#

G

A

Atravessar o deserto e depois de tudo ainda crer na promessa A

D

G

Pra sempre eu vou passar, pelo fogo por amor A

D

G

pra sempre eu quero viver, como um sacrificio vivo A

D

G

Pra sempre poder te dar , aminha longa juventude Em

D/F#

G

A

( F#5 G5 B5 A5 )

viver cada dia como se eu estivesse as vesperas da tua volta

A

A5

B5

D

D/F#

E

Em

F#

F#5

G

G5

1 1

2

3

1

2

1

1

2 3

2

3

1

2

3

2

3

1

2

1

1 2

2

4 3

4

3

3

1

4 3

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música cristã & sonorização |||||||

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4



as 10+ BELO HORIZONTE as 10 mais #

MÚSICA

ARTISTA

1

SABOR DE MEL

2

ELE VAI CUMPRIR

recife as 10 mais

fortaleza as 10 mais

#

MÚSICA

ARTISTA

#

MÚSICA

ARTISTA

DAMARES

1

coração valente

MARCOS NUNES

2

advogado fiel

anderson freire

1

sonhos

chris duran

bruna karla

2

ressucita-me

aline barros

3

de uma forma diferente

cassiane

4

tempo de voltar

arianne

5

nada pode calar um adorador

eyshila

6

aleluia

diante do trono

7

nazireu

rayssa e ravel

3

DEPOIS DE TUDO

RESGATE

3

tempo de voltar

arianne

4

ATÉ QUANDO

ANDRÉ VALADÃO

4

árvore de bons frutos

pregador luo

5

A TUA GLÓRIA FAZ

FERNANDA BRUM

5

minha geração

alex e alex

6

CELEBRAREI

CASSIANE

6

luiz arcanjo

amore mio

7

METADE DO FILHO

ARIELLY BONATTI

7

emerson pinheiro

mergulhei

8

MUDA MINHA VIDA

ALEX E ALEX

8

metade do filho

ariely bonatti

9

NÃO MORREREI

MARQUINHOS GOMES

9

recomeçar

novo som

10

RESTAURA A FAMÍLIA

CRISTIANE FERR

10

saudades

voices

fonte: RADIO 107 FM

8

ele não desiste de você

marquinhos gomes

9

eu preciso te adorar

léa mendonça

10

acontece

andré valadão

fonte: 107 fm

fonte: rádio canaã

chris duran fortaleza

São paulo as 10 mais #

MÚSICA

ARTISTA

#

MÚSICA

ARTISTA

1

um novo vencedor

damares

1

lágrimas de gratidão

bruna karla

2

abraça-me

andré valadão

2

um novo vencedor

damares

3

sou humano

bruna karla

3

Esse Deus é Assim

Rose Nascimento

4

a esperança vive

ludmila ferber

4

Nasci Para Vencer

Marquinhos Gomes

5

ressucita

min. ipiranga

5

Quando Deus Decide

Jozyanne

6

eu vou

fernanda brum

6

Família

Régis Danese

7

eu nunca me esqueci

min. unção de deus

7

Unção de Superação

Léa Mendonça

8

na vasa do pai

thalles

8

Águas Passadas

Marcos Antônio

9

muda minha vida

alex e alex

9

A Música de Deus

Kleber Lucas

10

maravilhoso

min. apascentar

10

Sonhos de Deus

Ministério Ame

fonte: radio vida fm e nossa rádio fm

#

MÚSICA

ARTISTA

1

advogado fiel

bruna Karla

2

Árvore de Bons Frutos

Pregador Luo

3

O meu querer

Paulo Cesar Baruk

4

Deus Da Minha Vida

Thalles

5

A arca da fé

Min. Arca da Fé

6

Marcado com sangue

Min. Além do Véu

7

Dançar na chuva

Fernandinho

8

Passos Lentos

Aeroilis

9

Muda Minha Vida

Alex & Alex

10

Água da vida

Junior Oliveira fonte: Rede mensagem 97,9 fm

64

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fevereiro / março 2011

CE

PE

1 Anderson freire recife

fonte: rádio melodia fm 97,5

damares

porto alegre as 10 mais

1

rio de janeiro as 10 mais

são paulo e belo horizonte

1 MG

RJ

SP

2

pregador luo Porto Alegre

3

RS

1

Bruna Karla RIO DE JANEIRO e porto alegre

RESGATE

BELO HORIZONTE


agenda 4

OFICINA G3 Serra - ES

Praça das Águas Jacaraípe

OFICINA G3 São Paulo - SP

6

Rua José Gomes Falcão, 20, Barra Funda

PG

Belo Horizonte - MG

11

Music Hall

BEATRIZ RIO DE JANEIRO - RJ

12

OFICINA G3 Muriaé - MG

Colina Country Club

ARIANNE

ARIANNE

Rio de Janeiro - RJ

Nova Iguaçú - RJ

AD Ministério R.E.A.L- Realengo

15

BEATRIZ RIO DE JANEIRO - RJ AD Ministério Missão Vida, Barra da Tijuca

16

BEATRIZ ITAGUAI - RJ

Comunidade Betesda

ALEX E ALEX S. JOÃO DE MERITI - RJ

Ministério Apascentar

AD Monte Sião

KLEBER LUCAS Joaquim Távora - PR

Ginásio de esportes, centro

JOZYANNE RIO DE JANEIRO - RJ

17

AD Penha

19

PG SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SP IGREJA AVIVAMENTO BÍBLICO DO JARDIM SATÉLITE

BEATRIZ Teresópolis- RJ

20

21

FLORDELIS ARARUAMA - RJ AD em Araruama

JOZYANNE RIO DE JANEIRO – RJ

Cruzada Evangelística Vila Cruzeiro

18

OS ARREBATADOS

ARIANNE

NOVA IGUAÇU - RJ

CAmpo Bom - rs

IGREJA NOVA VIDA EM CAIOABA

23

24

SÃO GONÇALO - RJ

RIO DE JANEIRO - RJ

RIO DE JANEIRO - RJ

Campo Bom/RS

BEATRIZ

ARIANNE

BEATRIZ

ARIANNE

IBC Barra

AD Ministério do Cates AD Ministério Vinde Ceifa

JOZYANNE SEROPÉDICA - RJ

27

Igreja Congregacional de Agronomia

BEATRIZ Estrada da Agu Branca, 4084

Congregação de Guaica

26

QUATRO POR UM MARINGÁ - PR Vila Olímpica

BEATRIZ NOVA FRIBURGO - RJ

Ass. de Deus Conselheiro Paulino

ALINE BARROS TRAZENDO A ARCA LUDMILA FERBER CASSIANE

4

PAMELA CANAS DOS CARAJAS - PA

5

CENTRO DE EVENTOS DAS ASS. DE DEUS

ARIANNE

Brotas - SP

GURUPI - TO

EVENTO PLENITUDE AD - Avenida Santa Catarina, 2787

ARIANNE GURUPI - TO

6

AD - Avenida Santa Catarina, 2.787

ARIANNE GURUPI - TO

ARIANNE VOLTA REDONDA - RJ

13

Av. Beira Rio, 387 Igreja Presbiteriana Viva

7

PG SANTOS - SP

JOZYANNE TANGUÁ - RJ

Igreja Evangelística Congregacional de TanguÁ

26

Capital Disco Av. Gen. Francisco Glicério, 206

OFICINA G3 GUARUJÁ - SP

JOZYANNE Rio de Janeiro - RJ

8

AD Ministério de Madureira

OFICINA G3

Santa Bárbara D’Oste - SP Usina Santa Barbara

QUATRO POR UM Nilópolis - RJ

Quadra da Beija Flor

KLEBER LUCAS Nilópolis - RJ

Quadra da Beija Flor

música cristã & sonorização |||||||

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9

Fernandinho fernanda brum ao cubo pg recife - pe

chevrolet hall

28

16

ap 16 aracajú - se

março fevereiro

RIO DE JANEIRO - RJ

27

22

22 abril - parque da sementeira

abril

OFICINA G3

65


social

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Marina de Oliveira fala sobre carreira e a música gospel no Brasil para o Programa da Eliana

Fernanda Brum visita o grupo cultural Afro Lata na comunidade de Vigário Geral, no RJ.

Gravação do clipe da música “Tudo Pode Mudar”, da Banda Catedral. Na foto a banda e sua equipe de produção.

O programa Raul Gil - SBT gravou com vários artistas do primeiro “jogo do banquinho” com artistas gospel.

Pamela, Cristina Mel e Fernanda Brum cantam na abertura da Convenção Batista Brasileira, no Rio de Janeiro Artistas e governo debatem sobre o futuro do mercado fonográfico no país

Robinson Monteiro gravando o encerramento do programa, ao lado de José Messias e Raul Gil

66

música cristã & sonorização |||||||

fevereiro / março 2011




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