Apostila Transformação da Alma
TRANSFORMAÇÃO DA ALMA
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A TERRA DA MENTE
A ordem do Senhor é que possuamos a terra pelo lado de dentro. A primeira terra "pelo lado de dentro" que vamos considerar é a terra da mente. As demais são: a terra da vontade, a terra das emoções e a terra do corpo. Nosso Espírito é recriado pelo Espírito Santo, que passa a habitar nele. Somos transformados em santuário, mas a nossa alma precisa ser restaurada. Do contrário, intrusos virão pelo lado de fora, entrarão em nossa alma e bloquearão o nosso espírito. Nosso espírito se expressa através da nossa personalidade, dos nossos pensamentos, nossos sentimentos, nossas atitudes, nosso corpo. E se não pusermos nossa mente em linha com a Palavra de Deus, bem como nossas emoções, nossa vontade e nosso corpo, a vida do Espírito dentro de nós será sufocada. Mas o propósito de Deus é que o inimigo permaneça do lado de fora. Nossa dificuldade reside no fato de que permitimos, o inimigo convivesse muito tempo conosco e muitas das suas ações têm estado incorporadas ao nosso modo de viver. Chegou a hora de erradicarmos essas obras malignas, que Paulo chama "obras da carne". Se não tem havido mudanças em sua vida, desde o seu novo nascimento, algo está errado. Quem nasce precisa crescer, desenvolver-se e caminhar, progressivamente, rumo à maturidade. Consideremos, portanto, a situação da mente, a sede da alma. A mente, ou pensamento, ou intelecto é algo muito importante, extraordinário. Deus deu ao homem uma capacidade de pensar, raciocinar, refletir, criar. Basta olharmos para todas as construções e realizações que nos cercam e veremos as marcas dessa inteligência, dessa mente. Está comprovado que, apesar de tudo, o homem não usou dez por cento de sua capacidade intelectual. Ele tem criado maneiras de superar muita das suas limitações. Por exemplo: Ele queria fazer com que seus pensamentos fossem gravados e criou o alfabeto, a imprensa, as máquinas; quis comunicar-se com as multidões e criou um modo de ampliar a sua voz, o que fez surgir o microfone; quis comunicar-se com outras pessoas à distância e criou a carroça, a bicicleta, o avião, etc; quis vencer o problema de escuridão e descobriu a eletricidade e fez uso dela. Ele está sempre a descobrir, a criar. Ressalva se faça que essa sua criação nada tem a ver com a criação de Deus, que daquilo que não existe faz surgir o que Lhe apraz e da própria morte faz brotar a vida. Contudo o homem usa sua mente para descobrir leis físicas e lançar mão do existente para formar alguma coisa a fim de melhorar suas condições de vida. Desde a roupa que nos cobre ao teto que nos abriga, tudo traz atrás de si as marcas dessa inteligência. Que coisa tremenda é a mente! Mas também que coisa terrível é a mente humana sem Deus! Infelizmente ela tem sido igualmente usada para maquinar o mal. Ela criou todos os mecanismos para ludibriar o seu irmão, roubá-lo, destruí-lo. A mente do homem está corrompida por causa do pecado que lhe é inerente. A natureza pecaminosa herdada de Adão se manifesta também em suas criações e realizações. É aí que temos as armas mortíferas que destroem seu próximo. De fato existem bombas tão poderosas que basta um louco apertar um botão e em poucos instantes todo o planeta será destruído. Olhe toda a engenhosidade para assaltar bancos, casas e pessoas, todo tipo de filme pornográfico e violento, que semeia o pecado e a corrupção, toda forma de jogo para extorquir o que pertence ao seu irmão, e assim por diante. Essas são as marcas da mente do homem, criando o bem e criando o mal. Imaginemos o que seria a mente restaurada! Há de conquistá-la e sujeitá-la a Deus, para que ela encontre seu potencial projetado por Ele para o bem da humanidade e para a glória do seu Criador. A mente deve ser conquistada até que cada pensamento seu seja sujeito à obediência de Cristo Jesus. Em outras palavras, até que cada idéia, pensamento ou raciocínio esteja em perfeita harmonia com a Palavra de Deus. O comando da Palavra é claro: "Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de todas as tuas f orças" (Mc 12.30). Nosso relacionamento com Deus envolve o ser inteiro e o homem só encontrará a além das suas faculdades, dadas por Deus, quando elas estiverem direcionadas para Deus mesmo. Dentre essas faculdades queremos agora destacar o “entendimento”,
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ou seja, a mente.
ÁREA DE BATALHAS: OS PENSAMENTOS A mente não apenas é a sede da alma, mas é também um campo de batalha. Nela alcançamos a vitória ou a derrota. Ela é tão importante que se constituiu o primeiro alvo de Satanás no Jardim do Éden. E o modo pelo qual ele iniciou seu ataque foi através de imagens e pensamentos. A imagem gera o pensamento. Em outras palavras, a imagem é a mãe do pensamento. Este, por sua vez, gera o sentimento e o sentimento provoca a reação. Essa sempre será a estratégia do Diabo. Com imagens e pensamentos ele traz a angústia, o medo, a insegurança, a depressão, a mágoa, a falta de perdão, a rebeldia, a incredulidade, o pecado. Essas duas coisas (imagens e pensamentos) são os elementos básicos com que Satanás trabalha na mente do homem para destruí-lo. Essas imagens serão sempre geradas no reino físico e os pensamentos serão sempre misturados com o engano: um pouco de verdade e um pouco de erro, para que o homem seja levado ao engano quanto ao caráter de Deus, quanto ao próprio homem e quanto a Satanás. Os pensamentos que o inimigo gera na mente do homem dar-lhe-ão uma idéia distorcida de quem Deus é, de quem o diabo é e de quem o homem é. Nesses bombardeios ele pode levar o homem a dois extremos: ou ao orgulho ou à auto depreciação. Tanto o complexo de superioridade como o complexo de inferioridade, embora pareçam opostos entre si, têm uma só raiz: a distorção da imagem do homem, provocada por ataques inimigos na área dos pensamentos. Quando alguém se isola, ou quando é agressivo, ainda que pareçam duas reações opostas, têm ambas a mesma origem. As reações são diferentes, mas a origem é exatamente a mesma: É o bombardeio de Satanás na personalidade do homem, com o fim de distorcê-la até que não mais se vislumbre nela a imagem de Deus. E tudo começa na mente. Olhando ao nosso redor, logo ficaremos estarrecidos com a abundância de manifestações do controle de Satanás sobre a mente dos homens. Hoje há um verdadeiro programa organizado por Satanás e suas hostes, para possuir a mente das pessoas de nossa geração, a fim de se tornar mais fácil o controle do anticristo, que está para se manifestar, sobre as pessoas. Mas o Espírito de Deus quer nos ajudar na conquista da mente para Cristo. Há duas pessoas disputando a posse da nossa mente, uma do lado de fora e a outra do lado de dentro: Do lado de fora, Satanás e do lado de dentro, o Espírito Santo. A quem você a submeterá? A mente é sua, apesar da informação mentirosa do diabo, de que você não pode controlá-la. Ela é sua, e você tem autoridade sobre ela, para incliná-la para onde quiser. Você determinará quem terá domínio sobre ela, que pensamentos e imagens serão nela abrigados. Chegou a hora de conquistar sua mente a fim de colocá-la na direção certa. Ela terá que ser liberta e restaurada. Se há intrusos nela, é preciso expulsá-los, é preciso limpá-la, é preciso reconquistá-la, é preciso fortalecê-la, para que ela seja instrumento de Deus e não de Satanás; que ela seja usada para projetar pensamentos e imagens gerados em Deus e não no reino do adversário. A principal tática de Satanás é a distorção da verdade de Deus na mente do homem. Só há um caminho de se contrapor a esse tipo de ataque: é com a Palavra da Verdade implantada na mente e no coração. Para que se possa discernir um engano, há de ter um ponto de referência, e este é a Palavra da Verdade. Você será capaz de tomar uma decisão de qualidade, para que sua mente seja transformada em um depósito da Palavra de Deus e não das mentiras de Satanás? Tudo quanto fazemos e dizemos é o reflexo do que está na nossa mente. Nossas decisões e atitudes estão refletindo o que ali está. Para que haja mudança de pensamentos, ações e reações, decisões e realizações, a fonte que alimenta deve mudar, pois todas essas coisas são fruto do que está na mente, dos seus princípios, imagens, idéias, raciocínios e imaginações. Mas Deus quer que sejamos o reflexo do Senhor Jesus também em nosso modo de pensar. Aceite o desafio de expulsar o que é contrário à vida de Cristo e a incorporar o que d’Ele vem.
MODOS DE DAR TERRITÓRIO AO INIMIGO
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Possuir uma Mente Não Renovada Isto significa ter uma mente não ajustada aos padrões expressos na Palavra de Deus. Paulo diz que o "Deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos" (II Co 4.4). Por que razão ele cega o entendimento? Porque antes que a mensagem penetre o Espírito ela terá que atingir o entendimento. Em II Coríntios 3.14 Paulo declara que os filhos de Israel não entendiam a leitura do velho pacto porque "o entendimento lhes ficou endurecido", pelo que um véu estava em seus olhos, impedindo a revelação da Palavra. Uma mente não renovada é cega e endurecida. Além disso, leva a práticas que revelam a natureza da ira, como lemos em Efésios 2.3: "todos nós também andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; éramos por natureza filhos da ira, como também os demais”. Se fizermos a vontade dos nossos próprios pensamentos, estaremos no caminho perigoso da passividade da mente e uma mente passiva, como veremos mais tarde, é campo aberto para a infestação maligna. Em Colossenses 1.21 lemos: "A vós também, que outrora éreis estranhos, e inimigos no entendimento pelas vossas obras más". Aqui se fala de uma mente hostil. Portanto, uma mente não renovada é cega, endurecida, passiva e hostil. Isso tudo só revela uma mente natural que não consegue entender as coisas do Espírito (I Co 2.14). Quando chegamos a Jesus o que temos armazenado em nossa mente muitas vezes nada tem a ver com nossa vida. Nossa mente funciona como um computador: só sai o que entrou como programa. O programa que está na mente precisa ser mudado, pois muitas vezes está tão escondido, e ainda assim nos momentos mais inconvenientes vem à tona. O que fazer? Reprogramar a mente tom o programa da Palavra de Deus.
Uma Mente Carnal Uma mente que está baseada na carne, nos sentidos. "A inclinação da carne é morte" (Rm 8.6). A versão Amplificada assim traduz: "agora a mente da carne (que é o senso e raciocínio sem o Espírito Santo) é morte..." Nossa mente pode ser inclinada para a carne ou para o Espírito. Compete-nos decidir. Inclinar-se para a carne significa ser dominado pelo reino dos sentidos, isto é, o que se ouve o que se vê e o que se sente. Inclinar-se para o Espírito quer dizer pensar nas coisas de Deus, na Sua Palavra. Ser carnal é agir de acordo com os próprios pensamentos, o próprio raciocínio, tomar as decisões baseadas na vontade própria alheia a Deus, seguir seu próprio caminho.
Admitir Mentiras e Enganos na Mente Isso acontece quando nós aceitamos raciocínios divergentes da revelação bíblica, muitas vezes por simples ignorância. Os erros doutrinários são encontrados em toda a parte. Geralmente as pessoas não buscam na Palavra um confronto com a verdade e se expõem a tudo quanto ouvem, sem questionar, faltando-lhes á diligência no estudo e a comparação do que ouvem com o que está escrito na Bíblia. Aceitam tradições de homens ou expressões da sua incredulidade como se fossem a verdade de Deus.
A Passividade da Mente Isso ocorre quando a pessoa deixa seus próprios poderes de pensar em inércia e recebe todo pensamento que vem de fora ou que vem desse estado de passividade. Se não usarmos nossa mente, nossa inteligência, ela também não será usada por Deus. Espíritos malignos terminarão controlando-a, pois para que eles o façam buscam uma mente vazia e uma vontade passiva. E um grande engano pensar que para andarmos no Espírito teremos que suprimir a mente, as emoções ou a vontade. Deus nos deu uma alma para que seja usada e não supressa. Nosso culto a Deus, nossa submissão à sua vontade, é algo inteligente, racional, resultado de uma análise, uma resposta, uma escolha, uma decisão da vontade. O propósito de Deus é que nossa alma seja restaurada e não suprimida. Nossa mente deve ser renovada e não aniquilada. Se alguém seguir o caminho da não renovação da mente e da passividade, fatalmente se exporá a maus espíritos.
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Os demônios gostariam de possuir todos os homens. Para tanto eles trabalham na pessoa até que sua mente fique passiva, o que resultará numa vontade igualmente passiva. Quando isso acontece é fácil eles se infiltrarem com pensamentos estranhos, que ficam fora de controle. É por aí que começa um processo que termina em possessão.
CARACTERÍSTICAS DE INFLUÊNCIA MALIGNA NA MENTE Os pensamentos de maus espíritos sempre invadem do lado de fora, entrando pela mente. Nós temos capacidade de pensar, refletir, raciocinar. Escolhemos em que colocar nosso pensamento. Aqueles, porém, invadem pelo lado de fora, com pensamentos fora da nossa escolha ou controle. Entram sem avisar. É preciso rejeitar esse tipo de invasão, pelo exercício da nossa vontade. Se não forem abortados imediatamente, minarão nossa mente e estabelecerão um domínio na área invadida. A segunda característica a considerar é que os pensamentos de maus espíritos forçam, empurram e coagem o homem a agir imediatamente. É algo repentino, que procura levar a pessoa a agir irrefletidamente. São acompanhados de um certo ímpeto para que a pessoa aja contrário ao bom senso. Suponhamos que alguém está em casa e de repente vem um impulso acompanhado de um pensamento: "atire-se da janela”. Isso é pensamento de demônios suicida. Se ele tem a mente passiva será levado a obedecer tal impulso. Cuidado com tudo quanto lhe impulsiona a agir imediatamente, sem refletir, mesmo quando parece vindo de Deus, pois o Espírito não coage, não empurra. Ele atrai, guia, conduz. Se, por exemplo, estamos numa reunião e o pastor está pregando e se levanta um crente e traz uma palavra fora da hora e diz "Foi o Espírito que me obrigou a falar; eu não me pude conter", pode ter a certeza de que estamos diante da manifestação de um outro espírito, que não é o de Deus. Os maus espíritos é que obrigam. "O espírito do profeta está sujeito ao profeta" (I Co l4.32). A terceira característica é que seus pensamentos confundem e paralisam a mente e fazem com que a pessoa já não pense de modo claro. Confusão mental, "branco na mente", é sintoma de influência estranha. Tudo isso tem um objetivo: o controle da alma para dominá-lo sem problemas. Sabendo, no entanto, discernir esses sintomas, facilmente poderemos recusar tudo quanto vem de fora, com o auxílio do Espírito Santo e um sólido conhecimento da Palavra de Deus. Não podemos esquecer que o homem é um ser integral. Se separamos o Espírito da alma e do corpo é apenas questão de estudo. Vivemos, no entanto, como um ser integral, usando os poderes espirituais, intelectuais, emocionais e físicos, tudo dentro dos limites da Palavra de Deus. Qualquer pensamento ou doutrina que visa aniquilar qualquer um desses elementos ou deixá-los fora de controle.
A Estratégia de Satanás: Engano e Passividade A passividade da mente é o principal alvo de Satanás, a fim de dominar o homem. Para que ele exerça esse domínio, precisa de uma mente passiva, que se habitua a não raciocinar, filtrar o que ouve, pois assim acontecendo tudo quanto é lançado nela fica e, conseqüentemente, produzirá seu fruto. Alcançando seu alvo, ele prende sua vítima pelo engano. O que é o engano? E uma convicção errada acerca de qualquer coisa, sem que a pessoa tenha a menor consciência de erro. Ela se convence de que aquilo é a verdade e sua mente está fechada a qualquer pensamento contrário às suas convicções, até que um confronto com a verdade desperte nela o questionamento e a mudança. A pessoa em engano não sabe que está enganada. Precisamos, pois, clamar a Deus, com intensidade, para que sempre nos revele as áreas de engano em nossa vida. Isso deve ser acompanhado de um estudo acurado das Escrituras, confrontando nossas convicções com o que está escrito, usando nosso raciocínio, sob a luz do Espírito de Deus. Se colocarmos em nossa mente o fato de que todos nós somos vulneráveis (atacados) e sujeitos ao erro, conserva-nosemos sob vigilância. Até mesmo certos ensinos bíblicos, que são tão importantes, como a rendição do nosso "eu" a Deus e a nossa "morte em Cristo", podem ser levados a extremos e degenerar em passividade da mente, da vontade e do corpo. Satanás
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busca em nós uma condição propícia para a obra dos seus maus espíritos e, depois do pecado aberto, a melhor forma é a passividade. Deus sempre apela para o uso das nossas faculdades, mas Satanás procura suprimi-las. Ele quer um homem passivo, escravizado à sua vontade, para que possa facilmente manipulá-lo, enquanto Deus apela à nossa vontade e espera uma rendição inteligente, uma decisão de obedecer de boa mente Sua Palavra. As forças das trevas gostariam de transformar o homem num autômato, (uma máquina), alguém passivamente dirigido por suas garras estranhas e invisíveis. Deus, porém, quer ver um homem livre, inteligente, que coopera com Ele, um ser que reflete a imagem de Deus, em pleno domínio de seus poderes, que não se deixa dominar por nenhuma força alheia à sua vontade. Sua própria rendição ao Criador é feita no pleno uso desses poderes. Sem uma clara compreensão dessas coisas será fácil ao inimigo lançar-nos no engano.
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SINAIS E ENGANO Atitude Fanática Um Espírito Fanático é o primeiro sinal de alerta. Ele se manifesta em muito entusiasmo e energia, mas fechado para raciocinar, duro, dogmático. O espírito fanático é o que não consegue ver as coisas por um ângulo mais aberto. Pessoas dominadas por tal espírito são indispostas a ouvir outros, pois julgam-se "senhores da verdade" e dizem ter ouvido a Deus, mesmo que suas idéias sejam totalmente contrárias ao bom senso de interpretação. E por que isso acontece? Pela passividade da mente, que recebe todo um ensino ou tradição e mesmo lendo a Bíblia não consegue ver o que está lá. A pessoa lê a Bíblia também com uma mente passiva. Ela recebe um ensino e assimila-o sem conferir as coisas. Muitas vezes desde a infância ela recebeu uma orientação e passa a vida sem questioná-la. Se ela ouvir algo diferente, fechará sua mente e logo o rejeitará. O fanatismo religioso tem sido a causa de muita tragédia na história da Igreja, de confrontos, conflitos e até mortes. Discussões acaloradas em volta de pontos de vista doutrinários, quando os interlocutores (aquele que fala em nome de outro) se agridem com palavras e fervem por dentro, é uma clara evidência desse espírito fanático. Há um zelo cego no fanático, que o leva à briga e à intolerância. A mente sã pode ter pensamentos diferentes dos demais, mas não se deixa por entusiasmos descontrolados. Ela é capaz de ouvir coisas com as quais não concorda, sem ser discordante, respeitando o ponto de vista do outro e não permitindo que esse tipo de divergência afete sua comunhão com o seu próximo. O fanatismo é o responsável pelo legalismo religioso, bem como o tradicionalismo cego. Olhando para as páginas do Novo Testamento vemos como ele mostrou suas garras algozes. Jesus foi constantemente afligido por ele. Porque Jesus curava no sábado os líderes religiosos se insurgiam contra ele, acusando-O de quebrar a lei, quando Jesus quebrava apenas suas tradições humanas. Quando Jesus não seguia seus costumes, por eles mesmos impostos, sem comissão divina, logo era acusado. Por causa desse espírito fanático levaram Jesus à morte. Paulo também andou às voltas com esse espírito. Ele mesmo foi vítima do seu engano, mas um confronto só com Cristo ressurreto fê-lo render-se. Qualquer pessoa que viva em engano e tem uma mente aberta, não se endurecerá diante da verdade revelada por Deus.
Revelação e Direção vinda através de uma Mente Passiva é Sujeita ao Engano A Palavra nos adverte: "Amados, não creias a todo espírito, mas provai se os espíritos vêm de Deus; porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo" (I Jo 4.l). Para que possamos provar os espíritos, teremos que usar não só nossas faculdades espirituais, mas também as intelectuais, pois as impressões do Espírito são transmitidas à mente e compete-lhe analisálas à luz da Palavra escrita, o que exige uma mente ativa. Se isso não ocorre, todo tipo de engano não terá dificuldades em se infiltrar. A pessoa pode receber uma direção que parece divina, mas não é. Todas as faculdades que temos procedem de Deus e não foram criadas para ficarem inativas. Nossa mente deve cooperar com o Espírito e ser capaz de receber dele a direção, de modo tão claro como entende os sentidos e deles recebe direção. Há quem julgue que não se deve questionar aquilo que parece ser revelação e direção sobrenatural. Se recebe uma profecia de alguém, logo aceita. Acontece que isso é pecar contra o mandamento de provar todos os Espíritos. Todos os canais humanos, por mais usados que sejam por Deus, são imperfeitos e não se pode aceitar cegamente uma palavra, sem prová-la. Todos os sonhos, visões, pensamentos, revelações e direções devem ser primeiros testados a luz da Palavra escrita e as convicções que Deus nos traz ao coração. Tudo quanto vem de Deus suporta o teste. Assim ocorrendo será mais difícil às forças das trevas nos levarem a uma passividade mental, que é porta escancarada para o engano.
O Mau Entendimento da Verdade Este é outro sintoma de engano, produzido pela passividade da mente. A pessoa ouve uma mensagem e isola uma frase de todo um contexto, sem um esforço intelectual de análise do que foi ouvido e chega a conclusões que nada têm a ver com o que 8
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foi ouvido. O mesmo ocorre com a leitura da Palavra. Toma uma frase e não a estuda à luz de toda a revelação e expõe-se ao engano. Pode ocorrer ainda que ouça certos chavões ou ensinos baseados em apenas uma parte da verdade e, por falta do uso" da análise à luz de toda a revelação bíblica, ela sucumbe ao engano. Vejamos alguns exemplos: "Sou mais que vencedor" (Rm 8.37). Engano: não terei lutas nem dificuldades. Verdade: Toda a vitória implica necessariamente na existência de uma luta que lhe precedeu. Se venço, é porque lutei. Sei que a luta virá, mas não temo porque no meio dela Cristo me dará vitória. "Eu tenho a mente de Cristo"(I Co 2.16). Engano: "Eu não devo ter a minha própria mente". Verdade: Ninguém tem automaticamente a mente de Cristo. Ela é residente no cristão porque o Espírito Santo habita nele, mas isso não retira a mente do cristão e a transforma na de Cristo. Sua mente precisa ser renovada para ir se conformando com a de Cristo. Em segundo lugar, ele deverá se submeter à liderança do Espírito e finalmente ter a Palavra habitando dentro de si. Tudo isso exige tempo e crescimento, que é um processo. "Deus me falou". Engano: "Eu sou liderado pelo Espírito, logo não preciso da mente". Verdade: Deus fala através do meu espírito e minha mente deve estar em linha com meu Espírito e entender o que Deus está falando.
A Verdade Não Colocada em Equilíbrio com Outras Verdades se Torna Erro Um sistema de doutrina construído sobre uma única faceta da verdade pode levar ao engano. O equilíbrio está em "todo o conselho de Deus" (At 20.27). Se alguém só prega poder, ou só cura, ou só libertação, ou só batismo no Espírito Santo, uma única faceta da verdade, seja ela qual for, o engano facilmente se estabelecerá. O ensino da Bíblia abrange todos os aspectos da vida cristã e todos nós temos de ser instruídos em todos eles, como Jesus mesmo declarou: "...Ensinando-os a guardar todas as coisas que Eu vos tenho ordenado..." (Mt 28.20). Todas as doutrinas bíblicas estão interligadas e se completam num todo harmônico, dentro de um plano estabelecido por Deus. Quando olhamos para a Bíblia como um todo, descobrimos a presença de um Deus de plano, de propósito, de objetividade, de beleza, de harmonia. Todos os ensinos se encaixam perfeitamente dentro desse plano geral. Eis a razão porque quando alguém toma uma única doutrina e sobre ela constrói todo um sistema, labora em erro e leva aquela verdade a extremos.
Mente Fechada à Luz e à Verdade Este é outro sinal seguro de engano. Toda mente fechada demonstra prisão. Ela adota a atitude de "tenho tudo", "tenho a última revelação", "eu sou o único certo", "pelo meu ministério virá avivamento". Quem julga ter a última palavra em todas as coisas e adota uma atitude de intolerância em relação aos que entendem de modo diferente alguma doutrina, revela estar dominado pelo erro ou engano. Quando Deus traz uma luz sobre algum aspecto da revelação bíblica, não a traz para uma só pessoa. O testemunho interior quanto àquela verdade virá a muitos. Se alguém é a única pessoa a entender uma verdade de um modo diferente dos demais, existe uma boa probabilidade de engano. A mente do homem está em trevas e é influenciada pelo mundo, pela carne, por tradições de homens, pela cultura e pelos sentidos. Ela pode chegar a conclusões erradas a ser bitolada e aceitar o erro. Torna-se necessário, portanto, termos a mente aberta à luz da revelação divina. Se reconhecemos o fato de que todos nós somos tendentes ao erro, isso nos deixará abertos a confrontar nossas posições com a Palavra. Um dos enganos em nossos arraiais teológicos é estudar a Bíblia a partir de conclusões de uma pessoa em um dado período da História da Igreja. Até mesmo as conclusões de concílios são passíveis de erro. Existem vários ensinos que têm sido passados de geração em geração, a partir dessas conclusões. Contudo, qualquer comentário Bíblico, qualquer livro, qualquer compêndio teológico revela apenas o entendimento da pessoa que o escreveu e seu nível de experiência na fase da vida em que ela escreveu. A revelação de Deus é dinâmica, o mover do Espírito é dinâmico e temos que acompanhá-lo. Assim como o homem tem crescido no conhecimento das leis criadas por Deus desde o princípio, a Igreja, à medida que caminha para a maturidade deve
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crescer no conhecimento das revelações divinas, expressas na Bíblia desde os tempos em que elas foram escritas. Para evitarmos os laços do engano devemos estar sempre voltados ao exame das Escrituras, na dependência do Espírito Santo, em atitude de humildade e obediência.
SINTOMAS DE PASSIVIDADE DA MENTE Muitas vezes a passividade da mente é provocada por uma falta de compreensão do lugar da mente na vida de uma pessoa rendida à vontade de Deus e submissa à direção do Espírito Santo. Há quem julgue que a submissão exclui o uso das faculdades mentais, que Deus não precisa do nosso intelecto. A realidade, porém, é que Ele usa o que o homem tem. Ele tanto precisa de um Pedro pescador, sem muita cultura, como de um Paulo bem treinado, para atingir filósofos e governantes. O trabalho ou desenvolvimento da mente não embaraça a operação de Deus na nossa vida. O que a embaraça é o não uso dela, pois isso leva à passividade, que é porta aberta para invasão de forças malignas. O uso da mente por essas forças também impede o desenvolvimento da vida cristã. O saudável e normal desenvolvimento das faculdades mentais é imprescindível para uma atitude de rendição inteligente e cooperação com Deus. O homem é um ser ativo, dotado de ações e reações. Quando existe inatividade onde uma ação se fazia necessária, estamos diante de uma clara manifestação de passividade da mente. Onde existe uma ação descontrolada, como se a pessoa fosse uma máquina sem controle, também a manifestação da passividade está presente. Na falta de ação ou na ação: descontrolada, deparamo-nos com uma obra maligna, que tenta eliminar o uso normal do raciocínio. Um ser humano, em plena posse de suas faculdades as usa de acordo com sua vontade. Quando alguém diz: "não posso pensar", "não consigo lembrar", "não consigo me concentrar", em outras palavras, onde há uma incapacidade de domínio da situação, alguma coisa está errada. A mente está pesada, prisioneira, a pessoa sente como se algo a amarrasse. A esta altura você já deve estar pensando: "será que minha mente é passiva?" Como saber se a passividade mental está se infiltrando em mim? Analisando os sintomas. Vejamos alguns deles.
Pensamentos Repentinos A mente é invadida por pensamentos, idéias e imagens que bombardeiam e chegam sem aviso prévio. É algo que vem de fora. Não procede de uma reflexão ou concentração, que é fruto de uma decisão de se debruçar sobre um determinado assunto. Os sintomas da passividade envolvem pensamentos que são verdadeiros intrusos que penetram sem serem convidados. Esse tipo de coisa acontece acidentalmente com todas as pessoas, mas havendo uma mente ativa, eles são logo abortados. Quando isso acontece com freqüência e a mente não os rejeita de pronto, aí, então, poderemos considerá-la afetada pela passividade.
Paradas Repentinas Do Pensamento. A parada repentina é o que poderíamos chamar de "branco na mente". Nas horas mais inconvenientes, sem qualquer explicação plausível, a mente pára e o pensamento, ou raciocínio, ou análise, é interrompido. Existe aí uma nítida interferência externa. Convém enfatizar que, na vida do cristão, os ataques não procedem de um coração impenitente, que já foi redimido, recriado pela obra regeneradora do sacrifício de Jesus por nós e pela operação do Espírito Santo. Eles procedem de uma fonte exterior, Satanás, ou da carne, que não foi redimida, ou ainda de uma mente não renovada.
Pensamentos Prisioneiros de Certos Padrões. Por exemplo: pensamentos de rejeição. A pessoa vê tudo, analisa tudo a partir da rejeição. Sua conclusão das
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circunstâncias e atitudes das pessoas é irreal, mas em sua mente aquilo é uma realidade. Isso acontece em relação ao medo ou preocupação ou outra área qualquer. O julgamento das coisas não reflete uma análise da realidade, mas conclusões tiradas a partir desses pensamentos de rejeição, medo, preocupação, complexo, etc. Todo o modo de pensar é marcado por esses sentimentos negativos, que convivem com a pessoa e tornam de fato seus pensamentos a eles cativos.
Idéias Absurdas e Sem Sentido. Outro problema é a presença de pensamentos absurdos, sem qualquer fundamento, que não passam de fantasia e engano, como por exemplo: "Sou mais espiritual que os demais"; "meu trabalho abalará o mundo"; "meu ministério é a resposta para os problemas do mundo"; "eu tenho a solução para tudo"; "devo me lançar à vida de fé e deixar de trabalhar"; "vou fazer uma grande obra"; "sou um grande servo de Deus". São verdadeiros chavões enganosos que assaltam a mente e não são confrontados. A mente passiva os deixa entrar e nada faz a respeito. Esse tipo de raciocínio é perigoso. Manifesta uma mente aberta a noções sem qualquer sentido ou fundamento bíblico. São um puro engano.
Imaginação Descontrolada Aqui falamos de uma imaginação falsa sobre as pessoas e coisas, fora da realidade. Uma mente dominada por fantasias constantes. Diante das circunstâncias e das pessoas a imaginação fica sem rédeas e conseqüentemente, impede uma reflexão clara e acertada da situação.
Sonhos e Divagações Uma mente dada a divagações, a construção de "castelos no ar", cheia de fantasias. Todos já tiveram a experiência de divagar uma vez ou outra, mas a mente passiva é assolada com freqüência pelas fantasias, sem controle.
Insônia Muita insônia é motivada por pensamentos descontrolados ou mesmo pêlos sonhos e fantasias, ou ainda pelo hábito de pensamentos de medo, rejeição e preocupação. No momento em que a pessoa vai dormir esses pensamentos povoam a mente, produzem tensão e afastam o sono natural.
Esquecimento Um esquecimento freqüente é sintoma de passividade mental. É evidência da falta de concentração, de ordem e análise na mente. Isso não quer dizer que um esquecimento casual possa revelar a presença de passividade. Falamos daquilo que se torna um padrão, uma constante. É claro que aos primeiros sintomas daremos o grito de alerta e assumiremos o controle da nossa mente para que ela não seja dominada por forças estranhas.
Falta de Concentração O problema aqui se manifesta na incapacidade de concentrar a mente ou atenção por muito tempo em alguma coisa. Parece que os pensamentos estão sempre "voando", ao saber do "vento". Existe uma atenção passiva, que é facilmente despertada, mas uma pessoa normal tem controle sobre sua mente e é capaz de dirigir sua atenção ao que ela deseja. Quando isso 11
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não acontece estamos diante de um sintoma de passividade.
Perda da Habilidade de Comunicação. Aqui tratamos de um grau elevado de passividade. A habilidade de comunicar os pensamentos e idéias vai sendo afetada. Os pensamentos são confusos e torna-se difícil expressá-los c fazer-se entender.
Incapacidade de Raciocinar Todos os seres humanos são dotados de raciocínio. Quando existe um bloqueio mental a tal ponto que a pessoa não desenvolve um raciocínio claro, estamos diante de um sinal de perigo. A incapacidade de raciocinar aponta pra uma prisão na mente. De fato todos os sintomas abordados evidenciam uma obra maligna, que visa suprimir o uso da faculdade de pensar, raciocinar, refletir, julgar, comparar, decidir, com o fim de dominá-la.
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SOLUÇÃO DE DEUS PARA A PASSIVIDADE Coloque a Armadura de Deus Ela nos foi dada para proteção. Dentro dessa armadura destacamos três peças importantes na luta contra a passividade: O Capacete da salvação, que protege a mente contra o engano; o cinto da verdade, que protege contra as mentiras de Satanás e a Espada do Espírito, que é a Palavra de Deus. Todas essas peças têm a ver com a aplicação da verdade, que é o antídoto do erro. O engano é exposto pela verdade. Por ela somos capazes de discerni-lo e vencê-lo. "Conhecereis a verdade c a verdade vos liberará" (Jo 8.32). Quando isso acontece experimentamos a realidade da promessa: "Tu conservarás em perfeita paz aquele cuja mente está firme em Ti; porque Ele confia cm Ti" (Is 26.3). Se firmo a minha mente em Deus, Satanás não me removerá facilmente. Leia (Fl 4.6-8).
O Engano é Expulso pela Palavra. Se a mente é aberta, um confronto com a verdade a leva a discernir o erro e trabalhar na sua libertação. A verdade está expressa na Palavra de Deus. Paulo nos exorta a "não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus" (Rm 12.2). E como saber a vontade de Deus? Na Sua Palavra. Quando começamos a expor a mente à Palavra de Deus, ela vai sendo renovada, restaurada, a verdade de Deus vai sendo impressa, reconhecemos o erro e temos condições de rejeitá-lo. Como descobrimos que temos um erro em nossa vida? Quando nos confrontamos com a verdade. A Palavra traz luz ao nosso entendimento e discerne os propósitos do coração, como está escrito: "Porque a Palavra que Deus fala é viva e cheia de poder (tornando-a ativa, operante, energizadora e efetiva); ela é mais afiada do que qualquer espada de dois gumes, penetrando até a linha divisória do fôlego da vida (alma) e (o imortal) Espírito, e juntas e medulas (das partes mais profundas de nossa natureza), expondo c peneirando e analisando e julgando os verdadeiros pensamentos e propósitos do coração" (Hb 4.12 v. Amp). Se você for honesto, deve tomar a Bíblia porque quer crescer e conhecer a revelação, numa disposição de obediência, pronto para o confronto com a verdade e a mudança necessária, o Espírito Santo lhe trará luz e você irá crescer e aquilo que porventura você incorporou ao longo do caminho, que contraria a verdade de Deus, será exposto, reconhecido e rejeitado, porque onde penetra a verdade, o engano é exposto. Consideremos, pois algumas medidas práticas: Localize a fonte de problema e sofrimento. Não tente fugir. É doloroso perceber que fomos vítimas da passividade e do engano, mas não há o que temer. Deus está conosco para nos conduzir à luz e à vitória. O caminho é encarar a dificuldade, pedindo ao Espírito que revele o coração do problema. Espere para ser iluminado pela luz de Deus, expressa em Sua Palavra, sob a direção do Seu Espírito. Não admita ser simplesmente assolado por um Espírito de dúvida, mas espere no Senhor enquanto analisa a questão e estuda a Palavra. A luz virá por certo. Resista cada mentira lançada em sua mente com textos da Bíblia que se ajustam ao seu caso. Saiba que é um confronto real entre a verdade e o erro. Satanás tentará segurar a área que antes dominava, mas pela sua resistência, sua determinação e firmeza no combate por uma completa libertação, as forças contrárias serão abaladas e demolidas. Lance fora, uma a uma, cada mentira e suas obras. À medida que você é convencido de uma verdade, rejeite a mentira que se lhes opôs e que estava em sua mente. Pode ser que você haja recebido todo um corpo de doutrina cheio de enganos, cada um dos ensinos errados deverá ser lançado fora, com determinação, com o auxílio do Espírito Santo, à medida que a luz chega. Deixe a luz da Palavra penetrar cada área de sua vida. Deus conhece os propósitos do seu coração. Onde há sinceridade e busca, Deus vem em seu socorro. Se você se expõe sinceramente à luz de Deus, ela irá penetrar. 13
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Não se assuste com o processo. Parecerá às vezes doloroso, às vezes demorado, mas o doce Consolador estará no seu lado para orientá-lo em cada área e conduzi-lo em triunfo.
Renove a Mente Depois de ter colocado a armadura de Deus, tendo-se preparado para a batalha, exposto sua mente à verdade de Deus, começa um sério trabalho de renovação. Nosso padrão de pensamentos depende daquilo que tem sido lançado na mente. Portanto, a primeira coisa a ser feita, no que concerne à renovação, é examinar a fonte de seus pensamentos. A estrutura de conceitos, filosofias e pensamentos foram construídos com que ensinos? Muitas vezes estamos sendo alimentados pelos pensamentos do mundo, pelos conceitos expressos nos jornais e na televisão, pelos ensinos enganosos de alguma linha de ocultismo, pela leitura de filosofias influenciada pelo Espírito do erro, paganismo ou idolatria, por conceitos religiosos extraídos de mentes humanas dominadas pelas trevas. Enfatizamos aqui um princípio: nosso padrão de pensamento depende do que alimenta nossa mente. E aqui vai um conselho: nunca ouça ou leia alguma coisa, com uma mente passiva: (sujeita a experimentar sensações e emoções). Nunca se exponha a qualquer forma de ensino sem confrontá-la com padrão da verdade, que é a Bíblia. Para que isso possa acontecer, você precisa de um conhecimento sólido da Bíblia. Qualquer exame exige um ponto de referência. O estudo regular e sistemático da Bíblia é fundamental na renovação da mente. Não estamos falando de uma leitura casual da Bíblia, mas de um estudo acurado. Para que um princípio seja assimilado e estabelecido, temos que nos expor a ele repetidamente. Está provado que precisamos ler alguma coisa de oito a dez vezes para poder assimilá-la. Isso significa que um conhecimento razoável da Bíblia exige uma leitura repetida. Além disso, vem o estudo, a, memorização, a meditação, como modo de viver. As coisas que fazemos automaticamente são aquelas que se incorporam aos nossos hábitos pela repetição. Deveríamos estar tão cheios da Palavra e com a mente tão renovada que, diante de qualquer desafio a Palavra aplicável àquela situação pudesse vir à tona sem esforço. Traga cada pensamento em obediência a Cristo (II Co 10.5). A Palavra de Deus deve ser a fonte dos nossos pensamentos. Cada pensamento intruso que não está em perfeita linha com ela deve ser levado prisioneiro a Cristo. O que isso significa? Tomar consciência imediata de cada pensamento estranho e "dar o grito": "Alto lá, rejeito este pensamento e o sujeito a Jesus Cristo!" Convém salientar que II Coríntios 10.4, 5 fala de fortalezas construídas com pensamentos: "Porque as armas da nossa luta não são físicas (armas de carne e sangue), mas elas são poderosas em Deus para a derrubada e destruição de fortalezas, (visto que) refutamos argumentos c teorias e raciocínios e toda coisa orgulhosa c arrogante, que se levanta contra o (verdadeiro) conhecimento de Deus: e levamos cada pensamento e propósito cativo à obediência de Cristo (O Messias, o Ungido)”. (v. Amp.) A tática de Satanás é edificar em nossa mente verdadeiras fortalezas através de raciocínios, argumentos, teorias, pensamentos, imaginações, idéias, enfim um padrão de pensamento contrário à Palavra de Deus. Usando a própria verdade tornálos-emos prisioneiros de Cristo Jesus. Liberte sua mente da carne (Rm 8.7). O que isso quer dizer? Não estimule a carne. Muitos vivem voltados para os sentidos, o mundo da matéria, a carne produz a morte. Quem deixa sua mente se levar por ela fica com o raciocínio embotado e distorcido. Vivendo numa sociedade que tudo faz para gratificar a carne, entregue aos seus prazeres, convém vigiar e encher a mente com as imagens extraídas da Palavra de Deus e não da enxurrada de sensualidade que é despejada sobre nós através de todos os meios de comunicação. O crente tem a responsabilidade de renovar sua mente. Não há modo de dar expressão à vida de Deus em nosso Espírito, sem um programa de renovação da mente com a Palavra de Deus. A salvação tem que atingir nossa mente, do contrário não haverá posse da terra, das bênçãos destinadas aos filhos de Deus. Há um potencial em nosso Espírito recriado que, para encontrar plena expressão precisa de uma mente renovada, pois sem que isso aconteça não há como fluir. A mente tanto pode ser canal de liberação da vida no Espírito como instrumento de bloqueio da mesma. O que fazemos com a mente vai determinar os resultados a serem colhidos. Deixe que o arrependimento tenha a sua perfeita obra. Sem arrependimento jamais haverá mudanças permanentes.
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Libertação não é substituto de arrependimento, como já demonstramos. Se há cadeias em nossa mente é porque um lugar foi dado ao adversário. É imprescindível agora localizá-lo, expor-nos ao arrependimento e deixar que ele produza sua obra purificadora e pacificadora em nós. Por meio dele cancelamos qualquer direito que tenha sido dado às forças das trevas e nos abrimos ao auxílio do Espírito Santo.
A Passividade é Expelida pela Ativação da Mente Tome urna decisão. A mente será ativada, em primeiro lugar, por uma decisão da vontade. Tudo quanto fazemos na vida passa necessariamente por uma tomada de posição. Diga para si mesmo: "esta mente é minha e vou usá-la. Não permitirei que forças estranhas a controlem”. Essa tomada de posição é imprescindível para vencer as pressões externas que certamente virão. O homem tem uma vontade livre, outorgada pelo próprio Deus e nem Satanás pode violá-la. Guarde isso em seu espírito: Satanás só tem o direito que nós lhe damos. No momento em que assumimos uma posição firme, intransigente, sem retorno, contra ele e seus princípios e a favor de Deus e Seus princípios, ele não tem alternativa senão recuar. Qualquer mudança em nossa vida passa necessariamente por uma firme tomada de posição, uma decisão. Exercite a mente tomando iniciativas. Em cada ação que se faz necessário, não dependa de outros para tomarem a decisão por você. Tome a iniciativa de decidir de acordo com o seu julgamento da situação. Se você não tem exercitado sua mente em tomar decisões, talvez lhe pareça difícil, a princípio, mas prossiga e você estará dando passos para a libertação da passividade mental, à alma, ao Espírito e ao corpo. Muitos se sentem incapazes de tomar decisões até quanto ao que comprar, ao que vestir e ao que comer. Pais super protetores, que educaram seus filhos tomando as decisões que lhes competia, são umas das causas para esse tipo de problema. Mas seja qual for a origem da sua dificuldade resolva tomar decisões, ainda que algumas, a princípio, não sejam as melhores. Não entre em pânico se isso vier a acontecer. É melhor errar em campo do que ficar do lado de fora, como expectador, sem nunca entrar nele por medo de errar. Também aprendemos dos próprios erros e estes podem ser instrumentos de amadurecimento. Exercite a mente pensando. Desenvolva o hábito de pensar, raciocinar, lembrar, entender. Faça exercícios com a mente, organizando seu dia, refletindo sobre textos da Palavra, analisando o que ouve, o que faz, fazendo planos. Não viva cada dia sem refletir, sem planejar. A mente responde ao exercício, à semelhança do corpo. Quando se começa um sistema de exercícios físicos, haverá dores nos músculos, letargia no corpo, mas depois de algum tempo os músculos estarão respondendo sem dificuldades. O mesmo ocorrerá com sua mente. Se você não está habituado a estudar, memorizar, comparar, refletir, analisar, vai parecer difícil, mas não desista. Pense, pense, pense e Deus virá em seu auxílio. A incapacidade de parar para pensar é a brecha pela qual o inimigo se infiltra. Não deixe sua mente solta, a divagar; não permita o "branco" na mente. Force-a a pensar. Há muitas ocasiões de ociosidade (desocupado) mental que poderão ser usadas nesse exercício. Por exemplo, enquanto viaja em qualquer tipo de transporte, caminha pelas ruas, faz um trabalho manual, rotineiro, que não exige concentração mental. Que tempo maravilhoso para direcionar os pensamentos para a Palavra de Deus, para a intercessão, o louvor, a adoração, a meditação da Palavra! Um bom hábito para quem tem carro é colocar um toca fitas e ouvir a leitura da Bíblia ou mensagens gravadas e até mesmo hinos que estimulam à oração. Quem trabalha em casa na cozinha ou em outra atividade manual, pode fazer o mesmo. O importante é usar o tempo disponível para conduzir a mente ao lugar onde ela será edificada, controlada e renovada. Direcione a mente para a Palavra, para Deus e as coisas que são de cima e ela responderá a essa disciplina. E não se esqueça: a fonte de seus pensamentos deve ser a Palavra de Deus revelada na Bíblia. Determine o estado de normalidade e lute por ele até o fim. Qual o ideal? Qual o plano de Deus para você? Como deve ser nossa mente? Descobrindo a resposta a essas perguntas, você tomará consciência de como deve ser e, então, é só trabalhar no sentido de se aproximar cada vez mais do ideal. Convém lembrar que tudo isso obedece a um processo que pode ser mais ou menos lento, de acordo com a atitude e o investimento de tempo e esforço de cada um na sua própria restauração.
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CARACTERÍSTICAS DE UMA MENTE LIVRE Pensamentos Sujeitos a Cristo "Derribando raciocínios e todo baluarte que se ergue contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência a Cristo" (II Co 10.5). Levar os pensamentos cativos à obediência de Cristo significa fazer com que cada pensamento abrigado em nossa mente esteja em linha com a Palavra de Deus. A palavra "obedecer" no grego é "hupakoe", que vem de hupo, "sob", e akouo, "ouvir". A palavra significa ouvir atentamente, ouvir com condescendente submissão, assentir e concordar. É usada para obediência em geral, obediência aos comandos de Deus e obediência a Cristo.
Mente em Linha com o seu Espírito Recriado Kenneth S. Wuest assim traduz Romanos 8.5-8: "Os que são habitualmente dominados pela natureza pecaminosa colocam suas mentes nas coisas da natureza pecaminosa, mas aqueles que são habitualmente dominados pelo Espírito, colocam suas mentes nas coisas do Espírito. Porque ter a mente dominada pela natureza pecaminosa é morte, mas ter a mente dominada pelo Espírito é vida e paz; porque a mente dominada pela natureza pecaminosa é hostil a Deus, pois ela não se sujeita às ordens da lei de Deus, nem é capaz de fazê-lo. Portanto, todos quantos estão na esfera da natureza pecaminosa não são capazes de agradar a Deus ".
Mente Livre para se Concentrar, Perceber, Lembrar, Raciocinar e Compreender. Deus nos fez seres inteligentes e toda mente sadia pode se concentrar naquilo que quiser e por tempo considerável. Compreender as coisas, ser capaz de análise, reflexão, julgamento e raciocínio é algo normal. A mente livre não tem dificuldade em nenhuma dessas áreas. Ela está em plena posse dos seus poderes inerentes, outorgados por Deus.
Princípios Espirituais Ligados à Mente O Espírito Santo revela a vontade de Deus no Espírito do homem para que este a conheça. O homem interior, isto é, seu espírito, é o lugar onde as comunicações de Deus acontecem. "O Espírito do homem é a lâmpada do Senhor" (Pv 20.21). "O Espírito mesmo testifica com o nosso Espírito que somos filhos de Deus" (Rm 8.16). Em nosso Espírito acontece o entendimento das coisas espirituais, aí são recebidas as impressões, a luz e direção de Deus para os Seus filhos. Não é no corpo, nem na mente que o plano de Deus para nossa vida é revelado e sim em nosso Espírito humano recriado pelo Espírito de Deus. O veículo dessa comunicação é o Espírito de Deus. Através da mente o cristão compreende o significado da revelação e age de acordo com ela. A mente não é aniquilada, mas ela recebe e decodifica as mensagens do Espírito. O Espírito humano recriado e habitado pelo Espírito Santo recebe a comunicação, a impressão, a luz e, por sua vez, transmite-a à mente. É na mente que a direção será analisada à luz da Palavra; aí tudo será julgado de acordo com a revelação escrita. A mente renovada com a Palavra não terá problema em entender a revelação acontecida no Espírito, decidindo, portanto, andar de acordo com ela.
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Com sua Vontade o Homem age de acordo com a Revelação. A cooperação do Espírito e da mente é necessária à compreensão da vontade de Deus. Só então o homem pode tomar uma decisão consciente a respeito da direção espiritual. Haverá sempre uma submissão inteligente, no pleno uso de suas faculdades aos propósitos de Deus revelados no homem interior.
PRINCÍPIOS QUE REGEM A MENTE O Homem busca aquilo em que ele coloca a sua Mente: Na Carne ou no Espírito (Rm 8.6). É ele quem determina onde ela habitará. Se atender ao conselho bíblico, estará nas coisas do alto: "Se, pois, fostes ressuscitados com Cristo (para uma nova vida, compartilhando, portanto Sua ressurreição da morte), objetivai e procurai (os ricos, eternos tesouros) que estão no alto, onde Cristo está, sentado à direita da mão de Deus. (Sl 110.1) "E colocai vossas mentes e conservai-as no que está no alto (as coisas mais elevadas), não nas coisas que são da terra" (Cl 3.1, 2 - V. Amp.). O Espírito produz Vida e Paz, mas a Carne produz Morte. O que o homem vai manifestar em suas atitudes dependerá de onde ele colocar sua mente. Manifestamos em nossas atitudes o tipo de alimento que damos à nossa mente. Se coloco a mente no Espírito, minha personalidade manifestará a vida e a paz de Deus; se a inclino para a morte, suas marcas se farão presentes. Toda Direção de Deus é Transmitida no Espírito Para que o homem receba direção de Deus, é evidente que sua mente terá que estar voltada para o Espírito. A própria Palavra de Deus é entendida no reino do Espírito. A fé opera no reino do Espírito e é nesse reino que a Palavra funciona e é compreendida. Ela é de inspiração divina e só pelo Espírito será recebida. A "Bíblia não é como os demais livros, que são entendidos meramente pelo intelecto. Ela é de inspiração divina, nasceu no reino espiritual e toda direção transmitida através dela é primeiro recebida no Espírito. A Direção recebida nos dá uma oportunidade de fazer uma Escolha. A direção recebida por ai só não chega. Ela exige agora uma decisão de aceitá-la ou rejeitá-la. Quando o conhecimento da Palavra de Deus nos chega, nós temos a possibilidade de ignorá-lo ou mudar nossa atitude a fim de que esta seja ajustada a tal conhecimento. Por exemplo: se você se expuser ao ensino contido nestas páginas, mas nada fizer a respeito, as verdades aqui expressas não afetarão a sua vida. Mas havendo uma escolha de abraçá-las e viver de acordo com elas, tudo será diferente. Como em todas as demais áreas, há um lado que diz respeito à ação divina e o outro diz respeito à resposta do homem. Deus nos dá a luz e nós andamos de acordo com ela. Vem a direção e nós a obedecemos. Uma Mente Perturbada é Danosa à Vida Espiritual (Fl 4.6-8; Is 26.3). A Palavra, no entanto, apresenta a solução para que a mente seja clara, livre de toda forma de perturbação. Em Filipenses 4.6 - 8 está um grande segredo. Todo pensamento que não passa na peneira de Filipenses 4.8, seja estrangulado, abortado. Um bom hábito é memorizar este versículo e analisar cada pensamento à luz do que nele está escrito.
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A Mente não deve ser governada pelas Emoções Paulo declara em II Timóteo 1.7, a Versão Amplificada assim traduz: "Porque Deus não nos deu um Espírito de timidez (de covardia, de temor e medo servil e bajulador), mas (Ele nos tem dado um Espírito) de poder, de amor e de calma e mente equilibrada c disciplina e auto controle." A Mente deve se Preservar Humilde Leia Atos 20.18,19. Uma atitude humilde era marca do apóstolo. Se formos capazes de conservar uma mente humilde, Deus poderá fazer alguma coisa através de nós. É uma mente humilde que é capaz de reconhecer a necessidade de restauração e nos leva a trabalhar por ela, através da sua renovação. Se alguém está cheio de si, nunca se desenvolverá. Se alguém i em um conceito exagerado de si mesmo, dominado por uma mente orgulhosa e auto suficiente, jamais prosperará. A atitude do "tenho tudo", "sou o melhor", é sintoma de prisão e engano. Contudo, desenvolvendo uma mente humilde, haverá possibilidade de progresso. A Palavra de Deus deve ser colocada na Mente (Hb 8.10) Há uma promessa na Bíblia muito interessante, falando do tempo em que a Palavra de Deus não mais estaria apenas na pedra, mas no próprio entendimento e no coração: (Hb 8.10). A versão Amplificada assim traduz: "Porque esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: imprimirei minhas leis sobre suas mentes, até mesmo sobre os seus pensamentos mais profundos e entendimento, e as gravarei em seus corações, e Eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo”. Temos no texto acima a presença da mente e do Espírito. Coração é sinônimo de Espírito. Os dois estão juntos. A palavra escrita chega primeiro à mente e desce depois ao Espírito, onde é compreendida. As impressões de Deus chegam primeiro ao nosso Espírito, mas a Palavra escrita chega primeiro à mente. Portanto, a Palavra eleve ser gravada na mente, para que ela chegue ao coração. A Mente Não deve Operar Independente da Liderança do Espírito Mente e Espírito devem caminhar de mãos dadas. Ignorar um ou outro é laborar em erro. Nossa conclusão é: O crescimento espiritual e a renovação da mente vêm quando deixamos a verdade de Deus penetrar em cada parte do nosso pensamento. A palavra diz: "transformai- vos pela renovação da vossa mente..." (Rm 12.2) e "e vos renovar no Espírito da vossa mente" (Ef 4.23). Ser renovados no Espírito da nossa mente é um imperativo. Essa renovação vem quando permitimos a verdade de Deus permear cada área do nosso ser. "Lavrai o campo alqueivado" (Os 10.12). Quando isso acontece, não somente nossa forma de pensamento é alterada, mas, acima de tudo, nossas atitudes passam a se conformar com os princípios divinos que agora dominam nosso sistema de pensamento, extraído da própria Palavra de Deus. Isso fará com que experimentemos a realidade das palavras de Jesus: "As palavras que Eu vos falo são Espírito e vida" (Jo 6.63).
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A TERRA DA VONTADE
A vontade do homem é a essência do que ele é. Escolhas são feitas que determinam sua vida diária e seu destino eterno. O Criador deu ao homem uma vontade livre e nunca coage, força ou controla. A vontade é o que fica entre o bem e o mal, aquela parte do homem que quando ligada à vontade de Deus, traz uma união que gera urna harmonia entre a criatura e o Criador e liberta o poder de Deus e completa salvação. A vontade do homem é tão sagrada que Deus respeita a sua decisão. Se o homem decidir rejeitar a Deus para sempre, Ele ainda assim respeitará sua escolha.
O Potencial da Vontade A vontade do homem é o seu órgão de decisão. "Nossa emoção expressa como sentimentos, nossa mente dizemos o que pensamos, nossa vontade comunica o que queremos" (W. Nee). Dissemos que a terra por dentro deve ser conquistada, isto é, a terra da mente, da vontade, das emoções e do corpo. Qualquer área a ser tratada envolve o uso da vontade. Nossas decisões determinarão onde passaremos a eternidade e que tipo de pessoas seremos na terra. Logo, é de suma importância a conquista da vontade, para que ela seja um instrumento de Deus e não do mal em nossa vida, permitindo-nos usar esse órgão de decisão para nosso próprio bem. Deus criou o homem com capacidade para tomar decisões. A vontade, dissemos, fica entre o bem e o mal. Temos dois caminhos e é ela quem vai determinar a qual deles iremos seguir. Podemos fazer nossas escolhas. Por causa da imagem de Deus no homem, ele possui o que chamamos de "livre arbítrio", isto é, a capacidade de tomar decisões. Essa habilidade outorgada por Deus é tão sagrada, que nada, nem, ninguém, poderá levar o homem a agir contrário ao seu querer. Daí porque a estratégia de Satanás contra ele consiste em trazer prisões à mente e enfraquecer a vontade, para que ria não seja usada em todo o seu potencial. Deus deu ao homem uma vontade livre. Se a vontade de alguém se torna pioneira, é por causa da sua própria atitude de não lançar mão dela. Ainda assim e possível ao homem mudar de rumo, escolhendo o caminho da liberdade que lhe é oferecido em Cristo. Cada um de nós está usufruindo as conseqüências de nossas próprias escolhas. E a maior tragédia é lançar mão de um privilégio divino, como o da escolha, para nossa destruição. Que Deus nos conceda a graça de sermos restaurados em nossa vontade, pois somos livres para determinar c caminho pelo qual iremos seguir. O homem permanece no pecado pelo uso de sua vontade livre. Ninguém pode eximir-se da culpa de viver contrário a Deus. O homem tem uma tendência herdada de nossos primeiros pais, de responsabilizar outros, ou as circunstâncias, pelas suas escolhas, mas isso, é irreal. O homem é livre para escolher e, portanto, responsável. Se ele vive no pecado, é porque gosta dele, decidiu permanecer nele. Ainda assim tem a liberdade de mudar de pensamento e decidir dar-lhe as costas e voltar-se para Deus. A vontade do homem é seu eu real. Ela está na origem de todas as escolhas e decisões. De fato a vontade revela o caráter do próprio homem. E impossível separá-lo dela, pois ela e a expressão dele mesmo. Não existe qualquer área em sua vida que não seja por ela afetada. Vale a pena, portanto, investir em sua restauração, para que ela se harmonize com o propósito divino para o qual ela foi dada.
A Vida Espiritual Começa com uma Escolha
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Jesus declarou: "Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, mas a tua" (Lc 22.4). Jesus tinha vontade? Tinha. Qual era? Fazer a vontade do Pai. Aqui Ele não revela ausência de vontade própria, mas a disposição de abrir mão da Sua própria a favor da vontade do Pai, reconhecendo-a como a melhor para a Sua vida. Aqui está o verdadeiro exercício do livre arbítrio em harmonia com o Pai, que no-lo outorgou. Conquistar a vontade é alcançar a plena liberdade para rejeitar o mal e seguir o bem, a verdade, o caminho proposto pelo Pai. O homem é uma criação moral de Deus, responsável, livre, dotado do poder de escolha e pode perfeitamente rebelar-se contra o domínio do pecado em sua vida e tomar a decisão irrevogável de, à semelhança de Jesus, poder dizer: "A minha comida é fazer a vontade do meu Pai que me enviou a realizar a Sua obra" (Jo 4.34). Entregamo-nos a Jesus, por uma escolha. Nossa entrada no caminho da salvação, passa por uma escolha, uma tomada de decisão. Vivemos na Sua presença e O servimos, por uma escolha. É verdade que Deus é quem toma a iniciativa de nos buscar, mas somos nós que respondemos, escolhendo aceitar ou rejeitar Sua oferta de amor. Quando ouvimos o Evangelho, este entrou pelos nossos ouvidos, nossa mente o entendeu, nossos sentimentos foram despertados, desceu ao nosso Espírito e a vontade disse sim. Por causa dessa escolha Deus nos tornou livres. E Sua vontade é que todo o potencial do que Ele nos deu seja plenamente usado para nosso bem e Sua glória. A vontade de Deus deve-se tornar o alvo da nossa vida, em vez do eu. Sabemos que todo o desejo e propósito de um Pai que nos ama tanto a ponto de nos enviar o que de mais precioso tinha, Seu Filho Amado, Jesus Cristo, é o melhor, é para o nosso bem. Abraçar Sua vontade como nosso alvo supremo, é fazer a nós mesmos o maior bem da vida. O que é o arrependimento, senão o abandono da vida centralizada no eu, a favor da vontade do Criador e Pai? A salvação liberta o homem não só de sua carne natural, mas também de sua vontade emanada de um eu independente de Deus, que quer seguir seu próprio caminho, sem perceber que isto o levará à destruição. A vida espiritual é mais do que emoções e intelecto. Deus quer a salvação da nossa vontade. Isso quer dizer que estaremos em condições de analisar dois caminhos, reconhecer qual é o melhor e poder decidir a favor deste. A vontade salva, ou restaurada, ou ainda conquistada, é aquela que é livre para escolher e seguir firmemente o caminho de Deus.
A Vontade do Homem Unida à Vontade de Deus A união com Deus implica em harmonia. Essa harmonia envolve uma identidade na visão, princípios e vontade. Quando a vontade do homem se une à de Deus, a conseqüência natural é a obediência. Um só coração com Deus. Ele logo se torna o supremo bem da nossa vida, nosso amor maior. Desobediência significa simplesmente rejeitar a vontade divina e seguir a sua própria. Se a obediência é fruto da união com a vontade do Pai, a desobediência é a alienação da mesma, o que resulta na destruição da alma. Para seguir-se o caminho de Deus, tem que desistir de suas próprias obras. Da união com Deus brota um único coração. Haverá uma harmonia entre a vontade do homem e a de Deus. Falhar em se tornar "um coração" com Deus, traz fracasso, como no caso da esposa de Ló e de Balaão. Aquela terminou transformada em uma estátua de sal e este, destruído pela espada. Vale a pena aqui ressaltar um grande princípio: "Não faça provisão para o eu”. Ele é cruel e não se dá por satisfeito. Terá que encontrar o caminho da cruz, como disse o Mestre: "E quem não toma a sua cruz, e não segue após mim, não é digno de mim" (Mt 10.38). Tomar a cruz é desistir de si mesmo, abrir mão da sua independência e da vontade pecaminosa, rendendo-a incondicionalmente a Deus. Isso não quer dizer um aniquilar da vontade, mas uma rendição voluntária e consciente. "Não mais eu, mas Cristo vive em mim" (Gl 2.20). E saiba: nada pode ser plenamente realizado fora do consentimento da vontade de Deus.
A Vontade se Torna um Censor para Todos os Pensamentos do Subconsciente Nosso subconsciente é um reservatório de experiências passadas. Não acontece que muitas vezes coisas do passado
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aparecem nos sonhos? Estão lá dentro, inconscientemente nos afetando. Qual a estratégia inimiga? Ele usa aquilo que está armazenado no porão do subconsciente, na nossa alma, para nos combater. É daí que vêm as imagens do passado, que machucam, ferem, entristecem, produzem suores frios, palpitações, depressões e toda sorte de sofrimento emocional, mental, físico, e espiritual. A mente passa a ser bombardeada por pensamentos influenciados pelas experiências passadas negativas. Existem muitas coisas lançadas, através dos anos, no porão do nosso subconsciente. Nos momentos mais inconvenientes elas vêm à tona, manifestando-se igualmente em nossas atitudes. Essa é uma realidade à qual não podemos fugir, se quisermos ir até às últimas conseqüências na conquista de tudo quando Deus nos deu em Cristo. Quando o inimigo usa o subconsciente para projetar pensamentos em nossa mente consciente, estamos diante de uma guerra declarada contra nós. É aqui que entra o uso de uma vontade restaurada. Ela tem poder de receber ou rejeitar esses pensamentos. As experiências do passado não têm que afetar o nosso presente, se soubermos lançar mão da liberdade que temos em Cristo para subjugar o inimigo. A vontade terá que resistir e pôr fora de ação esses pensamentos, cujo propósito é minar nossa resistência e afastar-nos da comunhão com Deus. Quando a vontade cessa de resistir a Satanás em alguma área, ele assume o controle da mesma. Se a vontade não se posiciona contra esses intrusos, eles se instalam na mente e produzem seu fruto daninho. Mas há que resistir sempre. A Bíblia nos adverte que o diabo anda à volta, a busca de uma brecha. Ele não desiste em seus planos malignos. Por exemplo: quando vamos orar silenciosamente, a mente se dispersa. Compete à vontade entrar em ação e tomar os pensamentos cativos à obediência de Cristo (II Co 10.4, 5). Outras vezes vamos ler a Bíblia e pensamentos outros entram no caminho. Novamente a vontade deve tomar as rédeas e não admitir outra imagem ou pensamento que não seja o que está sendo lido na Palavra de Deus. Uma das maneiras práticas de usar a vontade nesse tipo de batalha é orar e ler em voz alta. Ao perceber-se uma interferência, toma-se logo uma decisão, age-se. A vitória não é necessariamente daqueles que não caem, mas dos que se recusam a permanecer no chão; daqueles que têm garra, persistência, que tomam uma decisão de qualidade e se atêem a ela, que não aceitam a condenação do diabo, nem seu domínio tirano. Consideremos, por exemplo, como podemos ser derrotados se a vontade não entrar em ação, rejeitando pensamentos intrusos. Alguém nos caluniou. A lembrança daquilo vem à mente e deixamo-la ali. Daqui a pouco os sentimentos estão feridos. Um pouco mais, e a amargura se instala. No passar dos dias o ódio domina nosso ser e somos lançados em trevas. O agravamento da situação segue seu curso e a alma se torna totalmente prisioneira. Estaremos andando em completa derrota. O que fazer, então? Estrangular os pensamentos ou lembranças na hora, sem dar-lhes chance de se instalarem. Isso exige uma decisão da vontade, e disso depende a vitória. Satanás não terá condições de destruir o servo de Deus que aprende a lançar mão da sua vontade para seguir o caminho proposto por Deus. Lembre-se, querido leitor, de que você pode recusar dobrar-se diante do inimigo e Deus estará do seu lado assistindo-o, com todos os recursos da Sua graça. As forças invisíveis das trevas farão pressão para levá-lo à derrota, contudo, se você estiver determinado a não ceder, elas terão que desistir. Deus nos chama a ingressar no exército dos últimos dias, que trava uma batalha ferrenha. Ele quer nos treinar para que na luta não sejamos destruídos, mas vitoriosos. E uma forma de treinamento é a restauração de toda a nossa personalidade. A renovação da mente traz força à vontade e liberta do jugo. Quando estudamos sobre a conquista da mente, abordamos a questão. Aqui queremos apenas salientar que uma vontade livre está intrinsecamente ligada a uma mente renovada com a Palavra de Deus. Se temos separado as faculdades da alma, é somente por questões de estudo, mas elas formam um todo inseparável e a liberdade de uma depende também da outra. É assim que se torna impossível uma vontade restaurada sem o saudável hábito da renovação da mente, levando-a a se conformar com os princípios expressos na Palavra de Deus. É através dessa renovação que nos conscientizamos do que somos e temos em Cristo, bem como das estratégias inimigas e o modo de vencê-las. Através da renovação da mente, a tentação perde sua força. Jesus disse: “Vem aí o príncipe deste mundo, e ele nada tem em mim" (Jo 14.30). Nós também poderemos dizê-lo, quando nossa vontade estiver inteiramente em harmonia com a do nosso Pai celestial.
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A PRISÃO DA VONTADE A vontade tem toda a possibilidade de se tornar prisioneira, como acontece com a mente ou qualquer outra área da nossa vida. O homem que não conhece a Deus já vive sob o domínio do pecado e no reino das trevas, ainda que não seja consciente do fato. Agora, porém, estamos falando do cristão, daquele que já teve uma experiência com Cristo. Apesar disso, Satanás tentará estabelecer o maior número de bases que ele puder, em áreas da alma e do corpo do homem. Analisaremos, portanto, como a vontade pode ser aprisionada.
A Vontade do Homem é Levada à Prisão pelo Engano A mentira ou engano á a estratégia mais comum usada pelo inimigo para tornar o filho de Deus prisioneiro em alguma área de sua vida. Esse engano é instilado dentro dos seus próprios conceitos da Palavra de Deus. O objetivo final é impedir a ação, o uso da vontade, uma tomada de posição. Assim como Satanás estabelece uma estratégia para a passividade da mente, o faz em relação à vontade e toda a personalidade do homem, para tornar mais fácil o seu controle. E o cristão não escapa às suas investidas. Há que se estar alerta, pois seus golpes serão sutis e ele se intrometerá exatamente na compreensão da própria Bíblia, introduzindo o engano. Analisemos alguns exemplos de como uma verdade bíblica pode ser torcida e provocar a prisão da própria vontade. 1."Cristo vive em mim" (Gl 2.20). Conceito errado: Eu não vivo de modo algum. Se não vivo, não tenho que fazer uso da minha vontade. Conceito correto: Eu vivo pela fé no Filho de Deus. Não deixo de viver; o modo de viver é que é diferente, não mais de acordo com um "eu" insubmisso, mas em união com Cristo, meu Senhor, a quem racional, consciente e livremente me entrego. Princípio: Deus não requer a auto-aniquilação para que Sua vida se manifeste. 2. "Eu estou crucificado com Cristo" (Gl 2.20). Conceito errado: Estou morto e devo praticar a morte. Não tenho mais vontade. Conceito correto: Morri com Cristo, mas ressuscitei com Ele para viver. Não ando em morte, mas na vida ressurreta de Jesus. Princípio: O propósito de Deus para o crente não é a morte e sim a vida. Houve uma morte para o pecado, mas hoje há uma completa novidade de vida. 3. "Em tudo dai graças" (I Ts 5.18). Conceito errado: Aceitarei todas as circunstâncias como sendo a vontade de Deus. Conceito correto: Eu me submeterei a Deus em todas as circunstâncias, porque no meio de todas elas Ele me dará vitória. Princípio: Submissão a Deus e resistência ao mal devem caminhar juntos (Tg 4.7). 4. "Quando estou fraco, então é que sou forte" (II Co 12.10). Conceito errado: Desejo ser fraco, para que possa ser forte. Conceito correto: O crente não escolhe a fraqueza; o crente fraco será fortalecido por Deus. No meio das lutas ele encontra em Deus a sua força. Princípio: Deus é suficiente em qualquer estado em que possamos nos encontrar. 5. "Seja feita a Tua vontade". (Mt 6.10b)
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Conceito errado: Deus escolhe por mim; eu não tenho que escolher. Conceito correto: Eu tenho vontade, mas confronto a minha com a de Deus e decido escolher fazer a Sua vontade. Em outras palavras, faço a vontade de Deus no exercício da minha própria vontade. Princípio: Deus nunca substitui Sua vontade pela do homem. Ele apela à decisão deste.
O PERIGO DA PASSIVIDADE DA VONTADE Toda obra demoníaca na vida do homem obedece a um processo que se agrava com o passar do tempo, caso algo não seja feito para detê-la e erradicá-la. A passividade faz parte do processo. A pessoa deixa de ser ativa no uso de sua vontade. Se ela não usa sua vontade, suas ações serão determinadas por outras fontes. Cada vez que alguém vive ao sabor das circunstâncias, está em terreno escorregadio. Deus não pode usar o crente de vontade passiva, porque ele não está mais funcionando e Deus não força ninguém a agir. Ele apela a uma decisão livre da vontade. Ele convida, o homem responde; Ele pede, o homem entrega; Ele dá, o homem recebe. Tudo implica no uso da vontade e no tomar de uma decisão consciente. Os maus espíritos tiram vantagem da passividade da vontade e impelem a pessoa a seguir impulsos, fora de seu controle. Portanto, se o homem não usa sua vontade, Deus também não usará e ela ficará exposta à manipulação de demônio.
Princípios Básicos de Distinção "Deus quer que o crente coopere com Ele, exercitando sua vontade e usando suas habilidades, para que ele seja cheio do Espírito Santo. Para facilitar seu trabalho, o mau espírito exige que o crente seja passivo em sua vontade e negue o uso de qualquer parte de todas as suas habilidades". (W. Nee) Deus não quer nos despersonalizar. Ao estudarmos a Bíblia vemos as características individuais de cada escritor. Todos eles foram inspirados pelo Espírito Santo de Deus, ainda assim cada um deixou as marcas da sua personalidade. Basta lermos os evangelhos, que narram a vida de Jesus, e logo veremos o cuidado de Mateus em respaldar com o Velho Testamento as revelações do que ele estava escrevendo; o estilo mais seco e irreverente de Pedro, no Evangelho de Marcos; a mente treinada e organizada de Lucas, acompanhada de uma maior reverência ao relatar os fatos. Em João está presente a mescla de si mesmo com o Mestre, de modo que às vezes passa quase despercebido onde terminam as palavras de Jesus e começa seu próprio comentário. Cada um com características próprias, mas todos usados por Deus, preservando-lhes a identidade. Nos demais escritores está igualmente essa distinção. Há um Jonas teimoso, a quem Deus não força, mas convence; um Jeremias chorão que luta com sua própria vontade, mas termina dizendo: "Persuadiste-me, Senhor, e eu persuadido fiquei" (Jr 20.7); um Paulo de vontade férrea, e ainda assim submisso a Deus; portador de uma personalidade multifacetária, mas de coração totalmente inclinado ao Pai. Há um Barnabé tolerante e paciente, contrastando com a firmeza e intransigência de Paulo no incidente com Marcos. Enfim, está claro o respeito de Deus pela vontade do seu servo, sua individualidade e características peculiares que, mesmo na rendição do seu querer, não são aniquiladas, mas alvo de restauração. Deus quer hoje um exército de homens e mulheres de vontade firme, determinada, que não se deixa andar ao sabor das ondas de pressões das circunstâncias, mas sabe o que quer e persegue o alvo com uma determinação que não vacila. São estes os que olham o diabo na cara e dizem: tu não tens nada em mim! São os que vão dizer "não" ao pecado, à carne, ao mundo, ao diabo, aos homens e às circunstâncias, quando se fizer necessário, "com unhas e dentes". São aqueles que não se dobram diante das dificuldades e nem vão chorar na primeira esquina por causa de alguma adversidade. Não temerão a guerra ou o furacão. As tempestades poderão vir, mas eles não serão abalados, nem deprimidos em meio ao seu furor. Tudo isso porque tomaram uma decisão de qualidade: "Seguirei o caminho de Deus Pai a qualquer preço. Nada me demoverá dele."
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SINTOMAS DA PASSIVIDADE DA VONTADE Inércia ou Indolência na Vontade Essa inércia é caracterizada pela incapacidade de dominar uma situação. A vida é movida por muita confusão, grandes obstáculos. O momento exige uma tomada de posição, mas a pessoa protela para uma manhã que nunca chega. Tem dificuldade em decidir.
Inconstância - Muitas Tarefas Inacabadas A inconstância é a ausência de continuidade. Você começa um projeto e o interrompe no meio, se é que não fica de lado logo no início. Começa uma coisa, larga-a pelo caminho; começa outra, deixa-a para trás; a estrada está cheia de construções inacabadas. Um dia você quer uma coisa, no dia seguinte quer outra. Em suma, não sabe o que quer e não termina o que começa.
Incapacidade de Concentração da Mente Não exerce domínio sobre os pensamentos. Isso revela uma vontade passiva, porque não há uma decisão firme de se concentrar. A vontade tem poder de ordenar à mente: "concentra-te!" O ser inteiro é sujeito à vontade do homem e ele pode impor a qualquer área do seu corpo, mente, sentimentos e mesmo o Espírito, o que fazer, pois sua vontade expressa seu próprio eu.
Inércia Física, Ações Mecânicas. A passividade da vontade pode-se revelar até no corpo. A pessoa é dominada por uma inapetência física, agindo mecanicamente, em resposta a estímulos externos e não a decisão da sua vontade. Essa atitude favorece grandemente a permanência da depressão. Depressa a pessoa se atira na cama e se entrega à indolência, o que escancara as portas para toda sorte de opressão maligna.
Incapacidade de Tomar Decisões ou Iniciativa As pessoas querem que se tomem as decisões por elas, até nas pequenas coisas, como o que comprar, o que comer, o que vestir, aonde ir, e assim por diante. Quando deixamos que outros tomem as decisões que nos dizem respeito, estamos fugindo da responsabilidade das conseqüências de tais decisões. Deus, porém, estabeleceu o princípio pela qual o homem é livre para escolher e é responsável pelas conseqüências de suas próprias escolhas, tanto boas quanto más.
LIBERTAÇÃO DA VONTADE Não existe prisão que não possa ser quebrada, quando nos expomos às verdades da Palavra de Deus. Vejamos alguns passos para que a libertação seja efetivada.
Exposição do Engano pelo Recebimento da Verdade
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O engano é decretado pelo confronto com a verdade, só o conhecimento desta pode levar à libertação da passividade da vontade. A liberdade sem esse conhecimento é absolutamente impossível. Jesus declarou taxativamente: "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará" (Jo 8.32). Disponha-se, a saber, a verdade sobre si mesmo. Admita que o crente é suscetível ao engano. Se alguém se esconde atrás da capa de invulnerabilidade, jamais terá chance de progresso ou de libertação. Somos todos suscetíveis ao engano e por isso precisamos adotar uma posição de humildade e coragem de enfrentar os problemas de frente, dispostos a saber a verdade sobre nós mesmos, para que algo seja feito para o devido conserto. Uma das maneiras de conhecer-se a verdade sobre si mesmo, é analisar as observações e críticas daqueles que são mais chegados. Provavelmente haverá algo de verdade e que merece ser considerado. Seja como for; uma atitude sadia se caracteriza por: Admitir áreas de engano, descobrir que terreno foi dado ao inimigo, e não esquecer que a penetração deste é determinada pelo grau de passividade.
A Quebra da Passividade pela Ativação da Vontade A vontade é ativada respondendo-se à vontade de Deus. Cada vez que você toma conhecimento de algo que agrada a Deus e decide fazê-lo, está ativando sua vontade. Um modo prático de fazer isto é ler a Bíblia e marcar as ordens e princípios encontrados na leitura, e depois praticar aquilo que está escrito. Por exemplo, a Bíblia diz: "bendizei os que vos perseguem" (Mt 5.44). Tomando conhecimento disso, você faz uma lista daqueles que o perseguem, e passa a abençoá-los. Assim procedendo, você estará se exercitando na prática da vontade de Deus, pois Sua vontade está expressa em Sua Palavra, além de estar ativando sua própria vontade. A vontade energizada pela fé. A fé sempre ativa. É pela obediência, pela ação, pela resposta, que a fé se manifesta. Quando você está andando em fé, está ativando a vontade, pois não há nada na fé; ela sempre exige uma ação. A vontade é fortalecida pela verdade. Quanto mais você se expõe à verdade, tanto mais é fortalecido em sua vontade, pois, sabendo qual é a verdade acerca de determinada coisa, conseqüentemente o engano é erradicado naquela área, e isso leva à tomada de decisões. É assim que quanto mais você conhece a verdade, mas fortalecido fica em sua vontade, pois a sua própria busca da verdade e exposição a ela, já é fruto do uso do seu privilégio de decidir. O poder do Espírito Santo em nosso espírito é a força que pode expulsar as prisões da vontade. Reconheça cada uma e volte sua vontade contra elas, até a vitória total, com a força do Espírito que está à sua disposição.
O Exercício da Vontade pela Tomada de Decisões A pessoa passiva não age por vontade própria. A libertação desse cativeiro passa por uma deliberação da vontade. Firme-se, portanto, em suas decisões e rompa com a inconstância. Você tem tido dificuldades nessa área? Comece com pequenos alvos para a semana. Decida fazer algo que não costuma fazer e vá até ao fim. Pode ser a leitura de um livro. Comece com um pequeno e vá estabelecendo alvos maiores, à medida que se atém ao que se decidiu. Quem sabe uma visita a um amigo descrente para lhe falar de Jesus, ou até mesmo um certo número de versículos a serem memorizados! O importante é que você comece a decidir e fazer o que decidiu. Quando isto acontecer, você estará rompendo com as cadeias do diabo em sua vida, pois enquanto tiver uma vontade passiva, nem ele vai lhe respeitar. Esteja disposto a tomar decisões erradas. Esta afirmação até parece estranha, mas é indispensável à vitória. Quem não entra em campo por medo de errar, nunca sai da posição de expectador passivo. Nada faz. Não permita que o inimigo use um erro seu para destruir sua vida. Podemos errar, pois ainda não alcançamos a perfeição, mas do erro aprendemos e na próxima oportunidade já não cometeremos a mesma falta. Se a criança se deixasse dominar pelo medo de cair, hoje ninguém andaria. Se alguém não se dispõe a cair de uma bicicleta, jamais conseguirá dominá-la. O risco de se cometer erros não deve ser obstáculos à tomada de decisões na vida. Aceite a responsabilidade de tomar decisões. Há muitos que temem tomar decisões, por medo das
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conseqüências. Não seja assim com você. É verdade que a decisão traz responsabilidade, mas Deus dotou o homem não só do poder de decidir, mas também da responsabilidade. O homem é responsável pelo que escolhe. Se escolher mal, não deve colocar a culpa sobre o outro, mas admitir o erro e prosseguir rumo ao crescimento e ao ajuste com a vontade de Deus, na obediência da qual o homem será bem sucedido. Pare de ser guiado por circunstâncias. Não seja movido pelos ventos que sopram de um lado ou de outro. Muitos preferem ser guiado por circunstâncias a fazer uma escolha, mas isso torna os grilhões sobre a vontade mais cruéis e destruidores. A passividade sugere que Deus está tomando todas as decisões para a pessoa, mas a realidade é que ela está sendo levada ao sabor de forças que fogem ao seu controle. Deus nos aponta o caminho a seguir, mas compete a nós o tomar as decisões.
A Vontade tem uma Batalha a ser Travada: "Resistir ao Diabo" (Tg 4.7b) Oponha-se ao domínio do inimigo. Resista-o com determinação. Enquanto você não se levantar em seu homem interior, dominado por um Espírito de resistência e perseverança, a passividade continuará instalada e o domínio inimigo estabelecido. Rebele-se agora contra toda a prisão da alma. Levante-se com firmeza e reaja. Não se entregue a nada; nem ao medo, ou mágoa, ou tristeza, insegurança, depressão, toda forma de pecado, de vício, de domínio. Dê o grito contra tudo quanto tenta conservá-lo em prisão e resista a toda forma de domínio satânico. Recupere todo o terreno perdido. Se o diabo ocupou alguma área da sua vida, não se dê por vencido. Cristo e todos os Seus recursos da graça estão à sua disposição para vencer. Recupere a área sob domínio inimigo e determine vencer cada nova investida. Em Cristo, "mais que vencedor!". Trabalhe ativamente com Deus para o uso de cada parte de sua personalidade. Desenvolva pensamentos sadios, emoções santas e decisões certas. Deus está trabalhando em você, pela operação do Seu doce Espírito e Sua maravilhosa Palavra. Você pode cooperar com Ele, inclinando-se aos suaves impulsos do Espírito em seu coração, e às convincentes verdades da Palavra. Use o potencial que Deus lhe deu e deixe sua personalidade desabrochar como a flor sob a luz do Seu olhar, e a semelhança do Senhor Jesus começará a se manifestar em sua vida. No estágio inicial do combate, os sintomas parecerão tornar-se piores do que antes. É como se quanto mais se luta, menos força se tem. Apesar, porém, desse sentimento de piora, na realidade há uma melhora. Esses sintomas apenas demonstram que a resistência produziu seu efeito: o inimigo sentiu pressão e está tentando sua última chance de conservar o território uma vez possuído. Não se impressione, portanto, com isso. A vitória está diante de você, se persistir em seguir o caminho proposto por Deus.
A Vontade no Controle do Espírito, Mente e Corpo, Garante Liberdade. Uma vontade rendida a Deus é de grande valor, pois ela exercerá domínio sobre todas as áreas da personalidade e da vida, em perfeita harmonia com Deus. O Espírito precisa do controle da vontade. "Como a cidade derribada, que não tem muros, assim é o homem que não pode conter o seu Espírito" (Pv 25.28). A mente precisa estar sujeita à vontade. "Derribando raciocínios e todo baluarte que se ergue contra o conhecimento de Deus, c levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo" (II Co 10.5). O corpo deve ser instrumento e servo do homem. "Antes subjugo o meu corpo e o reduzo à submissão, para que, depois de pregar a outros, eu mesmo não venha a ficar reprovado" (I Co 9.27).
Uma Vontade Ativa é Necessária para Manter a Libertação É por essa razão que a estratégia do inimigo contra a vontade é a passividade. A pessoa se torna complacente e indefesa. A ordem do Senhor, porém, é: "Possuí a terra!" Haverá momentos de verdadeiro conflito e dor, porque onde há conquista, há
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luta. Quando alguém se dispõe a reconquistar território perdido, as forças invisíveis das trevas, que mantinham suas garras nas áreas que estão sendo conquistadas, tentarão agarrar-se ao território uma vez possuído, mas com firmeza na luta, sabendo que os poderes do céu estão do nosso lado, a vitória é uma realidade. Vencemos, "Pelo sangue do Cordeiro e pela Palavra" (Ap 12.11).
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A TERRA DAS EMOÇÕES
A primeira intenção de Satanás é ferir cada pessoa que nasce neste mundo. Esse propósito se torna mais evidente quando se vê que as feridas lhes dão um instrumento de destruição de vidas. De fato sua estratégia começa ainda no ventre materno. Quando alguém é concebido ele começa a desferir os golpes para que a pessoa nasça e cresça com uma personalidade deformada. Essa razão porque não encontramos uma única pessoa com a personalidade totalmente sadia. Quantos buscam os psicólogos e psiquiatras para encontrarem alívio, e logo descobrem que os próprios estão carecendo de restauração! Por quê? Porque não será pela psicologia ou psiquiatria que a personalidade do homem será restaurada. Poderá haver algum alívio, mas mudança permanente e harmonia real, só Deus pode dar ao homem. Ele o criou e o conhece bem, podendo imediatamente localizar a causa dos problemas e aplicar-lhes o remédio sarador. Queremos logo declarar que o Espírito Santo no cristão, esse Assistente, Consolador, Guia e Mestre, se nos abrirmos a Ele e à Palavra de Deus, irá revelar a causa do nosso comportamento. Ele vai colocar o dedo na origem da questão e trazer uma cura radical. Muitas vezes alguém passa anos em aconselhamento, sem conseguir localizar a causa de seus conflitos. Acontece que todos os conflitos da alma tem sua verdadeira origem no reino invisível, derivado a uma desarmonia com Deus. Portanto, temos que buscar a Deus e Sua Palavra; temos que depender do Espírito Santo para efetuar a cura da nossa alma. Coloque, pois, isto em seu Espírito: todos os problemas têm uma origem espiritual e há recursos em Deus para a sua solução. Se Satanás planejou ferir todos os homens, saiba que Cristo, que é o mesmo ontem, hoje e o será eternamente, veio "por em liberdade os feridos" (Lc 4.18). Ele veio desfazer as obras do inimigo em nossa vida. E Sua obra redentora não visa apenas libertar-nos da condenação, mas sarar-nos por inteiro e realizar em nosso ser uma obra tão profunda que possamos ir perdendo as marcas da natureza pecaminosa crescendo na semelhança de Cristo Jesus conforme é o propósito do Pai (Rm 8.29). Já estudamos sobre a conquista da mente e da vontade. Agora vamos estudar sobre a conquista das emoções, que são um alvo constante dos bombardeios inimigos. Se ainda no ventre materno são criadas circunstâncias que afetam o desenvolvimento sadio das emoções, o problema no nascimento e infância se agrava ainda mais. Crianças inocentes são um alvo do inimigo. Levam pela vida, feridas que as impedem de ser livres e se tornar a pessoa que Deus quer que elas sejam. O medo, a insegurança, a amargura, a rejeição, são evidências dessa obra. E a pressão do inimigo permanece até que ela seja revelada e desfeita. O Corpo de Cristo está sofrendo com feridas de Satanás. Há muitas almas prisioneiras, não só o mundo lá fora, mas também dentro da própria Igreja. As feridas conservam o corpo dividido. As pessoas feridas têm dificuldade de estarem juntas num corpo. O medo e a desconfiança as separa. O propósito de cura interior é que o corpo de Cristo seja sarado. Quando o corpo está junto a além do Cabeça fluirá através de cada membro. Trataremos agora das feridas interiores e o caminho para sua cura e libertação do passado.
AS FERIDAS PRODUZIDAS POR SATANÁS Nós somos o produto de todas as experiências de nossa vida. É verdade que quando nascemos, trazemos os traços hereditários, mas são as diversas experiências, especialmente no início da vida, que vão formar o caráter. As experiências do passado marcam hoje nosso modo de ser, de agir e de sentir. Muitas delas são desastrosas e deixam marcas para o resto da existência terrena, caso não haja uma profunda cura, que só pelo Espírito de Deus, e a aplicação da Palavra, pode ser consumada.
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Satanás aproveita-se de cada experiência negativa para impedir o crescimento emocional, a fim de que a pessoa não atinja o potencial projetado por Deus para o ser humano. Aí está a razão porque crianças inocentes são o primeiro alvo para as feridas de Satanás, fim de distorcer a sua personalidade. O que é a personalidade? Aquilo que a pessoa é. O que faz de um ser vivo uma pessoa? Sua capacidade de pensar, e sentir e de decidir. Em outras palavras, ele tem uma mente que pensa, raciocina, reflete, analisa; tem emoções e pode sentir alegria, amor, paz, tristeza, saudade; tem vontade e pode escolher, decidir. A personalidade, portanto, é o mundo dos pensamentos, dos sentimentos e das decisões. Deus é uma pessoa e possui todos esses poderes em além. Ele criou o homem "conforme a Sua imagem e semelhança" (Gn 1.26) Deus é uma pessoa! Deus pensa, Deus sente, Deus quer! Ele outorgou ao homem os mesmos poderes que, antes do pecado, funcionavam em perfeita harmonia com o criador. É por isso que Satanás odeia o homem e o levou ao pecado. A queda trouxe a degeneração do homem e seus poderes foram corrompidos. Cada pessoa que nasce já trás a semente da desestrutura. Satanás vale-se disso e inflige mais golpes para que até o crescimento emocional e mental seja bloqueado. Quando alguém é ferido nas suas emoções, pára de crescer. Pode crescer fisicamente, mas o crescimento físico não revela a maturidade emocional. Alguém pode ser adulto, fisicamente falando, mas criança nas emoções. O processo natural seria o homem crescer em todas as áreas. Onde isso não ocorre, há um nítido sintoma de golpes nas emoções, que terão de ser sarados para que o crescimento seja retomado. E o propósito de Deus é que Seus filhos alcancem uma qualidade de vida saudável, tanto no Espírito, quanto no corpo, na mente, na vontade e nas emoções. É por isso que o Espírito Santo tem trazido tanta luz à Igreja sobre cura interior, o que equivale dizer, restauração da alma, amadurecimento da noiva do Cordeiro. Antes que ela seja chamada à glória, Deus quer sará-la. Nossas reações diante do presente são determinadas pelas experiências do passado. Se analisarmos o que há por trás de cada reação de agressividade, medo, fuga, passividade, isolamento, desconfiança, insegurança, amargura, timidez, ausência de perdão, depressão e coisas, afins, descobriremos a existência de profundas feridas na alma, infligidas no passado, particularmente na área das emoções. Por exemplo: por que alguém tem medo de subir o elevador, ou andar de avião? Tem sentido alguém ter medo de uma barata ou de um rato? O que é isto? Insegurança; feridas emocionais. Por que a pessoa se sente machucada com qualquer atitude? Rejeições passadas. Graças a Deus, porém, porque Jesus veio nos libertar também do nosso passado. "Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo" (II Co 5.17). Há provisão para vencermos o passado. Isso não quer dizer que sofreremos um tipo de amnésia. Poderemos até nos lembrar de acontecimentos passados, mas eles já não mais afetarão nosso presente. Tomando posse da realidade de que o passado perdeu sua reivindicação de domínio sobre mim, minhas atitudes presentes serão o reflexo dos princípios divinos, pelos quais eu vivo, e não de experiências traumáticas do passado. Vamos lidar com as experiências do passado e sujeitá-las a Cristo hoje, pois n’Ele não temos passado. Quando viemos a Cristo, nosso passado morreu, isto é, legalmente ele deixou de ter domínio sobre nós. Agora compete-nos tomar posse dessa nova criação em Cristo Jesus e viver de acordo com ela, nunca mais deixando que esse passado embarace nossa presente caminhada rumo à glória, pois Jesus já lidou com ele e nos faz andar em completa novidade de vida. Nossa percepção do tempo presente pode ser distorcida pelas mágoas do passado. Quando isso acontece, a avaliação das circunstâncias e das pessoas que nos cercam é distorcida. Atrás de um temperamento que se fere com qualquer coisa, está um passado marcado por feridas emocionais. A incapacidade de reagir normalmente às situações do presente revela prisão ao passado. E isso vai se manifestar em todos os relacionamentos e situações. Glória a Deus que há provisão em Cristo para quebrar todas as cadeias e lançar a alma em plena liberdade. Vejamos o que Ele diz: "... Enviou-me a curar os quebrantados de coração..." (Is 61.1) "Para pôr cm liberdade os oprimidos..." (Lc 4.18). E quando nossa alma está restaurada, liberta das prisões passadas, nenhum problema terá o poder de nos abater. Nenhuma crise terá o poder de nos sufocar, pois nossas atitudes diante de qualquer situação dependem do que está em nossa alma.
O Propósito de Satanás é Ferir 29
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Foi profetizado no princípio que Satanás feriria a descendência da mulher. Isto tem uma referência primária a Jesus, mas, por extensão, a todos os nascidos de mulher. "Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar" (Gn 3.15). Está escrito que o homem seria ferido, mas também está escrito que a cabeça do agressor seria esmagada. Esta é uma boa nova, pois ferida no calcanhar é facilmente sarada, mas esmagamento de cabeça é golpe fatal. Podemos nos gloriar em Deus porque Jesus, que se tornou Filho do Homem, foi ferido pela morte, mas quebrou o poder inimigo, vencendo-o para sempre e colocando à nossa disposição Sua retumbante vitória. Se, portanto, Satanás tem prazer em nos ferir, Deus, em Cristo, tem prazer em nos sarar. Jó experimentou as feridas de Satanás. Lendo o relato da Bíblia sobre as provas porque Jó passou, vemos a crueldade inimiga, que se compraz em esmagar a alma humana. Quando Deus fez um elogio ao seu servo, Satanás acusou-o de insinceridade e motivos egoístas ocultos. Ele queria dizer: "Deus, minhas marcas no homem são tão profundas que ele só Te serve por interesse. Jó só é assim por causa de todas as riquezas e a saúde com as quais o cumulaste”. Deus permitiu-lhe tocar nos bens e na saúde de Jó. Ele, então, foi abatido, mal compreendido pelos amigos e, aparentemente maltratado por Deus. Satanás só deixou a esposa, que se tornou seu instrumento de mais ferida, dizendo: "amaldiçoa o teu Deus e morre!" e os amigos que, igualmente, serviram de instrumento de calúnia e acusação. Em tudo isto está o retrato dos projetos infames de Satanás para esmagar a alma humana. Ele tem prazer em ferir, quebrar, esmagar, espezinhar, oprimir, diminuir, acusar. Mas, louvado seja Deus, porque a história de Jó também revela que o homem crente se levantará do pó e, mesmo em meio a toda prova, dirá em confiança: "Eu sei que o meu Redentor vive, e por fim se levantará sobre a terra. Depois, revestido este meu corpo da minha pele, em minha carne, verei a Deus" (Jó 19.25,26 SSB). Além disso, crescerá no meio da luta, e poderá também dizer: "Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos Te vêem" (Jó 42.5 SSB). E no fim do capítulo, a mais espetacular vitória: "O Senhor virou o cativeiro de Jó, quando este orava pelos seus amigos; c o Senhor deu a Jó o dobro do que antes possuía" (Jó 42.10). Aleluia! Deus é especialista em transformar os golpes inimigos contra seus filhos em ocasiões de dobrada benção. Coloque isto no seu Espírito: É Satanás quem rouba e destrói e é Deus quem dá e edifica; Satanás fere, Deus sara, Deus é bom! Deus é Pai! Pode ser Deus para o mundo, mas para o Cristão, além de Deus, é Pai. Portanto, quando as feridas e opressões vêm, estamos diante de uma obra satânica e não divina. Muitas vezes ele tenta nos iludir para fazermos crer que os esmagamentos de alma pelos quais estamos passando foram dados por ele, pos assim os aceitaremos passivamente. Isso é pura mentira do diabo. Ele que é o opressor, o acusador. Deus é o que nos livra das angústias e nos sara. Seu Espírito em nós não nos condena; Ele convence, guia, restaura.
Jesus Foi Ferido "... Ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e esmagado por causa das nossas iniqüidades..." (Is 53.5). "... Ao Senhor agradou moê-lo..." (Is 53.5b) O diabo feriu, mas a ferida de Jesus se tornou o nosso instrumento de cura. Todo o sofrimento de Jesus na cruz do Calvário foi como nosso substituto, a fim de quebrar o domínio de Satanás sobre nossas vidas e comprar-nos uma eterna redenção, que é extensiva a todas as áreas do nosso ser. Isso em direito legal quer dizer que, se Jesus foi o nosso substituto, não temos direito de sofrer o que Ele já sofreu em nosso lugar. Ele recebeu em Sua alma e em Seu corpo todo tipo de ferida que Satanás inflige ao homem, como seu substituto legal. Vejamos: Traído por urna amigo íntimo, seu tesoureiro, um discípulo escolhido. "O que mete comigo a mão no prato, esse me trairá" (Mt 26.23). Você foi traído? Jesus o foi em seu lugar e sabe o que isso significa e estende Suas mãos marcadas para lhe trazer a cura. Ele está com você no meio da traição e lhe curará as feridas. Jesus foi Rejeitado. Isaías declara: "Era desprezado, c rejeitado dos homens; homem de dores, c experimentado nos sofrimentos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos d’Ele caso algum" (Is 53.3). João disse que "Ele veio para o que era Seu e os seus não O receberam" (Jo 1.11). Até sua família O rejeitou. Seus irmãos disseram
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que Ele estava louco. (Jo 7.1-5; Mc 3.21) . Quando Ele entrou em Jerusalém, derramou lágrimas sobre a cidade, porque Ele sabia que a Sua rejeição traria sérios problemas para eles mesmos. Você foi rejeitado? Jesus sofreu a sua rejeição e sabe o que é isto, pelo que se torna um Salvador capaz para derramar o bálsamo sobre essa ferida de rejeição, e curá-la. Jesus foi acusado. Uma das acusações era que Ele era um mensageiro de Satanás: "Mas os fariseus, ouvindo isso, disseram: Este não expulsa os demônios senão por Belzebu, príncipe dos demônios" (Mt 12.24). Se você está sofrendo acusação ou mesmo o seu ministério, saiba que antes que isso acontecesse, acusaram Jesus e o Seu ministério. Ele sabe o que é ser acusado injusta e caluniosamente e pode trazer-lhe alívio. Quando Jesus agia contrário a uma das interpretações rabínicas quanto à guarda do Sábado, era acusado de quebrar o mandamento, quando de fato Ele não quebrava o mandamento, mas a tradição de uma corrente teológica de interpretação. Ferida do diabo. Jesus foi odiado. Na sua condenação à morte vemos o ódio nas autoridades e na voz do próprio povo: "é réu de morte!" "Mata-O!" "Crucifica-o!" "Fora com este!" Você foi vítima de um ódio feroz? Alguém querido teve sua vida ceifada por causa dele? Jesus sabe o que é isto e pode agora dar-lhe vitória. Jesus foi esquecido, abandonado. Na hora extrema julgado e crucificado, muitos seguidores desapareceram e os próprios discípulos fugiram, deixando-O a enfrentar Seu sofrimento sem o conforto de sua presença amiga e companheira. Apenas um dos doze estava ao pé da cruz, juntamente com as mulheres. As desprezadas e rejeitadas mulheres foram as que não se ausentaram e foram testemunhas do seu sofrimento, morte, sepultura e, como recompensa, da Sua ressurreição, tem sido as primeiras a ver o Cristo ressurreto e ouvir-Lhe a doce voz. Você foi esquecido e abandonado no momento em que mais precisava daquela pessoa amada? Jesus conhece o seu coração e diz: "Eu sei o que é isto e estou aqui para colocar minha mão sobre o teu ombro, segurar-te pela mão e conduzir-te em triunfo. Não estás só. Não te deixarei, nem te desampararei”. Jesus foi rejeitado, acusado, odiado, esquecido, abandonado. Sofreu todo tipo de ferida na alma, antes que nós fôssemos atingidos. Ele sabe o que é ser rejeitado, ele sabe o que é ser ferido. Ele conhece o que você está enfrentando, ele pode dizer: "Eu sei exatamente o que você está passando, porque eu já passei pela mesma coisa. Eu sei como você se sente. Por isso Eu posso sarar o seu coração, e você pode dizer: "O castigo que me traz a paz estava sobre Ele e pelas suas feridas eu sou sarado" (Is 53.5). Olhe para Jesus! Ele foi ferido no corpo, foi ferido na alma, ferido nas emoções; os amigos O desprezaram, os seus O rejeitaram; odiado, caluniado, pelas próprias autoridades religiosas, esquecido, mas tudo por nossa causa. Para que? Para nos sarar. "Eu vim sarar os corações quebrantados” diz Ele.
Satanás sabe como Aleijar uma Pessoa, Ferindo-a. As crianças inocentes são seu primeiro alvo. Uma criança não tem condições de analisar as circunstâncias. Ela se torna uma vítima indefesa e, por esta razão, um alvo para ataques inimigos. Analisemos como as feriadas se instalam numa criança: Antes mesmo do nascimento. Os filhos ilegítimos inevitavelmente são feridos. Uma criança que cresce sem saber quem é o pai, está marcada para o resto da vida. Leva em sua alma uma profunda ferida e crescerá com muitas carências emocionais. Uma criança que sofreu a tentativa de um aborto, passa por um trauma que aleija sua personalidade. Há quem julgue que a criança nada percebe, mas isso é um engano. Em muitas civilizações, mesmo pagãs, as mulheres grávidas são protegidas para que não sejam vítimas de emoções fortes e choques que poderiam afetar o feto no ventre materno. Hoje sabemos que tudo quanto ocorre durante a gestação, tem reflexo sobre a criança. As tensões entre o casal, morte, separação, divórcio, maus tratos, rejeição da gravidez, tudo afeta a saúde emocional do bebê. A infância é afetada através de pais cruéis, abusos físicos e sexuais e castigos desumanos. Quando olhamos para as crianças de rua, marginalizadas, no vício, no roubo e até mesmo no crime, estamos apenas diante dos resultados dessas feridas. Satanás se aproveita delas e as brutaliza, aleija sua personalidade e domina-as por completo. São vítimas de golpes na alma. Só
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Jesus, com Seu poder, mediante a operação do Seu Espírito e da Sua Palavra, pode entrar no mais profundo da alma e sarar essas feridas. Glória a Deus porque n’Ele há poder. Não importam quão profundas sejam as feridas, Ele tem poder de quebrar o seu furor e trazer cura e perfeito equilíbrio. A rejeição também pode vir na infância, quando há a presença de muitos filhos. A criança pode se sentir isolada, preterida e vai crescendo com feridas, pois ela não consegue analisar a situação e entender a falta do amor, carinho e afeição de que ela precisa para um desenvolvimento sadio. Uma terrível conseqüência das feridas através dos pais, é que transferimos para Deus a imagem dos relacionamentos terrenos, tornando-se difícil, portanto, um relacionamento correto com o Pai celestial. Se houve um pai cruel, essa é a imagem que a criança terminará transferindo para Deus. Se não houve a presença de um pai, se o pai a abandonou, será difícil um relacionamento com Deus como Pai, mesmo na idade adulta. Poderá até ver a Deus como Senhor, mas para vê-lO como um Pai de amor, só mediante uma cura dessas feridas passadas. É esta sua situação? Um pai cruel, um pai que não expressou amor, que abandonou o lar ou mesmo que você nem conheceu porque não sabe quem é, ou morreu ou não se interessou por você? Temos uma boa notícia: você não tem que transferir para Deus a imagem dos seus pais. O Espírito de Deus lhe dará verdadeira revelação do Pai e você poderá chegar diante d’Ele e dizer: "Aba! Paizinho!" e terá um relacionamento restaurador de todo o seu ser. Uma criança rejeitada crescerá com a incapacidade de amar e receber amor. Uma criança violenta fechar-se-á em medo ou manifestará uma rebelião ativa. Os filhos de Deus são os primeiros visados por Satanás. No momento em que alguém nasce de novo, a primeira coisa que recebe de outros é rejeição, ferida. As críticas ferinas entram logo em ação, em casa, na escola ou no trabalho. São táticas satânicas para trazerem a calúnia, o desprezo, o ódio, a mágoa, a rejeição, com o fim de levar a pessoa a desistir de seguir a Jesus. Se não consegue, fará tudo para machucar. Não somente o novo crente, mas também os novos na vida cheia do Espírito, são vítimas de suspeita e rejeição. O objetivo é levá-los ao desencorajamento e silenciá-los. Na sua própria congregação o ataque se fará sentir. Alguém está sendo poderosamente usado por Deus em alguma área de ministério, e logo as investidas se fazem sentir, trazendo calúnia, crítica, rejeição através até de colegas, amigos e colaboradores. Quando os golpes são bem sucedidos, o ministério pode até ser destruído por mentiras e divisões. Aí está a estratégia de Satanás: ferir, ferir, ferir. Ele aleija através da incompreensão, falsa acusação, rejeição e medo. Mas existe uma posição em Deus em que nenhuma das suas investidas terá mais poder de nos ferir e nos destruir. Elas ainda serão desferidas, mas não permitiremos que nos atinjam. As setas ainda virão, mas não nos hão de atingir. Nossos muros estarão restaurados e libertos de intrusos. Em outras palavras, nossos muros estarão de pé; nossas portas, nossos portais, ferrolhos e trancas estarão no lugar; nossas torres de vigilância em alerta operacionais. As setas poderão vir, mas não faltará a água da Palavra para apagar esses dardos inflamados do maligno, e nós não seremos abatidos, nem destruídos, nem espezinhados. Diante de tudo isso poderá dizer: Como posso não ser atingido? Até Jesus sofreu agonias da alma e disse: "Minha alma está abatida até a morte!" Sim, mas Ele levou-sobre Si todas as nossas feridas, para que não tenhamos que levá-las outra vez. "Pelas Suas feridas somos sarados!".
A PRISÃO DAS MÁGOAS Vimos que todos os homens serão alvo das feridas de Satanás. As feridas, se não forem tratadas, degeneram-se em mágoas. Atrás, portanto, das feridas, se esconde um plano maquiavélico: tornar-nos prisioneiros da mágoa. No entanto, se Cristo nos libertou pelo poder da Sua morte, sepultura e ressurreição, não nos deixaremos ser prisioneiros de nada nem ninguém. Nós não podemos nos dar ao luxo de ficar magoados. Coloque isto no seu coração: "Em nenhuma circunstância posso aceitar a mágoa, pois se isso acontecer, terei sido apanhado na gaiola do diabo”. A recomendação da Palavra de Deus é: "Deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia..." (Hb
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12.1).O autor de Hebreus está usando a figura de uma corrida. No capítulo onze ele mostra uma galeria de heróis que correram e venceram e agora torcem pelos que estão no campo, para que também vençam. É a corrida da fé, a corrida da vida cristã. Para que haja vitória, ele recomenda que se olhe para Jesus, o autor e consumador da fé, e que tudo quanto possa embaraçar os nossos passos, seja deixado para trás. Haverá algo que nos embarace tanto quanto um coração cheio de mágoa? Não importa o quanto tenhamos sido bombardeados, a mágoa é uma prisão cruel.
As Feridas Prendem Os que as aceita, torna-se prisioneiro. Primeiro, prisioneiro da pessoa que o feriu. Se você está magoado com alguém, tornou-se seu escravo. Você o carrega atrelado à sua mente e sentimentos o tempo todo. Vai para a cama, dorme anda com ele, não se aparta dele em momento algum, e por isso é atormentado por um companheiro indesejado. Solte-o! Quando você o libera, a primeira pessoa a ser liberada é você mesmo. Em segundo lugar, prisioneiro da amargura da ferida. Os sentimentos são alimentados com a mágoa. É como se você tomasse um prego enferrujado e começasse a mexer uma ferida. O sangramento será cada vez maior. Quem se encontra nos golpes, termina prisioneiro deles. Uma terceira prisão é a incapacidade de amar e ser amado. Hoje há muitos lares destruídos porque duas pessoas feridas e magoadas partiram para o casamento e nenhuma delas tinha capacidade de amar. Os relacionamentos são construídos a partir de carências emocionais, de feridas e mágoas acumuladas por causa de experiências passadas. O pecado nem sempre é a ocasião ou motivo imediato pelo qual Satanás ocupa um lugar na vida de uma pessoa. As feridas podem se transformar nessa ocasião, caso sejam aceitas e alimentadas. Ninguém escolhe ser ferido, e nem sempre tem culpa de o ser, mas deixar que a ferida infeccione e contamine todo o sistema, pela a Deus da mágoa, é abrir a porta para a ocupação inimiga, e isso nos torna culpados. Jesus veio libertar aqueles que estão feridos. Ele veio libertar aqueles que estão presos por dentro. As prisões espirituais são quebradas por princípios espirituais, logo, a completa liberdade está em Jesus. Ele é a Cabeça de Sua Igreja e deseja ser o sarador do Seu próprio corpo. O crescimento e o ministério cristão podem ser embaraçados pêlos pesos e amarras das feridas e mágoas. Os relacionamentos humanos também são prejudicados por elas. Não existe maneira de passarmos pelo mundo sem que Satanás tente nos destruir. Portanto, o que temos de fazer é aprender a lidar com n situação e sair vitoriosos diante de cada nova investida. Hoje, se já há prisões do passado, vamos expô-las ao poder libertador de Jesus e aprender a viver em liberdade.
Ferida & Amargura Vimos como satanás tem uma estratégia de ferir todos os homens. As feridas produzem mágoas e estas, por sua vez, desencadeiam a amargura e problemas vários, que se agravam cada vez mais. A amargura é o terreno propício para toda sorte de mal. O que é a amargura? É um sentimento produzido pela ferida de mal estar, ressentimento e mágoa. Esse sentimento dá lugar à quebra de comunhão e relacionamentos. Foi uma grande tragédia quando as tribos do Norte de Israel se separaram das tribos do Sul, resultando na guerra entre irmãos. A mesma estratégia tem sido usada pelo inimigo hoje: separação e ódio. A amargura é a maior arma à sua disposição e ele tem deixado um rasto de destruição na Igreja, tudo porque irmãos cristãos deixam de lado o princípio do amor e do perdão. Muitos cristãos são como uma maçã quando cai e é ferida. Por vários dias não há sinal de estrago. Depois aparece uma mancha escura; a parte podre fica saliente e a maçã se estraga. É assim que a amargura funciona depois da ferida. Surge um incidente que parece não provocar danos. Acontece que em vez de se tratar da aparente machucadura, ela é alimentada. Há uma reação em cadeia. Primeiro, vem a ferida, aparentemente sem problemas. Segundo, a ferida é acalentada em banho-maria, acariciada, lembrada. Terceiro, aquela área começa a manifestar sinais de apodrecimento, ao se expressar em reações negativas, como silêncios vingativos, respostas ríspidas, isolamento, agressões. O fim é uma pessoa amargurada, cuia presença é evitada por
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que faz mal. Como se alimenta uma ferida? Por exemplo: você recebe um bilhete com palavras duras. Você o lê e relê, chegando até mesmo a decorá-lo. Isso provoca sentimentos desagradáveis e você começa a monologar com a pessoa no mesmo tom. Ou alguém lhe disse uma coisa desagradável e você fica revivendo a cena. Essa é a maneira de alimentar as feridas que o diabo lhe infligiu. Vai terminar apodrecendo. Você está em alguma atividade em casa, ou na rua, ou no trabalho, ou andando, ou deitando, e a mente se detém no incidente, lembrando a palavra dura, o ato de ingratidão de alguém querido, o esquecimento do seu aniversário, a incompreensão do cônjuge, e assim por diante. Sempre que sua mente se detém em lembranças desagradáveis, você está abrindo o caminho para que a ferida se degenere em amargura. A palavra de Deus diz taxativamente: "Que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe e, por meio dela, muitos sejam contaminados" (Hb 12.15). A amargura é apresentada aqui como uma raiz e que, portanto, vai se aprofundando, crescendo e produzindo seu fruto, afetando todo o estado de alma com a perturbação e contaminação dos circunstantes. Temos que tratar das feridas antes que se forme uma raiz de amargura. Não adianta você dizer: "o diabo não entra aqui”. Dê-lhe uma brecha e veja se ele não entra. Se você nasceu de novo, ele não tem acesso ao seu espírito, mas a sua alma pode até ser infestada de demônios, se você permite que a amargura e o ódio o dominem, pois o inimigo habita na terra por causa da amargura. Se você andar contrário à Palavra, será atingido. Ora, a Palavra diz: "Não haja alguma raiz de amargura”. Permitir a amargura é andar em desobediência; andar em desobediência é sair da proteção divina. Note o que temos dito: Satanás nunca constrói nenhuma base em nenhuma área da nossa vida, sem que primeiro conquiste para isto um direito legal. Ele vem me ferir. Qual é o seu objetivo? Possuir-me. Compete a mim aplicar o perdão, a Palavra de Deus e estar por cima da situação. Se eu recebo a ferida, e alimento a mágoa, vem a amargura. Meu coração fica amargurado, minha alma fica cheia de ódio, de falta de perdão e nesta hora ele entrará para destruir, e poderei até chegar a uma situação em que algum demônio nesta área vai dominar e eu me tornarei prisioneiro e precisarei de uma libertação. O inimigo habita na terra por causa da amargura.
A AMARGURA É O VENENO DA ALMA A Amargura é Resultado de Feridas Emocionais Em primeiro lugar, provenientes do relacionamento entre pais e filhos, como vimos no item sobre feridas. A estratégia é usar os mais próximos de nós, porque quanto mais próximos, tanto mais profundas as feridas. Se fosse apenas uma questão de estranhos nos machucarem, seria mais fácil lidar com a situação. Os próprios pais, de quem não se pode separar e cuja memória é impossível de ser apagada, são os instrumentos mais eficazes dessas feridas que provocam a amargura na alma. Provenientes de relacionamento marido e mulher. Depois do relacionamento pais e filhos, o mais próximo é entre os cônjuges. Atrás da maioria das paredes das casas do mundo inteiro, ocorrem as mais diferentes cenas que deixam atrás de si uni rastro de dor, lágrimas, sofrimento e sentimentos amargurados. Que ódio cruel o de Satanás, que usa os mais queridos, mais amados, mais próximos, de quem se espera o amor, aconchego, compreensão, conforto e carinho, para estraçalhar o mais profundamente as almas dos homens! Graças a Deus por Jesus Cristo, que nos proveu um grande livramento e nos conduzirá à glória eterna.
A Amargura Contamina Todo o Sistema da Pessoa Manifesta-se no que ela fala. A pessoa amargurada deixa extravasar em sua conversa o que vai na alma. É por isso que ela se torna contagiosa, contaminando o ambiente que lhe cerca. É vista nas atitudes da pessoa, que passa a ser ríspida, crítica e vingativa ou fechada.
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A amargura manifesta-se ainda através de enfermidades físicas, tais como problemas nervosos, insônia, dor de cabeça, esgotamento, artrite, pressão alta, palpitações, taquicardia, úlceras, doenças de pele, e tantas outras. A maioria das enfermidades hoje é de fundo emocional e revela a incapacidade das pessoas de lidarem com os problemas da vida. Entre oitenta a noventa por cento dos que buscam os consultórios e fazem exames de laboratório, não se constatam problemas físicos. As pessoas se sentem verdadeiramente doentes, mas seus sintomas são provocados pelas angústias, temores, mágoas, pressões e amarguras. São problemas psicológicos, diria o médico. Para nós são problemas de ordem espiritual, afetando a alma e o corpo. Todo aquele que encontra o caminho da confiança em Jesus e da obediência à Palavra de Deus, andando no Espírito, não será vencido por esses males.
A Amargura Contamina os Outros A contaminação de outros acontece porque freqüentemente a amargura se manifesta numa atitude crítica. A língua está afiada para criticar tudo e a todos. Nada está bem. A conversa do amargurado gira em torno de suas próprias feridas, reais ou imaginárias, e o ambiente à sua volta se torna desagradável e provoca mal estar. Hebreus 12.15, na Linguagem de Hoje, diz: "cuidado, para que ninguém se torne como uma planta amarga que cresce e prejudica muita gente com o seu veneno."
A Amargura Constrói Paredes de Isolamento Primeiro porque as pessoas se afastam, por não se sentirem bem. Se cada vez que a pessoa fala, despeja um "rosário de amarguras" nos ouvidos dos que lhe cercam, estes tenderão a evitá-la, e assim o amargurado traz sobre si um novo mal, o do isolamento, pelo que sua dor se agrava ainda mais. O remédio não é buscar alguém em quem descarregar nossas mágoas, mas ir a Jesus para sarar nossas feridas. O amargurado também se isola, por medo de ser mais ferido. Quando alguém faz declarações como: "Não confio em ninguém", "não creio em ninguém", "eu prefiro ter um cachorro amigo do que um amigo cachorro," ele está refletindo as raízes de amargura, que o levam a fechar-se em seu mundo. É uma forma de proteção. Há um medo e desconfiança das pessoas. O medo de que as feridas internas e fraquezas sejam reveladas, também estão por trás do isolamento. Escondem-se atrás de uma máscara. Quem não tem o que esconder, não teme o convívio das pessoas. A solidão é outra forma de isolamento. A solidão não é marcada pelo número de pessoas que está à nossa volta, mas é um estado da alma. Alguém pode se sentir só em meio a uma multidão. Por outro lado, pode estar perfeitamente segura e feliz, estando sozinho. Ninguém pode sentir-se só, quando tem um relacionamento sadio com Deus.
A Amargura Sempre Resulta em Relacionamentos Quebrados Quando alguém dá lugar à amargura, seu relacionamento com a família e os amigos sofre constantes choques. Isso afasta dela as pessoas, e o diálogo é evitado, para não provocar maiores problemas. Quantas vezes isso resulta na separação definitiva entre pais e filhos e entre marido e mulher. Uma atitude crítica para com os outros faz com que o amargurado seja evitado. Por tudo quanto dissemos, e muito mais, está claro que a amargura é de fato o veneno da alma, que lança em trevas o que por ela é dominado e contamina o ambiente, pelo que deve haver todo empenho em se obedecer a ordem da Palavra de Deus: "Exercitai a precaução e estai de sobreaviso para vigiar (um ao outro), para que ninguém se aparte e falhe em reter a graça de Deus (seu favor imerecido e benção espiritual), a fim de que nenhuma raiz de ressentimento (rancor, amargura, ou ódio) brote e provoque problemas e amargo tormento, e muitos sejam contaminados e manchados por ela" (Hb 12.15 - V. amplificada).
O MALEFÍCIO DOS RELACIONAMENTOS QUEBRADOS 35
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O Relacionamento ou Comunhão Quebrados Causam Cegueira A palavra de Deus declara: "Aquele que diz estar na luz, e odeia a seu irmão, até agora está nas trevas. Aquele que ama a seu irmão permanece na luz, e nele não há tropeço. Mas aquele que odeia a seu irmão está nas trevas, e atida nas trevas, e não sabe para onde vai; porque as trevas lhe cegaram os olhos" (I Jo 2.9-11). Veja aqui a cadeia: a ferida traz a mágoa, a mágoa traz a amargura, a amargura provoca o quebrar dos relacionamentos e os relacionamentos quebrados entre os irmãos, traz cegueira espiritual. Não andar em comunhão é andar em trevas e isso tem como conseqüência: Primeiro, a cegueira nos impede de agir sabiamente. Se andarmos em trevas, não saberemos como agir. Não teremos suficiente luz para analisar a situação e agiremos por impulso do momento, julgamentos precipitados, sem a luz da Palavra. Em segundo lugar essa cegueira vai impedir-nos de ver-nos a nós mesmos, pelos olhos da Palavra, ou como de fato somos. A pessoa em trevas torna-se o centro de sua própria vida; a autocomiseração toma conta dela, levando-a a exigir dos outros toda a atenção para si. Vive remoendo mágoas e fazendo confissões negativas. Vê-se apenas como injustiçada, coitadinha, machucada, desprezada, enfim, uma vítima. A cegueira impede-nos ainda de ver os outros como eles realmente são. Por pior que alguém seja, há algo de bom nele. Conta-se uma lenda que Jesus certo dia caminhava com seus discípulos e passaram por uma caveira de jumento, no fim da decomposição do seu corpo. O mau cheiro era insuportável e os discípulos reclamaram, tapando o nariz. Jesus, olhando para ela, disse: "Vejam que dentadura tão bonita!" Moral da história: Apesar da carniça, Jesus pôde ver algo belo. Quem anda na luz, saberá descobrir os valores das outras pessoas, mas quem anda em trevas só verá trevas.
O Relacionamento Quebrado Causa Insensibilidade. A vida se torna egocêntrica. Gira em torno de si mesma. Os demais são excluídos. Isso resulta numa indiferença para com as necessidades dos outros. Quem vive voltado para dentro de si, revivendo suas mágoas e problemas, fica alheio ao que se passa ao seu redor, em diferença total. E essa atitude egoísta chega até a provocar morte. É semelhante ao Mar Morto, em Israel, que recebe as águas do Jordão e do mar da Galiléia, mas nada dá. Por isso não há vida nele. "Ninguém vive para si". Há um ditado popular que diz: "Quem não vive para servir, não serve para viver".
O Relacionamento Quebrado Prende na Imaturidade O crescimento emocional é interrompido por ocasião da ferida, e só é retomado quando a cura ocorre. Imaturidade significa agir como criança e não como adulta. Já dissemos que a personalidade não amadurece com o corpo. A maturidade emocional é distinta da física. Para que ela ocorra, há que ocorrer a cura e a libertação de todas as feridas e mágoas.
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A DESTRUIÇÃO GERADA PELA FALTA DE PERDÃO
A amargura só tem lugar onde faltou o perdão. Viver nela é viver sem perdão e isso traz terríveis conseqüências. Quando o perdão não ocorre logo no momento da ferida, esta vai produzir o ressentimento. O ressentimento se transforma em amargura, que, por sua vez, leva a acusação. A acusação se transforma em ódio, que, por sua vez, lança no engano e este se transforma em perversão. Você pode se sentir magoado com os outros, consigo mesmo e com Deus. Essa mágoa o torna culpado e onde há culpa, há sintomas. Quais são eles? Se você tem mágoas de si mesmo, os sintomas são: sentimento de culpa, de inferioridade, de complexo, de indignidade, de vergonha, de ódio, podendo levar a atitude extrema do suicídio. Se você tem mágoas de outros, os sintomas são: ressentimentos, amargura, mágoa, raiva, ódio, vingança, retribuição, podendo até chegar ao assassinato. Se você tem mágoa de Deus, os sintomas são: dúvida, incredulidade e rebelião. Você duvidará da Palavra, não acreditará nela e, em última instância, terminará em rebelião contra Deus. A amargura é o terreno propício para toda a obra do maligno; é porta aberta para infestação de demônios; é brecha para o diabo vir e destruir a vida, o lar, o casamento, os relacionamentos no emprego, na Igreja, destruir a sociedade; a amargura é a porta que Satanás procurou abrir para vir e acabar com nossa alma. Destruirá qualquer cristão. A prevenção contra tal ataque é permanecer continuamente no Espírito de perdão. Quando Satanás vier para ferir, não aceite a ferida. Libere-a através do perdão. Faça-o imediatamente. Não veja a pessoa que o fere. Veja Satanás usando aquela pessoa que você ama, para o ferir. Ela é apenas instrumento. Nossa luta não é contra pessoas, mas contra as forças das trevas que usam as pessoas (Ef 6.12).
SENDO LIBERTOS DAS FERIDAS Muitos cristãos estão sendo atormentados por causa da falta de perdão. A falta de perdão dá ao inimigo uma reivindicação legal e ele entra a fim de oprimir e atormentar. Amargura, que é o resultado da falta de perdão, é o terreno para a semeadura de toda a obra do maligno. Satanás não respeita o crente que vive com mágoa e falta de perdão. Mas o perdão é o caminho para a libertação da amargura, da mágoa e da ferida. Pelo perdão, abrimos o caminho para Deus trazer à nossa alma a cura interior. Logo, vamos tomar uma decisão de entrar no passado e perdoar todos quantos nos feriram, e nos armar para que, da próxima vez, não guardemos mais o ressentimento; liberaremos a pessoa antes que o diabo tome proveito daquela atitude, daquela palavra, daquela circunstância, para nos destruir, e estaremos vivendo em vitória, pois andar em perdão, é andar em vitória. Estamos lidando com uma conquista. Confesse em voz alta agora: "Eu vou me levantar e reinar no meio dos meus adversários. Não permitirei que o espírito da amargura me domine. Eu tenho a autoridade do nome de Jesus e vou usá-la para expulsar todo intruso e deixar que a Palavra de Deus entre e me purifique de toda a contaminação desses intrusos na minha alma. E a partir daí vou encarnar a Palavra de Deus até que as feridas do diabo não consigam mais entrar dentro de mim”. Mas não se esqueça de que esta é uma batalha que precisa ser travada até a vitória final. Haverá contra-ataques, mas não desista. Novos hábitos são adquiridos pela repetição. Há uma lei de semeadura e ceifa ensinada na Bíblia. Portanto, liberte e seja libertado. Quando você liberta os que o ofenderam, o primeiro a experimentar libertação é você mesmo. Vejamos o que Jesus diz sobre o assunto: 37
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"Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados. Dai e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando vos deitarão no regaço; porque com a mesma medida com que medis, vos medirão a vós" (Lc 6.37,38). Muitas vezes o versículo trinta e oito é usado com referência a ofertas. Pode haver uma aplicação aí, por causa da lei de semeadura e ceifa, mas o assunto primário aqui é outro. Tem a ver com julgamento, com perdão, com misericórdia; tem a ver com "amai os vossos inimigos", com "Orai pelos que vos perseguem”. "Dai, dai". Dai o quê? Dai misericórdia, dai perdão; "dai e servos-á dado. Boa medida”. De quê? De amor, de perdão, de misericórdia. O que isto quer dizer? que em troca, você vai ser amado, perdoado, o perdão, portanto, é a chave para a libertação da amargura. UMA DEFINIÇÃO DE PERDÃO 1. "Apoluo" - Libertar, livrar alguém de alguma coisa, deixar ir. "Mulher, estás livre da tua enfermidade" (Lc 13.12). "E o Senhor daquele servo... mandou-o embora e perdoou-lhe a dívida" (Mt 18.27). 2. "Aphiami" - Deixar ir, mandar embora. "Então, despedindo as multidões" (Mt 13.36). Perdoar, portanto, é deixar livre, soltar, libertar, despedir, mandar embora, aquele que nos feriu. É não levar em conta o mal causado; é não reter consigo a mágoa ou ferida; é agir como se o incidente nunca houvesse acontecido.
O Perdão Liberta das Feridas do Passado O que conserva feridas fica preso ao passado. Aquele que conserva a ferida é incapaz de viver no presente. Daí porque ele se fere tanto, pois diante de cada atitude ele revela dificuldade em analisar a situação como de fato ela é no momento. Ele encara o presente com os olhos do passado. A amargura do passado flui nos relacionamentos presentes. Muitas vezes alguém se revela ferido com um incidente e o suposto autor da ferida leva um susto, pois não consegue conceber como a pessoa possa ter-se magoado com aquilo. O problema não é o incidente no momento, e sim um coração amargo, que traz o passado para o agora e isso cria sérios problemas nos relacionamentos do presente. O que conserva feridas está preso a pessoas do passado. Quem se recusa a perdoar, não somente é prisioneiro do seu passado, como também das pessoas do passado. Essa atitude, no reino do Espírito, pode conservar alguém em seu pecado por falta de perdão. São tremendas as palavras de Jesus em João 20.22-23: "E havendo dito isto, assoprou sobre eles, e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados, são lhes perdoados; e aqueles a quem os retiverdes, são lhes retidos". Isto implica que o perdoado está livre, mas a quem não se perdoa é conservado em prisão. Olhemos para Jesus na cruz: o odiado, rejeitado, espezinhado, ferido, mas ainda assim soltou os seus algozes, ao dizer: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem" (Lc 23.34). Jesus os estava libertando, para que tivessem uma chance de se converter. O mesmo fez Estevão, ao orar: "Senhor, não lhes imputes este pecado!" (At 7.60). Acreditamos que Saulo foi libertado ali. Se conservarmos os algozes prisioneiros, pela falta de perdão, não somente seremos prejudicados, mas eles também o serão. Quantas vezes pais são responsáveis por esse tipo de atitude. Não concordam com o casamento de um filho, ou uma
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profissão, e conservam-no retido em sua falta de perdão. O filho é prejudicado. Isso também pode ocorrer até com a liderança de uma Igreja, que retém um membro transgressor, e o diabo se aproveita para esbofetear ainda mais aquela pessoa. Por conservar o pecado de alguém, você se torna como ele. E aqui vai um princípio: Perdoe, e se torne como Deus, que é perdoador; retenha o pecado e se torne como o que feriu. Portanto, seja perdoador. Lembre-se: a falta de perdão não se altera com o tempo. Quanto mais se demora a perdoar, tanto mais enraizada ficará a amargura, que é alimentada pela ausência do perdão. O que conserva a ferida é atormentado. Em Mateus 18.21-35, Jesus aborda o assunto do perdão e deixa uma séria recomendação a ser seguida: devemos perdoar setenta vezes sete, isto é, ilimitadamente (vs 22,23). Logo depois Ele mostra as implicações da recusa de um servo em perdoar. Trazendo a história para nossos dias, Ele fala de um servo que devia o equivalente ao salário de sessenta milhões de dias de trabalho (dez mil talentos. Um talento valia seis mil dias de trabalho, ou denários). Não tendo com que pagar, pediu misericórdia ao credor. Este lhe perdoou toda a dívida. Mas o servo encontrou-se com alguém que lhe devia o equivalente ao salário de cem dias de trabalho, que, por sua vez, pediu-lhe misericórdia, por não ter com que pagar. Ele não lhe deu ouvidos, lançando seu conservo na prisão. O relato bíblico a partir daí declara: "Então o seu senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste; não devias tu também ter compaixão do teu companheiro, assim como eu tive compaixão de ti? E, indignado, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que pagasse tudo o que devia. Assim vos fará vosso Pai celestial, se de coração não perdoardes, cada um a seu irmão" (Mt 18.32-35). O Senhor chama de "servo malvado" o que não perdoa e o seu fim é ser entregue aos "verdugos", isto é, aos atormentadores. Quem são estes? Verdadeiros demônios. Deus é um Deus de legalidade. Sua bênção só pode fluir livremente sobre um servo, quando este anda de acordo com a Constituição do Reino. Se a desobediência ocorre, ele fica fora da proteção divina e, em vez das bênçãos abundantes, vêm os atormentadores. À luz da graça de Deus, qual deveria ser a nossa atitude para com os que nos ofendem? A mesma de graça, perdão e misericórdia, que nosso Pai celeste expressa no trato para conosco. Há uma força no perdão, que nos torna livres em Deus. Veja que a oração de libertação, ensinada por Jesus, vem depois do perdão: "...e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também temos perdoados aos nossos devedores; e não nos deixes entrar em tentação, mas livra-nos do mal" (Mt 6.9-13).
O PERDÃO LIBERA A AÇÃO DE DEUS O Nosso Perdão Libera o Perdão de Deus para Nós. Jesus é taxativo ao declarar: "Porque se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai perdoará vossas ofensas" (Mt 6.14-15). Em Marcos 11.23-26 encontramos o tremendo ensino da autoridade e fé para remover montanhas; o poder da oração de fé em operações, pelo uso da palavra confiante. Mas tudo isso está na dependência de um coração perdoador. A fé sem perdão, não opera; a autoridade sem perdão é um desastre. Jesus é categórico ao dizer: "Quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que também vosso Pai que está no céu, vos perdoe as vossas ofensas. Mas se vós não perdoardes, também vosso Pai, que está no céu, não vos perdoará as vossas ofensas" (Mc 11.25,26).
O Pecado não Perdoado dá Lugar a Satanás. Para andarmos na bênção, deixando as mãos de Deus livres para nos cumular dos tesouros da Sua graça, teremos necessariamente que andar perdoados diante dele, dos outros e de nós mesmos. O caminho é este: sempre perdoados e sempre
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perdoando, pois a redenção é compatível com o perdão (Ef 1.7).
O Nosso Perdão Libera o Perdão de Deus para os Outros. Mateus 18.18 declara que o que ligamos na terra é ligado no céu, e o que desligamos na terra é desligado no céu. Isso implica em que minha atitude na terra tem influência no reino do Espírito. Meu perdão a alguém abre o caminho não só para as bênçãos fluírem sobre minha vida, mas também sobre a vida do ofensor. Se quisermos ser canais para a libertação de todos os homens, perdoaremos a todos também.
O Perdão Libera a Cura de Deus para Você. Existem muitas enfermidades provenientes da falta de perdão. Vimos como as mágoas, que são a mãe da falta de perdão, envenenam todo o sistema orgânico e provocam muitos tipos de doenças. Para as enfermidades assim produzidas, só há um meio de cura: o perdão. Esse perdão deverá ser tríplice. Como as mágoas podem ser contra si mesmo, contra outros e contra Deus, assim deverá ser o perdão. Aonde ela chegou, deve entrar o perdão para expeli-la com todo o seu veneno mortífero. Talvez você precise perdoar a si mesmo. Não importa quem seja o alvo da falta de perdão, os efeitos são iguais. Você pode prender a si mesmo pela falta de perdão por erro que você cometeu. Quantas vezes a mente é atormentada por causa de acusações, pecados passados, transgressões! As faltas são confessadas, mas o Espírito acusador está presente e a pessoa sucumbe à culpa, sem aceitar o perdão de Deus para si, nem o seu próprio. Satanás muitas vezes lança mão de uma queda do passado para lhe esbofetear, mas não importa qual tenha sido seu pecado; não importa o tamanho da sua transgressão, Deus é maior do que ela e “onde abundou o pecado, superabundou a graça" (Rm 5.20). Deus cobrirá a multidão dos seus pecados. Você pode chegar diante de Deus e confessá-los. E que maravilhosa verdade: O perdão de Deus é uma tremenda provisão para você: "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (I Jo 1.9).E se Deus lhe perdoa, você também vai se perdoar, porque não é maior do que Ele. Quando pecamos, temos de fato que sentir profundo pesar e nos arrepender diante de Deus; temos que confessar e abandonar o pecado cometido: mas uma vez que o nosso coração se move, rejeita a transgressão e se volta para Deus, Satanás não tem mais autoridade de lançar em rosto a condenação desse pecado, porque o Senhor lança para trás de nós as nossas transgressões, e, conforme diz a Palavra, nos diz: "Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de Mim, e dos teus pecados não me lembro mais" (Is 43.25). No reino do Espírito Jesus cancela a dívida que era contra nós, e podemos nos levantar e entrar no Santo dos Santos, sem nenhum complexo de culpa, como se nunca houvéramos pecado, porque Deus nos aceita como justos diante d’Ele, por causa do sangue do Cordeiro que foi derramado em nosso lugar e devidamente apropriado pelo arrependimento e confissão. "De sorte que somos embaixadores por Cristo, como se Deus por nós vos exortasse. Rogamo-vos, pois, por Cristo que vos reconcilieis com Deus. Aquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós; para que nEle fôssemos feitos justiça de Deus" (II Co 5.20,21). Perdoado, agora você está em condições de perdoar aos outros. Já falamos muito sobre o assunto, mas convém lembrar alguns princípios: Se o meu relacionamento com o irmão não for edificado na base do perdão, Deus não aceitará minha oferta, meu serviço a Ele. As palavras do Mestre são contundentes: "Se estiveres apresentando a tua oferta no altar, e aí lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem apresentar tua oferta" (Mt 5.23,24). Por que? Porque se Deus aceita minha oferta, é sinal de que Ele aceita minha comunhão; se Ela aceita minha comunhão, significa que eu estou andando na luz; e andar na luz é andar no amor; e se eu estou aborrecendo meu irmão e com a comunhão quebrada com ele, a Bíblia diz que eu estou andando em trevas, logo, a minha comunhão, a minha oferta, não será aceita por Deus. É assim que a mágoa se torna o maior destruidor da fé e da comunhão com Deus.
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O Perdão de Deus deve ser o nosso Padrão: “Antes sede bondosos uns para com os outros, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo" (Ef 4.32). "Suportando-vos e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como o Senhor vos perdoou, assim fazei vós também" (Cl 3.13). Há outros que não conseguem perdoar a Deus. Então magoados com Ele. Estão feridos e não tem coragem de dizê-lo, mas sua mágoa escondida deixa suas marcas em sua própria saúde física e emocional. Pode acontecer que tenha havido uma morte do pai ou da mãe, quando você era criança, ou de um filho, ou mesmo um cônjuge, alguma catástrofe na vida, e você diz: "Por que Deus permitiu?" No fundo você está ferido, pensando que Deus tinha poder de impedir o que lhe pareceu ser uma tragédia, e não o fez. Sua alma está envenenada e você está doente. Se este é o caso, sua cura passa pelo perdão também a Deus. Saiba que Ele lhe ama e quer trazer cura completa à sua vida. O Perdão é um Ato da Vontade Você decide perdoar. O sentimento virá depois. Não diga: "eu não sinto nada”. Não é o que você sente que determina sua ação, mas o que você decide, e quando você entra em ação, o poder de Deus virá em sua assistência. Ao liberar a pessoa que o ofendeu, Deus tirará a sua ferida e a cura cedo brotará. Como está sua alma? Agora mesmo, o Espírito de Deus está com você, para ajudá-lo a liberar o perdão. Tome, pois, uma decisão de perdoar todos os que no passado lhe ofenderam; perdoe-se por ter-se deixado praticar o que você condena; aceite o perdão de Deus em sua vida e se Ele já lhe deu o Seu perdão, você não é maior do que Deus, para reter a culpa. Libere os outros e seja liberado. Se há mágoa contra Deus, faça o mesmo e sua cura nascerá, lançando sua alma numa nova manhã de alegria e paz consigo, com os outros e com Deus.
Aplicação Prática 1. Faça uma lista dos relacionamentos do passado que foram ou são maus. Coloque cada nome. Deixe que o Espírito Santo o dirija, trazendo à lembrança o que deve ser lembrado. 2. Analise cada um dos relacionamentos e descubra as razões porque eram maus. Anote-as. Não tente fugir da realidade. 3. Lide com cada relacionamento e libere a pessoa pelo perdão. Traga cada caso diante de si e diante de Deus e, nominalmente, por uma deliberação da sua vontade, perdoe a cada um. 4. Você poderá descobrir que nem sempre a culpa foi do outro, como você julgava, e deverá pedir perdão àqueles a quem você ofendeu. Caso a pessoa já tenha morrido, faça-o apenas diante de Deus. 5. Você precisa pedir perdão à pessoa pela sua atitude não perdoadora, caso ela tenha conhecimento disso. Se sua atitude é desconhecida, não é sábio abordar o assunto com a pessoa, pois ela pode não estar preparada para isso e feridas poderiam ser causadas. Confesse a falta diante de Deus e mude de atitude. Definições de Deus é: "Deus é amor" (I Jo 4.3). Quando a rejeição entra em cena, é lhe negado o amor, a segurança, a Deus, a identidade e o reconhecimento. Isso termina produzindo nele a incapacidade de amar e receber amor. A ausência dessas coisas pode deixar profundas raízes de rejeição na alma e o resultado é uma personalidade aleijada. Dentre as necessidades básicas para um desenvolvimento sadio da personalidade do ser humano, estão três coisas: o amor, a Deus e a compreensão. Quando esse amor, que é a base de tudo é negado, profundas carências e feridas vão brotar. E aí que Satanás entra, pois já vimos que seu objetivo é nos ferir e que o grau da ferida depende da importância ou proximidade afetiva daquele que nos fere. Quais as pessoas mais próximas de nós? Os pais e os cônjuges. Portanto, as maiores feridas virão
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através deles. Vimos também que quem não recebe amor, não sabe amar, nem ser amado. Quando, porém, alguém é sarado, mesmo que não haja recebido amor, receberá tanto de Deus, que é a fonte do amor, que em vez de viver no fracasso por causa de uma experiência passada, usará aquela experiência para compreender e ajudar os que estão em necessidade. A falta de amor provoca a rejeição. A rejeição é uma ferida profunda que pode destruir a vida da pessoa. Naturalmente há graus de rejeição cujos efeitos são proporcionais. Queremos, porém, dizer logo de início, que em Cristo todas as raízes de rejeição poderão ser arrancadas, pois não há maior demonstração de amor por nós do que o Filho de Deus renunciar a glória no céu, tornar-se homem, nosso irmão, e pagar o preço da nossa eterna redenção. Iremos aprender, portanto, com Deus, a não ser afetados pela rejeição de quem quer que seja. A cruz poderia ter sido a maior tragédia, porque ela é o quadro da mais atroz rejeição, no entanto, ela se tornou a base da nossa própria regeneração, restauração e cura. A grande rejeição de Jesus foi transformada no caminho da nossa salvação. Aleluia! Assim também as rejeições que sofremos ao longo da vida poderão ser transformadas em instrumentos para que nosso caráter seja refinado e reflita a beleza do Mestre. Em Isaías 53.2,3 deparamo-nos com o quadro da rejeição sofrida por Jesus como nosso substituto, para que, através de tudo quanto ela representou; fôssemos sarados. O versículo três declara: "Era desprezado, e rejeitado dos homens; homem de dores, e experimentado nos sofrimentos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos d’Ele caso algum”.
A FONTE DA REJEIÇÃO RELACIONAMENTO PAIS E FILHOS As mesmas fontes usadas para trazer feridas na alma são instrumentos de rejeição. Na família temos a primeira fonte. As necessidades de amor, a Deus e compreensão devem ser primeiro satisfeitas no aconchego do lar. Se isso não ocorre, estamos diante da formação de um problema. Vejamos onde a rejeição pode se manifestar: Antes do Nascimento Uma gravidez indesejada, por quaisquer que sejam os motivos: fruto de adultério, relações antes do casamento, estupro dentro e fora do casamento, problemas econômicos, enfermidade. Não importa o motivo, o fato da mãe não desejar a criança, deixa nela as marcas de rejeição, mesmo que ela jamais tome conhecimento disso. O estado psicológico da mãe se reflete na criança, antes mesmo de nascer. No Nascimento Há muitas circunstâncias no nascimento que podem provocar a rejeição, como os traumatismo de parto; uma falta de leito que força a mãe a se comprimir; uma dificuldade que leva ao uso de aparelhos que machucam; um parto sem assistência; a morte da mãe na hora do parto; a rejeição do pai da criança, etc. A ausência na hora do nascimento do amor e a Deus, marca o bebê, que crescerá com raízes de rejeição. Crianças Adotadas A criança gerada está ligada à mãe tanto pelo sangue quanto pelas emoções. Se ela é entregue a outros, que não os verdadeiros pais, não importa o quanto seja amada, uma marca fica em sua alma. Pais que não conseguem comunicar amor
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Muitos pais não receberam demonstrações de amor e não são demonstrativos. Isso provoca raízes de rejeição nos filhos. A criança não entende a comida na mesa como amor. Para ela amor é toque, abraços, beijos, atenção. Ela quer sentir o amor através de atitudes de carinho, a Deus e compreensão. Ela quer ser carregada nos braços, sentar-se no colo dos pais, ouvir expressões de amor e carinho. Se isso não acontece, ela se sentirá rejeitada. Pais que sofrem de rejeição Aqueles que foram rejeitados e não experimentaram uma cura, são tendentes a manifestar a rejeição, e cria-se uma cadeia: os pais foram rejeitados, não demonstram amor aos filhos e estes, por sua vez, quando formam os seus lares, fazem o mesmo. Alcoolismo dos pais O alcoólatra e drogado age muitas vezes fora de si e se torna violento, tornando-se instrumento de rejeição para seus filhos. Substituição do amor por coisas Num mundo onde todos correm e trabalham tanto, muitas vezes as crianças são entregues a creches ou à sua própria sorte. Pode não lhes faltar brinquedo, roupa, comida e escola, mas faltando-lhe o amor demonstrado em tempo com ela, a rejeição se instala. Pais preocupados A criança precisa de atenção. Se os pais estão tão preocupados com tanta coisa, que não tem paciência ou tempo para ela, está aí mais uma candidata a ser portadora das raízes de rejeição. Crítica e exigência de perfeição Há pais que só se dirigem aos filhos em tom de crítica e exigência. Estão sempre gritando com elas e exigindo que elas ajam como adultos. Aí está outra fonte de rejeição. Alvos paternos para a criança (compensação) Às vezes os pais queriam seguir uma determinada profissão, mas, por algum motivo, não o conseguiram. Agora querem forçar o filho a seguir a carreira desejada, como uma forma de compensação. Isso prejudica o filho. Ele crescerá com rejeição. Quando a Criança entra na adolescência surgem muitos conflitos que os pais não conseguem entender. O filho agora se isola, busca outros lá fora, esconde, não se abre, torna-se amargo, de difícil relacionamento, às vezes volta-se para a droga, a bebida, a licenciosidade. As raízes de rejeição podem bem estar por trás dessas atitudes. Como é importante aos pais tudo fazerem para demonstrarem amor, compreensão e a Deus aos filhos, falando com eles, abraçando-os, beijando-os, colocando-os no colo, dando-lhes atenção, tratando-os com respeito, com carinho e com amor, pois assim fazendo, estarão contribuindo para formação de uma personalidade mais sadia. Se você já está descobrindo que foi vítima da rejeição, não se abata. Estamos analisando o problema, para encontrar a saída. Deus está derramando abundantemente do Seu amor sobre você, e amor de Deus é o remédio perfeito para saída da rejeição. Uma criança que não é amada pelo pai terá dificuldade em edificar um relacionamento estável com Deus, como Pai. 43
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Uma criança que cresce debaixo da rejeição, aceitará rejeição em vez do amor de Deus. A imagem do pai é o modelo sobre o qual a criança estabelece seu relacionamento com Deus. Se ela não provocou o amor do pai, precisará de cura para experimentar o amor de Deus.
Relacionamentos na Escola Depois do lar, a escola é o lugar mais importante na formação da personalidade, pois a criança passa grande parte de sua vida. Ali pode estar uma fonte de rejeição, quando os professores não são sensíveis às necessidades das crianças. Críticas cruéis de professores Isso traz embaraço e vergonha à criança no meio dos colegas. Castigos imerecidos, por falta de uma investigação dos fatos e sensibilidade. A criança que é vítima sente-se rejeitada. Grupinhos e exclusivismo na escola Isso pode vir através de problemas de regionalismo, raça, posição social, roupa. A criança é discriminada. Uma palavra de crítica, uma atitude de rejeição. Fracassos Fracassos na escola também podem causar rejeição. Uma criança que não consegue praticar esporte como as demais, termina se isolando e sentindo-se rejeitada. Um problema de memória ou mesmo de visão pode levá-la a um mau aproveitamento e seu fracasso deixa marcas. A Sociedade Relacionamentos frustrados no geral também podem contribuir para infligir raízes de rejeição. Os preconceitos raciais e de classe, por exemplo, podem deixar marcas nas pessoas. A falta em aceitar certos valores sociais também traz rejeição. Quando alguém age de modo diferente dos demais, pode ser rejeitado.
Relacionamento com Deus O homem é suscetível à rejeição por causa do pecado. A culpa do pecado traz auto-rejeição e leva o homem a fugir de Deus, por se sentir rejeitado. Quando os pais dizem ao filho que não faça uma determinada coisa, e ele desobedece, o sentimento de culpa o leva a evitar a sua presença. É o mesmo que acontece com o homem, em relação a Deus. Ele é pecador, está em falta e se isola. Adão e Eva no Jardim são um exemplo por causa da culpa.
RESULTADOS DA REJEIÇÃO Imaturidade Emocional
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Como já falamos, no momento da ferida o crescimento emocional é interrompido. O mesmo ocorre com a rejeição. Se o amor leva a um crescimento emocional adequado, a rejeição bloqueia esse crescimento e a pessoa rejeitada permanece imatura. E ele convive com o problema em todas as esferas do seu dia a dia. Não sabe agir com equilíbrio e bom senso diante das situações da vida. Aqui está a causa para muitos conflitos no casamento, e, vezes sem conta, sua destruição: há um menino e uma menina que entram para um tipo de relacionamento que exige maturidade. São adultos no físico, mas, porque levam um quadro de rejeição, agem como crianças. As carências afetivas e a incapacidade de lidar com as pressões e exigências normais da vida, logo virão à tona. Se cada um espera ter do outro o que não lhe foi dado na infância, a dificuldade se agravará, pois se cada um não pensar no que tem para dar ao outro, em vez de no que o outro tem para lhe dar, o ajustamento do casal se tornará muito difícil. Uma menina que não teve o amor de pai, provavelmente buscará aquele no casamento. Um menino que não teve o amor mãe, também poderá ser vítima do mesmo engano. Contudo, nenhum marido poderá ser pai para a esposa, e nenhuma mulher poderá ser mãe para seu marido. Os cuidados que uma criança indefesa exige dos pais, não poderão ocorrer no casamento. O amor, a Deus e a aprovação são necessários à maturidade emocional. Se isso faltou, bem podemos estar diante dos sintomas de imaturidade. O que fazer? É impossível voltar-se ao passado para um recomeço. A solução é uma cura para esse passado de rejeição, a fim de que o crescimento seja retomado. Prevenimos que não é algo instantâneo. Novos hábitos de pensamento terão que ser formados. Mas em Cristo a cura é uma certeza.
Um Amor "Aspirador" Esse tipo de amor se caracteriza por uma excessiva dependência emocional, que leva a pessoa a tentar sugar do outro toda a atenção e amor, sem, contudo, nunca se satisfazer, pois essa é uma atitude doentia. Ninguém consegue preencher tal tipo de amor. Nem a família, nem os amigos. O amor "aspirador" no casamento provoca sérios problemas. O autor dos Provérbios, falando sobre coisas que fazem estremecer a terra, cita "a mulher desdenhada quando se casa" (Pv 30.23). Em outras palavras, a mulher rejeitada. A pessoa tenta preencher o vazio deixado pela rejeição. E como se o marido dissesse para a esposa: "eis-me aqui com todas as minhas carências emocionais, com todo o vazio para você preencher. Você tem uma excelente oportunidade de ser uma boa samaritana!" Por outro lado, a esposa também diz: "Eis-me aqui, com todas as minhas necessidades afetivas, com todo meu vazio e fome insaciável de amor; dou-lhe uma maravilhosa oportunidade de realizar urna grande obra de caridade”. Os dois estão vazios e não correspondem às expectativas um do outro. Aí começam as encenações. Por exemplo, a mulher está sempre na cama, doente, a fim de ser mimada, chamar a atenção do marido. Ele chega do serviço de cabeça quente, querendo descansar, mas ela quer atenção, que ele venha brincar com ela, como faria o pai que lhe faltou. O marido, por sua vez, tem o mesmo problema: quer encontra a mãe na esposa. Que ela cuide dele como uma mãe cuida do seu bebê. E como ela não lhe traz a "mamadeira", o conflito se instala. São duas crianças. E, não raro, tem início a guerra do silêncio, das palavras monossilábicas, da cara feia, o jogo das lágrimas, das agressões, exigências e cobranças. O amor "aspirador" se torna também problemático nas amizades. Nunca se satisfaz, sempre buscando receber atenção e tentando impedir que o amigo dê atenção a outros. É daí que vem o ciúme doentio. Ninguém conseguirá preencher esse tipo de amor.
A Pessoa se Torna Asfixiante em suas Relações Não dá fôlego, sempre em cima do outro, numa tentativa de monopolizar a atenção, como faz uma criança. Parece sugar a vida da outra pessoa. Outro sintoma é uma atitude adoradora. O centro de sua vida gera em torno daquele de quem a pessoa
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emocionalmente imatura busca extrair o amor. A vítima do "amor aspirador" pode facilmente odiar aquele de quem ela não conseguiu receber o que queria. Ela é escrava de seus próprios sentimentos. Sua insatisfação não tem limites porque o eu é um Deus tirano e nunca se satisfaz. Se alguém se tornou vítima de tal coisa, o caminho não é a busca de preencher um vazio impreenchível, mas receber cura para essa terrível doença da alma. Pessoas com uma história de relacionamentos quebrados têm caído na tragédia do amor "aspirador".
Busca Insaciável de Alvos e não a Deus. Alvos e coisas não podem preencher o vazio. Atrás de uma busca exagerada de coisas, pode bem se esconder uma raiz de rejeição. A pessoa está procurando preencher uma falta que nem sempre sabe do quê. Ela se atira à busca de possessões. Isso poderia lhe dar um "status" e ela aceita. Busca o sucesso como uma forma de auto-afirmação, para conquistar a atenção, o aplauso. Até mesmo sua carreira pode ser o instrumento que, inconscientemente ela usa para preencher o vazio de um amor e a Deus que lhe foram negados na infância. Ela pode ainda partir para o intelectualismo. Isso poderá atrair a atenção das pessoas. Enfim, coisas, coisas, coisas. Mas seu mundo interior continua carente, pois coisa nenhuma neste mundo satisfará uma alma rejeitada, até que se encontre com Deus e descubra n’Ele o verdadeiro amor e seja restaurada no mais profundo do seu ser. Poderíamos concluir de tudo isso que uma dedicação extrema bem pode indicar um vazio interior. Isso leva a pessoa a ser totalmente egocêntrica. Tudo quanto faz e busca gira em torno de si mesma. Seu vazio pode ainda levá-la a busca do prazer, da auto-gratificação, onde puder encontrá-la. Muitos se entregam ao sexo, à lascívia, à perversão sexual, tudo em busca de uma satisfação da alma, que nunca acontece. É por essa razão que as pessoas se afundam cada vez mais em busca das coisas, do dinheiro, da fama, do sexo, porque o seu eu doente jamais se satisfará.
Solidão e Medo Todos os homens já sofreram uma ou outra forma de rejeição. Dissemos que as conseqüências dependem do grau da ferida. A estrutura psicológica e espiritual de cada um vai determinar o modo de encarar as situações de rejeição, pelo que suas marcas variam de intensidade de pessoa para pessoa. Mas um dos sintomas desse mal é o sentimento de solidão e medo, que leva alguém a construir muros para se proteger de novas feridas e rejeições. A manifestação do sintoma em pauta pode variar de uma atitude interior a uma exterior: interiormente, cheio de insegurança, solidão, temores, autocompaixão. Pode até parecer despercebido à maioria dos que o rodeiam, mas lá por dentro há um mundo de desestrutura e sofrimento, que se manifestará nos relacionamentos mais próximos. Exteriormente, isola-se dos demais ou se torna competidor. Tudo porque ele está dominado pelo medo da rejeição.
Auto-Rejeição A consciência de que se foi rejeitado por outros, já é desagradável. A perda do valor próprio é mortífera. A pessoa aceita a rejeição de outro como indicativo da sua indignidade. Quantas vezes alguém declara: "eu não presto mesmo para nada!" "Eu não sei fazer nada" "Eu sou um fracasso!" Ele está apenas deixando transparecer mais um sintoma das raízes de rejeição. A auto-imagem negativa é outra marca da auto-rejeição. A pessoa tende a comparar-se com outros, o que é um terrível engano. Isso provoca um complexo de inferioridade, que a infelicita ainda mais. A auto-rejeição pode ainda provocar o criticismo. Este, na maioria dos casos, pode ter duas, manifestações: a autocrítica doentia, em que a recriminação está presente, e a crítica aos outros, em forma de julgamento e condenação. A pessoa nunca está bem consigo mesma, nem acha que os outros estão. Não importam as circunstâncias, seu horizonte está sempre escuro. O problema, porém, não jaz na circunstância, mas na alma ferida. A solução, portanto, não se encontra no mundo exterior, porém em Deus mesmo e Sua Palavra que, pelo poder do Espírito Santo, mudará a imagem interior.
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Querido irmão, pare de estar se recriminando. Deus ama você exatamente como você é, não importa sua estatura, seu peso, sua cor, sua cultura, seus traços físicos, suas rejeições. Você é único para Ele; por você Ele deu Jesus a fim de pagar o preço da sua redenção e mais completa libertação. Deus precisa de você sarado, com uma personalidade bela, refletindo a glória de Jesus.
Perda da Identidade Própria A rejeição destrói a identidade própria. O rejeitado busca se identificar com outra pessoa. Em vez de desenvolver todo seu potencial para que seja o melhor que ele pode ser, busca imitar outros. Por vezes se projeta na pessoa de um ídolo, ou do grupo. Adolescentes buscam com freqüência identificar-se com seu grupo. Adultos buscam sua identidade em uma profissão, na igreja, no clube, etc. O homem foi feito à imagem de Deus. É no seu Criador, portanto, que ele encontrará sua real identidade. A personalidade sadia é aquela que se deixa crescer na imagem e semelhança de Deus Pai, manifestada em Jesus. Ninguém na terra jamais viu o Pai, mas Jesus veio como homem e nos revelou como um filho de Deus deve ser. A boa notícia é que Ele providenciou tudo quanto é necessário para descobrirmos nossa identidade n’Ele e crescermos em Sua semelhança.
Relacionamento Instável com Deus A pessoa com rejeição não se relaciona adequadamente com Deus. Tende a se relacionar pelas obras, como uma forma de conquista. Com freqüência tenta-se substituir o amor pelo ativismo. Todavia, nosso relacionamento com Deus é baseado na Sua graça e no que Cristo fez por nós. Nossas obras devem ser apenas uma expressão de um relacionamento, e jamais um substituto dele. Quantos trabalham tanto para Deus, mas nenhuma intimidade tem com Ele. Pelo serviço, buscam sua aceitação a Deus. A aceitação do Pai, no entanto, está em Seu próprio amor e na obra redentora de Cristo em nosso lugar. A rejeição mina a fé. Um relacionamento instável com Deus pode bem revelar um problema de rejeição.
Incapacidade de Amar e Receber Amor Tendemos transferir para nossos relacionamentos atuais o que nos afetou em nossa formação. Se nos faltou a expressão de amor, temos dificuldade também em manifestá-la. Se fomos vítimas do desamor, da falta de carinho e de compreensão, é provável que manifestemos a incapacidade de agir de modo diferente, a menos que haja uma mudança profunda que, graças a Deus, pode acontecer pela operação da Palavra e do Espírito Santo. As inibições em expressar amor e a dificuldade em recebê-lo de outros, é apenas um reflexo de raízes de rejeição. Você já deve estar dizendo: Será que alguém escapou dessas raízes? Provavelmente não, em menor ou maior grau. Está feito o diagnóstico. Vamos à cura?
PASSOS PARA SAIR DA REJEIÇÃO Perdoe os que o Rejeitaram Já lidamos extensivamente sobre este assunto quando estudamos sobre Raízes de Amargura. O perdão aplicado aos que nos ferem é o mesmo a ser aplicado aos que nos rejeitam, pois a própria rejeição traz ferida e também provoca raízes de amargura. Qualquer libertação passa necessariamente pelo perdão. Ele tem uma força invencível. Há um poder espiritual no perdão, que abre os recursos do céu a nosso favor e detém os poderes do inferno. Convém relembrar que perdoamos por um ato da vontade. Quando dizemos: "Quero perdoar, e vou perdoar”, o Espírito Santo, com todo o Seu poder, já estará ali para nos assistir. Por essa razão, em vez de você dizer "não posso perdoar" vai dizer: "Eu posso, em Cristo que me fortalece" (Fp 4.13). 47
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E agora, com o amor do Pai, libere o perdão àqueles que o feriram. Foi Satanás quem tentou destruí-lo. As feridas e as rejeições que lhe vieram foi ele quem tentou lhe infligir. Portanto libere o amor e o perdão de Deus a todos quantos o rejeitaram e feriram. É importante que você cite cada nome que o Espírito traz à sua lembrança, diante de Deus. Coragem! O Pai está com você nesse ato de obediência à Sua Palavra. Diga: Em nome de Jesus, eu recebo dentro de mim o perdão do meu Deus, o amor do meu Deus e Pai. Paizinho, é com esse Teu amor, com esse Teu perdão, que eu agora libero todos aqueles que foram instrumentos para me ferir, desde o meu nascimento, e até a minha concepção; eu começo a liberar agora, com o amor de Jesus, com o Seu perdão, com a força do Teu Espírito e a Sua assistência, todos aqueles que foram instrumento de rejeição na minha vida (cite os nomes). Pai, com o Teu amor e o Teu perdão liberei todos aqueles que me feriram ou me rejeitaram. Eu me levanto agora na Tua presença, com todas as brechas fechadas. Eu sou um perdoador. Eu perdôo, como Tu perdoas, eu amo, como Tu amas e por isso, na autoridade do Senhor Jesus, eu me levanto agora contra todos os inimigos que encontraram lugar na minha alma, por causa das minhas mágoas e rejeições. Declaro neste momento: Espírito de ódio estás amarrado e expulso, em nome de Jesus. Espírito de amargura, de medo, vingança, ressentimento, autocompaixão, crítica, invejosa, raiva, amargura, todo intruso, toda depressão, toda opressão, estais amarrados e expulsos, em nome de Jesus. Eu resisto às forças das trevas. Ordena a toda força maligna que se instalou na minha alma, que Saia correndo agora, em nome de Jesus. Não permito mais que permaneçam em minha alma. Estou sarado; estou perdoado. Sou amado. Fecho as brechas para o inimigo e viverei de agora em diante na vitória do Senhor, com o auxílio do Espírito Santo, em nome de Jesus. Pai, eu te louvo porque na Tua presença eu estou livre de feridas, de traumas e de rejeições. Eu Te louvo porque estás em mim. Eu liberei todos quantos me ofenderam; perdoei a todos quantos me machucaram e me levanto na Tua presença livre, perdoado e perdoando, em nome de Jesus. Recebo Teu perdão e Tua cura. Aceito-me a mim mesmo, como Tu me aceitas e andarei na Tua liberdade. Glória ao Teu Nome! Aleluia!
Libere Toda Rejeição para Cristo Em Isaías 53.3 Jesus é apresentado como o mais rejeitado entre os homens. A versão na Linguagem de Hoje assim se expressa: "Ele foi rejeitado e desprezado por todos; Ele suportou dores e sofrimentos sem fim. Era como alguém que não queremos ver; nós nem mesmo olhávamos para Ele e O desprezávamos”. Em suma, Jesus sofreu nossa rejeição. Não se esqueça: Ele estava na cruz tomando o seu lugar por sua causa, pagando a penalidade da sua culpa, sofrendo todo tipo de ferida que o diabo projetou contra você, com o objetivo de trazer-lhe salvação, vitória, cura, restauração e todas as bênçãos. Um dos nomes mais lindos de Jesus é: Emanuel, que quer dizer, "Deus conosco". Que expressão de amor, de compreensão e de aceitação a Deus! Deus conosco não indica apenas Sua presença no mundo dos homens, mas presente em nossas dores, lutas e desesperos. Identificação! Se você acha que tem sido rejeitado, Jesus experimentou essa dor num grau indescritível. No jardim do Getsêmani Ele disse: "A minha alma está profundamente triste até a morte. Ficai aqui e vigiai comigo" (Mt 26.38-SBB).Em meio às terríveis angústias da alma, tão intensas que o levaram a transpirar sangue, quis a companhia dos discípulos, mas estes dormiram na sua indiferença à dor do Mestre. Você e eu éramos o motivo de tal sofrimento; aquele era o preço da nossa cura. Jesus "nos dias da Sua carne, tendo oferecido, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, e tendo sido ouvido por causa da Sua reverência, ainda que era filho, aprendeu a obediência por meio daquilo que sofreu" (Hb 5.7,8). Abriu a Sua boca e chorou em alta voz, diante dos portais da morte, nossa morte, o preço da nossa redenção. O quadro da rejeição de Jesus na cruz é muito dramático. Discípulos fugitivos, multidões enfurecidas, os poderes do inferno em manifestação. Mas a maior agonia vem quando Jesus se sente abandonado pelo Pai. Ele lança mão do Salmo 22 e faz sua oração:
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"Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que estás afastado de me auxiliar, e das palavras do meu bramido? Deus meu, eu clamo de dia, porém Tu não me ouves; também de noite, mas não acho sossego... Mas eu sou verme, e não homem; opróbrio dos homens e desprezado do povo. Todos os que me vêem zombam de mim, arreganham os beiços e meneiam a cabeça, dizendo: Confiou no Senhor; que O livre; que Ele O salve, pois que n’Ele tem prazer..." (Salmo 22.1-3,7,8). A ausência de Deus no meio do sofrimento é a pior forma de rejeição. Foi o que o Mestre enfrentou. Naquele momento era a oferta queimada pelo seu pecado e pelo meu que estava no altar do sacrifício. As trevas, dores, vergonha, angústia e rejeição eram o que o pecado trouxe ao homem e Jesus estava ali em nosso lugar, para que "pelas suas feridas fôssemos sarados". O que lhe resta agora? Liberar sobre Jesus toda a rejeição da sua vida. Você não precisa mais carregá-la, pois o Senhor da Glória já a levou sobre Si e venceu. Faça agora uma troca. Entregue-Lhe a rejeição que o atormenta e receba, em troca, Seu amor inaudito e Sua paz sem fim. E aqui está a Palavra do Senhor, aproprie-se dela: "Não temas, porque não serás envergonhada (o); e não te envergonhes, porque não sofrerás afrontas; antes te esquecerás da vergonha dá tua mocidade, e não te lembrarás os opróbrio da tua viuvez. Pois o teu Criador é o teu marido; o Senhor dos exércitos é o Seu nome; e o Santo de Israel é o teu Redentor, que é chamado o Deus de toda a terra. Porque o Senhor te chamou como a mulher (o melhor) desamparada (o) e triste de Espírito; como a mulher (homem) da mocidade, que fora repudiada (o), diz o Senhor" (Is 54.4-6). "Pois Eu te restaurarei a saúde, e te sararei as feridas, diz o Senhor; porque te chamaram a repudiada (o) dizendo: É Sião (coloque seu nome), a qual já ninguém procura" (Jr 30.17).
Aceite o Fato de que Você é Amado (a) Há um amor maior do que tudo quanto você já experimentou e pensa ser possível. É o amor de Deus. "Deus é amor" (I Jo 4.8). Amar é a essência do Seu ser e Seu amor não depende do ser amado, mas de Si mesmo, que é a fonte e a essência do verdadeiro amor. Deixe-se banhar agora nesse amor divino, impossível de se descrever. Amor que dá o melhor para resgatar o ser amado: "Porque Deus amou o mundo (você) de tal maneira que deu o Seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3.16). Jesus veio ao mundo por causa de você. Ele é a maior dádiva do Pai em sua vida. Ele faz a diferença. Amor que suporta o tempo e a prova. "Sabendo Jesus que era chegada a Sua hora de passar deste mundo para o Pai, e havendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim" (Jo 13.1). Você é um discípulo de Jesus? Nada diminuirá Seu amor por aquele que é Sua possessão. Amor sem igual. "Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos" (Jo 15.13). E olhe que Ele entregou por você Sua vida na infame cruz. Não o fazia por alguém santo, que O amava e o servia. "Mas Deus dá prova do Seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós" (Rm 5.8). Amor que conquista. Jesus não se dá por satisfeito enquanto não o vir totalmente liberto das marcas de Satanás, e em glória com Ele, tudo por causa do Seu imenso amor. "Cristo amou a Igreja, c a Si mesmo se entregou por ela, a fim de a santificar, tendo-a purificado com a lavagem da água, pela Palavra, para apresentá-la a Si mesmo Igreja gloriosa, sem ruga, nem qualquer coisa semelhante, mas santa e irrepreensível" (Ef 5.25b-27). Você é parte dessa Igreja e alvo desse amor. Amor que toma a iniciativa. Você nem sequer teria condições de iniciar uma busca. Por isso Deus tomou a iniciativa em lhe procurar. "Nisto está o amor: não eu; que tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou a nós, e enviou Seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. Nós amamos, porque Ele nos amou primeiro" (Jo 4.10,19). Seu relacionamento com Ele depende apenas de uma resposta. Ele fez tudo, você só precisa aceitar esse amor com tudo o que Ele envolve. Amor que promove um perdido à posição de filho. A Bíblia declara enfaticamente: "Eis que eu nasci em iniqüidade e em pecado me concebeu minha mãe" (Sl 51.5); que "todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças
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como trapo de imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades, como vento, nos arrebatam" (Is 64.6); que "todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Rm 3.23); que "não há justo, nem sequer um. Todos se extraviaram; juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nenhum só" (Rm 3.10,12). Apesar, porém, de tudo isso, desse quadro de perdição e miséria, o amor de Deus nos encontra para nos arrancar da lama, purificar, redimir, sarar, restaurar e, acima de tudo, elevar-nos à gloriosa posição de filhos. "Vede que grande amor nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus; c nós o somos. Por isso o mundo não nos conhece; porque não conheceu a Deus. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele; porque assim como é, O veremos" (I Jo 3.1,2). Mil vezes aleluia! Se você ao menos pudesse descortinar o que tudo isso representa! Ser filho é ser herdeiro, é ter direito de comunhão, amor e vida com o Pai. Oh que amor glorioso! Que graça inaudita, sem medida, indizível, eterna! Deus olha para você agora, com aquele coração de Pai que só Ele pode ter, e com aquele amor extravagante que só Ele conhece, e diz "Foste precioso(a) aos meus olhos, e és digno(a) de honra e eu te amo. Atraí-te com cordas humana, com laços de amor, pois que com amor eterno te amei e com benignidade te atraí. Eis que nas palmas das minhas mãos te gravei; os teus muros estão continuamente diante de Mim. Pode uma mulher esquecer-se do seu filho de peito, de maneira que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse, eu, todavia, não me esquecerei de ti. Quando teu pai e tua mãe te rejeitarem, Eu o Senhor, te recolherei. Meu amor por ti não é menor do que o amor que tenho pelo meu Filho Jesus. Não temas, porque eu sou contigo. De maneira alguma te deixarei, nem te desampararei. Eu estarei contigo todos os dias da tua vida e, por fim, te conduzirei à glória. Embriaga-te, portanto, no meu amor e ele te será cura, libertação, gozo, vitória e paz”. (Is 43.4; Os 11.4; Jr 31.3; Is 49.15,16; Sl 27.10; Jo 17.3; Hb 13.5; Mt 28.20; Jo 14.2,3). Você agora pode dizer: "Eu aceito o Teu amor de Pai!". Eu sou do meu Amado e o meu Amado é meu. Pai, tu me amas a mim, com a mesma intensidade de amor com que amas a Jesus. Eu agora recebo o Teu amor e me vejo em Ti. Eu te amo, com o mesmo amor com que me tens amado.
Encontre a sua Identidade em Cristo. Se você entregou sua vida a Jesus, agora é um filho de Deus, co-herdeiro com Cristo (Rm 8.16,17). Os tesouros da graça foram colocados à sua disposição. Você foi feito segundo a imagem de Deus, para o louvor da Sua glória (Gn 1.26; Ef 1.4). É verdade que o pecado maculou a imagem de Deus no homem. Mas Jesus assumiu a forma humana e era na terra a verdadeira imagem do Pai, "o resplendor da Sua glória e a expressa imagem do Seu ser” (Hb 1.3; Cl 1.15). Hoje o propósito de Deus, em Cristo, é restaurar essa imagem no homem, para que ele encontre sua real identidade de filho de Deus, com tudo o que isso representa (Rm 8.29). O Espírito de Deus opera no crente a regeneração e continua Sua obra até que ele seja glorificado no céu. Paulo assim se expressa sobre o assunto. "E todos nós, com rostos descobertos, (porque nós) continuamos a contemplar (na Palavra de Deus) como em um espelho a glória do Senhor, estamos sendo constantemente transfigurados na Sua verdadeira imagem num sempre crescente esplendor e de um degrau de glória a outro; (pois isto vem) do Senhor (que) é o Espírito" (II Co 3.18- V. amplificada). Você é "feitura Sua". Em outras palavras, Deus o criou em Cristo. Paulo declara: "Porque somos feitura Sua, criadas em Cristo Jesus para as obras, as quais Deus antes preparou para que andássemos nelas" (Ef 2.10). Quando você nasceu de novo, sofreu uma profunda operação do Espírito Santo e da Palavra de Deus, pela qual o domínio do pecado e a reivindicação que Satanás tinha sobre sua vida, foram quebrados. Você é propriedade de Deus, porque é Sua feitura. Você é uma nova criação. No momento em que você passa pela experiência de conversão a Deus, há uma tremenda obra do Espírito Santo em seu homem interior, que Jesus chama de novo nascimento. É como se o passado não mais contasse e houvesse um recomeço. A Palavra é clara ao dizer: "Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo" (II Co 5.17).
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Quando você começa a aceitar sua nova identidade em Cristo, mudará a auto-imagem. Deixará de se ver pelos olhos de seus próprios fracassos, e começará a ter a visão do que Deus quer fazer em sua vida. Saiba que Deus não está impressionado com o que você possa ser ou parecer ser agora. Ele está mais impressionado com o que Ele pode fazer em você e através de você, por meio de Cristo Jesus (I Co 4.3-4). Um dos modos para encontrar sua nova identidade, é estudar as Epístolas da Bíblia e apropriar-se de todos os versículos que falam do que o crente é e deve ser em Cristo. Onde houver expressões como "em Cristo", "nEle", "por meio dEle", "com Ele", e similares, pare e marque o texto. Analise-o. Aproprie-se dele. Por exemplo: "E, se sois filhos, também sois herdeiros, herdeiros de Deus c co-herdeiros de Cristo" (Rm 8.17). Agora diga: "Sou filho de Deus. Sou herdeiro de tudo quanto Lhe pertence. Jesus é Seu Filho primogênito, e tudo quanto é do Pai, é dEle. Eu me tornei filho. Estou em Cristo, logo, tudo quanto é de Cristo, é também meu. Sou seu co-herdeiro". É isso que chamamos apropriar-se da Palavra. Aplique-a à sua situação. Veja-se como a Palavra o vê. Tome posse do que a Palavra diz que é seu. Faça, em Cristo, o que a Palavra diz que você pode fazer, e você estará dizendo "a Deus para sempre" às raízes de rejeição, pois terá a consciência de que é amado e aceito por Deus.
Aceite-se a Si Mesmo Já falamos sobre a necessidade de aceitar o perdão de Deus e perdoar-se a si mesmo. Queremos aqui apenas reforçar. Se Deus me aceita como sou, introduz-me em Sua família, ama-me com um amor eterno e me tem como Sua propriedade exclusiva, devo aceitar a mim mesmo. É verdade que ainda estou longe de ser o ideal de Deus. A estatura do Varão Perfeito, Cristo Jesus, é o meu alvo. Mas vou prosseguir de fé em fé, de vitória em vitória e de glória em glória. Ele aperfeiçoará o que me concerne e me conduzirá, em Cristo, em constante triunfo, porque "em todas as coisas, em Cristo, somos mais do que vencedores" (Rm 8.37). Aceitação a Deus e de si mesmo envolve duas coisas: Perdoar seu passado e receber o amor do Pai. As duas questões foram amplamente abordadas e agora lhe compete apenas apropriar-se das verdades da Palavra nessas áreas e usufruir dos seus efeitos saradores.
Clame por Libertação e Receba Restauração Os ouvidos do Pai estão atentos ao seu clamor. A operação do Seu Espírito em você eliminará as raízes de rejeição e seu crescimento será retomado. A prisão e a opressão resultantes dessas raízes serão quebradas, bem como os enganos de Satanás. Os poderes demoníacos que trabalham nessas áreas serão vencidos em nome de Jesus. Lembre-se de que em Deus não há rejeição. Coloque-se agora diante de Deus e abra o coração. Ele diz: "Eu te chamei desde o ventre, desde as entranhas de tua mãe fiz menção do teu nome e fiz a tua boca qual espada aguda; na sombra da Tua mão me escondestes, fizeste-me qual uma flecha polida, e me encobriste na Tua aljava; e me disseste: Tu és meu (minha) servo (a); és (coloque seu nome), por quem hei de ser glorificado" (Is 49.1-3). Entre agora no seu passado. Você não veio ao mundo pela escolha do homem. Você veio ao mundo pela escolha de Deus. Antes que seus pais nascessem, Ele já lhe havia chamado pelo nome. O Senhor esteve presente na sua gestação. Ele não o rejeitou. Ele ama você. Quando você nasceu, Ele estava ali e comissionou um anjo para lhe acompanhar. Ao longo dos anos da infância, da adolescência, da juventude, da maturidade ou da velhice, Ele tem estado presente. Deixe-o agora pegar todas as suas raízes de rejeição e arrancá-las de uma vez. O Pai, o Filho e o Espírito Santo estão presentes para trazer a vitória de que você precisa. Receba agora assistência do Espírito Santo Consolador. Talvez você nunca tenha conversado com Ele. Tem sido um companheiro esquecido, ignorado. No entanto você é filho de Deus e Ele habita e seu coração. "Não discernis e entendeis que vós (toda a Igreja de Corinto) sois o templo de Deus (Seu santuário), e que o Espírito de Deus tem Sua habitação permanente em vós (para estar em cada, coletivamente e como uma Igreja e também individualmente)?" (I Co 3.16). Portanto, você não está só; o doce Espírito Santo está ao seu lado. Fale com Ele agora: "Amado companheiro, eu não sabia que podia me relacionar contigo. Quantas vezes te esqueci! Que bom que estás comigo! Conselheiro amigo, quedo-me aos teus pés, para ouvir os conselhos que transmites ao meu coração. Mestre amado, ensina-me, pois quero aprender de Ti. Tu inspirastes a Palavra, portanto Tu ma ensinarás. Ajudador amigo, as tarefas às vezes me parecem difíceis, mais olho agora para Ti, em busca de ajuda. Advogado divino,
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que maravilha saber que defendes minha causa, como se ela fosse Tua! Não consigo compreender tão grande amor, mas meu coração aceita a dádiva do Pai. Eu te amo, Espírito de Deus, querido Companheiro, Confortador, Consolador, Guia, Mestre, Advogado, Ajudador, Fortalecedor. És a fonte da minha vida! Pai, eu me sinto confortável em Tua presença, com a consciência de que sou teu filho amado, aceito por Ti. Coloco-me despido diante de Ti, com o coração escancarado. Deixo de lado toda resistência; tiro as máscaras. Nada posso esconder de Ti; tudo é patente aos Teus olhos. Pela operação do Teu Espírito, revela-me as causas dos problemas que me atormentam. Reconheço que queres realizar Tua obra completa dentro de mim, e me submeto a Ti sem reservas. Tens liberdade em mim. Quero seguir-Te até que minha personalidade inteira seja inundada pela Tua presença e a imagem de Jesus vá se refletindo em meu caráter, e eu seja absorvido pela glória do Cordeiro. Querido Jesus, olho para o Calvário e contemplo-Te na cruz sangrando, vertendo sangue inocente por causa dos meus pecados. A coroa de espinhos ferindo Tua fronte bendita; Tuas costas dilaceradas pelos açoites algozes; Teus pés e mãos varados pelos pregos; toda dor, zombaria, escárnio, afronta, vergonha e horror da cruz. Vejo as trevas que envolveram a terra toda e a ausência do Pai que te causou tanta agonia! Tudo por mim! Que tremendo o preço da minha redenção! Que amor indizível! Que graça sem medida! Que misericórdia inaudita! Jesus, eu me rendo aos Teus pés com tudo quanto tenho e sou. Aliás, tudo quanto sou e tenho provém de Ti e a Ti devolvo com uma gratidão maior que as palavras e um amor profundo, que mesmo imperfeito, é Teu. Senhor Jesus, vejo sobre Ti, naquela cruz, todos os meus pecados, minhas quedas, fracassos e derrotas; vejo ali minha maldição, condenação e morte; vejo sobre teu corpo sangrento minhas mágoas, amarguras, ressentimentos, ódios e rejeições; todas as minhas dores e misérias espirituais, emocionais e físicas, vejo-as na cruz. Meu coração quebrando diante do Ti não vê mais sentido de eu carregar toda essa infâmia maldita sobre minha vida. Humildemente aceito a Tua oferta de amor e deixo aos Teus pés todas as conseqüências do pecado que marcaram a minha vida. Em troca de todo o mal, recebo Tua própria vida e Te confesso como meu único Senhor, e Deus.
FERIDA & CURA O Espírito Santo está preparando a Noiva (Igreja) para o noivo (Cristo). O ministério de cura interior é o embelezamento da noiva. O Espírito deseja tirar as "manchas" e "rugas" e trazer a Igreja unida como um só corpo. Vemos o ministério de cura interior capacitando cada junta a ser unida à outra junta no corpo e cada junta coberta com a paz e o amor. A Igreja precisa receber essa obra unificadora e embelezadora. O aparecimento do ministério de cura interior indica a proximidade da volta de Jesus. Sua Igreja nasceu há quase dois mil anos atrás. Nasceu como criança, como todos nascem. Mas nasceu destinada a despojar o Cordeiro. Uma criança não pode ser desposada. Mas esta Igreja está alcançando sua maturidade e este é o verdadeiro objetivo da cura interior. Quando falamos de cura interior, estamos falando de uma obra de libertação, restauração e cura de todas as áreas da nossa personalidade, para que possamos nos levantar e demonstrar, na própria experiência, os efeitos transformadores da operação do Espírito Santo e da Palavra, não só no nosso Espírito, mas também na mente, nas emoções e na vontade. Recapitulando alguns princípios analisados no presente estudo, diríamos: 1. Deus quer que nós nos levantemos e reinemos no meio dos nossos adversários. 2. Há adversários que operam do lado de dentro e outros do lado de fora e todos devem ser conquistados. 3. A terra é nossa. Em outras palavras, tudo quanto Cristo comprou na cruz do Calvário é nosso, por direito de Redenção. 4. Apesar do novo nascimento, há gigantes que ainda podem permanecer na alma. Estes devem ser subjugados, expulsos e o terreno deve ser limpo de suas marcas. A presença e obras do inimigo devem ser removidas. 5. O dar é de Deus, e o possuir é do homem. Todas as bênçãos são legalmente minhas, mas só se tornam parte da minha experiência quando delas me aproprio, uma a uma.
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Conquistar a terra pelo lado de fora é deixar que os demônios permaneçam longe do nosso território. Conquistar a terra é possuir a mente, as emoções, a vontade e o corpo, sujeitando-os aos padrões da Palavra. A missão de Satanás é ferir, com o propósito de destruição. Ele o faz usando pessoas chegadas. Feridas imediatamente tratadas, logo saram. Do contrário são infeccionadas e invadidas por elementos estranhos, (opressão de demônios). As feridas são tratadas pela aplicação imediata do perdão de Deus. Alimentar a mente com lembranças desagradáveis do passado é porta aberta para a mágoa e amargura. Isso infecciona a ferida. O tratamento de uma ferida infeccionada exige a limpeza elementos estranhos, isto é, mediante a expulsão dos intrusos: ódio, mágoa, ressentimento e afins. O modo de permanecermos livres das feridas e suas conseqüências é exercitar o perdão como um modo de viver. A rejeição é uma forma de ferida de Satanás, que nega as necessidades básicas da vida humana: amor, compreensão e a Deus. A rejeição é eliminada pela presença e aceitação do amor de Deus. Deus tudo proveu para uma vida livre, cheia do Seu amor, perdão e graça. Jesus é a provisão de Deus para nós. O propósito de Deus para Seu filho é que ele cresça de tal modo a alcançar a estatura de Jesus Cristo, conformando-se à Sua semelhança. Para isto Ele investe em cada um individualmente. Ele nos conhece pelo nome e sabe tudo sobre nosso passado, presente e futuro.
Leia e medite neste Salmo: "Senhor, Tu examinaste a fundo a minha alma e conheces todas as coisas a meu respeito, tu sabes o que acontece comigo quando estou descansando ou quando estou caminhando. Tu conheces de longe cada um dos meus pensamentos. Tu sabes tudo o que eu vou dizer antes da palavra ser formada em minha boca. Tu criaste todas as partes internas do meu corpo; Tu uniste todas essas partes para formar o meu corpo, enquanto eu ainda estava no ventre de minha mãe. Tu conhecias perfeitamente cada parte do meu corpo enquanto eu ainda estava sendo formado no ventre da minha mãe, como a semente que cresce debaixo da terra. Antes mesmo do meu corpo tomar forma humana Tu já havias planejado todos os dias da minha vida; cada um deles estava registrado no Teu livro. Senhor, como são importantes para mim os Teus pensamentos sobre a vida! São tantos que não consigo contar; são como os grãos da areia nas praias. A cada novo dia, quando acordo, fico mais perto de Ti" (Sl 139.1,2,4,13,15-18- A Bíblia Viva). Que cuidado o Pai tem com você e comigo! A Palavra diz mais: "Pai de órfãos e juiz de viúvas é Deus em Sua santa morada. Deus faz que o solitário viva em família; liberta os presos e os faz prosperar" (Sl 68.23,24). Você bem pode dizer: "Nunca estou só. Nunca enfrento nada sozinho. Aquele que me ama muito e fez um registro dos meus dias está sempre comigo. Nunca me deixará, nem me abandonará. Ainda que meu pai, minha mãe ou cônjuge, ou amigos me abandonarem o Senhor me recolherá. Ainda que uma mãe se esqueça do seu filho, o Senhor não me esquecerá”. A cura interior visa primeiro, quebrar as correntes que prendem a alma. Deus mesmo está quebrando essas correntes que prendem o Seu povo na mente, nas emoções, na vontade, no corpo, no Espírito. Em segundo lugar, Ele vai acabar com as feridas da escravidão que Satanás trouxe ao Seu povo. Em terceiro lugar, Ele vai quebrar o poder dos que maltratam o seu povo, o cetro do opressor. Tudo porque nos ama, tem interesse em nós. Deus quer sarar o Seu povo. Se Satanás veio ferir, Deus vai sarar. Cura faz parte do ministério de Jesus. Não somente cura espiritual e física, mas também a emocional, como diz a Palavra: "O Espírito do Senhor Deus está sobre Mim, porque o Senhor Me escolheu para levar as boas notícias da salvação aos desanimados e aflitos. Ele me mandou consolar os que têm o coração partido, anunciar liberdade aos presos e dar vista aos cegos... Ele me mandou consolar os que estão chorando e dar a todos os que estão de luto em Israel, uma bela coroa em vez de cinzas sobre a cabeças, 53
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perfume de alegria em vez de lágrimas de tristeza no rosto, roupas de festa e louvor em vez de um Espírito triste e abatido. Porque o Senhor vai plantar esse povo; eles serão fortes c belos como carvalhos, e darão glória a Ele" (Is 61.1,2b,3 - A Bíblia Viva).
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A CHAVE PARA A CURA INTERIOR
A principal chave para a cura interior é lidar com o passado na presença do Senhor: A libertação do passado, com todas as suas tortuosidades, é imprescindível à cura. Se todas as feridas, mágoas e rejeições, tem sua causa no passado; se as atitudes hoje são o reflexo do que aconteceu no passado, para que o presente e o futuro sofram mudanças, há que marcar uma linha divisória entre o hoje e o ontem e prosseguir para o amanhã sem as peias do que ficou para trás. "... esquecendo-nos das coisas que para trás ficam, e. avançando para as que estão adiante" (Fl 3.13). Quando liberamos o passado, ele não mais tem força de nos oprimir no presente e não será embaraço para o futuro. E glória a Deus, porque temos recursos para entrar em nosso passado e alcançar vitória para que ele não me afete no presente, e eu possa andar na mais completa novidade de vida, diante de Deus e dos irmãos. Convém ainda lembrar que esse passado não vai apenas até o nosso nascimento, mas até a terceira e quarta geração. As maldições de família que nos afetaram também poderão ser quebradas pelo poder de Jesus Cristo, que nos resgatou de todas elas, fazendo-se maldição em nosso lugar e nos garantindo libertação.
O Perdão nos Liberta do Passado Como já estudamos, no momento em que exercitamos o perdão, três coisas acontecem: As feridas liberadas. Não mais machucam nem doem. As pessoas são liberadas. Não há mais mágoa, mas amor. Nós somos liberados. Não há mais prisão, mas liberdade.
Deixe Jesus Curar as Feridas do Passado Você fez sua parte perdoando, tomando uma posição. Porém você sabe que não é a sua força ou esforço, que soluciona o problema. E com a força de Jesus que você perdoa e ama. Nele somente está a solução. O que você não pode fazer, Ele faz. Você se coloca em Suas mãos e Ele aplica a cura necessária. Jesus transcende o tempo. Ainda o que ficou escondido Ele traz à tona e quebra sua prisão. A presença de Jesus entrando em certos eventos do passado cura a dor. O amor de Cristo recebido durante aquela experiência, remove toda rejeição e solidão da ferida. O amor é maior do que a dor. Onde ele está presente o sofrimento é atenuado. É por isso que uma mãe não se importa de sofrer as dores de parto. A alegria de ter um filho e o amor que ela lhe devota é maior do que o incomodo da gravidez ou o trabalho de parto. A Cura Interior não elimina a lembrança, mas remove a dor da Memória. Não há amnésia, mas o sofrimento que o incidente provoca quando recordado, desaparece.
O Alvo da Cura Interior é a Paz "E a paz de Deus que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus" (Fl 4.7). "Tu conservarás em perfeita paz aquele cuja mente está firme em Ti; porque ele confia em Ti" (Is 26.3). 55
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Paz com os outros; paz consigo mesmo; paz com Deus. Jesus é o Príncipe da Paz. Onde há um toque da Sua mão, a paz se faz sentir. A paz é um estado de espírito, que não se abala mesmo quando os ventos são contrários. Ela é liberada em nosso homem interior pelo Espírito de Deus. Quando a alma está sarada, a guerra pode nos cercar, mas nós estamos em paz. Alguém se levanta contra nós, estamos em paz. No meio do perigo, tranqüilos; há uma dívida a ser paga, estamos serenos; há uma crise na vida, estamos calmos. Por que? Estamos seguros em Deus, no Seu cuidado e amor. Há paz e ela independe das circunstâncias, porque o nosso ser se concentra no Príncipe da Paz. Ele diz para nós: "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; Eu não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize" (Jo 14.27).
A SUBSTÂNCIA DA CURA INTERIOR A Presença do Senhor Jesus na Experiência Profundas feridas surgem quando sofremos sozinhos. Sofrer sozinho traz rejeição, solidão e insegurança, no entanto a presença de Jesus traz libertação imediata.
O Amor do Senhor na Experiência A pessoa precisa ver-se curada na hora do sofrimento. O amor é mais forte do que a dor. A cura, portanto, vem quando se invoca a presença e o amor do Senhor na experiência.
PASSOS PARA A CURA INTERIOR Localize os Problemas Distinga entre a superfície e a raiz dos problemas. Geralmente o que vemos é o incidente do momento. Acontece que este não é de fato o problema, mas um sintoma. Suponhamos que há uma briga entre o casal, provocada por algo que parece muito insignificante, tornando-se difícil o relacionamento. Se apenas a questão em pauta for tratada, não há solução permanente, pois aquele conflito é somente uma manifestação do que foi construído no mundo interior. A superfície envolve um incidente cheio de culpa e de mágoa. É o que no momento está em evidência. A raiz do problema tem muitos distúrbios de memórias construídas sobre uma raiz, que se esconde no passado. Localizar a raiz, portanto, é o que se tem de fazer para um tratamento radical. Por exemplo: você está com dor de cabeça e toma uma aspirina, a dor passa, mas logo está de volta. Por que? Porque aquela dor é apenas um sintoma de algum mal em outra parte do organismo. Para que a cabeça não volte a doer é preciso descobrir-se a raiz do mal e tratá-la.
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Limpe a Ferida Amarre e expulse os elementos estranhos que entraram na ferida, infeccionando-a. Isso é feito no uso da autoridade do Senhor Jesus. Você pode resistir aos inimigos que se instalam na alma. Abra a boca e ordene a cada um que se retire. Enfrente-os com firmeza, sabendo que quando resistimos o diabo ele vai fugir de nós (Tg 4.7).
Quebre Todos os Laços de Sangue Até a Terceira e Quarta Geração Se você verifica que hoje está enfrentando um tipo de problema que era característico dos seus pais, avós e bisavós, provavelmente houve uma transferência, por causa dos laços de sangue. Até quando você vai ao médico com algum problema físico, ele interroga se há outros casos na família. Existe uma transmissão tanto de bênçãos quanto de maldições, de geração em geração. Entre, portanto, no seu passado, aplicando os direitos de redenção nessas heranças indesejadas. Diga: "Eu nasci de novo e sou uma nova criação, em Cristo Jesus. Ele me resgatou da maldição da Lei, fazendo-Se maldição em meu lugar, para que a benção fosse minha. No nome de Jesus cancelo toda influência negativa dos meus antepassados sobre mim, declarando-as ilegais. Aproprio-me da benção que é minha por direito de redenção.
Libere o Passado Através do perdão, como já foi amplamente estudado. Caminhando com Jesus no seu passado, e deixando que Ele sare cada memória desagradável, com o auxílio do Espírito Santo. Tornando-se como uma criança diante de Deus. Não haverá problema insignificante para Deus, só foi o suficientemente grande para marcar sua alma. Aquiete-se na Sua presença com humildade, confiança e simplicidade, como uma criança o faria nos braços de sua mãe, e deixe que Ele aplique o bálsamo sarador onde este se faz necessário (Mt 18.3). Deixe alguém orar com você (Mt 18.1). Há um poder na oração de concordância. Um conselheiro, algum crente amadurecido pode ajudá-lo. Isso não quer dizer que você não possa orar sozinho. O Espírito de Deus está presente. Mas se o problema tem se agravado muito e você tem se sentido incapaz de sozinho alcançar vitória, busque ajuda. Lembre-se que Jesus já sofreu suas feridas (I Pe 2.24). Se Ele já o fez, você não precisa fazê-lo novamente. Transfira pra Ele toda a ferida e receba em troca a Sua cura.
Quebre o Jugo de Satanás Suas obras estão ligadas a raízes. Apesar de pessoas terem sido instrumento de ferida, Satanás está por trás desses incidentes, isso deve ser reconhecido de pronto, para que os olhos sejam tirados das pessoas e a luta seja travada com o verdadeiro arquiteto do mal. Seu jugo através das raízes de mágoa, rejeição, orgulho, rebeldia e ocultismo, deve ser quebrado na autoridade de Jesus. Sua presença e poder precisam ir embora, irão onde houver resistência em nome de Jesus e uma determinação de seguir o caminho proposto pela Palavra de Deus, como auxílio do Espírito 3anto.
PRECAUÇÃO: 1. Cura interior não é cavar todo o lixo do passado. O que já foi vencido não deve ser desenterrado. 2. Não se envolva em introspecção. Lida-se com aquilo que o Espírito Santo traz à tona. A introspecção pode tornar-se doentia. Quando alguém se coloca diante de Deus e roga: "Sonda-me, ó Deus". Ele o fará. As coisas que Ele apontar devem ser tratadas. 3. O ministério de cura é o ministério do Senhor, portanto devemos ser sensíveis ao que Ele está fazendo. 57
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4. Não sistematize a obra do Espírito. Cada pessoa tem uma experiência diferente e o modo do Espírito Santo lidar com cada uma delas, pode ser diferente. 5. A fé da pessoa deve ser fortalecida para enfrentar a realidade de uma memória que dói. Não empurre; não pressione. A submissão ao Espírito e obediência da Palavra são a parte do homem. A cura vem de Deus.
ADVERTÊNCIAS: 1. Haverá batalha espiritual. Aquele que dominou por tanto tempo uma área, não sairá sem resistência. Resista até o fim e a vitória será sua. E não se esqueça, que as batalhas precedem a vitória. Depois de cada uma delas você estará qualificado para níveis mais elevados de confronto. Portanto, não se assuste (I Pe 5.9,9; Fl 4.13; Jo 8.36). 2. Cura interior é um processo. Não é algo que acontece instantaneamente uma única vez. É um processo de reprogramação de todo o modo de viver e encarar as situações da vida. E hoje uma área pode ser exposta e tratada, mas mais tarde a obra naquela mesma área será aprofundada. Deus, na Sua sabedoria, não traz tudo à tona de uma vez. Ele lida conosco um passo de cada vez, área por área, e assim vai embelezando nosso caráter. 3. Lembre-se que é uma cirurgia. Depois dela você precisa de repouso. Descobrir raízes na alma, áreas sob controle inimigo e lidar com elas, deixa uma necessidade de repouso e recuperação. Descanse em Deus. Um tempo de sossego onde você possa comungar com o Pai em calma e descanso, será um grande bem. 4. Deus já fez a Sua parte para o curar; o irmão fez a sua, ministrando-lhe. Agora você tem que fazer a sua parte. Se você não agir e fizer a parte que lhe compete, conforme o ensino da Bíblia, nada acontecerá. 5. Não se esqueça de que Deus ama você. A contínua consciência desse fato ajudará no processo de cura e restauração, ao longo da vida. "Ó Senhor, deveras sou teu servo; sou teu servo, filho da tua serva; soltaste as minhas cadeias" (Sl 116.16).
A SUA PARTE NA CURA INTERIOR: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12.
Ore sem cessar (I Ts 5.17). Em todo o lugar conserve-se em oração. Tenha um programa de leitura, meditação e estudo da Bíblia. Louve sempre ao Senhor, a despeito das circunstâncias. Submeta-se diariamente a Deus. Dedique sua casa ao Senhor. Não o trate como hóspede, mas como Rei. Fique firme contra Satanás. Una-se a uma Igreja local, onde a Palavra de Deus é pregada e o Espírito Santo tem liberdade. Arranje um parceiro de oração. Aceite a cura interior de Deus. Perdoe e restaure constantemente. Ande no Espírito. Alcance outros.
RAÍZES NA TERRA Geralmente quando se lida com as obras do inimigo, cedo se descobrem raízes profundas dentro da vida da pessoa. Ligados a essas raízes há muitos problemas que crescem e se desenvolvem. Para encontrar a solução, deve-se ir além da superfície da questão e descobrir a fonte do crescimento da mesma. Quando a raiz é encontrada, então é "por o machado na raiz da árvore" e toda ela morrerá. Muitas vezes arrancamos as folhas ou até mesmo galhos, em vez de irmos à raiz do problema.
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As obras de Satanás estão ligadas àquelas raízes na terra. Elas minam a vida e a bênção, de modo que nada mais cresce e se desenvolve. Duas dessas raízes que destroem a terra já foram estudadas: as raízes de amargura e as raízes de rejeição. Há ainda três outras raízes que queremos considerar: as raízes de rebelião, as raízes de orgulho e as raízes do ocultismo. Você verá o fruto produzido por essas raízes e como por o machado em cada uma delas. Tudo quanto envenena a terra deve ser arrancado, para que ela seja possuída e se torne frutífera.
Raízes de Rebelião Deus criou o homem conforme Sua imagem. O propósito divino era relacionar-se com o homem. Através da transgressão, a rebeldia se tornou parte da própria natureza do homem e a comunhão com o Criador foi quebrada. O homem sem esse relacionamento fica quebrado, perdido, desestruturado, vivendo em solidão e egoísmo. O propósito da vida é perdido, e ele mesmo está perdido. A salvação começa no ponto da rebeldia do homem, pela rendição a Deus e a Deus do senhorio de Jesus Cristo em seu coração. "Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria e a obstinação é como a idolatria e culto a ídolos do lar. Visto que rejeitaste a Palavra do Senhor, Ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei" (Sl 15.23).
Fontes de Rebelião O orgulho e engano - Lúcifer se exaltou em orgulho e, conseqüentemente, se rebelou contra Deus (Is 14.13-14); Amargura.
Graus de Rebelião
Da ferida ao ressentimento; Do ressentimento à amargura; Da amargura ao ódio; Do ódio à rebelião.
A Rebelião Recusa a Autoridade
A rebelião recusa a autoridade de Deus; A rebelião recusa a autoridade dos pais; A rebelião recusa a autoridade do governo; A rebelião recusa a autoridade na Igreja.
Essas áreas devem ser tratadas para se chegar às raízes de rebelião. Humanismo é a recusa do homem de se submeter à autoridade de Deus.
REBELIÃO E REJEIÇÃO PRODUZEM ESQUIZOFRENIA Esquizofrenia - "Schizein": fender-se, partir. "Phren": mente.
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A rejeição torna a pessoa voltada para dentro de si, introspectiva. Isso produz abertura para a solidão, timidez, acanhamento, autocompaixão, fantasia, lascívia, insegurança, auto-imagem negativa, auto-rejeição, auto-ódio, medo de rejeição, inveja, ciúme, depressão e suicídio. A rebelião torna a pessoa voltada para fora, exteriorizando suas reações como o ódio, violência, assassínio, amargura, falta de perdão, espírito controlador, possessivo, vontade própria, fechado ao ensino, orgulho, auto-ilusão, engano, perversão. 1. 2. 3. 4.
A esquizofrenia (dupla personalidade) passa de um extremo a outro, de uma atitude fechada, de isolamento, para uma atitude hostil. Os sintomas acima descritos acompanham cada raiz. O esquizofrênico perde à identidade e se esconde atrás de uma raiz ou de outra. A libertação envolve o tratamento dessas duas raízes, além de levar a pessoa a assumir sua identidade em Cristo, que se tornará sua cobertura (I Co 6.17). Encontrar a identidade é a chave para manter a libertação.
Raízes de Orgulho O orgulho fala da própria atitude do coração do homem, a qual determina a direção de sua vida. No coração da maldade e do engano está o orgulho. Nos passos da queda de Lúcifer, a Bíblia diz: "Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor..." (Ez 28.17). "E tu mesmo dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono; e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do norte; subirei acima das alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo" (Is 14.13,14). Note os cinco verbos na primeira pessoa que denotam o orgulho.
O Orgulho tem sua Raiz e Força num Poder Espiritual O deus deste mundo caiu através do orgulho (Is 14.13-14). A rebelião e orgulho de Satanás são manifestos em cinco declarações contra Deus, cujo centro é o eu. Com elas ele insinua que tomará o lugar de Deus. Os versículos 15.20, porém, revelam que Deus tem a última palavra. Ele faz cinco declarações: “Satanás, tu serás”: 1° - Lançado no inferno, ao mais profundo abismo; 2° - Exposto ao espetáculo; 3° - Escarnecido, zombado; 4° - Lançado fora da tua sepultura como cadáver; 5° - Deixado só. A "última palavra" de Deus sobre Satanás ainda é aplicável a todo aquele que se exalta, seguindo o Espírito de Satanás. "A queda de Satanás foi ocasionada por duas coisas: orgulho que o levou a presumir que suplantaria o governo de Deus com o seu próprio, e vontade própria, que buscava independência do Altíssimo" (Spirit Filled Bible). O mundo opera num princípio de orgulho (I Jo 2.15-16). A raiz de todo o pecado e mal é o orgulho. Enquanto o orgulho tem sua raiz no espírito deste século, a humildade é a essência de Jesus Cristo. O orgulho deve ser trocado pela humildade.
O Perfeccionismo é Conseqüência do Orgulho O perfeccionismo é a "tendência obsessivamente exagerada para atingir a perfeição na realização de alguma coisa".
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Perfeccionista é aquele que coloca diante de si alvos que estão acima da exigência normal. Pelo alcance dos mesmos, ele se coloca acima dos demais, tornando-se crítico dos que não aceitam ou alcançam os mesmos padrões. O resultado do perfeccionismo é: Uma atitude dura para consigo mesmo e com os outros, o que resulta em severidade de caráter. Um espírito muito crítico. Falta de perdão. Justiça própria e orgulho religioso. Pobre relacionamento com Deus. Transmissão da rejeição aos filhos. A criança nunca se sentirá aceita a não ser na base da realização. O perfeccionista olhará para Deus como sendo também perfeccionista. Tenderá relaciona-se com Deus na base de suas realizações e estabelecerá, portanto, padrões elevados demais para si mesmo. Para o ele a aceitação de Deus é recebida na base de obras. Ele terá uma vida cheia de obras, mas na realidade sem relacionamento com Deus.
Orgulho Gera Competição Competição é a luta constante para se sobressair, ser o primeiro, o melhor, ser reconhecido. Se manifestará através do egoísmo, vontade própria, auto-exaltação, ambição e inveja. Resultados da competição: Inimizade entre os homens (Gl 5.26; 6.3). Comparação constante de si mesmo com os outros (II Co 10.12). Descontentamento com a vida e as realizações passadas. Ciúme e inveja. O orgulho é uma raiz que nunca pode ser satisfeita. Uma luta constante com Deus traz ao homem um Espírito de competição que o impedirá de cumprir seu chamado e verdadeiro papel no mundo.
A Falta de Perdão Falta de perdão é a incapacidade de desculpar as falhas, devido a um espírito amargo, ultra-sensível, indisposto, melindroso, zangado. Os resultados da falta de perdão: Culpa e condenação. A pessoa não libera os outros e, conseqüentemente, não recebe a liberação de Deus (perdão). Ela não pode perdoar o passado. Não pode receber o perdão de Deus, dentro dos princípios da Palavra, que condiciona o perdão Divino ao nosso próprio perdão aos que nos tem ofendido. Cegueira e engano Ela falha em ver-se como realmente é. Falha em ver outros como eles realmente são. Nota: O orgulho impede a pessoa de perdoar a si mesma, por ter quebrado a auto-imagem que o orgulho construiu.
A Descrença A natureza do orgulho é ser independente e auto-suficiente. Para alguém crer precisa reconhecer uma necessidade, uma deficiência, uma limitação. Portanto, a incredulidade procura estabelecer sua independência para que mais ninguém seja necessário. O orgulho, pois, é a raiz da incredulidade. Um homem orgulhoso, a despeito de todas as razões lógicas que atestam a realidade de um fato, recusa-se a crer, pois seu problema não é a falta de evidência, mas seu eu enfatuado. Uma pessoa não pode crer em Deus e ao mesmo tempo buscar a glória do homem (Jo 5.44). O orgulho deseja essa
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glória. A fé deseja a glória de Deus. O modo do orgulho buscar alcançar as bênçãos de Deus é caracterizado por: - Luta com Deus (Sl 46.10) - Lançando mão de princípios de fé para alcançar alvos pessoais, em vez de buscar a vontade de Deus em sua própria vida. Fé e humildade têm a mesma raiz. A humildade prepara a alma para confiar. Exemplos de fé e humildade: - O centurião: "Não sou digno!". - A mulher siro-fenícia: "Os cachorrinhos comem das migalhas". A fé não cresce na raiz de orgulho.
Como Destruir a Raiz do Orgulho
Peça a Deus que lhe revele o engano do orgulho. Arrependa-se. Rejeite o engano do orgulho. Mude a motivação da vida, do orgulho para o amor.
Humilhe-se diante de Deus A raiz de todo o pecado e todo o mal é o orgulho. A raiz de toda a virtude é a humildade. O orgulho nos impele à altivez, o que Deus abomina. A rejeição nos impele para o acabrunhamento, o que Deus rejeita. Devemos ser libertos de ambos, deixando que Deus mesmo nos exalte.
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BIBLIOGRAFIA
Esta Apostila foi desenvolvida a partir da seguinte fonte: 1.
Instituto Bíblico da Igreja da Paz – Ministério Luz para os Povos
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