Instituto Histórico e Geográfico de Palmeira Fundado em 13 de fevereiro de 1955 Registro nº 438, Liv A-02 Cartório de Títulos e Documentos CNPJ 07.217.980/0001-28 Declarado de utilidade pública pela Lei nº 310 de 22 de maio 1955. UMA PEQUENA HISTÓRIA DE QUEM SEMPRE ESTÁ NO AR.
Arthur orlando Klas 1
Aqui fala a ZYP-7, RADIO Ipiranga de Palmeira, transmitindo nas ondas de 1540 metros, diretamente dos seus estúdios na Rua Coronel Vida, no dia 21 de maio de 1948, o seu primeiro programa...Devem ter sido estas as primeiras palavras levadas ao ar e ditas por um emocionado locutor, que infelizmente não se sabe quem. Talvez até o Sr. Henrique Dorneles, seu primeiro gerente. Na é nossa intenção contar história da rádio, mas sim, lembrar de alguns fatos que a nossa memória nos permitiu lembrar. A história das ZYP-7, um dia será escrita com fatos e documentos. Quando a Rádio Ipiranga surgiu, os palmeirenses ouviram apenas a Rádio Clube de Ponta Grossa, a PRJ-2 e o aparecimento de uma emissora local causou grande alegria no povo da terra pela qualidade de som e pela possibilidade das pessoas se comunicarem através das ondas da rádio mandando recados,, fazendo pedidos, dando noticias pessoais, dedicando músicas por ocasiões de eventos especiais, etc. Lembramos dos locais onde a rádio funcionou; primeiro na Rua Cel. Vida, quase esquina com a Rua Jesuíno Marcondes, depois na mesma Rua Cel. Vida, pouco abaixo da Câmara Municipal. Durante um certo tempo ela ficou fora do ar e quando voltou a funcionar foi a praça Marechal Floriano no prédio do Sr. Francisco Cherobim Filho, onde hoje é a NARF. Mudou se para o prédio na Rua Conceição onde hoje funciona a casa comercial e a lotérica do Jair Stelle e finalmente paroquial.
1 Membro do Instituto Histórico e Geográfico de Palmeira.
na praça, ao lado da asa
Foram os fundadores e os primeiros proprietários da rádio, a firma Malucelli e D. Nela Chede como sócios majoritários. Por algum tempo e por motivos que desconhecemos, a rádio foi desativada até o momento em que seus sócios majoritários resolveram doar para a Paróquia, os direitos que possuíam sobre a empresa. Neste momento a rádio foi reequipada e voltou a entrar no ar para a alegria de nosso povo. A rádio foi montada por pontagrossenses conhecido por Varassin e o seu primeiro gerente foi Henrique Dorneles que com sua voz rouca fazia alguns programas. Foi uma figura popular e estimada, mas as vezes, com o microfone em punho, dava as suas “mancadas”. Uma delas que ns vêm a lembrança foi a de um concurso que ele lançou no qual seriam premiadas as pessoas que acertassem quem fazia aniversario no dia 7 de Abril era... era... era ele, Henrique Dorneles. Esta foi uma das muitas que ela aprontou. Mas era boa gente! Alguns dos programas que lembramos e que iam ao ar há mais de 30 anos. Um deles era o clube mirim, programa de auditório dos domingos, onde crianças e jovens cantavam e declamavam com a apresentação de Júlio Soares da Silva ( era funcionaria da firma Malucelli) e por um garoto chamado Jamur Junior que acabou se destacando no rádio e televisão de Curitiba. Com grande audiência era transmitido a tarde o Programa Gentileza onde as pessoas dedicavam músicas para aniversariantes, noivos, namorados e amigos. Haviam os programas esportivos e até rádio- novela. No começo do dia havia a Alvorada Festiva com musicas clássicas e os noticiários. ÁS 18 horas, o Oscar Teixeira de Oliveira, transmitia a Hora do Ângelus, um programa relioso com orações, homenagens para aniversariantes, casamentos e para doentes aos quais, eram oferecidos a orações do dia. Outro elemento que se projetou fora da palmeira foi o locutor esportivo Alceu Bauer, que trabalhando por uma emissora de Ponta Grossa, transmitiu jogos de uma copa do mundo. A Rádio Ipiranga, uma das mais antigas
do Estado, presta inestimáveis
benefícios e serviços para a nossa população e dos municípios vizinhos e sem que saibamos, ela é muito importante para a aviação que se vale a freqüência em que ela transmite para a orientação dos vôos em direção ao oeste do Paraná e de lá para Curitiba. Publicado no jornal Cidade Clima na edição de 23 de Janeiro de 1998, Recordar é Viver - Fragmentos da História da Palmeira.