Universo Feminino Produto Laboratorial do Curso de Jornalismo da UFRB
Esporte
A vida de uma campeã P. 12
Saúde
Cancêr de mama P. 06
Recôncavo
Conheça a Dona Loló P. 24
Expediente Editorial
Universo Feminino
É com grande satisfação que desenvolvemos a primeira edição da Revista Universo Feminino. Esta revista faz parte, até então, de uma atividade avaliativa da disciplina Oficina de Impresso 2, ministrada pelo professor Dr. J. Péricles Diniz. As matérias foram escritas pelos (a) integrantes da Universo Feminino: Janaina Ryberg, Lídia Ramos, Marcus Vinícius e Valéria Mercês. Todas as matérias tem como intuito primordial divulgação de conteúdo direcionado ao publico feminino do Recôncavo da Bahia, com matérias voltadas para a saúde, esporte, moda, além de outros aspectos culturais. Buscamos, através das informações, engrandecer a produção jornalística de uma das regiões mais ricas do nosso estado, o Recôncavo Baiano. Também abriremos espaço para a veiculação e divulgação de assuntos relacionados a UFRB, devido a sua importância como disseminadora de conhecimento na região.
Curso de Jornalismo da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Agradecemos a colaboração das estudantes do Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL) da cidade de Cachoeira, que participaram das fotos da capa. , Fotografias da capa: Valéria Mercês
Os textos assinados são da responsabilidade de seus autores.
Reitor da UFRB Prof. Dr. Paulo Gabriel S. Nacif Diretora do CAHL Profa. Dra. Georgina Gonçalves Coordenação Editorial Prof. Dr.Robério Marcelo Ribeiro Prof. Dr. José Péricles Diniz Edição e diagramação Ivisson Costa Valéria Mercês Reportéres Janaina Ryberg Lídia Ramos Marcus Vinicius Valéria Mercês
Nas demais paginas, fotos foram retiradas da internet. (Pags 6, 7, 9, 14-19, 23, 26).
Apoio
www.ufrb.edu.br/reversoonline
Equipe Universo Feminino
Este é um produto: Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
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Sumário
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Procurando roupas baratas? Veja o que os brechós oferecem
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MODA
ESTÉTICA
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24
Versão barata de maquiagem mantém qualidade
Moqueca de bacalhau. Saiba a deliciosa receita
CULINÁRIA
A gravidez cedo continua causando problemas
SEXUALIDADE
6
Saiba mais sobre os sintomas do câncer de mama
SAÚDE
18
Fotojornalismo no ensino superior
FEMINILIDADE
10 ESPORTE
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Ela mora no recôncavo e tem o boxe como estilo de vida
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VIDA
Dona Lolo, a cachoeirana guerreira
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Câncer de mama Após os 40 anos, a mamografia começa a ser um exame importante para a detecção da doença O APARECIMENTO DE UM CAROÇO É O SINTOMA MAIS COMUM DO CÂNCER DE MAMA. NÓDULOS INDOLORES, DUROS E IRREGULARES SÃO, NA MAIORIA DAS VEZES, TUMORES MALIGNOS. OUTROS SINTOMAS COMO INCHAÇO EM PARTE DO SEIO, IRRITAÇÃO OU APARECIMENTO DE IRREGULARIDADES COMO COVINHAS OU FRANZIDOS NA PELE FAZEM LEMBRAR QUE A COISA NÃO ESTÁ BOA. Por Lídia Ramos Filha
* Arte: Ivisson Costa
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Rastreamento, autoexame da mama, exames clínicos e avaliação médica O autoexame da Mama é essencial para que a mulher conheça seu corpo. Durante muito tempo ele era considerado o único recurso para a detecção precocemente da doença. Porém, atualmente, existem outros recursos, mas isso não implica na desvalorização do autoexame, até porque é a partir dele que a mulher poderá notar alguma alteração. Ele pode ser feito visualmente ou por meio de palpação, porém é necessário um acompanhamento clínico. O câncer de mama é a mais frequente e principal causa de morte por câncer em mulheres no mundo, e a mamografia é o principal exame para detectá-lo precocemente. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que 57 mil novos casos sejam diagnosticados no Brasil em 2014. De forma geral, a Organização Mundial de Saúde (OMS) tem ressaltado a necessidade de prevenção dos tumores, doença que deve atingir 24 milhões de pessoas em todo o mundo até 2035. De acordo com o Instituto do Câncer (Inca), a mamografia e o exame clínico das mamas (ECM) são os métodos preconizados para o rastreamento na rotina da atenção integral à saúde da mulher. Para as mulheres de 40 a 49 anos, a recomendação é o exame clínico anual e a mamografia diagnóstica em caso de resultado altera-
do do ECM. O Inca recomenda que o exame seja feito a cada dois anos por mulheres entre 50 e 69 anos, ou segundo recomendação médica Estatísticas Globais A ocorrência do câncer de mama aumenta a cada dia. De 641.000 casos, em 1980, passou para 1.643.000, em 2010, sendo responsável por 27% dos novos casos de câncer diagnosticados em mulheres. Desse total, cerca de dois terços ocorreram em mulheres acima de 50 anos, principalmente nos países desenvolvidos. Já nas mulheres abaixo dos 50 anos (entre 15 e 49 anos), a incidência de câncer de mama foi duas vezes maior nos países em desenvolvimento, de acordo com os dados da Comissão Nacional de Mamografia. O Brasil se encontra nesse grupo. A população abaixo dos 50 anos está ainda mais exposta ao risco. O Inca calcula que câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente e o mais comum Se diagnosticado e tratado precocemente, os resultados são razoavelmente bons. Antes dos 35 anos, a doença é relativamente rara. Acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente. Em 2010, no Brasil, morreram 12.705 mulheres e 147 homens em decorrência do câncer de mama. Em 2011, foram 13.225 mortes pela doença
Expansão da assistência O investimento do Ministério da Saúde na assistência aos pacientes com câncer foi de R$ 2,1 bilhões no ano passado, crescimento de 26% em relação a 2010. A previsão é que, até 2014, o valor alocado no fortalecimento do atendimento em oncologia chegue a R$ 4,5 bilhões. Com o aumento dos recursos, foi possível ampliar a rede de assistência à doença no Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, 277 hospitais realizam diagnóstico e tratamento de câncer em todo o Brasil, sendo que 11 deles foram habilitados neste ano e outros seis estão em análise. Em dois anos, o número de sessões de radioterapia realizada na rede pública aumentou 17%, ultrapassando nove milhões de procedimentos em 2012. Ainda segundo o Inca, na detecção precoce do câncer de mama, houve um aumento de 30% no número de exames realizados por mulheres que estão na faixa etária prioritária (50 a 69 anos). Foram mais de 2,3 milhões de mamografias em 2012. Considerando todas as idades, o crescimento foi de 25%. Alguns sinais e sintomas - Nódulo único endurecido - Edema (inchaço) da pele - Eritema (vermelhidão) na pele - Inversão do mamilo - Sensação de massa em uma das mamas - Inchaço do braço - Dor na mama ou mamilo
Do LiXo aoO
O X LU
PEÇAS DE BRECHÓ FORMAM A MODA SUSTENTÁVEL E INOVAM O GUARDA-ROUPA SEM GASTAR MUITO Por Valéria Mercês
Muitas mulheres adoram moda e principalmente estar na moda. Se você se encaixa nesse grupo você está lendo o texto certo. Analisaremos como as roupas de brechó estão sendo aceitas e como estão fazendo o maior sucesso com a mulherada. Mas, como surgiu o brechó? A sua origem foi na Europa no “mercado de pulgas” em Saint -Ouen no subúrbio de Paris, que é um lugar que vende todo tipo de coisas. No Brasil, no século XIX, mais precisamente no Rio de Janeiro, surgiu uma loja de artigos usados que tinha o nome de Casa do Belchior. O lugar ficou muito conhecido e muito frequentado. Isso fez com que o nome Belchior fosse associado a estabelecimentos que vendiam produtos antigos e usados. O tempo passou e o nome sofreu um processo de mudança, se adaptando a “brechó”, e dando origem a um novo termo. Muitas pessoas tinham preconceito em relação ao brechó. Roupas usadas, e velhas não eram uma coisa que agradava
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muito. Mas isso mudou. Hoje a moda conhecida como vintage está no auge e no corpo de muitas mulheres. As peças antigas estão em alta e muita gente já adotou o novo estilo. “Eu sempre gostei de roupas antigas, sou extremamente apaixonada pelo estilo dos anos 70 e 80. Eu compro em brechó há muito tempo, primeiro pelas roupas lindas e com o meu estilo, segundo pelo preço que é muito mais barato. Então eu acabei unindo o útil ao agradável.” Conta a professora Luciana Santos, 24 anos. Atualmente, os brechós evoluíram muito. Os cuidados com as roupas (a qualidade e a limpeza das peças) agora são pontos principais. Surgiram os brechós online, passou a se vender também roupas novas, a aceitação é maior e até os preços mudaram. Adriana Menezes, 42 anos, antes apenas dona de casa, hoje é dona de brechó e tem uma renda extra. “Meu trabalho é o meu bazar. Recebo doações de todos, mas também faço as escolhas porque nem tudo vai pra loja. As peças passam por várias etapas de seleção e hi-
gienização para serem colocadas à venda. Cada dia tenho um novo cliente, todos estão satisfeitos e sempre voltam. Eu realizo meu trabalho com amor”, pontua. Hoje os brechós fazem tanto sucesso que temos até brechó virtual pra quem quer comprar suas roupas mais baratas e seminovas com um clique e sem precisar sair de casa. Fazer compras pela internet já é uma grande parceira de todos, principalmente por causa da praticidade e dos preços que são mais justos. Exatamente por isso muitos brechós saíram das lojas físicas e agora também estão no meio virtual. “O brechó virtual é uma maneira simples de ter a moda nas mãos e eu nem preciso ir na rua pra isso. Mas também temos que levar em consideração alguns pontos. Nas compras na internet temos frete, não podemos experimentar e algumas vezes os preços são bem salgados. Conheço um site de peças seminovas que os preços são abusivos.” diz a estudante de enfermagem Mariana Sales, 21 anos.
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Peças confortáveisepráticas são essenciais para Emanuelle
A saidinha a noite fica ainda mais bonita
Peças clássicas para usar durante várias horas por dia
Emanuelle Macêdo aproveita o lazer durante o dia com suas roupas de brechó
Cineminha, Happy Hour... Aqui você pode abusar de um guarda-roupa diversificado Peças descoladas, carregadas de informação
* Fotos por Alanna Oliveira * Modelo: Emanuelle Macêdo 10 . Universo
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R E H L MU E U G N RI NO
Por Janaina Ryberg
OS TREINOS DE BOXE É UMA FORMA EFICAZ DE MANTER A BOA FORMA
* Fotos do arquivo pessoal de Marilia Santos
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O boxe está tomando conta do universo feminino. Muitos famosos estão aderindo a prática do esporte, entre elas, Sasha Meneghel, Debora Seco, Sabrina Sato, Estefani Brito, Giovana Ewbank do dançando com os artistas, Fernanda Souza, Sofie Cahrlote, entre outras. A campeã do reality show Big Brother Brasil 11 Maria Melilo, treina boxe e iniciou também os treinamentos de jiu-jitsu, com o namorado Serginho Moraes, lutador do UFC. Ela relatou que pratica o esporte como ferramenta para mexer o corpo, a mente, e até como defesa pessoal.
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A série de televisão, Malhação, também veio retratar as dificuldades encontradas pelas mulheres no esporte. O Filme menina de ouro, que retratou a historia verídica de uma garota que vai em busca do sonho de ser campeã, ganhou o Oscar Melhor Filme, Melhor Diretor (Clint Eastwood), Melhor Atriz (Hilary Swank) e Melhor Ator Coadjuvante (Morgan Freeman) foi ainda Indicado nas categorias de Melhor Montagem, Melhor Roteiro Adaptado. No nosso estado muitos projetos sociais auxiliam na retirada de meninas da vulnerabilidade social e ajudam a ter grandes campeãs nesse esporte. Recentemente a Federação Baiana de Boxe agradeceu a SETRE - Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte - pelo apoio do Governo do Estado que por meio do Bolsa Esporte, 23 atletas foram beneficiados. A SUDESB - Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia - também arca com as passagens dos atletas para as competições. O secretário da SETRE, Nilton Vasconcelos, prometeu um maior apoio à categoria. “O boxe e o judô são modalidades apoiadas pelo Governo da Bahia que mais dão resultados positivos, e de forma rápida”, disse em site do Governo.
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Apesar de ser um esporte retratado como violento, o boxe auxilia na concentração e no controle emocional e também ajuda a ter um corpo ótimo em poucos meses. O boxe tailandês ou Muay Thai vem tomando conta das academias, pois é uma disciplina física e mental que inclui golpes de combate em pé, conhecida como “a arte das oito armas”. Caracteriza-se pelo uso combinado de punhos, cotovelos, joelhos, canelas e pés, associada a uma boa preparação física que a torna uma luta de contato eficiente.
Mulheres nos jogos olímpicos Segundo o pesquisador Berta L. C. Cardoso, da Faculdade Guanambi, na Bahia, “concernente aos Jogos Olímpicos, a inserção das mulheres foi somente em 1990” Percebe-se, assim, que a mulher vem ganhando espaço no meio esportivo, mesmo com as restrições, preconceitos, obstáculos e imposições da sua participação no esporte. A condição do esporte como um lócus de masculinidade se altera na proporção do aumento da autoconfiança e da independência das mulheres no âmbito de seu hábito e de seu
poder. Em termos organizacionais, à medida que elas ingressam no esporte, tais experiências concorrem para questionar as ideias e instituições tradicionais de preponderância masculina. (...). Na história que estão escrevendo mostram-se vencedoras não apenas de suas adversárias, mas, também, vencedoras de uma luta sem luvas e fora dos ringues, onde, embora os adversários ‘estereótipo’, ‘preconceito’ e ‘discriminação’ sejam fortes, “round por round” elas os têm colocados à “nocaute”.
Elas mostram-se vencedoras não apenas de suas adversárias, mas, também, vencedoras de uma luta sem luvas e fora dos ringues, onde, embora os adversários ‘estereótipo’, ‘preconceito’ e ‘discriminação 15 . Universo
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Entrevistamos a campeã de boxe e Muay Thai, Marilia Santos, 21, na academia onde ela treina e dá aulas, que fica em cima do chamado Iguatemi, um ponto de restaurantes ao lado da rodoviária de São Felix
UF: Você dá aulas no projeto para meninas?
Universo Feminino: Desde que idade você pratica o boxe? Marilia Santos: Pratico o boxe desde os 12 anos. Comecei com capoeira aos 8 anos de idade e depois passei para o boxe e com 14 anos passei para o Muay Thai e comecei a lutar mais sério com 17 anos. Agora faz um ano que participo do MMA, minha sexta luta foi no ano passado e graças a Deus estou invicta, buscando meu espaço. UF: O que seus pais acharam quando você entrou no boxe? M.S - Minha mãe no início não queria, pois achava violento, mas teve um dia que ela disse que se eu gosto ela apoiaria e iria me assistir nas lutas. Eu fui criada pelo meu padrasto que também sempre me apoiou. UF: Em que aspecto o esporte melhorou a sua vida? M.S - O esporte me salvou. Quando eu não treinava boxe era muito indisciplinada, quando eu chegava na esquina da rua diziam “ai vem o cão”. O esporte é que me salvou e me disci16 . Universo
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a UFC colocou categorias femininas, os outros eventos também resolveram colocar, até mais para divulgar e também quando tem luta feminina no evento, atrai maior público masculino. Antigamente tinha somente uma luta feminina. Agora são duas a três lutas, então está sendo mais visto do que antes. Porém, ainda assim existe muito preconceito no sentido de que as mulheres não devem fazer esse tipo de esporte “que é muito violento”. Mas a gente sabe que a gente está praticando um esporte, que o corpo da gente está apto a isso.
plinou em relação a saúde, ao condicionamento físico... melhora tudo. Eu faço um treino e fico o dia todo com disposição. UF: Você é natural de São Felix? M.S - Eu nasci em São Felix e fui morar em Muritiba com 5 anos de idade, agora voltei a morar aqui no começo deste ano. Já morei em São Paulo com uma tia, mas voltei a morar aqui, pois todo dia eu subia e descia de Muritiba e assim eu economizo a passagem. Para dar aula aqui, no inicio eu e Patrick dormíamos na academia. UF: Quem te orientou a praticar boxe? M.S - Eu sempre gostei de esporte. Tudo que falavam de esporte eu estava fazendo. Ninguém me incentivou, a início eu fui atrás. Eu fui num projeto em Muritiba com um professor que se chama Cal, mas acabou por falta de apoio. Então eu vim buscar outro local pra treinar em São Felix. Encontrei esse que é também um projeto social, mas tem pouco apoio. O foco é ensinar Muay Thai nas comunidades e nas escolas.
A gente dá aulas para crianças carentes com o professor Gil Pedreira. Foi com ele que comecei a treinar. Me lembro que Gil me perguntou se eu tinha interesse de lutar e eu disse que sim, tanto que eu fiz minha primeira luta de Muay Thai foi com 17 anos, no campeonato baiano. Fui até o campeonato brasileiro, fui vice campeã e tive a oportunidade de disputar o campeonato mundial na Rússia, mas não fomos por falta de apoio eu e mais dois atletas aqui da academia. Hoje eu tenho um apoio melhor de patrocínio mas ainda encontro algumas dificuldades. Tenho várias lutas importantes fechadas, que passam em canal fechado. Essas duas é um pulo para o UFC que é um evento que todo atleta sonha em chegar e eu sonho também e sinto que está perto pois o evento que eu vou participar é grande, a gente encontra dificuldades pelo caminho mas estamos aqui para ultrapassar. UF: O que você acha sobre estar abrindo caminho no campo do boxe? M.S - Hoje já está sendo um pouco mais reconhecido, pois como
M.S - Eu dou aulas de Muay Thai há três anos. O projeto tem poucas meninas porque as mães insistem no preconceito de que arte marcial não é para mulher, mas na verdade, não tem nada disso. Acho que elas deveriam se abrir mais, trazer as meninas para conhecer o esporte, qualquer esporte é para mulheres e homens. A gente teve uma discussão outro dia que nós próprios colocamos isso na cabeça de que “menino tem de brincar de bola e menina de boneca”. O preconceito está dentro da gente mesmo, da própria pessoa. No nosso projeto tem muitos meninos a partir de 5 anos. Ao todo são 15 a 16 crianças atendidas e isso porque os pais insistem em dizer que o esporte é violento e também por falta de material. As luvas são poucas, a gente que comprou e tem de renovar. Mas a gente não tem apoio para renovar esse material e a prefeitura paga somente o aluguel do local. Todo conserto aqui é com uma vaquinha dos alunos. O pessoal faz mutirão e ajuda nas reformas e a gente só temos oito meses aqui. UF: Ondevocê se especializou?
Edição 1 | 2014 * Fotos: Arquivo pessoal de Marilia
M.S - Eu faço Licenciatura em Educação Física na Famam - Faculdade Maria Milza – Eu quero é levar as artes marciais para as escolas porque hoje ela é uma modalidade muito carente nas escolas. A arte marcial me disciplinou, eu creio que vai disciplinar outras pessoas e eu acho que isso vai ajudar dentro da escola. Minha vida é academia e faculdade. Também acompanho minha mãe. UF: Fale sobre seus títulos M.S - Eu sou tricampeã baiana de Muay Thai, campeã baiana de Jiu-Jitsu, campeã brasileira de Kung Fu, campeã baiana de Kung Fu. Eu só queria ter apoio mais do pessoal daqui. Tenho mais apoio de Feira de Santana do que daqui. Quando eu luto eu represento Feira porque tenho apoio de lá. Em Muritiba eu tinha apoio total da prefeitura quando morava lá. MF: Você acha que o fato de você ter aprendido a lutar os homens te respeitam mais?
UF: O que você fala sobre os anabolizantes? M.S - Eu não uso porque não é legal. Algumas pessoas ficam agressivas. Perdi um amigo meu com anabolizante aos 18 anos, ele tinha acabado de usar e desmaiou na porta de casa. Antes das lutas tem exame antidoping. Terminamos a reportagem na sacada da academia visualizando a bela paisagem do Rio Paraguaçu
“
M.S - Eu sofria discriminação por ser homossexual, mas agora me respeitam e também para defesa pessoal. As mulheres que sofrem violência, estão mais preparadas para reagir a alguém que está de-
* Foto: Janaina Ryberg
sarmado. Porém, hoje eu penso duas vezes antes de brigar, pois depois da luta eu fiquei uma pessoa mais calma. Minha mãe costuma dizer que hoje fiquei muito mais passiva e eu procuro conversar primeiro e não brigar. Quando criança eu era danada. Hoje extravaso é no tatame.
Quando criança eu era danada. Hoje extravaso é no tatame
Marilia sobre sua disciplina no boxe
A adolescência é a fase que intermeia a infância e a idade adulta. Um período onde as pessoas fazem muitas descobertas sobre elas mesmas e sobre o mundo que as rodeia. Mudanças no corpo e na mente são esperadas. É nessa época da vida que geralmente a sexualidade começa a aflorar e com isso as dúvidas e perguntas são frequentes. A divisão, que muitas vezes de forma inconsciente acontece, entre meninos de um lado e meninas de outro vai se desfazendo. Aquele velho papo que os pais contam que uma cegonha traz os bebês não funciona mais. Com filmes, novelas, séries, programas, internet, músicas, entre tantas outras coisas cada vez mais desenvolvendo o tema do amor e da transa, é só questão de tempo para os jovens irem desenvolvendo uma curiosidade sobre e isso.Aliado ao tabu que persiste em várias famílias, em que sexo é um assunto proibido, faz com que esses adolescentes busquem suas respostas nas ruas com amigos ou conhecidos.. Trabalho de prevenção no recôncavo baiano
Bebês ou bonecas?
O primeiro contato com o sexo seja na pratica, de forma não adequada e resultando na gravidez indesejada na adolescência
Por Marcus Vinícius
Na cidade baiana de Muritiba, localizada a 125 km de Salvador, o CRAS (Centro de Referência da Assistência Social) vem intensificando o trabalho de conscientização e aconselhamento das adolescentes do município. Segundo a assistente social Ana Paula, vêm sendo realizados grupos de debate aonde se é discutido não só a questão da gravidez, mas também combate às drogas, importância dos estudos, entre outros assuntos. Porém, mesmo sendo um grupo o qual ela considera muito produtivo, ainda poderia ter mais pessoas participando. Grande parte das garotas só se interessam após já estarem de fato grávidas. “Geralmente elas procuram o
CRAES quando precisam de algum auxílio ou a atualização de algum benefício, como o Bolsa Família, ou um enxoval, ou uma cesta básica ou um aluguel social. Caso contrário, dificilmente elas comparecem. Tanto que o grupo que iniciamos para jovens que estão grávidas, que pretendíamos no final dar um enxoval para banheira, roupinhas... só compareceu uma menina... disse. Muitas dessas garotas, após engravidarem, acabam tendo de lidar sozinhas com a situação. “Perguntei a situação última menina que chegou aqui, com 14 anos ela como estava a família dela e me respondeu que a família tinha a abandonado, o companheiro tinha deixado e a única pessoa que estava dando auxilio é a ex-sogra. Tanto que ela não estava fazendo pré-natal, aí a encaminhamos ao posto de saúde para começar, porque com 3 meses de gestação, ela não tinha feito nada ainda.”, pontua Ana Paula. Mistura de medo e amor de mãe A jovem L.A, hoje com 20 anos, se viu grávida aos 17. Ela relata que os familiares não aceitaram muito bem e alguns parentes e amigos até deixaram de falar com ela. Chegou a cogitar até o aborto. “Nossa, minha família não ficou nada feliz com a notícia. Quando soube que estava grávida, pensei em tirar no início, na verdade ninguém iria nem saber que um dia eu estive grávida. Mas minhas irmãs souberam o resultado antes de mim e não deixaram eu fazer. Falaram que já estava formado e eu teria que aceitar”.
“Eu pensei muitas vezes em tomar algo, pois eu pensava em mim. Era muito nova e tinha muito pela frente ainda e um filho sem pai seria a pior coisa que poderia me acontecer. Até meus cinco meses eu ainda cogitava o aborto”.
“
Quando o Arthur começou se a mexer, meu pensamento mudou muito...
L.A sobre o inicio de sua gravidez
L.A conta que a partir do momento que ela começou a sentir a criança dentro dela tudo mudou. Ela viu que as coisas poderiam não ser tão ruins assim. Hoje ela afirma que ter continuado com sua gravidez foi um grande acerto e que seu filho é o grande amor da sua vida e ressalva a importância de ter o apoio do seu pai e avó. “Quando o Arthur começou a mexer, meu pensamento mudou muito. Comecei a imaginar a carinha dele e como seria minha reação. Hoje, ele tem quase dois anos. Não consigo imaginar minha vida sem meu filhote. Parentes que não falam comigo desde que fiquei grávida, não dou a mínima. O importante é que hoje minha vó e meu pai aceitaram meu bebê e me ajudam ao criá-lo”, conclui. L.A, alegre.
Ela relata muitas vezes o medo de ser mãe tão cedo e o fato de saber que bem provavelmente o pai do futuro bebê não iria assumir, só aumentava seu receio de seguir em frente. L.A, hoje, com 20 anos, percebe o quanto a sua gravidez foi precoce
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A mulher, Alene Lins
UMA PEQUENA TRAJETÓRIA DA FOTÓGRAFA APAIXONADA POR SUA PROFISSÃO E FUNÇÃO ACADÊMICA, QUE COM SUA SINGULARIDADE INSPIRA MUITOS A PROSSEGUIR. Por Lídia Ramos Filha
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Natural de Itabuna -Ba, mãe de um menino de 11 anos, professora de Fotografia da Universidade Federal do Recôncavo (UFRB), desde 2006. Alene Lins se descobriu na área da fotografia na Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), na cidade de Cuiabá, em 1992, quando participou da primeira aula de fotojornalismo, no curso de Comunicação Social. Ela lembra que a professora, de uma forma prática e dinâmica, deixava que os estudantes manuseassem filmes e químicas, negativos e ampliadores, “brincando” com as diferentes funções da fotografia. Economizando, comprou uma câmera fotográfica, uma Nikon FM10 e posteriormente uma Canon EOS 50, preferindo chamá-las carinhosamente de “velhas amigas analógicas” que lhe renderam bons trabalhos como fotojornalista enquanto prestava assessoria para empresas e políticos.
Quando estava no penúltimo semestre do curso noturno, em 1996, já na UFMS (Mato Grosso do Sul), para onde pediu transferência, para poder trabalhar durante o dia, ela fazia parte de listas de jornalistas e fotógrafos na internet – Jornal BR e Foto BR, e diversos sites, dentre eles o Photosynt, em que participavam grandes fotógrafos. “Era um tempo em que internet estava começando e eu consegui ótimos contatos e boas amizades através da rede”. Foi lá que ela conheceu Flávio Rodrigues, editor do Jornal do Brasil que lhe apresentou fotógrafos importantes no cenário brasileiro, como Evandro Teixeira, Rogério Reis, Tibico Brasil, e até internacionais, como J.C. Volotão, Becquer Casaballe, e que, com ajuda deles, conseguiu realizar juntamente com sua colega e amiga de profissão, Rosângela Valente, um projeto literário e técnico, um Guia de Fotojornalismo, que acabou sendo adotado pela UFMS e UCDB (Católica de Mato Grosso do Sul). O livro, um excelente difusor de ideias Fotojornalismo, técnica e arte - é um manual que reúne um pouco da história e teoria do fotojornalismo, a técnica da fotografia analógica e um estudo sobre o mercado de trabalho, que analisava e comparava a atividade dos profissionais na área em oito cidades, três delas fora do Brasil, através de pesquisa com os fotojornalistas que Alene conhecia nas listas que participava. Resultado: o livro recebeu a maior nota da bancada examinadora do Projeto Experimental, e foi acolhido pela UFMS como o livro da disciplina. A Universidade bancou uma segunda edição e o livro faz parte do acervo de outras universidades como livro de consulta, inclusive a UFRB, UFBA, UESC e UEFS, na Bahia. Mas Ale-
ne reconhece que não tinha maturidade acadêmica para assumir a herança de ter escrito um livro em área tão fértil. Demorou para virar professora. E mesmo depois de ingressar na Academia, ela gosta mesmo é da prática, da extensão e das atividades que provocam experimentações. A trajetória Paralelo à realização deste projeto, a fotógrafa Alene também trabalhava com o telejornalismo, onde atuou como repórter durante onze anos em Cuiabá, Campo Grande, Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro, com algumas passagens nas áreas de produção, edição e apresentação. Durante esse período participou de um intercâmbio na GloboNews, e parte desse portfólio pode ser visto na internet, no vimeo. A descoberta da “veia” acadêmica Em 2001 foi selecionada para lecionar na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), em Ilhéus, onde atuou por quatro anos como docente no curso de Rádio e TV, nas áreas de Vídeo e TV. Em 2006, Alene passa a atuar na UFRB, em Cachoeira-BA. Participou da criação do primeiro Colegiado de Comunicação. Em 2008 ajudou a criar o curso de Cinema. Participou do grupo de trabalho que elaborou a criação do curso de Artes Visuais e agora integra o grupo de professores que lecionam no curso de Publicidade. “Gosto de saber que uma Universidade pública cumpre seu papel de abraçar diversas graduações, como forma de oportunizar que sonhos se realizem para quem pretende seguir uma profissão e mora no interior” declara. Atualmente Alene está lecio-
nando fotografia nos cursos de publicidade, jornalismo e artes visuais. Ela mantém uma rede de blogs, que tem o objetivo de fomentar os processos de ensino-aprendizagem-avaliação.
“
Os meus projetos envolvem suportes tecnológicos, como meio de fornecer ao meu aluno um portfólio enquanto está na universidade, dando-lhes possibilidades de desenvolver “produtos” criativos, falar sem censura e de forma alternativa
Alene Lins sobre a sua metodologia de ensino
Alene realizou exposições fotográficas com os alunos em 2012 e 2013, em Cruz das Almas, Feira de Santana e Cachoeira. Para quem ficou curioso e quer conhecer alguns trabalhos da professora e de seusalunos,bastaacessaroslinks: Portólio em telejornalismo http://Vimeo.com/5749943 Banco de Imagens Galeria Recôncavo http://www.ufrb.edu.br/galeriareconcavo/ Teoria e Prática em Fotografia http://teorizandofotografia. blogspot.com.br/ Exposição virtual em homenagem ao Dia de Consciência Negra, 2011 http://www.ufrb.edu.br/galeriaconciencianegra/
Universo Feminino: Nem todo mundo tem condições financeiras para adquirir ou não quer investir em produtos importados. Você como profissional da área acha que vale a pena comprar produtos semelhantes? Keylla Squivell: Verdade, da mesma forma que são desejadas são também muito caras, tem que ter muito amor por maquiagem. Os produtos semelhantes são muito interessantes, algumas marcas nacionais fazem alguns produtos para serem exatamente o “primo baratinho” daquele famoso, desejado. Então se você quer ter aquele produtinho do momento e não quer pagar tão caro, pode apostar na segunda opção.
você não precisa gastar tanto Maquiagens caras, importadas, famosas. Todo mundo um dia já desejou ter alguma delas, por isso a maioria delas tem um primo baratinho Por Valeria Mercês
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é que não gosta de se sentir bem e bonita? O mercado está cheio de atrativos direcionado a todo público feminino, uma variedade de produtos e preços também. Você adora makes? Você quer ter todos os produtos lançados no exterior? Você que quer ter todos os produtos que estão superfamosos, mas não tem condições ou não quer investir tanto dinheiro em maquiagens? A Revista Universo Feminino tem o prazer de apresentar o Primo Baratinho. Em todas as edições teremos dicas de produtos nacionais semelhantes aos importados usados
Então agora é só seguir as dicas da maquiadora Keylla Squivell, adquirir o seu primo baratinho e arrasar.
pelas celebridades e por todas que não abrem mão de uma nova tendência no mundo das makes, mas com uma grande diferença, o preço. Os produtos nacionais têm um preço mais acessível, são mais fáceis para encontrar, além de alguns serem muito semelhantes aos produtos famosinhos em cor, brilho, textura e acabamento. A maquiadora Keylla Squivell conta a sua experiência com os produtos importados e nacionais e dá dicas importantes para quem não quer errar na hora da make.
Keylla: Temos que primeiro lembrar que nem todos os produtos relacionados à maquiagem do mercado tem muita qualidade. Devemos sempre optar pelas marcas confiáveis. Sobre diferença ou não isso depende muito, por exemplo, o batom semelhante ao Runway Hit da M.A.C. é o Mirella da Tracta, só que o da Tracta não é tão matte quanto o da M.A.C. Isso varia muito.
UF: Você tem alguma dica pra dar as leitoras?
R$ 66
Batom Plum Me - Maybelline
R$ 19 Curvador para Cílios - SEPHORA Blush Baby - M.A.C
Blush Rosa Nude - Yes!
R$ 115
R$ 25
* Fotos: arquivo pessoal de Keylla
R$ 7
R$ 24
Aplicador de maquiagem - Avon Delineador preto - Shiseido Pó Facial Blot - M.A.C
R$ 179
R$ 34 Delineador preto - Avon
R$ 20
Keylla: A minha dica são as tendências em makes para as mulheres arrasarem na balada, no trabalho, onde quiserem. A aposta para esse
R$ 129
Pó Facial Pure Makeup - Maybelline
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Edição 1 | 2014
R$ 15
Batom Rosa Marcante - Eudora
R$ 66
UF: Você usa em suas clientes produtos importados e produtos nacionais? Keylla: Claro. Eu tento oferecer a minhas clientes o que tem de mais moderno no mercado. Tento ter o máximo de lançamento que eu consigo, tanto importados como nacionais. Mas pra mim o principal é a qualidade, é o que mais conta. Minhas clientes querem que a make dure o casamento inteiro, a formatura inteira, o aniversário inteiro, e eu tenho que levar isso em conta.
Batom Flat out Faboulos - M.A.C
Batom Heroine - M.A.C
UF: Você acha que a qualidade dos produtos é parecida ou tem muita diferença?
Para ficar mais bonita
A mulher nasce com uma beleza especial. Cada uma do seu jeito. Umas têm pele escura, outras têm pele clara, umas têm o cabelo crespo, outras liso, outras cacheados, outras têm o cabelo branco e algumas têm até cabelo vermelho. Todos esses detalhes fazem de você essa mulher maravilhosa! Essa matéria foi feita especialmente para as mulheres que adoram as tendências de makes e as que querem levantar a autoestima sem gastar muito. Muitas mulheres são bastante vaidosas, adoram maquiagens, moda, tendências. Mas quem
verão são as cores terra para marcar os olhos, o marrom, o cobre, o dourado e o bronze fazem parte da cartela de cores. E para os lábios, quem adora a boca tudo, já pode começar a comemorar, os tons vivos e vibrantes de vermelho, rosa e laranja estão vindo com tudo nesse verão 2015.
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Dona Lolo
uma guerreira na cozinha e na vida Por Janaina Ryberg
Casada com apenas 17 anos de idade, ela teve sete filhos, ficou viúva muito jovem e decidiu colocar em prática o que aprendeu com sua mãe no estabelecimento em que inicialmente vendia bebidas e licores. Sua ótima mão para a cozinha ficou muito famosa e em pouco tempo em toda Salvador já se ouvia falar da comida de Dona Lolo. Seu restaurante chegou a ser citado no Guia Quatro Rodas. Ela trabalhou por muitos anos no mercado público de Cachoeira, Bahia, ao lado de seu esposo que vendia cereais. A maior injustiça que viu foi que, por uma discussão acabou perdendo seu marido vítima de um infarto. Sozinha, aos 24 anos, ela tomou coragem e decidiu também abrir um restaurante no estabelecimento, para sustentar seus filhos, que atualmente um é professor, outro é industriário, outro é formado em filosofia e pedagogia. “Meus filhos sempre me ajudaram na luta diária”, diz. Várias vezes sua fé foi testada, e ela sofreu as auguras das enchentes de Cachoeira, mas ela sempre se reergueu e, orgulhosa, tem todos seus filhos muito bem encaminhados na vida. Dona Lolo nos recebeu muito atenciosa em sua casa, em sua poltrona muito bem adornada com uma colcha de retalhos colorida feita por ela, seu papagaio no quintal também parecia querer acompanhar a conversa Dona Lorentina Gomes, 86 anos teve em torno de 50 anos dedicados a sua saborosa culinária. Conversamos sobre sua atividade e lição de vida
Universo Feminino: Fale sobre seu marido e a atividade no Mercado Público. Dona Lolo: Meu esposo não sabia fazer um o com copo mas ele fazia muito bem as contas, era inteligente. Ele tinha uma barraca de cereais e eu de bebidas. Vendia bebida de folhas que eu fazia, tinha gengibre, pitanga, alumã, dandá, milhomem, edengoso, mas eu não vendia para os bêbado por isso não tinha uma briga no meu estabelecimento Eu tinha duas barracas ai eu vendi uma maior e fiquei com menor depois que meu marido morreu. Era no mercado no mesmo corredor dos cereais, ai veio a enchente e levou tudo e eu fui para
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a parte de cima que a prefeitura consertou. Eu já vendia comida em baixo, eu fazia comida pros filhos e também vendia, ai foi rendendo foi rendendo foi rendendo, então eu já fazia comida de mais, e os próprios vendedores de comidas deixavam as deles para comprar comigo e revender” O próprio antigo dono do Gruta Azul mandava todo o sábado comprar comida para revender. UF: Quais comidas você começou fazendo? D.L - Eu comecei fazendo ensopado de galinha, boi carneiro. Então foi aumentando, ai um pedia feijoada, outro cuscuz, outro pedia rabada, e eu dizia, “só na próxima semana”, e quan-
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do chegava a semana eu fazia. Teve um dia um dia um senhor de Feira de Santana pediu para mim: faça um almoço que eu vou levar a 50 pessoas, e eu fiz a besteira de perguntar o que ele queria, e ele pediu dez espécies de comida. Então eu fiz! Mas fiz sozinha somente com os meninos que eu criava. Os meninos depois de grande iam sozinhos para escola e vinham da escola perguntando o que tinha para fazer, e eu dizia: olhem ai e vejam as panelas em cima do fogão, daí, eles me ajudavam e lhe digo que as cinco horas, cinco e meia já tinha acabado de vender tudo! Era das seis da manhã as seis da tarde trabalhando. Eles sempre tiveram responsabilidade e de-
ram mais trabalho foi depois de grande. Estudaram se formaram e eu nunca recebi uma queixa deles. UF: Quais desafios enfrentou? D.L - Eu era muito perseguida, até por ser viúva. Um moço tinha um barraco junto de minha casa e teve uma situação que o filho dele tava no ginásio com meu menino Carlinhos, que precisou de um atlas, então eu pedi ao pai do menino, mas ele me disse: “diga a mãe dele que bota filho no colégio quem pode.” Então eu falei assim: “fica aqui Carlinhos que eu vou ali”. Cheguei numa senhora que tinha uma livraria e falei: “minha senhora você me vende um atlas fiado pra eu lhe pagar no próximo sábado?”, ela disse: “Oxente Dona Lolo”. Antes de um ano o filho dele precisou de um mesmo mapa, e ele não tinha e o que eu comprei era mais moderno. Pensei nisso e disse ao meu menino: “dê o seu a ele” Um sujeito chegou no mercado e foi ofender minha filhas, puxei a peixeira para ele e disse: “minha filhas não tem um pai mas tem mãe, respeite elas”. Assim, todo o mercado veio me defender também e botou ele na rua. U.F: A senhora era muito assediada? D.L - Eu não queria homem, até inventavam que tinha alguém aqui e eu dormindo sozinha, ficavam na minha porta espiando. Alguns homens faziam serenata na janela. Teve um amigo meu que falou “gato tem sete folego a senhora tem 14 de tanta incomodação que já passou”. UF: Fale um pouco sobre a Feira do Porto
Dona Loló e neta
D.L - A minha barraca se chamava Heroica. Teve um ano que trabalhei que era terminando uma panela de feijoada, e colocando outra terminando maniçoba, repondo e fritando carne de sol. Foi ai que conseguimos terminar a casa derrubada pela enchente. Na enchente ficamos de casa em casa pedindo abrigo, a gente se abrigava em uma casa, mas ai a água chegava e mandava a gente embora, então a gente se abrigou por último na Igreja dos Remédios, aquela do lado do mercado e tinha muita gente lá, nós rezamos, colocamos velas a Nossa Senhora do Remédio. A água ficou no degrau
a um palmo de chegar e depois foi abaixando. Essa foi a enchente de 1960. Levou dez anos para reconstruir a minha casa. UF: Já passou alguma personalidade pela sua barraca? D.L - Tinha muita gente famosa na Feira do Porto, Luiz Gonzaga, Bule-Bule e Zé Pedreira entre outros famosos e artistas globais da época. DL: Tinha muita gente famosa na Feira do Porto, Luiz Gonzaga, Bule-Bule e Zé Pedreira entre outros famosos e artistas globais da época.
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Para encher de água a boca dos leitores Moqueca de bacalhau ao forno Made in Bahia, previsão de 12 porções Ingredientes
2 dentes de alho grande picados • 1 cebola grande cortada • 1/2 xícara (chá) de azeite de dendê • 3 tomates cortados • 1 quilo de bacalhau desfiado • 4 colheres (sopa) de camarão seco inteiro • 2 pimentas de cheiro moída • 1 xicara de chuchu ou mamão verde pre cozidos picadinho • Sal a gosto • 1 xícara (chá) de leite de coco • 1 xícara (chá) de coentro • 1 xícara (chá) de coentro da índia • 1 xícara (chá) pimentão • Suco de 1 limão e meio grande. • Uma lasca de noz moscada • 3 ovos •
1. Dessalgue o bacalhau: lave -o, ponha numa peneira com e mergulhe em uma tigela com 1 litro de água, ate o dia seguinte. De noite muda a agua, aí pela manhã, cozinhe o bacalhau na última água do dessalgue por 20 minutos. Escorra e tire a pele e as espinhas, e dese. 2. Corte bem miúdo a cebola grande picada, o alho e o tomate o coentro da índia o coentro a salsa junte sal nos moscada pimenta de cheiro, pimentão e machuque 26 . Universo
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3. Deixe o bacalhau de molho nessa mistura e coloque na geladeira para o outro dia 4. Acrescente chuchu ou mamão verde 5. Acrescente o azeite de dendê, acrescente o leite de coco, o de bacalhau e cozinhe por 10 minutos. 6. Sirva o prato decorando com os ovos. Acompanha um feijão fradinho, arroz e farofa.
“
Não se pode escrever nada com indiferença Simone de Beauvoir
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