www.ufrb.edu.br/reverso
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Torcedores de Bahia e Vitória opinam sobre contratações estrangeiras
Cachoeira - BA EDIÇÃO 78
Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
SANTA CASA DE CACHOEIRA RECEBEU R$1,3 Mi PARA REFORma TOTAL P3
Novo convênio com a SESAB está viabilizando a costrução de um elevador que ajudará no deslocamento de pacientes
Cruz das Almas ganha centro de esportes
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SAÚDE P6 CACHOEIRA
Confira os beneficios que as ervas medicinais oferecem e vje a diferenca entre o Boldo-doChile e Boldo-da-Terra James Lester Magalhães
O centro contará com biblioteca, quadra polisportiva e um anfiteatro
ESPORTE CLUBE YPIRANGA CONTINUA VIVO
Campeonato Baiano Serie B já começou e animação da torcida é fator de sucesso P16
QUEDA DE VENDAS CAUSAM RECLAMAÇÃO ENTRE OS COMERCIANTES Segundo lojistas queda chega a 80%
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Entrevistado, secretário de meio ambiente de Mruritiba, falou sobre as conditções do lixo no Recôncavo da Bahia, em especial as condições do ATERRO DE MUTITIBA e as polêmicas envolvidas
SAÚDE P5
Conheça alguns cuidados contra a hipertensão e continue consumindo as delicias da colinária tradicional ECONOMIA P3
Centro de Qualificação Profissional de Cachoeira ofereceu gratuitamente 326 vagas CIDADE P4 INCLUSÃO SOCIAL
O Grupo de Apoio ao Menor Gotas de Esperança, mais conhecido como GAMGE, atua há dezessete anos com os jovens. Conheça como o projeto sobrevive
RÁDIO COMUNITARIA: Estudantes do sexto ano do ensino fundamental estagiam na rádio Magnificat FM
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O que mudou?
Arthur Carmel
Sou daqueles que ainda acha que jornal que é jornal tem que ser impresso. Gosto de tatear a folha de papel, de ler página por página, de preferência de trás para frente. Com exceção da coluna de notas. Ali, na página dois, onde as fofocas mais quentes do mundo político veem em escadinha, e as mais venenosas não estão, precisamente, nos primeiros degraus. Mas sei que sou um tipo de leitor “em extinção”, pelo menos é o que vaticinam os entendidos em novas mídias. Pois bem, e é dessa minha prática, quase diária, de folhear jornais, somada à experiência de quase 25 anos na lida e nos lides de matutinos e vespertinos que percebi peculiaridades, não só as inerentes ao tipo de suporte papel, digital, no caso, mas também nos conteúdos dos mesmos veículos. Ainda ressoam em meus ouvidos algumas expressões utilizadas nas redações de jornais impressos: “retrancas”,”olhos”, “chamadas”, “IPs” “buracos” “calhaus”,
Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo
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deadlines, entre outras. Uma das que mais gostava era “lamber a cria”, ou seja, ficar se deliciando com uma matéria de sua autoria. Aquela, que o repórter sabe que “pegou na veia”. Geralmente uma matéria bem editada, em todos os sentidos. Sim, porque um dos poucos bônus (já que os ônus da profissão são tantos) do jornalista é ver sua matéria publicada, seja em que veículo, ou mídia, for. Mas no jornal impresso a coisa parece ganhar mais expressão. Tá lá, no topo da página, embaixo (ou em cima) daquela fotona, a matéria e a assinatura. Que lindo ! E as peculiaridades inerentes ao conteúdo das publicações ? Hoje, com o advento das novas tecnologias, será que é “mais fácil” trabalhar numa redação ? Não, não estou me referindo ao “copiar e colar”, que isso não é coisa de jornalista. Em minha opinião, ainda que as técnicas e práticas necessárias para que uma matéria seja considerada “um bom texto” continuem as mesmas – produção, apuração, redação, edição e etc -,não restam dúvidas de que as novas tecnologias ajudam, e muito, para que o profissional possa realizar um bom trabalho. A internet está aí, como prova. Mas há que se ter, sempre, muito cuidado com “toda essa informação”. Mas volto à questão do conteúdo . De que adiantam computadores super-rápidos, sites maravilhosos, softwares mágicos de edição e afins, se o “cara” que comanda tudo isso não está preparado para escrever sobre determinado assunto ? Note-se que não elenco aqui outros entraves ao exercício da profissão, a exemplo da linha editorial do veículo (se menos ou mais progressista) ou mesmo da “qualidade” de editores e chefes-de-redação. Não foram apenas as tecnologias que ficaram mais rápidas. Tudo hoje é muito
rápido, embora isso não garanta um jornalismo mais “bem apurado”, ou uma matéria “mais bem escrita”. Tudo é muito mais rápido. Desde a “aparição” de determinado assunto na tela do computador, à ascensão de futuros profissionais de imprensa que, mal aprenderam a escrever um lead e já estão nas redações, seja de que tipo de veículo for. A ganância dos patrões está registrada de forma definitiva no corporativismo que resultou na cassação do nosso diploma, e que contou com o auxílio mais que suspeito de alguns comandantes de um certo tribunal. E ao citar esse verdadeiro absurdo contra uma categoria que, noves fora os malafamados , a maioria derrama seu suor nos teclados, falo, ainda, da importância no preparo do profissional. Um bom jornalismo se faz, sim, com boa tecnologia, mas com muita alma e muito empenho. A responsabilidade do jornalista é uma responsabilidade cidadã. Escrever uma matéria não é e nunca foi igual a “falar da vida dos outros”, nem Jornalista deve obter diploma (ainda necessário, sim) para entrar “de grátis” em evento. Não à toa os currículos das boas faculdades e escolas de jornalismo do País ainda ostentam em suas grades disciplinas como Ética, Filosofia, Sociologia, Psicologia (dos Meios de Comunicação) Teorias da Comunicação e afins. Embora essa matéria que você, meu amigo e minha amiga, estão lendo agora, não tenha como objetivo encerrar nenhum assunto, nem ser a pedra filosofal de coisa nenhuma, fica a mesma como uma espécie de testemunho (opa!) às novas gerações. Um bom texto, volto a dizer, faz-se com alma, informação, formação, bomsenso (responsabilidade), ritmo, coerência, prática e...tecnologia, claro.
Reitor da UFRB Prof. Dr. aulo Gabriel S. Nacif
Diretor de Redação Prof. Dr. J. Péricles Diniz
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Diretora do CAHL Profa. Dra. Georgina Gonçalves
Edição e diagramação Prof. Dr. J. Péricles Diniz Ivisson Costa Valério Amós
Coordenação Editorial Prof. Dr.Robério Marcelo Ribeiro Prof. Dr. José Péricles Diniz
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CIDADE Santa Casa de Cachoeira: Investimentos passam de R$ 1,3 milhao Jaqueline Riquelme Quase um ano após a reestruturação, convênio com a Sesab também está requalificação e ampliação do Hospi- viabilizando a construção de um elevatal São João de Deus da Santa Casa dor, que servirá para o transporte de de Misericórdia de Cachoeira, as de- pacientes em macas, facilitando o desficiências continuam. Mas os serviços locamento e dando maior segurança. de reforma de áreas especificas estão Para o profissional da construção civil sendo concluídas, como a farmácia, Vanderson Freitas, de 35 anos, diago almoxarifado, sala de diluentes de nosticado com suspeita de dengue, produtos de higienização e a lavande- “depois da reforma o atendimento está ria. As áreas recém-concluídas são as do raio X e o mamógrafo. As obras já duram cerca de quatro anos, período no qual a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) informou ter investido por volta de R$ 1,3 milhão. Segundo o coordenador de gestão do hospital, Luiz Antônio Araújo, as reformas são de setores específicos e, a partir do dia 29 de janeiro deste ano a farmácia e a sala de curativos estariam concluídas. O setor de cirurgia ainda precisa de melhoras, de mais conforto, um melhor revestimento de parede e mobiliário com camas mais modernas. Ambiente para atendimento ganha novo aspecto Ele disse que esse novo
mais rápido e de qualidade”. Já a estudante Sheyla do Rosário, de 18 anos, discordou, dizendo que “a reforma não levou a nenhuma melhora da rapidez e qualidade no atendimento”.
Obras já duram mais de QUATRO anos
Rafael Lopes
INEDITORIAL
CIDADE
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SAÚDE
Grupo oferece apoio ao menor em Cachoeira
Reduzir o sal é o primeiro passo para escapar da hipertensao
O grupo de Apoio ao Menor promove ações sociais à comunidade cachoeirana
do projeto é necessário que crianças e porém se faz necessário que haja mais adolescentes frequentem uma escola investimentos financeiros para cobrir as regular, enquanto os familiares destes despesas. “Encontramos muito apoio menores recebem acompanhamento da comunidade, que reconhece todo a psicológico e os organizadores tam- trabalho que vem sendo feito através bém fazem um acompanhamento do do GAMGE, muitos até se colocam rendimento escolar dos adolescentes. como voluntários, o que é de imenso Com o tempo, o espaço tornou-se valor, porém temos muitas despesas e pequeno para a quantidade de meno- necessitamos de mais recursos finanDesafios res que atende e também há falta de ceiros”, disse ele. material necessário para o andamento A ajuda para manter este projeto em Os menores são atraídos por diversas do projeto, que conta com o apoio de ação pode ser feita através da conta: atividades oferecidas dentro da endiversos profissionais com serviços de tidade, dentre elas dança, capoeira, Banco do Brasil voluntariado e da população em geral. karatê, reforço escolar (1ª a 4ª série), Agência: 448–4 Segundo Felipe Maluf, presidente do oficina de artesanato, bazar e visitas às Conta Corrente: 5357–0 GAMGE, a ONG recebe muitos incenfamílias dos menores. Para participar Cachoeira - Bahia tivos morais, o que é muito importante,
Linda Gomes Feijoada, maniçoba, cozido e moqueca são alguns dos tradicionais pratos encontrados na culinária de Cachoeira. Seu preparo envolve produtos naturais, embutidos e em conserva, como carnes salgadas, defumadas, linguiças, verduras e legumes. E é aqui que se encontra uma das respostas para o aumento do número de pessoas com hipertensão arterial na cidade. Sem perceber, ao ingerimos comidas que contenham conservas estamos consumindo o dobro do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), segundo a qual o consumo máximo de sódio deve ser de dois gramas, o que equivale a cinco gramas Adônis Matos
Apesar das poucas possibilidades de diversão que a cidade de Cachoeira tem a oferecer para o público jovem, é possível encontrar grupos que apostam na capacidade destes menores. Um exemplo é o Grupo de Apoio ao Menor WGotas de Esperança (GAMGE), que funciona com sede provisória na Rua J.J. Seabra, no centro, desde 12 de maio de 1997 e tem como idealizadora a médica Rita de Cássia Abreu Maluf. De acordo com seus responsáveis, a organização não-governamental (ONG) tem como público alvo crianças e adolescentes oriundos de bairros mais carentes da cidade, como Linha Velha e Alto do Rosarinho, todos em situação de vulnerabilidade. Um dos seus objetivos é atuar para a retirada desses menores da exposição das drogas e da criminalidade, inserindo-os no contexto social, tornando-os críticos e conscientes dos seus papéis enquanto indivíduos na sociedade, utilizando a arte e a educação como um mecanismo de transformação em suas vidas, mostrando a necessidade de valorizar as diferenças, a ética nas relações e a solidariedade.
Drielle Costa
Lídia Ramos Filha
Moqueca de peixe feita por Kátia Santana
Adônis Matos
Médico cardiologista Alberto Rangel de sal por pessoa ao dia. No entanto, não pense que por isso deve parar de consumir a culinária tradicional da cidade. E, sim, alertar-se em relação à utilização de produtos industrializados que possuem níveis elevados de sódio para conservação de seus produtos. Kátia Santana, conhecida como Kátia do Feijão, possui um restaurante no mercado municipal da cidade e conhece bem como esses pratos são feitos. Ela contou que existe uma preocupação em dessalgar os produtos embutidos antes de irem para a
panela, preservando a alimentação de quem degusta suas iguarias. O médico cardiologista do município Alberto Raimundo Rangel revelou que cada vez mais jovens aparecem com níveis elevados de pressão e os sintomas costumam surgir somente quando ela sobe muito, dificultando a identificação prévia e o tratamento. Mas é possível prevenir e controlar a doença. Adotar um estilo de vida saudável, fazer consultas médicas regulares, manter o peso adequado, praticar exercícios físicos e adquirir o hábito de consultar a tabela nutricional contida no rótulo dos alimentos, verificando a quantidade de sódio contida neles, segundo recomendam os especialistas. São algumas maneiras de afastar a temida hipertensão, mesmo consumindo todas as delícias da culinária tradicional.
SAÚDE
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Cachoeira - BA | Abril/2014
Comércio de ervas medicinais segue forte em Cachoeira rate Menguer, a identificação da planta ou da parte dela que deve ser utilizada é um ponto crítico, já que existem espécies bastante diferentes que recebem nomes populares iguais e outras morfologicamente semelhantes, mas com composição química bastante diversas. Jaqueline Oliveira, vendedora no estabelecimento Vida Saudável Vale Ouro, explicou que “poucas pessoas sabem diferenciar o famoso Boldo, que serve para tratar problemas de estomago e fígado, do Boldo-do-Chile, que as pesIdentificação soas pensam estar consumido e que é muito raro no Brasil. Na maioria das Porém, nem tudo é tão simples na hora vezes, é o Boldo-da-Terra. A identide se automedicar com essas ervas. ficação correta é importante porque Segundo o pesquisador do curso de o Boldo-do-Chile e o Boldo-da-Terra farmácia da Universidade Federal do possuem efeitos colaterais e, portanto, Rio Grande do Sul (UFRGS) Sotero Ser- devem ser usados com muito critério
Linda Gomes
Linda Gomes
à comercialização de ervas e garante que a população de Cachoeira ainda opta por fazer compras, dos mais diversos destinos, na feira. Por esse motivo, mesmo com o crescimento do número de farmácias no centro da cidade, próximas à feira livre, não afetam nas vendas dos seus produtos. Seja para emagrecer, por causa de enfermidades ou para banho, são sempre bem escolhidas e não têm contra-indicações, e claro, não exigem receita médica.
Comércio oferece mais de 300 tipos de ervas medicinais
Jaqueline Oliveira vende ervas medicinais no centro de Cachoeira
e também porque possuem diferenças nas indicações. De qualquer maneira, todos os boldos são usados pela população para problemas hepáticos”, disse Jaqueline. Ela ainda alertou para outro ponto que pode influenciar no efeito das ervas medicinais, que é a sua forma de armazenamento. Na feira de Cachoeira, depois da compra, a erva é levada em sacolas plásticas, forma não indicada para a boa conservação e manutenção das propriedades da planta. O ideal seria que fossem embrulhadas e levadas em caixas de madeira. Entretanto, contrário dos que muitos pensam, o perigo de se automedicar não está na escolha da planta errada, mas sim, justamente, no mal manuseamento da folha devido ao consumidor não saber a forma cor-
reta de que deve levar o produto e conserva-lo, causando mudanças no resultado esperado. De acordo com o professor Sotero, o armazenamento deve ser feito em lugar seco e ventilado, com embalagens adequadas de modo a não favorecer o desenvolvimento de fungos e bactérias. Os próprios vendedores admitem que a cultura de compra dessas ervas em Cachoeira não segue as devidas orientações do bom armazenamento e manuseamento, porém, como afirma Rose de Nagé, “a sabedoria popular é o que vale nesses momentos e por esse motivo não tem indícios de efeitos colaterais em meus clientes até hoje”, garantiu.
Hiroe Sasak
Adônis Matos Na cidade de Cachoeira encontra-se um dos maiores mercados de ervas medicinais da região, comercializadas no mercado municipal e em outros estabelecimentos como o Vida Saudável Vale Ouro, que tem mais de 300 tipos de ervas naturais. As barracas localizadas na feira livre vendem folhas, sementes, raízes e cascas que, além de servirem como remédios alternativos, também são utilizadas para banhos e tempero. Próximo à região da feira estão localizadas algumas farmácias, mas segundo os feirantes as ervas medicinais são vendidas com frequência nas barracas, mostrando que a população cachoeirana ainda recorre à medicina popular. Rosemeire dos Santos, conhecida por Rose de Nagé, há nove anos dedica-se
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Boldo-do-Chile principal componente da planta, estimula a secreção de bile, substância produzida pelo fígado que age na quebra das gorduras. Por isso a erva melhora a digestão e, indiretamente, as funções hepáticas. No entanto, suas folhas não podem ser aquecidas por muito tempo. Se a idéia é dar uma força à digestão, prefira batê-las com um copo de água e beber na mesma hora.
em hortas e jardins, o chamado falso- de folhas picadas. Abafe por 10 minuboldo (Plectranthus barbatus). tos e beba sem perder tempo. Peumus boldus
Nada de usar o boldo-dochile a torto e a direito. Tome somente Boldo-do-chile, Bol- em casos isolados de mal-estar porque do-verdadeiro o excesso, em vez de fazer bem, causa intoxicação hepática. A planta também O boldo-do-chile está vetada a grávidas e pessoas com também age como anti-inflamatório asma, distúrbios renais e problemas do inibindo a síntese de prostaglandinas, fígado. substâncias envolvidas no processo de uma inflamação.
no Chile, o fruto dessa espécie também é consumido como alimento. E, por aqui, tome cuidado: não : Para prevenir pedras na confunda a espécie com uma versão vesícula coloque em 1 xícara de água bem brasileira e facilmente encontrada fervente, ponha 1 colher de sobremesa
Fonte:
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ENTREVISTA
Secretário de Meio Ambiente fala sobre o aterro de Muritiba Ivisson Santos Costa
Qual a tarifa que a Prefeitura de Muritiba cobra para que cidades como Cachoeira e demais do Recôncavo depositem lixo naquele aterro?
Como vai o sistema de controle da poluição ambiental de Muritiba?
Esse conselho é muito atuante, é independente da secretaria e da prefeitura, funciona com representantes da nossa comunidade, do governo municipal, do governo estadual, associações e sindicatos. Temos reuniões uma vez por mês. Recentemente, tivemos uma reunião sobre o que fazer com o lixo, que chegava ao município e não era selecionado. Ele era jogado numa vala comum e depois coberto com terra e vegetais. O material de chorume que é produzido pelas represas é tratado adequadamente com cuidado. Tivemos algumas reclamações sobre isso, mas nós sempre estamos fiscalizando e olhando, junto com o conselho. O aterro está com a vida útil vencida. É preciso fazer uma segunda área para poder terrificar. Vai ser um investimento grande. Calculamos com o Prefeito em torno de R$ 3 milhões para que faça uma nova área para capitar esses resíduos. Ele está em contagem regressiva.
No aterro sanitário existe uma empresa particular que opera com uma licença de operação. Ela já tem 12 anos operando. Esse aterro inicialO município tem retorno fimente foi manejado pelo governo do estado, pois foi feita uma licitação e nanceiro? hoje ele é de Muritiba, Na verdade, toFale sobre o Conselho Munici- dos os municípios que despejam seus lixos pal de Meio Ambiente lá pagam uma
Há demandas. Nós temos alguns problemas. Por exemplo, na entrada de São José, na primeira subida, você percebe constantemente vários lixos jogados na linha do trem. Nós fazemos de 10 em 10 dias, a catação. Mas você sabe quem é que joga lixo ali? Nosso município vizinho, Cruz das Almas. Nós temos denúncias de que comerciantes da região jogam lixo ali. E fora o lixo que é jogado em torno das comunidades.
taxa por quantidade. Muritiba tem o recolhimento do Imposto Sobre Serviços (ISS). Então, quando um município joga lixo lá, paga uma taxa. A conta está mais ou menos que fechando. Há uma preocupação nossa: estamos num círculo de cidades vizinhas e elas estão tirando o problemas delas e jogando sobre o município de Mu-
Adriele Strada
J Existe essa discussão. Atualmente, já tivemos um acerto e o aterro é pertencente ao município de Muritiba. Nós captamos lixo em torno de oito municípios da região: Conceição da Feira, Maragogipe, Cabaceiras do Paraguaçu, Muritiba, Cachoeira, São Félix, Governador Mangabeira e Conceição do Jacuípe. Fora algumas empresas privadas. E, eventualmente, o município de Cruz das Almas deposita lixo lá.
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ritiba. Nós temos até agosto de 2014 para dar verdadeiramente o fim a esses lixos ou fazer um bom sistema de reciclagem e isso nos preocupa. O ministério público tem sido atuante nisso. Nós temos participados de discussões sobre a produção de resíduos sólidos e líquidos. A nossa cultura está um pouco distante da real. Nós, seres humanos, temos de parar de simplesmente comentar e ver o que verdadeiramente estamos fazendo.
ENTREVISTA
A área do aterro sanitário pertence ao município de Governador Mangabeira?
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James Lester Magalhães
Secretário de Meio Ambiente de Muritiba
você sabe quem é que joga lixo ali? Nosso município vizinho, Cruz das Almas James, sobre o lixo jogado na entrada do município de São José do Itaporã em Mutitiba
bom. Nós também temos feito essa conscientização, com as 17 associações do município de Muritiba. Como está sendo tratada a educação sanitária e ambiental nas escolas públicas e privadas de Muritiba? Existe união com as secretarias de educação e saúde? Nós temos uma parceria real com a Secretaria de Educação: o projeto horta nas escolas, junto com a Secretaria de Saúde e Secretaria de Meio ambiente. Nós fazemos a distribuição de alimentos e outros produtos para as escolas, para os postos de saúde e para o hospital. Estamos trabalhando em conjunto e isso dá um retorno coletivo, a comunidade ganha. Como é o sistema de monitoramento e fiscalização da secretaria em relação a empreendimentos com potencial impacto ambiental?
O Senhor tem algo a mais a acrescentar? Eu só agradeço a vocês, acho que nós verdadeiramente só teremos retorno se tivermos essas ações que eu disse. A universidade (UFRB) está de parabéns. Fico feliz por saber que hoje os alunos que entram na universidade, estão tendo esse apoio de fazer trabalho de campo, coisa que tive bastante dificuldades no meu tempo de universitário. Você só vai ser um bom profissional se conseguir fazer a ligação da pratica com a teoria. O nosso município está aberto a ideias para que a gente possa melhorar nossas ações.
COLETA SELETIVA DO LIXO vidro
Garrafas, potes, frascos limpos de produtos limpeza e produtos alimentícios, cacos de qualquer um dos itens citados acima
Hoje, nós temos um problema que não é mais do municipal. Eu acho que é regional. É a questão da Pedreira Pedra do Cavalo. Eles deram uma liberação para ela funcionar sem alguns papel estudos reais de possíveis impactos, Envelopes, cartões e cartoisso teria de ser discutido mais. linas, cadernos, papéis de embrulho limpos e papeis Como o senhor avalia a impressos em geral, como polêmica em torno da não distribuição jornais e revistas. de sacolas plásticas em alguns supermercados? Essa medida pode con- plástico tribuir para diminuir a produção de lixo Garrafas PET, tampas, emplástico? balagens de limpeza, CD e
Eu acho que o nosso município tem que tomar uma atitude nessa linha. Fale sobre as políticas de ação A comunidade na zona rural, por exemplo, era mais limpa antigamente, adotadas pela secretaria. mas hoje em dia as sacolas plásticas Nossa política de ação é discutir sujam tudo e todos os lugares. Temos nas escolas a questão da conscientiza- que ter uma ação geral. É uma ideia ção das pessoas, pois eu vejo assim: se boa, mas todo tipo de proibição deve nós não fizermos essas discussões com ter uma alternativa. Temos de ver qual os alunos, não vamos ter um retorno a alternativa disso aí.
DVD, tubos de creme dental e utensílios plásticos, canetas e escova de dente.
metal
Lata e papel limpo de alumínio, talheres de aço, embalagens limpas de marmita de alumínio, panelas fios, pregos e parafusos
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ECONOMIA
ECONOMIA
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Comerciantes reclamam de queda nas vendas
Trabalho informal é saída para desemprego
Valéria Mercês Segundo informações da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Bahia teve crescimento de cerca de 7,5% comparado ao ano anterior. Os dados do comércio varejista ainda apontam que o aumento de tecidos, calçados e vestuários foi de de 3,1%. No entanto, os comerciantes de Cachoeira não acham isso. O Gerente da Cometa Calçados, Hé-
Beatriz dos Anjos Medeiros
Adônis Matos
Natália Verena
lio Aparecido Pereira, afirmou que desde 2012 o movimento não é mais o mesmo. Para ele, as vendas na Cometa vêm caindo muito neste período. Reclamou também da grande queda nas vendas de 2013 para este ano e garantiu que “janeiro é o mês mais fraco do comércio”. Hélio revelou sua expectativa para a Copa do Mundo que acontecerá no Brasil esse ano, pois com ela as marcas investem em
A feira livre fica no centro da cidade da Cachoeira ha na feira livre e criou todos os filhos, que hoje já não moram mais com ela. A feira livre da cidade de Cachoeira acontece sempre às quartas e sábados, reúne pessoas da cidade e municípios vizinhos. Com 71 anos, Tereza de Jesus prefere vender roupas
Natália Verena
Visto como oportunidade para ganhar dinheiro e garantir o sustento da família, o trabalho informal é, hoje em dia, a opção de milhares de pessoas que vivem do comércio e se dizem satisfeitas com os lucros obtidos. É o caso da estudante Winie Santana, 16 anos, que ajuda a madrinha e a avó a vender na feira livre de Cachoeira e Santo Amaro desde os seis anos de idade. “Fico satisfeita em poder ajudar, já que é o único sustento da minha família”, disse Winie. Na feira, são comercializados vários tipos de produtos, como legumes, frutas, carnes, doces, salgados, ovos, farinhas, mas que também roupas, DVDs e CDs, entre outros produtos. Tereza Maria de Jesus, 71 anos, comercializa roupas na feira livre. Ela contou que trabalha de segunda a sábado em Cachoeira e, aos domingos, vende em praias. Disse que optou por vender roupas porque é um trabalho mais leve, já que antes vendia frutas e verduras e o trabalho era muito mais cansativo. Tereza garantiu que há 30 anos trabal-
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Jojistas afirmam que o mês de janeiro é o mais baixo em vendas
propagandas na televisão e isso acaba atraindo cliente. Mas confessou que “é preciso ser realista e fazer poucas compras, afinal, o comércio de Cachoeira passa por um momento delicado”.
Segundo Lojistas queda chega a
80%
Para solucionar esse problema, Simone Cerqueira, dona da loja de roupas e acessórios Simone Fashion.com, escolheu uma maneira de atrair compradores, fazendo promoções e colocando algumas roupas em desconto para agradar seus clientes e diminuir a queda que, segundo, ela chega a 70% ou 80% nos primeiros meses do ano. “Geralmente depois do mês de dezembro que é o mês mais movimentado, janeiro a gente faz uma promoção e essa promoção colocamos um desconto de 30% a 50%, para poder terminar todo estoque”, declarou.
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Projeto aproxima alunos de rádio comunitária
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Cursos profissionalizantes qualificam para o mercado
Murilo Santana
Murilo Santana
Alunos da Escola Paroquial acompanham a produção do programa Manhã de Noticias da rádio Magnificat FM Karlos Vynícius O programa Mais Educação do governo federal tem por objetivo, de acordo com seu site oficial, ampliar o tempo de permanecia do estudante na escola e, para isto, são disponibilizadas oficinas das mais variadas categorias, geralmente num turno oposto daquele no qual o aluno assiste às aulas tradicionais. Estas oficinas adaptam-se à realidade local do estudante e contribuem no seu desenvolvimento sociocultural. Através do programa, alunos do sexto ano do ensino fundamental da Escola Paroquial Dom Antônio Monteiro, em Cachoeira, têm a chance de estagiar na rádio Magnificat FM. De acordo com o monitor Murilo Santana, os estudantes são escolhidos a estagiarem a partir de seus desempenhos durante a oficina, além da aptidão natural para a comunicação. “Os alunos são observados pela equipe docente da escola, sendo selecionados os melhores para participarem das oficinas, e
a partir daí eles são encaminhados a que salientou a relação entre o estágio atuarem na rádio”, explicou. e a existência do curso de Jornalismo. “A nossa intenção é que, com o curso Oportunidade Por se tratar de uma escola que atende de comunicação na UFRB, seja despera alunos de baixa renda, o programa tado neles, a vocação, a vontade de é uma oportunidade para que os estu- atuar em algo relacionado à comunidantes ingressem tanto no ensino su- cação. Então, como temos aqui a Magperior quanto conquistem o primeiro nificat, que é uma rádio comunitária, emprego. Como Cachoeira dispõe do nós permitimos que eles observem curso de Comunicação Social com ha- todo o processo justamente para que bilitação em Jornalismo na UFRB, ess- eles vejam que comunicação é uma es alunos, após o estágio e afirmarem coisa muito boa de se fazer e inclusive sua vocação pela área, têm a chance nessas visitas a gente já percebe em alde cursar uma universidade federal guns alunos a vontade, o interesse em sem sair de casa, além de possuir uma continuar no projeto”, comentou. experiência para atuarem profissional- Em alguns alunos é evidente o interesse pela comunicação, apesar da pouca mente. Após serem selecionados, os alunos idade. Laura Nascimento, por exempsão chamados a atuar na rádio Mag- lo, parece estar convicta de sua escolnificat, sendo que nesta primeira fase ha. “Eu acho tudo muito interessante, eles apenas observam como ocorre pois a gente aprende muitas coisas, a transmissão do programa Manhã como atuar na rádio, inclusive pende Notícias, apresentado por Jeise Ri- so em estudar jornalismo na universibeiro, Roque Sena e Ivanildo Paulo, dade”, concluiu.
Nove cursos profissionalizantes foram oferecidos gratuitamente pelo Centro de Qualificação Profissional de Cachoeira em 2013. As 326 vagas foram para porteiro e vigia, caldeireiro, eletricistas predial e industrial, mecânico, inglês e espanhol aplicados aos serviços turísticos, auxiliar administrativo e recepcionista. Os conteúdos teórico e prático dos cursos não se resumem somente às especificidades de cada área, mas às disciplinas que abordam desde o conteúdo específico aos que envolvem exigências inesperadas na atuação. O curso para porteiro e vigia, por exemplo, dispõe das disciplinas de estrutura, funcionamento e recepção, técnicas de trabalho, noções de segurança, relações socioprofissionais e ambientais.
Curriculo diversificado
Karlos Vynícius
foi criado pelo governo federal em 2011, com o objetivo de ampliar a oferta dos cursos de educação profissional e tecnológica. Em Cachoeira, o programa foi adotado como uma proposta de governo do atual prefeito Carlos Pereira (PP) para a qualifiCentro de qualificação promove cursos preparatórios para o mercado de cação profissional de trabalho jovens e adultos que sobre a atuação pós-curso, como re- atuam no mercado de trabalho ou que latou a aluna de eletricidade industrial visualizam o primeiro emprego, além Taiana Coelho da Conceição. “As ex- de ser uma oportunidade para capacpectativas são boas e ruins, pois nem itação de pessoas que vivem em vultodos os lugares têm vagas para eletri- nerabilidade social no Recôncavo da cista, aqui em Cachoeira mesmo, não Bahia. tem. Sendo assim, a gente vai ter que O Centro de Qualificação Profissional, ir para fora, colocar nossos currículos. situado na Rua Ernesto Simões Filho, Mesmo assim, quando o curso termi- na cidade histórica, foi inaugurado no nar não pretendo guardar o material, dia 18 de outubro de 2013. A adesão mas continuar aprofundando nos estu- ao Pronatec aconteceu, segundo a sedos”, disse. cretária de assistência social de CaEmbora não exista vagas na cidade choeira, Cristina Soares, a partir da para a maioria das áreas, a secre- indicação sobre a oferta de mão-detária de assistência social do município obra que necessitará para o funcionaacredita que em Maragojipe, com a mento do estaleiro e o aprimoramento construção do Estaleiro Enseada do profissional nos setores requisitados Paraguaçu, a situação vai mudar. “A em Cachoeira, tais como turismo, hogente teve inicialmente por base a de- telaria e outros. manda da mão de obra que o estaleiro possivelmente irá absorver, com isto teremos agregação de parte dos aluAs expectativas são boas e nos recém qualificados”, afirmou.
Os alunos contam também com um estímulo a mais para os estudos – a assistência estudantil. Durante os três meses de curso, o aluno que cumprir com as determinações estabelecidas tem direito a uma ajuda de custo mensal no valor de R$ 60,00. O que caracteriza, segundo a secretária de assistência social do município, Ana Cristina Soares, em “um diferencial a mais”. Mesmo correspondendo às exigências Pronatec do curso, identificando-se com a área e absorvendo os assuntos estudados, O Programa Nacional de Acesso ao alguns alunos têm expectativas incertas Ensino Técnico e Emprego (Pronatec)
“
ruins, pois nem todos os lugares têm vagas para eletricista, aqui em Cachoeira mesmo, não tem
Taiana, sobre o mercado em Cachoeira
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ESPORTE 15|
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ESPORTE
FALA POVO
Bairro carente de Cruz das Almas ganha centro de esportes Natália Verena Beatriz Medeiros
De acordo com o Secretário de Infraestrutura, Paulo Moraes, a praça tem previsão para o dia 29 de Julho, no aniversário da cidade, e custará para os cofres públicos R$ 1,9 milhões. “Ela pretende trazer inclusão social ao Miradouro, que é um bairSecretário Paulo Moraes acompanhando as obras do CEUs ro que havia sido esquecido Está sendo implantado em Cruz das Almas o Centro de Esportes Unificados pelos governantes”, disse o secretário, (CEUs), um projeto do programa PAC acrescentando que encontrou o projeto 2, do Governo Federal, juntamente já destinado para o bairro, “acredito que foi feito em fun-ção de uma área com a prefeitura, para levar inclusão do tamanho ideal para a praça, mas social aos moradores do município, eu também creio que seja para poder construindo praças e inserindo nelas trazer mais um equipamento do mucultura, esporte e lazer. O centro connicípio para aquele bairro, pois é um tará com uma bi-blioteca e quadra po- espaço grande e não tinha nenhuma liesportiva coberta para várias modali- área de lazer onde as pessoas se sentidades, como basquete, futsal e pista de ram mais valorizadas”. skate, (que é uma cobrança dos jovens da cidade), além de um anfiteatro e da Mobilização presença do Centro de Referência de Assistência Social para servir à comu- Os representantes das secretarias nidade carente do Bairro Miradouro, municipais de Cruz das almas anunonde a praça está sendo construída. ciaram que irão se unir numa mobi-
lização para conscientizar e levar à comunidade o senti-mento de pertencimento desse ambiente, para que não degradem o espaço públi-co e possam usufruí-lo da melhor forma possível. O secretário de Esporte, Cultu-ra, Turismo e Lazer, Ronaldo Anias, falou sobre a importância das mobilidades esportivas para a aproximação dos jovens desse bairro “As modalidades de escolinhas de basquete, futsal e voleibol, vão ampliar a oferta do esporte para a cida-de, onde o espaço está sendo implantado, numa região onde tem uma vulnerabi-lidade social muito grande. Então devemos fazer um trabalho juntamente com os pais para tentar ver a questão dos combates às drogas incluindo o esporte na vida desses jovens e crianças”, disse. De acordo com o secretário, o objetivo do CEUs é integrar no mesmo espaço físico programas e ações culturais, práticas esportivas e de lazer, trazendo prevenção à violência e promovendo cidadania em territórios de alta vulnerabilidade social. O morador do Miradouro Diego de Almeida, de 22 anos, se disse contente com o Centro de Esportes Unificados a ser implantado no bairro: “Vai ter uma movimentação no bairro. Esse terreno antes era baldio, feito de lixão e agora vai ter pista de skate, biblioteca e isso vai mudar muito as coisas”, afirmou.
Torcedores de Bahia e Vitória dizem o que acham dos novos estrangeiros Thamires Almeida A redação do Reverso foi às ruas de Cachoeira e São Félix verificar a opinião das pessoas sobre as recentes contratações de jogadores estrangeiros pelo Bahia e Vitória. Os torcedores declararam sobre a atual situação dos seus respectivos times neste começo de ano e o que estão acharam da transferência do Maxi Biancucchi, do rubro-negro para o tricolor
Thayara Sales
16 anos, estudante de São Félix
Gilberto Filho
“Eu achei que o Maxi não estava somando muito, então foi melhor ele sair e ir pro Bahia. É melhor porque a gente pode ter contratações que possam evoluir o time, que façam com que o Vitória consiga o Campeonato Baiano desse ano”
“Eu acho que o Vitória tá vivendo um grande momento, o time está bem estruturado, tem recursos financeiros, mas vai perder muito com a saída do Maxi Biancucchi, ele estava muito bem entrosado no time”
61 anos, artista plástico, morador de Cachoeira
* Fala Povo realizado em 19/03/2014
“Eu acho que é melhor valorizar os jogadores locais, até porque os brasileiros são os melhores do mundo. Apesar de tudo, eu acredito que a contratação dos primos de Messi vai trazer coisas boas pro time”
“Eu, como sócio do clube, acho que o Bahia está no caminho certo, apesar de faltar contratados para as posições de lateral, centroavante e meias bons. É muito importante que os torcedores coloquem os pés no chão na questão financeira”
Edvan Mota
29 anos, Professor em Muritiba
José Santos
62 anos, empresário de Cachoeira
ESPORTE 16|
Cachoeira - BA | Abril/2014
A Fúria do Mais Querido se organiza no Recôncavo
Divulgação
Marcus Vinícius
Mesmo após mais de 50 anos sem levantar uma taça, o Esporte Clube Ypiranga - que teve torcedores ilustres, como o escritor Jorge Amado e a religiosa Irmã Dulce - continua contando com uma torcida apaixonada e fiel. O time aurinegro, que no próximo dia 16 de março estreia pela segunda divisão do campeonato baiano, depende da animação da torcida para que o ano de 2014 reserve muitas alegrias e o sonhado acesso à primeira divisão do certame estadual. Porém, nem só de torcedores ilustres vive um time. Renovação nas arquibancadas é necessária e isso vem acontecendo com o Mais Querido. Um desses exemplos é a Torcida Organizada Fúria Aurinegra, fundada no dia 16 de maio de 2012 pelos amigos Jorge Vital e Lucas Gama, na época com 17 e 16 anos, respectivamente. A data de fundação da torcida também marcou a primeira vez em que os jovens, já como
especifico para o Recôncavo da Bahia. A ideia de setorizar a torcida por região surgiu de Adônis Matos, diretor geral da Fúria. Segundo ele, a torcida do Ypiranga no interior é muito grande, porém não tem acesso às noticias do clube, pelo fato dele não estar tão em evidencia na mídia. Juntamente com outro torcedor da cidade de Amargosa, também no Recôncavo, criaram uma sub-sede, que foi rapidamente aceita pela diretoria, embora ainda faltem alguns requisitos para se tornar ativa, como a provável mudança de sede do time para a cidade de Santo Amaro. “No começo não gostamos muito, pois tínhamos projetos contanto com que o Ypiranga fosse jogar no Pituaçu, mas depois de uma reunião com a diretoria vimos que era melhor para o clube, torcida organizada, foram acompan- e que poderia ser bom para a gente har um jogo do Ypiranga dentro do também”, explicou Adônis. estádio. Começaram com pé quente, pois naquela oportunidade a equipe Um pouco de história aurinegra venceu o Ipitanga pelo placar de 4 x 2. Em 17 de abril de 1904, jovens que eram impedidos de participarem de clubes por fatores étnicos e econômicos resolveram fundar seu próprio A ideia de fundar uma torcida or- time. Assim surgiu o Sport Club Sete de ganizada surgiu ainda na escola e, Setembro, nome que dois anos depois, como é comum no esporte, as princi- em 1906, deu lugar ao Sport Club Ypipais influencias para que Jorge e Lu- ranga. Equipe que pouco tempo decas torcessem para o Ypiranga vieram pois viria a sagrar-se campeã baiana da própria família, por serem filhos e pela primeira vez, em 1917. Após vinetos de torcedores assíduos do clube. eram mais nove taças estaduais: 1917, Atualmente, a torcida está passando 1918, 1920, 1921, 1925, 1928, 1929, por um sistema de associação, mas se- 1932, 1939, 1951. gundo os organizadores estima-se que Além dos títulos baianos, “O Mais se tenha mais ou menos 30 membros Querido” conquistou o campeonato ativos e não para por aí. norte-nordeste de 1951 e oito vezes A Fúria Aurinegra, fazendo jus ao adje- o Torneio Início (1919, 1922, 1929, tivo organizada, pretende ter um setor 1933, 1947, 1956, 1959 e 1963).
Herança de família