Revista Salto Alto

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Dez 2008

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junho.08 Reportagem de capa

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052 200

COM A ALMA LEVE Flávia Barros volta à cena mais madura e com novo look SALTO ALTO ENTREVISTA A filósofa Scarlet Marton AME O SEU CORPO Seios sem estrias, barriga chapada, bumbum firme, pernas torneadas

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7 idéias absolutamente novas sobre o amor VOCÊ GOSTA MAIS DELE DO QUE ELE DE VOCÊ? QUESTÃO DE POSTURA Técnicas e mudanças de hábitos para previnir a dor nas costas FELIZ, FELIZ, FELIZ! Atitudes-chave dos bem aventurados

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Batom VERMELHO combina com você, sim. Basta saber usar

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PORQUE VOCÊ ESTÁ DURA? Quando as dívidas e a falta de planejamento comprometem o bolso A SAÚDE DO SEU CAPITAL Como garantir a vida longa do seu dinheiro OPERAÇÃO COFRINHO 17 idéias para sair no lucro


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Mais:

As atitudes que comprometem o sucesso financeiro e como parar de se boicotar.

O investimento certo para você e respostas para dúvidas cruéis: casa própria ou aluguel; qual o melhor plano de previdência?

Surpreendentes 17 idéias para economizar nas pequenas coisas.

No nosso site, um teste para você avaliar sua saúde financeira

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Medos injustificados e erros cotidianos podem estar no caminho entre você e o sucesso financeiro Quem controla seus gastos, investe com inteligência e lucra com seus negócios é sempre motivo de admiração. E o que impede você de ser essa pessoa? Dívidas, consumo exagerado, falta de planejamento? Ou apenas o medo de tomar as rédeas da própria situação financeira? Identificamos os quatro obstáculos mais comuns no caminho do sucesso e encontramos formas de superá-los. “Nunca sobra dinheiro”. “Num mês, é uma viagem; no outro, um tratamento estético ou uma compra mais vultosa. O fato é que nunca consigo guardar dinheiro. Costumo fazer uma planilha de gastos, procuro planejar, mas acabo indo até o limite do meu salário. Não chego a fazer dívidas, não uso cheque especial, mas sempre me permito um gasto supérfluo.” Fernanda leorati, 27 anos, advogada Fernanda usa o verbo permitir. Outras preferem merecer. Atire a primeira pedra quem nunca passou por um momento complicado e se recompensou comprando um objeto de desejo - fora do orçamento. A verdade é que quem gasta tudo o que tem está sempre arrumando uma desculpa auto-indulgente para justificar suas despesas. Mas minar seus ganhos com gastos desnecessários compromete o futuro. “Quando você diz para si mesma eu mereço”, pense: será que você merece noites sem dormir, preocupações, um futuro incerto?”, questiona o economista Humberto Veiga, que acaba de lançar O Que As Mulheres Querem Saber Sobre Finanças Pessoais (Thesaurus Editora). Para sair da armadilha do consumo inconseqüente, procure adotar algumas fórmulas para o cotidiano. A mais importante delas é fazer uma lista com prioridades e outra com desejos; ao namorar um produto, pergunte - se se de fato precisa dele imediatamente ou pode deixar para depois; monte uma planilha com seus ganhos e gastos. Programe-se para todo mês fazer uma “compra” muito especial para o seu futuro: reservar uma quantia para aplicar ou poupar. Tenha sempre em mente que uma vida financeira saudável melhorará sua auto-estima, seu relacionamento familiar ou com o parceiro e mesmo sua segurança profissional.


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38%

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“Estou atolada em dívidas”

dos brasileiros estavam pagando algum empréstimo ou financiamento em dezembro de 2007, segundo pesquisa encomendada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) ao Instituto Ipsos. Ou seja, se esse é o seu mote, você não está sozinha e precisa de ajuda. Primeiro, para sair do buraco e, principalmente, não entrar nele de novo. Analise suas contas, faça cortes drásticos e negocie com seus credores (o banco, por exemplo) maneiras de amortizar o débito. “Depois, cada um precisa pensar na relação que tem com o dinheiro e no que significa em sua vida. É bom se perguntar: que pessoa ou situação o dinheiro representa para mim? Que vazio está cobrindo?”, sugere a psicóloga Valéria Meirelles, de São Paulo, estudiosa da relação entre as mulheres e o dinheiro. Segundo ela, uma pessoa que não consegue se controlar e se endivida para conseguir o que deseja tem problemas para lidar com frustrações, e estas são inerentes à vida. Se é o seu caso, procure se conhecer melhor. Uma terapia - com gastos bem planejados, claro! - pode ser um excelente investimento para cuidar criteriosamente do seu dinheiro de agora em diante.

“Ganho muito pouco” Quem tem o dinheiro contadinho raramente consegue poupar. Mas se guardar 20 reais por mês já estará investindo no futuro. Como fazer isso? Avaliando as contas do mês e descobrindo para onde está escoando um dinheirinho precioso, sem necessidade. “São aquelas miudezas que drenam nossas finanças”, diz a financista Eliana Bussinger, autora de As Leis Do Dinheiro Para Mulheres e A Dieta Do Bolso (Ambos Da Editora Campus). Não haverá um salão de beleza mais econômico que o seu de hábito? Um celular novo a cada seis meses é mesmo necessário? Seu plano telefônico está adequado ao seu atual orçamento? Estude e renegocie: sua recompensa será um futuro sem apertos.

“E se eu investir e perder tudo?” As manchetes, raramente otimistas, não ajudam em nada: a bolsa despenca, mercados entram em pânico, o dólar pode deixar de ser referência nas negociações etc. Mesmo em momentos de boas notícias no setor econômico, como o atual, com a Bolsa de Valores batendo recordes, é inevitável a gente se perguntar: será que toda essa bonança vai durar? Nesse cenário, descobrir onde aplicar com segurança o dinheiro que a gente custou tanto a ganhar parece ser missão impossível, o que gera um medo que, para algumas pessoas, pode ser paralisante. É assim com você? Pois saiba que existe uma explicação perfeitamente científica para esse temor: segundo pesquisadores americanos, as pessoas sentem a dor de uma perda de maneira duas vezes mais intensa que o prazer de um ganho.“Para a mulher, essa sensação é ainda mais forte, pois ela está biologicamente programada para proteger sua família ou sua rede de relações, inclusive no que diz respeito às finanças”, observa a financista Eliana Bussinger, que tem estudado a influência dos hormônios femininos na tomada de decisões.

Medo “pelo menos esse medo” se vence com conhecimento. Dedique um tempo a aprender a lidar com dinheiro antes de investi-lo propriamente. Converse com outras pessoas, faça pesquisas na Internet (vários sites podem ajudar a entender como funcionam os mercados no www.comoinvestir.com. br), exponha seus temores. “Comece pelos investimentos de menor risco, normalmente prefixados ou com mínimas modificações nos juros, como os títulos públicos, poupanças e CDBs”, aconselha Humberto Veiga. “Por outro lado, não tem nada de errado em não querer correr riscos”, afirma Valéria Meirelles. “É só ter em mente que você não irá lucrar tanto quanto um investidor de perfil arrojado.”

Casamento x Dinheiro “O temor de perder o homem é maior que o medo das dívidas” Dinheiro ainda é um grande tabu nas relações amorosas, acredita Vera Rita de Mello Ferreira, especialista em psicologia econômica e autora de Decisões Econômicas

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? Você Já Parou Para Pensar? (Editora Saraiva). É comum que mesmo mulheres que ganham bem entreguem o controle das contas da casa e a decisão sobre em que investir aos parceiros. E, quando as coisas dão errado no terreno do dinheiro, de quem é a culpa? SALTO ALTO Por que é tão difícil para muitas mulheres falar de dinheiro no casamento mesmo quando a situação já está bem complicada? VERA O homem, em geral, sente-se diminuído quando é questionado sobre suas decisões no terreno financeiro ou mesmo ameaçado de perder poder nessa área, se ele o tem. E, para muitas mulheres, o medo de perder o companheiro é maior do que o medo da dificuldade financeira. Por isso, elas fazem várias jogadas para proteger a relação: não revelam o aperto para familiares, pedem emprestado para ajudá-lo. Muitas se seguram por causa do filho, outras porque acham que precisam do homem para se sentir socialmente valorizadas. SALTO ALTO Mas o homem realmente poderia se ofender se a mulher resolvesse tocar na questão do dinheiro ainda que o objetivo dessa iniciativa fosse sanear as finanças do casal? VERA Na nossa sociedade, a administração do dinheiro tradicionalmente coube à figura masculina, embora esse quadro venha mudando aos poucos. Se essa conversa acontece quando o relacionamento do casal já está complicado, fica pior ainda. Quando o salário da mulher é maior, então, cria-se um desconforto enorme. SALTO ALTO Como falar de dinheiro sem azedar a relação? VERA Do jeito mais antigo: conversando. Uma conversa transparente, jamais iniciada de cabeça quente. É preciso botar as contas no papel e ver onde dá para corrigir, num pacto que pode melhorar a vida de ambos. Na minha opinião, também dá muito certo cada um reservar uma quantia livre para gastar sem precisar justificar para o outro afinal, ele pode se espantar com o custo da sua depilação, e você com quanto ele gasta na happy hour. SALTO ALTO Conta conjunta funciona? VERA Acho difícil dar certo. O mais importante é que as metas do casal sejam conjuntas - os planos de uma viagem ou a compra de um carro, por exemplo. Definese o que se quer e investe-se nesse projeto. Muitos casais

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jovens estão falando disso cada vez mais cedo, mesmo que indiretamente, rachando contas e compras quando ambos têm independência financeira. Se o casal banca a festa de casamento, cria-se uma excelente oportunidade para entender melhor como cada um lida com dinheiro.

A saúde do seu capital Com a nossa bula, vai sobrar dinheiro na sua conta corrente Cindy Correa Para a financista Eliana Bussinger, há um mundo de similaridades entre a saúde do corpo e a saúde das nossas contas. Um bom exemplo: tanto a obesidade quanto o endividamento começam com um desequilíbrio. “Se você come mais do que precisa, engorda. Se gasta mais do que ganha, está se endividando”, escreve ela em seu livro mais recente, A Dieta Do Bolso (Campus). A verdade é que, assim como sabemos pelo menos o básico do que é preciso para emagrecer, não ignoramos como resolver o problema das finanças em perigo: ter uma poupança para emergências, cortar gastos... Difícil é montar um programa que combine com a nossa dieta financeira. Para ajudar nessa tarefa, levantamos questões torturantes e buscamos a orientação de craques.

“Devo ter uma poupança para viver por quanto tempo sem emprego?” A recomendação dos economistas é ter um pé-demeia com o suficiente para cobrir suas despesas por um período de 12 meses a dois anos. O cálculo é simples: se você gasta 5 mil reais por mês, uma poupança de 60 mil garante paz para encarar um período de desemprego. Se puder contar com a ajuda de familiares, é possível baixar esse montante, dependendo apenas do nível a que o necessitado pretenda se submeter com o ágio cobrado pela Financeira Mamãe e Papai Associados. Como esse dinheiro pode vir a ser usado a qualquer momento, mantenha-o numa aplicação que permita saques sem punir o investidor. O ideal são os investimentos classificados como tradicionais, com a poupança, os fundos DI e os CDBs. “Até 30 mil reais,


Salto Alto Especial Finanças a poupança ainda é o melhor negócio”, avaliza Eduardo Jurcevic, superintendente de investimento do Banco Real. “Não há incidência de imposto de renda, enquanto outras aplicações de renda fixa, além do imposto, cobram do investidor taxas de administração.” Além disso, têm garantia para valores até 60 mil reais caso a instituição bancária quebre (o CDB também, mas paga imposto). Já para valores maiores, o professor de finanças da USP Rafael Paschoarelli recomenda comprar títulos do tesouro direto, que são prefixados ou indexados às taxas de juros definidas pelo governo ou à inflação. Criados há cinco anos, esses títulos podem ser comprados no site www.tesouro.fazenda.gov.br ou com a intermediação de bancos e corretoras. A rentabilidade acompanha a taxa Selic (em abril, ficou em 0,9%, um pouco acima da maioria das aplicações tradicionais); o investidor também ganha porque as taxas de administração são menores. Se está confiante na sua estabilidade e dispõe de mais tempo para deixar o dinheiro investido, pode estudar aplicações mais arrojadas, que em geral dão melhor retorno. “Mas avalie a sua tolerância ao risco”, lembra o administrador de investimentos Fábio Colombo, de São Paulo.

“Um consultor financeiro é indicado para uma pessoa como eu? O gerente do meu banco pode fazer esse papel?” Os consultores financeiros podem dar uma luz para quem está empenhado em aplicar o dinheiro da maneira mais rentável, mas cobram caro: cerca de 500 reais a hora ou, dependendo do montante, uma porcentagem sobre o investimento, que pode chegar a 1% do patrimônio a ser administrado. Para Flávio Rietmann, diretor da Cruzeiro do Sul Corretora, em São Paulo, só uma carteira de pelo menos 500 mil reais justificaria esse gasto. Mas há controvérsias. Rafael Paschoarelli, professor de finanças da USP, acredita que sempre vale a pena buscar ajuda especializada, seja para sanear as contas, seja para montar um plano de aposentadoria. Esse consultor pode ser um oficial credenciado pela Comissão de Valores Mobiliários, órgão do governo que fiscaliza o mercado financeiro, um especialista em finanças pessoais – economista ou outro profissional que se especializou na área – ou um gerente de banco.

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No caso do seu gerente, é bom lembrar que ele tem metas comerciais traçadas pelo banco. Por isso, avalie bem a recomendação, mas não descarte essa ajuda: ouça o que ele tem a dizer, tire dúvidas e comece a se familiarizar com os termos e os produtos do mercado. Assim, se mais tarde houver interesse em procurar um consultor, a conversa, cobrada por hora, já vai começar mais acelerada.

“Preciso mesmo de todos estes seguros: do carro, de saúde, de vida, da casa...?” Depende de você. Vai deixar o carro na garagem porque está sem seguro e teme se acidentar? Então faça uma apólice. “É preciso levar em conta a zona de conforto de cada um”, observa a consultora Eliana Bussinger. “Mas mesmo quem optar por não fazer deve ter uma reserva emergencial no valor de três e seis salários – o que a pessoa ganha, não o mínimo.” É claro que quem passa dez anos pagando seguro de carro sem jamais usá-lo fica com a sensação incômoda de que está jogando dinheiro fora. Para Eliana, porém, se esse pagamento coube no seu orçamento, não foi desperdiçado, em nome de ter evitado um grande stress. O mesmo raciocínio vale para o plano de saúde: é menos provável que você adoeça entre os 20 e os 40 anos, mas, se precisar de uma hospitalização nesse período, pode ir à falência sem um seguro-saúde – ou ter que recorrer ao precário sistema público de saúde. O seguro de vida não é indispensável, reconhece Eduardo Jurcevic, do Banco Real. “Para uma família que concentra os ganhos em um arrimo é importante, mas, para um jovem solteiro, que não tem ninguém dependendo dele, não é uma necessidade”, considera. Um seguro que vale a pena ter, segundo os consultores, é o residencial, que em geral cobre roubo, enchente, incêndio e problemas elétricos e custa entre 0,01% e 0,03% do imóvel. No caso de quem aluga, em geral a imobiliária se incumbe dele. Mas pergunte se foi feito.

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“Qual a melhor maneira de comprar a casa própria?” Está cada vez mais fácil comprar a casa própria, com financiamentos de até 30 anos e linhas especiais para imóveis populares com taxas de 7 a 9% ao ano. Os sites dos bancos fazem simulações bem realistas com base na renda mensal. Entretanto, para Rafael Paschoarelli, na maioria dos casos a aquisição não é um bom negócio. Para avaliar, multiplique quanto você pagaria de aluguel, em valores de hoje, por um prazo de 15 a 20 anos. Se o total encontrado não alcançar o preço da casa, a compra não é a melhor opção.

Num ambiente mais modesto, e pensando apenas na vida escolar, uma criança que entra na escola aos 2 anos e termina a faculdade aos 22 gastará por mês, em média, 500 reais, o que abrange material, transporte e merenda, informa Flávio Rietmann, da Cruzeiro do Sul Corretora, em São Paulo. Pois bem: 500 reais por 12 meses durante 20 anos resultam em 120 mil reais por filho. Independentemente do total, Fábio Gallo, professor de contabilidade e gestão financeira da Fundação Getulio Vargas, em São Paulo, recomenda aos casais que pretendem ter filhos que comecem a juntar dinheiro para educá-los logo que se casam.

Os bancos criaram fundos específicos para educaGeralmente, quanto maior o valor do imóvel, mais ção, que, na prática, funcionam como fundos de previdência, com uma diferença: resgata-se o dinheiro para barato, proporcionalmente, é alugar. pagar a escola, e não na aposentadoria. A preocupação deve ser a mesma de qualquer outro PRÓS CONTRAS fundo de longo prazo: as taxas, impostos e em Segurança psicológica Possivelmente, um cálculo realista que está sendo aplicado o montante. Também indicará que comprar não pagam taxas de carregamento, criadas pela insé o melhor negócio tituição para cobrir custos com corretagem do Para pessoas sem controle financeiro, o imóvel é um teto, uma garantia

Com o dinheiro que serviria para comprar o imóvel à vista, podese investir e pagar aluguel com juros, sem mexer no principal

É considerado por muitos um investimento

Dificuldade de vender

Em alguns casos, pode valorizar. Mas são poucos

Tendência a desvalorizar na maioria dos casos

plano, de 3,5% sobre cada aporte, em média.

“É verdade que convém trocar de carro a cada três anos porque a partir desse período a manutenção fica muito cara?”

Não. Fábio Gallo, professor da FGV, Facilidades do Se for comprar para alugar, não observa que muitos modelos já sugerem prafinanciamento espere grande rentabilidade: zos maiores para o início das manutenções e além da depreciação do imóvel, dificilmente exigem cuidados dispendiosos em inquilinos podem depredá-lo três anos. Esses modelos, em geral, desvalorizam pouco nos primeiros anos. Pode ser vanNão raro, o negócio vira prejuízo tajoso trocar por um seminovo, já que o carro zero perde até 30% do valor simplesmente por Comprar imóvel é bom? sair da loja. A recomendação é consultar as tabe“O que levar em conta na hora de decidir” las de publicações especializadas, que mostram os valores “O que eu posso fazer já para do zero e o preço médio dos similares de anos anteriores, ter condições de bancar a vida o que permite avaliar a depreciação do produto e o valor de revenda.

escolar do meu filho até que ele termine o curso superior?”

1,5 milhão de reais é quanto pode custar a educação de um filho do berço à formatura na universidade, contabiliza Rafael Paschoarelli, professor de finanças da USP. Mas esse valor astronômico inclui das despesas de parto a festas de aniversário.

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Fundos de previdência Não é tarde para fazer seu fundo de aposentadoria... ...Mas quem começa a contribuir lá na frente precisa depositar mais dinheiro mensalmente para garantir uma renda no futuro. Veja a simulação feita pela Caixa


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17 idéias

Para quem começa aos 20 ANOS

Contribuição mensal

R$ 764,29

Reserva acumulada estimada

R$ 1 042 396,70

Simples e espertas para combater o desperdício e sair no lucro

Para quem começa aos 30 ANOS Contribuição mensal

R$ 1 552,33

Reserva acumulada estimada

R$ 1 046 662,08

1 Vá a apresentações sobre finanças pessoais, organizadas normalmente por bancos ou empresas. Os temas são sempre exibidos de forma agradável e interessante, e assim você já começa a se familiarizar com os termos do mundo financeiro.

Para quem começa aos 40 ANOS Contribuição mensal

R$ 3 659,05

Reserva acumulada estimada

R$ 1 049 721,81

Econômica Federal para mulheres de 20 a 40 anos que desejam se aposentar aos 55 com 3 mil reais por mês. Levou um susto? Para formar um bom fundo de aposentadoria é preciso juntar valores correspondentes aos gastos anuais relativos a 17 até 20 anos. Portanto, uma pessoa que gaste 60 mil reais por ano deve procurar guardar 1 milhão na poupança. Graças aos juros, esse valor chegará a 1,8 milhão de reais, o suficiente para durar ao menos 30 anos com retirada anual de 60 mil reais. Os fundos de previdência são uma ótima aplicação para períodos superiores a dez anos, mas escolha bem a instituição que vai administrar a sua aposentadoria: desconfie de rentabilidades altas demais e verifique no site www.susep.gov.br se o plano escolhido foi aprovado pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). Por fim: é indispensável ter um plano de previdência? Depende. Quem tem disciplina para poupar regularmente e acomodar os investimentos à rentabilidade do mercado pode – e deve, segundo os especialistas – variar o leque de aplicações, dividindo o dinheiro entre as tradicionais, como poupança e DI, as de risco, como ações, e, por que não?, um fundo de previdência, que, como você viu, pode ser vantajoso.

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Com o valor gasto numa festa de criança em bufê, você pode até comprar um carro se aplicar corretamente e deixar o dinheiro render por um período. Negocie com seu filho a melhor maneira de celebrar o aniversário dele.

3 Organize os objetos da sua casa para não comprar itens repetidos – fita adesiva, lixas de unha etc. 4 Antes de fazer uma compra de vulto (uma TV de plasma, por exemplo), pense em quantos dias terá de trabalhar para pagar aquele valor e quantos dias de satisfação o produto lhe dará (depois de uma semana, a TV passa a ser uma coisa normal na rotina da família).

5 Cuidado com as “contas mentais”, aqueles planos mirabolantes feitos quando uma soma em dinheiro, como o 13o salário, está prestes a chegar. Coloque no papel como deseja gastar (ou poupar) essa soma. 6 Sugira que a escola do seu filho realize uma feira do livro anualmente: você doa ou vende os livros didáticos usados por ele no ano anterior e compra os que usará no ano corrente ou troca. Todo mundo sai ganhando.

Você sabia que... Ouro continua sendo um ótimo investimento para momentos de turbulência financeira. Costuma dar enorme segurança psicológica para quem compra”, afirma Fábio Colombo.

anos – mesmo não tendo como objetivo a aposentadoria. “Se ficar dez anos sem sacar, pagará somente 10% de imposto sobre o que rendeu, melhor do que praticamente qualO Fundo de Previdência com tributação quer outra aplicação”, diz Juvêncio Braga, diregressiva é a melhor opção para quem pode retor dos programas de Vida e Previdência da deixar o dinheiro investido por mais de dez Caixa Econômica.

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Adie as compras parceladas e poupe o dinheiro para comprar depois, à vista ou em poucas parcelas. São duas vantagens: você compra mais barato e não paga juros. E até pode descobrir que o produto nem era tão necessário.

8 Abasteça no posto de gasolina com o melhor preço do bairro e esteja sempre prevenida. Assim, você não corre o risco de se ver numa emergência e ter de abastecer justo no posto mais caro da cidade.

9 Escolha bem os prestadores de serviço para reformar a casa. Vale mais a pena pagar um bom profissional do que economizar no serviço e depois ter que refazer parte ou tudo porque ficou ruim.

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Revise seu carro periodicamente e mantenha-o sempre com as peças em dia. É melhor trocar as pastilhas de freio de vez em quando do que usá-las até gastar e ter de trocar também os caros discos.

11 Não deixe os aparelhos eletrônicos em stand by, porque desse modo eles continuam consumindo energia. Se for sair de casa, tire-os da tomada.

12 Não compre remédios, suplementos e vitaminas que você não vai tomar ou de que nem se quer precisa. Consulte um médico para conhecer suas verdadeiras necessidades em vez de agir por conta própria. 13 Vai trocar de carro? Não pense apenas no valor do veículo, e sim no do seguro, do IPVA e das peças de reposição. Converse com amigos e parentes e descubra alguém que tenha um modelo igual. 14 Consumo consciente também é uma forma de economia. Evite lâmpadas acesas à toa e torneiras abertas; peça nota fiscal; utilize a frente e o verso de folhas de papel; espere os alimentos esfriarem antes de colocá-los na geladeira; recicle o lixo; planeje suas compras de alimentos e roupas; dê carona sempre que possível.

15 Registre

sua empregada doméstica com o salário real. Vale mais a pena

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pagar tudo em dia do que arcar com um processo judicial depois – ou ter que bancar sozinha uma licença por doença ou maternidade.

16 Nunca atrase a devolução dos filmes que retirou na locadora. A multa por isso é até pequena, mas desnecessária em qualquer orçamento.

17 Evite levar as crianças na hora da compra – tanto de supermercado quanto de presentes. Elas são muito influenciadas pela propaganda e fica mais difícil escolher de acordo com a relação custo-benefício.

Solidariedade é investimento Você já pensou que doar dinheiro pode ser uma forma de investir na saúde da sociedade? O consultor Stephen Kanitz defende essa causa nobre. Enquanto você se preocupa com o futuro dos seus filhos e com as finanças da família, é bom lembrar que a maioria dos brasileiros vive com muito menos. E que dá para ser feliz com muito menos. Recentemente, durante uma visita a uma creche em Carapicuíba (SP), descobri que o guarda-roupa da garotada tinha somente três trocas de roupas. Resolvi adotar a mesma política em casa: no máximo três de qualquer coisa, com exceção para roupas íntimas e bolsas da minha esposa. Podemos viver com muito menos. Quantas coisas compramos por impulso? Quantas coisas compramos e pouco usamos? O que nos leva à filantropia: somos o país que menos doa para entidades beneficentes, e isso me motivou criar o www. filantropia.org para permitir doações online para muitas entidades. Hoje, não temos tempo para nada, muito menos para o voluntariado. Mas as entidades precisam de nós, e a única saída honrosa é fazer pequenas doações. Ao buscar uma instituição para receber o seu dinheiro, sugiro, primeiro, ajudar as entidades do próprio bairro. Segundo, para aqueles que deixaram uma cidade do interior para procurar sucesso nas capitais, acredito haver uma dívida para com a cidade que abandonamos. Temos, de certa forma, uma dívida com a comunidade que nos criou, que apostou em nós. Pense nisso antes de escolher uma entidade para ajudar financeiramente.•



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