Direcção: Irene Leite
Edição especial
Matilha O grupo que quer marcar território nos palcos
Om à Letra
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Editorial Som à Letra: Um projecto em crescimento
somaletra@gmail.com (para sugestões e Críticas)
H
Irene Leite Directora do Jornal Som à Letra
á cerca de duas semanas o Som à Letra anunciava orgulhosamente os Mob of
God, a primeira banda a divulgar. A experiência foi de tal maneira bem recebida pelos nossos leitores que foram chegando à caixa de entrada do Som à Letra mais bandas. Já tem sido
analisado o material e brevemente vamos receber mais dois grupos. Na edição de hoje os protagonistas são a Matilha , uma banda que ambiciona devorar os palcos com a lingua materna na voz. A internet , tal como aconteceu com os Mob of God volta a ser a âncora deste grupo , um aliado na divulgação do material e conquista de públicos, tal como tem acontecido com o próprio Som à Letra. O nosso canal do youtube por exemplo, tem sido muito explorado/ouvido pelos nossos leitores. Mas a nossa playlist chegou ao limite. Por isso , criamos um novo canal ( mas o primeiro é para continuar a visitar!: ) Tudo para proporcionar momentos alegres aos nossos ouvintes/leitores. Destaque ainda para a playlist intitulada “ Bandas Som À Letra ” , onde vão sendo colocadas canções dos grupos que vão passando pelas nossas páginas e que o Som À Letra quer continuar a acompanhar. Da política dos dois v´s ( Vintage e Vanguardismo ) , o vanguardismo está nestas últimas edições em grande plano.
Até já! Ainda não ficaram amigos do Som À Letra no facebook? De que é que estão à espera?
Irene Leite
Om à letra
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Matilha
O grupo que quer marcar território nos palcos
Chamam-se Matilha, formaram-se há pouco mais de um ano e já começam a dar que falar nas rádios nacionais com “Fica mais um pouco”, o single de avanço. O Som à Letra falou com André, o baterista do grupo.
A
Texto de Irene Leite
Matilha
é
composta
pelo
baterista, Ricardo Patrão,
André, baixista,
Este cartão de visita teve o selo dos Black Sheep Studios,
“ sob a orientação do
Ricardo Monteiro, teclista e o Né , vocalista.
Makoto e do Bibi ” , trabalho
“ que tem
Formaram-se em Dezembro de 2008 e desde essa
tido uma resposta positiva por parte do
altura têm trabalhado em Demos e dado concertos.
público em geral e de algumas entidades
Para além de já terem gravado o primeiro single ,
em particular” , começa por explicar André,
“ F ica Mais Um Pouco ” .
baterista do grupo , ao Som à Letra.
Om à letra
4 “ G ostamos de ouvir, basicamente, bandas com
De facto , rádios como a Antena 3 ( Henrique "peso", que utilizem electrónica, e façam das letras Amaro ) ou Radar ( Pedro Moreira Dias ) já uma arma, que cantem sobre as coisas mundanas, começaram a divulgar este aperitivo do grupo. e consigam transmitir sensações, sejam elas boas “ P ara esse single, lançamos o nosso videocip ou más ” . de estreia, também disponível no MySpace ” , diz o baterista.
Quanto a exemplos concretos de grupos , André adiantou ao Som à Letra grupos portugueses como
“ E vamos, muito brevemente, gravar mais “ L inda Martini, Riding Panico, Man Eater, If Lucy duas canções, no mesmo local, com os Fell, PAUS ” , e outros projectos ainda não muito mesmos produtores. Com calma, sem pressas, conhecidos. para que possamos degustar e aproveitar o crescimento da Matilha ” , acrescenta André.
Com pouco mais de um ano de existência e já com experiência nos palcos, o feedback do público vem
As influências
por arrasto.
Om à letra
“ As
pessoas
5
têm
comparecido, e mostram saber as letras e as músicas, o que é sempre agradável. E há cada vez mais pessoas a levar comida de cão aos concertos da Matilha ” .
A internet como motor de divulgação das músicas Actualmente a indústria
há cada vez mais pessoas a levar comida de cão aos concertos da Matilha” O Som à Letra aconselha:
Para
a
Matilha,
“é
extremamente positivo. Graças
www.myspace.com/fmatilha
à ìnternet, uma banda pode hoje em dia chegar a milhares
Onde a banda disponibiliza o single de avanço (e o seu video), e outro material (demos, datas de concertos ..)
discográfica está em mutação.
de pessoas praticamente sem investir ” . “ P enso que as bandas hoje caminham para um futuro onde o dinheiro vem, não da venda de discos mas dos espetáculos
A internet apresenta aspectos
das redes sociais ) mas
ao vivo. E para isso, muito
positivos ( a possibilidade de
também negativos ( os
contribui a divulgação que a net
dvulgação das música através
downloads ilegais ) .
possibilita ” , remata André.
Om à letra
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Um grupo com Portugal na voz Outra das características que a Matilha apresenta,
A iniciativa “Venham Mais 5” e a colaboração com Sheila Cunha
para além de pedir comida de cão para os No âmbito de mais uma concertos, é cantar apenas em Português. O grupo iniciativa do MAR, a integra inclusive o Movimento alternativo Rock. Matilha participou num tributo ao Zeca Afonso Esta adesão deu-se de forma natural, pois o ( " Venham Mais 5" ) , “ M AR é um conjunto de músicos/fotógrafos/ este sábado. técnicos de som/curiosos que se juntou com um
objectivo simples e claro: fazer e mostrar música A experiência foi muito positiva ” , já que nos cantada em português. Não interessa o estilo, nem “ permitiu musicar um poema de um autor que o género, apenas que se cante em português ” , muito respeitamos, e porque possibilitou diz André.
“ F azer parte do MAR acima de tudo é fazer parte
trabalhar em parceria com outros músicos ” , explica André ao Som à Letra.
de uma família de músicos, que se apoiam, para o A banda convidou Sheila Cunha ( aka Maçã de que der e vier, e juntos contribuem para o Prata ) para cantar, e trabalhou em estúdio crescimento colectivo dos vários projectos que a com o Clem ( e x-BAR ) . constituem ” , conclui o baterista.
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Um grupo “ s em pressas ” A Matilha não vê interesse em gravvar qualquer EP “ um porque está na moda, ou porque todos têm, ou por qualquer outra razão. , nem nunca contactou com editoras, apesar de já terem aparecido ” contactos encetados por parte de algumas ” . O grupo vai trabalhar em mais dois temas , “ ao mesmo tempo que continuamos a compor canções novas, aperfeiçoar as já existentes, e tocar ao vivo, tocar muito ao vivo, para mostrar o nosso trabalho, e acima de tudo, para termos gozo ” , explicou andré. Para já só queremos fazer boa música, e tocá-la. Mais nada, conclui.