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O pseudônimo na escrita feminina

Opseudônimo é um nome fictício usado por um indivíduo como alternativa ao seu nome legal. Apesar de não ser tão utilizado como antes, ele fora necessário para que as mulheres pudessem escrever e publicar suas obras sem serem censuradas, perseguidas ou até mesmo para serem levadas a sério na sociedade. Esse foi o caso de muitas autoras brasileiras.

Cassandra Rios, conhecida pelo pseudônimo Odette Pérez Ríos, foi uma das primeiras escritoras brasileiras a escrever sobre feminismo, homossexualidade feminina e erotismo. A escritora, além de ter sido perseguida durante o período da ditadura militar, foi con- siderada pela oposição como “escritora maldita” e ainda teve cerca de 36 obras censuradas. Ela não foi a única, muitas outras escritoras usaram pseudônimos para publicar suas obras, dentre as mais conhecidas, estão Cecília Meireles, Clarice Lispector, Cora Coralina e Maria Firmina dos Reis, que utilizaram o pseudônimo como mecanismo de proteção.

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São vários os exemplos que podem ser citados para explicar os motivos pelos quais as mulheres usavam pseudônimos, em sua maioria nomes de homens ou nomes mais “neutros”. Em obras de época do audiovisual podemos ver bons exemplos disso, como a personagem de Lady Whistledown, da série Bridgerton. Embora os exemplos citados sejam de autoras e personagens vividas antes dos anos 2000, existem escritoras que utilizam pseudônimos para que sua escrita seja mais visível aos olhos da sociedade e assim possa ser valorizada e bem sucedida. Nesse sentido, apesar de serem outros os motivos, ainda assim a mulher, em alguns casos, precisa utilizar de outros nomes e esconder sua verdadeira identidade como um mecanismo de proteção, para que assim possa se fazer vista e respeitada em um mundo que, apesar de tantas evoluções, ainda não evoluiu socialmente o necessário.

Atualmente Imperatriz é a cidade que recebe a maior feira literária do Maranhão, o Salão de Livros de Imperatriz, Salimp, que esse ano teve sua 18° edição. Por conta desse evento anual, a literatura tem alcançado uma maior visibilidade. Esse é o primeiro passo para que as escritoras possam ter o reconhecimento que merecem. “Para que a gente tenha esse acolhimento na literatura feminina a gente tem que fazer esse acolhimento né, ele não existe de forma gratuita. A gente tem que estar na luta diária para que ele aconteça”. O comentário da escritora Hyana Reis mostra a realidade de como os leitores locais acolhem

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