ANO IV - NO 367 - 06 DE ABRIL DE 2016
Em reunião de líderes, Rosso define próximos passos da comissão do impeachment O presidente da comissão especial que analisa o impeachment, deputado Rogério Rosso (DF), definiu nessa terça-feira (5) os próximos passos do colegiado. Após acordo entre líderes partidários, Rosso informou que pretende votar o relatório final na próxima segunda-feira (11). “Nosso prazo máximo são as cinco sessões. Portanto, vamos trabalhar muito para que no início da noite de segunda-feira tenhamos o resultado final da comissão”, disse Rosso. Para cumprir os prazos regimentais, o relator Jovair Arantes (PTBGO) adiantou para hoje (6), às 14h, a apresentação do seu parecer na comissão especial. Líderes governistas acenaram com a possibilidade de pedido de vistas pelo prazo de duas sessões. Ainda na sexta-feira, por volta
Deputado Rogério Rosso (DF)
das 15h, Rosso dará início à discussão do relatório para que cada deputado possa se manifestar. Como o Regimento Interno da Casa prevê que todos os 513 parlamentares podem fazer o uso da palavra, as discussões podem se alongar até
mesmo no fim de semana e na segunda-feira pela manhã, dia acordado para a votação do parecer na comissão. Rosso afirmou também que está tentando outro acordo com os líderes partidários para reduzir o tempo de cada deputado para falar. A avaliação é de que 15 minutos tornaria o processo ainda mais exaustivo. “Estou em contato com os líderes e membros da comissão para que possamos diminuir este tempo de 15 minutos. A ideia é tirar uma média, mas sempre abrindo espaço para que todos possam falar”, ressaltou Rosso. A decisão final do acordo entre líderes e membros da comissão deve sair hoje (6), após a leitura do parecer do relator na comissão especial do impeachment.
Domingos Neto defende plebiscito para decidir sobre mudança de governo O deputado Domingos Neto (CE) utilizou a tribuna, ontem (5), para explicitar o posicionamento dele em relação ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O parlamentar defende que um plebiscito seja realizado para que a população escolha se quer, ou não, Dilma fora da presidência. Caso a decisão da sociedade seja pelo impeachment, Domingos defende a realização de novas eleições. “Precisamos convocar um plebiscito para que a soberania popular decida, sem depender apenas da vontade do Congresso se quer,
ou não, ter novas eleições. Isso sim vai garantir o direito democrático e, certamente, não será chamado de golpe.” O parlamentar explicou também que os motivos apresentados na denúncia não são suficientes para destituí-la do cargo. “Qualquer modelo que troque o presidente da República sem argumento jurídico de crime de responsabilidade grave é rasgar a democracia e suas garantias constitucionais. A população deve ser a protagonista neste momento de resgate da credibilidade do governo federal”, concluiu.
Deputado Domingos Neto (CE)