ANO IV - NO 371 - 14 DE ABRIL DE 2016
PSD fará orientação a favor do impeachment O líder do PSD na Câmara, deputado Rogério Rosso (DF), anunciou nessa quarta-feira (13) que a bancada será orientada a votar a favor da admissibilidade do impedimento da presidente Dilma Rousseff (PT). A decisão foi tomada após reunião com os deputados, além do ministro das Cidades, Gilberto Kassab, e do presidente do PSD, Guilherme Campos. Após consulta aos presentes, Rosso informou que a ampla maioria já se manifestou favorável ao processo. “O ministro veio até aqui e foi emblemático. Disse que a nossa posição seria respeitada e que ele não iria interferir. A bancada sempre teve uma sintonia muito boa, por isso não houve qualquer tipo de problema”, afirmou o líder. Rosso esclareceu que não há fechamento de questão para votar favoravelmente ao impeachment (quando há punição para quem vota contrário à orientação). “É claro que alguns deputados do partido vão apoiar a presidente e vamos respeitá-los”. Esse apoio, no entanto, está limitado. Dos 36 deputados federais do PSD, ao menos 80%, segundo ele, devem votar pelo impeachment. O plenário da Câmara e os perfis
de redes sociais dos parlamentares pessedistas foram os canais escolhidos para manifestação dos votos a favor da admissibilidade. Para Thiago Peixoto (GO), “o afastamento da presidente é apenas o primeiro passo para retirar o país da paralisia em que se encontra.” Heuler Cruvinel (GO) visualiza na saída de Dilma “o único caminho para que o país consiga vencer o desemprego, o aumento de impostos e os cortes na saúde, educação e segurança”. “Não há golpe! Os crimes de responsabilidade estão elencados no seu Art. 85. Votarei favoravelmente ao impeachment!”, declarou Indio da Costa (RJ). Jaime Martins (MG) justificou seu voto “pelo combate à corrupção e pelo aumento da eficiência do sistema político”. Diego Andrade (MG) disse que é a favor de uma política econômica que valorize quem empreende. Herculano Passos (SP) destacou que “precisamos é de um presidente que restabeleça a confiança no país”. A decisão de Átila Lins (AM) foi “em razão de não visualizar um sinal da presidente em melhorar o nível de emprego, reduzir a inflação e retomar o crescimento econômico”.
Pela “esperança de dias melhores, por um Brasil verde e amarelo para sair do vermelho”, Stefano Aguiar (MG) também votará a favor. João Rodrigues (SC) acredita que o impeachment será “uma nova oportunidade aos brasileiros”. Para Jefferson Campos (SP), “é hora de por fim a esse esquema que empobrece o Brasil, emagrece a economia e diminui os direitos”. Goulart (SP) atribui seu posicionamento “à inoperância e à falta de credibilidade do governo”. A decisão de José Augusto Curvo (MT) é para “honrar cada eleitor que depositou seu voto de confiança”. Expedito Netto (RO) ponderou que o seu compromisso é com o povo de Rondônia. Fábio Faria (RN) reforçou a necessidade de se “ultrapassar e vencer a pauta do impeachment, para que a economia reencontre os caminhos do crescimento”. Marcos Montes (MG) disse que tem orgulho de fazer parte de um partido que é mantido à base da democracia. “Nunca escondi meus posicionamentos contrários ao governo e sempre fui respeitado por isso. Não tenho dúvida de que o PSD está fazendo história”, disse o parlamentar.