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ANO IV - NO 372 - 19 DE ABRIL DE 2016

Maioria do PSD aprova processo de impeachment Com o apoio da maioria dos parlamentares do PSD, a Câmara dos Deputados aprovou, no último domingo (17), a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). No PSD, 28 deputados votaram a favor do impedimento e outros oito deputados, todos das regiões norte e nordeste, apoiaram a petista. O líder do PSD, Rogério Rosso (DF), disse que é preciso unificar o país por uma agenda positiva. “O Brasil amanhecerá diferente. O relatório aprovado é cristalino e está sob a luz do direito. Fizemos nossa parte na comissão especial e no plenário, e agora cabe ao Senado Federal investigar e julgar a presidente Dilma”, afirmou. A votação do impeachment começou às 17h46 e somente às 11h07 foi possível alcançar os 342 votos necessários para dar seguimento ao processo. Dos 511 deputados que parti-

ciparam da sessão, 367 votaram pela admissibilidade do processo e outros 146 – incluindo sete abstenções e duas faltas – se posicionaram contra o impeachment. Agora cabe ao Senado Federal dar o parecer final. Sessão mais longa A sessão de debates que antecedeu a votação da admissibilidade do impeachment da presidente Dilma teve a maior duração dos últimos 25 anos. Deputados debateram a

matéria por quase 43 horas, numa sessão que começou às 8h55 da última sexta-feira (15) e se arrastou até às 3h40 deste domingo (17). Na comissão especial, presidida por Rogério Rosso, os números também foram bem maiores do que o observado no impeachment do presidente Fernando Collor, em 92. Ao todo foram 11 reuniões do colegiado e mais de 50 horas de debate. “Jamais ficaria de bem com a minha consciência se não tivesse feito desta forma”, lembrou Rosso.

Rosso: STF chancelou o rito do impeachment O deputado Rogério Rosso (DF) utilizou o tempo de líder para falar sobre o processo. Presidente da comissão especial que aprovou o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), Rosso fez questão de divulgar números e exaltar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que chancelou todo o processo adotado no colegiado. “Não foi eu quem ratificou os trabalhos da comissão, e sim o Supremo. Todos os mandados de segurança não tiveram provimento. Estamos tomando uma decisão importante, de longo alcance político, econômico e social, amparados e absolutamente legitimados”, disse.

Deputado Rogério Rosso (DF)

Rogério Rosso também afirmou que, logo no início dos trabalhos

da comissão, foi aconselhado a seguir o mesmo rito do impeachment do ex-presidente Fernando Collor, mas não concordou. “Tivemos cautela constitucional e jurídica e obedecemos as questões de ordenamento regimental. Fizemos 11 reuniões com mais de 50 horas de debate. Jamais ficaria bem com a minha consciência se não tivesse feito desta forma”, disse Rosso. O pessedista se baseou em estatísticas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para lembrar que, somado os votos dos 513 parlamentares, a representatividade chega a 96 milhões de eleitores.


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