José Carlos Araújo defende redução de impostos para cidadãos de baixa renda Por iniciativa do deputado José Carlos Araújo (BA), presidente da Comissão de Defesa do Consumidor (CDC), foi realizada nessa quarta-feira (22), audiência pública para discutir o impacto dos impostos nos preços finais dos produtos aos consumidores. A tributação proporcional à capacidade econômica do cidadão, a chamada tributação progressiva, foi defendida pelo parlamentar. Araújo ressaltou a preocupação com o consumidor de baixa renda que sofre com a alta carga tributária no país. “Precisamos tomar consciência e partir para a votação de uma ampla reforma tributária. Temos que dar atenção especial ao consumo de remédios, produtos que necessitam ser desone-
rados. Isso sim, vai atingir todo o povo brasileiro”, argumentou. O deputado Carlos Souza (AM) constatou que quem financia o país é a população de baixa renda. “Há uma desproporcionalidade. Deveria pagar muito menos impostos quem vive com um salário mínimo. As pessoas mais pobres, no entanto, pagam 15% de impostos sobre o consumo e quem ganha acima de R$ 7 mil, por exemplo, paga apenas 3% ou 4%. Isso é muito injusto”, declarou. A má distribuição da carga tributária é a verdadeira vilã do consumidor brasileiro, apontou Luiz Antonio Fuchs, diretor adjunto do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco). “Para garantir justiça fiscal no
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Deputado Eliene Lima (MT)
renda dos usuários, maior o preço cobrado pelo serviço. “O mais justo, do ponto de vista social, seria o inverso, até mesmo para que esse sistema se configure em um meio efetivo de universalização”, ressaltou. O relator salientou ainda, que a matéria estabelece um novo direito
Deputado José Carlos Araújo (BA)
país é preciso diminuir os impostos sobre o consumo. O objetivo é fazer com que a tributação recaia sobre quem tem mais capacidade de contribuição”, defendeu.
aos consumidores dos serviços de telecomunicações, sobretudo os de telefonia na modalidade pré-paga. A telefonia móvel pré-paga corresponde a 80% das mais de 260 milhões de linhas ativas desse serviço no Brasil. Além disso, é predominante nas camadas sociais de renda mais baixa e sua participação de mercado nos estados menos desenvolvidos é elevada. O substitutivo prevê também a restrição à diferença de preços entre planos pré e pós-pagos da mesma operadora, sugeridos pelos deputados Junji Abe (SP) e César Halum (TO) e apensados à proposta. A matéria segue para análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).
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ANO I - NO 103 - 23 DE MAIO DE 2013
Combate às drogas: texto base é aprovado
Eliene quer equiparar valores de tarifas para celulares Foi aprovado, ontem (22), o substitutivo apresentado pelo deputado Eliene Lima (MT) ao Projeto de Lei 3906/12 que visa coibir diferenças abusivas entre os valores cobrados em planos de telefonia pós e prépagos. “Constatamos que os preços cobrados pelos minutos de ligações em terminais pré-pagos chegam a ser 300% mais caros que os observados nos serviços pós-pagos”, disse Eliene. Segundo ele, um minuto de ligação em linha pós-paga para outro celular custa R$ 0,40, enquanto em linhas pré-pagas o preço sobe para R$ 1,35. Para Eliene, essa situação evidencia uma conjuntura do mercado brasileiro na qual quanto menor a
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A política nacional de combate às drogas poderá ficar mais severa nos próximos meses. O Plenário da Câmara aprovou, nesta quarta-feira (22), o texto base do Projeto de Lei 7663/10 que define condições de atendimentos para usuários, diretrizes e normas para o combate ao uso das substâncias ilícitas. A internação involuntária de dependentes químicos foi um dos pontos mais debatidos e contou com o apoio do PSD para aprovação. Membro da comissão mista que analisou o PL, o deputado Dr. Paulo César (RJ) destacou que a proposta foi amplamente debatida pela Casa e, consequentemente, possuía todas as condições necessárias para a aprovação. “Foi feito um trabalho realmente consistente. A sociedade brasileira cobrava o debate e a aprovação desse projeto”, explicou. O parlamentar defendeu a internação involuntária, principal alteração da proposta. O texto prevê um
prazo de 90 dias para que internação seja feita sem consentimento do usuário. “Sabemos que numa situação de crise de abstinência não há solução sem a internação involuntária”, afirmou Paulo César. O deputado Sérgio Brito (BA) concordou com seu colega de bancada. “Os dependentes químicos, sobretudo os usuários de crack, se amontoam em vários lugares das cidades causando transtornos à população, às suas famílias e a si mesmos, pois o raio de destruição é gigantesco”, ressaltou. Incentivo a instituições de tratamento O plenário aprovou ainda, emenda do 2º vice-presidente da Câmara, Fábio Faria (RN), que garante a concessão de incentivos fiscais para a construção e melhoria de instituições voltadas ao tratamento de dependentes químicos. Segundo o parlamentar a proposta aumentará
Deputado Dr. Paulo César (RJ)
a oferta de vagas para curar usuários. “O Brasil não possui ainda um número de vagas que proporcionem o amplo atendimento. É preciso criar mecanismo para suprir a demanda”, justificou. O PL altera a Lei de Drogas do Brasil (11.343/06). O Plenário continua a votação dos destaques na próxima semana.
Junji contesta repasse de custos da iluminação pública A Comissão de Desenvolvimento Urbano (CDU) realizará, a pedido do deputado Junji Abe (SP), audiência pública para debater a transferência de responsabilidades e dos custos da iluminação pública aos municípios com até 30 mil habitantes. O requerimento do parlamentar, aprovado nessa quarta-feira (22), propõe um debate sobre o tema com representantes do Ministério de Minas e Energia, da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), dentre outros. Segundo o deputado, a reso-
lução da ANEEL 414/10, que determina às prefeituras a responsabilidade de assumir o ônus da iluminação pública, precisa ser reavaliada. Junji citou como exemplo os municípios de São Paulo. De acordo com ele, informações do Consórcio de Desenvolvimento Integrado do Vale do Paraíba (Codivap), demonstram o prejuízo e a impossibilidade das prefeituras assumirem esse ônus. “Normalmente, nos municípios de 20 a 30 mil habitantes, existem três mil pontos de iluminação. No cálculo consolidado pela Codivap a troca de equipamentos geraria gastos
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que ultrapassam R$ 400 mil ao ano e oneram sobremaneira o orçamento desses municípios”, ressaltou. Junji questionou ainda, as motivações que levaram à exigência da aplicação da resolução nesse momento, uma vez que a mesma está publicada desde 2010. “Após o governo federal reduzir a tarifa da energia elétrica essas concessionárias se viram no direito de repassar urgentemente aos municípios o custo da iluminação pública”. A data da audiência ainda será definida.