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Maria Eduarda José - Cuca da UNE
UNE, UBES E ANPG
POR UMA EDUCAÇÃO CRÍTICA E EMANCIPADORA une.org.br | facebook.com/uneoficial
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EDITORIAL
Nosso compromisso de unidade é para salvar a educação! ED SA UC LVE AÇ A ÃO
Diretoria Executiva 2017- 2019
Depois de muitas emoções com Gilberto Gil abrindo a nossa Bienal com uma aula de esperança e a realização de oito debates dos encontros de base do primeiro dia, podemos dizer que começamos com tudo. Trouxemos quatro ex-candidatos à presidência das eleições de 2018 para discutir nossa conjuntura e caminhos de resistência. Já nesta sexta-feira começamos com os debates educacionais, tema imprescindível do nosso festival estudantil. Um dos principais desafios da UNE no próximo período será a defesa da universidade pública e este 15º Coneb se dedica a debater com centralidade às questões ligadas à educação, porque há muito em jogo. A liberdade de cátedra, a popularização das universidades, a manutenção dos institutos federais, a autonomia das instituições de ensino, a valorização dos nossos professores, temos que são muitos caros para nós.
Karla Boulghoff - Cuca da UNE
Este é o principal ponto de unidade que o Coneb tem potencialidade de construir. Não podemos retroceder e para sermos fortes, precisamos estar juntos. Por isso convido a todos a aproveitarem este espaço especial, onde todas as nossas vozes se encontram juntas para formarmos um coro. Contra o conservadorismo, contra o autoritarismo e para que sejamos ouvidos. Um grito pela educação que queremos e que não aceitaremos nada a menos!
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Além disso, as mostras selecionadas começaram e é nos inspirando na poesia da nossa arte engajada que vamos avançar sem medo. Confiram as mostras, participem das atividades, e não esqueçam que hoje ainda tem show do Bayana System. Eu é que não vou perder! Marianna Dias Presidenta da UNE
Presidenta: Marianna Dias I Vice-Presidenta: Jessy Dayane Silva Santos 1ª Vice-Presidenta: Nathália Martins de Assis I 2º Vice-Presidente: Rodrigo Moreira Rodrigues 3º Vice-Presidente: Miguel Arthur Monteiro Intra I Secretário Geral: Mário Magno. Tesoureiro Geral: Ivo Braga I Diretora de Comunicação: Nágila Maria Diretora de Políticas Educacionais: Julia Louzada de Souza I Diretora de Universidades Particulares: Keully Meirelles I Diretor de Relações Internacionais: Gabryel da Costa Henrici 1º Diretor de Relações Internacionais: Luiz Eduardo Correa da Silva I Diretora de Movimentos Sociais: Samuel Ted Almeida de Pereira Diretora de Direitos Humanos: Luiza Foltran I Diretor de Memória Estudantil: Iago Montalvão Oliveira Campos Diretora de Cultura: Daniella Rebello I Diretor de Universidades Públicas: Denise Ramos. 1º Diretor de Universidades Públicas: Leonardo da Costa Guimarães I 2ª Diretora de Universidades Públicas: Carla Juliana Almeida dos Santos 1º Diretor de Extensão: Airton dos Santos da Silva Junior I Diretor de Relações Institucionais: Bruna Chaves Brelaz I Diretor de Assistência Estudantil: Hélio Barreto de Carvalho. CUCA DA UNE Coordenação-geral: Camila Ribeiro Coordenação de Comunicação e Audiovisual: Daniela Rebello Projetos e Finanças: Philipe Ricardo Coordenação de Cultura e Arte: Caique Renan EXPEDIENTE O jornal A NOVIDADE é uma publicação da União Nacional dos Estudantes. Jornalista responsável: Cristiane Tada (DRT/PR: 6956). Redação: Cristiane Tada, Renata Bars, Sara Puerta, Patrícia Larsen. Colaboração: Lucas Azevedo. Projeto Gráfico: Grito Propaganda. Fale com a UNE: redacao@une.org.br Endereço: Rua Vergueiro, 2485, Vila Mariana - São Paulo/SP.
ENTREVISTA
Entrevista com Moisés Borges, representante do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB) Moisés Borges, possui especialização em Energia e Sociedade no Capitalismo Contemporâneo pela UFRJ e é representante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). A entidade organiza grupos de base de todas as famílias ameaçadas ou atingidas direta e indiretamente por barragens. Ele participou da mesa Soberania, Ciência e Tecnologia: desafios para a superação da crise e retomada do desenvolvimento que aconteceu nesta quinta-feira.
Na sua opinião, como a privatização de empresas nacionais colocam em risco a população brasileira? Os números do desastre da barragem do Fundão em Mariana são: 250 casas destruídas, 11 toneladas de peixes mortos, 700 km de rio poluído e um processo de recuperação do Rio Doce que deve demorar mais de 50 anos, além de 1 milhão de pessoas com problemas por causa da água da região. A solução da Vale foi a Fundação Renova, que pouco fez, ou melhor, gastou apenas 5 milhões em propaganda, o que fez suas ações subirem na bolsa. Isso é para dar uma perspectiva da situação e agora temos Brumadinho...Se comparar à Petrobrás, que busca novas tecnologias e trouxe prêmios para o Brasil, a Vale apenas traz a morte. A empresa privada tem apenas o interesse do lucro. Temos que retomar nossa campanha “ A Vale é Nossa” e fazer o plebiscito. Também é preciso fazer um alerta: se privatizar a Petrobrás, além de redução no investimento de educação e tecnologia, teremos mais desastres. Hoje existe algum monitoramento do MAB das barragens brasileiras junto às empresas? É muito difícil a gente ter esse monitoramento – são mais de 4000 barragens pelo Brasil – o que conseguimos foi ter acesso ao relatório feito em 2018 pela Agência Nacional de Águas (ANA). Com esse estudo vimos que temos 45 barragens com risco eminente de rompimento e, observe, o Córrego do Feijão, não estava na lista. O cenário deve ser muito pior do que foi apresentado.
Lucas Leffa - Cuca da UNE
Ele conversou com A Novidade para falar sobre a tragédia de Brumadinho e como eles tem acompanhado o caso. Confira:
O MAB tem alguma proposta para as barragens brasileiras? Temos. No caso de barragens de rejeito a primeira coisa é acabar com a tecnologia de barragem montante. Essa é a tecnologia mais atrasada e perigosa. Mas não basta só mudar a tecnologia, é necessário mudar o modelo de mineração que nós temos. Isto é, que a riqueza gerada sirva ao povo brasileiro. Após mais de 3 anos como está a situação das vítimas de Mariana? A situação das vítimas está muito ruim. A Vale continua tentando individualizar as negociações e agora já está fazendo isso em Brumadinho. Nós acreditamos em uma indenização coletiva, pois não é só questão de pagar o que perdeu, é preciso manter os laços culturais que foram perdidos, laços familiares perdidos. A Vale tenta fazer junto com a mídia é individualizar e reduzir a integralidade da reposição que ela tem que fazer na região e mais do que isso, ela quer ser responsável pela administração disso. Isto é, colocar o criminoso para gerar o recurso e que [avaliar] o que a vítima merece ou não. Isso é a Fundação Renova.
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DEBATES
Juliana Mastracusa - Cuca da UNE
As vozes da resistência
A quinta-feira foi um dia cheio. Os oito debates conjunturais trouxeram uma gama de ideias, apontou caminhos, alinhou estratégias para áreas como segurança pública, SUS, Ciência e Tecnologia, desenvolvimento nacional, liberdade de imprensa, democracia e ativismo judicial. A quase 40 dias de governo Bolsonaro, o debate mais acalorado do dia reuniu as forças da oposição.
Conjuntura
30 anos da Constituição
“Não estamos com medo. Já passamos pela ditadura, pelo governo Collor, Fernando Henrique Cardoso, e chegamos até aqui. Não vamos correr assombrados. Só é possível avançar se for todo mundo junto”, João Paulo, do MST.
''Quando nos dizem que não dá mais para exigirmos nossos direitos, eles dizem que a Constituição não cabe no orçamento. Nós temos é que dizer que esse projeto selvagem e neoliberal do novo governo é que não cabe na democracia '', afirmou Guilherme Boulos.
“Nem todo mundo é fascista, mas muitos se apegaram a uma desilusão e descrença com a nossa política”, destacou a ex-candidata à vice presidência, Sônia Guajajara (PSOL) sobre o resultado das eleições
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“O judiciário do Brasil passou de aplicador da lei para legitimador da desigualdade social e agente de combate político. A elite econômica conseguiu de fora para dentro demonizar o poder judiciário: para uns direito penal máximo, para outros direito penal mínimo. Um exemplo disso é o nosso
DEBATES
ex-presidente Lula que recebeu uma das penas mais graves. Parece um recado claro para que ninguém mais se aventure a defender os mais pobres'', afirmou o governador do Maranhão, Flávio Dino. ''A agenda da educação é uma agenda decisiva para diminuir a dívida social do país. Precisamos diminuir esse fosso educacional que põe uma elite lá em cima e deixa o povo de fora . A Constituição de 88 se ocupou da educação superior e falou da indissociabilidade da pesquisa, ensino,extensão e da autonomia . Tivemos umas emendas importantes como a que torna obrigatória a educação dos 4 aos 17 anos e a criação do Fundeb. Por isso, vamos abrir os olhos das pessoas para o papel transformador da educação que começou na Constituição de 88'', destacou Maria Paula Dallari, professora de Direito da USP. “A Universidade Pública está sobre ameaça. Existe uma ideia de que ela não pode se expandir muito. A ideia de expansão é repugnante para certas elites. Até dizem que a pós-graduação não pode se expandir, que certos Estados não precisam de cursos e pesquisas de pontas. E saibam que 60% da pós-graduação é realizada em Institutos Públicos”, afirmou o Reitor da UFBA João Carlos Salles.
Internet e Redes
Participação especial Boaventura e os estudantes por uma educação emancipadora Boaventura de Souza Santos é diretor do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e Coordenador Científico do Observatório Permanente da Justiça Portuguesa. Na 11º Bienal da UNE ele é homenageado na categoria Projetos de Extensão. Em sua aula na Conferência falou abertamente do pensamento reacionário que atingiu o Brasil e de saídas para mudar a Educação. Boaventura também se dirigiu ao Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodrigues: “Senhor Ministro é um ignorante. Há cem anos os estudantes de Córdoba fizeram uma grande reforma com o objetivo que a Universidade deixasse de ser das ‘elites do atraso’ e se tornassem do povo. Não o contrário como o senhor propõe”. O professor, unanimidade entre secundaristas, universitários, pós-graduandos e comunidade acadêmica destacou ainda a importância dos diversos saberes. “Todos nós sabemos que não tem um único saber válido para a ciência. É preciso saber de todos os saberes: indígenas, quilombolas, de comunidade ribeirinhas. Assim se faz ciência”. Maria Eduarda José - Cuca da UNE
“De repente estavam nos cobrando um posicionamento político e a gente entendeu que os próprios vídeos já eram políticos e que chegavam de forma simples nas pessoas”, destacou o ator Thiago Almasy, o youtuber do “Frases de Mainha”, que possui 20 milhões views.
Censura, liberdade de expressão e fake news
" A saída não é propagar tiração de sarro, piadas em torno dos absurdos que a ministra Damares Alves diz, por exemplo. Nossa saída é trazer de volta o amor e o acolhimento. Além disso, voltar às nossas bases, ao povo, e a cultura é a forma mais linda de encontrar a população mais pobre", destacou a jornalista Laura Capriglione, do Jornalistas Livres. "O que os artistas fazem em um momento de censura, sob ataques conservadores? resistem! Vamos nos aprofundar no tema da fake news, ficar alertas, afinal perdemos a eleição para esse ‘projeto’ de disparo de mentiras", lembrou a empresária Paula Lavigne.
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MOSTRAS SELECIONADAS
Mateus Alves - Cuca da UNE
Mateus Alves - Cuca da UNE
Mateus Alves - Cuca da UNE
Mateus Alves - Cuca da UNE
O colorido das artes visuais
As mostram selecionadas já começaram e na noite de ontem rolou a vernissage da Mostra de Artes Visuais. São 34 obras expostas e algumas performances que vão acontecer até domingo. “Estamos fazendo um grande laboratório de ideias na mostra selecionada de artes visuais, tem escultura, fotografia, instalação, ilustração, quadro e então fica o convite para a galera passar aqui na entrada da biblioteca e conferir também a mostra convidada do artista conceitual multimeio Paulo Bruscky”, destacou a coordenadora da Mostra, Rebeca Belchior.
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BATE PAPO
Como enxergar os espaços como esse da Bienal e as diferenças que vê entre seus anos de movimento estudantil e atualmente? A Bienal sempre foi um encontro muito especial para o movimento estudantil porque além de educação sempre discutiu cultura do nosso país e a preservação dos nossos traços culturais. Agora vivemos um momento muito sombrio da história do Brasil e a cultura é fundamental para resistir, para saber quem somos, para seguir falando. Francisco Helder
“Precisamos resgatar a empatia das pessoa” A ex-candidata a vice-presidência Manuela D´Avila (PCdoB) foi um dos destaques da mesa sobre Censura, Liberdade de Expressão e Fake News da tarde desse primeiro dia de debates da Bienal. Sobre esse assunto, Manu sabe bem. Ela mais que ninguém foi alvo das mais absurdas campanhas de difamação e memes na internet. Ela conversou com o jornal “A Novidade” e falou sobre o assunto.
Você se tornou um dos símbolos do "Lute como uma garota" durante a campanha presidencial, qual o recado para as mulheres, estudantes e as artistas nesse momento atual? As mulheres têm sido desde o início uma fonte extraordinária de resistência. Em todos os lugares que vou percebo meninas muito jovens lutando e isso me dá muita força e anima.
Evelyn lee - Cuca da UNE
Como se combate a desinformação e as fake news? O nosso desafio é fazer as pessoas pensarem sobre o impacto dos conteúdos falsos antes de apertarem o botão compartilhar, buscar fontes confiáveis. Acho que será uma vitória quando conseguirmos fazer com que as pessoas se perguntem "e se fosse comigo essa mentira?" O problema é o que decorre da mentira, como por exemplo, a violência. Precisamos resgatar a empatia das pessoas, o significado de se colocar no lugar do outro. Quando eu sou agredida na presença da minha filha não me enxergam como uma mãe com uma criança no colo, mas como uma comunista, aí acham que uma comunista merece ouvir todos os xingamentos. Então, precisamos falar sobre isso e também entender como se criam as redes de ódio e que existe muito dinheiro financiando mentiras, além de exigir punição para os que cometem esses crimes. Na sua opinião qual a saída e resistência para o autoritarismo? Precisamos seguir juntos, nos ouvir e nos acolher. Precisamos falar com as pessoas e quebrar um monolítico do bloco “nós versus eles”
6º ENUNE vem aí
Foi realizado, nesta quinta-feira, 7, o lançamento do 6º Encontro de Negros, Negras e Cotistas da UNE. A plenária foi marcada pela presença de diversas entidades do movimento negro brasileiro e coletivos estudantis, todos comprometidos em fazer do evento o maior encontro de estudantes negros que já existiu, em tempos em que a organização é essencial para enfrentar os tempos que virão. Com o tema “Meu quilombo, meu lugar - nas ruas, periferias e universidades”, o 6º ENUNE acontecerá em 19 de abril desse ano, na Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói, Rio de Janeiro.
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Um giro pelo segundo dia da Bienal em imagens #11BienaldaUNE
Keven Oliveira - Cuca da UNE
Mateus Alves - Cuca da UNE
A HORA DO RANGO, A HORA MAIS FELIZ
CURTICAO NOS INTERVALOS DOS DEBATES COM APRESENTACOES MUSICAIS
Pedro Caldas - Cuca da UNE
Jimmy Caldas - Cuca da UNE
HOMENAGEM JOÃO DAS NEVES
INTERVENÇÃO APÓS O MANIFESTO TEATRAL PULSE!
Letícia Bonini - Cuca da UNE
Mateus Alves - Cuca da UNE
BANDA VERSA
SAMBA CHULA JOAO DE BOI