Jornal o pao 10 bienal numero 1

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A BIENAL QUENTINHA NA SUA MÃO

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Foto: Tarcísio Feijó/ CUCA da UNE

INFORMATIVO ESPECIAL DA 10ª BIENAL DA UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES - FORTALEZA, CENTRO DRAGÃO DO MAR DE ARTE E CULTURA - 29 JAN 2017

FORTALEZA RECEBE A DÉCIMA EDIÇÃO DO FESTIVAL QUE REORDENOU AS RELAÇÕES DA CULTURA E DO MOVIMENTO ESTUDANTIL BRASILEIRO. SAIBA UM POUCO MAIS DESSA HISTÓRIAS NAS PÁGINAS 4 E 5

Estudantes homenageiam as 10 Bienais na entrada do Dragão do Mar


CARINA VITRAL

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Bienal da UNE, maior festival estudantil da América Latina e um dos principais encontros da juventude e dos movimentos sociais, chega a sua décima edição em um momento crucial da nossa história. Com a abertura da grave ferida na democracia brasileira, a deposição ilegítima da primeira mulher presidenta da República e a tomada do poder por grupos que querem desmanchar os direitos constitucionais garantidos desde o pacto social de 1988, pensar um caminho adiante para o país tornou-se um desafio de grandes contornos. Desafios, porém, são parte do combustível da trajetória de lutas dos jovens deste país. Foi a partir dessa certeza que trouxemos o tema da reinvenção para esse encontro de cultura e política em Fortaleza pelos próximos quatro dias. Sabemos que o potencial criativo do povo brasileiro é instrumento para a sua reafirmação, a sua unidade, a sua mobilização ao rebater as injustiças que se colocam. É assim desde as agruras da senzala, a exclusão no campo e nas periferias da cidade, a opressão das ditaduras, a alienação do neoliberalismo, sempre que uma pedra é colocada em nosso rumo.

Dessa vez, no entanto, os movimentos populares e culturais estão mais conectados do que nunca, em uma teia colaborativa de trocas, linguagens, modos de criar e resistir que podem ser compartilhados, compatibilizados, misturados, multiplicados pelo espaço real ou virtual para alcançarmos toda a sociedade. A Bienal é uma feira onde o produto é a diversidade de cada uma e de cada um, é a sua contribuição para um novo aprendizado, a sua desconstrução para uma nova construção igualitária, sólida, transformadora. Reinventar o Brasil é uma urgência recorrente quando alguns tentam destruir as conquistas do nosso povo. Que reinventemos e que voltemos a avançar.

2. Veio de Caravana? Guarde o contato dos responsáveis da sua caravana para saber os locais e horários de saída do ônibus 3. Nos alojamentos Deixe sua barraca trancada com todos os seus pertences dentro. Lembre-se que o alojamento é coletivo e seu bom funcionamento depende de tod@s. Deixe seus pertences sempre organizados 4. Alimentação A alimentação no festival fica por conta do participante. Reserve e carregue dinheiro para comer.

O PÃO

DIRETORIA EXECUTIVA UNE GESTÃO 2015-2017

Presidenta: Carina Vitral | Vice-presidenta: Moara Correa Saboia | Secretário-geral: Thiago “Pará” | 1ª Vice-presidenta: Katerine Oliveira | 2ª Vice-presidenta: Tamires Gomes Sampaio | 3° Vice-presidenta: Taíres Santos | Tesoureiro-geral: Ivo Braga | 1° Tesoureiro: Vinicyus Sousa | Movimentos Sociais: Felipe Malhão | Jurídico:

Temos a responsabilidade de revigorar os nossos sonhos, encontrarmos as mãos e juntá-las. Nós vamos nos reinventar. E por isso vamos vencer. Uma ótima Bienal a todas e todos!

Rarikan Heven | Relações Internacionais: Marianna Dias | 1ª Dir. Relações Internacionais: Camila Souza | Cultura: Mel Gomes| Direitos Humanos: Luiza Foltran | Extensão Universitária: Mariara Cruz | Políticas Educacionais: Mariana Maia | Universidades Públicas: Grazielle Monteiro | Universidades Privadas: Josiel Rodrigues | Comunicação: Mateus Weber | Relações Institucionais: Iago Montalvão.

Carina Vitral é estudante de Economia da PUC-SP e presidenta da UNE

PRA CURTIR A BIENAL! 1. Primeiro passo! Chegando ao Complexo Dragão do Mar procure pelo credenciamento em frente ao Porto Iracema das Artes para pegar a pulseira que dá acesso a todas atividades do festival e ao alojamento

Foto: Bruno Bou / CUCA da UNE

Pra reinventar o Brasil

Há muitas opções no próprio espaço da Bienal 5. Pela cidade Para circular por Fortaleza, fique de olho no transporte público da cidade.O site www.etufor. ce.gov.br disponibiliza o itinerário dos ônibus. No celular o aplicativo gratuito Moovit traça rotas em transporte públicos e facilita a vida de quem precisa se encontrar em um local novo

EXPEDIENTE “O Pão” é o jornal da 10ª Bienal da UNE e seu nome é uma homenagem ao suplemento homônimo publicado pelo movimento literário-cultural cearense Padaria Espiritual. A agremiação surgiu em Fortaleza no ano de 1892 e congregou escritores, pintores, músicos e outros artistas que desejavam reinventar os modos e as esperanças de seu tempo. Jornalista responsável: Rafael Minoro (DRT/MG 11.287) | Equipe: Artênius Daniel, Cristiane Tada, Renata Bars, Natasha Ramos, Sara Puerta e Yuri Salvador | Projeto Gráfico: Vinícius Lourenço Costa | Endereço: Rua Vergueiro, 2485, Vila Mariana, São Paulo/SP – Cep: 04101-200 | Tel.: +55 11 5539.2342 | Fale com a UNE: contato@une. org.br | Fale com a comunicação: redacao@une.org.br | Fale com a assessoria de imprensa: imprensa@une.org.br | Site oficial: une. org.br | Faça a sua carteira: documentodoestudante.com.br | As-

6. Leve sempre com você RG, protetor solar, óculos escuros, chapéu ou boné, água, dinheiro trocado, carregador de celular

sessoria de comunicação: Contra Regras Comunicação.

COORDENAÇÃO DA 10ª BIENAL 7. Fique de olho Para não perder nada da programação fique de olho também no hotsite bienaldaune.org.br. O endereço eletrônico oficial funciona como um guia online do festival, com todas as atividades (debates, mostras e shows), informações e mapa do local

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Coordenação-geral: Patrícia de Matos | Coordenação de Áreas e Artes Visuais: Bruno Bou | Artes Cênicas: Camila Ribeiro | Literatura: Brenda Amaral | Audiovisual: Bel Vale | Extensão Universitária: Phillipe Ricardo | Cobertura Colaborativa: Daniela Rebello e Guilherme Imbassahy | Ciência e Tecnologia: Gabriel Nascimento | Música: Caíque Renan.


SALVE FREGUESIA

Entrevista: Elas Cantam Belchior Parafraseando uma das canções dele, ano passado nós morremos com esse golpe. E esse ano? Qual a expectativa de vocês em relação ao cenário político atual? Rodrigo - Os tempos são cruéis, mas cabe à gente ter força para sobreviver a isso. Se a gente já sobreviveu ao que aconteceu na década de 60/70, a gente tem que ter garra. Eu percebo que os artistas na cidade de Fortaleza e a arte que é feita aqui é muito de resistência, não tem comparação.

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m quarteto foi formado por cantoras e um cantor cearense para homenagear um dos grandes nomes da música brasileiro e orgulho da terra: Belchior. O projeto se apresenta pela primeira vez na Bienal da UNE, neste domingo, no Dragão do Mar.

chior e Fagner foram essenciais pra eu começar a me projetar enquanto cantor.

Repleto de performances, o espetáculo dialoga com o tema do festival, já que promete reinventar, desconstruir e reconstruir canções clássicas do compositor.

E o repertório? Vocês podem adiantar alguma coisa? Lorena - Vamos ter os clássicos, lógico, mas a gente escolheu algumas músicas bem lado B. A música ‘’Noves Fora’’, que é uma parceria do Belchior com o Fagner, é uma que muita gente não conhece. E terão outras repaginadas também, a gente pegou algumas músicas e desconstruiu com interpretações performáticas

Ao Pão, elas falaram sobre o surgimento do projeto, inspirações, política, movimento estudantil e claro, Belchior. Confira a entrevista: Por que Belchior? Lorena - Foi uma sugestão que nos deram e achamos muito massa. Da galera das antigas aqui do Ceará o que eu curto mais mesmo é o Belchior.. Sem contar que pra galera nova que está chegando é sempre bom eles o conhecerem. Rodrigo – Pra mim o Belchior foi muito decisivo pra eu sacar o que eu quero fazer na música. Tenho muita referência do Ney Matogrosso e Caetano, mas Bel-

Lídia – Eu já canto um pouco de Belchior no meu repertório porque a influência do Pessoal do Ceará na minha vida é muito grande. Inclusive eu gravei um clipe da música ‘’A palo seco’.

Isso inclusive dialoga com o tema da Bienal, que é Feira da Reinvenção. O que vocês acham disso, dessa força do povo brasileiro em se reconstruir? Nayra - É maravilhoso. Temos que nos reinventar, é algo necessário para dar continuidade à vida. É aquela coisa: tem gente que se afoga, mas tem gente que aprende a nadar na hora da necessidade e eu acho que a gente vai aprender a nadar e vai chegar numa praia bem linda.

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Belchior virou uma figura mítica, um “desaparecido’’. Por onde vocês acham que ele anda? Rodrigo- Se o cara não quer aparecer, deixa ele se esconder mesmo! Deixa ele dar o rolê dele. Se ele disse o que tinha pra dizer e agora está de boa para dormir na casa dele, deixa ele lá, eu odiaria ser perseguido. Lídia – Acho que é difícil viver num mundo assim desse jeito. E ser artista não é só você se expor. Belchior poderia ter feito só o disco Alucinação que teria marcado nossa vida da mesma forma. Então deixou o recado dele, deixa ele seguir a vida.

Fotos: Yuri Salvador

Fotos: Yuri Salvador

Lorena - Sem contar que o brasileiro em si mesmo é um povo que se reinventa, e eu acho que com certeza o contexto político dificulta muito as coisas, mas também um momento de crise é um momento em que a gente pode criar mesmo e se reinventar mais.

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CAPA

Pela décima vez, festival celebra a cultura viva que mantém passado e futuro da UNE

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m 1999, primeiro ano do segundo governo Fernando Henrique Cardoso, auge da ofensiva neoliberal no Brasil, o movimento estudantil brasileiro iniciava uma retomada. Era necessário trazer a cultura com toda força de volta ao seio das manifestações juvenis, após anos de ditadura e um processo turbulento de redemocratização. Na cidade de Salvador, em janeiro daquele ano, acontecia a primeira Bienal da UNE, um evento que trazia a cultura para o centro dos olhares nos movimentos de juventude. A proposta era unificar, em um mesmo evento, a produção cultural de dentro das universidades e também trazer atrações convidadas de grande destaque. “A linguagem da arte fala diretamente ao coração das pessoas, particularmente dos jovens”, relembra Ricardo Capelli, presidente da entidade na época. “Não tínhamos dinheiro, não tínhamos um conteúdo claro, não tínhamos apoio de nada nem de ninguém. Mas decidimos, fomos lá, e fizemos! Em Salvador, pois, além de sua tradição cultural, a cidade foi palco, 20 anos antes, do congresso de reconstrução da UNE”, explica. 2ª BIENAL E O CUCA DA UNE A iniciativa se firmou em fevereiro de 2001, com a realização da 2ª Bienal, no Rio de Janeiro. Quem conta a respeito do festival e como ele foi possível é o ex-presidente da UNE na época, Wadson Ribeiro: “Fomos beneficiados pela realização do Rock in Rio. Estávamos sem dinheiro para realizar a Bienal e conseguimos garantir que o Rock in Rio aplicasse a meia-entrada estudantil para quem tivesse a carteira da UNE. (na época o direito da meia-entrada não era nacionalmente regulamentado). Isso fez com que milhares de carteiras fossem produzidas para arcar com as despesas da Bienal”, lembra.

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Foi também durante a organização da 2ª Bienal da UNE que se discutiu uma forma de dar continuidade à produção cultural no movimento estudantil ao longo do resto dos anos. Dessa conversa surgiu o Circuito Universitário de Cultura e Arte, o Cuca da UNE. O primeiro núcleo do Cuca era coordenado por Luis Parras, Priscila Lolata, Ernesto Valença, Ana Petta e Danilo Moreira. DA CULTURA POPULAR ÀS VOZES DO BRASIL A Bienal da UNE, desde então, não parou de crescer e se tornou o maior festival estudantil da América Latina. A terceira edição do evento aconteceu em Recife trazendo como mote a cultura popular e grandes nomes como o escritor Ariano Suassuna. Já a quarta Bienal foi sediada em São Paulo, fazendo uma reverência à integração dos povos do continente com o tema “Soy Loco Por Ti America”, com a presença de convidados do Brasil e do exterior. Investigando mais a fundo os elementos de formação da sociedade brasileira, o festival chegou a sua quinta edição tendo como inspiração a presença africana na cultura do país. O tema foi “Brasil-África: um Rio chamado Atlântico” e a Bienal teve como casa a região da Lapa no Rio de Janeiro. “Raízes do Brasil” foi a temática da sexta edição, novamente em Salvador.


Foto: Vitor Vogel

Apresentação de Criolo no encerramento da 9a Bienal da UNE, no Rio de Janeiro

Em seguida, o evento retornou para o Rio e trouxe uma homenagem ao samba, ritmo musical símbolo da brasilidade em suas diversas manifestações. Com a presença de figuras como Beth Carvalho, Martinho da Vila, Arlindo Cruz e Elza Soares, o encontro ocupou diversas localidades da capital fluminense. A oitava Bienal celebrou o nordeste, a partir da obra de Luiz Gonzaga e do tema “A volta da Asa Branca”. As cidades de Olinda e Recife sediaram a festa, com grandes shows e uma culturata de encerramento pelas ladeiras do carnaval pernambucano. Já a última Bienal, mais uma vez no Rio de Janeiro, investiu no tema “Vozes do Brasil” para debater as diversas formas de linguagem e expressão da juventude brasileira. A casa do festival foi a Fundição Progresso e os Arcos da Lapa, cenário de apresentações marcantes como a do rapper Criolo para cerca de 30 mil pessoas.

PASSADO E FUTURO Para um dos fundadores do Cuca da UNE, Tiago Alves, que participou da produção de todas as edições do festival, a Bienal é fruto do maior período de liberdade que a UNE teve para desenvolver sua atuação cultural. “O Centro Popular de Cultura da UNE (movimento cultural da entidade nos anos 1960) foi talvez a experiência mais midiática, mas o golpe militar de uma maneira interrompeu todo o desenvolvimento do trabalho. Já a Bienal consegue chegar aos seus 18 anos. É essa persistência, esse trabalho contínuo que leva o evento a ser o que é hoje”, destaca.

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A coordenadora do Cuca desde 2015, Patrícia de Matos, quer que essa edição fique marcada, de acordo com seu tema, como um grande momento de reinvenção. “Vamos chegar aos 80 anos da UNE com a Bienal posicionada, mais uma vez, no olho do furacão da luta política brasileira. A UNE sempre teve lado e acho que este é o momento de se reinventar para continuar fazendo a luta do nosso tempo”, defende.

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VENDENDO O PEIXE: QUEM ESTÁ NA BIENAL

MÃO NA MASSA Quem faz a Bienal

Coletivo Zóio Nós, do Coletivo Zóio, temos atuação nas comunidades de Fortaleza formando grupos de comunicação popular. O intuito é criar uma plataforma de mídia alternativa com núcleos regionais baseados na divisão local da cidade. Com o método de oficinas, atuamos em um processo de rotatividade nas seis regionais da capital cearense através de práticas do uso da fotografia e conhecimento das novas mídias. Nosso interesse em atuar na área de comunicação surgiu após um curso de fotografia de retratos realizado no CUCA Mondubim, pelo fotógrafo José Albano.

Nesse processo, um dos nossos integrantes teve a ideia de formar um coletivo de fotografia voltado para a narrativa periférica em que pudesse ressignificar o olhar às comunidades. A partir disso, reuniões abertas começaram a ser convocadas pelas redes sociais para quem desejasse fazer parte do projeto. Os pontos de encontro eram os centros culturais em bairros periféricos como Jangurussu, Mondubim e Barra do Ceará e várias pessoas (fotógrafos e não fotógrafos) começaram a participar da construção do coletivo. A ideia do nome veio do fotógrafo Chico Gomes que declarou apoio ao projeto. No mês de novembro de 2015, após a chacina da Grande Messejana, junto aos coletivos Nigéria e Voz e Vez das Comunidades, participamos do processo de filmagens do documentário “Onze - A maior chacina da história do Ceará” recebendo menção honrosa no festival Cachoeira Doc. Nossa atuação também se dá através de coberturas de manifestações, ocupações e ações com movimentos sociais, entendendo o papel fundamental da mídia alternativa como contraponto à grande mídia que noticia de acordo com os interesses de quem a financia.

Gilda Mendes Produtora de mostras artísticas A carioca Gilda já está embarcando na sua quinta Bienal. Aos 41 anos, ela carrega uma grande bagagem de festivais que ajudou a montar e conta que os amigos que ganhou e a oportunidade de conhecer mais o Brasil são as melhores coisas do seu trabalho. ‘’É incrível o conhecimento adquirido. Diversidade que representa a coletividade e muitas visões nos sentidos mais amplos dessas palavras. A Bienal é uma porta aberta para a cultura do nosso país’’, opina.

BAPHÃO DO DRAGÃO: EXCLUSIVAS DA BIENAL FILÉ DE BROCÓLIS Uma turma de vários lugares do Brasil se mudou para Fortaleza há três meses, para erguer essa Bienal. Vários costumes e muitos sotaques se juntaram, mas uma coisa se tornou comum: todos tiveram que se disciplinar para a dieta vegetariana. Isso porque um dos moradores ofereceu na casa os seus dotes de cozinheiro, porém, sem carne no cardápio. Tudo saudável, feito com amor e, também, dentro do orçamento apertado da galera! REGGAE OU FORRÓ? Teve gente saidinha da organização da Bienal que chegou a Fortaleza e foi com toda sede ao pote se introduzir na cultura local. Afinal, o objetivo é esse mesmo, viver a cidade e tudo de

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melhor que ela tem! Mas lá pelas tantas, ele caiu para o reggae, gênero musical bem forte no Ceará. Essa figura só não sabia que por aqui o lance é coladinho. Seja reggae ou forró, o que o cearense quer é dançar juntinho, bem pertinho, trocar um suorzinho mesmo. Dançou! DRAGÃO CHINÊS E DRAGÃO CEARENSE Quando ficou sabendo que a 10ª Bienal seria em um lugar chamado Dragão do Mar, um estudante viu as fotos da estrutura vermelha do espaço e foi logo achando que a parada tinha a ver com China, seus dragões e sua cultura. Nada disso, meu caro. O arquiteto Fausto Nilo, responsável pelo projeto do Dragão, explica que se inspirou foi nas Casas de Engenho do interior do Ceará. Tá entendido!

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Vinícius Costa Designer O mineiro de 45 anos Vinícius Costa é o responsável pela identidade visual da 10ª Bienal. Em sua segunda participação no festival estudantil, o designer diz que criar para um evento como este é um grande desafio. ‘’A identidade tem que passar o que o tema exige, isso é fundamental. Lembro da 7ª Bienal, da qual também participei e foi o meu primeiro contato com esse universo. A necessidade era um resultado de ponta e conseguimos. Esse foi o mesmo objetivo agora’’, diz.


HOJE NA BIENAL

29/JAN DOMINGO

10H ÀS 13H - ENCONTRO I TEMA: A reinvenção do Pessoal do Ceará CONVIDADOS: Rodger Rogério (Cantor e compositor), Dalwton Moura (jornalista e produtor musical), Inácio Arruda (Secretário de Ciência e Tecnologia do Estado do Ceará), Nirton Venâncio (Cineasta) LOCAL: Teatro Dragão do Mar 14H ÀS 17H - SEMINÁRIO DO CUCA TEMA: Políticas Culturais em tempos de resistência CONVIDADOS: Evaldo Lima (Secretário de Cultura de Fortaleza CE), Ivana Bentes (Professora da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ), Afonso Oliveira (Secretário de Cultura de Olinda PE), Marcelino Granja (Secretário de Cultura de Pernambuco), Javier Alfaya (Ex-presidente da UNE) LOCAL: Auditório Espaço Mix Dragão do Mar 15H ÀS 17H - ATO E LANÇAMENTO DOS LIVROS DO GOLPE 2016 LIVROS: “Por que gritamos Golpe?”, “O Ceará e a resistência ao Golpe 2016”, “Golpe 16” CONVIDADOS: Marcelo Uchôa (Escritor), Renato Rovai (Jornalista e escritor), Edson Silva (Coordenador da Intersindical), Adilson Araújo (Presidente Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil-CTB), Camila Lanes (Presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas-UBES LOCAL: Palco Praça Verde Historiador Raimundo Girão

Eryk Rocha

Juca Ferreira

17H ÀS 20H - ENCONTRO II TEMA: A reinvenção da cultura na defesa da democracia no Brasil CONVIDADOS: Juca Ferreira (Ex-ministro da Cultura do Brasil), Ana Petta (Atriz e cineasta da Clementina Filmes), Tico Santa Cruz (Cantor e compositor), Liliane Oliveira (Marcha Mundial das Mulheres-MMM) LOCAL: Teatro Dragão do Mar 17H ÀS 20H - ENCONTRO III TEMA: Reinvenção da economia e as saídas para a crise DEBATEDORES: Ciro Gomes (Ex-governador do Ceará), Luciana Genro (Ex-deputada federal Psol RS) LOCAL: Praça Verde Historiador Raimundo Girão

Ciro Gomes

Luciana Genro

17H ÀS 20H - MOSTRA CONVIDADA DE AUDIOVISUAL FILME: Cinema Novo DURAÇÃO: 90’’ CONVIDADO: Eryk Rocha (Diretor do filme) LOCAL: Sala 2 Cinema do Dragão – Fundação Joaquim Nabuco 23H ÀS 2H - MOSTRA CONVIDADA DE MÚSICA DJ: Miguel Pontes VJ: Max Leguiza Tributo “Elas cantam Belchior” (Nayra Costa, Lídia Maria, Mulher Barbada, Lorena Nunes) Selvagens à Procura de Lei LOCAL: Praça Almirante Saldanha (Praça do credenciamento)

Selvagens à Procura de Lei

Tico Santa Cruz

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CAIU NA REDE, É BIENAL

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