Jornal o pao 10 bienal numero 3

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A BIENAL QUENTINHA NA SUA MÃO

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Foto: Vitor Vogel / CUCA da UNE

INFORMATIVO ESPECIAL DA 10ª BIENAL DA UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES - FORTALEZA, CENTRO DRAGÃO DO MAR DE ARTE E CULTURA - 31 JAN 2017

Estudantes da mostra selecionada apresentam trabalhos em diversas linguagens

UNIVERSIDARTE


THIAGO “PARÁ”

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ivemos hoje uma crise estrutural do modo de produção capitalista. Essa crise tem aspectos de ordem econômica, política, ambiental e também social. E nesta conjuntura internacional extremamente complexa e adversa, o imperialismo busca dominar mais e mais países, financiando golpes e processos de desestabilização de governos progressistas, especialmente em países de capitalismo periférico como os da América Latina. No Brasil, essa situação acelerou o esgotamento do neodesenvolvimentismo, projeto de país que foi formulado e aplicado pelos governos que se sucederam desde 2002, construindo as condições para o golpe de estado que veio fantasiado de impeachment. Com o esgarçamento dessa política, dada a situação internacional e nacional, havia dois caminhos a seguir. Ou fazia-se um pacto com o povo brasileiro, aprofundando suas conquistas econômicas e sociais, ou cedia-se à burguesia internacional e ao capital financeiro impondo retrocessos às trabalhadoras e trabalhadores. Essa lógica foi a que prevaleceu. O resultado foi a perda de legitimidade do governo frente à classe trabalhadora, o avanço dos setores golpistas e a consequente destituição ilegítima. Neste momento em que se passaram alguns meses do golpe, podemos dizer que a esquerda no Brasil vive uma derrota do ponto de vista da sua estratégia. O que isso quer dizer? A esquerda no último período apostou quase que exclusiva-

mente na tática eleitoral institucional, em detrimento da organização popular, da disputa da consciência do povo e, sobretudo, a disputa pelo poder político. Por isso, esse momento histórico nos coloca uma tarefa muito concreta: Reinventar a política! Reinventar os nossos métodos de lutas, tendo como inspiração os escrachos e ocupações das escolas e universidades. Reinventar, com muita unidade, uma estratégia coletiva para a saída dessa crise econômica, social, ambiental e política! Reinventar as nossas ferramentas de organização do povo brasileiro, apostando em iniciativas como a Frente Brasil Popular.

Foto: Grito Propaganda

Reinventar a Política!

DIRETORIA EXECUTIVA UNE GESTÃO 2015-2017

Presidenta: Carina Vitral | Vice-presidenta: Moara Correa Saboia | Secretário-geral: Thiago “Pará” | 1ª Vice-presidenta: Katerine Oliveira | 2ª Vice-presidenta: Tamires Gomes Sampaio | 3° Vice-presidenta: Taíres Santos | Tesoureiro-geral: Ivo Braga | 1° Tesoureiro: Vinicyus Sousa | Movimentos Sociais: Felipe Malhão | Jurídico:

Que fique registrado, claro. Reinventar não significa negar tudo o que a classe trabalhadora acumulou nesses últimos anos. Mas significa, a partir das nossas experiências, realizarmos uma auto crítica coletiva enquanto esquerda brasileira, buscando um salto de qualidade. É necessário acumular e alterar a correlação de forças da sociedade, abrindo caminho para a transformação radical do país. Vamos Reinventar a política junto ao povo, recuperar sua confiança e sobretudo, sua esperança em lutar e construir um país melhor! Thiago “Pará” Secretário-geral da UNE

Rarikan Heven | Relações Internacionais: Marianna Dias | 1ª Dir. Relações Internacionais: Camila Souza | Cultura: Mel Gomes| Direitos Humanos: Luiza Foltran | Extensão Universitária: Mariara Cruz | Políticas Educacionais: Mariana Maia | Universidades Públicas: Grazielle Monteiro | Universidades Privadas: Josiel Rodrigues | Comunicação: Mateus Weber | Relações Institucionais: Iago Montalvão.

EXPEDIENTE “O Pão” é o jornal da 10ª Bienal da UNE e seu nome é uma homenagem ao suplemento homônimo publicado pelo movimento literário-cultural cearense Padaria Espiritual. A agremiação surgiu em Fortaleza no ano de 1892 e congregou escritores, pintores, músicos e outros artistas que desejavam reinventar os modos e as esperanças de seu tempo. Jornalista responsável: Rafael Minoro (DRT/MG 11.287) | Equipe:

LADO C INAUGURA SEUS CIRCUITOS

Artênius Daniel, Cristiane Tada, Renata Bars, Natasha Ramos, Sara Puerta e Yuri Salvador | Projeto Gráfico: Vinícius Lourenço Costa | Endereço: Rua Vergueiro, 2485, Vila Mariana, São Paulo/SP – Cep: 04101-200 | Tel.: +55 11 5539.2342 | Fale com a UNE: contato@une.

10 Circuitos Culturais por diferentes lugares de Fortaleza e região metropolitana, do centro à periferia, do urbano ao rural, de comunidades indígenas a coletivos de hip-hop. As saídas acontecem da Praça Verde. Alguns percursos já estão com vagas esgotadas. Outras ainda estão abertas. Procure os coordenadores para obter informação. PERCURSO 1: SERVILUZ DAS ARTES PERCURSO 2: Expresso da Praia PERCURSO 3: Para Desvendar Fortaleza – Projeto Percursos Urbanos

O PÃO

PERCURSO 4: Antigo Povoado de Moita Redonda-Cascavel-Ceará e Museu Vivo de Barro. PERCURSO 5: FORTALEZA MARGINAL PERCURSO 6: Barra do Ceará / Águas, afeto e resistência. LOTADO! PERCURSO 7: Mondubim dos bons ares, narrativas e aventuras estéticas. PERCURSO 8: Visita à República Colaborativa do Conjunto Palmeiras PERCURSO 9: Território da Paz | Grande Bom Jardim PERCURSO 10: Messejana da Preservação, da Literatura ao Mangue

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org.br | Fale com a comunicação: redacao@une.org.br | Fale com a assessoria de imprensa: imprensa@une.org.br | Site oficial: une. org.br | Faça a sua carteira: documentodoestudante.com.br | Assessoria de comunicação: Contra Regras Comunicação.

COORDENAÇÃO DA 10ª BIENAL Coordenação-geral: Patrícia de Matos | Coordenação de Áreas e Artes Visuais: Bruno Bou | Artes Cênicas: Camila Ribeiro | Literatura: Brenda Amaral | Audiovisual: Bel Vale | Extensão Universitária: Phillipe Ricardo | Cobertura Colaborativa: Daniela Rebello e Guilherme Imbassahy | Ciência e Tecnologia: Gabriel Nascimento | Música: Caíque Renan.


SALVE FREGUESIA

Foto: Cafira Zoe

Entrevista com Zé Celso Martinez

P

rovocamos o grande Zé Celso Martinez, diretor do Teatro Oficina (SP) a falar um pouco da sua participação na Bienal da UNE e do seu tema. Leia abaixo apenas uma das suas respostas. Confira a íntegra em www.une.org.br O tema da 10ª Bienal da UNE é a “Feira da Reinvenção”. Queria que você comentasse um pouco sobre essa necessidade humana de reinventar-se... É mais q da hóra a Reinvenção ser tema deste Congresso Nacional da UNE 2017. Talvez não como uma Feira. A Reinvenção Humana não tem nada a ver com este nome Mercantil de Quermesse. A necessidade humana sobretudo depois de um Golpe de Estado no Brasil q não foi só parlamentar, a Vitoria d Trump nos EEUU, q acabaram de tomar o Estado lá y cá y em muitos lugares do Mundo pra uma Regressão q é o oposto da Reinvenção. O Golpe foi a vitória dos Grupos de Ódio, os “haters” q Des-Inventaram o ser humano .Hoje nem se sabe mais ,o q é uma Pessoa, só o quanto cu$ta. Não vale só saber se você está do lado do bem do Super Homem Camarada Moro ou do

MAL do chamado de Chefe de Quadrilha” Lula. Cair neste maniqueísmo é o pior q pode acontecer ao q se supõe ser o ser chamado de Reinvenção do Humano. O Estado nem mais precisa de Lobby$ta$ pras Propinas, pois o Marketing hoje, é o próprio aparelho de Estado.Tudo fake. Caras e bocas. O Eterno Retorno ao ser humano, além do bem e do mal,é condição de ReInvenção do além do Humano. Nos Atos Culturais-Políticos no Teat(r) o Oficina contra o Impechment as jovens da UNE presentes, nos surpreenderam quando não só estiveram acordes ,como também nos incentivaram a virar a Mesa da Burocracías das “Assembléias”. O Ator Mariano Matos num Ritmo Vivo,Libertário de Palhaço Atuou com Humor y Alegría, como Coordenador destes Atos, totalmente ligado às Multidões q lotavam as Galerias, dentro e fora ,na Rua do Oficina, onde havia um Telão de Vídeo, pros q não conseguiram entrar.Mas o Telão não o limitava. No Oficina, com suas portas abertas pra rua, Mariano estava presente corpo a corpo com os q estavam fóra.

fogo! Grupos de Afoxé faziam Macumba Explicita pra Xangô, na Pista do Oficina fechada pra impedir q o Público se instalasse no Terreno do Entorno q conseguimos em 36 anos de Luta não deixar q se contruissemm Torres de E$peculação Imobiliária. A PM estava nos Cercando, protegendo a Propriedade do Grupo Silvio Santos. Os q Tinham o q Falar , falavam sem clichês na atmosfera libertária. A burocracia habitual das Assembléias dançou.. Sem “questões de ordem, companheiro”; “a nível de”... etc. A Filósofa Marilena Chauí deu uma de suas mais Inpiradas Aulas sobre o q é Cultura, num clima q trazia o fervor das Grandes Revoluções da Humanidade. Foram essas Meninas Universitárias, q ousaram convidar o Teat(r)o Oficina pra este Congresso de 2017 da UNE. Sinal dos Tempos! Durante a Ditadura o Oficina foi expulso de Congressos, de Comícios desta Entidade. A linguagem era então de “aparatchik”: “Palavras de Ordem. Sei q este formato ainda é quase dominante, “mas neste Congresso ,mais q nunca, por uma questão de Eficácia Política nos dias de hoje, a linguagem Política há de ser Reinventada.Não condiz com o fato de ser , não sei se é ignorância minha: mas a UNE, representa os Estudantes Universitários.Nos cursos de Linguística, Filosofia, Literatura, Cinema, Internet por maior q seja a Crise na Universidade Brasileira, a complexidade Humana, Estética, Científica,Política é re-estudada y não é baseada na linguagem política maniqueísta.

Grupos culturais das Periferias se apresentavam com Funk ,Hip-Hop pegando

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JANEIRO/FEVEREIRO - 2017


CAPA

Foto: Grito Propaganda

UMA (A)MOSTRA DA ARTE ESTUDANTIL BRASILEIRA

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ais de 100 trabalhos de estudantes do Brasil foram selecionados, entre mais de mil inscritos, para compor a mostra estudantil da Bienal da UNE. O festival continua sendo a principal vitrine do que é produzido atualmente dentro da universidade brasileira, revelando novas intervenções da juventude no campo das artes visuais, literatura, música, artes cênicas, audiovisual, além dos projetos de Ciência, Tecnologia e Extensão universitária. No Dragão do Mar, os trabalhos estão sendo prestigiados pelos participantes da Bienal, de todas as regiões do país, pela população local e também por outros artistas do festival. O diretor José Celso Martinez, do Teatro Oficina (SP), foi chamado para acompanhar alguns dos espetáculos produzidos pelos estudantes pessoalmente. Já o sarau da mostra selecionada de literatura está interagindo com o sarau convidado e seus escritores, em um processo de troca e aprendizado para ambas as partes. Os artistas estudantes da música se apresentaram todos ontem no palco principal do festival, recebendo o prestígio do grande público que também compareceu para assistir ao show de Gaby Amarantos. Já a mostra selecionada de artes visuais tem envolvido performances pelos diferentes espaços do Dragão do Mar, atingindo as pessoas que visitam o espaço durante o dia.

O PÃO

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ALGUNS DESTAQUES DA MOSTRA Audiovisual Dentro da mostra, o compilado de curta metragens “Ocupa Rede” foi um dos destaques. O filme conta a trajetória e o cotidiano das ocupações dos prédios da UFF (Universidade Federal Fluminense) contra a PEC 55. Para Carolina Lobo, uma das diretoras do filme e estudante de cinema da universidade, a reinvenção no cinema parte dos estudantes, que cada vez mais produzem filmes com conteúdo político. Exibido nessa segunda feira (30), o experimental “Latossolo” também se destacou. Com uma montagem dinâmica, retratou as transformações de uma cidade, da terra e do homem com o desenvolvimento. Quem assina é Michel Silva dos Santos, da UFRB (Universidade Federal do Recôncavo Baiano).


Foto: Bárbara Marreiros- CUCA da UNE

Artes Visuais A mostra selecionada de Artes Visuais contou com ações criativas e provocativas, como a performance do estudante de artes e grafiteiro, Albert Lazarini Oliveira, ou Alo, como é conhecido. Durante a vernissage, Alo apagou o próprio painel de grafite com tinta cinza, em protesto ao programa Cidade Linda, encabeçado pelo prefeito de São Paulo, João Dória. As performances, aliás, foram a surpresa da mostra selecionada desta edição. Ao todo foram seis trabalhos que provocaram os sentidos do público que visitou o espaço. Música O grupo Mulheres de Buço, da Universidade Federal Fluminense foi uma das atrações da mostra selecionada de Música da Bienal. Formado por nada menos que dez mulheres o grupo utiliza o funk como base para tratar da liberdade do corpo feminino dentro de uma sociedade patriarcal e heteronormativa. As performances são cheias de suingue e questionamento. ‘’Nós não somos belas, recatadas e do lar. Nós somos divas, bagaceiras e do open bar’’. Literatura Entre os selecionados de Literatura quase metade, 17, são do Norte e Nordeste. E a geografia definitivamente influenciou o conteúdo dos textos, como o do poema “Acre, meu exílio”, de Remilson Queiroz Júlio, da Universidade Federal do Acre (UFAC), que aborda as

revoltas que o povo acreano enfrentou para se integrar ao território brasileiro. A homenagem à poesia marginal foi representada pela poesia concreta do estudante da Universidade Federal do Ceará, Lúcio Alves Gurgel Jr, que usou como tema um dos assuntos mais recorrentes na literatura portuguesa desde Camões: a saudade. O feminismo também é marcante na temática dos trabalhos, como no poema “Ode à Mulher Negra”, da estudante da Universidade De Brasília (Unb), Isabelle Prado.

Extensão O projeto ‘’Encanto dos Astros’’, que tem como objetivo fomentar o ensino de astronomia impressionou quem passou pela mostra selecionada de Projetos de Extensão desta 10ª Bienal. A ideia dos estudantes piauienses Jerônimo Andrade e Anderson do Nascimento é espalhar conhecimento sobre as estrelas, eclipses, fases da lua e ampliar a grade curricular das escolas brasileiras. Ciência e Tecnologia A Mostra selecionada de Ciência e Tecnologia conta com 108 trabalhos em seis diferentes áreas. As pesquisas em grande parte fazem análises sociais e, nessa 10ª edição , os trabalhos questionam e apontam caminhos contra opressões. Os estados de Pernambuco, Minas Gerais e da Bahia tiveram muitos trabalhos selecionados dessa vez. Também são destaques as pesquisas de mestrado “Precarização da Educação Superior” , da estudante Thaíssa Câmara pela UFC ( Universidade Federal do Ceará) e “A saúde das mulheres no campo, de Maria Rafaela Araujo, UPE (Universidade de Pernambuco).

Artes Cênicas Na mostra selecionada de Artes Cênicas, um dos destaques é o Coletivo Ocupa Teatro, formado por estudantes de mais de 10 cursos diferentes da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). O grupo se formou durante a ocupação das universidades de Minas Gerais e veio pra Bienal com o espetáculo Benedites, um musical que abusa das Artes Visuais e parte de de músicas da cantora Elza Soares para falar sobre o corpo negro, sua marginalização, embranquecimento e questões de gênero. Outro espetáculo de destaque é a peça Debaixo da Pele do Grupo de Teatro Eureka, formado dentro do curso de Licenciatura em Teatro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O espetáculo é um convite a conhecer a história do negro no Brasil, da chegada dos primeiros navios negreiros até o genocídio da juventude negra que acontece hoje. 5

JANEIRO/FEVEREIRO - 2017


MÃO NA MASSA Foto: Yuri Salvador

Quem faz a Bienal

Ivo Braga Tesoureiro-geral da UNE Trazer a Bienal da UNE para Fortaleza, capital do Ceará e um dos principais pólos da cultura nordestina, foi um desafio que começou no início da atual gestão da UNE. Para dar cabo desse projeto, grande parte do trabalho ficou para um representante cearense da diretoria da entidade, Ivo Braga, 26 anos, estudante de Jornalismo da Universidade Federal do Ceará e tesoureiro da UNE.

“Durante meses, tentamos conversar com os representantes da cidade, do governo do estado, para buscar o apoio e a viabilidade da Bienal. Sabemos o tamanho que ela tem e que ela iria movimentar muito Fortaleza”, afirma. Segundo Ivo, o processo foi marcado também pelos clássicos “chás de cadeira” na hora de marcar as reuniões e buscar os apoios. Parte das dificuldades teve a ver com os acontecimentos do ano de 2016 e a deposição ilegítima da presidenta da República.

“A UNE se mobilizou intensamente contra o impeachment, utilizou os seus recursos para promover seus atos, passeatas, a favor dessa resistência. Isso impactou completamente a pré-produção da Bienal, atrasou o nosso cronograma, fez com que começássemos do zero. Mas no fim tudo deu certo, diz. Para ele, a cidade e os estudantes saem ganhando com a realização do festival. “A cidade acaba por conhecer melhor a UNE, saber que ela não é aquela coisa apenas fechada com a cara dos anos 1960. Fortaleza descobriu que a UNE é dinâmica, moderna, feita por gente de todos os tipos. Já os estudantes descobrem um pouco mais da história do Brasil a partir do nosso estado, da luta contra a escravidão, do Dragão do Mar, da cultura local. Fortaleza ajuda a UNE a entender o que é ser brasileiro”, acredita.

Foto: Vitor Vogel- CUCA da UNE

Bienal Colaborativa

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licar, gravar, editar, descrever ou narrar cada detalhe da 10ª Bienal da UNE é a missão do time de mais de 70 pessoas que participam da cobertura colaborativa do festival. As ações de mídialivrismo na Bienal são organizadas pelo Circuito Universitário de Cultura e Arte (Cuca) da UNE, que pela primeira vez organizou uma estrutura ampla para a produção de conteúdo. O trabalho é promovido de forma independente por fotógrafos, videomakers, comunicadores e ativistas de diferentes áreas. O PÃO

De acordo com uma das organizadoras da cobertura, Daniela Rebelo, 22 anos, a proposta de trazer muitos olhares para o festival foi a conseqüência natural das recentes atividades do Cuca . “Estamos nesse processo de expansão das nossas ações de comunicação, de realização de coberturas criativas dos atos do movimento estudantil e do movimento social. Isso tudo gerou a necessidade de formar uma rede grande na Bienal”, afirma.

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A rede, de fato, foi tão grande que chegou a receber mais de 500 inscrições de pessoas que desejaram se integrar em Fortaleza: “Temos pessoas do cinema, pessoas filmando com drones, muitos tipos de colaboração”, explica Guilherme Imbassahy, outro coordenador do grupo colaborativo. “O midiativismo no Cuca é algo novo, que surgiu nessa última gestão, uma virada de chave para começar a contemplar, além da arte, a comunicação. Isso faz parte de um movimento nacional,ao lado de outras iniciativas, que não para de crescer desde o ano de 2013”, completa. Para participar da cobertura colaborativa, é necessário procurar a organização no primeiro andar do Teatro do Sesc, no Dragão do Mar. Para acompanhar a cobertura, siga o Cuca da UNE em: facebook.com/cucadaune Veja algumas fotos da cobertura na pag 8.


HOJE NA BIENAL

Emicida

31/JAN TERÇA

10H ÀS 13H - ENCONTRO VI TEMA: A reinvenção da comunicação e as novas narrativas CONVIDADOS: Fábio Malini (Laboratório de estudos sobre Imagem e Cibercultura-Labic), Renata Mieli (Presidenta do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação-FNDC), Luizianne Lins (Deputada Federal PT CE), Antônio Alonso (Instituto Lula) LOCAL: Sala 2 Cinema do Dragão - Fundação Joaquim Nabuco 10H ÀS 13H - ENCONTRO VII TEMA: Reinvenção das fronteiras DEBATEDORES: Larissa Leite (Coordenadora do Programa de Proteção do Caritas Brasileira), Atila Roque (Presidente da Anistia Internacional Brasil), André Brayner (Membro do Instituto África e Mestre em Direito Constitucional pela Universidade de Fortaleza), Fernando Haddad (Ex-prefeito de São Paulo), Socorro Gomes (Presidenta do Conselho Mundial da Paz), Josué Medeiros (Ex-membro da Secretaria Nacional de Juventude-SNJ), Tatiana Berringer de Assumpção (Professora de Relações Internacionais da Universidade Federal do ABC-UFABC) LOCAL: Palco Praça Verde Historiador Raimundo Girão 14H ÀS 17H - SEMINÁRIO DO CUCA TEMA: Encontro de redes culturais CONVIDADOS: Pablo Capilé (Fora do Eixo), Bruno Ramos (Liga do Funk), Emiliano Fuentes Firmani (CUCA Argentina), Dyonne Boy (Reage, artista, Ocupa MinC), Beto Teoria (Nação Hip Hop Brasil), Thiago Vinicius (Agência Solano Trindade), Fernando Sato (Casa da Lapa), Laura Capriglione (Jornalistas Livres), Preto Zezé (Central Única das Favelas-Cufa), Andrey Lemos (Presidente da União Nacional LGBT), Isabela Azevedo (Coletivo de Comunicadoras da Marcha Mundial de Mulheres-MMM)

LOCAL: Auditório Espaço Mix Dragão do Mar

Erivam

15H ÀS 17H - AULA MAGMA DA 10ª BIENAL DA UNE CONVIDADO: José Celso Martinez Corrêa (Presidente e diretor artístico da Associação Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona) Local: Palco Praça Verde Historiador Raimundo Girão 17H ÀS 20H - MOSTRA CONVIDADA DE AUDIOVISUAL - MEMÓRIA DO MOVIMENTO ESTUDANTIL FILME: Praia do Flamengo 132 DURAÇÃO: 140” CONVIDADOS: Vandré Fernandes (Diretor do filme), Franklim Martins (Instituto Lula), Gustavo Petta (Vereador de Campinas) LOCAL: Sala 2 Cinema Dragão do Mar Fundação Joaquim Nabuco

Franklin Martins

20H ÀS 22H - MOSTRA CONVIDADA DE ARTES CÊNICAS ESPETÁCULO: Navalha na Carne COMPANHIA: Teato Oficina Uzyna Uzona LOCAL: Teatro Dragão do Mar 20H ÀS 22H - MOSTRA CONVIDADA DE AUDIOVISUAL FILME: Cinco Vezes Favela DURAÇÃO: 92’’ DIRETOR: Cacá Diegues, Joaquim Pedro de Andrade, Leon Hizsman, Marcos Farias e Miguel Borges LOCAL: Sala 2 Cinema Dragão do Mar Fundação Joaquim Nabuco 23H ÀS 2H - MOSTRA CONVIDADA DE MÚSICA DJ: Guga de Castro VJ: Max Leguiza / Preta Rara / Guetto Roots / Erivan / Emicida LOCAL: Praça Almirante Saldanha

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Fernando Haddad

Teatro Oficina

JANEIRO/FEVEREIRO - 2017


Patrocínio:

Foto: Vitor Vogel- CUCA da UNE

Vitor Vogel- CUCA da UNE

Foto: Vitor Vogel- CUCA da UNE

Foto: Vitor Vogel- CUCA da UNE

Foto: Vitor Vogel- CUCA da UNE

Foto: Marcelo Rocha - Mídia Ninja

Foto: Vitor Vogel- CUCA da UNE

Foto: Cristhian Jeovane- CUCA da UNE

Foto: Tarcísio Feijó - CUCA da UNE

Foto: Grito Propaganda

UNE 2015-2017

COBERTURA COLABORATIVA

Apoio:

Realização:


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