Impresso imobiliario º59

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REESCREVENDO A NOTÍCIA

A Máquina

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áquinas que imprimem próteses, pinos ou placas de titânio são uma revolução na medicina. Bem-vindos à tecnologia 3D! Você já imaginou ter máquinas de impressão de comida, roupas, sapatos? A tecnologia destas impressoras 3D se apresenta tímida ao público. A gente vê aquelas pecinhas mal lapidadas de cor azul, de impressoras que hoje você já compra por até R$7 mil reais... Mas a super impressora, com lapidação perfeita à luz, não está à venda. Os ‘cartuchos’ podem ser de plástico, cerâmica, metal, madeira, papel, cimento e até sal. Qualquer coisa à mão pode ser matéria prima. Estaremos imprimindo tudo em bre-

ve, incluindo móveis, talheres... imprimindo automóveis... usando como ‘cartucho’ o material reciclável. E vida? Dá pra imprimir? Já existem impressoras de órgãos – bioimpressão. Pode estar acessível a todo hospital em 5 anos. O material de impressão é a célula tronco, mas ainda falta o designer... As estruturas humanas são complexas, mas uma orelha já foi impressa. Feita de células humanas e nanopartículas em hidrogel, pode ser conectada a neurônios e receber sinais auditivos imperceptíveis ao ouvido humano. Com um par de orelhas dessas, um olho que tudo vê, um braço e uma perna ciborgue, quem te para? Não demora a gente vai poder


Nº 59 - 2013 imprimir até gente e a clonagem orgânica não vai ser exclusividade da ciência, mas de um mercado. Você, em casa, pode imprimir uma cortina de seda, uma mesa de madeira extinta, ou seu bicho de estimação... Não há limites para as possibilidades. Tudo o que for físico, poderá ser copiado e impresso. Azulejos portugueses do século XVIII, pinceladas de Da Vinci. E não acaba aí... Impressoras poderão imprimir máquinas que imprimem impressoras, com autonomia de auto-reprodução - o que poderia causar um completo descontrole de natalidade ciborgue no planeta Terra. Máquinas que imprimem prédios inteiros, pontes, estações... A NASA estuda criar as bases em Marte com estas máquinas e imprimir cada placa e parafuso que servirá de novo lar dos humanos. E quanto mais a gente pensa, mais imagina, mais inesperado é o que essa tecnologia pode trazer pra gen-

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te. E, enquanto a gente tá aqui pensando, impressoras 4D, 5D, já estão imprimindo coisas que a gente não viu ainda. E enquanto imaginamos um futuro onde tudo se copia... Um futuro onde os DNAs viajarão em bytes... Onde o esforço humano está extinto... Enquanto a gente imagina o futuro, a gente acalma. Não de hoje, uma calma impaciente. Uma calma que não entende tudo tão rápido assim. Os dias de hoje já amanhecem com informação. Uma informação ininterrupta. Cedo, nos alimentamos de bytes, pixels e hertz. A gente quer saber de tudo

um pouco como se fosse máquina. E a gente é a máquina mais perfeita da natureza. A mais complexa e perfeita tecnologia. A gente, quando pensa em gente, pode criar coisas incríveis. Maravilhas incríveis que faça toda essa gente aqui mais saudável e mais feliz. A gente, a mais perfeita tecnologia da natureza, também cria. Cria e copia. A gente ha-

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ckeou a fórmula de Deus. Só falta piratear o design. Meu nome é Malu Aires. Entre um monte de coisas que crio com música e arte, gosto de escrever sobre as notícias, artigos, reportagens e futurologia tecnológica. O mundo está ficando, a cada dia, mais ininteligível pra gente.


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DIREITO

Poluição sonora: um problema que tem solução

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cotidiano das grandes e médias cidades exige dos seus habitantes um nível de tolerância a ruídos que, muitas vezes, superam os limites do aceitável. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera tolerável ruídos que atinjam, no máximo, 55 decibéis (db), nível que, se respeitado, não causa prejuízos ao ser humano. Ao superar essa unidade de medida estabelecida por estudos científicos, entende-se que alguns efeitos negativos podem surgir, seja num curto ou longo espaço de tempo. Com o propósito de preservar a qualidade de vida, emergiram leis de todas as espécies, que visam regular os abusos. São as chamadas “leis do silêncio”, que nada mais são do que regras que tentam coibir a poluição sonora.

As normas vão desde uma contravenção penal, conhecida como perturbação do sossego, passando pelos direitos de vizinhança, presentes no Código Civil, até as normas esta-

belecidas pela ABNT e pelo Programa Nacional de Educação e Controle de Poluição Sonora, que estabelecem restrições objetivas para a geração de ruídos durante dia e noite, em especial no caso de bares e casas noturnas. Além disso, em quase todos os condomínios, existem convenções que estabelecem como os moradores e visitantes devem se portar quanto a ruídos e outros barulhos. Eletrodomésticos, instrumentos musicais, televisores, aparelhos de som, barulho de sapatos, animais, festas, reuniões fa-

miliares e até conversas em tom elevado entram para o rol das discussões, contudo, embora possuam inúmeras leis reguladoras, são elas, na maioria das vezes, resolvidas pelo bom senso das próprias partes envolvidas. Quando isso não é possível, os Centros de Conciliação podem ser uma opção importante para a solução de impasses, sem que se faça necessário buscar o Judiciário. Trata-se de uma fase pré-processual, incentivada pelo próprio Judiciário, que visa dar solução às questões do cotidiano, e dão a oportunidade das partes se reunir, na presença de um conciliador, para discutir a melhor saída para seus conflitos. Esses centros são comumente instalados em Faculdades Particulares que dispõem do curso de Direito, e normalmente oferecem gratuitamente essa espécie de serviço. Vale a pena tentar, pois mais vale um mau acordo do que uma boa demanda. Dr. Denisar Utiel Rodrigues OAB/SP. 205.861 Especialista em direito empresarial e securitário denisar@akradvogados.com.br Membro do escritório AKR Advogados Associados


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EDUCAÇÃO

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POESIA Re-conforto Dentro da rotina em que tudo se transforma É importante não se esquecer Do abraço Pela manhã Ou em qualquer hora do dia Tem nesse ato Todo um gesto de sensibilidade O sentimento Do mundo do outro Pessoa triste, macambúzia Recebe esse carinho Transforma-se Valmir Inácio - São Paulo SP

Soneto 795 Do Decoro Parlamentar - O ilustre senador é um sem-vergonha! - O quê?! Vossa Excelência é que é safado! E os dois parlamentares, no Senado, disputam palavrão que descomponha. Um grita que o colega usa maconha. Responde este que aquele outro é viado. Até que alguém aparte, em alto brado anima-se a sessão que era enfadonha. Inútil tentativa, a da bancada, de a tempo separar o par briguento aos tapas, se engalfinham por um nada… Imagem sem pudor do Parlamento, são ambos mais sinceros que quem brada: - Da pecha de larápio me inocento! Glauco Mattoso - Poeta, contista, cronista, ensaísta, tradutor, letrista. São Paulo - SP 1951.

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MÚSICA

A eterna “Donzela de Ferro”

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migo leitor, os roqueiros do Iron Maiden confirmaram mais uma vez por que ainda são fundamentais no cenário do “metal”. Uma das atrações principais do último Rock in Rio, os ingleses mostraram muito fôlego, um caminhão de hits e um público renovado. Há anos me pergunto: qual o segredo deste grupo? Todo “metaleiro” tem como pai o Iron

Maiden. As músicas tem tudo que um fã do estilo gosta: guitarras pesadas, riifs que grudam na memória e refrãos prontos para cantar com a multidão. O grupo foi fundado em Londres, no distante ano de 1975. Desde lá, já são 15 álbuns de estúdio e deze-

nas de prêmios, entre os principais à “Calçada da Fama do Rock de Hollywood”, em 2005, e o Grammy, em 2011. Para mim, parte do segredo do sucesso vem em saber alinhar a música a uma atmosfera temática. Simplificando, a habilidade de contar uma nova história a cada disco. Isto traz ao ouvinte uma viagem a cada obra, e olha que a banda já foi buscar inspiração do Egito antigo, ao mundo moderno e virtual. Outro grande trunfo é o mascote “Eddie

the Head”, protagonista de todos os trabalhos lançados. O mortovivo é uma criação de Derek Riggs, mas já teve traços de vários artistas, como Melvyn Grant no álbum Fear of the Dark. Ele também estrelou um jogo de tiro chamado Ed Hunter, além de diversas histórias em quadrinhos. O Maiden esteve no Brasil em 1985, no primeiro Rock in Rio. Eles também vieram ao país outras oito vezes, sendo que a última foi em 2011. Este ano eles também se apresentaram em terras paulista e paranaense. A igualmente pesada “Slayer” e a revelação sueca “Ghost” foram as bandas convidadas. Up the Irons! Eduardo Vidal – Jornalista duvidal86@yahoo.com.br


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COMES & BEBES


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FALA DONA ADELAIDE Dona Adelaide é uma assídua leitora do IMPRESSO IMOBILIÁRIO, e com sua perspicácia, lucidez e humor, colabora com suas opiniões, que publicamos com muito gosto. Nasceu em 1915 e suas posições às vezes não cabem no que hoje entendemos por “politicamente correto”. Quando indignada, costuma praguejar e soltar alguns impropérios.

Fala Dona Adelaide!

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ô muito brava hoje! Bem p... da vida. Fui no supermercado com a minha bisneta comprar umas coisinhas. Não gosto de ir nesses lugar porque sei que eu vou ficar nervosa. Sempre acontece alguma coisa em supermercado pra me tira do sério. Mas agora todo mundo me enche o saco pra passear. Diz que eu tenho que me distrair e ver o mundo. P. que pariu! Eu tenho 97 anos!!! Já vi tudo de bom que tinha que ver. Agora só tem porcaria! Mas pra não ficar ouvindo gente

me explicando: “Mas Bisa, é bom, faz bem pro cérebro, pras pernas...” e com aquela vóizinha chata como se tivesse falando com um neném ... Então eu vou. Vá bene! Preferia ficar assistindo minhas novela ou fazendo meu tricô. Bom, então fomo. O desgraçado do mercado tava lotado! Tinha mulher, homem, criança e um monte de velho. Uma bagunça de gente com carrinho batendo um no outro. Tem umas besta que deixa o carrinho no meio da passagem e vai procurar as coisa do outro lado.

Gente forgada e sem educação! Aí fica um monte de empregado das firma de produto colocando as mercadoria nas prateleira e deixa os corredor cheio de coisa, entupindo tudo. E conversando!!! Eu xingo tudo eles. Porque não põe eles pra trabalhar de noite? Depois de mais de uma hora pra compra umas meia dúzia de coisa, fomo pro caixa do idoso. Tinha mais fila que os outros caixa! Ví um monte de gente que tinha a idade dos meus neto ocupando o espaço dos velho. Tem gente querendo ser velho antes do tempo! Que cáspite! E não é que toca o telefone celular da moça do caixa e ela desanda a falar! Invéis de atender o povo, ficou lá brigando com sei lá quem. Depois, ficava chamando toda a hora uma outra com uns

patim, que pegava uma mercadoria e sumia, depois voltava, depois, sumia, depois voltava... Que inferno! Minha bisneta disse que não tinha o preço. Então pra que tanta máquina moderna? Pra cobrar mais caro? Lembrei de quando comprava as coisa no empório do Seu Nicolau. A gente comprava sossegado e o povo tinha mais educação. Depois que fizeram esses mercadão, não tem mais lugar pros empório. Os grande vão comendo os pequeno. Da outra vêis não vou mais. Vai à m... Escreveu o que eu mandei? Então, manda. Envie sua opinião sobre as posições de Dona Adelaide, seja também nosso colaborador. impressoimobiliario@gmail.com


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CRÔNICA

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o final dos anos 1980 dividia minha vida entre a reestruturação de uma companhia teatral, o final de um casamento e minhas joviais necessidades hormonais, labirintos onde achei meu grande amor. Nestes tempos, já metido a escrever, fui convidado a colaborar para

um jornal do bairro de Pinheiros em São Paulo, tratando de teatro. Nunca tive formação acadêmica em seja lá no que for. Tudo o que sempre tive da arte teatral foi desenvolvida pelo processo da prática e do amor. Amor: palavra base que determina o amadorismo; fazer por amor. Com a peja de representante da imprensa, passei a ter fácil contato com as pessoas de teatro que tanto ambicionava conhecer e lidar. Determinei que não me caberia o papel de crítico, afinal, faltava-me estofo para tanto. Queria do povo de teatro o carinho e a aceitação. Respeito sempre vem depois. Então, munido de certo faro artístico e um bom gosto, talvez única qualidade real que possuo, passei a buscar espetácu-

los de jovens atores e grupos que lidassem com temas e linguagens cênicas tão fortes e pertinentes quanto o que minha vida se apresentava no momento. Doce razão da

juventude. Eram tempos de estruturação do PT (Partido dos Trabalhadores), e de nossas liberdades de expressão. Vivíamos dos reconhecimentos, algo tardios, de ideologias e posicionamentos pessoais. O tempo acabou por nos desiludir, cumprindo seu papel. Mas isso é outra história. Pois bem, foi nestes tempos que fui atraído a escrever sobre um espetáculo que estrearia em um pequeno, porém significativo teatro, o Teatro do Bixiga. A placa indicava: “BAKUNIN”. Depois de um breve telefonema, fui numa tarde assistir ao ensaio e conversar com o ator principal, (pelo que me lembro, também o diretor), e adquirir informa-


Nº 59 - 2013 ções sobre o que iria escrever. Fui recebido por um grandiloquente e entusiasmado jovem. Tão jovem como eu. Sua simpatia não escondia a baixa estatura que, em princípio achei que seria empecilho para qualquer ator/personagem. Munido de panfletos xerocados, (muito comuns entre nós naquela época de poucos recursos tecnológicos), e uma eloquência contagiante, foi assim que conheci Marco Ricca. Confesso que a obra de Bakunin me era tão estranha quanto a de J.R.R Tolkien. Ou seja: não sabia nada sobre anarquia. E isso porque eu me achava revolucionário, fundador do PT no Butantã, quase um guerrilheiro! Assim, repleto da des/humildade necessária, me enfiei na biblioteca de história da USP e procurei saber mais sobre o assunto. O personagem, seu tempo, os processos históricos e seu todo me

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encantaram. Mal podia esperar para ver no palco o resultado pensado por Marco Ricca, aquele ator/diretor/guerrilheiro. O palco do Teatro do Bixiga era pequeno, porém grandiloquente. Era carregado da energia aglutinada de tanto teatro/vontade/esperança, que redundava como um teatro municipal! A cenografia nos transportava para uma barricada anarquista. Barris, sacos de estopa e montes de terra se mesclavam aos ágeis movimentos do jovem ator, que, em um monólogo incisivo e claro, nos apresentava às ideias e as contradições do político e do homem de um tempo distante e ao mesmo tempo, quase palpável. Ricca era um gigante, um atleta, um gênio pensador, um ator; era Bakunin! Escrevi um artigo descrevendo tudo isso. Quem viu o ator ou quem leu o

artigo, agora não importa... Outro é Ricca e eu também. Mas hoje, vendo esses meninos todos, vestidos de preto, usando máscaras e bafejando impropérios sem noção ou estrutura, imprimindo o A cercado pelo círculo em qualquer canto sem falar porque, me lembro daquele pequeno/grande ator, vestido de vontade e coragem em

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um momento crucial, em um pequeno teatro do Bexiga... Que saudade de nossa anarquia. Mesmo que singela. Abraço Ricca! Jeff Gennaro é ator e diretor da Cia Teatro Salada Vinte (São Paulo/SP.) teatrosaladavinte@terra.com.br


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SAÚDE

Obesidade Mórbida Um grave problema de saúde publica

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amos abordar um tema que na atualidade pode ser considerado um grande problema de saúde pública. Sua incidência tem aumentado assustadoramente nos últimos anos como reflexo das mudan-

ças de nossos hábitos de vida. Segundo pesquisa do Ministério da Saúde/IBGE, que analisou 188.000 brasileiros, 50% dos homens e 48% das mulheres se encontram com excesso de peso, sendo que, 12,5% dos homens

e 16,9% das mulheres apresentam obesidade. Define-se obesidade como acúmulo de tecido gorduroso localizado ou generalizado, provocado por desequilíbrio nutricional associado ou não a distúrbios genéticos ou endócrinometabólicos. Dependendo da idade, existe um aumento que varia de 6 a 12 vezes para mais, o risco de morte. Um paciente obeso mórbido pode apresentar um risco maior de várias doenças e complicações se não forem tratadas adequadamente, tais como: •doenças cardíacas e circulatórias •diabetes •doenças da coluna e articulações •doenças do aparelho digestivo (doença do refluxo e cálculo da vesícula) •alterações hormonais e sexuais •dificuldade de respiração e de sono •depressão Além disso, há que se considerarem outras limitações no estilo de vida,

como andar, correr, dormir, utilizar os meios de transportes, bem como problemas de relacionamentos de toda ordem e limitações laborativas. A divisão da obesidade em graus é empírica, embora seja baseada no IMC (para adultos). IMC = peso dividido pela altura². Aceita-se como normal um IMC: •entre 18,5 e 25 kg/m². •sobrepeso entre 25 e 29,9 kg/m² •obesidade grau I entre 30 e 34,9 kg/ m² •grau II entre 35 e 39,9 kg/m² •grau III (mórbida), acima de 40 kg/ m² •podendo ainda classificar, mais recentemente, também os super-obesos. As causas da obesidade mórbida são complexas, vários fatores desempenham importante papel •genético; ingestão de alimentos com


Nº 59 - 2013 elevado teor calórico; sedentarismo; alterações psicológicas; ambientais e socioeconômicos •raramente algumas doenças hormonais como hipotireoidismo, insulinomas e Síndrome de Cushing, responsáveis por 1% dos casos. O tratamento é complexo e multidisciplinar. Não existe nenhum farmacológico em longo prazo que não envolva mudança no estilo de vida. Abrange uma dieta rigorosa, controlada preferencialmente por nutricionis-

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ta, associado a um plano de exercícios frequentes, também acompanhado por profissional especializado. A associação de medicamentos anorexígenos deve ser considerada. Todo paciente deve ser submetido a tratamento clínico sob supervisão médica antes de ser considerado o cirúrgico. Este último tem como objetivo trazer perda de peso prolongada e reduzir o risco de complicações e morte das doenças associadas. Pensando no bem estar dos pacientes, o Conselho Federal de Medicina regulamentou as indicações e os procedimentos cirúrgicos que podem ser utilizados no Brasil (homepage: www.portalmedico.org.br). Eles são divididos em: restritivos, disabsortivos e mistos, sendo a indicação realizada individualmente. Um tipo de procedimento restritivo é o balão intragástrico, que consiste na introdução de um balão inflável de silicone dentro do estomago, por via endoscópica, inflado posteriormente com 500 ml de líquido aproxima-

damente, com a finalidade de reduzir a capacidade do estômago e a ingestão de alimentos. Trata-se de procedimento ambulatorial que não precisa internar o paciente. O tema é tão importante, que em entrevista à Revista da ABESO (Associação Brasileira para estudo da obesidade e da Síndrome Metabólica), a presidenta do Brasil, Sra Dilma Roussef afirmou que o Ministério da Saúde está elabo-

rando um Plano Nacional de Redução da Obesidade, e outros programas como; a Campanha da Obesidade Infantil e Pré-Natal, demonstrando sua ocupação e o quão é grave o problema em nosso país. Dr. Fábio A. Brassarola CRM 86586 Instituto de Cirurgia de Ribeirão Preto


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EDUCAÇÃO

Educar na humildade: uma tarefa urgente. m pesquisador em educação, Ives de La Taille, apresentou na obra Crise de Valores ou Valores em Crise, uma pesquisa realizada recentemente com 448 alunos do ensino médio (com idades entre 15 e 18 anos), sendo 211 da escola pública e 237 de colégios particulares, na qual indagava a esses jovens quais seriam as virtudes mais importantes na seguinte lista de dez: justiça, gratidão, fidelidade, generosidade, tolerância, honra, coragem, polidez, prudência e humildade. Sem querer aprofundar nas conclusões da pesquisa, chamou-me a atenção que a mais valorizada tivesse sido a humildade. O próprio La Taille se surpreendeu com o fato de que essa virtude fosse apontada tanto pelos meninos quanto pelas meninas, fossem eles da escola privada ou da pública. Uma das explicações que o autor dá para o resultado é que “vivemos uma cultura que pode ser chamada de cultura da vaidade”. Esclarecendo esse conceito, o educador afirma que muitos jovens hoje “vivem apenas motivados para dar um constante espetáculo de si, destacarem-se por sinais que conferem prestigio, associarem-se a si próprios marcas que testemunham ser um

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vencedor (roupas, carros, celulares), falarem de si em blogs, nos celulares, computadores...”. Glosando o autor, diria ainda que os jovens andam atrás de “espelhos” que são as pupilas das pessoas que estão à sua volta, e às quais perguntam: “Gostou da figura que fiz?”, “Pareceu-lhes interessante o meu ponto de vista?”, “Que acharam da minha prova, do meu trabalho, da minha publicação, da minha roupa provocativa...?”. Portanto, voltando-nos para o resultado da pesquisa, concluímos que a maioria dos jovens pesquisados parecem estar fartos deste modelo juvenil e de tanta mentira. Intuem que a sedução narcisista que reina hoje na nossa cultura parece ser a causa de muitas mazelas sociais. No fundo, essas respostas podem estar representando alguns gritos silenciosos aos educadores que dizem mais ou menos assim: “Por favor, ajudem-nos antes a ser do que a ter!”. “Não aguentamos mais ver gente

representando o que não é!”. “Ensinemnos a descobrir a Verdade!”. “Quero de verdade ser feliz e não fingir que sou feliz!”. Há muito tempo que essa disjuntiva Ser ou Ter está presente nas discussões filosóficas. O que chama a aten-

ção é perceber que essas reinvindicações pelo ser estejam nascendo mais cedo, naqueles que sempre exigiram liberdade, prazer, dinheiro, consumo, diversão, ter... Afinal, o que está acontecendo? Sou da opinião de que estes movimentos podem já estar refletindo, em parte, as consequências negativas da

pedagogia moderna das ultimas décadas. Segundo estas teorias, chamadas construtivistas, a criança deveria se desenvolver por si mesma, sem imposições de ninguém. Os responsáveis pela educação deveriam apenas dar um suporte para o seu autodesenvolvimento, sem, no entanto, se desenvolver no processo. Estas teorias psicodinâmicas, muitas delas inspiradas no pensamento freudiano, acreditavam que a criança tinha um “eu” completo em si mesmo e que bastaria deixar o tempo passar para ela se desenvolver adequadamente. Fica fácil perceber o que produziu esta mentira ao longo das ultimas décadas. Na medida em que os pais foram adotando a chamada educação antiautoritária, que é a renuncia para educar os filhos, tanto os pais quanto os filhos foram desenvolvendo níveis crescentes de soberba de geração em geração. Efetivamente, quem convive com pais e crianças de escolas particulares e públicas têm percebido ano a ano atitudes de arrogância e de autossuficiência que não existiam antigamente. Mas por que isto tem crescido? Quem trabalha com educação e conhece a chamada “caixa preta” da criança (fazendo um paralelismo com os


Nº 59 - 2013 aviões) sabe que qualquer criança é extremamente egocêntrica nos primeiros anos da existência. Todo bom processo educacional consiste em mostrar-lhe que além de existirem outras pessoas no mundo, ela própria existe para os outros. Sua realização e felicidade dependerão da adequação de seus desejos e projetos para os outros. Que, sozinha, ela nunca saberá nada, poderá nada, conseguirá nada, nem será nada. Que só conseguirá ser ela mesma a partir do outro. Que o eu deve se converter em si mesmo apenas mediante um tu e um vós. Por isso, desde que nasce

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terá que saber descobrir a linguagem do prazer, dos limites, do amor, do sofrimento. Esta é a verdade da educação. Por outro lado, se deixarmos a criança crescer sem a exigência da boa autoridade, dificilmente ela descobrirá como deve funcionar um ser humano e aos poucos seu orgulho irá enganando-a acreditando que sabe tudo, pode tudo, conseguirá tudo e que ela é tudo, principalmente se obtiver dinheiro e poder. Esta é a grande mentira da educação. Motivando-a somente a produzir riqueza, acaba-se gerando uma das

maiores e mais profundas pobrezas humanas, que é a solidão. Vistas bem as coisas, as outras pobrezas, incluindo a material, nascem sempre do isolamento, de não ser amado ou da dificuldade de amar, fruto do orgulho de muitas pessoas. Terminemos concluindo que uma das tarefas primordiais da educação é desmascarar os perigos da soberba. Da ilusão, do orgulho. Da escravidão de um eu que se fecha em si mesmo, como

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uma bolha. E que o caminho da felicidade está na humildade, que, longe de ser uma postura depreciativa, é apenas a conscientização da verdade da condição humana, que exige abrir-se para os demais e para o transcendente, pois experimenta que só nas relações interpessoais poderá salvar-se de tantas depressões e tristezas de um eu doentio. João Malheiro - Doutor em Educação pela UFRJ - malheiro.com@gmail.com


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CINEMA

Tá tudo por aí!

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omo muitos dos parceiros com quem tenho trocado observações sobre o quotidiano, adquiri recentemente um filtro capaz de obstruir informações e imagens que saberei, serão obsoletas e/ou desagradáveis ao meu paladar. Essa grandiosa capacidade primor-

dial de nosso cérebro de corresponder às nossas necessidades particulares tem crescido exponencialmente depois das redes sociais. Todo mundo recebe várias vezes a mesma postagem. Muda-se um pouco a imagem, o ângulo da foto ou o comentário. Mas são sempre as mesmas.

Aquele cãozinho maltratado pelo idiota do momento, a criança desaparecida, (às vezes achada há meses, porém sem aviso dos (i) responsáveis), ou a mensagem místico/melosa corriqueira passam batidas e escorrem por nossa paciência afora. Acabamos por deletá-la quase que inconscientemente. Entre os acontecimentos recentes, muitos valeriam comentário neste nosso espaço, e de forma contundente, servir como motivos de indicação para filmes. Me permiti escolher dois, que por diferentes intenções, valem o tempo investido e a reflexão sobre o tema. A NOIVA SÍRIA Há tempos tenho pensado em indicar-lhes esse belo filme. Motivos não faltaram. Talvez seja esse o momento. A guerra civil na Síria, com seus horrores diários e indizíveis catástrofes, assim como o exemplo que usei na introdução deste artigo, passaram a escorrer por nós e se tornam corriqueiras e algo abstratas. Particularmente, não quis ver as cenas das vítimas de armas químicas. Imagens de crianças em agonia nunca fizeram parte de minhas fantasias de morbidez. Mas elas certamente explicitam fortemente, como uma metáfora do conceito da gota d’água, as agonias represadas por um povo. A ideia de “matar de forma limpa, à distância e burocraticamente” pode resultar na matança física e outras mais. Este filme nos mostra que a violência também é incisiva e contundente quando, ao invés de nos ferir somente o corpo, rompe os sonhos, a autoestima, os laços fami-

liares e os devaneios fantasiosos de felicidade. Assista com os filhos que já possuem certo senso de compreensão. Depois, tente lhes explicar o que entendemos das partes e do todo. Cedo ou tarde haveremos de fazê-lo. ELENCO: Makram Khoury, Hiam Abbass, Ashraf Barhom DIREÇÃO: Eran Riklis JAMES BOND SKI FALL Homens de bom gosto e que vivem as delícias, (e as vicissitudes) da meia idade saberão degustar esta indicação. O escritor/agente secreto Ian Fleming, criador do mito moderno James Bond, sabia como aglutinar sofisticação, fantasia erótica e “trairagem” internacional como ninguém. O imortal 007 certamente nunca será suplantado por outro cara em nosso universo do que sempre sonhamos ser. Afora da seara dos super-heróis das histórias de quadrinhos, ninguém chegou tão perto de nossos “hormoniosos” desejos existenciais. Os antigos filmes feitos sobre este homem com prerrogativas absolutas, (matar e ter a mulher que desejasse), vistos hoje traduzem o quão cruel pode ser a tecnologia e um enredo incongruente. Muitos atores já vestiram a pele deste herói (?). Sean Connery (1962– 1967; 1971; 1983 cujo filme não faz parte da saga original), George Lazenby (1969), Roger Moore (1973–1985), Timothy Dalton (1987– 1989), Pierce Brosnan (1995–2002), Daniel Craig (2006 até hoje). Particularmente e apesar dos pesares, ainda fico com a maioria que adora a criação es-


Nº 59 - 2013 petacular de Sean Connery. Muitos poderão se questionar do porque esta indicação possa ser correlata à introdução do artigo. Não caberia indicar um documentário, (creiam não faltaria), sobre como todos nós sabemos que a espionagem faz parte de nosso dia a dia. Se você tem uma empresa, é casado, tem cargo público, anda pelas ruas de uma cidade de tamanho médio, e , entre muitas situações vive no mundo que hoje se nos apresenta, sabe que está sendo vigiado. Do elevador à internet... Parece que somente o governo brasileiro, a Petrobrás e outros inocentes incautos não sabiam.

Enfim, como diria meu falecido Tio Carminho: Filmão! ELENCO: Daniel Craig, Javier Bardem, Ralph Fiennes, Naomie Harris Bérénice Marlohe, Judi Dench, Albert Finney Como diz o título: Tá tudo aí! Cabe-nos querer ver o que se escancara aos olhos. Aceitar, já é outra história. Abraços. Jeff Gennaro é ator e diretor da Cia Teatro Salada Vinte (São Paulo/SP.) teatrosaladavinte@terra.com.br

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