Impresso imobiliario nº 63

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EDITORIAL

Rolezinho inverso João Pitombeira odo mundo de volta ao trabalho ainda meio zonzo, os carros passam, quem está em férias tenta atrasar o relógio com o poder da mente e quem trabalha anseia pelo ano recheado por carnaval, copa do mundo e muitos feriados como só aqui no Brasil sabemos fazer. Começa o ano! Mas nessa época uma espécie diferente ronda os semáforos da cidade numa busca selvagem e incessante pelo seu dinheiro que vai financiar festanças intermináveis regadas a muito álcool e sertanejo universitário: os bixos! Muito cuidado. Este espécime, geralmente, passou a vida com os estudos financiados pelos pais para que pudesse realizar o sonho da família de ingressar na vida universitária de um dos países com os piores índices educacionais no mundo. É a elite intelectual de um lugar sem conhecimento, os caolhos em terra de cego. Eles surgirão, intrépidos, na frente do seu carro sujos de fari-

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nha, ovos, tinta e com cheiro de (muita) pinga barata com os argumentos mais absurdos possíveis para conseguir uma moedinha. “Me ajuda aí, eu passei em medicina”, diz uma. “Só uma moedinha, vou fazer engenharia na PUC”, diz outro. Os adeptos do ‘’rolezinho inverso’’ são aqueles que geralmente estão nos shoppings, academias e festas universitárias. Estão nas escolas particulares desde pequenos rebentos ou nos cursinhos, no caso dos menos ajuizados. Mas, quando passam no temido vestibular, os também funkeiros , também ostentadores, ocupam o espaço público com sua sagaz odisseia em busca da diversão gratuita. É a vingança dos que estão segregados. O protesto rouco daqueles que nunca tiveram a divertida oportunidade de ter que pedir dinheiro na rua. E se você está esperando a vida inteira por uma oportunidade real de caridade que te dê aquela sensação de dever cumprido, vá em frente: dê uma moedinha.


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RE-ESCREVENDO A NOTÍCIA

O rolê m 2013, a esquerda foi chamada prum rolezinho. O rolezinho acabou em tumulto, feridos e confusão em delegacia. Caiu na rede e o povo marcou presença no evento. O povo achou que era esquerda porque nasceu povo e não elite. Lotou ruas e avenidas de todo país, e as fotos aéreas estamparam jornais de todo o mundo. Passou na 2ª maior emissora televisiva do planeta, que está ligada na maioria das casas brasileiras... um olho cego que reflete na íris um Brasil que se divide entre uma psicopata elite e aquele povo pisado no núcleo 2 de gravação da novela. Segundo os últimos dados do IBGE, temos o menor índice de desigualdade desde 1963. O maior poder de compra com o salário mínimo, desde 1979. Taxa de desemprego em 4,6%. Mais jovens da periferia nas universidades. Isso é só o começo de uma grande revolução do consumo. “Consumo, logo existo”. E em tempo onde uma reunião com mais de 15 logo é cortejada por

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uma ou outra bandeira, tudo corre o risco de soar político. Se surgirem 3 ou 4 defecadinhas, já fariam uma página nas redes sociais pra marcar evento de defecadinhas em todo o país. Especialistas, sociólogos, cientistas políticos, psicólogos, opiniólogos correriam explicar o fenômeno sociopolítico, disputando-se a paternidade da contemporânea manifestação. Viraria moda de tão curiosa. Matéria especial na revista eletrônica dominical, ganharia capa de revista e jornal, até o odor de um cocô político gigante e malcheiroso chegar às narinas do povo que gritaria: “Não fui eu!”. Em 2013, a frente das câmeras foi tomada pelo bonde da turma da esquerda sem partido. A esquerda sem partido, não pretendia fazer política. Ouviu-se “esquerda” e o rolezinho do Psol, PCB e o PSTU colou gritando ser o bonde da nova esquerda. Partilharam sindicatos e engrossaram manifestações. Um trouxe a sociologia de elite, o outro o proletariado e o último os avatares. Num mundo mágico e distante, Marina Sil-

va presa numa rede imaginária, representou a chapa do ‘não existe esquerda, nem direita” e foi a que primeiro se aliou à sociologia de elite. A elite, da 1ª à 6ª geração de José Bonifácio “o Patriarca”, não se mistura com empregado. Da 1ª à 6ª geração da elite brasileira, ela fingiu estudar o povo. Pôs sua 5ª geração a ler Marx e formou sociólogos que nunca pretenderam curar a desigualdade. Em 2013, o povo, aquele que se vê no avanço, ficou de fora das imagens que cobriam as manifestações. Não era tão branco, não era tão jovem, não era tão bonitinho com close na cara. O povo voltou pra casa, ligou a TV, viu desconto e decidiu sair às compras. O povo saiu pra comprar, dar um rolezinho no shopping e fazer uns selfies. A elite se assustou quando viu.

Da 1ª à 5ª geração de analfabetos, nascem hoje os primeiros doutores. Da 1ª à 5ª geração de empregados, nascem os primeiros patrões. Da 1ª à 5ª geração de pobres, nascem os primeiros consumidores de artigos de luxo. O povo, joguete de toda sorte de expert da sua desgraça, hoje só acredita no futuro que vê um futuro melhor pros seus filhos. A 6ª geração da periferia ganha ascensão no consumo. Deslumbrado com o que vê, o povo chega a acreditar que pro combate à desigualdade, comprar é mais fácil que pensar política. Meu nome é Malu Aires. Parei para assistir o rolê e estou dando uma de opinióloga política de préeleição, neste isento impresso.

MÚSICA

Janeiro em estado de graça migo leitor, finalmente entramos em 2014! Este ano vários importantes álbuns da história da música completam aniversário, entre eles: “Dookie” do Green Day (1994), “Franz Ferdinand” o disco homônimo de estreia dos escoceses (2004), “Definitely Maybe” do Oasis (1994) e “Autobahn” do Kraftwerk (1974). Mas, eu separei um especial “Grace” que completa 20 anos. Pare, escute e viaje. Prepare-se para entrar em um mundo onde a canção pode ser captada por todos os sentidos. O disco lançado por Jeff

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Buckley, em 23 de agosto de 1994, é uma obra de arte completa. Poucos artistas conseguiram combinar com tanta perfeição letra e melodia. Buckley tem o controle perfeito da voz. Ao mesmo tempo que pode gritar em tons absurdos, ele sussurra aos ouvidos sem perder a afinação. Guitarra, baixo e bateria vivem uma relação de mutualismo, completadas pelos sutis arranjos de cordas. A obra traz, ao todo, sete músicas autorais e três releituras, incluindo o clássico “Hallelujah” de Leonard Cohen. O arranjo criado por

Buckley superou o original e hoje é a base para diversas regravações e programas de calouros. Seria possível Buckley produzir um disco do mesmo nível? O tempo não deixou responder. No dia 29 de maio de 1997, aos 30 anos, ele morreu afogado enquanto nadava no rio Wolf, afluente do Rio Mississipi, as vésperas da gravação do

novo álbum. Presenteie os seus ouvidos, cansados de tanto barulho radiofônico!! Eduardo Vidal – Jornalista duvidal86@yahoo.com.br


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OPINIÃO

Jango e o realismo fantástico Era um cardiopata. E de longa data. No México, em 1962, assistindo a uma exibição do balé folclórico, teve um ataque cardíaco Brasil é um país fantástico. Mais ainda, é um país do realismo fantástico, onde ficção se mistura com história e produz releituras ao sabor dos acontecimentos. A última tem como tema a morte do ex-presidente João Goulart, o Jango, na Argentina. A Câmara dos Deputados fez uma investigação, ouviu dezenas de testemunhas e elaborou um longo relatório. Concluiu que não havia indícios de assassinato. Em entrevista a Geneton Moraes Neto, publicada no livro “Dossiê Brasil: as histórias por trás da História recente do país”, a senhora Maria Tereza Goulart descartou qualquer suspeita de assassinato do seu marido: “Eu estava ao lado de Jango o tempo todo, nos últimos dias. Jango morreu do coração. Tinha feito um regime violento e mal controlado. Chegou a perder 17 quilos em dois meses. E estava fumando muito. O médico já tinha dito que ele não poderia fumar.” Jango era um cardiopata. E de longa data. No México, a 10 de abril de 1962, em visita oficial, assistindo a uma exibição do balé folclórico mexicano, no Teatro Belas Artes, o presidente teve um ataque cardíaco. Ficou desfalecido por um minuto. Atendido por médicos mexicanos, ficou impossibilitado de continuar a cumprir a agenda presidencial, sendo substituído por San Tiago Dantas. No retorno ao Brasil, o grande assunto era oestado de saúde de Jango e a possibilidade de que renunciasse à Presidência. Afinal, era o segundo ataque cardíaco em

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apenas oito meses. Dois meses depois, quando da recepção em palácio da seleção brasileira que partiria para a Copa do Mundo no Chile, Pelé manifestou preocupação com a saúde do presidente: “Presidente, como vão estas coronárias?” E Jango respondeu: “Estão boas, mas não tanto quanto as suas.” Às vésperas do célebre comício da Central (13 de março de 1964), seu estado de saúde inspirava cuidados. Foi advertido que poderia ter sérias complicações com o coração. Jango desdenhou e manteve seu ritmo costumeiro de vida sedentária, alimentação inadequada, excesso no consumo de bebidas e vivendo em permanente estresse. No exílio uruguaio, também devido aos problemas com o coração, foi atendido pelo dr. Zerbini. Na França, onde esteve várias vezes, foi cuidar do coração e chegou a tentar uma consulta com o dr. Christian Barnard, na África do Sul, médico que dirigiu a equipe que fez o primeiro transplante de coração. A transformação de Jango em um perigoso adversário do regime militar — tanto que o seu assassinato teria sido planejado pela Operação Condor — não passa de uma farsa. No exílio uruguaio, especialmente nos anos 1970, não tinha qualquer atuação política. Tudo não passa de mais uma tentativa de mitificação, da hagiografia política sempre tão presente no Brasil. O figurino de democrata, reformista e comprometido com os deserdados foi novamente retirado do empoeirado armário. Agora

pelos seus antigos adversários, os petistas. Mero oportunismo. É que a secretária dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, pretende ser candidata ao Senado pelo Rio Grande do Sul. E, como boa petista, não se importa de reescrever a história ao seu bel-prazer. O cinquentenário dos acontecimentos de março/abril de 1964 é uma boa oportunidade para rever o governo Jango. O início dos anos 1960 esteve marcado pela agudização das mais variadas contradições. O esgotamento do ciclo econômico que alcançou seu auge na presidência JK era evidente. A grande migração tinha criado uma sociedade urbana e novas demandas que os governos não sabiam como atender. A tensão gerada pela Guerra Fria azedava qualquer conflito, por mais comezinho que fosse. É nesta conjuntura que Jango tentou governar. E foi um desastre. Raciocinava sempre imaginando algum tipo de ação que significasse o abandono da política, do convencimento do adversário. Era tributário de uma tradição golpista, típica da política brasileira da época. Nunca fez questão de esconder seu absoluto desinteresse pelas questões mais complexas da administração pública, distantes da politicagem do dia a dia. Celso Furtado, nas suas memórias (“A fantasia desorganizada”), relatou que entregou o Plano Trienal — que buscava planejar a economia nos anos 1963-1965 — ao presidente depois de exaustivas semanas de trabalho. Jango mal passou os olhos pela primeira página. Em entre-

vista à revista “Playboy”, em abril de 1999, Furtado foi direto: Jango “era um primitivo, um pobre de caráter”. No polo ideológico oposto, o embaixador Roberto Campos, também nas suas memórias (“A lanterna na popa”), contou que escreveu um documento de 30 páginas relatando os contenciosos do Brasil com os Estados Unidos, em 1962, quando da visita do presidente a Washington. San Tiago Dantas, ministro das Relações Exteriores, pediu ao embaixador que reduzisse ao máximo a extensão do texto, pois com aquele volume de páginas o presidente não leria. Obediente, o embaixador sintetizou os problemas em cinco páginas, que foram consideradas excessivas. Diminuiu para três páginas. Mesmo assim, segundo Campos, Jango não leu o documento. As reformas de base, palavra de ordem repetida à exaustão naqueles tempos, nunca foram apresentadas no seu conjunto. A definição — ainda que vaga — apareceu somente na mensagem presidencial encaminhada ao Congresso Nacional quando do início do ano legislativo, a 15 de março de 1964. E lembrar que foram apresentadas como soluções de curto prazo — mesmo sendo mudanças estruturais — durante três anos… Deixou um país dividido, uma economia em estado caótico e com as instituições desmoralizadas. E abriu caminho para duas décadas de arbítrio. Marco Antonio Villa é historiador


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FALA DONA ADELAIDE Dona Adelaide é uma assídua leitora do IMPRESSO IMOBILIÁRIO, e com sua perspicácia, lucidez e humor, colabora com suas opiniões, que publicamos com muito gosto. Nasceu em 1915 e suas posições às vezes não cabem no que hoje entendemos por “politicamente correto”. Quando indignada, costuma praguejar e soltar alguns impropérios.

Fala Dona Adelaide!

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eu bisneto não queria que eu mandasse essa carta pro jornal. Disse que ia passa vergonha com os amigo. Amigo é a p... que o pariu! Amigo é dinheiro no bolso! Quando quero que ele manda minhas carta, dou pra ele um dinheirinho da aposentadoria. Não é de graça! Os amigo só vem encher a barriga e tomar a cerveja do pai dele que fica p... da vida! Eu acordo cedo que nem todo velho. Rezo meu terço e vou tomar sol. Se não chamar a moça que me cuida, morro assada no sol. A fralda até fica seca. Depois do almoço eu durmo um pouco e vejo a novela. No final da tarde, começo a assistir o Datena. Só paro pra ouvir a Ave Maria no rádio. Depois volto pro Datena. Meus bisneto, minhas filha e o resto diz que ver o Datena me faz mal. Mas que cazzo! Aquele gordo fala o que eu gosto! Repete muito. Parece que eu sou uma patza! Outro dia, ele contou que num sei onde no norte, uns preso mataram outro monte de preso. A polícia entrou na cadeia e eles ficaram brabos! Mandaram os que tavam na rua tacar fogo nuns ônibus. Diz que uma menina morreu queimada. Falei pro meu bisneto que se fosse com uma criança da minha família, mandava tacar fogo na cadeia com tudo eles dentro. Meu bisneto disse que lá, quem manda é uma família de político tem mais de 40 ano. Que o povo é pobre e ignorante e que a culpa é dos político. Mas, quem bota os político lá não é o povo? Aí, meu bisneto disse que povo vota neles, que gosta deles. Bota fogo nesses político! Vou rezar mais um terço pra ver se esse povo de lá fica melhor. Vou também rezar pra eles na hora da Ave Maria. Depois vou ver o Datena. Escreveu o que eu mandei? Então, manda. Envie sua opinião sobre as posições de Dona Adelaide, seja também nosso colaborador. impressoimobiliario@gmail.com

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CRÔNICA

Reminiscências magino-me ali, sentada sobre a grande bancada de granito da cozinha da casa da rua Pará, enquanto você tira do forno aquele bolo “comum” que acompanha perfeitamente o seu cafezinho caipira, torrado e moído em casa, recém passado. E assim como um ritual com hora marcada, começa nossa tarde de sábado. Este é meu momento de desabafo semanal, onde eu te derramo todas as minhas aflições, mas principalmente minhas alegrias, esperando sempre pela sua aprovação. Hoje não seria diferente, entre uma xícara de café e uma fatia de seu bolo nada “comum”, você certamente me escutaria com os olhos fixos nos meus, algumas vezes luzentes de admiração: - A semana foi muito boa, mãe, tirando a gripe e a rouquidão, o meu trabalho rendeu bastante. O João está se recuperando bem da clavícula quebrada, a Carol ganhou uma chinchila, o Junior chegou da fazenda ontem e a Maria está que não se aguenta de tamanha felicidade pela casa nova. Nesta semana mãe, eu escutei de um grande mestre que “a vida é um sopro”. – encho novamente minha xícara de café e sopro-lhe

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um beijo... – Desisti de achar um presente que combinasse com o azul de seus olhos, mãe, ‘trata-se de um azul incomparável e único’, digo para a vendedora (“... azul que é pura memória de algum lugar”, diria Caetano). Também não encontro a essência do perfume suave que lembra seu cheiro de banho tomado. Então, mãe, não repare, para este seu aniversário eu selecionei somente as minhas melhores emoções, espero que goste: - Trago todo o ENTUSIASMO de minhas conquistas, mesmo sabendo que você as assiste e as aplaude em pé. Assim como a CORAGEM e a FÉ que regem nossos dias e nos fazem dignos de sua descendência. - Trouxe também toda FELICIDADE que nos rodeia sempre que estamos juntos em família. Esta união de nossa família é fruto da arvore que você plantou e cuidadosamente cultivou. - Receba também, mãe, toda a nossa SUPERAÇÃO e não se preocupe que por mais avariados que ficamos cada vez que a vida corta um de nossos melhores galhos, brotos novos florescem, sinal da herança de raízes fortes, sinal que sua semente caiu em solo fértil. Bem fértil!

- Trago em especial, este AMOR que nos une, onde não existem limites, nem mesmo entre céu e terra. - E finalmente receba, com muito carinho, esta PAZ que me invade cada vez que meus devaneios me levam de volta até a grande bancada de granito da casa da rua Pará.

Minha gratidão, meu respeito e meu amor por ti jamais aceitarão limites. Feliz aniversário, minha mãe! Luciana Teixeira Cronista e arquiteta.


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DA

CONSTRUÇÃO

Qual o sistema sanitário Ideal? construção ou reforma de um imóvel é algo que exige muita dedicação, não só na execução dos trabalhos como também no planejamento das etapas. Os detalhes são muitos e devem ser discutidos e analisados separadamente, respeitando sempre as devidas particularidades. Um desses detalhes é o vaso sanitário, mais precisamente o tipo de sistema de descarga que ele irá usar, válvula convencional, caixa acoplada

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ou caixa embutida. Quando ficou provado que, entre os vilões do alto consumo de água, estavam não somente o sistema de descarga, mas também a bacia sanitária (capaz de movimentar de 12 a 18 litros por acionamento), algumas medidas foram tomadas para diminuir tais índices. O Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQPH), implantado em 1998 pelo governo federal, levou a indústria a adaptar-se à fabricação de bacias de baixo consumo. Quatro anos mais tarde, em 2002, o limite máximo para descarga já estava padronizado em 6,8 litros, o mesmo adotados por países europeus e pelos Estados Unidos. O sistema sanitário funciona perfeitamente quando o equipamento que libera a água – seja válvula convencional, a caixa acoplada ou a embutida – está regulado a fim de fornecer quantidade suficiente de água para a remoção de dejetos e para sua condução à tubulação principal. Esses dois processos costumam exigir 2,5 litros cada, e aproximadamente 1

litro permanece no fundo do vaso como fecho hídrico, evitando liberação de gases e odores do esgoto. Vale lembrar que atualmente, entre os três sistemas disponíveis no mercado (válvula e caixas), há modelos com acionamento duplo, de 6 litros para resíduos sólidos e 3 litros para líquidos. Confira qual modelo é o mais apropriado para você VÁLVULA DE DESCARGA a) Caráter robusto, muito resistente e instalação embutida na parede b) Vazão e velocidade variam com a altura da caixa-d’água c) Área de instalação menor, a bacia pode ser instalada mais próxima da parede d) Manutenção requer do encanador conhecimento específicos do sistema e de sua regulagem e) No caso de substituição é preciso quebrar a parede f) Custa em média de R$ 120 a R$ 550 CAIXA ACOPLADA À BACIA SANITÁRIA a) Mecanismo eficiente quando instalado com a bacia compatível e instalação sobre a bacia b) A vazão e fluxo de água é constante c) Sua instalação ocupa de 5 a 10 cm a mais que outros equipamentos d) Se necessitar manutenção o procedimento é simples para o encanador e) Em caso de troca, não precisa quebrar a parede f) Modelos variam de R$ 150 a R$ 700,00 CAIXA EMBUTIDA NA ALVENARIA a) Mecanismos atende a todos os ti-

pos de bacia e a instalação é embutida na parede b) Permite a instalação em posições mais elevadas para diferentes fluxos c) Área de instalação menor, a bacia pode ser instalada mais próxima da parede d) Sua manutenção é simples para o encanador e) No caso de substituição é preciso quebrar a parede f) Em média custam de R$ 280 a R$ 450 ATENÇÃO AOS VAZAMENTOS A bacia sanitária deixou de ser uma das vilãs do alto consumo de água, mas fique atento aos vazamentos. Em épocas de mudanças bruscas de temperaturas, uma borracha que serve de base para a colocação da

caixa acoplada, as vezes gera vazamento. O mesmo pode acontecer com as válvulas convencionais, alguns anéis de borracha podem se desgastar com o passar do tempo e gerar pequenos vazamento. De acordo com a Organização das Nações Unidas, cada pessoa necessita de cerca de 110 litros de água por dia para atender as necessidades de consumo e higiene. No entanto, no Brasil, o consumo por pessoa pode chegar a mais de 200 litros/dia. Água, utilize com responsabilidade. Ronaldo Leão Arquiteto e Urbanista com mestrado em Inovação, Tecnologia e Desenho, pela Universidad de Sevilla, na Espanha. www.moarquitetura.com


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COMES & BEBES

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HABITAÇÃO

Vistorias garantem proteção para locações imobiliárias, diz especialista A

ntes da entrega das chaves no processo de locação de um imóvel é comum a realização de uma vistoria, ou seja, uma inspeção que ocorre dentro e fora da propriedade. O objetivo principal da ação é conceder ao locador e ao locatário a oportunidade de conferir todos os detalhes do bem e, ainda, de questionar eventuais defeitos encontrados. De acordo com o vistoriador da Piramid Imóveis Ruyter Areco, nesse momento, o olhar clínico de um especialista pode detectar problemas que, a princípio, seriam imperceptíveis ao olhar de uma pessoa leiga. “A vistoria é uma garantia e uma proteção para o futuro morador, pois o documento contém todas as especificações características da propriedade”, diz. No caso de haver danos que não estavam no arquivo gerado pela inspeção, o locatário pode ser responsabilizado, porque a ele caberá os cuidados do cotidiano. “Eu costumo dizer que a vistoria é o ‘advogado’ do locatário, do locador, da imobiliária e do vistoriador. Ela é uma descrição minuciosa da conservação do imóvel. Essa ficha técnica será uma declaração essencial para comparação das condições do imóvel no final do contrato de locação”, explica Areco. Geralmente, são as imobiliárias que exigem a vistoria dos imóveis, mas há, também, proprietários que fazem a solicitação. “O pedido pode acontecer assim que o cliente der início aos processos de documentação do contrato de aluguel”,

completa o especialista.

Trabalho detalhado

Fazer uma vistoria detalhada é fundamental para que não haja gastos e problemas futuros. É preciso, portanto, averiguar tudo minuciosamente, sem pressa e sempre em busca da perfeição. “É importante anotar todas as particularidades, tais como resistência das portas e janelas, condições das paredes e pisos, funcionamento dos sistemas elétricos e hidráulicos; medidas de cada parte da propriedade, incluindo pisos, contrapisos e rodapés”, ressalta Ruyter Areco, vistoriador da Piramid Imóveis. O especialista explica, ainda, que a vistoria é feita por meio de um gravador. Depois, as informações são digitadas e os profissionais responsáveis pela ação assinam a documentação. A inspeção também pode ser realizada na locação de imóveis mobiliados e decorados. Segundo Areco, a vistoria, nestes casos, é muito mais detalhada. “É descrito todo o estado do mobiliário e dos eletrodomésticos. Examina-se, além das condições dos móveis e da decoração, a quantidade de utensílios presentes no imóvel”, conclui. Marcella Costa/ Fernando Bueno Milagre do Verbo Agência de Comunicação. marcella.costa@milagredoverbo.com.br ernando.bueno@milagredoverbo.com.br

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PONTOS DE DISTRIBUIÇÃO DO IMPRESSO IMOBILIÁRIO ANA MARIA PÃES & FRIOS R. Miguel Del Ré, 658 BAND PÃES Av. Independência, 1764 BELLA SÍCILIA Av. Independência, 294 BELLA CITTÁ PÃES ESPECIAIS Av. Portugal, 1.760 DAMA TABACARIA - Bóx 50 Novo Mercadão da Cidade DOÇURA PÃES E DOCES Av. Plinio de Castro Prado,400 DROGARIA PADRE EUCLIDES Rua Manoel Achê, 222 ELITE PAN Av. Treze de Maio, 756 EMPÓRIO DAMASCO Rua Marcondes Salgado,1137 EMPÓRIO DO CINEMA Av. Treze de Maio, 1199 Av. Nove de Julho,885 EMPÓRIO LOURENÇO R. Cerqueira César, 875 EXPRESSO PAULISTA RESTAURANTE R. Lafayete, 887 MERC. PANIFICADORA VILA SANTANA R. Marino Paterline, 91 METROPOLITAN BUSINESS CENTER Av. Antonio Diederichsen, 400 MINAS PÃES R. Ramos de Azevedo, 650 NEW CENTURY Av. Pres. Vargas, 2001 PALADAR PANIFICADORA Rua do Professor, 985 PANIFIC. CENTENÁRIO Pç. Barão do Rio Branco, 367 Rua Roque Pippa, 576 PANIFICADORA JARDIM PAULISTA R. Henrique Dumont, 593 PANIFICADORA NOSSO PÃO R. Florêncio de Abreu, 1158 PANIFICADORA SÃO JOSÉ R. Casemiro de Abreu, 286 PANIFICADORA SÃO RAFAEL Av. Caramurú, 2141 PANIFICADORA SANTA MÔNICA Rua João Nutti, 1778 PANIFICADORA VILA VENEZA Rua Barão do Amazonas, 2351 PANIFICADORA VILLA VERDE Rua. Iria Alves,177 PANIFICADORA VISCONDE Rua Visconde de Inhaúma, 991 POSTO ANTONIO MARTINEZ Av. Maria de Jesus Condeixa, 700 POSTO INDEPENDENCE SERVICE Av.Independência 3520 QUITANDA DO CARLÃO Rua Álvares Cabral 1381 SAN BRUNO'S R. Eliseu Guilherme, 611 SANTA RITA PÃES E DOCES R. Benedicta R. Domingos, 787 TIMES SQUARE BUSINESS Av. Presidente Vargas, 2121 VILA SEIXAS AROMA & SABOR R. Amadeu Amaral, 691 VILLA SUCREÊ R. Atibaia, 369 ZAP MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Rua Mário de Sousa, 530

CINEMA

Colors... Sempre! oi-se 2013. Ano que, particularmente pretendo guardar no embornal da memória como um período lastimável. Em meu artigo da edição de janeiro do dito cujo, me pus a divagar: “Cá estamos nós em 2013! Que maravilha! Sempre preferi os anos impares. Já no final de 2011, comecei a implicar com 2012. Um ano esquisito, que trazia em seu bojo a indesejada e catastrófica profecia do final dos tempos...” Pois se em 2012 o apocalipse não se apresentou com suas estridências bíblicas ou hollywoodianas, desiludindo nossas expectativas, o mesmo serviu de antepasto para um indigesto 2013. Então, vejamos: No Brasil, 242 jovens morrem numa boate, vítimas de incompetência generalizada, um pastor evangélico homofóbico e pateta presidiu a Comissão dos Direitos Humanos porque interessava ao conchavo político, um garoto com carinha de anjo matou a família e foi pra escola (cul-

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pa do game?), “nosso” maior milionário se mostrou uma fraude com o aval do BNDS, nossas ruas tremeram de paixão pela civilidade e participação e depois, pelo horror da total falta dela. No resto do mundo, morre Hugo Chávez e nasce um “Deus Bolivariano” para ajudar a atravancar a política de todo o continente, “descobrimos inocentemente” que somos vigiados como pregou Orwell em 1949 ao lançar “1984”, a primavera árabe nunca existiu, (nasceu onde nunca houve democracia), a guerra na Síria corre solta e achamos normal, afinal, ficou acertado que não se pode matar crianças com armas químicas. Com o resto pode. Para não deixar tudo tão “baixo astral”, decidi pontuar este artigo com as indicações de dois filmes intrinsecamente ligados a dois momentos relevantes e edificantes de 2013: a posse do segundo mandato de Barack Obama e a comoção causada pela morte de Nelson Mandela.

EXPEDIENTE Distribuição gratuita José Humberto Pitombeira M. E Rua Manoel Achê, 697 - sala 02 Ribeirão Preto - SP - Jardim Irajá impressoimobiliario@gmail.com

Edição e Redação: José Pitombeira | João Pitombeira Jornalista responsável: João Pitombeira MTB: 71.069/SP Arte Final: Ney Tosca (16) 3019-2115 Tiragem: 10.000 exemplares Impressão: Gráfica Spaço (16) 3969-2904 Sempre causando uma ótima impressão

12 ANOS DE ESCRAVIDÃO Em 1853, o cidadão de Saratoga/Nova York, negro livre e respeitado violinista Solomon Northup lançou sua autobiografia. Conta sobre os 12 anos que viveu sob escravidão após ser sequestrado e levado ao sul escravista do então semi dividido Estados Unidos da América. É sua história que podemos ver neste filme indispensável. Em 1863, após uma sangrenta guerra civil, os EUA libertariam seus escravos. Teoricamente. Dizemos ter feito o mesmo em 1888. Balela. Os 25 anos de diferença do ato político pesaram, e ainda pesam em corações e mentes. Nossos teóricos, de Gilberto Freire a Fernando Henrique Cardoso, tentaram explicar nossa situação quanto a negritude/escravidão/miscigenação e racismo. Coisa pra intelectual. Pouco fizemos para tratar popularmente do assunto. O fato é que “A escrava Isaura” ficou no limbo do esquecimento. Recentemente, a novela “Lado a lado”, que tratava de parte do assunto ganhou um Grammy. Muito bom. Pena que fosse transmitida no horário em que quase todos os “escravos modernos” estavam presos no trânsito. Coisas do Brasil. Enquanto cinema, ainda não fizemos um grande filme nacional que lidasse o tema com a força necessária. Os gringos costumam estar sempre um passo adiante. Só pra variar. Aliás, atenção ao grande ator que protagoniza o filme. E quanto ao diretor, por sinal negro, assistam seus filmes anteriores. ELENCO: Chiwetel Ejiofor, Michael Fassbender, Benedict Cumberbatch, Paul Dano, Paul Giamatti, Lupita Nyong’o, Brad Pitt DIREÇÃO: Steve McQueen (II) O MORDOMO DA CASA BRANCA

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Indicar esse filme na sequência do anterior tem um sentido algo didático.


Nº 63 - 2013 Podemos vêlo como certa continuação da mesma história. Tem ritmo, estilo e nuances diferentes, mas acabam se completando. Neste, também baseado em fatos reais, acompanhamos a epopeia de um homem negro, desde sua dura infância nos anos 1920, até sua velhice em um país ocidental e “civilizado”, que até 46 anos atrás, não permitia que uma pessoa negra se sentasse ao lado de uma branca em uma mesma lanchonete. Casamentos inter-raciais eram proibidos. Homens brancos poderiam matar homens negros por qualquer motivo sem responder à lei. Linchamentos de negros, pelos motivos mais pífios eram comuns como tomar um sorvete no verão. Isso tudo há menos de 50 anos atrás... Ufa! Forest Whitaker é um daqueles atores que valorizam cada suspiro emitido. Seu Charlie Parker em “Bird” é um

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primor. Ganhador de vários prêmios, entre o Oscar pelo imperdível “O Último Rei da Escócia” são a garantia de um grande espetáculo. Para quem ainda não conhecia o trabalho como atriz de Oprah Winfrey então... Enfim, aproveite um daqueles domingos preguiçosos para colocar sua consciência negra em dia. Afinal, como já disse com toda a certeza aquele presidente: “Temos todos um pé na cozinha”. Ah, o diretor Lee Daniels também é negro. ELENCO: Forest Whitaker, Oprah Winfrey, Alan Rickman, Colman Domingo, Cuba Gooding Jr., David Oyelowo, Jane Fonda, Jesse Williams, John Cusack, Liam Neeson, Matthew McConaughey, Mila Kunis, Terrence Howard DIREÇÃO: Lee Daniels Abusei dos “parênteses” e de outras afetações linguísticas. Influência dos blues que ouvi durante a feliz confecção deste artigo. Espero ter acertado no ritmo. Como disse Jorge Benjor: “Negro é lindo”. Jeff Gennaro é ator e diretor da Cia Teatro Salada Vinte (São Paulo/SP.) teatrosaladavinte@terra.com.br

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