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OPINIÃO
Golpe à brasileira 19 de fevereiro de 2014 s vésperas dos 50 anos do golpe militar torna-se necessário um resgate da História para entendermos o presente. Em 1964 o Brasil era um país politicamente repartido. Dividido e paralisado. Crise econômica, greves, ameaça de golpe militar, marasmo administrativo. O clima de radicalização era agravado por velhos adversários da democracia. A direita brasileira tinha uma relação de incompatibilidade com as urnas. Não conseguia conviver com uma democracia de massas num momento de profundas transformações. Temerosa do novo, buscava um antigo recurso: arrastar as Forças Armadas para o centro da luta política, dentro da velha tradição inaugurada pela República, que já havia nascido com um golpe de Estado. A esquerda comunista não ficava atrás. Sempre estivera nas vizinhanças dos quartéis, como em 1935, quando tentou depor Getúlio Vargas por meio de uma quartelada. Depois de 1945, buscou incessantemente o apoio dos militares, alcunhando alguns de “generais e almirantes do povo”. Ser “do povo” era comungar com a política do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e estar pronto para atender ao chamado do partido numa eventual aventura golpista. As células clandestinas do PCB nas Forças Armadas eram apresentadas como uma demonstração de força política.
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À esquerda do PCB havia os adeptos da guerrilha. O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) era um deles. Queria iniciar a luta armada e enviou, em março de 1964, o primeiro grupo de guerrilheiros para treinar na Academia Militar de Pequim. As Ligas Camponesas, que desejavam a reforma agrária “na lei ou na marra”, organizaram campos de treinamento no País em 1962 – com militantes presos foram encontrados documentos que vinculavam a guerrilha a Cuba. Já os adeptos de Leonel Brizola julgavam que tinham ampla base militar entre soldados, marinheiros, cabos e sargentos. Assim, numa conjuntura radicalizada, esperava-se do presidente um ponto de equilíbrio político. Ledo engano. João Goulart articulava sua permanência na Presidência e necessitava emendar a Constituição. Sinalizava que tinha apoio nos quartéis para, se necessário, impor pela força a reeleição (que era proibida). Organizou um “dispositivo militar” que “cortaria a cabeça” da direita. Insistia em que não podia governar com um Congresso Nacional conservador, apesar de o seu partido, o PTB, ter a maior bancada na Câmara dos Deputados após o retorno do presidencialismo e não ter encaminhado à Casa os projetos de lei para tornar viáveis as reformas de base. Veio 1964. E de novo foram cons-
Nº 65 - 2014 truídas interpretações para uso político, mas distantes da História. A associação do regime militar brasileiro com as ditaduras do Cone Sul (Argentina, Uruguai, Chile e Paraguai) foi a principal delas. Nada mais falso. O autoritarismo aqui faz parte de uma tradição antidemocrática solidamente enraizada e que nasceu com o Positivismo, no final do Império. O desprezo pela democracia rondou o nosso país durante cem anos de República. Tanto os setores conservadores como os chamados progressistas transformaram a democracia num obstáculo à solução dos graves problemas nacionais, especialmente nos momentos de crise política. Como se a ampla discussão dos problemas fosse um entrave à ação. O regime militar brasileiro não foi uma ditadura de 21 anos. Não é possível chamar de ditadura o período 1964-1968 – até o Ato Institucional n.º 5 (AI-5) -, com toda a movimentação político-cultural que havia no País. Muito menos os anos 19791985, com a aprovação da Lei de Anistia e as eleições diretas para os governos estaduais em 1982. Que dita-
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dura no mundo foi assim? Nos últimos anos se consolidou a versão de que os militantes da luta armada combateram a ditadura em defesa da liberdade. E que os militares teriam voltado para os quartéis graças às suas heroicas ações. Num país sem memória, é muito fácil reescrever a História. A luta armada não passou de ações isoladas de assaltos a bancos, sequestros, ataques a instalações militares e só. Apoio popular? Nenhum. Argumenta-se que não havia outro meio de resistir à ditadura a não ser pela força. Mais um grave equívoco: muitos desses grupos existiam antes de 1964 e outros foram criados pouco depois, quando ainda havia espaço democrático. Ou seja, a opção pela luta armada, o desprezo pela luta política e pela participação no sistema político, e a simpatia pelo foquismo guevarista antecederam o AI-5, quando, de fato, houve o fechamento do regime. O terrorismo desses pequenos grupos deu munição (sem trocadilho) para o terrorismo de Estado e acabou sendo usado pela extrema direita como pretexto para justificar o injustificável: a bar-
bárie repressiva. A luta pela democracia foi travada politicamente pelos movimentos populares, pela defesa da anistia, no movimento estudantil e nos sindicatos. Teve em setores da Igreja Católica importantes aliados, assim como entre os intelectuais, que protestavam contra a censura. E o MDB, este nada fez? E os seus militantes e parlamentares que foram perseguidos? E os cassados? Os militantes da luta armada construíram um discurso eficaz. Quem os questiona é tachado de adepto da ditadura. Assim, ficam protegidos de qualquer crítica e evitam o que tanto temem: o debate, a divergência, a pluralidade, enfim, a democracia. Mais: transformam a discussão política em questão pessoal, como se a discordância fosse uma espécie de desqualificação dos sofrimentos da prisão. Não há relação entre uma coisa e outra: criticar a luta armada não legitima o
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terrorismo de Estado. Temos de refutar as versões falaciosas. Romper o círculo de ferro construído, ainda em 1964, pelos adversários da democracia, tanto à esquerda como à direita. Não podemos ser reféns, historicamente falando, daqueles que transformaram o antagonista em inimigo; o espaço da política, em espaço de guerra. Marco Antonio Villa é historiador, autor do livro ‘Ditadura à Brasileira’ (Ed. Leya). Fonte: O Estado de São Paulo
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RE-ESCREVENDO A NOTÍCIA
O golpe gente que sempre disse: “O povo quanto mais tem, mais quer”, agora não vê muito sentido na frase. O povo que mais tem, viaja de avião, tem férias no exterior, está com filhos em escola particular, paga plano de saúde, troca o carro a cada dois anos... Quer mais o quê? Ficar bonito e milionário com um prêmio de loteria? O que esse povo quer, político nenhum do mundo dá. Nascer num país dos sonhos e rico. O povo que quanto mais tem mais tem quer ter exclusividade em tudo... Em tratamento, em apresentação, em estilo, em gostos, em vontades... O povo que quanto mais tem mais tem, só quer é que o outro não tenha nada, pra conta do seu status quo bater no fim do mês. Esse povo que tudo tem e que nada doa, ainda faz pirraça pro que o outro conquista. “Que palhaçada essa história de bolsa isso, bolsa aquilo...”. O povo que tudo tem, ainda sonha viver num mundo onde todo mundo passe fome. “Aprendam a pescar!” - conselho comum da população urbana pra quem vive no sertão. Vez ou outra esse povo faz pose de cidadão e reivindica: “O povo quer saúde, escola, educação!” - refrão preferido do sujeito que mais ganha e que abate essas mesmas despesas do seu imposto de renda. O povo que mais tem, por mais que cobice e liste tudo o que mostra uma pro-
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paganda, muito mais do que compra, não vai ter. Desperta do sonho. Impossível ter sem trabalhar. A realidade começa a fazer cobranças pra aquele sujeito que agora se percebe num movimento global onde todo mundo corre, sobe, desce e ganha. Esse povo que quanto mais tem caiu na real de que, fazendo bem as contas, vai poder ter carro importado e comprar mais uns três imóveis, um pra cada filho que já nasceu pescando... Isso se o tal homem de bem não for um devasso e perder tudo na partilha do divórcio. O povo que tem mais poderia investir agora em elevação moral, em cultura e participação política. Mas prefere desligar a mente em superficialidades e se indignar com os problemas que ele mesmo causa paga propina, corrompe agente público, sonega, remunera mal o funcionário, joga lixo pela janela do carro, aplaude a violência como perpetuidade da violência e ainda ensina a prole a fazer igual. Pelas contas, o povo que tem mais vai continuar feliz e tendo o que seu dinheiro pode comprar... “Tenho, logo existo.” Mas a conta do bem estar individual não fecha... Continuam incomodados, como se a unha do pé estivesse encravada... É que o povo que antes não tinha nada, hoje também tem mais e quer chegar aos 40 tendo o mesmo que todo mundo tem. Isso fez de todo privilegiado que já nasceu pescando, só mais um na multidão. O povo que mais tem está descontente e não quer mais nada. Não participa, não colabora e não mais se interessa. O povo que mais tem só não quer é perder os pri-
vilégios e nisso, criou-se uma equivocada disputa pelo monopólio da prosperidade, num jogo que no fim, restam sempre perdedores. Meu nome é Malu Aires. Não tenho muito porque daqui não levo nada. O que é seu por direito, é seu por direito. O que é meu por direito, é meu por direito.
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SAÚDE
Pesquisa - “Um dos maiores cientistas da atualidade afirma que a vida continua após a morte” á vida após a morte e a morte é só uma ilusão criada pela nossa consciência. Essas afirmações não vieram de um líder religioso, mas sim de um cientista renomado, que se baseia na física quântica. Enquanto muitos colocam ciência e fé como elementos antagonistas quando se trata de falar sobre temas como a existência da alma ou da vida após a morte, Robert Lanza, um cientista renomado quer mudar esse quadro. Para Lanza, autor do livro “Biocentrismo: Como a vida e a consciência são as chaves para entender a verdadeira natureza do Universo”, a vida é apenas uma atividade do carbono e uma mistura de moléculas que dura por tempo determinado.
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O professor da Faculdade de Medicina da Universidade Wake Forest, Carolina do Norte concorda que, quando nosso corpo morre, logo se decompõe. Mas essa ideia de “morte” existe apenas porque há milhares de anos ensina-se que morremos. Afinal, nossa consciência associa a vida à existência do corpo Segundo o biocentrismo defendido por Lanza, a morte não dever ser vista como algo definitivo, o fim de tudo. Quando o ser humano entender que o espaço e o tempo são convenções, não existem realmente, poderemos ver o mundo como ele é, sem limitesespaciais ou lineares. Para ele e outros físicos teóricos, nossa “mistura de moléculas e atividade do carbono” volta para o Universo, onde continua existindo, mas como parte dele.
Um dos teóricos do chamado universo biocêntrico, ele explica que a biologia e a vida real originam o universo, e não o contrário. Para citar um exemplo, Lance diz que, quando uma pessoa vê o céu, diz que é da cor azul, mas não significa que o céu seja azul, apenas o percebemos assim. Nossa consciência dá sentido ao mundo e pode ser alterada, mudando nossa interpretação da realidade. Ou seja, espaço e tempo são apenas “ferramentas mentais”. Logo, a morte e a ideia da imortalidade podem coexistir num mundo sem limites ou espaço linear. A maioria dos cientistas diria que o conceito de vida após a morte ou é um absurdo, ou, no mínimo, improvável. Porém, os físicos teóricos defendem que existem outras dimensões, onde
a existência é percebida de outra maneira. O que significaria que a morte pode existir “num sentido total”. Para ele, a física quântica ainda tem muito a ser explorada e pode alterar a maneira como os seres humanos sempre perceberam a existência. Segundo diferentes tradições religiosas, o ser humano é composto de uma parte imaterial, chamada de alma. Para judeus e cristãos, de fato a morte total não existe, pois a alma permanece, passando apenas para um outro plano ou dimensão, que pode ser o céu ou o inferno. Miguel Galli Terapeuta Quântico/Holistico miguelgalli@ig.com.br Com informações Daily Mail e Seu History.
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FALA DONA ADELAIDE Dona Adelaide é uma assídua leitora do IMPRESSO IMOBILIÁRIO, e com sua perspicácia, lucidez e humor, colabora com suas opiniões, que publicamos com muito gosto. Nasceu em 1915 e suas posições às vezes não cabem no que hoje entendemos por “politicamente correto”. Quando indignada, costuma praguejar e soltar alguns impropérios.
Fala Dona Adelaide! mulher do meu bisneto comprou um carro novo! Toda família ficou muito feliz! A moça é de boa família, trabalhadera... até casou de noiva! Tem que ver as foto e os filme... acho que é erquiteta ou manicure, ou professora! Bom, não sei direito... é alguma dessas coisa. Ela é tão bela... Benzadio! Parece uma princesa! Notro dia, ela foi me levá no médico. Que eu tava precisando de uns remédio. Me dói tudo as perna... Chegô com um carro grande. Parecia um tanque de guerra. O carro era preto. Os vidro preto, umas roda grande, que nem de trator de fazenda. Ela falô: Entra bisa, querida! Mas deu um trabalhão porque o carro é muito grande. Eu uso cadeira de roda, cáspite! Vá bene! Fumo. No meio do caminho, a menina começou a ficar nervosa. Dirigia que nem um caminhonero. Falava uns palavrão, chingava os otros motorista, dava uns solavanco. Eu já tava quase vomitando. Mas ela virava pra mim e ria: Tá gostando bisa? Eu não podia era vomitá no carro novo! Teve uma hora que na frente do carro dela parou um outro carro grandão. Parecia até maior que o carro dela. Aí ela começou a buzinar que nem doida e falar palavrão. Eu falei: Calma filha... Acho que ela nem ouviu. Abriu o vidro e chingou. Então, no carro da frente foi abaxando o vidro e saiu uma cabeça de cachorro. Branquinho, de cabelo cacheado que nem uma ovelha. Latia ardido e com raiva. Despois, saiu uma cabeça de mulher. Ela tinha uns oclãos escuro e tava com um telefone grudado na orelha. A mulher dos oclãos gritou: Tá com pressa, passa por cima sua vaca! Minha bisneta começou a bater nas direção do carro cãs duas mão. Gritava um monte de palavrão e se descabelava toda. E o cachorro cara de ovelha latia mais. Os outro carro buzinava. Na calçada, uns home que tava numa construção começaro a rir e gritar. As duas lôca gritava. O cachorro latia. Os home ria e gritava. Os carro buzinava. Chegou um guarda. Aí eu dei graças à Deus. Mas quando eu achava que tudo ia terminar, elas desceram dos carro e começaram a se estapear. O guarda, coitado tentava separar. Os home, invêis de ajudar, ria e gritava. Aí, o cachorro de cara de ovelha fugiu pela rua. A mulher dos oclãos saiu correndo atrás do bicho. Os home ria e corria atrás também. O guarda gritava. As loca gritava. O povo da rua gritava. Cabou que foi tudo pará na delegacia. Meu Bisneto foi me buscá e me levou pra casa. Perdi minha hora no médico. Catzo, no meu tempo as mulher do curtiço era mais educada. Ninguém tinha ido pra facurdade e nem dirigia carro. Nóis só brigava por causa de home e de filho. E cachorro tinha cara de cachorro, não de ovelha! Da outra vêiz vô de taxi. Escreveu o que eu mandei? Então, manda.
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Envie sua opinião sobre as posições de Dona Adelaide, seja também nosso colaborador. impressoimobiliario@gmail.com
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DIREITO
Caixa retoma imóvel adquirido por meio do Minha Casa Minha Vida mportante questão vem surgindo nos Tribunais do País a respeito dos imóveis adquiridos por meio do programa Minha Casa Minha Vida do Governo Federal, e que, posteriormente são vendidos a terceiros, infringindo, em tese, a finalidade social do programa habitacional. Neste sentido, vale mencionar que o programa Minha Casa Minha Vida foi instituído como meio de conceder um benefício social a pessoas de baixa renda, com o propósito específico de adquirir a tão sonhada casa própria. Esse benefício é custeado por meio de recursos federais, logo, trata-se de incentivo pago com o dinheiro público, com vistas a garantir um dos direitos fundamentais do cidadão, consagrado no inciso XXII, do artigo 5º da Constituição Federal. Ocorre que o conflito está justamente no fato da venda do imóvel a terceiros, por meio dos conhecidos “contratos de gaveta”, desvirtuar a finalidade do incentivo concedido, na medida em que fere cláusula constante do contrato celebrado com o agente financeiro, que prevê que o imóvel adquirido por meio do Programa Minha Casa Minha vida deve ser destinado à moradia própria do contratante e de sua família. Segundo entendimento recente do
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Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por meio do voto do Juiz Federal Nicolau Konkel Júnior, convocado para atuar no Tribunal, a compra direta de imóvel residencial com contrato de parcelamento e alienação fiduciária no Programa Minha Casa Minha Vida, celebrado com a Caixa Econômica Federal, expressa claramente que o imóvel é destinado à moradia própria do contratante e de sua família, com isso, o julgador ressaltou que o desvio dessa finalidade leva ao vencimento antecipado da dívida. O caso versava sobre uma beneficiária do programa, que é moradora da cidade de Joinville (SC), a qual foi acionada judicialmente pela CEF após vender seu apartamento adquirido pelo Programa Minha Casa Minha Vida em menos de um ano, por contrato de gaveta. A ré comprou o imóvel em 22 de março de 2012 e o revendeu em 11 de outubro do mesmo ano. “Na hipótese, embora contemplada com o benefício social para aquisição da casa própria, a contratante transferiu a posse direta do bem a terceiro (por meio de contrato particular de ´compromisso de compra e venda´), atraindo contra si os reflexos do vencimento antecipado da dívida junto ao Fundo de Arrendamento
Residencial (FAR)”, afirmou o magistrado. Como a ré não tem recursos para saldar a dívida, o imóvel deve ser devolvido à CEF. Esse parece ser o entendimento que vem tomando corpo no Judiciário, e ressalva a necessidade de se observar as obrigações contraídas pelo beneficiário do programa social, tendo em vista se valer de um incentivo custeado pelo Governo Federal que exige que o imóvel seja destinado à moradia do adquirente e de sua família, e, quando isso é quebrado, consequências sérias podem advir, como no caso em destaque, que acabou ocasionando a retomada do imóvel pela Caixa Eco-
nômica Federal e consequente nulidade do contrato de gaveta celebrado com o terceiro, fica, portanto, o alerta. Dr. Denisar Utiel Rodrigues OAB/SP. 205.861 Especialista em direito empresarial e securitário denisar@akradvogados.com.br Membro do escritório AKR Advogados Associados
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DIÁRIO DA
CONSTRUÇÃO
Escolha de piso para áreas externas requer cuidados Ele deve tolerar cargas de veículos e pedestres, resistir às intempéries e manter boa aparência! ridades de três opções: uma com placas de tamanhos variados, outra moldada no local e a última para pavimentação drenante.
ma das principais dúvidas que surgem na hora de construir ou reformar é a escolha do piso ideal. As peças que funcionam bem no chão dos ambientes internos nem sempre apresentam resistência para atuar como revestimento da área externa, por isso é importante tomar alguns cuidados e adquirir a melhor opção. A escolha do piso para áreas externas, como garagens e áreas de lazer, requer cuidados. Mesmo que esses espaços não sejam usados com frequência, aspectos como segurança, durabilidade, manutenção, conforto e estética precisam ser avaliados antes de qualquer decisão. Para uma escolha acertada, vale ficar atento a aspectos, como tráfego intenso de carros ou pessoas, necessidade de drenagem da água da chuva ou grande incidência de sol no ambiente. Independente de tratar-se de laje, contrapiso ou mesmo outro piso preexistente, a superfície precisa ser plana, resistente e estar limpa. O material de assentamento também merece atenção, pois cabe a ele garantir a eficiência do conjunto diante de fatores como trepidação e movimentação térmica da base, causas comuns de rachaduras. Como o cardápio de pisos para lugares abertos é variado, o segredo para acertar na escolha está em observar as necessidades de cada área. Se tiver crianças ou animais de estimação, esqueça as peças rústicas: em caso de quedas elas podem provocar esfolamentos. Locais que servem de estacionamento ou passagem de carros pedem modelos resistentes a alto tráfego.
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Confira na tabela abaixo as particula-
PORCELANATO Características a) Composto de argila, corantes e aditivos b) De 0,5 a 1 cm de espessura c) Grande diversidade de cores e formatos d) Junta estreita entre as peças e) Textura rústica ou lisa, antiderrapante e praticamente sem poros f) Absorção nula g) Alta resistência a abrasão h) Requer mão de obra treinada, como ceramista ou azulejista Base e assentamento a) Sobre laje, contrapiso e outros materiais b) Com argamassa colante apropriada Manutenção e Limpeza a) Permite troca de unidades sem danificar o piso b) Limpeza com pano úmido e sabão neutro TOTAL POR m2 INSTALADO = de R$ 90 a R$ 170 (varia em função do formato, espessura e padronagem) CIMENTADO POLIMÉRICO Características a) Composto de cimento, areia e resina acrílica b) De 1 a 1,5 cm de espessura c) Cores restritas, obtidas por tingimento do cimento ou pintura do piso pronto d) Juntas de dilatação regulares e sempre que houver mudança de cor e) Textura quase lisa, antiderrapante e pouco porosa f) Baixa absorção g) Alta resistência a abrasão h) Requer mão de obra treinada e acompanhamento técnico Base e assentamento c) Sobre laje, contrapiso e pedra d) Com massa à base de cimento e resina
Manutenção e Limpeza c) Reparos deixam aparentes os recortes d) Lavável com água e sabão neutro, aceita desengraxante TOTAL POR m2 INSTALADO: de R$ 60 a R$ 75 (varia em função da espessura) BLOCO DE CONCRETO INTERTRAVADO Características i) Composto de concreto moldado j) De 6 a 8 cm de espessura k) Cores restritas, obtidas por tingimento do cimento l) Juntas larga entre as peças m) Textura rústica, antiderrapante e porosa n) Média absorção o) Alta resistência mecânica e à abrasão p) Requer mão de obra treinada Base e assentamento e) Sobre laje, concreto e terra f) Com berço de areia e/ou pó de pedra, o que confere a ele a propriedade drenante
Manutenção e Limpeza a) Permite troca de placas sem danificar o piso b) Lavável com jato de alta pressão TOTAL POR m2 INSTALADO: de R$ 80 a R$ 160 (varia em função da quantidade instalada e espessura) Cuidado para não cair! Ao revestir a área externa, é possível apostar na combinação de materiais para obter um efeito estético mais bonito, mas um fator que não podemos descuidar é a segurança, a prevenção de acidentes começa pela eleição correta dos pisos para determinados usos, evitando assim acidentes graves e transtornos. Ronaldo Leão Arquiteto e Urbanista com mestrado em Inovação, Tecnologia e Desenho, pela Universidad de Sevilla, na Espanha. www.moarquitetura.com
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MÚSICA
Oasis celebra os 20 anos de “Definitely maybe” com pacote especial migo leitor, quem esperava uma turnê comemorativa do Oasis para o aniversário de 20 anos do álbum “Definitely maybe” pode parar de sonhar. A boa notícia é que o grupo vai lançar uma edição especial remasterizada no dia 19 de maio. O disco abriu as portas do sucesso para a banda de Manchester e se consolidou como o álbum de estreia com vendagem mais rápida na história da Inglaterra. Em todo o mundo foram mais de oito milhões de cópias compradas pelos fãs. O quinteto, então formado por Noel Gallagher, Liam Gallagher, Paul Arthurs, Paul McGuigan e Tony McCarroll, também lançou quatro singles: “Supersonic”, “Shakermaker”, “Live Forever” e “Cigarettes & Alcohol” que esgotaram rapidamente das prateleiras. As críticas sobre o primeiro trabalho da banda são as mais positivas possíveis, alguns até consideram como o melhor disco de estreia de todos os tempos. O reconhecimento dos especialistas é uma
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constante na carreira do grupo, em 2010 o álbum “(What’s the Story) Morning Glory” ganhou o título de melhor disco britânico dos últimos 30 anos no prêmio “Brit Awards”. O lançamento comemorativo vai incluir raridades e gravações inéditas. O material estará disponível em CD, downloads digitais, além de uma edição especial de três CDs que incluirá também demos da banda. O Oasis encerrou as atividades em 2009, depois das constantes brigas entre os irmãos Gallagher. Na sequência Noel entrou em carreira solo, com o disco “Noel Gallagher’s High Flying Birds”, e Liam fundou a banda Beady Eye que já lançou dois discos: “Different Gear, Still Speeding” e “BE”. A banda também deve lançar versões especiais dos álbuns “(What’s The Story) Morning Glory?” e “Be Here Now”, com a promessa de gravações inéditas. Eduardo Vidal – Jornalista duvidal86@yahoo.com.br
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CINEMA
Bemvindos ao agora com sabores de ontem o final deste mês ultrapasso meu meio século de existência. Para os descrentes, agora é ladeira abaixo. Os fiéis preferem o termo “escada acima”. Pessoalmente, nenhuma das opções me apetece ou anima muito. Entre outras coisas, o que vem pautando minhas condutas, conceitos e expectativas nos últimos tempos, é o conhecimento das várias nuances sobre fatos e acontecimentos que cercaram e cercam a humanidade, desde que nos reconhecemos como tal. Obter parâmetros é o melhor. Obviamente, tenho tentado, na medida do possível, entender que nem tudo é verdade e que, certamente a ver-
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dade é mais uma de nossas falácias retóricas. Em meados de 1992, nossa Cia de teatro participou de duas edições do programa Fanzine da TV Cultura de São Paulo. Tive então a oportunidade de conhecer o escritor Marcelo Rubens Paiva, que na época apresentava o programa. Marcelo era algo como um mito para nossa geração. O sucesso merecido de seu livro “Feliz ano velho”, sua postura social, cultural e política o avalizava para tanto. Carregava em si o charme revolucionário de ser filho do “desaparecido” Rubens Paiva e a galhardia de como enfrentava sua situação física. Não nos tornamos ami-
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gos. Fomos todos profissionais e gentis na ocasião. Ficou a impressão certeira sobre seu caráter. Ocorre que, com a recente comprovação sobre o que aconteceu a Rubens Paiva, seu assassinato (1971) pelos órgãos da repressão e a necessária apuração sobre a localização de seus restos mortais, emergiu em mim as memórias, os sentimentos e um grande mingau ideológico. Assim, pensei em indicar-lhes dois bons filmes. TREM NOTURNO PARA LISBOA Uma das mais longas ditaduras dos chamados tempos modernos ocorreu em Portugal. Antonio de Oliveira Salazar mandou e desmandou, com suas oligarquias e poderio militar por 35 anos. Superou, ao menos em longevidade a Franco e Hitler. Sabe-se lá sobre Fidel... Em 1974 eu tinha 11 anos.
Colecionava figurinhas de futebol e recortes de carnaval da revista “O cruzeiro”. Meu tio Joaquim, um feirante bonachão, casado com uma de minhas tias, fazia deliciosas bacalhoadas para toda a família ao som de “Roberto Carlos em ritmo de aventura”. Lembro-me vagamente de que, em um destes momentos, todos pararam em frente à TV. Em preto e branco todos os adultos vibraram rapidamente. Tempos depois, vim a saber que aquele
Nº 65 - 2014 festejo era sobre uma certa “Revolução dos cravos”. Hoje sei que ela muito reverberou por aqui e por outros cantos da terra. Esta indicação lida com personagens destes tempos. Aliás, este filme tem muita filosofia incutida. Visagens de quem só tem por saída o mar. Vale uma atenção. ELENCO: Jeremy Irons, Mélanie Laurent, Jack Huston, Martina Gedeck, Bruno Ganz, Christopher Lee. DIREÇÃO: Bille August
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arredores tendem a não incomodar tanto aos mercados financeiros. Afinal, o epicentro problemático esta sempre ao leste do mundo. Foi sempre lá que o calo apertou. Temos no ocidente um “xerife” muito bem armado e determinando a ordem. Os EUA. Nada de ideologia neste breve comentário. Em dado momento falaremos sobre a importância da África e do Oriente médio. Política é o fim! No mais, o ser humano é somente um detalhe. Este
NA ESCURIDÃO Os desmandos que acontecem fora do circuito europeu às vezes parecem não ser pertinentes ao resto do mundo. Venezuela, Equador, Argentina e
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filme trata de uma história real. Sobre as vicissitudes da guerra. Sobre o que todos sofremos quando estamos obstinados por ideais, ódios e preconceitos. Geralmente retóricas de manobra para o sofrimento geral e benesses dos mesmos. E como sempre, ficamos todos no esgoto da história. ELENCO: Agnieszka Grochowska, Alexandre Levit, Benno Fürmann Frank-Michael, Herbert Knaup DIREÇÃO: Agnieszka Holland
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São filmes que nos contam histórias verdadeiras (?) sobre tempos reais. Às vezes, pequenos detalhes podem mudar a certeza do todo. Restam-nos as mensagens morais sobre dignidade, hombridade e caráter. Norteamentos tão necessários em tempos sem norte nenhum. Jeff Gennaro é ator e diretor da Cia Teatro Salada Vinte (São Paulo/SP.) teatrosaladavinte@terra.com.br
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