Impresso Imobiliário nº66

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OPINIÃO

Esquerda tinha ditaduras como modelo urante a ditadura, a oposição de esquerda transformou a experiência dos países socialistas em referência de democracia. A ditadura do proletariado foi exaltada como o ápice da liberdade humana e serviu como contraponto ao regime militar. A falácia tinha uma longa história. Desde os anos 1930 brasileiros escreveram libelos em defesa do sistema que libertava o homem da opressão capitalista. Tudo começou com URSS, Um Novo Mundo, de Caio Prado Júnior, publicado em 1934, resultado de uma viagem de dois meses do autor pela União Soviética. Resolveu escrevê-lo, segundo informa na apresentação, devido ao sucesso das palestras que teria feito em São Paulo descrevendo a viagem. À época já

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se sabia do massacre de milhões de camponeses (a coletivização forçada do campo, 1929-1933) e a repressão a todos os não bolcheviques. Prado Júnior justificou a violência, que segundo ele “está nas mãos das classes mais democráticas, a começar pelo proletariado, que delas precisam para destruir a sociedade burguesa e construir a sociedade socialista”. A feroz ditadura foi assim retratada: “O regime soviético representa a mais perfeita comunhão de governados e governantes”. O autor regressou à União Soviética 27 anos depois. Publicou seu relato com o título O Mundo do Socialismo. Logo de início escreveu que estava “convencido dessa transformação (socialista), e que a humanidade toda marcha para ela”.

Em 1960, Caio Prado não poderia ignorar a repressão soviética. A invasão da Hungria e os campos de concentração stalinistas estavam na memória. Mas o historiador exaltava “o que ocorre no terreno da liberdade de expressão do pensamento, oral e escrito”, acrescentando: “Nada há nos países capitalistas que mesmo de longe se compare com o que a respeito ocorre na União Soviética”. E continua escamoteando a ditadura: “Os aparelhos especiais de repressão interna desapareceram por completo. Tem-se neles a mais total liberdade de movimentos, e não há sinais de restrições além das ordinárias e normais que se encontram em qualquer outro lugar.” Seguindo pelo mesmo caminho

está Jorge Amado, Prêmio Stalin da Paz de 1951. Isso mesmo: o tirano que ordenou o massacre de milhões de soviéticos dava seu nome a um prêmio “da paz”. Antes de visitar a União Soviética e publicar um livro relatando as maravilhas do socialismo – o que ocorreu em 1951 -, Amado escreveu uma laudatória biografia de Luís Carlos Prestes. A União Soviética foi retratada da seguinte forma: “Pátria dos trabalhadores do mundo, pátria da ciência, da arte, da cultura, da beleza e da liberdade. Pátria da justiça humana, sonho dos poetas que os operários e os camponeses fizeram realidade magnífica”. A partir dos anos 1970, o foco foi saindo da União Soviética e se dirigindo a outros países socialistas. Em


Nº 66 - 2014 parte devido aos diversos rachas na esquerda brasileira. Cada agrupamento foi escolhendo a sua “referência”, o país-modelo. O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) optou pela Albânia. O país mais atrasado da Europa virou a meca dos antigos maoistas, como pode ser visto no livro O Socialismo na Albânia, de Jaime Sautchuk. O jornalista visitou o país e não viu nenhuma repressão. Apresentou um retrato róseo. Ao visitar um apartamento escolhido pelo governo, notou que não havia gás de cozinha. O fogão funcionava graças à lenha ou ao carvão. Isso foi registrado como algo absolutamente natural. O culto da personalidade de Enver Hoxha, o tirano albanês, segundo Sautchuk, não era incentivado pelo governo. Era de forma natural que a divinização do líder começava nos jardins de infância onde era chamado de “titio Enver”. As condenações à morte de dirigentes que se opuseram ao ditador foram justifi-

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cadas por razões de Estado. Assim como a censura à imprensa. Com o desgaste dos modelos soviético, chinês e albanês, Cuba passou a ocupar o lugar. Teve papel central neste processo o livro A Ilha, do jornalista Fernando Morais, que visitou o país em 1977. Quando perguntado sobre os presos políticos, o ditador Fidel Castro respondeu que “deve haver uns 2 mil ou 3 mil”. Tudo isso foi dito naturalmente – e aceito pelo entrevistador. Um dos piores momentos do livro é quando Morais perguntou para um jornalista se em Cuba existia liberdade de imprensa. A resposta foi uma gargalhada: “Claro que não. Liberdade de imprensa é apenas um eufemismo burguês”. Outro jornalista completou: “Liberdade de im-

prensa para atacar um governo voltado para o proletariado? Isso nós não temos. E nos orgulhamos muito de não ter”. O silêncio de Morais, para o leitor, é sinal de concordância. O pior é que vivíamos sob o tacão da censura. O mais estranho é que essa literatura era consumida como um instrumento de combate do regime mili-

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tar. Causa perplexidade como os valores democráticos resistiram aos golpes do poder (à direita) e de seus opositores (à esquerda). Marco Antonio Villa Historiador, é autor, entre outros livros, de ‘Ditadura à brasileira. 1964-1985. A democracia golpeada à esquerda e à direita’ (Leya). Fonte: O Estado de São Paulo.


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DECORAÇÃO

7 dicas de como usar espelhos na decoração peça é queridinha na criação de ambientes e imprime elegância. O conceito de espelho é importante desde que o homem pré-histórico observou o seu próprio reflexo na água. Foi muito usado no período do Renascimento, mas alcançou patamares de luxo e sofisticação no século XVII, com a decora-

Fonte: Blog Lider Interiores

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Veja algumas dicas: 1. Ampliação dos espaços Aquela sala pequena que dá uma sensação de aperto pode melhorar com um espelho grande em um dos lados. Em espaços retangulares, posicione o espelho na parede maior. 2. Camuflar estruturas indesejáveis Sabe aquele pilar bem no meio da sala? Disfarce o problema colando espelhos em todos os lados da coluna. 3. Iluminação Se você deseja potencializar a iluminação de alguns pontos, posicione o espelho a 90 graus do chão e próximo a esses lugares.

ção da gloriosa Galeria dos Espelhos, em Versalhes, na França. Hoje, eles estão em todo lugar. Indispensáveis nos banheiros, também constituem cúpulas para luminárias, revestem paredes inteiras e decoram pequenos objetos. Quem deseja se aventurar no mundo dos reflexos produzidos por essa peça precisa de um bom planejamento para criar um ambiente confortável.

4. Combina com tudo Como um camaleão, ele se adapta a diferentes padrões de cores, estampas e texturas. Não se preocupe porque os espelhos certamente vão combinar com a decoração da sua casa.

deixam grandes ambientes mais aconchegantes. Também vale decorar com espelhos que têm divisões e molduras, e alternar com alguns quadros. 6. Acabamentos e espessuras Como não ficar confuso diante de tantos modelos de espelhos oferecidos pelo mercado? Deixe os coloridos, com acabamentos e películas, para detalhes de móveis. Em relação às espessuras, 4 milímetros é o ideal para instalar em paredes. E 6 milímetros, para revestir móveis e outros objetos. 7. Altura ideal O espelho precisa ficar exatamente onde você consiga se vir sem esforço. Evite espelhos encostados no piso, que podem ser danificados durante a limpeza da casa. Um rodapé alto entre o piso e o espelho pode ajudar. Nos banheiros, posicione-os sobre a bancada da pia, a mais de um metro do piso. Mateus José Arquiteto e consultor em ambientações. passaglia.arquitetura@gmail.com

O vidraceiro quer saber Se você vai revestir uma parede grande, o vidraceiro deverá orientá-lo sobre as divisões que devem ser feitas seguindo o tamanho de espelhos existentes no mercado. Atente-se à medida do seu elevador para que o material possa ser transportado com tranquilidade na hora de instalações em prédios. Evite instalar espelhos na frente de caixas elétricas e hidráulicas, eles podem trincar na hora da manutenção desses equipamentos. Posicionar um espelho em frente a outro provoca uma sensação de infinito e inquietude. O resultado funciona em festas e eventos, mas pode ser perturbador em residências.

Espelhos e o Feng Shui Amantes dessa técnica oriental, não posicionem espelhos em frente à porta de entrada para não refletir toda a energia boa que entraria na casa. Uma alternativa é posicionar o espelho ao lado da porta.

Quanto custa? 5. Em ambientes grandes Espelhos grandes inclinados para o chão (ângulo menor que 90 graus)

Espelho comum (acabamento lapidado) – R$200,00/m² Espelho comum (acabamento bisotê) – R$380,00/m² Espelho com película (cores fumê ou bronze) - R$300,00/m²


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FALA DONA ADELAIDE

lha, já tô de saco cheio de mandá escrevê preste jornal. Essa é a urtima veiz! Vocêis não resorve nada. Otras vêis já falei de um monte de coisa! Falei das empregada, dos médico e dos mercado. Não mudou nada! Tá tudo a mesma m...! Meu neto que é devogado disse que

Tem um outro neto que é engenhero e disse que a água é boa, é tratada. Só que na nossa rua ficou a tal da água tratada vazando uns dois mês e ninguém veio consertá. Quer dize que água que vaza pros inferno é nós que paga? Num tem um desgramado pra ver isso? Outra coisa. A gasolina. O petrólho! A merd... do petrólho não é nosso? Quando eu era mocinha, o Montero Lobato disse que tinha que pegar o nosso petrólho! Deu até briga com o Getúlio! Conversa vai, conversa vem, em 1953 começou a gritaria: “O petrólho é nosso! Temo a Petrobrás!” Então tá bom, se é nosso tá bom. Tava tudo mundo alegre. Parecia até que era tudo rico. Só que ninguém que eu conheci ficou rico. Só se foi os outro. O Brasil ficou na mesma bos...! Os rico despois da segunda guerra sempre foro os árabe!

voceis não tem curpa, que voceis até mostra as coisa errada, mas que não é voceis que pode resorvê. Ele disse que é os político. Cazzo, político não sabe lê? Manda o jornal pra casa dos político! Manda eles lê! Deixa eu falá: esse negócio de fartá água, sempre teve. Nós tinha poço em casa e água não fartava. Dava trabalho, mais nós tinha. Pegava de barde e esquentava no fogão. Tomava banho de canequinha. Quase ninguém pagava conta de água. Despois que veio a tal da Sabesp e do governo, put.. que p... ! Tudo nós se danemos!

Notro dia, esse meu neto que é engenhero tava contando que a Petrobrás comprô uma fábrica de óleo no Estado Zunido. Ah, fiquei feliz. Mas depois o desgraçado me deixou no chão! Me disse que ela custava 40 contos e que nóis pagamo quase 10.000 conto! Caspite! Porque nóis fizemo esse negócio de bost...? Ele tento me explicá. Num tem explicação. Num vê que fizero mer... ? Olha, desde que eu era criança, nóis aprendia que o melhor negociante era o feirante e o mascate.

Dona Adelaide é uma assídua leitora do IMPRESSO IMOBILIÁRIO, e com sua perspicácia, lucidez e humor, colabora com suas opiniões, que publicamos com muito gosto. Nasceu em 1915 e suas posições às vezes não cabem no que hoje entendemos por “politicamente correto”. Quando indignada, costuma praguejar e soltar alguns impropérios.

Fala Dona Adelaide!

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Eles chegava com o que tinha pra vendê, nós escolhia e pagava o preço. Se quizesse... Porque antes de comprá a gente cheirava, olhava a cor e apertava. Mas naquele tempo era só nóis, o feirante e o mascate. Tudo tete a tete.

Hoje, parece que tem mais gente ganhando. Por isso que só tem uns ficando rico. E nós é que se fregamo. Mês que vem mando outra carta. Ceis não tem curpa. Escreveu o que eu mandei? Então, manda.

Envie sua opinião sobre as posições de Dona Adelaide, seja também nosso colaborador. impressoimobiliario@gmail.com


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DIREITO

A responsabilidade do construtor por vícios no imóvel a responsabilidade do construtor por vícios no imóvel é definida pelo artigo 618 do Código Civil, que assim estabelece: “Nos contratos de empreitada de edifíci-

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do solo.” Mas neste ponto, surge a necessidade de identificação dos problemas na obra que sujeitam o construtor à reparação, os quais podem ser

os ou outras construções consideráveis, o empreiteiro de materiais e execução responderá, durante o prazo irredutível de cinco anos, pela solidez e segurança do trabalho, assim em razão dos materiais, como

divididos em três grandes categorias: 1) problemas com a perfeição da obra: aparentes e ocultos; b) problemas com a solidez da obra; e, 3) problemas com a medida do imóvel. Os problemas mais comuns en-

contrados atualmente dizem respeito aos defeitos com a perfeição da obra, que é chamado pela construtora para realizar a tão esperada “vistoria para entrega das chaves”. Vale alertar, então, que se os defeitos forem aparentes, a responsabilidade do construtor cessa com a entrega e a anuência do comprador pelo recebimento no estado em que o imóvel se encontra, por isso, é muito importante ficar atento à vistoria, e qualquer defeito encontrado deve ser imediatamente relatado, tomando a cautela de verificar se o vistoriador fez constar as ressalvas do adquirente na planilha de vistoria. Se os defeitos forem ocultos, o adquirente tem, então, um prazo que pode variar de 6 (seis) meses a 1 (hum) ano para reclamar ou reivindicar os prejuízos, prazo que é contado a partir do conhecimento do defeito. É de boa prudência que o adquirente solicite a feitura de um laudo técnico que ateste quais os defeitos encontrados, devidamente acompa-

nhado do orçamento com os custos necessários para os reparos. Nesses casos o adquirente dispõe da Ação de Ressarcimento ou Reparatória de Danos, que visa o recebimento da quantia necessária para o reparo completo dos defeitos encontrados, ou então, se o caso for mais grave, o lesado pode dispor de uma Ação Redibitória, que visa pleitear a devolução do preço pago pelo imóvel, bem como da Ação Estimatória ou “quanti minoris”, que serve, justamente, para pedir o abatimento proporcional no preço do bem, se isso for possível. Em quaisquer dos casos é sempre aconselhável buscar orientação adequada, especialmente em razão dos diversos prazos que a legislação estabelece para que o adquirente possa reivindicar seus direitos em face do construtor. Fica, então, a dica. Dr. Denisar Utiel Rodrigues OAB/SP. 205.861 Especialista em direito empresarial e securitário denisar@akradvogados.com.br Membro do escritório AKR Advogados Associados


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DIÁRIO DA

CONSTRUÇÃO

Drywall, porque não apostar nessa ideia? Utilização do sistema pela construção civil brasileira cresceu cerca de 15% nos primeiros nove meses de 2013, em relação ao mesmo período de 2012, superando 36 milhões de m² de chapas de gesso consumidas. O sistema construtivo drywall, utilizado nas vedações internas (paredes, forros e revestimentos) de qualquer tipo de edificação, atende plenamente as exigências da Norma Brasileira de Desempenho de Edifícios (ABNT NBR 15.5757:2013), principalmente no que diz respeito à resistência mecânica, isolamento acústico e resistência ao fogo. A norma, que entrou em vigor em maio do ano passado, estabelece que tenham de atender obrigatoriamente a um nível de desempenho mínimo, ao longo de uma vida útil, todos os sistemas que compõem os edifícios, como as instalações hidrossanitárias, estruturas, pisos, fachadas e coberturas, entre outros. Essa adequação aos requisitos da norma passa, portanto, a contar como mais uma vantagem proporcionada por essa tecnologia construtiva, que ainda se destaca por benefícios como leveza, rapidez de execução, precisão geométrica e dimensional, e redução na geração de resíduos, que por sua vez são 100% recicláveis. Amplamente difundido e consagrado na Europa e nos Estados Unidos, o método construtivo conhecido como construção seca chegou ao Brasil há cerca de uma década e vem ganhando espaço de forma irreversível, a ponto de ser apontada como uma tendência para atender à demanda crescente na construção civil brasileira. Diferentemente das construções convencionais, que utilizam elementos como os tijolos e os blocos de concreto assentados com argamassa e peças de concreto, o sistema lança mão de perfis metálicos, chapas em gesso especial, madeira e chapas cimentícias, entre outros componentes, para obter resultados altamente satisfatórios. A espessura da parede é inferior às convencionais, aumentando o espaço interno da construção, sem compro-

metimento da segurança estrutural. A construção não necessita do uso da argamassa e o reparo, quando necessário, é feito sem barulho ou sujeira. Confira a seguir a comparação entre o gesso acartonado e dois tipos de alvenaria convencional (bloco e tijolo cerâmicos) – e repare que todas as configurações apresentam desempenho acústico semelhante. O cálculo considerou 135 m² de paredes internas de um sobrado de 227 m². PAREDE DE DRYWALL Composição: Estrutura de montantes metálicos (7 cm) é fechada com placas simples (1,25 cm e 1,20 x 2,60 m) nas duas faces da parede e “recheada” com lã mineral (5 cm) de 16 kg/m3 de densidade. Espessura total de 9,5 cm. Tempo de obra estimado: 5 dias úteis (3 funcionários) Atenuação de ruídos: 43 a 46 dB Fundação e estrutura: R$ 39.450 Custo das Paredes: R$ 16.250 Revestimento: Dispensável TOTAL: R$ 55.700 PAREDE DE BLOCO CERÂMICO Composição: Na estrutura de concreto armado, são assentados blocos de concreto (de 9x19x39 cm, com face externa dupla) com argamassa pronta. Para o acabamento, gesso em pasta (5 mm) nas duas faces da parede. Espessura total 10 cm. Tempo de obra estimado: 20 dias úteis (com 2 pedreiros, 2 ajudantes e 1 gesseiro) Atenuação de ruídos: 41 a 44 dB Fundação e estrutura: R$ 42.700 Custo das Paredes: R$ 8.900 Revestimento: R$ 7.050 TOTAL: R$ 58.650 PAREDE DE TIJOLO CERÂMICO FURADO Composição: Na estrutura de concreto armado, são assentados tijolos (de 9x19x19 cm, com face externa simples) com argamassa pronta. Para o revestimento, argamassa (2 cm) de cimento, cal e areia nas duas faces da parede. Espessura total 13 cm.

Tempo de obra estimado: 25 dias úteis (com 2 pedreiros e 2 ajudantes) Atenuação de ruídos: 42 a 45 dB Fundação e estrutura: R$ 42.700 Custo das Paredes: R$ 8.300 Revestimento: R$ 11.000 TOTAL: R$ 62.000 Segredo de sucesso Em razão desse sucesso, muitos profissionais não qualificados têm se oferecido para executar serviços em drywall. Isso pode significar um risco sério. Em geral esses profissionais desconhecem que o sistema é coberto por normas técnicas, as quais definem as especificações dos componentes que obrigatoriamente devem ser utilizados, bem como as regras de sua montagem. Como resultado, os serviços apresentam defeitos, alguns graves, como paredes com baixa resistência, mau desempenho acústico e imperfei-

ções no acabamento. Para evitar tais problemas, consulte sempre um profissional com conhecimento das normas técnicas e que saiba aplicá-las.

Ronaldo Leão Arquiteto e Urbanista com mestrado em Inovação, Tecnologia e Desenho, pela Universidad de Sevilla, na Espanha. www.moarquitetura.com


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MÚSICA

Corre que o desenho já vai começar! enho certeza que você tem gravado na memória as músicas de abertura dos desenhos favoritos que marcaram a sua infância e ainda são motivos de boa diversão. A lista de escolha é grande. As opções vão dos clássicos que ainda podem ser encontrados na televisão como: “PicaPau”, “Popeye”, “Jetsons” e a turma da Disney, até a febre dos desenhos japoneses: “Cavaleiros do Zodíaco”, “Dragonball Z” e “Pokémon”. Estas canções temáticas têm papel fundamental na iniciação musical das pessoas. A primeira animação “Fantasmagorie”, criada pelo francês Emile Cohl, data de 1908 e tinha apenas 2 minutos. Já os primeiros desenhos animados como conhecemos hoje surgiram apenas na década de 1910, ainda no cinema mudo e

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sem cores. O enredo era principalmente voltado a um público mais adulto, com piadas e roteiros que abordavam o cotidiano. Porém, o grande personagem que conquistaria definitivamente o espaço da animação é o “Gato Félix”. O felino foi criado na década de 20, em preto e branco e sem falas. No mesmo período, a Disney revolucionaria o mercado com o famoso camundongo “Mickey Mouse”, em 1928. Este foi o primeiro desenho com efeitos sonoros, a voz era do próprio Walt Disney. Em 1932, o estúdio inaugurou a era dos desenhos animados coloridos com a produção “Flores e Árvores”. O sucesso estimulou o investimento de outras empresas na área como: a Warner Bros, com o “Pernalonga” e “Tom e Jerry”, e a

Hanna Barbera, com os “Flinstones”, “Manda Chuva”, “Zé Colméia” e “Os Jetsons”. Um pouco mais a frente, nos anos 80, surgem os desenhos baseados em heróis. Os principais exemplos são os eternos: “He-Man”, “Transformers”, “Caverna do Dragão” e “Thundercats”. Nos anos 90, algumas produções

ganham o público jovem e até adulto pela crítica ao sistema capitalista e a linguagem irônica, é o caso de “South Park” e “Os Simpsons”. No meio da década, onde os seriados pareciam acabar com o prestigio da animação, os desenhos japoneses entraram com força total no mercado brasileiro. As canções traziam sempre melodias e letras cativantes que fazem sucesso até hoje em interpretações no You Tube. Mesmo com toda a tecnologia, as velhas e boas animações têm vida eterna. Quanto às músicas, é claro, vão continuar avisando a todos para correr e sentar no sofá que a diversão já vai começar. Eduardo Vidal – Jornalista Duvidal86@yahoo.com.br

CRÔNICA

Nós, os fast foods m um sábado recente, como não fazia há tempos, por compromissos vários ou mesmo preguiça e impaciência, fui a um shopping center com minhas filhas adolescentes. Hora do almoço, praça de alimentação: fast food. O que para elas é sempre corriqueiro e tranquilo, para mim foi o prenuncio do Armagedom. Por mania, paranoia ou exacerbada necessidade de questionar o que tem se tornado o inquestionável, passei a divagar com minhas meninas sobre aquele universo tão próximo ao quadro “As tentações de Santo Antão”, de Hie-

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ronymus Bosch. Pessoas mastigando feito Bárbaros, (ou como erroneamente os conceituamos), falando e discutindo alto, com pouco ou nenhum sentido de civilidade, crianças gritando e se agitando à solta, além de uma música estridente e irreconhecível se mesclando a toda a balburdia. Pelos 360º era o que se via. Devo confessar que tenho problemas digestivos para fast food e para a globalização de costumes. Ocorre que, algumas daquelas mesma pessoas que se comportavam como animais no ato da alimentação e do convívio social, vi depois

desfilando pelas alamedas cercadas de lojas. Andavam como gansos em um matadouro. Todas elas de pescoço empinado, passos retos, celulares e vestimentas em exposição... tristes figuras. Em dado momento, minha imagem se refletiu em uma das vitrines e lá me vi, com a mesma ridícula postura, em direção ao estacionamento. Como que em um flash de breve consciência antes do derradeiro momento, da última respiração, como dizem os que já viram a luz brilhante no fim do túnel, todas as imagens de luta, de contestação e de

decência e de conquistas que colaboraram para nossa formação civilizatória, explodiram em minha mente e, em breve desvaneceram-se. Um calafrio correu-me pela espinha. Apertei o controle do alarme e entramos no carro. Enquanto buscava a saída, entendi que eles venceram. Liquidificaram o melhor de nós em coisa nenhuma. Foi só um lapso de consciência. Mas já passou. Jeff Gennaro é ator e diretor da Cia Teatro Salada Vinte (São Paulo/SP.) teatrosaladavinte@terra.com.br


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CINEMA

Sobre meninos e meninas Em recente artigo de jornal, certo articulista e filósofo discorria sobre uma proposta da comunidade europeia de não mais utilizar o conceito de gênero que hora utilizamos. Ou seja: seremos todos catalogados como seres humanos, sem a diferenciação de homem e/ou mulher. Parece um tanto confuso, mas, apesar de tantos problemas mais prementes, existe gente preocupada com esse tema. Com o passar das décadas, eu, que sempre me julguei avant garde e rapaz “prafrentex”, tenho me observado um tremendo “bocomoco”! Pelos menos sobre assuntos que me soam

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tão incongruentes. Quem acompanha meus escritos sabe de minha quase fixação pela história e a arte. Acredito realmente que somente tendo domínio destes conhecimentos e, sabendo transmiti-los para a geração futura, teremos futuro. Sem contar o tempo perdido patinando na maionese. Hoje, alguns cidadãos muito bem cuidados pelas babás e as redes sociais, acham que podem reviver a revolução francesa de 1848 na Avenida Paulista e que Freud, Lacan e Marcuse são uma bula/sarapatel como lenitivo para um mundo melhor. Particularmente não abro mão das

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peculiaridades do feminino e masculino. São o tempero essencial desta pastasciutta ideológica e quotidiana. Então, para tratar sobre a beleza das diferenças, indico dois bons filmes e brinco com o quanto ambos podem nos completar. Feito o belo conceito do Yin e yang. O LOBO DE WALL STREET Se o cineasta Martin Scorsese filmasse uma partida de bocha entre cegos, transformaria em um grande espetáculo. Opinião de fã, mas com boa dosagem de fundamento. Scorsese, assim como outros grandes cineastas, costuma ser fiel às parcerias com seus atores. O que vinga como bons resultados. Vide a relação fantástica com Robert De Niro. O astro da vez é Leonardo Di Caprio. Consta que desde “Gilbert Grape – Aprendiz de Sonhador”, (vale ver), a paixão foi imediata. E não é pra menos. O então estreante Di Caprio arrebenta. Mestre em retratar o universo masculino de violência na vingança, das máfias e das gangues, Scorsese agora coloca sua lente sobre outra caracte-

rística própria dos machos: a inconsequente infantilidade a serviço do hedonismo. E que lugar mais apropriado que o mundo corporativo e o mercado financeiro para situar homens em seu estado mais animal? Bem, guerras sangrentas podem parecer parques de diversão. Mas é coisa de homem. Talvez não seja o melhor filme para ver com a namorada/esposa/filha. É somente uma opinião. Se você não se garante, reúna a moçada do escritório ou do futebol. Moleque. ELENCO: Leonardo DiCaprio, Jonah Hill, Margot Robbie, Matthew McConaughey DIREÇÃO: Martin Scorsese A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS Confesso que peguei esse filme pelos atores Geoffrey Rush e Emily Watson, gênios do bom cinema inglês. Alguma resenha literária já me havia avisado de que se tratava de coisa de meninas. Adoro todas as meninas. De zero a cem primaveras, mesmo sem muita paciência! Tenho duas filhas que quase idolatro e com elas vivo aprendendo sobre o novo e o inevitável. Até porque, todos nós merecemos uma


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sessão da tarde! Então marmanjos, peguem a pipoca e seus lenços de nariz, além da companheira. Uma boa amiga me disse que o livro era comovente. Pois o filme também cumpre esse papel. A beleza encantadora e o talento da jovem atriz Sophie Nélisse são cativantes. Mais, nos enveredam pelo raciocínio feminino dos segredos, das descobertas, das paixões e da coragem, muito próprias deste gênero misterioso e encantador. A história se passa na segunda grande guerra mundial. Época em que muitos homens deram seu sangue. Serão louváveis

sempre. Mas a sobrevivência do todo é um poder e uma prerrogativa do feminino. Fato incontestável. Vejam a história de todos nós. ELENCO: Sophie Nélisse, Geoffrey Rush, Emily Watson, Nico Liersch, Ben Schnetzer DIREÇÃO:Brian Percival A discussão de gênero é fascinante e sempre haverá de mover nosso quotidiano. Afinal, sem as diferenças, não existiríamos enquanto espécie ou complexidade. Melhor assim para todo o sempre, não é Baby?

EXPEDIENTE Distribuição gratuita José Humberto Pitombeira M. E Rua Manoel Achê, 697 - sala 02 Ribeirão Preto - SP - Jardim Irajá impressoimobiliario@gmail.com

Edição e Redação: José Pitombeira | João Pitombeira Jornalista responsável: João Pitombeira MTB: 71.069/SP Arte Final: Ney Tosca (16) 3019-2115 Tiragem: 10.000 exemplares Impressão: Gráfica Spaço (16) 3969-2904 Sempre causando uma ótima impressão

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Nยบ 66 - 2014


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