Impresso imobiliario nº67

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OPINIÃO

Os gigolôs da memória Não é possível ignorar o caos instalado no país em março de 1964 lembrança dos 50 anos da queda de João Goulart ocupou amplo espaço na imprensa. Nenhum outro acontecimento da história do Brasil foi tão debatido meio século depois do ocorrido. Para um otimista, isto poderia representar um bom sinal. Afinal, o nosso país tem uma estranha característica de esquecer o que ocorreu ontem. Porém, a reflexão e o debate sobre 1964 e o regime militar acabaram sendo dominados justamente por aqueles que conduziram o país à crise da república populista e que negaram os valores democráticos nos anos 19601970. A tendência à hagiografia mais uma vez esteve presente. João Gou-

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lart foi transformado em um presidente reformista, defensor dos valores democráticos e administrador capaz. Curiosamente, quando esta narrativa é cotejada com relatos de assessores, como o ministro Celso Furtado, ou de um amigo, como o jornalista Samuel Wainer, cai por terra. Furtado, em entrevista à revista “Playboy” (abril, 1999) disse que Jango “era um primitivo, um pobre de caráter”. Wainer relatou que “uma vez por mês, ou a cada dois meses, eu visitava os empreiteiros e recolhia suas doações, juntando montes de cédulas que encaminhava às mãos de João Goulart. (…) Eu poderia ter ficado multimilionário entre 1962 e 1964. Não fiquei.” (“Minha razão

de viver”, p. 238). Não é possível ignorar o caos instalado no país em março de 1964. A quebra da hierarquia militar incentivada pelo presidente da República é sabidamente conhecida. A gravidade da crise econômica e a inépcia governamental em encontrar um caminho que retomasse o crescimento eram mais que evidentes. O desinteresse de Jango de buscar uma solução negociada para o impasse não pode ser contestado: é fato. O apego às vazias palavras de ordem como um meio de ocultar a incompetência político-administrativa era conhecido. Conta o senador Amaral Peixoto, presidente do Partido Social Democrático, que em conversa

com Doutel de Andrade, um janguista de carteirinha, este, quando perguntado sobre o projeto de reforma agrária, riu e respondeu: “Mas o senhor acredita na reforma agrária do Jango? No dia em que ele fizer a reforma agrária, o que vai fazer depois?” (“Artes da política”, p.455) Também causa estranheza a mea culpa de alguns órgãos de imprensa sobre a posição tomada em 1964. A queda de Jango deve ser entendida como mais um momento na história de um país com tradição (infeliz) de intervenções militares para solucionar crises políticas. Nos 40 anos anteriores, o Brasil tinha passado por diversas movimentações e golpes civis-mi-


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da luta armada. Pelo contrário, se autoproclamaram os responsáveis pelo fim do regime militar. Ou seja, foram derrotados e acabaram vencedores. Os policiais da verdade querem a todo custo apagar o papel heroico da resistência democrática. Ignoraram os valorosos parlamentares do MDB. Alguém falou em Lysâneas Maciel? Foi ao menos citado o senador Paulo Brossard? E a Igreja Católica? E os intelectuais, jornalistas e artistas? E o movimento estudantil? E os sindicatos? Em um país com uma terrível herança autoritária, perdemos mais uma vez a oportunidade de discutir a importância dos valores democráticos.

litares. Basta recordar 1922, 1924, Coluna Prestes, 1930, 1932, 1935, 1937, 1938, 1945, 1954, 1955 — tivemos três presidentes da República e dois golpes no mês de novembro – e 1961. Jogar a cartada militar fazia parte da política. E nunca tinha ocorrido uma intervenção militar de longa duração. Esperava-se um governo de transição que garantisse as eleições de 3 de outubro de 1965 e a posse do eleito em 31 de janeiro de 1966. Esta leitura foi feita por JK — e também por Carlos Lacerda. Os dois principais antagonistas da eleição que não houve imaginavam que Castello Branco cumpriria o compromisso assumido quando de sua posse: terminar o mandato presidencial iniciado a 31 de janeiro de 1961. JK imaginou que Castello Branco era o marechal Lott e que 1964 era a repetição — um pouco mais agudizada — da crise de 1955. Errou feio. Mas não foi o único. Daí a necessidade de separar 1964 do restante do regime militar. Muitos que foram favoráveis à substituição de Jango logo se afastaram quando ficou patente a violação do acordado com a cúpula militar. Associar o apoio ao que se imaginava como um

breve interregno militar com os desmandos do regime que durou duas décadas é pura hipocrisia. Ainda no terreno das falácias, a rememoração da luta armada como instrumento de combate e vitória contra o regime foi patética. Nada mais falso. Nenhum daqueles grupos — alguns com duas dúzias de militantes — defendeu em momento algum o regime democrático. Todos — sem exceção — eram adeptos da ditadura do proletariado. A única divergência é se o Brasil seguiria o modelo cubano ou chinês. Não há qualquer referência às liberdades democráticas — isto, evidentemente, não justifica o terrorismo de Estado. A ação destes grupos os aproximaram dos militares. Ambos entendiam a política como guerra — portanto, não era política. O convencimento, o respeito à diversidade, a alternância no governo eram considerados meras bijuterias. O poder era produto do fuzil e não das urnas. O que valia era a ação, a força, a violência, e não o discurso, o debate. Garrastazu Médici era, politicamente falando, irmão xifópago de Carlos Marighella. Os extremos tinham o mesmo desprezo pelo voto popular. Quando ouviam falar

em democracia, tinham vontade de sacar os revólveres ou acionar os aparelhos de tortura. Em mais de um mês não li ou ouvi qualquer pedido de desculpas públicas por parte de ex-militantes

Marco Antonio Villa Historiador, é autor, entre outros livros, de ‘Ditadura à brasileira. 1964-1985. A democracia golpeada à esquerda e à direita’ (Leya). FONTE: O Globo


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DECORAÇÃO

Cinco passos para escolher o seu sofá

le acomoda as visitas com conforto e ainda nos ajuda a descansar no final do dia. Protagonista da sala,é a partir dele que resolvemos toda a decoração desse espaço. A peça passou por transformações em design e incorporou novos materiais, que refletem o conforto exigido por cada lar. Alguns exemplos são: assento de molas, almofadas com fibra siliconada, encostos reclináveis e chaise retrátil. Tudo isso pra deixar o móvel com a cara do dono.

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Veja como escolher o seu sofá: 1- A posição: O ideal é deixá-lo

de frente para quem chega, isso dá sensação de acolhimento. Se o encosto for alto, fica melhor encostado na parede ou em um aparador. Organizar o aparador com porta-retratos e pequenos enfeites dá um toque pessoal à decoração. 2- Tamanho: Antes de ir a uma loja, meça a área que você tem disponível. Ele deve ocupar, no máximo, 2/3 da medida para que sobre espaço para a locomoção das pessoas. Locais para mesinhas de centro e outros móveis também devem ser reservados. Não se esqueça de deixar um espaço de no mínimo 60 cm entre os móveis para que as pessoas possam circular. Marcar o chão,

com fita crepe, onde cada coisa vai ficar, ajuda a imaginar a sala pronta. 3- Função: Uma sala de estar pede um sofá de espuma firme, linhas retas, encosto baixo e com a profundidade entre 80 cm e um metro. Para uma sala de TV, pode escolher por um reclinável. Nesse caso, ele deve ser de espuma mais macia e que apoie toda sua coluna. Se o ambiente for comercial, uma sala de espera pede por um sofá de dois lugares e poltronas individuais. 4- Cores e tecidos: As cores neutras - do cinza ao bege - duram por mais tempo, sobrevivem à passagem das tendências e não enjoam facilmente. Se quiser colorir a sua sala, ouse nas paredes, nas mantas e almofadas, que podem ser trocadas com mais facilidade. Sinta o tecido e analise a manutenção que deverá ser adotada no dia a dia. O suede, o chenille e o couro - natural ou sintético - são duráveis e podem ser impermeabilizados para facilitar a limpeza. Já o linho e a sarja, apesar de mais macios, não são fáceis

de limpar. 5- Estrutura: parte interna precisa ser sólida, de madeira ou metal, e incluir pés. Para verificar isso, levante apenas um dos cantos na parte da frente a 20cm de altura. Se o outro canto da frente não se levantar, a estrutura é frágil! Na hora de testar as molas, sente-se nele e permaneça por alguns minutos: se você ouvir algum estalo, é outro sinal de fragilidade. Saiba se há espuma suficiente para o seu conforto apertando bem os braços e as costas, quanto menos sentir a estrutura, mais confortável o móvel será.

Não se esqueça de exigir o certificado de garantia do produto e boas compras! Mateus José Arquiteto e consultor em ambientações. passaglia.arquitetura@gmail.com


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FALA DONA ADELAIDE Dona Adelaide é uma assídua leitora do IMPRESSO IMOBILIÁRIO, e com sua perspicácia, lucidez e humor, colabora com suas opiniões, que publicamos com muito gosto. Nasceu em 1915 e suas posições às vezes não cabem no que hoje entendemos por “politicamente correto”. Quando indignada, costuma praguejar e soltar alguns impropérios.

Fala Dona Adelaide! tro dia, minha filha disse que a vizinha falou que me lê minhas carta no jornal. Que ela gostava... Ma que io era muito nervosa! Ma que io falo umas coisa engraçada. Ê... agora eu sô uma palhaça? Stronza! Pensa qui eu fico falando as coisa pra fazê graça, pra fazê feliz os imbecil? Cáspite, ma que mania tem esse povo de acha que tudo é engraçado? Tudo acha que é tranquilo... Que não tem que ficá nervoso... O outro diz: relex Nona! Relex é a p... que... te... Notro dia, minha bisneta ia numa festa di formatura. Belinha ela! Ma io

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num gosto! Num queria ir. Muito barulho, gente gritano e aquelas moça cheia de perfume fedido que fica bejando a gente! Ma vamo Nona... Vamo Nona.. Tá bom, cazzo! Vamo! É...fumo. Na hora de entrá no lugar que guarda os carro, tinha um caminhão parado na porta. Não dava pra entrá! Mio bisneto tocô a buzina, gritô com os home e o caminhão não se mixia. Eu falei: Ma que merd... que esta tá parado com essas luizinha piscando? Meu bisneto disse que agora, tudo mundo faiz isso: que quando quer pará num lugar, é só liga as luizinha piscando e ficá parado! Mas a rua não é pra andar??? Meu bisneto dis-

se que era caminhão de cerveja e de coca-cola, de guaraná! Disse que tudo os caminhão faiz isso pra entrega as coisa. Di noite e di dia! E porque não entrega quêsta porqueria de madrugada pra não enche a paciência dos otro? Ele disse que os patrão não qué paga os dinhero de quem trabalha de noite. Que eles tem medo dos ladrão! Tá bão, intão estraga a vida dos outro? E o governo não faiz nada? Meu bisneto disse que: é normal Nona! Que as pessoa faiz isso nas porta das escola, dos crube, das igreja, dos hos-

pital... é tudo a mesma coisa. Que quem faiz isso é gente pobre e gente fina... Má que normal!!!! Tenque murta e botá na cadeia! Mas ele disse que não tem cadeia pra tudo mundo. Que se não as cadeia ia ficá cheia! Ecco! Ma no meu tempo tinha mais respeito e iducação. E tinha mais cadeia támem! Escreveu o que eu mandei? Então, manda.

Escreva-nos com sua opinião sobre as posições de Dona Adelaide, seja também nosso colaborador. Nosso endereço para este espaço:

impressoimobiliario@gmail.com


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CRÔNICA

A bailarina do ar elo que tenho na memória, essa função motriz irmã dos sonhos e que supre nossa rala existência, talvez seja esta uma das mais indeléveis e gratas recordações que vinha guardando em mim. O ano era 1992. Soube que um circo se plantara nos arrabaldes do bairro em que lambuzei em vivências minha infância. Quando pequeno ainda, foi lá , naquele mesmo terreno baldio, pasto quotidiano de cabras e pangarés, que tinha vivido a esplendorosa magia do primeiro contato com a arte de um circo mambembe. Uma emoção marota e suburbana me tomou quando, já adulto e de passagem por lá, presenciei a montagem das tendas, o descarregar das tralhas e o agito das gentes. Meu primogênito tinha então três anos. Ou pouco mais, ou menos... Decidi levá-lo e à sua mãe para comigo vivenciar daquele elixir de fantasias que, nem eu mesmo sabia inda pulsava em mim. Ao lá chegar, eu e Ela trocamos olhares e alguns pares de matreiros sorrisos. Comparsas e compreensivos como sempre o fizemos tentando compreender as gambiarras dos circos e da vida. A lona, em lastimável estado, colcha de retalhos, equilibrava-se e dançava ao menor suspiro do vento tosco daquele verão. Ao redor, crianças e pais se agitavam pedindo aos palhaços/mascates as pipocas, algodões doces e quebra queixos vendidos à entrada por centavos e gracejos. No centro do pequeno picadeiro, logo surgiram trapezistas, malabaristas, palhaços, bailarinas, cães amestrados e um modesto e desmantelado globo da morte... Meu pequeno buscava com os olhos todo o brilho, todo o gesto, todo grito: “Holá !” que pedisse um aplauso, um riso, e a compreensão e alegria para que tudo parecesse dar certo. E a plateia, gentil se entregava ao seu papel.

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Como sempre foi, eu e Ela, de mãos juntas gritamos, aplaudimos, rimos e compreendemos como tudo era nossa ode de amor à Fellini. Parecia que ninguém quisesse crer que os palhaços/mascates, vendedores das guloseimas da entrada, eram os mesmos pobres trapezistas, malabaristas e bailarinas da função apresentada. Éramos todos, cúmplices de uma mesma farsa feliz. E foi então que, em certo momento, uma voz rouca e impetuosa cortou uma breve escuridão e anunciou, com sotaque carregado de não se sabe onde algo como: “Respeitável público!” Quando o silêncio se fez, ele continuou: “ Com vocês, a maravilhosa, a magnífica Edlena! A bailarina do ar!” Em meio a uma luz azulada, surgiu no centro do picadeiro uma moça, meio criança e um tanto mulher. Vestida em meias de redes e lenços de seda lançava olhares aprazíveis e ambíguos a todos que os aceitassem. Tinha uma presença difusa como a luz que a cercava. De repente, baixou sobre ela uma grossa faixa de tecido vermelho aveludado. Ela tomou do mesmo num súbito abraço e em um ágil movimento, foi alçada para o mais alto ponto do picadeiro. Foi então que seu corpo se envolveu no pano e ela simplesmente sumiu. Houve um suspiro uníssono da plateia, e num instante ela desceu rapidamente, em um desenrolar abrupto e certamente perigoso. Todos nós gritamos algo, num susto entre ofegante e admirado. Num istmo, Edlena surgiu! Desenvolta magnificamente de dentro do tecido vermelho aveludado, como se o mesmo fosse parte dela. E eles parte de um todo. E rodopiou e bailou contorcendo-

se no espaço, envolta em tecido, beleza e ar. Tudo ao som de “Years of solitude” com Astor Piazzolla e Gerry Mulligan. Deixando essa alegria e coragem incomensuravelmente fixados em nossos olhos para sempre. Lá se foram os tantos anos... Minha querida Ela já se foi. O meu pequeno, ainda anda a cuidar de me fazer bem e pensar sempre sobre as beleza do que vimos, veremos e tudo o mais o que ainda veremos. O que me faz tão feliz quando Ela me fez. E Edlena, a dançarina de ares e panos, deve estar a mostrar sua beleza e provar sua coragem, encantando a outros tantos, mundo afora. E estará sempre a visitar meus sonhos e a me causar suspiros. Circo de vida essa nossa, não é mesmo? Jeff Gennaro


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DIÁRIO DA

CONSTRUÇÃO

Aumentando a segurança Trocar a fechadura comum por modelos com melhor desempenho é uma prática cada vez mais comum

or todo o interior do país, o aumento dos furtos e roubos ás moradias e comércios demonstra que o perigo não está apenas nas grandes capitais. Um dos pontos mais vulneráveis dos imóveis são as suas aberturas para o exterior. Com o intuito de inibir esta ação e tornar o imóvel mais seguro, é fundamental investir na prevenção. Hoje é muito comum o uso de alarmes e câmeras de monitoramento, que ajudam na proteção geral (assim como muros altos, grades, cercas elétricas, etc.), no entanto, é importante pensarmos também em investir em portas e janelas mais robustas, assim como a instalação de trancas mais elaboradas. Uma fechadura de segurança possui linguetas ou pinos de aço em um ou vários pontos da porta, parafusos embutidos, chaves codificadas com cópia controlada e mecanismo de alta resistência a impactos. A abertura pode ser mecânica (controlada por chave) ou eletrônica (com acionamento por chave, cartão ou biometria).

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Vale destacar que nem toda fechadura biométrica é segura, pois alguns sistemas substituem a chave pela impressão digital, enquanto o mecanismo interno continua sendo simples. Outras dicas importantes: se investir numa porta de madeira, deverá ser maciça; sempre utilize parafusos longos ou suficiente para fixar o batente com firmeza na parede; opte por dobradiças maciças de aço com pinos que entrem no batente e na porta; e não troque a contratesta (placa metálica que fica no batente para receber os pinos) fornecida pela fabricante. Por fim, batente metálico e porta blindada incrementam consideravelmente a resistência do conjunto. Veja a seguir algumas opções para se prevenir. Fechadura de segurança com quatro pinos de aço Nível de segurança: 1 Composição: corpo metálico, testa e contratesta na fechadura e no batente Tipo de instalação: central Acionamento: por chave codificada Custo sem instalação: R$ 620,00 Fechadura de segurança com 12 pinos de aço Nível de segurança: 2 Composição: corpo metálico, tes-

ta e contratesta na fechadura e no batente Tipo de instalação: em três pontos Acionamento: por chave codificada Custo sem instalação: R$ 1.100,00 Fechadura de segurança eletrônica Nível de segurança: 3 Composição: corpo metálico com bobina solenoide (item que movimenta o trinco), fonte de alimentação com bateria e placa eletrônica Tipo de instalação: em vários pontos da porta ou do batente Acionamento: por chave codificada, cartão ou biometria Custo sem instalação: R$ 5.000,00

Criminalidade em alta Dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo, divulgados em abril/14, mostram que roubos em geral tiveram crescimento de 17% nos três primeiros meses do ano se comparados a 2013. Os roubos de veículos aumentaram ainda mais: 71%. Os roubos comuns (contra pessoas, casas e estabelecimentos comercias) também cresceram, na comparação com o mesmo período, a alta é de 30%. Ronaldo Leão Arquiteto e Urbanista com mestrado em Inovação, Tecnologia e Desenho, pela Universidad de Sevilla, na Espanha. www.moarquitetura.com


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POESIA O apanhador de desperdícios Uso a palavra para compor meus silêncios. Não gosto das palavras fatigadas de informar. Dou mais respeito às que vivem de barriga no chão tipo água pedra sapo. Entendo bem o sotaque das águas. Dou respeito às coisas desimportantes e aos seres desimportantes. Prezo insetos mais que aviões. Prezo a velocidade das tartarugas mais que a dos mísseis. Tenho em mim esse atraso de nascença. Eu fui aparelhado para gostar de passarinhos. Tenho abundância de ser feliz por isso. Meu quintal é maior do que o mundo. Sou um apanhador de desperdícios: Amo os restos como as boas moscas. Queria que a minha voz tivesse um formato de canto. Porque eu não sou da informática: eu sou da invencionática. Só uso a palavra para compor meus silêncios.

A maior riqueza do homem A maior riqueza do homem é a sua incompletude. Nesse ponto sou abastado. Palavras que me aceitam como sou - eu não aceito. Não aguento ser apenas um sujeito que abre portas, que puxa válvulas, que olha o relógio, que compra pão às 6 horas da tarde, que vai lá fora, que aponta lápis, que vê a uva etc. etc. Perdoai Mas eu preciso ser Outros. Eu penso renovar o homem usando borboletas. Manoel de Barros Cuiabá – 16/12/1916

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MÚSICA

A boa e velha arte de descansar! migo leitor, os nossos ídolos também envelhecem e adoecem. Por mais óbvio que isto seja, muitos fãs parecem não terem esta percepção. A última prova disto foi a reação da grande mídia a saída do guitarrista e fundador do AC/DC Malcolm Young. O motivo foram problemas de saúde, mas a banda prontamente respondeu que continua na ativa. Ao todo foram 40 anos dedicados a guitarra base do quinteto australiano, inúmeras turnês e milhares de horas em cima de um palco. Por mais divertido que imaginamos ser tocar um instrumento e viver uma vida de “astro do rock” as obrigações, pressões e o tempo também cobram a sua parcela. Acredito que por falta de novos expoentes no mundo do rock clássico e pela inconstância e pressões comercias em produzir a combinação entre um bom álbum e um sucesso de vendas, os fãs seguem clamando pelos dinossauros. Esperamos, também me incluo neste grupo, por notícias de possíveis novas turnês e CDs com inéditas de grupos como Led Zeppelin, The Who, Rolling Stones, Bla-

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Noel Gallagher

ck Sabbath, Deep Purple e Pink Floyd. Porém, esquecemos que estes senhores já estão beirando os 70 e 80 anos. Nem todos tem “superpoderes” como Sir Paul McCartney que no alto dos seus 71 anos faz um show de 3 horas ininterruptas. Sim amigo, concordo com você que deve ser bem melhor viver como um “rock star” e ter uma legião de seguidores, do que acordar todo dia às 6 da manhã para realizar aquele trabalho enfadonho. Não sou hipócrita, sei que estes músicos souberam aproveitar a vida e desfrutar de todas as possiblidades que um mortal comum, como você e eu, jamais conhecerá, mas sustentar tudo isto também cansa. Eu concordo plenamente com o que disse Noel Gallagher em um show que assisti da primeira turnê solo do álbum “Noel Gallagher’s

Malcolm Young High Flying Birds”, aqui em São Paulo. Um fã da plateia gritou pedindo que ele tocasse “Wonderwall”, sucesso eterno do Oasis e com bom

humor ele respondeu: “Você quer ouvir “Wonderwall”? Compre o CD (What’s the Story) Morning Glory? e coloque na faixa 3".


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CINEMA

Mulher o artigo anterior meu fio condutor foi sobre a contraproducente discussão quanto aos conceitos de gênero. Usei como exemplo bons filmes com nuances do masculino e do feminino. Espero que tenham gostado. Quem perdeu, busque facebook do jornal. Bem, enquanto o mundo gira e a Associação Portuguesa de Desportos “roda”, nossos incompetentes tecnocratas acabaram por nos dar mais um mote para bons filmes. O outrora respeitado IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), como um mercadinho suburbano, lançou uma abso-

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luta pesquisa em rede nacional, talvez internacional, que constatou que, todos nós: pais, filhos, irmãos, primos, tios, avôs, padrinhos, amigos e agregados, (incluindo o equivalente feminino de tudo isso), achamos que “65,1% dos brasileiros apoiavam que mulheres que usam roupa curta sejam violentadas”. Pessoalmente me senti muito ofendido. Possuo orgulhosamente quase todos os títulos acima citados. Fui, como todos nós, desde as cavernas, cuidado por mulheres. Todos sabemos e vivenciamos o quanto foram, são, e

PONTOS DE DISTRIBUIÇÃO DO IMPRESSO IMOBILIÁRIO ANA MARIA PÃES & FRIOS R. Miguel Del Ré, 658 BAND PÃES Av. Independência, 1764 BELLA SÍCILIA Av. Independência, 294 BELLA CITTÁ PÃES ESPECIAIS Av. Portugal, 1.760 DAMA TABACARIA - Bóx 50 Novo Mercadão da Cidade DELICATTA PÃES & DELÍCIAS Av. Presidente Vargas, 584 DOÇURA PÃES E DOCES Av. Plinio de Castro Prado,400 DROGARIA PADRE EUCLIDES Rua Manoel Achê, 222 ELITE PAN Av. Treze de Maio, 756 EMPÓRIO DAMASCO Rua Marcondes Salgado,1137 EMPÓRIO DO CINEMA Av. Treze de Maio, 1199 Av. Nove de Julho,885 EMPÓRIO LOURENÇO R. Cerqueira César, 875 EMPÓRIO TOSCANA Rua Campos Salles nº 1928

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infelizmente serão vilipendiadas por religião, machismo e pura ignorância, além da falta de amor. Inúmeros e fantásticos filmes usaram, lidaram e exaltaram a mulher e seus temas correlatos. Agora acho pertinente indicar esse dois, distintos em estilo, mas universais em intenção e força. A SEPARAÇÃO O Irã, (a grandiosa Pérsia, não custa lembrar), foi uma das primeiras potências sócio/econômica/militar do mundo. O fato de que não compactuam com certos hábitos ocidentais e suas crenças reli-

giosas costumam ser usadas para transformá-los em extraterrestres aos nossos olhos. Muitos acreditam que lá só se criam cabras e bombas. Este é um dos muitos bons filmes produzidos pelos responsáveis diretos por muito do que temos e usamos de filosofia, arquitetura, matemática, literatura e arte. Vale a pena pesquisar sua história. “A separação” foi produzido no governo de Mahmoud Ahmadinejad, o que por si já o torna especial. Em seu governo, mulheres eram (ainda são) condenadas ao apedrejamento. Calma, este filme não chega a tanto. É uma grande lição de relação humana e universal. Linda, triste e sofisticada. Coisa de gente. ELENCO: Leila Hatami, Peyman Moadi, Shahab Hosseini, Sareh Bayat DIRETOR: Asghar Farhadi

EXPEDIENTE Distribuição gratuita José Humberto Pitombeira M. E Rua Manoel Achê, 697 - sala 02 Ribeirão Preto - SP - Jardim Irajá impressoimobiliario@gmail.com

Edição e Redação: José Pitombeira | João Pitombeira Jornalista responsável: João Pitombeira MTB: 71.069/SP Arte Final: Ney Tosca (16) 3019-2115 Tiragem: 10.000 exemplares Impressão: Gráfica Spaço (16) 3969-2904 Sempre causando uma ótima impressão

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Nº 67 - 2014 FHILOMENA Este é um filme que pode parecer nos tocar mais proximamente. Trata de uma cultura ocidental e de preceitos culturais e religiosos familiares a todos nós. Situação confortável, mas não menos opressora. Nele acompanhamos a história verídica de uma senhora que em sua tenra adolescência, engravidou de um namoro furtivo. Em uma Irlanda dominada por um arraigado catolicismo mesclado ao ódio político e ao determinismo moral de sua época, ela tem seu filho roubado de seu convívio. Se aglutinarmos a tudo isso os interesses econômicos, tudo se torna mais abjeto. Judi Dench é uma atriz que sempre

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emociona e fascina. Neste caso específico ela permeia a feminilidade em todo o fascínio que nela existe. Contando sua história, ela comove, sensualiza, aconchega e engrandece a feminilidade e a beleza da mulher. Observações: O diretor Stephen Frears é um dos melhores diretores de sua geração. Veja tudo o que puder deste cara! Fhilomena Lee encontrou com o Papa Francisco e perdoou a igreja. ELENCO: Judi Dench, Steve Coogan, Sophie Kennedy Clark, Anna Maxwell Martin, Michelle Fairley DIRETOR: Stephen Frears Os erros são muitos. Aceito os humanos. Mas continuo odiando o que fazem os tecnocratas. E o pior: sua incompetência e o que tudo dela advém são cobrados nos nossos impostos Jeff Gennaro é ator e diretor da Cia Teatro Salada Vinte (São Paulo/SP.) teatrosaladavinte@terra.com.br

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