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OPINIÃO
Adeus, PT Tudo tem um começo e um fim, como poderia dizer o Marquês de Maricá. E o fim está próximo
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cinco meses da eleição presidencial é evidente o sentimento de enfado, cansaço, de esgotamento com a forma de governar do Partido dos Trabalhadores. É como se um ciclo estivesse se completando. E terminando melancolicamente. A construção do amplo arco de alianças que sustenta politicamente o governo Dilma, foi quase todo ele, organizado por Lula no início de 2006, quando conseguiu sobreviver à crise do mensalão e à CPMI dos Correios. Naquele momento buscou apoio do PMDB — tendo em José Sarney o principal aliado — e de partidos mais à direita. Estabeleceu um condomínio no poder tendo a chave do cofre. E foi pródigo na distribuição de prebendas. Fez do Tesouro uma espécie de caixa 1 do PT. Tudo foi feito — e tudo mesmo — para garantir a sua reeleição. Parodiando um antigo ministro da ditadura, jogou às favas todo e qualquer escrúpulo. No jogo do vale-tudo não teve nenhuma condescendência com o interesse público. A petização do Estado teve início no primeiro mandato, mas foi a partir de 2007 que se transformou no objetivo central do partido. Ter uma estrutura permanente de milhares de funcionários petistas foi uma jogada de mestre. Para isso foram necessários os concursos — que garantem a estabilidade no emprego — e a ampliação do aparelho estatal. Em todos os ministérios, sem exceção, aumentou o número de funcionários. E os admitidos — quase todos eles — eram identificados com o petismo. Desta forma — e é uma originalidade do petismo —, a tomada do poder (o assalto ao céu, como diria Karl Marx) prescindiu de um processo revolucionário, que seria fadado ao fracasso, como aquele do final da década de 60, início da década de 70 do século XX. E, mais importante, descolou do processo eleitoral, da vontade popular. Ou seja, independentemente de quem vença a eleição, são eles, os petistas, que moverão as engrenagens do governo. E o farão, óbvio, de acordo com os interesses partidários. Se no interior do Estado está tudo dominado, a tarefa concomitante foi a de estabelecer um amplo e fiel arco de dependência dos chamados movimentos sociais, ONGs e sindicatos aos interes-
ses petistas. Abrindo os cofres públicos com generosidade — e que generosidade! — foi estabelecido um segundo escudo, fora do Estado, mas dependente dele. E que, no limite, não sobrevive, especialmente suas lideranças, longe dos recursos transferidos do Erário, sem qualquer controle externo. O terceiro escudo foi formado na imprensa, na internet, entre artistas e vozes de aluguel, sempre prontas a servir a quem paga mais. Fazem muito barulho, mas não vivem sem as benesses estatais. Mas ao longo do consulado petista ganharam muito dinheiro — e sem fazer esforço. Basta recordar os generosos patrocínios dos bancos e empresas estatais ou até diretamente dos ministérios. Nunca foi tão lucrativo apoiar um governo. Tem até atriz mais conhecida como garota-propaganda de banco público do que pelo seu trabalho artístico. Mas tudo tem um começo e um fim, como poderia dizer o Marquês de Maricá. E o fim está próximo. O cenário não tem nenhum paralelo com 2006 ou 2010. O desenho da eleição tende à polarização. E isto, infelizmente, poderá levar à ocorrência de choques e até de atos de violência. O Tribunal Superior Eleitoral deverá ser muito acionado pelos partidos. E aí mora mais um problema: quem vai presidir as eleições é o ministro Dias Toffoli – como é sabido, de origem petista, foi advogado do partido e assessor do sentenciado José Dirceu. Se a oposição conseguir enfrentar e vencer todas estas barreiras, não vai ter tarefa fácil quando assumir o governo e encontrar uma máquina estatal sob controle do partido derrotado nas urnas. As dezenas de milhares de militantes vão — se necessário — criar todo tipo de dificuldades para a implementação do programa escolhido por milhões de brasileiros. Aí — e como o Brasil é um país dos paradoxos — será indispensável ao novo governo a utilização dos DAS (cargos em comissão). Sem eles, não conseguirá governar e frustrará os eleitores. Teremos então uma transição diferente daquela que levou ao fim da Primeira República, em 1930; à queda de Vargas, em 1945; ou, ainda, da que conduziu ao regime militar, em 1964. Desta vez a mudança se dará pelo voto, o que não é pouco em um país com tradição autori-
tária. O passado petista — que imagina ser eterno presente — terá de ser enfrentado democraticamente, mas com firmeza, para que seja respeitada a vontade das urnas. É bom não duvidar do centralismo democrático petista. Não deve ser esquecido que o petismo é o leninismo tropical. Pode aceitar sair do governo, mas dificilmente sairá do aparelho de Estado. Se a ordem de sabotar o eleito em outubro for emitida, os militantesfuncionários vão segui-la cegamente. Claro que devidamente mascarados com slogans ao estilo de “nenhum passo atrás”, de “manter as conquistas”, de impedir o “retorno ao neoliberalismo”. E com uma onda de greves. A derrota na eleição presidencial não só vai implodir o bloco político criado no início de 2006, como poderá também levar a um racha no PT. Afinal, o papel de Lula como guia genial sempre esteve ligado às vitórias eleitorais e ao controle
do aparelho de Estado. Não tendo nem um, nem outro, sua liderança vai ser questionada. As imposições de “postes”, sempre aceitas obedientemente, serão criticadas. Muitos dos preteridos irão se manifestar, assim como serão recordadas as desastrosas alianças regionais impostas contra a vontade das lideranças locais. E o adeus ao PT também poderá ser o adeus a Lula. Marco Antonio Villa Historiador, é autor, entre outros livros, de ‘Ditadura à brasileira. 19641985. A democracia golpeada à esquerda e à direita’ (Leya). FONTE: O Globo
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INTERIORES
Os armários devem ser planejados Fonte: Showroom Criare Ribeirão Preto.
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Vale para tudo: ·Solicite armários com portas mais largas, pois essa proporção aproveitará melhor os seus espaços. Para vãos maiores que 80 cm, utilize prateleiras com espessura de 25 mm; ·Entre a diversidade de cores e acabamentos, invista no branco, pois um eterno armário deve agrupar à construção da casa e desaparecer na decoração; ·Vidros e pinturas são acabamentos muito sofisticados, porém de difícil manutenção. Evite-os em regiões gordurosas e de impactos com objetos pontiagudos, por exemplo, em gavetas de talheres na cozinha; ·Corrediças, dobradiças e puxadores correspondem de 30% a 40% do valor total do armário. Economize nas corrediças solicitando apenas as gavetas necessárias; ·No ato do contrato, confira todas as cores e acabamentos que você escolheu. Logo após o acordo, solicite a visita de um medidor para conferir as dimensões do seu espaço; ·Escolha a empresa que fará os seus armários, informando-se sobre a idoneidade do negócio em sites, redes sociais, revistas e até mesmo no PROCON. Exija uma garantia superior a 05 anos.
organização de uma casa sobrevive à falta de alguns equipamentos, mas não a de um armário planejado. Ele é o mobiliário fixo de um espaço, produzido sob medida em marcenarias ou em grandes indústrias moveleiras, utilizando placas de MDF e MDP, com a finalidade de aproveitar cada cantinho onde você queira guardar seus utensílios de serviços, alimentos, roupas, livros, etc. Um armário planejado representa um considerável investimento em relação aos outros custos da obra, pois este produto precisa durar por décadas, ser prático, funcional e resistente a vários modismos. Esse mobiliário deve ser projetado e calculado analisando os utensílios que você já possui e os que você pretende armazenar ao passar do tempo. NAS COZINHAS E LAVANDERIAS escolha todos os eletrodomésticos necessários para o seu dia a dia. Logo, determine os pontos elétricos, hidráulicos e de gás, para realizar cada função. Entre a pia e o fogão, planeje um bom gaveteiro com três gavetas, sendo duas baixas para panos, guardanapos e talheres e outra gaveta alta para guardar panelas e louças que você usa diariamente. Evite armários muito altos que dificulte o seu alcance aos utensílios e à limpeza. Os armários baixos, em geral, têm 60 cm de profundidade e devem estar a 20 cm do chão, enquanto os armários altos têm 35 cm a 40 cm de profundidade e devem estar a 60 cm da bancada, para evitar que as pessoas batam a cabeça neles. Ao lado da geladeira, planeje um despenseiro – armário alto e vertical, para organizar os alimentos não perecíveis. Quando se tratar de uma cozinha gourmet ou uma copa, invista em nichos decorativos mesclando cores mais aconchegantes ou padrões amadeirados. Na lavanderia, um armário com prateleiras e um nicho vertical para as vassouras, rodo e
tábua de passar, atenderá muito bem às necessidades deste espaço. NOS BANHEIROS sob a pia, a 30 cm do chão, planeje um conjunto de armário com portas e ao lado um conjunto de gavetas. Opte pelos puxadores embutidos e continue apostando nas cores neutras. Quando houver espaço, inclua uma gaveta alta para armazenar roupa
Qual é a diferença entre o MDP e o MDF? O MDP é um painel feito de partículas de madeira prensadas com resina sintética em alta temperatura. È ideal para a produção do corpo interno dos armários, pois este material adere melhor às ferragens e estrutura com segurança para as prateleiras. O MDF é um painel de fibras também prensadas com resina em alta temperatura. É utilizado para a produção de frentes dos armários, pois aderem a diferentes acabamentos. A boa combinação entre esses dois materiais, resulta em um armário de excelente qualidade.
suja. Atualmente, não se utiliza armários superiores à bancada. Quando se fizerem necessários, não precisam passar de 20 cm de profundidade e recomenda-se revestir as portas com espelhos. NOS ROUPEIROS E CLOSET os armários devem ocupar toda a parede, do chão ao teto. Armários com portas de correr são mais elegantes, recomendados para espaços pequenos e são fáceis de manusear. Porém sempre impedem que uma parte do armário seja acessada enquanto outra está aberta. Já os armários de portas com dobradiças, permitem acesso a todo o armário e são recomendados para ambientes maiores. A organização interna é particular de cada pessoa: as mulheres pedem por mais sapateiras e os homens por mais cabides. Crianças e adolescentes pedem por mais prateleiras e gavetas. Não se esqueça de deixar um espaço extra para armazenar malas, roupas de cama e banho. Mateus José - Arquiteto e consultor em ambientações. passaglia.arquitetura@gmail.com
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FALA DONA ADELAIDE Dona Adelaide é uma assídua leitor a do IMPRESSO IMOBILIÁRIO, e com sua perspicácia, lucidez e humor, colabora com suas opiniões, que publicamos com muito gosto. Nasceu em 1915 e suas posições às vezes não cabem no que hoje entendemos por “politicamente correto”. Quando indignada, costuma praguejar e soltar alguns impropérios.
Fala Dona
Adelaide! N
esta páscoa minha casa virou uma ba gunça! Toda páscoa aqui é uma bagunça! Vem gente de tudo lugar. Faz churrasco, pizza, macarronada, galinhada... Mas ninguém come tanto! Metade da cumida vai tudo pro lixo! Vem gente que eu nem conheço! Tem uns vinte ano que tudo eles se reúne porque pode ser a úrtima páscoa com a Biza, que é eu! Tudo mundo não quer ficar sem a páscoa com a Biza! Os troxa pensa que eu vô morrê! E eles pensa que eu acredito que eles vem por minha causa! Eles vem pra enchê a cara de cachaça! Fica tudo dançando umas música barulhenta e se esfregando, primo cum prima... Deus que me perdoa... Bom, tudo eles me traz presente. É um monte de chinelinho, pantufa, cobertor e penhoar... Tem até bichinho di pilúcia! Vai tudo pro guarda rou-
pa. Só uso os meu velhinho que já tá amaciado, com uns furo que eu costuro devagar com os remendo, e fica bom! Os presente vai tudo pro asilo dos velho despois que eu morrê! Mas neste ano, foi diferente. Treis neto, cinco bisneto e a moça que cuida de mim num viero! Tava tudo com dengue! Meu bisneto que eu mais gosto ficou doente! A namorada dele foi bater perna no sítio da família dela e o coitadinho ficou suzinho! Grazie a Dio o menino se sarvô! Já mandei ele separá dela! Mas ele é menino bom, diz que ama a desgraçada! Istudioso ele! Vai sê médico! Cazzo, um médico que pega dengue!!!! Mas ele me pegô as mão e disse que os pernilongo não escolhe gente pra picar! Pica rico e pica pobre! Disse que o Lula pudia ter mudado as coisa lá atráz. Que quando ele foi presidente podia arrumar a iducação, a saúde, uma tar de saniarmento basco! Que é a água que nós bebe que se mistura com a merda que nós caga! E eu disse porque ele num feiz? Parece que ele precisava vender carro e televisão e geladeira e fogão... Intão, como o home vai pra lua, usa os cumputador e faiz uns robô que pensa que nem nois e num consegue acabar com os mosquito da dengue? Ele é um menino bom demais. Um anjo! Ele brincou que talvez um dia, vão inventá uma “Borsa Dengue”. Ganha mais dinheiro quem tiver mais mordida de mosquito! E tudo mundo vai continua feliz! Ele pensa que eu não intindi... Abre as janela que eu quero os meus mosquito tamém! Escreveu o que eu mandei? Então, manda.
Escreva-nos com sua opinião sobre as posições de Dona Adelaide, seja também nosso colaborador. Nosso endereço para este espaço: impressoimobiliario@gmail.com
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CRÔNICA
Historietas brasileiras N
inguém sabe precisar quando come çou a ocupação. Uns contam que foi com Ducarmo, a benzedeira. Lá pelos anos de 1951 a cortadora de cana Maria do Carmo, de sobrenome Silva ou Santos, vinda de qualquer parte do interior do estado, fugindo das surras do marido Osvaldo, com seus cinco filhos de variadas idades e um carregando nas magras entranhas montou o primeiro barraco. Usou para a construção de tudo o que colhiam nos arrabaldes e do que dava a rodovia. Ela e as crianças. Foram restos dos caixotes caídos dos caminhões, latarias em frangalhos dos acidentes graves, papelões, lonas e plásticos trazidos pelo vento forte do espaço aberto e algo selvagem. Logo chegou Chico Pedra que, sem pedir licença, se estabeleceu logo ao lado de Ducarmo. Dizem os antigos que foi assim chamado por ser o primeiro a construir seu casebre usando também das pedras do arredor. E pedra lá era o que não faltava. Tinha fugido de um presídio no Acre. Mais de setenta anos à cumprir de pena por mortes variadas. Pegou a família, ou parte dela e, cansado da fuga, decidiu ficar por lá mesmo. Não tardou e eram mais de trinta, cinquenta, cem casebres, barracos, choupanas, casinhas, muquifos, cafofos... E assim nasceu a Favela do Deus me Ajude. Ou a famigerada Favela Buraco Ducarmo. Por mais de vinte anos Maria do Car-
mo foi parteira, benzedeira e médica, conselheira sentimental, e mãe de todos que por lá se achegaram. Chico Pedra, por profissão de fé ou precisão matou lá mesmo mais de dez. Razão não faltou. E se faltasse, ele inventava. Respeitado e temido, foi prefeito, xerife e vingador. Determinou as regras de convivência, as datas festivas, apadrinhou crianças e fundou o primeiro clube de futebol e a escola de samba. Dizem que os outros cinco filhos de Ducarmo eram dele. Além de dezenas de bastardos espalhados pela ocupação. Na década de 1990 , Chico Ducarmo, o sétimo filho de Ducarmo, que era também o quinto de Chico Pedra, entrou para um movimento popular de esquerda. Lá aprendeu as táticas de ocupação de terras, os princípios da guerrilha urbana e os discursos para a comunidade e a mídia. Nas muitas eleições principais, todos os candidatos por ele apoiados se elegeram. Não tardou e o tráfico, negócio inevitável, fechou acordos com Chico Ducarmo para a distribuição da televisão à cabo e internet piratas, do gás, e da organização dos bailes na comunidade. Agora, Chico Ducarmo se tornou prefeito eleito da recém instituída Cidade Ducarmo. Todos estão muito felizes na outrora “favela/comunidade” que deu início à tan-
ta luta. Afinal, as creches, o saneamento básico, as casas de cultura, a regulamentação do comércio, a segurança, a pavimentação, os endereçamentos postais, as escolas... as promessas todas... tudo isso! Ora, tudo isso será resolvido em breve. Ele é dos nossos! Chico Ducarmo, dizem, enriqueceu. Nem vive mais na favela. Na “comunidade”. A oposição diz que ele responde à vários processos por corrupção, associação ao crime organizado, peculato, apropriação indébita, assassinato, tráfico de influências, enriquecimento indébito... Intrigas da mídia reacionária em conjunto com suas terríveis forças reacionárias!
Mas a justiça prevalecerá! Chico Ducarmo é o povo! “O povo”... Os pobres trabalharão para a vitória de Chico Ducarmo para Senador, Governador, talvez Presidente da República... Então, no próximo carnaval, defendendo as cores da Unidos do Buraco Ducarmo, como na letra do histórico samba, todos sairão às ruas entoando “a vida vai melhorar... a vida vai melhorar”. - Putz! Que historinha manjada! - Coloca essa mesmo. É fechamento... - Acho muito burguesa essa posição... - Burguesa o que? Seu esquerdista de... - Não me chama de reaça, não me chama de reaça! Jeff Gennaro
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SAÚDE
Envelhecer com saúde – A melhor idade S
egundo a OMS, até 2025, o Brasil será o sexto país do mundo em número de idosos. Estima-se que hoje no Brasil existam 19 milhões de pessoas acima dos 60 anos de idade. No ano de 2020 serão 30 milhões, ou seja; mais de 50% de crescimento segundo estudos recentes realizados pelas consultorias Bain & Company e Euromoinitor. O aumento desta faixa etária é uma novidade, e certamente irá trazer mudanças nos serviços a serem oferecidos a esta parcela da população. A expectativa de vida atualmente gira em torno dos 73 anos e a projeção para quem nasce hoje é de se chegar aos 81 anos. Essa mudança é resultado dos avanços da medicina, da ciência, da melhoria e do acesso à saúde. Determinadas atitudes que tomamos ao longo da vida vão se refletir na chamada terceira idade e os hábitos saudáveis mostrarão seus frutos nessa fase, podendo transformá-la na melhor idade. O Ministério da Saúde através do Programa “Brasil Saudável”, cria políticas públicas a nível nacional, que promovam modos de viver mais saudáveis em todas as etapas da vida, favorecendo a prática de atividades físicas no cotidiano e no lazer, o acesso a alimentos saudáveis e a redução do consumo de tabaco. Estas questões são a base para o envelhecimento saudável, um envelhecimento que traga também um ganho substancial em qualidade de vida e saúde. Envelhecimento e qualidade de vida: dois aspectos que antes pareciam tão distantes um do outro, hoje se tornaram cada vez mais próximos. Porém, com os recentes avanços nas áreas liga-
mentam o corpo – Movimente-se. Pratique alguma atividade física respeitando suas limitações; antes informe-se com o seu médico qual atividade física indicada para o seu perfil. Divirta-se, converse com outras pessoas. 2º Mantenha a mente sempre ocupada – A leitura freqüente de jornais, revistas ou sites, a participação em redes sociais, fazer palavras cruzadas, participar de diferentes atividades irá colocá-los a par do que acontece no mundo, o que contribui para preservar sua memória. das à saúde, as pessoas estão conseguindo viver mais e melhor. Para a Organização Mundial da Saúde: “Qualidade de vida é a percepção do indivíduo acerca de sua posição na vida, de acordo com o contexto cultural e os sistemas de valores nos quais vive e em relação a seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”. Para o idoso viver mais e melhor depende de algumas estratégias que devem ser traçadas para melhorar os aspectos que estão sendo negligenciados ou não estão sendo vividos em plenitude. Algumas destas estratégias postuladas abaixo constam em uma cartilha veiculada pelo Ministério da Saúde no ano de 2013, que por sua vez contem dicas importantes para envelhecer com saúde. Esta cartilha está disponível nas Unidades Básicas de Saúde de nosso município. 1o Participe de atividades que movi-
3º Alimentação saudável e higiene bucal – Procure fazer várias refeições ao dia, diversificando os alimentos, incluindo as verduras, os legumes e as frutas, beba bastante água, diminua o sal, evite bebidas alcoólicas e o tabaco, mantenha a higienização bucal, especialmente após as refeições. 4º Invista em sua afetividade – Namoro não tem idade, exerça sua afetividade; lembre-se que a atividade sexual não termina aos 60 anos, logo, você deve se prevenir das doenças sexualmente transmissíveis. Por isso não se esqueça do uso do preservativo. 5º Conheça seus direitos – muitas vezes sofremos violência e não damos a devida atenção. Não fique acuado, converse com alguém de sua confiança ou ligue para o Disque 100 e proteja seus direitos.
6º Mantenha as vacinas em dia 7º Atenção aos medicamentos – tome apenas os medicamentos receitados pelo seu o médico. Evite a automedicação. Toda vez que for ao seu médico leve o nome dos remédios que esta usando. 8º Previna-se contra as quedas – Evite objetos espalhados pelo chão e tapetes. Fique atento à presença de animais domésticos para evitar que tropece neles. Use calçados confortáveis de preferência antiderrapantes. Atenção ao subir e descer escadas. Use os corrimões ou o apoio de outra pessoa. Mantenha o ambiente sempre iluminado. 9º Renove sua vitalidade com descanso – a falta de descanso ou de sono pode causar irritabilidade, incapacidade para concentração e raciocínio alterados 10º Como garantir seus direitos – Estatuto do Idoso Lei no 10.741/2003. O envelhecimento pode acarretar alguns riscos à saúde, causados por fatores biológicos, estilo de vida, histórico de saúde e doença, baixa escolaridade, isolamento social e diferença de oportunidades. Assim, é vital investirmos na conscientização dos idosos e de toda a sociedade, buscando a promoção de um envelhecimento saudável. Cuide-se e viva melhor! Dr. Fabio Augusto Brassarola Instituto de Cirurgia de Ribeirão Preto institutodecirurgia_rp@yahoo.com.br
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CONSTRUÇÃO
A caixa-d’água ideal para você litros) e por mais dois dias, como adicional de reser va. Uma familia de 5 integrantes, por exemplo, deve dispor de uma caixa-d’água de 1500 litros (5x150x2). Vale lembrar que limpezas preventivas devem ser realizadas a cada seis meses.
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a hora de escolher o reservatório de água, analise bem a facilidade de manutenção e o custo final do produto. A seguir analisamos três materiais e suas vantagens. A escolha da caixa-d’água, um dos mais itens mais importantes de uma construção, começa na eleição de sua capacidade. Em teoria a conta é muito simples: multiplique o numero de moradores pelo consumo médio diário por pessoa (aproximadamente 150
Reservatório de Fibra de Vidro (Fortlev) - apesar da manutenção trabalhosa, é o material mais vendido no Brasil - a tampa possui encaixa simples, é vendida com parafusos que garantem sua fixação - a proteção contra raios ultravioleta aumenta sua vida útil - 1,5 mil litros / 88 x 174 cm Custo sem instalação: R$ 450,00 Reservatório de Polietileno (Aqualimp) - a superfície interna lisa protege do acumulo de sujeira nas laterais
- possui tampa rosqueável: com ¼ de volta, já está totalmente vedada - conta com tratamento UV, solução que impede a deformação da estrutura diante de calor excessivo - 1,5 mil litros / 120 x 134 cm Custo sem instalação: R$ 900,00 Reservatório de Aço Inox (Sander Inox) - o material metálico agiliza a limpeza, embora a abertura pequena complique o processo - além de muito resistente, oferece água fresta por mais tempo, pois a condutividade de calor é pequena - com traço simples e acabamento prateado, ganha pontos no quesito estético - 1,5 mil litros / 115 x 162 cm Custo sem instalação: R$ 1.700,00 Limpeza do reservatório Segunda a ANVISA, quando não devidamente vedada e protegida, a caixad’água pode também se tornar local propício aÌ proliferação do mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, doença infecciosa objeto de ações sistemáticas de
saúde pública. A vedação da caixa d’agua deve ser observada não sóì no encaixe da tampa com o corpo principal do reservatório, mas também no extravasor (ladrão) que também deve ser protegido para evitar o acesso de insetos. Até há pouco tempo, o amianto era largamente utilizado na confecção de caixas-d’água, especialmente as de pequeno volume. Por conter fibras tóxicas, prejudiciais a saúde, não eì mais permitido o uso do amianto na fabricação de caixas-d’água ou quaisquer outros produtos, nos termos da Lei Estadual no 12.684/2007. Aconselha-se que as caixasd’água em amianto, ainda em uso, sejam substituídas por outras de material atóxico e descartadas com os devidos cuidados. Ronaldo Leão Arquiteto e Urbanista com mestrado em Inovação, Tecnologia e Desenho, pela Universidad de Sevilla, na Espanha. www.moarquitetura.com
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CINEMA
Os outros e o inferno C
om o passar dos anos e o acumulo de “FEBEAPA – Festival de Besteira Que Assola o País” como diria Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta, tenho percebido que meu humor, assim como o de determinados amigos e agregados mais sofisticados tem-se tornado mais ácido e contundente. Algo até cruel em contra-
ponto ao besteirol do “bom mocismo” institucionalizado . Toda a base que sempre se determinou como o princípio do riso, do escárnio e da graça se originou do conceito do ridículo e da inevitável desgraça humana. Conceito este que pode mudar de situação, dependendo do ponto de vista, da postura política
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e do que o “politicamente correto” vigente vir a determinar em sua época. Enfim, coisas que só o tempo, os historiadores e as embalagens de sucrilhos podem explicar. Tendo passado e vivido, (com certa consciência), os acontecimentos históricos dos últimos 35 anos, sejam eles políticos, sociais ou morais, achei que estes dois filmes podiam brincar com alguns de nossos conceitos estabelecidos. Entre eles o da convivência pacífica. Quanto ao brincar, entenda-se: brincar. Até porque, o que estamos vivendo como paradigma de seriedade e bons costumes, escorrerá em breve muito suavemente fossa abaixo. Até o que o próximo paradigma determinar como seremos.
A FAMÍLIA O cineasta Luc Besson não é dos meus franceses preferidos. Sua estética não é das piores, até ao contrário, costuma agradar pelos exotismos e pela tentativa de assinatura de estilo, própria dos franceses. Mas fica longe de um intelectual da arte. O melhor deste filme em particular é o fato de que ele usa de sua “francesibilidade crua” para contar uma história bastante congruente com as discrepâncias, amores e ódios entre franceses e americanos. Como uma família de mafiosos ítalo/ yankees lidaria com a vida dos comuns se, por acaso isso se fizesse extremamente necessário? A maioria das pessoas comuns tentam sempre tratar com o quotidiano de forma pacifica e honesta. Pagam seus
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Nº 68 - 2014 impostos, aceitam o “inaceitável” e engolem em seco o infinitamente intragável... Pelo menos deveria. Pois este é o retrato de uma família incomum. Como talvez todos nós deveríamos ser um dia na vida. Segundo a Lei de Talião, pelo jeito, isso não demora. OS INQUILINOS (OS INCOMODADOS QUE SE MUDEM) Os espectadores abertos ao pensamento nunca passam incólumes por um filme de Sergio Bianchi. D e s d e “Quanto vale ou é por quilo” ou “Cro nicamente inviável”, tudo que carrega sua assinatura é garantia de um ci-
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nema forte e marcante. Muito longe das “comédias de costume” hoje produzidas, diga-se, necessárias para a indústria cinematográfica nacional, seu cinema se pauta no que nos transtorna. No que nos transforma. Conta-se que o primeiro filme exibido para uma plateia era o de um trem chegando à uma estação. Pessoas correram horrorizadas, houve tumulto, desespero e desmaios coletivos.
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Bianchi faz algo similar com nossos sentidos de espectadores primordiais. Mesmo que nos mantendo sentados, atentos e algo civilizados, as situações apresentadas nos deixam com a inquietude e os questionamentos essenciais para que nos sintamos parte da conversa entre o olhar, o fato e a indignação. Independente de sua postura política. Ah, sobre a sinopse do filme, melhor vê-lo.
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Ninguém sai sem uma opinião. ELENCO: Marat Descartes, Leona Cavalli, Caio Blat, Cassia Kiss... DIREÇÃO: Sergio Bianchi Que um dia possamos nos salvar de nós mesmos, do inferno e dos outros. Jeff Gennaro é ator e diretor da Cia Teatro Salada Vinte (São Paulo/SP.) teatrosaladavinte@superig.com.br
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