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ARTIGO
DIREITO
Vejamos alguns números
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OCDE - Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, informa que 12% do PIB do Brasil é destinado ao pagamento dos salários e encargos dos funcionários públicos nas 3 esferas do governo. Na mesma linha informa que para a Educação é destinado 5,5% do PIB, Saúde 3,4%, Infra Estrutura 2,45% e BNDES 22% (!!). Mas, voltemos ao caso dos funcionários públicos. O PIB do Brasil fica em torno de R$ 4,4 trilhões. Portanto 12% desse valor corresponde a R$ 528 bilhões. Sabemos ainda que a arrecadação de impostos em 2013 (record), foi de R$ 1,13 trilhão. Dessa forma, os salários e encargos com os funcionários públicos nacionais representa 46% da arrecadação total (Vejam, está abaixo do limite da Lei de Responsabilidade Fiscal!). É informado também que no Brasil 92,5 milhões de indivíduos tem emprego formal, e que os servidores públicos representam em torno de 10% desses empregos (na França esse número é de 22%, mas com um impacto bem menor no percentual do PIB daquele país). Com esses números já temos subsídios para realizarmos outros cálculos. Se dividirmos R$ 528 bilhões por 9 milhões de indivíduos teremos algo em torno de R$ 58 mil per capita/ano para cada funcionário público em média, ou R$ 4,8 mil/mês.
As novas regras para reformas de imóveis em condomínios
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Também pela mesma fonte, que 1% dos empregados no Brasil recebem salários entre R$ 13.560 a R$ 33.900 por mês e que 46% dos empregados recebem ATÉ R$ 1.356,00. Não há dúvida de que vivemos em uma democracia. E mais, uma “democracia socialista”, se for possível tal classificação técnica e ideológica.Mas não deve haver nenhum ressentimento quanto a esses números. Afinal, todos que estão em seus postos públicos, concursados, nomeados, comissionados, emprestados, recontratados (após aposentarem, e conseguem uma segunda aposentadoria?) lá estão naquilo que no Direito Pátrio é conhecido como “exercício regular de direito”, e dona Maria, arroz enche barriga e ovo tem muita proteína. Aristide Marchettti Observatório Civil da Violência marchetti57@gmail.com
ntrou em vigor em 18 de abril de 2014, a NBR n. 16.280 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que trata das reformas de edificações, estabelecendo um sistema de gestão e requisitos de processos, projetos, execução e segurança de reformas de edificações brasileiras, especialmente no que tange àquelas situadas em condomínios. Segundo a referida NBR, todas as alterações realizadas nas unidades condominiais deverão ser aprovadas pelo síndico e/ou administradora, observando, ainda, o disposto na respectiva convenção. Antes de executar qualquer obra, o morador deve enviar ao sindico/administradora, os projetos ou laudos assinados por um engenheiro ou arquiteto, contendo o detalhamento do que será executado. Com base em tais documentos, o síndico ou a administradora (se tiver poderes para tanto), poderá autorizar o início da reforma, pro-
mover ressalvas no projeto ou mesmo proibir sua execução, caso entenda que ela irá colocar em risco a edificação. Para Paulo Eduardo Fonseca de Campos, superintendente do Comitê Brasileiro da Construção Civil (CB-02) da ABNT, “A publicação da norma representa uma resposta do meio técnico à justa demanda da sociedade, no sentido de se por um fim à ocorrências como o Edifício Liberdade no Rio de Janeiro. Esperamos que esta norma também subsidie os projetos de lei que tramitam nos Legislativos, para impedir que reformas clandestinas coloquem em risco a vida da população. ” Mesmo as alterações mais simples como pintura ou aquelas que não afetam a parte estrutural, devem ser comunicadas ao sindico ou à administradora, sempre por escrito. A pretensão da ABNT visa garantir maior segurança a todos os condôminos, além de viabilizar maior qualidade à edificação. Referida NBR é de abrangência nacional, e deverá ser observada por todos os condomínios, de modo a evitar a execução de obras sem acompanhamento de responsáveis técnicos que possam vir a prejudicar a estrutura e a segurança dos edifícios e unidades autônomas. Dr. Luiz Claudio Motta Ferreira Membro do escritório AKR Advogados
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FALA DONA ADELAIDE Dona Adelaide é uma assídua leitor a do IMPRESSO IMOBILIÁRIO, e com sua perspicácia, lucidez e humor, colabora com suas opiniões, que publicamos com muito gosto. Nasceu em 1915 e suas posições às vezes não cabem no que hoje entendemos por “politicamente correto”. Quando indignada, costuma praguejar e soltar alguns impropérios.
Fala Dona
Adelaide! Q
uero falá de duas coisa. Pode falá de duas coisa? Então vai. Escreve! Olha, meu bisneto estuda na USP. Ele é
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o orgulho de tudo nóis da família. Foi o primeiro que entrô na facurdade púbrica! A milhor de todas! Num sei se é incomomia ou... agronomia... bão, meche cuns número. Diz que é bão e que ele vai ficar rico! Vá bene! Tava eu falando pra vizinha, aquela bobalhona aqui de fronte, que ele era um gênio. Que o menino é isso e aquilo! Entrô na milhor facurdade... Aí minha outra bisneta falou que não era mais a milhor facurdade. Fiquei com cara de merd. na frente da outra! Porque não é a milhor? Inda onte era, cazzo! Porque num me é mais? A poverela até tentô me expricá. Bão, num entendi. Se era a milhor, porque dexô de ser? Quem cuida desta merd. que dexô cair a faixa? Ela disse que tinha umas coisa com os professor metido a besta, com os sindicato e com o governo. Bão, se juntar esses três num penico e jogar na rua, entope as valeta! E o pior, diz que tem aluno que só qué
vadiá e ficar no bem bão! Os que no fa niente qué só sombra e água fresca! As pessoa do meu tempo trabalhava inté arrancá o couro pra que os que viesse despois tivesse vida milhor. Que pudesse istudá e milhorá a raça. Os de agora só qué pra eles. O mundo tá perdido... Que é que eu ia falar despois mesmo? Ah, me alembrei. Teve um meu bisneto que disse que o Lalau tá em casa! Nossa, o menino tava veramente indignati! Eu não sabia quem era o tal de Lalau! Achei que era amigo dele. Aí ele contou que o farabuto do Lalau era um juiz! Que o maledeto roubou duecento milione do dinheiro de uma obra do guverno! O stronzo foi liberato porque era velho e doente! Ma quando começo a roubá ele tinha quantos ano? Era uma criançinha? O excomungado tava sabendo bem o que fazia! Tem que morfá na masmorra!Eu perguntei pro meu bisneto: e o denaro que roubou, cadê? E dis-
se que tão procurando... Vaffanculo! Ficô com a família!!!! Filho de rato não é borboleta!!! Me dá meu remédio... Tô carma, tô carma... Prende tudo eles! Inhantes, um home trabalhava a vida toda pra deixar uns trocado pra viúva! Agora se robá muito, contrata uns devogado bão e se morre na paz. A família tá garantida! Inda mais se for juiz... E eu tenho duas bisneta besta que é professora! As troxa! Já falei das duas coisa? Escreveu o que eu mandei? Então, manda. Escreva-nos com sua opinião sobre as posições de Dona Adelaide, seja também nosso colaborador. Nosso endereço para este espaço: impressoimobiliario@gmail.com
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SAÚDE
A cura através da terapia quântica vibracional O
conceito de energia nasceu no sé culo XIX e tornou-se essencial na física. A física moderna propõe um novo enfoque biológico sobre a saúde, a doença e a cura. De acordo com os conceitos da Medicina Vibracional o organismo humano é composto de um complexo sistema de energias sutis multidimensionais interligados, que se mantém harmonizados enquanto equilibrados entre si. Quando desequilibrados, desencadeiam a doença nos seus diferentes níveis; energético, emocional, mental, funcional e físico. As essências vibracionais evidenciam a grande ligação entre os reinos; mineral, vegetal e animal, potencializando o restabelecimento do equilíbrio energético nos vários níveis dos corpos sutis e físicos do organismo humano, proporcionando uma melhora na qualidade de vida. Para reequilibrar esses complexos sistemas de energias do corpo humano, existem as essências vibracionais, que tem como mecanismo de ação o princípio da ressonância. Foi Galileu Galilei, em suas pesquisas com pêndulos, no ano de 1602, quem descobriu que a ressonância para a física é a tendência de um sistema oscilatório em máxima amplitude em determinadas frequências, conhecidas como “frequências ressonantes”. É semelhante ao eco. O fenômeno da ressonância ocorre com todos os tipos de vibrações ou ondas, como as ondas eletromagnéticas. A ressonância é uma lei universal através da qual, com pequenos estímulos, podem se alterar grandes conjuntos desde que, estes estímulos estejam em ressonância de frequência e ondas entre si. “Em termos biológicos é a possibilidade de engendrar efeitos biofisioló-
gicos e energéticos em organismos biológicos através de sinais muito fracos e sutis, mas que estejam em ressonância com o organismo biológico em questão, ordenando o seu sistema biológico, para um aspecto biofísico precedente ao bioquímico, a qual é uma realidade comprovada.” (Oliveira Filho). “Há mais de 50 anos existem evidências científicas comprovadas do uso da bioressonância para diagnóstico e tratamento, nos trabalhos do Dr. Royal Raimound Rife, com demonstração via biofísica.” Encontrada no
francês chamado Jacques Ménétrier, que em 1953 publicou seus primeiros estudos em oligoterapia. Todos nossos produtos são produzidos contendo a técnica vibracional e é por este motivo que os resultados são surpreendentes. A Terapia Frequencial faz a indução funcional e estrutural de órgãos e tecidos. Trata-se de harmonizadores que induzirão a melhora da função orgânica bem como resgatar a memória estrutural dos tecidos. Como isso acontece? O que diferencia um órgão/tecido é a cadeia de aminoácidos pelo qual são formados. O que os indutores (biofactores) realizam é lembrar ao órgão/tecido esta composição na sua forma original, que por razões ambientais, nutricionais, emocionais, etc., foram esquecidas.
livro The Handbook of Rife Frequency Healing Holistic Technology for Cancer and Other Diseases. Portanto, as essências vibracionais são preparadas a partir de flores e pretende-se que ajudem a melhorar os distúrbios físicos e emocionais podendo ser usados por todas as pessoas de todas as idades, tendo sempre em consideração que os florais são prontos para o consumo, não sendo recomendada qualquer diluição. A terapia vibracional/frequêncial consiste em equilibrar a energia dos distúrbios físicos, emocionais e mentais. Trata-se de uma metodologia que nasceu do “insight” de um doutor
Que informações? A física quântica datada do inicio do século xx, já mensurava a freqüência de minerais e metais. Ex: Cálcio... 422,7hz, Potássio... 766,5hz, Magnésio... 285,2hz. A evolução das pesquisas nos permite hoje mensurar a freqüência de elementos complexos, como células, tecidos, órgãos, hormônios, plantas, parasitas etc... São estas freqüências que carregam em si as informações a serem transmitidas a outras células e ou órgãos/tecidos. Como transmite? Quando as gotas da solução em que foi impregnada a freqüência entram em contato com a boca ocorre o que chamamos de efeito magneto/elétrico, ou seja, cada célula possui em sua membrana um receptor que vibra
como uma antena, captando a informação. A depender da freqüência impregnada na solução, a célula que possui frequência idêntica, será aquela a receber a informação do produto, agindo assim de modo específico no órgão/tecido. Por isso temos que ter em mente que quando administramos elementos frequênciais a ação não se dá por bioquímica e sim por ação biofísica via campo informacional. Estes estudos realçam a capacidade informativa das células, ou seja, nelas não há elementos bioquímicos suficientes para toda transformação, há sim elementos biofísicos, informações vitais de onde, quando e como buscar elementos bioquímicos para a transformação e sobrevivência da espécie. Constituição química Contém extratos de vegetais e essências vibracionais florais, traços de fito-compostos típicos como: saponinas, flavonóides, glicosídeos, alcalóides, esteróis, óleos essênciais, ácidos orgânicos, resinas, taninos, proteínas, peptonas, gomas e olielementos, em solução conservante. Ação esperada Os florais não são medicamentos e nem substituem os alimentos ou qualquer tratamento convencional. Trata-se de uma fórmula floral líquida (essência vibracional) cuidadosamente elaborada dentro princípios científicos e metodológicos do Dr. Richard Gerber (medicina vibracional). Miguel Galli Terapeuta Quântico/Holistico miguelgalli@ig.com.br FONTE: www.fisioquantic.com.br
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DIÁRIO DA
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CONSTRUÇÃO
Madeira bem tratada Verniz ou Stain? Qual a escolha mais adequada para proteger a madeira da sua casa?
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madeira, matéria-prima natural, deve ser preservada e sempre que possível, reciclada. Independente do uso (piso, móvel, esquadrias, divisórias ou estrutura), a proteção é indispensável para que ela tenha sua beleza realçada e seja capaz de resistir às intempéries e a ataques de brocas, fungos e cupins. Temos duas categorias mais populares para realizar esta proteção, aqueles que formam cobertura e os impregnantes. Os vernizes e as tintas deixam um filme sobre a superfície, o que promove o isolamento do material. Isso, no entanto, prejudica a madeira se ela não estiver climatizada (com a umidade adequada à região e ao ambiente onde será instalada), porque, ao impedir a saída de umidade, a barreira favorece a formação de bolhas no local envernizado ou pintado. Habitualmente encontramos no mercado grande variedade de vernizes, entre eles o copal, de baixo custo; o marítimo, simples ou com duplo filtro solar; a versão a base de água; o poliuretano; e os de alto desempenho, mais eficazes na área externa. Esses últimos dão origem a uma camada emborrachada, que evita o aparecimento de trincas durante a dilatação da madeira. Por outro lado existe também o stain, a cera, a seladora e o óleo que são impregnantes, ou seja, penetram nas fibras da matéria crua, não criam película, fecham seus poros e são hidro-repelentes. Entre suas vantagens, está o fato de não alterarem o desenho, a tonalidade e a textura da madeira. Veja abaixo, outras características a
considerar na hora de eleger o produto correto para sua reforma ou construção. VERNIZ MARÍTIMO COM FILTRO SOLAR Aplicação Externa: sim Resistência a abrasão: média Resistência a produtos químicos: média Resistência a intempéries: média Textura e cor: película lisa, amarelada Características de envelhecimento: trincas e desplacamento Retoques: não permite Manutenção: a cada 3 ou 5 anos, com remoção, lixamento e reaplicação em toda área Demãos recomendadas: duas em áreas internas e três em externas Custo por m² para cada demão: de R$ 1,50 a R$ 2,00 VERNIZ POLIURETANO DE ALTO DESEMPENHO Aplicação Externa: sim Resistência a abrasão: alta Resistência a produtos químicos: alta Resistência a intempéries: alta Textura e cor: película lisa, de alta transparência Características de envelhecimento: trincas e desplacamento Retoques: não permite Manutenção: a cada 6 ou 8 anos, com remoção, lixamento e reaplicação em toda área Demãos recomendadas: uma em áreas internas e três em externas Custo por m² para cada demão: de R$ 3,50 a R$ 6,00
STAIN Aplicação Externa: sim Resistência a abrasão: média Resistência a produtos químicos: média Resistência a intempéries: alta Textura e cor: natural de madeira Características de envelhecimento: embaçamento Retoques: permite em áreas pontuais Manutenção: a cada 2 ou 3 anos, com limpeza para eliminar detritos e oleosidade Demãos recomendadas: uma em áreas internas e três em externas Custo por m² para cada demão: de R$ 2,00 a R$ 3,50 Madeira certificada Hoje, o Brasil dispõe de 5.445 milhões de hectares de áreas certificadas e conta com dois modelos de selos verdes: o FSC (Conselho de Manejo Florestal, em português), de origem americana, e o Cerflor (Programa de Certificação Florestal), do Inmetro. Um proble-
ma é a oferta limitada para o consumidor final. Em geral, as principais empresas produtoras acabam investindo mais na exportação. Outra questão está no preço normalmente mais alto do que os das madeiras comuns. No entanto, uma pesquisa recente do Datafolha, publicada em maio deste ano e encomendada pela organização Amigos da Terra, revelou que 85% dos entrevistados pagariam mais caro por produtos certificados. O Greenpeace Brasil estima que 80% da madeira produzida anualmente na Amazônia seja ilegal. Para saber se uma madeira nativa é licenciada de acordo com esse órgão, deve-se conferir o Documento de Origem Florestal (DOF), que atesta a legalidade da cadeia produtiva. Ronaldo Leão Arquiteto e Urbanista com mestrado em Inovação, Tecnologia e Desenho, pela Universidad de Sevilla, na Espanha. www.moarquitetura.com
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CINEMA
A educação e a arte. Ou vice versa E
sta edição em especial me deu trabalho. Tantos eram os temas e filmes que pretendia abordar, que acabei optando pelo velho e bom “uni duni tê”. O jogo infantil provou-se um raro momento de prazer nestes tormentosos tempos. Greves, sem tetos, ideologias tacanhas de direita e esquerda, redes sociais, violência urbana, corrupção, FIFA (com todo o respeito com o uso do nome, senhores advogados), falta d’água, falta de vergonha, eleições... Enfim, assunto não nos falta. Tampouco filmes correlatos. Pois bem, a deliciosa brincadeira que renega a lógica e o óbvio, além da prazerosa obrigação de preencher este espaço, determinou os temas e os filmes. Não poderia, porém, deixar de enxertar um tanto do que me toca pessoalmente e que todos julgamos ser o essencial para lidar com tamanha balburdia: A arte e a educação. Então, vejamos: LIÇÕES DE UM SONHO Este filme que vi pela primeira vez em um canal à cabo e que, há tempos pretendia encontrar o momento para indicar, conta uma bela história sobre o nas-
cimento do futebol na Europa. Pessoalmente me fala sobre arte e educação. Sem contar sobre uma hombridade tão esquecida. Na Alemanha de1874, um jovem professor de inglês introduz aos seus alunos a beleza, a abstração e a magia do ludopédio (futebol). Não sem antes enfrentar entre seus pares e toda a sociedade os obstáculos impostos ao novo. Os tempos e os ventos que nos trouxeram até esse show midiático às vezes nos fazem esquecer do essencial intrínseco no futebol: a aventura. No fantástico e surpreendente universo do futebol, não o da FiF... (a sigla já citada), mas dos campos de várzea, das quadras de favelas e escolas, dos campinhos de periferia, das ruelas com gols marcados por pedra e riscados com tijolo é que nasce o substituto mais sofisticado da guerra. Com muito mais emoção e menos dores. O verdadeiro extrato da civilização. Isso é e sempre será
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arte. ELENCO: Daniel Brühl, Burghart Klaußner, Thomas Thieme ,Justus von Dohnányi, Jürgen Tonkel DIREÇÃO: Sebastian Grobler A BUSCA A nova noção que temos sobre “classe média” no Brasil é muito recente. Depois de seu uso político/eleitoral, que assim rotulou boa parte dos cidadãos do país que, apenas por poder adquirir uns tantos eletrodomésticos simples e necessários, assim foram denominados, instituiu-se uma tremenda bagunça nos antigos paradigmas sobre essa assustadora “classe social”. Bem, se, segundo as propagandas governamentais somos “quase” todos classe média, será que ter um pouco mais de poder aquisitivo faz com que as relações humanas, as mais básicas e corriqueiras, como entre pais e filhos se tornem melhores? Existem controvésias... Neste muito bom filme, acompanhamos a história de uma família muitíssimo bem situada nos índices oficiais. Pais médicos. Filho único. Casa linda
com piscina inacabada e casamento... idem. Uma relação pai e filho bastante truncada. Mãe demasiado permissiva... O filho adolescente desaparece e o pai vai em sua busca. Numa situação um tanto inusitada. Pra não dizer sui generis. O estilo road movie (filme de estrada/viagem), leva o pai a um crescimento pessoal inevitável. Nós outros, espectadores também acabamos por vivenciar o fato nele e em nós. Basta que sejamos: humanos, pais e de classe média... brincadeira! O filme é uma metáfora sobre família e educação. Chamo a atenção para a relação do pai com os personagens baldios e suas concretas realidades. Quanto ao Wagner Moura. Isso já é outra maravilhosa viagem. Fica pra depois. ELENCO: Wagner Moura, Mariana Lima, Lima Duarte, Brás Antunes DIREÇÃO: Luciano Moura. Bem, que nestes tempos tão revoltos e imprecisos enquanto índices, capacidades e ideais, não nos falte a arte e a educação. Ou vice versa. Jeff Gennaro é ator e diretor da Cia Teatro Salada Vinte (São Paulo/SP.) teatrosaladavinte@superig.com.br
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