Roberto Silva canta "Descendo o morro" (2012)

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roberto silva canta descendo o morro


Entre “Indecisão” e “A voz do morro”, primeira e última faixas de Descendo o morro, está muito mais do que um disco que lembramos como notável pela escolha das músicas e arranjos, impecáveis. O que se ouve, hoje, é um cantor que chega aos 92 anos o mais distante possível de um relíquia da música brasileira: sua longevidade é estética e artística. Suingando como ninguém, fazendo o samba balançar sem espalhafato, Roberto Silva era em 1958 o que continua a ser como convidado do Instituto Moreira Salles: um estilista que faz da contenção a medida exata para sua voz privilegiada e um artista que, como todos os grandes, faz parecer fácil e natural ser radicalmente original.

Bia Paes Leme Paulo Roberto Pires

Ribus. Evel in nonectur rest, te ex ex ent ania dero doleceped elit


tárik de Souza

tronização definitiva de Roberto entre os maiores intérpretes do samba, como atesta na contracapa do primeiro deles, de 1958, um dos fundadores da crítica musical do país, Lúcio Rangel. Entre um e outro marco da carreira, vivida entre as maiores estrelas da era do rádio, Roberto esculpiu um estilo próprio, enxuto, sem vibrato, mas não despido de emoção. Canta com a naturalidade da fala, combinando a dolência seresteira de Orlando Silva e a malemolência sincopada de Cyro Monteiro. Com este, chegou a disputar os sambas repletos de recortes rítmicos de Geraldo Pereira. Uma de suas descobertas, o compositor potiguar Raimundo Olavo, alfaiate, fã de suas atuações no programa Sequência G-3, na Tupi, forneceu-lhe os

No disco Rádio S.Amb.A, de 2000, o grupo Nação Zumbi, filiado ao movimento pernambucano mangue beat, pescou “Jornal da morte”, de Miguel Gustavo, de 1961, no repertório do sambista Roberto Silva. A música também entrou no depurado cardápio do novo cd/dvd da banda, Ao vivo no Recife, três anos depois que o neolapeano Casuarina convidou o próprio Roberto para cantá-la com o grupo, no cd/dvd mtv apresenta. Na quarta edição do projeto Casa de samba, em 2000, Caetano Veloso fez questão de elogiá-lo ao dividir com ele os microfones de “Juracy” (Antonio Almeida/ Cyro de Souza). “Cantar com Roberto Silva é inacreditável”, exultou. No mesmo projeto, três anos antes, sua parceira em “Escurinho” (Geraldo Pereira) foi a musa funk Fernanda Abreu. E com a pós-bossanovista Joyce Moreno, em 1985, ele recapitulou clássicos de um de seus autores favoritos, no disco tributo Wilson Batista, o samba foi sua glória. Some-se a tais performances de latitudes estéticas tão díspares uma louvação do esquivo João

Gilberto (“ele é maravilhoso”, admitiu numa curta entrevista a Amaury Jr. na tv, em 1990), e se terá em breves pinceladas o retrato daquele, não por acaso, chamado de Príncipe do Samba. Roberto Napoleão Silva nasceu em 9 de abril de 1920, na ladeira Coelho Cintra, esquina da atual praça Cardeal Arcoverde, numa casa situada dentro das instalações de um quartel do Exército, onde o irmão sargento residia. O pai, severo, de origem italiana era chapeleiro, a mãe, afável, gostava de cantar em casa. Foi a ela que o menino, já residindo num casarão, no subúrbio de Inhaúma, pediu uma flauta de presente. Encantou-se com os choros de Pixinguinha e Benedito Lacerda e pretendia reproduzi-los no instrumento. Essa fase durou pouco. Aos 14, 15 anos, Roberto, ao invés de dançar nos bailes, posicionava-se próximo aos músicos. Queria ser cantor. Mas começou a trabalhar cedo e ainda era estafeta nos Correios, em 1938, quando debutou no programa Canta mocidade, da Rádio Guanabara.

De lá, Roberto foi para a Mauá, “a emissora do trabalhador”. “Funcionava no Ministério do Trabalho, a uns 600 metros do Café Nice, onde eu passava a tarde batendo papo com Lamartine Babo, Ataulfo Alves, José Maria de Abreu, Mario Lago. “Às vezes, me esquecia da hora do programa e tinha que sair correndo”, contou em depoimento ao programa Ensaio, dirigido por Fernando Faro, na tv Cultura, em 1990. Na cobiçada Rádio Nacional, ficou apenas um ano, convencido pelo ator/animador Paulo Gracindo a mudar-se para a Tupi, onde viveu seu melhor período. Estreou em disco em 1947, no 78 rotações, com “Ele é esquisito” (Valter Teixeira/ Luis Guilherme/ Rogério Lucas) e “O errado sou eu” (Erasmo de Andrade/ Djalma Mafra), ignorado pelo público. Mas, já no ano seguinte, cravou o primeiro êxito, o samba “Maria Teresa”, do flautista Altamiro Carrilho, produtor, uma década depois, da clássica série de lps Descendo o morro, de quatro volumes. Era a en-

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roberto silva um nobre do samba

intensos sucessos “Mandei fazer um patuá” (1948) e “Normélia” (1949). Os sambas-enredo estavam longe do protagonismo no carnaval, quando Roberto gravou o futuro clássico atemporal “Tiradentes” (Mano Décio/ Estanislau Silva/ Penteado), em 1955. E também investiu nas assinaturas então ainda pouco reconhecidas de Nelson Cavaquinho (“Degraus da vida”, “Coração de pedra”, “Notícia”), Silas de Oliveira (“Desprezado”, com Mano Décio) e, em 1968, do iniciante Martinho da Vila (“Tom maior”). Cantou também marcha-rancho (“Ressurreição dos velhos carnavais”, de Lamartine Babo), samba-canção (“Ex-filha de Maria”, de Lupicínio Rodrigues), baiões (“A dança da fogueira” e “Mariquinha”, de outro de seus principais fornecedores,

Haroldo Lobo), e até maxixe-batucada (“Bafo de boca”, de Herivelto Martins e Benedito Lacerda), além de gravar dois lps de serestas (Eu, o luar e a serenata, em dois volumes). Mas o samba é sua nobreza, parodiando o show/disco coletivo de que participou, em 2002, ao lado de Cristina Buarque, Teresa Cristina, Pedro Paulo Malta, Pedro Miranda e Mariana Bernardes, produzido por Hermínio Bello de Carvalho e dirigido por Paulão 7 Cordas. Sua desenvoltura no projeto rendeu um posterior cd solo, Volta por cima, no mesmo ano – do Paulo Vanzolini da faixa título ao Chico Buarque de “A Rita”. Com a mesma majestade e o requinte vocal que o Príncipe do Samba continua exibindo nos palcos, aos 92 anos.

Muscitem ab ipsa sit vendit et quatesto voluptiur, conessitio. Nam quis aut mincimo luptat duntio bero estet a


texto da contracapa – Lúcio Rangel

Um espaço de tempo de quase meio século separa a velha Tia Ciata, espécie de Lulu White brasileira, do jovem cantor Roberto Silva, especialista na interpretação do samba carioca. São 50 anos de história da mais popular das músicas cultivadas no Brasil, o samba. Desde os dias da Casa Edison até os modernos processos de gravação, com suas rotações lentas, com sua hi-fi e câmaras de eco, centenas de cantores, milhares de instrumentistas e de compositores deixaram a sua marca no disco, alguns firmando o seu nome, deixando o rastro de seu talento nas múltiplas faces das chapas fonográficas, antes pesadas e grosseiras, hoje maravilhas de técnica, leves e sutis, como a que temos em mãos, e que reúne alguns sambas famosos do passado. Certamente, não pretendeu o cantor Roberto Silva, em uma simples gravação long-playing de 12 faixas, apresentar o samba carioca em todas as suas modalidades, nas diversas fases de sua evolução, desde os tempos em que José Barbosa da Silva, o “Sinhô”, Ernesto dos Santos, o “Donga”, e mais o menino Alfredo Viana Filho, o “Pixinguinha”, ensaiavam e davam forma à mais alegre, espontânea e contagiante música do Brasil. Não. Dos sambas aqui reunidos, os mais antigos são da década de 1930, fase áurea da nossa música popular. São apenas 12 faixas, 12 sambas, mas escolhidos entre os melhores que têm aparecido desde então. São vários os autores dos números apresentados, todos nomes consagrados, figuras exponenciais no gênero: João de Barro, Alberto Ribeiro, Alcebíades Barcelos (Bide), Armando Vieira Marçal, Wilson Batista, Haroldo Lobo, Antônio Almeida, Ciro de Souza, Luiz Pimentel, Anis Murad, Manoel Rabaça, Ataulfo Alves, Raul Marques, Moacyr Bernardino, Aylce Chaves, Paulo Marques, Geraldo Pereira, Mario Lago e Zé Kéti. Diversos foram os cantores que, primitivamente, gravaram os vários números que vamos ouvir, mas, indiscutivelmente, o intérprete de hoje – Roberto Silva –, por afinidade ou temperamento, deu preferência àqueles interpretados por dois dos maiores cantores que já tivemos no gênero: Luiz Barbosa e Vassourinha, ambos, infelizmente, desaparecidos, mas deixando lugar de destaque entre os grandes intérpretes da música popular brasileira. Como seus antecessores, Roberto Silva canta com naturalidade, com voz muito fonogênica e apropriada para o samba de estilo leve e gracioso; sabe valorizar a letra dos diversos números e possui aquilo que é indispensável a um cantor

que seja, ao mesmo tempo, um intérprete do samba – a “bossa”, qualidade indefinível, misto de ritmo e graça, de malícia e de malandragem, impossível de precisar, mas que se “sente” na interpretação de um verdadeiro cantor de samba, tal como o swing no verdadeiro intérprete de jazz. Sendo arte eminentemente popular, o samba é cultivado, principalmente, pelas camadas menos favorecidas da população, pela gente humilde dos subúrbios, dos morros e das chamadas “escolas de sambas”. Não quer isto dizer que tem, invariavelmente, seu habitat nos subúrbios ou nos morros. Noel Rosa, o mais popular dos compositores do Brasil, disse, com propriedade, que “o samba nasce é do coração”. A verdade é que basta ser músico, basta ser poeta, basta ter o sentido popular para apreciar certas particularidades da vida, para ser um bom sambista. Qualidades dificílimas, é bem verdade, o que leva Noel a dizer, em outra de suas composições mais famosas, que “ninguém aprende samba no colégio”. É verdade; mas, podemos acrescentar, nenhum dos autores dos sambas aqui reunidos aprendeu samba no colégio, todos nasceram sambistas, pois “quem é bom já nasce feito”, como diria outro maioral do samba. O cantor Roberto Silva, para a realização dos diversos números deste disco, contou com a participação de alguns dos melhores especialistas nos seus respectivos instrumentos: Altamiro Carrilho (flauta), Raul de Barros (trombone), Canhoto (cavaquinho), Meira e Dino (violões), José Américo (baixo), Jorge Silva (pandeiro), Gilson de Freitas (tamborim), Décio Paiva (afoxé) e Rubens Bassini (ganzá). Não foram usadas instrumentações escritas na gravação deste long-playing. Os diversos músicos, depois de um rápido ensaio, passavam a acompanhar o cantor, pois todos eles sentiam perfeitamente as melodias e ritmos que interpretavam, fornecendo ao vocalista um apoio sempre adequado e seguro, possibilitando ao mesmo uma perfeita e genuína interpretação. Descendo o Morro com Roberto Silva é uma das mais felizes realizações de Discos Copacabana: uma autêntica coleção dos melhores sambas do passado numa interpretação sincera e brasileira, sem os recursos exóticos que, muitas vezes, desfiguraram algumas gravações menos cuidadas do que esta.

O disco música a música, por tárik de souza

Descendo o morro com Roberto Silva interpretando sambas famosos

Lado A Indecisão (Aylce Chaves/ Paulo Marques) Samba de andamento lento da dupla de autores do bolerão “Lama” (“Se o meu passado foi lama/ hoje quem me difama/ vive na lama também”), sucesso de Linda Rodrigues, de 1952, regravado por Maria Bethânia, em 1968. Roberto Silva exibe o lado mais doce de seu fraseado para destilar o fel da letra: “Eu quero e não quero/ que você saia do meu caminho/ (...) eu gosto tanto de você/ mas não quero o seu amor”. Risoleta (Raul Marques/ Moacyr Bernardino) A flauta de Altamiro Carrilho e o trombone de Raul de Barros introduzem este samba-choro, de breque embutido (e não declamado, como os praticados por Moreira da Silva), lançado pelo pioneiro do ramo, Luis Barbosa (1910-1938), em 1937. Os dribles e negaceios de Roberto realçam os acidentes da melodia. Juracy (Antonio Almeida/ Ciro de Souza) Depois que a turma do Estácio apartou o samba do maxixe, o sincopado foi uma evolução no processo, como demonstra este sinuoso exemplar, lançado em 1941, por um ás do estilo, o cometa paulista Vassourinha (Mario Ramos) que viveu apenas entre 1923 e 1942.

Oh! Seu Oscar (Ataulfo Alves/ Wilson Batista) Dupla autoral de craques produz esta reação feminista à multidão de sambas da época que crucificam as mulheres. Roberto relê a diatribe amorosa, lançada por Cyro Monteiro (1913-1973) em 1939, sem dever nada a um de seus maiores influenciadores. Seu Libório (João de Barro/ Alberto Ribeiro) Alberto Ribeiro (1902-1971), medico homeopata, e João de Barro, codinome de Carlos Alberto Ferreira Braga, o Braguinha (1907-2006), produtor e diretor artístico de gravadora, nada tem do morro do título do disco. Exceto a bossa para qualquer estilo, incluindo este samba satírico e sincopado, outro lançamento de Vassourinha (1941), sob medida para a ginga de Roberto Silva. Agora é cinza (Bide/ Armando Marçal) Embora Armando Marçal (1902-1947) não fosse da turma do Estácio, seu parceiro Alcebíades Barcellos, o Bide (1902-1975) era. E este samba que fizeram juntos está entre as obras primas de fixação do novo estilo, sucesso do coloquial Mário Reis (1907-1981), em 1933, outro prato feito para emissão sem vibrato de Roberto.

Lado b Pisei num despacho (Geraldo Pereira) Mineiro de Juiz de Fora, escolado no morro de Mangueira, Geraldo Pereira (1918-1955) foi um dos mais fervorosos adeptos da síncopa no samba, como demonstra a metalinguagem deste clássico (“Entro no samba meu corpo tá duro/ bem que procuro a cadência e não acho”) desvelado por Cyro Monteiro, em 1947. Ai, que saudades da Amélia (Ataulfo Alves/Mario Lago) Megaclássico de outro transformador do samba, o mineiro Ataulfo Alves (1909-1969), que ralentou o andamento, inspirado nas toadas de sua região. Roberto Silva passeia pela melodia enfatizando a bem urdida letra de Mario Lago (1911-2002), fundadora de um neologismo para representar a mulher submissa. Falsa baiana (Geraldo Pereira) Outra expressão que caiu na boca do povo, a da passista enganadora incapaz de fazer baixar o santo da moçada. Cyro Monteiro também foi o lançador desta pérola, polida por Roberto com sua finesse de ourives do sincopado. Emília (Wilson Batista/ Haroldo Lobo) A melodia sinuosa traça mais um retrato agudo de sub-

missão feminina, suingado por dois craques na composição. Após Vassourinha (1941), o Príncipe do Samba adiciona um ar entre súplice e insinuante em sua releitura.

Bebida, mulher e orgia (Manoel Rabaça/ Luiz Pimentel/ Anis Murad) Equivalente ao trio “sexo, drogas e rock’n’roll” da juventude pós-Woodstock, a receita hedonista deste samba, lançado por Luis Barbosa, em 1936, é aviada com picardia na releitura de Roberto Silva. A voz do morro (Zé Kéti) Hino de afirmação do samba de morro, escrito por José Flores de Jesus, o Zé Kéti (1921-1999), para o filme Rio 40 graus, marco do cinema novo, dirigido por Nelson Pereira dos Santos, e propagado pelo vozeirão do recém-falecido Jorge Neves Bastos, o Jorge Goulart (1926-2012), em 1955. Roberto Silva desidrata a grandiloquência, em prol de uma maior afinidade entre versos e interpretação.

Roberto Silva – Discografia Roberto Silva gravou 87 discos em 78 rotações entre 1947 e 1964 e sete compactos simples na década de 1960. lps e cds lp roberto silva [1955 – Copacabana] lp descendo o morro [1958 – Copacabana] lp descendo o morro nº 2 [1959 – Copacabana] lp descendo o morro nº 3 [1960 – Copacabana] lp eu... o luar... e a serenata [1960 – Copacabana] lp descendo o morro nº 4 [1961 – Copacabana] lp o samba é roberto silva [1962 – Copacabana] lp o samba é roberto silva nº 2 [1963 – Copacabana] lp eu... o luar... e a serenata nº 2 [1964 – Copacabana] lp o príncipe do samba [1965 – Copacabana] lp saudade em forma de samba [1966 – Copacabana] lp a hora e a voz do samba [1968 – Copacabana] lp receita de samba [1969 – Copacabana] lp protesto ao protesto [1970 – Copacabana] lp samba de morro [1974 – Som/Copacabana] lp roberto silva interpreta haroldo lobo, geraldo pereira e seus parceiros [1976 – Som/Copacabana] lp roberto silva homenageia orlando silva [1978 – Marcus Pereira] lp a personalidade do samba [1979 – Copacabana] lp wilson batista, o samba foi sua glória, com Joyce [1985 – Funarte] cd roberto silva canta orlando silva [1997 – Marcus Pereira/ emi]  (Reedição do lp de 1978) cd a música brasileira deste século por seus autores e intérpretes – roberto silva [2000 – Sesc-sp] cd volta por cima [2002 – Universal Music]


roberto silva canta descendo o morro 14 de junho 2012 20h

Ingressos R$ 30,00 inteira R$ 15, 00 meia [2 ingressos por pessoa] ESTE NÃO VALE COMO CONVITE Lugares limitados à lotação da sala telão externo com entrada franca

Realização

Instituto Moreira Salles – Coordenadoria de Música rádio batuta Concepção

Bia Paes Leme Flávio Pinheiro Paulo Roberto Pires Assistente de coordenação

Euler Gouvêa Pesquisa

Fernando Krieger PRODUÇÃO ARTÍSTICA

ALEXANDRE RAINE

Projeto Gráfico

Luciana Facchini

Produção gráfica

Acássia Correia

Produção editorial

Denise Pádua Revisão

Flávio Cintra do Amaral Coordenação de produção

Elizabeth Pessoa Produção

Camila Goulart Som

Denilson Campos Luz

Gustavo Guenzburger xxxxxxxxxxxxxxxxx

Operador

Adriano Brito Fotografia

Ailton Silva Filmagem

Flavio Alexim Agradecimentos

Syone Guimarães da Costa Maria Lúcia Rangel

A coordenação de Música do ims mantém acervos de partituras, discos, gravações, fotografias e documentos de importantes nomes da música brasileira, como Pixinguinha, Ernesto Nazareth, Chiquinha Gonzaga, Elizeth Cardoso e Hekel Tavares, além das coleções dos pesquisadores José Ramos Tinhorão e Humberto Franceschi. Instituto Moreira Salles

Rua Marquês de São Vicente 476 Gávea | 22451-040 Rio de Janeiro RJ Tel.: (21) 3284 7400 Fax: (21) 2239 5559 Terça a sexta 13h – 20h Sábados, domingos e feriados 11h – 20h www.ims.com.br


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