White Paper - AEPVZ - Guia do Empreendedor

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White Paper: Póvoa de Varzim Empreendedora – Guia do Empreendedor O Projeto Póvoa de Varzim Empreendedora, promovido pela AEPVZ – Associação Empresarial da Póvoa de Varzim, enquadrado no âmbito do aviso de concurso n.º NORTE51-2015-04 do Sistema de Apoio às Ações Coletivas – Promoção do Espírito Empresarial, inserido no Programa Operacional Regional do Norte (NORTE 2020), tem como principal objetivo impulsionar o empreendedorismo, através da realização de iniciativas inovadoras que irão despertar os empreendedores e apoiar o processo de aceleração empresarial, na região do Norte do país (NUTs III), especificamente, na área metropolitana do Porto, nos concelhos de Póvoa de Varzim e Vila do Conde. O presente documento tem como propósito servir de ferramenta de apoio aos empreendedores e apoiar no processo de aceleração empresarial. Neste sentido, importa clarificar alguns conceitos, como faremos de seguida.

Índice O que é o Guia do Empreendedor? ....................................................................................... 3 Estrutura do Guia do Empreendedor .................................................................................... 3 1. Definição de Empreendedorismo ................................................................................ 4 2. A Ideia......................................................................................................................... 5 3. Criação do Plano de Negócios...................................................................................... 5 4. Gestão e Controlo do Negócio ..................................................................................... 6 5. Plano Financeiro.......................................................................................................... 7 6. Calendarização ............................................................................................................ 7 7. Objetivos do Plano de Negócios .................................................................................. 7 8. Criação da Empresa ..................................................................................................... 7 Contactos Úteis .................................................................................................................... 9

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O que é o Guia do Empreendedor? O Guia do Empreendedor é um documento que desenvolve e sumariza os conteúdos relacionados com a temática do empreendedorismo no sentido de apoiar o esforço de um empreendedor. A sua leitura vai ainda incentivar a pensar “out-of-the-box”, sendo esta uma forma dos futuros empreendedores averiguarem se existe alguma lacuna no mercado. Já o conceito de empreendedorismo pode definir-se como algo que seja realizável com esforço e dedicação com o intuito de chegar a um fim. Por outras palavras, o empreendedorismo é o processo através do qual um ou mais indivíduos

identificam

e

posteriormente

exploram

oportunidades

de

negócio.

Oportunidades são ideias para satisfazer necessidades de mercado, isto é, necessidades de consumidores ou problemas de empresas e outras organizações. Importa ainda referir que o público-alvo deste projeto são as pessoas com idades compreendidas entre os 23 e 40 anos, com licenciatura, em situação de desemprego e residentes nos concelhos de Póvoa de Varzim e Vila do Conde.

O Guia do Empreendedor constitui-se como um autêntico instrumento de apoio aos empreendedores.

Estrutura do Guia do Empreendedor A estrutura do Guia do Empreendedor é um aspeto fundamental, e dado que o conceito de empreendedorismo é bastante vasto, é importante definir-se desde logo a sua estrutura de forma a seguir uma lógica, um raciocínio e também para não correr o risco de se divagar. No desenvolvimento do Guia do Empreendedor podemos abordar diversos tópicos, no entanto, sem uma estrutura, o mesmo pode tornar-se confuso para quem o lê. Assim sendo, e tendo em conta o objetivo final, deve escolher-se quais os aspetos a abordar. Neste caso em concreto, o Guia do Empreendedor obedece aos seguintes tópicos: Introdução, Definição de Empreendedorismo, A Ideia (Validação da Ideia; Avaliação da

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Viabilidade da Ideia; Viabilidade Técnica e Viabilidade Económica), Criação do Plano de Negócios (Sumário

Executivo; Apresentação dos Empreendedores e da Empresa; Ideia, Conceito de Negócio e Proposta de Valor; Análise do Meio Envolvente e do Mercado; Projeto/Produto/Ideia; Estratégia de Marketing e Comunicação), Gestão e Controlo do Negócio, Plano Financeiro, Calendarização, Objetivos do Plano de Negócios e Conclusão. Para terminar este Guia, no final são dadas informações importantes acerca dos passos/etapas a seguir para constituir a empresa – Forma Jurídica da Empresa, Formas de Constituição da Empresa, Propriedade Industrial, Responsabilidades, Obrigações Fiscais, Contratação de Recursos Humanos e Fontes de Financiamento. Todos estes aspetos serão abordados de forma mais aprofundada adiante. Embora não haja uma estrutura definida, este último tópico relativo às etapas a seguir para se constituir uma empresa, é um tópico normalmente existente nos guias e manuais disponíveis para auxiliar os empreendedores. Contudo, existe um tópico final que disponibiliza Contactos Úteis que podem utilizados pelos empreendedores, tais como os de Entidades do Sistema de Ensino e Investigação.

Estrutura do Guia do Empreendedor: 1. Definição de Empreendedorismo 2. A Ideia 3. Criação do Plano de Negócios 4. Gestão e Controlo do Negócio 5. Plano Financeiro 6. Calendarização 7. Objetivos do Plano de Negócios 8. Criação da Empresa

1. Definição de Empreendedorismo Neste tópico importa clarificar o conceito de Empreendedorismo que, tal como já foi referido anteriormente, é um conceito bastante vasto e utilizado na atualidade. Este tópico

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serve essencialmente para contextualizar a execução do Guia do Empreendedor e também os próprios empreendedores quando iniciarem a leitura do mesmo.

2. A Ideia Para além da definição do conceito de ideia, este tópico contém ainda outros aspetos que o empreendedor deve ter em conta. São eles:  Validação da Ideia – não basta ter a ideia, é preciso adotar uma atitude realista e ter consciência se faz sentido implementá-la no mercado, se já existe algo semelhante, se é inovadora e ter noção da relação entre o produto e o mercado;  Avaliação da Viabilidade da Ideia – depois de se validar a ideia, é importante avaliar a sua viabilidade, tanto a nível técnico (viabilidade de concretizar a ideia do ponto vista de know-how e recursos técnicos disponíveis) como económico (viabilidade do projeto do ponto de vista económico, ou seja, se o projeto cobrirá o investimento inicial).

3. Criação do Plano de Negócios Passando pelas etapas anteriores, e existindo condições favoráveis para o sucesso do projeto, deve proceder-se à criação do Plano de Negócios, que basicamente é um documento que descreve os objetivos do negócio e o que fazer para concretizar esses mesmos objetivos, reduzindo assim os riscos e as incertezas para o empreendedor, empresa ou investidores. Para o novo empresário, e sobretudo nos primeiros meses de existência da empresa, o Plano de Negócios constitui-se como um guia no qual constam as principais linhas orientadoras, podendo ser ajustado e revisto de acordo com as novas exigências do negócio, sempre que se justifique. Um Plano de Negócios poderá ter vários níveis de complexidade, podendo ser definida uma estrutura-base para a sua execução. Neste caso, a estrutura sugerida passa por:

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a. Sumário Executivo b. Apresentação dos Empreendedores e da Empresa c. Ideia, Conceito de Negócio e Proposta de Valor d. Análise do Meio Envolvente e do Mercado e. Projeto/Produto/Ideia f. Estratégia de Marketing e Comunicação

Sumário Executivo – esta é a secção mais importante dado que é a primeira coisa a ser lida pelos potenciais investidores, tendo como objetivo captar o seu interesse. Consiste numa radiografia do negócio que responde, de forma concreta, precisa e compilada, a algumas questões, nomeadamente: qual é o nome do negócio e a sua área de atividade, porque constitui uma ideia inovadora e vencedora, quais são os pontos fortes e fracos do projeto, entre outras; Apresentação dos Empreendedores e da Empresa – tal como o próprio tópico indica, aqui são dadas informações relativas aos empreendedores (dados pessoais, formação académica, experiência profissional) e à empresa (denominação social, logótipo, direção, contactos, CAE); Ideia, Conceito de Negócio e Proposta de Valor – este tópico é fundamental para apresentar, detalhadamente, como surgiu a ideia/conceito de negócio para que fique explícito, tanto para aqueles que vão trabalhar internamente no projeto como para os potenciais investidores; Análise do Meio Envolvente e do Mercado – aqui são examinadas as forças do marketing, tanto a nível externo como interno, que afetam a gestão da ideia e a capacidade de construir e manter relacionamentos bem-sucedidos com o público-alvo. Procura-se analisar os diversos fatores que influenciam a generalidade da empresa ou ideia a nível externo, tais como demográficos, culturais, sociais, ambientais, tecnológicos, entre outros; Projeto/Produto/Ideia – ou seja, algo que pode ser oferecido no mercado para consumo, utilização ou adquirido e que satisfaça a necessidade do consumidor. Neste segmento é essencial que se descreva e explicite no que consiste o produto/ideia/projeto para que seja claro, sobretudo, para quem trabalha nele;

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Estratégia de Marketing e Comunicação – neste tópico, para averiguar a estratégia de marketing é importante fazer referência aos quatro P’s que representam os pilares básicos de qualquer estratégia. Desta forma, a ideia ou solução pensada terá muito mais credibilidade, apresentando uma estrutura que suporta desde que foi pensado até chegar ao cliente/consumidor.

4. Gestão e Controlo do Negócio Para conseguir obter sucesso não basta ter um produto que marque pela diferença, mas ter também uma excelente organização por parte da empresa que vende o produto/serviço. Uma

boa gestão e controlo devem contemplar alguns dos seguintes aspetos: apresentação da equipa de trabalho, número de trabalhadores, funções e estrutura; organigrama; programa de formação pessoal; mostrar as áreas-chave da empresa, entre outros.

5. Plano Financeiro O Plano Financeiro visa avaliar a viabilidade do negócio e a sua probabilidade de sucesso. Deve incluir todas as desmonstrações financeiras (balanço, demonstração de resultados, mapas de aplicações e origem dos fundos) quer para a análise histórica, quer para a projeção da evolução do negócio nos anos seguintes (normalmente, três a cinco anos).

6. Calendarização Neste ponto planifica-se o tempo de desenvolvimento das atividades principais da empresa. Para tal, pode utilizar-se o Diagrama de Gantt, gráfico usado para ilustrar o avanço das várias etapas do projeto, conforme está sugerido no Guia do Empreendedor.

7. Objetivos do Plano de Negócios Os objetivos são fundamentais para criar um Plano de Negócios. Um dos objetivos do Plano de Negócios passa por seguir na prática o que foi delineado na teoria, contudo muitos desvalorizam esta questão, o que poderá causar stress e desconforto desnecessários. Assim

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sendo, é essencial investir o tempo necessário na elaboração do plano e só depois na implementação e na execução do projeto.

8. Criação da Empresa Depois se sistematizar a informação apresentada anteriormente, enfatizando os aspetos mais importantes, e tirar algumas conclusões, partimos para o processo de criação da empresa. A criação de uma empresa está sujeita a várias condicionantes que podem afetar indubitavelmente o resultado de uma iniciativa empresarial. Condicionantes essas que são expostas de forma detalhada e que apresentamos de seguida.

i. Forma Jurídica da Empresa ii. Formas de Constituição da Empresa iii. Propriedade Industrial iv. Outras Responsabilidades v. Obrigações Fiscais vi. Contratação de Recursos Humanos vii. Fontes de Financiamento

Forma Jurídica da Empresa – este tópico fala que a transformação de uma boa ideia de negócio numa empresa com perspetivas de crescimento pela criação de valor depende também da capacidade empresarial divulgada pelo promotor de justiça. Em Portugal, as formas jurídicas mais comuns são: Empresário em Nome Individual, Sociedade Unipessoal por Quotas, Sociedade por Quotas e Sociedade Anónima, sendo necessário saber distinguilas e selecionar a que melhor se adequa ao negócio; Formas de Constituição da Empresa – aqui é abordada a constituição da empresa, que pode ser realizada de forma convencional ou através da iniciativa “Empresa na Hora”. O empreendedor pode tomar estas duas vias sabendo a “Empresa na Hora” permitirá constituir sociedades num único balcão e de forma imediata e, por isso, irá demorar menos

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tempo do que se for de forma tradicional. Neste tópico são apresentadas as características para cada uma das formas, cabendo ao empreendedor escolher a que mais lhe convém; Propriedade Industrial – este tópico define Propriedade Industrial como o termo que tem por objetivo proteger das invenções, das criações estéticas e dos sinais usados para distinguir produtos e empresas no mercado. Este meio não é necessariamente obrigatório, mas oferece vantagens como, por exemplo: assegura o monopólio legal que impede que alguém utilize; Outras Responsabilidades – aqui é alertado para o facto de que existem ainda outras normas que têm de ser cumpridas para que a empresa possa iniciar a sua atividade em conformidade com todos os processos e normas legais, tais como o registo da empresa na Autoridade Tributária e na Segurança Social, Licenciamento e Ambiente, Alvará, Medicina do Trabalho, entre outras;

Obrigações Fiscais – no decorrer da atividade a empresa deve funcionar atendendo a estas obrigações. Deve possuir um Contabilista Certificado, ter conhecimento e pagar os devidos impostos (IRC, IVA, IRS, TSU), deve prestar informação de caráter diverso à Autoridade Tributária, à Segurança Social e a outras entidades da Administração Pública (Obrigações Declarativas); Contratação de Recursos Humanos – neste tópico é abordado todo o processo de contratação de colaboradores, desde o recrutamento, passando pela realização de exames médicos, até à inscrição e comunicação de admissão de novo trabalhador à Segurança Social; Fontes de Financiamento – aqui são expostos os mecanismos de financiamento existentes e disponíveis para auxiliar os empreendedores. É feita uma distinção dos diferentes Meios e Fontes de Financiamento: Financiamentos Próprios e Financiamentos Alheios (estes podem ser feitos de forma tradicional ou alternativa, sendo apresentadas e explicadas as diversas opções – empréstimos bancários, leasing, aluguer de longa duração (ALD), prémios e concursos empresariais, microcrédito, crowdfunding, entre outras). No fim deste tópico são

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referidos os três tipos de Programas de Incentivo existentes, sendo dados alguns exemplos para cada caso. Estes programas consistem em instrumentos da política económica que definem condições de elegibilidade e formatos de financiamento do investimento das empresas.

Contactos Úteis

Ora, para terminarmos o Guia do Empreendedor, no fim são disponibilizados contactos que podem ser bastante úteis para os empreendedores. É possível encontrar contactos de Entidades do Sistema de Ensino e Investigação (por exemplo: Universidades, Escolas e Institutos Superiores), de Associações e Organizações de Empreendedores, de Entidades Financeiras e de Investidores.

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