Carrilho da graรงa Carrilho da Graรงa
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MUSEU DO ORIENTE, LISBOA . 2006-2008
Título ????? Coordenação Geral ??????????????? Design Gráfico ??????????????? Produção Gráfica ??????????????? Tratamento de Imagem ??????????????? Fotografia ??????????????? Pré-impressão e Impressão Caleidoscópio – Edição e Artes Gráficas, SA ISBN ??????????????? Depósito Legal ??????????????? Data de Edição ??????????????? Edição ???? 02
Carrilho da Graça
Indice Contents
Carrilho da Graรงa
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LISBOA . 2006-2008 Museu do Oriente Orient museum
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Carrilho da Graรงa
O Templo das Musas palavra Museu tem origem no latim “museum” que, por sua vez, é derivado do grego “mouseion”, um lugar ou templo dedicado às Musas, as divindades da Mitologia grega que inspiravam as artes. Usualmente, é uma instituição permanente sem fins lucrativos, ao serviço da sociedade e do seu desenvolvimento. Aberto ao público, adquire, conserva, pesquisa e exibe, para fins de estudo, educação e apreciação, a evidência material dos povos e do seu ambiente. Em virtude da disponibilidade de meios e da congregação de vontades necessárias, o aparecimento de um novo Museu é um facto pouco frequente. Para um arquitecto, a possibilidade de operar com um programa com esta importância e singularidade, é um acontecimento raro e valioso. Conceber um Museu é uma oportunidade única para confrontar o carácter substantivo do espaço com a intangibilidade da cultura e do conhecimento. Para a dar a conhecer, o arquitecto ordena o espaço, organiza percursos, orienta a luz, exibe conteúdos e assegura a sua protecção e conservação. É também a oportunidade para voltar a reflectir sobre uma das questões paradigmáticas da Arquitectura: o contentor arquitectónico como suporte neutro e silencioso, virtualmente inexistente, garante da afirmação e exaltação de um conteúdo versus a obra arquitectónica per se, que se auto-exibe, para a qual o conteúdo não é muito mais que um mero pretexto. A possibilidade de conceber o novo Museu do Oriente constituiu um privilégio e um desafio irrecusável. O objectivo consistia em albergar uma valiosa colecção privada centrada numa temática comum, o Oriente – nas suas vertentes histórica, social, etnológica, antropológica, arqueológica e artística –, no Edifício Pedro Álvares Cabral, uma construção portuária do início dos anos quarenta, da autoria do arquitecto João Simões Antunes. Destinado, durante a maior parte da sua já longa existência, à armazenagem de bacalhau (cujo persistente odor chegou a provocar alguma preocupação na fase inicial da obra), o Edifício Pedro Álvares Cabral localiza-se na Avenida Brasília, em Alcântara, numa área sob a tutela da Administração do Porto de Lisboa e encontra-se
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O Templo das Musas palavra Museu tem origem no latim “museum” que, por sua vez, é derivado do grego “mouseion”, um lugar ou templo dedicado às Musas, as divindades da Mitologia grega que inspiravam as artes. Usualmente, é uma instituição permanente sem fins lucrativos, ao serviço da sociedade e do seu desenvolvimento. Aberto ao público, adquire, conserva, pesquisa e exibe, para fins de estudo, educação e apreciação, a evidência material dos povos e do seu ambiente. Em virtude da disponibilidade de meios e da congregação de vontades necessárias, o aparecimento de um novo Museu é um facto pouco frequente. Para um arquitecto, a possibilidade de operar com um programa com esta importância e singularidade, é um acontecimento raro e valioso. Conceber um Museu é uma oportunidade única para confrontar o carácter substantivo do espaço com a intangibilidade da cultura e do conhecimento. Para a dar a conhecer, o arquitecto ordena o espaço, organiza percursos, orienta a luz, exibe conteúdos e assegura a sua protecção e conservação. É também a oportunidade para voltar a reflectir sobre uma das questões paradigmáticas da Arquitectura: o contentor arquitectónico como suporte neutro e silencioso, virtualmente inexistente, garante da afirmação e exaltação de um conteúdo versus a obra arquitectónica per se, que se auto-exibe, para a qual o conteúdo não é muito mais que um mero pretexto. A possibilidade de conceber o novo Museu do Oriente constituiu um privilégio e um desafio irrecusável. O objectivo consistia em albergar uma valiosa colecção privada centrada numa temática comum, o Oriente – nas suas vertentes histórica, social, etnológica, antropológica, arqueológica e artística –, no Edifício Pedro Álvares Cabral, uma construção portuária do início dos anos quarenta, da autoria do arquitecto João Simões Antunes. Destinado, durante a maior parte da sua já longa existência, à armazenagem de bacalhau (cujo persistente odor chegou a provocar alguma preocupação na fase inicial da obra), o Edifício Pedro Álvares Cabral localiza-se na Avenida Brasília, em Alcântara, numa área sob
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Carrilho da Graça
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classificado como Património Municipal. A sua grande superfície e os seus seis pisos de altura, provocam uma escala e volumetria dominantes naquela parte de cidade, para o que contribui também a sua elementaridade e a quase total inexistência de fenestrações, ditada certamente pela função de armazenagem para que foi concebido. A sua organização longitudinal e simétrica centra-se num corpo central, referencial hierárquico do conjunto, ladeado por duas alas um pouco mais baixas. Nas cegas superfícies do alçado Norte, estas são pontuadas por dois baixosrelevos do escultor Barata Feyo. Interiormente, destacam-se a densa e obsessiva estrutura de robustos pilares de planta quadrada, que se estende ao longo da superfície dos vários pisos, e o reduzido e limitador pé-direito que estes apresentam. A intervenção – Um desafio Inicialmente contratados para conceber a museologia e os espaços públicos do Museu, fomos desde logo confrontados com um desafio: uma obra de remodelação do edifício, já em curso; um projecto, parcialmente implementado, que estabelecia já alguns aspectos estruturantes na organização do edifício. Face a este contexto, acordou-se com a Fundação Oriente e com o classificado como Património Municipal. A sua grande superfície e os seus seis pisos de altura, provocam uma escala e volumetria dominantes naquela parte de cidade, para o que contribui também a sua elementaridade e a quase total inexistência de fenestrações, ditada certamente pela função de armazenagem para que foi concebido. A sua organização longitudinal e simétrica centra-se num corpo central, referencial hierárquico do conjunto, ladeado por duas alas um pouco mais baixas. Nas cegas superfícies do alçado Norte, estas são pontuadas por dois baixosrelevos do escultor Barata Feyo. Interiormente, destacam-se a densa e obsessiva estrutura de robustos pilares de planta quadrada, que se estende ao longo da superfície dos vários pisos, e o reduzido e limitador pé-direito que estes apresentam. A intervenção – Um desafio Inicialmente contratados para conceber a museologia e os espaços públicos do Museu, fomos desde logo confrontados com um desafio: uma obra de remodelação do edifício, já em curso; um projecto, parcialmente implementado, que estabelecia já alguns aspectos estruturantes na organização do edifício. Face a este contexto, acordou-se com a Fundação Oriente e com o
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Carrilho da Graça
classificado como Património Municipal. A sua grande superfície e os seus seis pisos de altura, provocam uma escala e volumetria dominantes naquela parte de cidade, para o que contribui também a sua elementaridade e a quase total inexistência de fenestrações, ditada certamente pela função de armazenagem para que foi concebido. A sua organização longitudinal e simétrica centra-se num corpo central, referencial hierárquico do conjunto, ladeado por duas alas um pouco mais baixas. Nas cegas superfícies do alçado Norte, estas são pontuadas por dois baixosrelevos do escultor Barata Feyo. Interiormente, destacam-se a densa e obsessiva estrutura de robustos pilares de planta quadrada, que se estende ao longo da superfície dos vários pisos, e o reduzido e limitador pé-direito que estes apresentam. A intervenção – Um desafio Inicialmente contratados para conceber a museologia e os espaços públicos do Museu, fomos desde logo confrontados com um desafio: uma obra de remodelação do edifício, já em curso; um projecto, parcialmente implementado, que estabelecia já alguns aspectos estruturantes na organização do edifício. Face a este contexto, acordou-se com a Fundação Oriente e com o classificado como Património Municipal. A sua grande superfície e os seus seis pisos de altura, provocam uma escala e volumetria dominantes naquela parte de cidade, para o que contribui também a sua elementaridade e a quase total inexistência de fenestrações, ditada certamente pela função de armazenagem para que foi concebido. A sua organização longitudinal e simétrica centra-se num corpo central, referencial hierárquico do conjunto, ladeado por duas alas um pouco mais baixas. Nas cegas superfícies do alçado Norte, estas são pontuadas por dois baixosrelevos do escultor Barata Feyo. Interiormente, destacam-se a densa e obsessiva estrutura de robustos pilares de planta quadrada, que se estende ao longo da superfície dos vários pisos, e o reduzido e limitador pé-direito que estes apresentam. A intervenção – Um desafio Inicialmente contratados para conceber a museologia e os espaços públicos do Museu, fomos desde logo confrontados com um desafio: uma obra de remodelação do edifício, já em curso; um projecto, parcialmente implementado, que estabelecia já alguns aspectos estruturantes na organização do edifício. Face a este contexto, acordou-se com a Fundação Oriente e com o
Museu do Oriente
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plantas pisos 0, 1, 2 e 5 ground level, 1st, 2nd and 5th level plan
2
1
3
4
4
piso 0 0 1
5
10
5
5
5
piso 1 0 1
5
10
5
5
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piso 2 0 1
5
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8
piso 5 0 1
5
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1_átrio/recepção 2_loja 3_lounge 4_exposições temporária 5_exposições permanentes 6_foyer auditório 7_auditório 8_salão nobre 9_restaurante 10_gabinetes administrativos 1_átrio/recepção 2_loja 3_lounge 4_exposições temporária 5_exposições permanentes 6_foyer auditório 7_auditório 8_salão nobre 9_restaurante 10_gabinetes administrativos
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Carrilho da Graça
corte e alรงado section and elevation
corte longitudinal
alรงado norte/principal
Museu do Oriente
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Museu do Oriente
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Carrilho da Graรงa
Museu do Oriente
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plantas pisos 0, 1, 2 e 5 ground level, 1st, 2nd and 5th level plan
25
26
2
10
6
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8
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24 ext. 11
2
12 2,475
13 14
int.
15 25
2,400 ext.
int.
pormenor P2
pormenor P1
1 P1
P1
P1
2 3
1,524
C2
4 5 1,524
3,376
6
planta vitrine tipo
2,900
7 8
9
P2
10 P3
corte longitudinal
11 12 2,475
13 14 15
2,400 ext.
0,100
int.
16 17 18 19 20
0,000
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alรงado 0 0.1
014
Pormenor P3 0.5
1m
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0 1
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2,400 ext.
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pormenor P2
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11 12 2,475
13 14 15
2,400 ext.
0,100
int.
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0,000
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Pormenor P3 0 1
5
10cm
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