Agrupamento de Escolas nº2 Escola Secundária Gabriel Pereira
Dom João V de Portugal, o Magnânimo
. D. João V (Pompeo Batoni, 1707)
Disciplina: História A Docente: Fernando Luís Gameiro Autoria: Inês Graça Mira, nº14, 11ºD
Ano Letivo 2014/2015
Índice 1. Introdução 2. Ficha Biográfica 3. Início de Reinado 3.1.
O Ouro do Brasil
3.2.
A Guerra da Sucessão Espanhola
4. Poder Global: Guerras no Oriente 5. Relações Internacionais 5.1.
Santa Sé; China; Espanha; Grã-Bretanha e Índia
6. Sociedade: O Panorama Cultural 7. Legado 8. Conclusão 9. Web/Bibliografia
1.
Introdução
D. João V foi o vigésimo-quinto rei de Portugal, pertencendo à dinastia de Bragança. Coube-lhe encarnar a imagem de rei absoluto, porém por mais reformas que efetuasse às secretarias a “máquina burocrática” do Estado continuava insuficiente e pouco eficiente. Utilizava-se como motor do absolutismo monárquico, na época, a magnificência e o culto da pessoa régia. Sendo Luís XIV o “pai” do absolutismo monárquico, era à face da sua imagem que os restantes absolutistas setecentistas se regiam. D. João V, recusou, então, reunir cortes durante o seu longo reinado – o mais longo na História de Portugal – tomou total controlo sobre a administração pública e expressou uma superioridade marcante face à nobreza. Apelidado de Rei-Sol português, procurou realçar a figura régia através do luxo e da etiqueta (também à imagem da realidade francesa). Ele era o centro de todo o poder e atenção. Implementou duas políticas de destaque: a do mecenato das artes e letras e a das grandes construções. Quanto à política externa defendeu uma posição neutra (à parte de alguns conflitos inevitáveis ou por meio de alianças) e defendeu sempre os interesses do reino. Mantinha uma boa e próxima relação com a Santa Sé. Quanto às representações diplomáticas, em modo de afirmação e enaltecimento das mesmas, não olhou a despesas. Sendo que decorria a época barroca, fez transcender a sua autoridade e poder pelo brilho e ostentação. Foi um grande edificador e, quando por um lado impulsionou a economia e as finanças nacionais, por outro levou à sua decadência devido ao investimento inapropriado das riquezas (maior parte das quais vindas do ouro do Brasil). Faleceu, senil, em 1750.
2.
Ficha Biográfica
Nome completo: João Francisco António José Bento Bernardo Data de Nascimento: 22 de Outubro de 1689 Data de Falecimento: 31 de Julho de 1750 Local da Sepultura: Panteão dos Braganças, Lisboa Filiação: D. Pedro II e D. Maria Sofia de Neuburgo Casado: D. Maria Ana de Áustria Filhos: D. José I e D. Pedro III (entre outros)
Reinado: 9 de Dezembro de 1706 até 31 de Julho de 1750 Coroação: 1 de Janeiro de 1707, Lisboa Casa Real: Bragança Dinastia: Bragança Título: O Magnânimo; Rei-Sol português; Fidelissimus ( título concedido pelo Papa)
Lisboa antes do terramoto de 1755, Palácio da
3.
Início de Reinado
D. João V foi o vigésimo-quinto rei de Portugal e o seu reinado estendeu-se desde 1 de Janeiro de 1707 (aos seus 17 anos) até à data da sua morte. O seu reinado (43 anos) foi um dos mais longos e ricos da História do reino, marcando-se, principalmente, pela descoberta de ouro no Brasil nos finais do séc. XVII, que atingiu o seu pico máximo de produção precisamente na última década do reinado. A primeira e a última décadas do reinado foram, essencialmente, marcadas pelas guerras: Guerra da Sucessão Espanhola, campanhas navais contra os turcos (Batalha de Matapão) e as guerras no Oriente. Na primeira metade do reinado, Portugal desempenhou um papel de algum relevo na política (europeia e mundial) e, na segunda, como consequência da aliança com a Grã-Bretanha, estagnou. D. João V tentou sempre projetar Portugal como uma potência mundial; foi um grande edificador e gastou maior parte das suas riquezas nessa área e fomentou o estudo da História e da língua portuguesa falhando, porém na melhoria das condições da manufatura. Em 1750, como seu último feito diplomático, assinou o Tratado de Madrid estabelecendo as fronteiras modernas do Brasil.
3.1. O Ouro do Brasil Em 1690, a descoberta do ouro no Brasil viria a revolucionar a economia nacional, acrescentando grande valor capital ao reino. A economia da colónia brasileira entrou no ciclo do ouro o que, mais tarde, veio despoletar alguns conflitos armados na região das minas por volta de 1707/1709. Durante maior parte do reinado, o ouro permitiu uma estabilidade económica ao reino porém, devido ao mau investimento por parte do rei viria a produção a declinar e, como consequência, arrastar consigo a economia nacional; a situação agravou-se com o terramoto de 1755 que destruiu maior parte dos investimentos. Contudo, como seria impossível prever-se o futuro e os desastres que com ele viriam durante o reinado de D. João V entravam, em média, em Portugal, cerca de oito toneladas de ouro por ano e até, em certos anos, chegaram cerca de
vinte toneladas. Durante a década de 1720 encontraram-se, também, grandes quantidades de diamantes.
3.2. A Guerra da Sucessão Espanhola D. João V herdou do seu pai a Guerra da Sucessão Espanhola que havia começado em 1701 e só viria a conhecer fim em 1714. Portugal aliara-se à Grã-Bretanha e ao Sacro-Império Romano-Germânico contra Espanha e França (a então de destaque potência europeia). Em 1706 invadiu-se Espanha e tomou-se, pela única vez na História, a sua capital. Pouco depois o exército viu-se obrigado a seguir para sul. Quando D. João subiu ao trono estava o exército lusitano na Catalunha, travando, depois, uma batalha a 25 de Abril de 1707 em Almansa contra o exército franco-espanhol que viríamos a perder. Usando a derrota como pretexto, o rei procedeu à reforma da administração do exército, despedindo antigos conselheiros e nomeando novos para o cargo. Paradoxalmente, deu-se a reforma no exército, inovando conceitos e alterando designações para um melhor funcionamento do serviço. D. João V fez questão, assim, de promover os estudos militares e, sendo o edificador que era, mandou construir novas instalações: academias militares (em Elvas, Alentejo e Almeida, Beira Interior).
. Batalha de Almansa, 1707 (pormenor de pintura)
Após a Batalha de Almansa a participação de Portugal foi discreta e de pouco relevo visto que o foco da atenção naval portuguesa era o Brasil, com vista a impulsionar a exportação de produtos (tabaco, açúcar, ouro) e tendo, portanto, que lá focar a frota naval. A forte presença das embarcações lusitanas na província ultramarina não impediu, porém René Duguay-Trouin1 de saquear o Rio de Janeiro em 1711
extorquindo, assim, uma enormidade de cruzados ao rei e desfalcando as finanças do reino. 1.
René Duguay-Trouin foi um corsário francês, alcançou o posto de almirante e comandante na ordem de São Luís.
Com a subida do arquiduque Carlos (cunhado de D. João V) ao trono imperial como Carlos VI, desequilibrou-se a balança das alianças europeias o que teve como consequente o fim da Guerra da Sucessão Espanhola, sendo que era inconcebível o rei da Áustria ser simultaneamente rei de Espanha.
. Arquiduque Carlos da Áustria, futuro imperador Carlos VI e cunhado de D. João V
Juntaram-se todos os Estados em Utrecht para se assinar uma paz geral, tendo Portugal assinado uma paz separada com França. A paz com os nossos vizinhos ibéricos só viria a ser assinada, porém, no ano seguinte (6 de Fevereiro de 1715).
. Tratado de Pax entre D. João V e Filipe V
4.
O Poder Global: Guerras no Oriente
Sendo, na altura, uma grande potência mundial Portugal encontrava-se, também, envolvido nas guerras do Oriente. Precisamente no ano em que D. João V assumiu o controlo do reino, caiu o Império Mogol com quem, até então, Portugal mantivera boas relações e, paralelamente, aumentava o poder do Império Marata com quem as relações políticas eram pouco ou nada amigáveis desde o século XVII o que resultou no envolvimento lusitano nas ditas guerras do Oriente. Sucederam-se, portanto, inúmeras batalhas. Das quais se destaca a Batalha de Surate, que marcou o apogeu da expansão omanita no Mar Arábico.
. Batalha do Cabo Passaro, 1718 (ingleses vs espanhóis)
5.
Relações Internacionais
D. João V sempre foi adepto do modelo romano por oposição ao tão aclamado, na época, modelo francês. O arquitecto do Convento de Mafra foi formado em Roma como o ourives da Custódia da Bemposta. O reino mantinha fortes elos políticos com outras grandes potências da altura.
5.1.
Santa Sé; China; Espanha; Grã-Bretanha e Índia
Santa Sé Clemente XI condenou o Jansenismo e, mais tarde, devido à “Controvérsia dosRitos da China”, os Ritos Chineses o que dificultou o trabalho dos missionários jesuítas (muitos portugueses) e colocou, por consequência, Portugal numa situação mais delicada que a da China. A relação entre Portugal e a Santa Sé atingiu o seu auge num período em que esta detinha um grande poder e se vivia sob a ameaça constante do Império Otomano. Porém, D. João V tentava sempre, apesar da sua fidelidade para com Roma, exaltar o reino Luso como potência de primeiro plano. A importância da Santa Sé sobre as políticas internacionais diminuiu após a derrota dos turcos contra a Áustria, o que não afectou em nada a sua relação com o rei lusitano.
China Na generalidade, Portugal e China mantinham uma boa relação durante o século XVIII apesar da não tão amigável relação entre a China e a Santa Sé. D. João V envia uma nau de guerra ( “Nossa Senhora da Oliveira”) ao Imperador da China, em 1725, juntamente com um embaixador. Esta embaixada personifica a política internacional de ostentação e magnificência com vista a promover o reino no plano internacional.
Espanha e Grã-Bretanha A discrepância entre os três impérios resultou numa vincada e diferente relação entre eles. Durante todo o seu reinado, D. João V manteve uma forte e estável aliança com a Grã-Bretanha enquanto a com Espanha permanecia instável. Pode ser tomada como referência e exemplo a supramencionada Guerra da Sucessão Espanhola.
Índia Na última década do seu reinado, D. João V assiste à perda das Províncias do Norte e às Novas Conquistas. Os maratas invadiram a Província do Norte (desde a costa de Bombaim até Damão) mas com pouco destaque. Conquistam, então, Goa (capital lusitana no mundo asiático). Chegou-se então a um consenso: os maratas poriam um fim às conquistas e Portugal abriria mão da Província do Norte. Gradualmente, foi-se conquistando novas terras sob a alçada do Marquês de Castelo Novo2.
6. Grão-Mogol Aurangzeb 7. Peshwa Bajirao I (grande general marata)
6.
Sociedade: O Panorama Cultural
D. João V, seguindo a imagem de Luís XIV, recusava-se a reunir cortes e praticou reformas às três secretarias. Era a encarnação de um rei absoluto. Era seu, o controlo pessoal sobre a administração pública e exibia uma pujante superioridade face à nobreza. Ostentava o luxo e a etiqueta como meio de deixar bem assente o ideal de figura régia. Era o próprio, o centro de todas as atenções e de todo o poder. Implementou uma política de mecenato das artes e das letras e, aditivamente, uma política de grandes construções. Como dito anteriormente, no que dizia respeito à política externa tinha sempre como prioridade os interesses do reino e do comércio nacional, nunca participando grandemente em nenhum conflito (embora aparecendo variadas vezes como aliado e tendo papel de destaque no conflito com os maratas, não tendo sido este, porém, algo de maior relevância). Numa Europa que assistia ao final do barroco, D. João V não se conteve nas despesas que visavam enaltecer as nossas representações diplomáticas. Não falta brilho ou ostentação o que, em plena época barroca, era sinónimo de autoridade e poder. Pretendia transformar a sua lusa Lisboa numa nova Roma e, por isso, não olhou aos custos (o que mais tarde se reflectiu nas finanças do reino de uma maneira claramente negativa). Destaca-se de entre todas as suas dispendiosas edificações, o Convento de Mafra ou Palácio Nacional de Mafra. O Convento de Mafra foi mandado construir para se poder ter um edifício que igualasse a vastidão do império e pudesse, portanto, albergar o herdeiro do cujo. O seu autor foi João Frederico Ludovice (formado em Roma numa academia portuguesa). Destaca-se dentro desta obra de arte, a sua biblioteca e o seu carrilhão3 (maior do mundo em quantidade de sinos). Feito, portanto à imagem do Palácio de Versalhes, sendo ,proporcionalmente ao reino, grandioso, luxuoso e uma exibição pura do absolutismo régio assim como do estilo barroco. Mandou construir também a Biblioteca Joanina na Universidade de Coimbra, o Aqueduto das Águas Livres em Lisboa, a Capela de São João Baptista (uma das mais ricas do mundo cristão), entre muitos outros. Maior parte do seu legado arquitectónico viria a ser destruído, mais tarde, pelo infame Terramoto de 1755, o que acentuou o declínio da economia do reino.
8.Convento de Mafra
Usou a produção literária com meio para afirmar a grandeza do reino. Dedicouse, principalmente, à História, à Geografia e à Língua portuguesa. Fundou, por exemplo, a Academia Real da História Portuguesa. Na produção artística destacou-se a Custódia da Bemposta, em tempos na Capela do Palácio da Bemposta e, nos dias de hoje, à vista de quem a quiser ver no Museu Nacional da Arte Antiga, em Lisboa. O barroco joanino conheceu grandes riquezas graças à generosidade e envolvimento do rei, da casa real e da alta nobreza lusa; pôde assim desenvolver-se, para além da arquitectura tão querida ao nosso rei, a: pintura, ourivesaria e mobiliário. Algumas formas distintas de arte nacional foram também impulsionadas: azulejo e talha dourada. Grande fã de música, D. João V introduziu a ópera italiana na corte e inaugurou um teatro de ópera no Palácio de Belém. Privilegiou, no campo das ciências, a historiografia, a medicina; a física e a química foram deixadas um pouco para segundo plano. As ciências não atingiram, porém, um apogeu durante o reinado joanino visto que se vivia num ambiente um pouco pesado e, atrevo-me, algo manicomial numa época em que reinava a Inquisição. A engenharia, contudo, teve lugar de destaque na pirâmide dos progressos setecentistas em Portugal. Foi um período de grandes engenheiros, como:
Manuel da Maia (Aqueduto das Águas Livres) e Eugénio dos Santos (Terreiro do Paço depois de 1755), entre outros. Embora tenha descurado um pouco a indústria manufactureira, não a esqueceu por completo e ainda lhe atribuiu alguma atenção durante os seus anos como rei. Fundou, por exemplo, a Companhia de Comércio de Macau em 1710. Espalhadas por Portugal estavam, também, inúmeras fábricas de importância que se focavam em áreas mais desfalcadas da produção nacional com vista a diminuir as importações e, assim, estabilizar a economia.
7.
Legado
Embora o reino não passasse dificuldades económicas durante a primeira metade do século XVIII, as riquezas que chegam do Brasil (ouro) não foram adequadamente investidas de modo a fazer o reino prosperar. As tentativas de melhorar a indústria manufactureira e o comércio foram poucas e pouco eficientes, o que deixou Portugal para trás em relação aos outros reinos europeus. Ou melhor, depois do reinado de D. João V Portugal encontrava-se ainda menos preparado do que quando o rei subira ao trono. Enquanto reinou, D. João V sempre tentou promover Portugal como uma potência de primeiro plano e aproveitou-se de relações políticas estáveis e favoráveis (como a com a Grã-Bretanha) para o tentar fazer, embora não tendo particular sucesso. O clima geral de paz fez com que a Armada Real fosse negligenciada. E Portugal foi ficando, cada vez mais, dependente da aliada Grã-Bretanha. Contudo, o verdadeiro legado de D. João V foi a extensa obra literária que deixou e as inúmeras edificações e obras de arte que foram criadas por sua ordem. D. João V tinha a personalidade (como se vê por tudo o que fez e nos deixou) de um rei absoluto, o que era fundamental para a política do Estado no período do Antigo Regime.
8.
Conclusão
Que D. João V era um edificador e a encarnação portuguesa do absolutismo régio e monárquico já se sabia. Contudo, seria um pouco difícil imaginar que, durante o seu verdadeiramente extenso reinado o país teria passado por tais altos e baixos, como se pôde concluir. A descoberta e exploração do Ouro do Brasil, proporcionou à nação uma época de prosperidade económica e financeira ou assim seria esperado. Devido ao seu desmedido investimento de riquezas e, por vezes, pouco inteligente e estratégico, a população portuguesa, na sua generalidade, não era detentora de estabilidade financeira que poderia ter sido possível. Descurou a indústria manufatureira e investiu nas ostentações e luxos com vista a afirmar-se a si e ao reino. Embora baseasse a sua política no modelo francês, sempre foi mais próximo da cultura de Roma. É verdade, pois, que graças a D. João V temos belos edifícios e construções, não podemos esquecer, porém, que maior parte deles foi completamente destruído aquando do infame Terramoto de 1755 e, com eles, desapareceram as riquezas investidas (imensas, deva frizar-se). Durante o reinado joanino manteve-se uma relação próxima com a GrãBretanha, de quem eramos aliados, e, no decorrer do tempo tornámo-nos então dependentes dela. O envolvimento bélico de Portugal, durante o século XVIII, foi quase nulo. Marcámos uma presença um pouco mais firma na Guerra da Sucessão Espanhola, combatendo lado a lado com a Grã-Bretanha e a Holanda mas, para além disso, os conflitos foram mínimos (conflito com o Império Marata que levou à perda da Província do Norte). Deixou-nos um legado de grande peso em termos da historiografia, das letras e das artes. Das artes, destaca-se o Convento de Mafra feito à imagem e semelhança do Palácio de Versalhes, que terá sido construído para personificar a grandeza do império português. Com a morte de D. João V terá sido o fim da dinastia de Bragança.
9.
Web/Bibliografia
“Um Novo Tempo da História” Parte 1. História A 11º ano – Porto Editora; Couto, Célia Pinto do; Rosas, Maria Antónia Monterroso; Mea, Elvira Cunha de Azevedo. http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_V_de_Portugal (20/10/2014) http://www.google.pt/url? sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=2&ved=0CCsQFjAB&url=http%3A%2F %2Fwww.arqnet.pt%2Fportal%2Fportugal%2Ftemashistoria %2Fjoao5.html&ei=7V1GVLOgH8vlsASixoCYBA&usg=AFQjCNHpGU4ZTnFKC CtRtB0Zk4tiqdC2AQ&bvm=bv.77880786,d.cWc (20/10/2014) http://pt.slideshare.net/anabelasilvasobral/o-reinado-de-djoo-v (20/10/2014) http://www.hirondino.com/historia-de-portugal/dom-joao-v-o-magnanimo/ (20/10/2014)