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CADEIA LOGÍSTICA Transporte é um dos principais desafios da cadeia do frio de SC
TRANSPORTE É UM DOS PRINCIPAIS DESAFIOS DA CADEIA DO FRIO DE SC
Questões como esta serão abordadas durante a Logistique, de 1º a 3 de setembro, no Centro de Convenções da Expoville, em Joinville
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Um dos principais desafios da agropecuária catarinense é a logística de transportes. Para se manter competitiva nesse delicado mercado, a agroindústria, por exemplo, depende de uma complexa cadeia para colocar seus produtos à venda. “Este setor é importante não só para Santa Catarina como também para o Brasil”, destaca o secretário-executivo da Câmara para Assuntos de Transporte e Logística da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) Egídio Martorano.
O estado é o maior exportador nacional de carne suína e acumula um faturamento de US$ 257,9 milhões no primeiro trimestre de 2020, com crescimento de 48,3% em relação a igual período do ano anterior. Foram embarcadas 111,2 mil toneladas do produto nos três primeiros meses do ano, com aumento 17,5% no volume. A China praticamente dobrou a quantidade adquirida: respondeu por 57,3% do faturamento catarinense, segundo números do Ministério da Economia (MDIC).
Se analisado apenas março, o estado exportou 37,6 mil toneladas de carne suína no mês, gerando receitas que passaram de US$ 85,5 milhões e aumento de 6% em relação ao mês anterior. Em comparação com março do ano passado, o avanço é de 37%. A China aumentou em 80% o volume adquirido, resultando em um faturamento de US$ 51,5 milhões, com avanço de 17,5% sobre março de 2019. “Vivemos um período de muitas incertezas no mercado internacional e, mesmo assim, Santa Catarina segue exportando e trazendo resultados positivos com os embarques de carne suína. Temos um agronegócio forte e competitivo”, afirma o secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Ricardo de Gouvêa.
CADEIA LOGÍSTICA
Santa Catarina é referência no cenário portuário nacional no que diz respeito a infraestrutura para operações com cargas congeladas e refrigeradas. O estado dispõe de 7.023 tomadas reefer, podendo chegar a 9,13 mil após a ampliação do terminal de uso privado Porto Itapoá, que conta com 2,89 mil tomadas e deve chegar a 5 mil. “Nossos portos são eficientes e ágeis para
fazer os investimentos necessários para atender a demanda. O grande desafio está relacionado com os acessos terrestres e marítimos que dependem de ações e investimentos no âmbito dos governos estadual e federal”, diz Martorano.
Para o gerente executivo do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados (Sindicarne/SC) e da Associação Catarinense de Avicultura (Acav), Jorge de Lima, as rodovias, em sua maioria, não são projetadas para separar o movimento de carga ao de veículos de pequeno porte. “Em termos de rodovias, o estado está carente de atenção há mais de 20 anos, mas com a esperança de que tenhamos novas diretrizes. Santa Catarina não vem sendo contemplada na maioria dos planos de expansão nacional.
PRINCIPAIS GARGALOS
Os principais gargalos são as BRs 470, 280, 282, 163, 153 e a SC 476. Também necessitamos de acessos exclusivos para caminhões em municípios como em Itajaí”, diz Lima. Ele destaca ainda que se faz necessário trabalhar com outros modais.
Questões como a cadeia logística do frio serão abordadas durante a Logistique – Feira e Congresso de Logística e Negócios Multimodais de Cargas, de 5 a 7 de outubro, no Centro de Convenções da Expoville, em Joinville (SC). O evento vai reunir, em um único espaço, importantes players que formam as cadeias lo
gísticas e de comércio exterior, prestadores de serviços e potenciais clientes para discutir e promover o setor, por meio da maior feira do setor logístico do Sul do Brasil, no Congresso Técnico e na programação paralela. n