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SUPLEMENTO AGRO NEWS

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MERCADO EXTERNO

MERCADO EXTERNO

Receita com exportação de ovos apresenta alta de 20,5%

Os Emirados Árabes Unidos seguem como principais destinos das exportações brasileiras de ovos, importando 4,332 mil toneladas entre janeiro e agosto

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A receita das exportações brasileiras de ovos (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram em agosto US$ 1,499 milhão de dólares, resultado 20,5% superior ao registrado no mesmo período de 2021, com US$ 1,243 milhão de dólares. Os dados são da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

As vendas brasileiras de ovos ao mercado externo alcançaram 446 toneladas no oitavo mês deste ano, desempenho 21,5% menor que o alcançado em 2021, com 568 toneladas. No acumulado entre janeiro e agosto, as vendas brasileiras totalizaram receita de US$ 16,270 milhões, número 61,7% maior que o efetivado no mesmo período de 2021, com US$ 10,060 milhões.

Em volume, a alta acumulada é de 13,5% nos oito primeiros meses deste ano, com 7,583 mil toneladas em 2022, contra 6,678 mil toneladas em 2021. Os Emirados Árabes Unidos seguem como principais destinos das exportações brasileiras de ovos, importando 4,332 mil toneladas entre janeiro e agosto, volume 2,2% superior ao efetivado em 2021, com 4,231 mil toneladas. Em segundo lugar, o Japão foi destino de 728 toneladas no mesmo período, número 40,9% maior que o volume embarcado em 2021, com 517 toneladas.

“Há indicativos de que, pela primeira vez, deveremos fechar este ano com embarques equivalentes a 1% da produção total brasileira, um marco importante para o setor que vem crescendo de forma sustentável, com vendas para a Ásia e Oriente Médio”, analisa Ricardo Santin, presidente da ABPA.

EXPORTAÇÃO DE FRANGO

A ABPA prevê que a exportação de frango deve crescer 6%, chegando a 4,9 milhões de toneladas, até o fim deste ano. Isso acontece porque o mercado internacional busca o produto brasileiro, livre de gripe aviária, enquanto focos da doença são localizados em países da União Europeia e os Estados Unidos.

Para 2023, as expectativas continuam altas para a carne de frango. A entidade estima que a exportação pode crescer mais 6%, atingindo o patamar de 5,2 milhões de toneladas.

Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a variação do preço do frango inteiro foi de 16% nos últimos 12 meses. Já o frango em pedaços aumentou 22,1%. O IPCA acumulado do mesmo período foi de 11,89%.

“Os produtores têm mantido a disponibilidade interna de produtos, o que sustentou os níveis per capita. Os programas de auxílio à renda que chegarão ao mercado ainda este ano deverão incrementar o poder de compra da população, com consequente impacto nas vendas internas de produtos avícolas”, analisa o presidente da ABPA.

Do outro lado, a aposta dos produtores de carne suína é o mercado interno. Este ano, cada brasileiro deve consumir 18 quilos do produto, o maior número já registrado desde a década de 1990, quando a Associação começou a medir o consumo. A disponibilidade da carne suína no mercado interno ainda este ano deve subir 9%, com 3,9 milhões de toneladas. A proteína teve variação de –5,2% no acumulado do IPCA dos últimos 12 meses. n

INFORMATIVO DOS PORTOS / Suplemento AGRO NEWS

Porto se torna opção para a movimentação de alimentos em navios break bulk

Produtos alimentícios que anteriormente eram movimentadas em contêineres estão sendo embarcados, principalmente, para a Venezuela como carga geral

O Porto Ponta do Félix, localizado em Antonina, no litoral do Paraná, está se tornado uma referência na movimentação de carga geral em navios break bulk. Os alimentos, que anteriormente eram movimentadas em contêineres, estão sendo embarcadas em break bulk, principalmente, para a Venezuela como carga geral.

Só no início do mês de agosto, foram enviadas 11.747 toneladas destes produtos para o exterior. Outras 11 mil toneladas estão previstas para serem movimentadas nas próximas semanas. De acordo com dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), a carga geral nos portos públicos cresceu 18,6% nos primeiros seis meses do ano. No período, o setor portuário brasileiro movimentou 581,3 milhões de toneladas, de acordo com o levantamento da agência.

A carga movimentada no Ponta do Félix inclui açúcar, trigo, arroz, feijão, creme vegetal, macarrão, fubá e outros. Para o transporte, os alimentos são colocados em sacarias, que variam de 1

Por navio, são transportadas em média 10 mil toneladas de alimentos. Operação conta com a gestão direta do line up de navios, o que permite a previsibilidade de atracação e, consequentemente, melhor planejamento de toda a cadeia logística

Apoio da Federação

Em recente visita às instalações da Pasa, em Paranaguá, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Carlos Valter MarKg a 15 Kg. Na sequência, estas embalagens são acondicionadas em big tins Pedro, reafirmou seu apoio à indústria, destacando o apoio ao setor bags. São alimentos pooduzidos nas indústrias dos estados do Paraná, portuário. São Paulmacarrão e fubáe Goiás, que têm como destino o Porto de La Guaira, na Venezuela. “Não sabia que tínhamos índices de produtividade tão expressivos no Porto de Paranaguá. Acredito que temos a responsabilidade de disseminar essas informações para a mentalização do industrial paranaense em relação ao valor do nosso porto. Eu fiquei pessoalmente impressionado com a sua eficácia. Isso nos motiva a valorar os investimentos que estão sendo feitos em relação à indústria do Paraná. A atividade portuária está na pauta da Fiep”, considerou o presidente da Federação. Segundo Paulo Meneguetti a expectativa é grande junto à atual gestão da Fiep porque houve uma dinâmica na Federação consoante à retomada de crescimento nacional. “Entre as forças de defesa da indústria, a Fiep é uma trincheira muito importante para o setor industrial do Paraná. Nos cabe apresentar as demandas e buscar apoio para nossas necessidades, seja nas reformas em andamento, como a trabalhista, a fiscal ou a tributária. O Brasil precisa ser passado à limpo e a Fiep tem poder para centralizar esse debate no Paraná”, frisou Meneguetti. n

“Estamos investindo cada vez mais na customização do serviço, para atender a demanda dos clientes e conforme o exportador ganha novos mercados, aumenta também a diversidade dos itens movimentados”, afirma o presidente do Porto Ponta do Félix, Gilberto Birkhan. Segundo ele, o transporte de alimentos é uma carga muito complexa à medida que tem pesos, tamanhos e dimensões diferentes. “Nós recebemos os produtos soltos. Os alimentos vêm em embalagens originais e o nosso pessoal faz o acondicionamento dentro dos big bags”, explica Birkhan. O big bag se mostra como uma opção mais econômica e apresenta diversos benefícios no processo de logística. Ele é feito por compostos de alta resistência e tem o formato semelhante a uma grande sacola, que pode acondicionar até 2.000 kg de carga. “Esta embalagem tem boa aplicação para produtos a granel ou embalados em sacos, mantendo-os melhor acomodados e protegidos”, conclui.

ARMAZÉNS ALFANDEGADOS

Até o momento do embarque, os produtos ficam armazenados pelo período de 30 a 40 dias, dentro do próprio porto, o que representa diminuição de custo para o exportador. Os insumos são acondicionados seguindo as características de cada item e são controlados por lote e por fabricante. O cliente ainda envia um plano de carga. Neste documento, há a indicação de quais são as cargas que vão em cada porão do navio e a ordem de embarque. O processo garante a qualidade do produto no destino final e também facilita o processo de descarga.

Por navio, são transportadas em média 10 mil toneladas de alimentos. A operação conta com a gestão direta do line up de navios, o que permite a previsibilidade de atracação e, consequentemente, melhor planejamento de toda a cadeia logística. “Este mesmo cliente tem projeto de expansão para outros continentes, para converter cargas em contêiner para carga geral. Estamos há um ano fazendo a operação. Renovamos o contrato recentemente por mais dois anos. Isso demonstra o sucesso da operação”, finaliza Birkhan.

CRESCIMENTO

O Porto Ponta do Félix superou a expectativa de crescimento na movimentação de cargas, em 2021, com aumento de 70%. Os números se devem à ampliação do seu portfólio de operações, melhorias da estrutura marítima e investimentos em obras de ampliações. Para 2022, a projeção é de 30% de aumento na movimentação de cargas no porto, que deverá seguir sendo um grande gerador de empregos e renda no litoral paranaense.

Birkhan considera que o avanço dos últimos anos também se deve ao fato de o porto de Antonina ser multipropósito. “Reencontramos a nossa vocação de trabalhar com cargas especializadas, fazendo operações complementares ao Porto de Paranaguá. O Ponta do Félix é um porto multipropósito, que atua com cargas diversas e especiais”, destaca Birkhan.n A Pasa é especializada na movimentação e embarque de granéis sólidos. Nossa empresa encontra-se preparada para atender à crescente demanda da exportação de granéis sólidos,

originados do Paraná, como também

de outros estados, executando as atividades com a mais alta tecnologia de infraestrutura portuária, segurança e responsabilidade socioambiental.

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