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FARELO E GRAÕS

PARANAGUÁ REGISTRA ALTA DE 102% NAS EXPORTAÇÕES PELO CORREDOR LESTE

O milho foi o produto que puxou a alta. Somente em outubro, 568.739 toneladas do cereal foram exportadas, 821% a mais que as embarcadas em 2021

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A exportação de grãos e farelo pelo Corredor Leste de Exportação do Porto de Paranaguá (Corex) aumentou 102,6% em outubro. No ano passado, foram 765.700 toneladas de granéis sólidos vegetais embarcados pelo complexo no mesmo mês. Em 2022, subiu para 1.551.466 toneladas. “Apesar de quase 12 dias de paralisação por conta da chuva, a produtividade alcançada nos outros 19 dias de operação foi alta, o que fez com que tivéssemos esse crescimento”, explica o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

No acumulado de janeiro a outubro, a alta registrada foi de 7,4%. No ano passado, nos dez meses, foram 14.816.811 toneladas de granéis sólidos vegetais embarcados. Neste ano, subiu para 15.913.067 toneladas. Garcia lembra que em 2021 houve quebra significativa na safra brasileira de milho e diz que, neste ano, além de um resultado melhor na lavoura, os exportadores tiveram mais oportunidade frente à lacuna deixada pela Ucrânia (em guerra com a Rússia) no mercado internacional.

Tanto no mês quanto no acumulado do ano, o milho foi o produto que puxou a alta. Somente em outubro, 568.739 toneladas do cereal foram exportadas, 821% a mais que as 61.709 toneladas embarcadas pelo Corex nos mesmos 31 dias em 2021. Neste ano, 3.714.053 toneladas de milho foram embarcadas. Em 2021, no período, o volume não passou de 714.464 toneladas. A variação positiva do produto, nessa comparação, foi de quase 420%.

Dos 12 terminais interligados ao Corredor Leste de Exportação do porto paranaense, nove armazenaram e carregaram o cereal no último mês de outubro. Em volume, o que mais movimentou milho, no último mês, foi o terminal Rocha, que exportou 243.055 toneladas do produto nos 30 dias. Como explica Daniel Camargo, gerente comercial e de logística da Rocha Terminais Portuários, os fatores que impulsionaram esse total exportado foram a estrutura e o mix de clientes. “Temos quatro armazéns, sendo dois deles com divisórias, ou seja, capazes de atender até dois produtos diferentes, simultaneamente, por armazém”, diz.

Na descarga rodoviária, segundo Camargo, a empresa também opera com dois produtos simultaneamente (soja e milho), recebendo até 400 caminhões/dia. Já no modal ferroviário, a descarga chega a 250 vagões/dia. “Para os próximos três meses, outubro, novembro e dezembro, nossa expectativa é movimentar algo em torno de mais 650 mil toneladas de milho”, afirma.

OUTROS PRODUTOS

Os embarques de soja em grão pelo Corex, neste ano, já somam 8.287.044 toneladas (em 2021 foram 10.225.327 toneladas). De farelo de soja são 3.823.563 toneladas (no ano passado, 3.843.032 toneladas). De trigo, 32.895 toneladas (eram 33.989 toneladas em 2021). Neste ano, até agosto, houve embarque de 55.513 toneladas de farelo de milho (grãos secos de destilaria). O produto não passou pelo Corex no ano passado.n

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MOVIMENTAÇÃO PORTUÁRIA BRASILEIRA CRESCE 2,1% NO 3º TRIMESTRE DE 2022

Portos públicos registraram variação positiva no período, com avanço de 8,9%, sendo responsáveis por 114,9 milhões de toneladas transportadas

No terceiro trimestre, a movimentação de produtos agrícolas nos portos foi de 79,4 milhões de toneladas, o que garantiu uma alta de 14,9%. Santos, Paranaguá (PR) e Itaqui (MA) são os principais portos brasileiros de entrada e saída dessas mercadorias. O milho apresentou crescimento de 75,7%, totalizando 26,4 milhões de toneladas movimentadas. O açúcar (11,7%) e o arroz (183,2%) também tiveram alta no período. A soja e adubos (fertilizantes) tiveram queda de 13,8% e 19,7%.

Em relação aos combustíveis, a movimentação de petróleo e derivados, carvão mineral e gás de petróleo variaram negativamente no trimestre. O etanol (combustível) teve alta de 29,4%, assim como os óleos de produtos minerais, 46,2%.

A movimentação portuária brasileira registrou crescimento de 2,1% no terceiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo trimestre de 2021. Os portos públicos e privados movimentaram 323 milhões de toneladas no período. No acumulado do ano, 905,6 milhões de toneladas passaram pelas instalações portuárias brasileiras. O resultado é 1,4% menor que o registrado em 2021 – ano recorde de movimentação de carga no país.

Os portos públicos registraram variação positiva no trimestre, com avanço de 8,9%, sendo responsáveis por 114,9 milhões de toneladas transportadas. Santos (SP) teve crescimento de 22,7%, mas o destaque ficou com Santarém (PA), com alta de 89%, seguido de São Sebastião (SP), 69,1% e Suape (PE), 30,7%. queda de 5,2%. Já os terminais de Tubarão (ES) e São Sebastião (SP) movimentaram, respectivamente, 8,2% e 12% a mais do que no mesmo período de 2021. Em relação aos tipos de navegação, a de longo curso apresentou variação positiva de 1,4% no trimestre. Porém, o destaque continua sendo a navegação interior (pelos rios), que registrou crescimento de 25,5%. A cabotagem decresceu 0,7% no comparativo com o último ano. Mercadorias

A movimentação de minerais foi de 121,2 milhões de toneladas nos três meses, com crescimento de 1%. O minério de ferro, principal produto, decresceu 1,1%, enquanto a bauxita (26%), ferro e aço (6%) tiveram saldo positivo no período, em comparação com o mesmo trimestre de 2021.

Outro grupo de mercadorias que apresentou crescimento foi o da indústria (3,1%). A importação e exportação de automóveis, tratores e acessórios de veículos automotivos registraram alta de 9%, 8,9% e 21%, respectivamente. O transporte de semirreboque baú também aumentou, 2,6%.

No transporte de contêineres também houve crescimento de 4,3%, totalizando 3,1 milhões de TEUsno período de julho a setembro (ou 34,3 milhões de toneladas, com crescimento de 1,8%). O aumento foi registrado na navegação de longo curso (8,1%) e na navegação interior (18,3%). A cabotagem teve queda de 2,6%. n

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