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08/10/2014 Belo Horizonte
Hewlett-Packard Company
[Edição 1, Volume 1]
GAZETA PLANET NEWS AQUECIMENTO GLOBAL ULTIMAMENTE, O AQUECIMENTO GLOBAL VIROU ASSUNTO NOS MAIS DIVERSOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO, A POPULAÇÃO ESTÁ PREOCUPADA COM O QUE PODERÁ ACONTECER COM O NOSSO PLANETA.
“O AQUECIMENTO GLOBAL É UMA CONSEQUÊNCIA DAS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS OCORRIDAS NO PLANETA”
Como o próprio nome já diz, aquecimento global é a elevação da temperatura do planeta, gerando sérias complicações como: furacões, secas, enchentes, extinção de milhares de animais e vegetais, derretimento dos pólos e vários outros problemas que o homem não tem condições de enfrentar ou controlar. Há muitos anos, o homem destrói o planeta (matando e poluindo) e os pesquisadores alertam sobre as conseqüências graves desses atos. Existem várias evidências que a temperatura do planeta aumentou: os termômetros subiram 0,6ºC desde o meio do século XIX, o nível dos oceanos
também subiu e as regiões glaciais do planeta estão diminuindo. Os cientistas também consideram prova do aquecimento global, a diferença de temperatura entre a superfície terrestre e a troposfera (zona atmosférica mais próxima do solo). A maioria dos cientistas climáticos acredita que o aumento da quantidade de gases estufa (gás carbônico, metano, etc) lançados na atmosfera provoca uma elevação da temperatura, a emissão desses gases (fruto do desmatamento e da queima de combustíveis fósseis) formam uma barreira impedindo que o calor se propague aumentando a temperatura da terra. (veja Efeito Estufa). Os maiores responsáveis pela emissão desses gases são os Estados Unidos (que lideram a lista com cerca de 36% do total mundial), a União Européia, China, Rússia, Japão e Índia.
PROTOCOLO DE KYOTO O Protocolo de Kyoto é um instrumento internacional, ratificado em 15 de março de 1998, que visa reduzir as emissões de gases poluentes. Estes, são responsáveis pelo efeito estufa e o aquecimento global. O Protocolo de Kyoto entrou oficialmente em vigor no dia 16 de fevereiro de 2005, após ter sido discutido e negociado em 1997, na cidade de Kyoto (Japão).
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SITUAÇÃO NA ANTÁRTICA Nova estação, novos desafios
Duas pesquisas divulgadas hoje mostram que o aquecimento global está acelerando o derretimento das geleiras da Antártica. É um processo irreversível, e que já começou. O que os cientistas estão tentando determinar é quando o mundo será afetado pela pior consequência do derretimento do gelo: uma subida drástica no nível dos oceanos.
outras áreas do continente Antártico, elevando o nível do mar no nosso planeta em cerca de quatro metros. A causa principal do degelo é o aquecimento da água do mar na região. Os cientistas não sabem se a ação humana é responsável pelo degelo, mas disseram que as emissões de gases poluentes podem acelerar o processo.
Segundo a pesquisa coordenada pela Nasa e divulgada nesta segunda-feira (12), o derretimento de geleiras numa região chamada de Mar de Amundsen, no oeste da Antártica, pode elevar o nível dos oceanos em mais de um metro nos próximos dois séculos. Uma outra pesquisa também divulgada nesta segunda, na revista Science, afirma que o colapso dessas geleiras pode acelerar o derretimento de
A Agência Espacial Americana vai enviar esse ano uma nova missão à Antártica para estudar em detalhes as geleiras da região. O objetivo é ver se o degelo realmente vai demorar séculos para produzir as piores consequências, ou se o prazo é muito mais curto.
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ENTREVISTA Entrevistamos o geólogo Henrique Starling para esclarecer nossas dúvidas.
‘’Infelizmente, para o Brasil é pior do que seria se houvesse o aquecimento.’’ –afirma o geólogo O senhor pode falar sobre as principais mudanças climáticas ao longo da história da Terra? A Terra, ao longo do tempo, alterna períodos quentes com períodos frios. A nossa época (atual) é considerada um período frio, em que existem calotas polares. A observação e o estudo do registro geológico, pelo menos nesse último bilhão de anos (ou nesses últimos mil milhões de anos) mostra que ele pode ser dividido em duas partes. A primeira, de 1 bilhão de anos até 550 milhões de anos atrás, é de quando o planeta foi muito frio, mais frio até do que hoje. Havia muitas geleiras espalhadas pelas latitudes médias e altas. Houve um momento, em torno de 640 milhões de anos atrás, em que toda a Terra se congelou, inclusive o Equador.
No que isso pode interferir na vida do brasileiro? As conseqüências para o Brasil são drásticas. O Sul e o Sudeste devem sofrer uma redução de chuvas da ordem de 10% a 20%, dependendo da região. Mas vai ter invernos em que a freqüência de massas de ar polar vai ser maior, provocando uma freqüência maior de geadas. A Amazônia vai ter uma redução de chuvas e, principalmente, a Amazônia oriental e o sul da Amazônia vão ter uma freqüência maior de seca, como foi a de 2005. O Nordeste vai sofrer redução de chuva. O que mais me preocupa é que, do ponto de vista da agricultura, as regiões sul do Maranhão, leste e sudeste do Pará, Tocantins e Piauí são as que apresentam sinais mais fortes. Essas regiões preocupam porque são a fronteira de expansão da soja brasileira. A precipitação vai reduzir e certamente vai haver redução de produtividade.
E investir em fontes de energia alternativa, renovável? Esse é o caminho para o futuro, não tem jeito. No entanto, custa muito dinheiro e ainda não são muito eficientes essas outras formas. A forma mais eficiente, barata e limpa de energia que temos é a mais perigosa, que é a energia nuclear. Se fosse para resolver imediatamente esse problema, teria que se trocar a matriz de produção de energia elétrica do carvão para usinas nucleares. No mundo são raríssimos os países que possuem recursos hídricos para produzir grandes represas, como é o caso do Brasil e mais alguns poucos.