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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA - TIRAGEM 5.000 EXEMPLARES - EDIÇÃO Nº 008 - FEVEREIRO DE 2017 - UBATUBA - SP
Da Motta
Escultor comemora 85 anos
RENATA TAKAHASHI
Pág. 06
Novo diretor do Tancredo manda apagar grafite sobre Mata Atlântica Pág. 03
Festival de Marchinhas sacode o coreto da Matriz no Carnaval Pág. 04
Índios Guarani convidam Ubatuba para festa na aldeia Boa Vista Pág. 09
EDITORIAL
Uma questão didática Sim, temos mais com o que nos preocupar. O presidente da maior potência econômica e militar do mundo começa a erguer muros de ódio jogando o mundo todo num mar de incertezas, econômicas e militares. Sim, temos mais com o que nos preocupar. Com as delações da Lava Jato em sigilo e as relações imorais entre réus e juízes do Supremo, corremos o risco de nunca sabermos quais de nossos representantes eleitos são ou não ladrões. E o que é mais grave, não dá para "pôr a mão no fogo" por nenhum deles também quanto a outros crimes (ou "acidentes"). Mas é justamente por isso que debater o muro da Escola Municipal Tancredo Neves é importante. Em tempos de crise, as sociedades precisam reafirmar os valores que lhes são caros e transmiti-los às futuras gerações. E os valores democráticos não podem estar fora das escolas. A violenta história da formação de nosso país incluiu passagens abomináveis como o genocídio indígena, a escravidão negra, os abusos da coroa portuguesa, quase uma dezena de golpes de estado desde a independência em 1822, além de um incontável número de escândalos de corrupção em praticamente todos os governos republicanos. Aos trancos e barrancos, porém, já conseguimos, sim, significativos avanços civilizatórios. Para citar um exemplo, hoje nossa sociedade recusa a injustiça do sistema escravista, que vigorou por mais de três séculos. Cem anos depois da lei que aboliu a escravidão em 1888, conquistamos outro marco jurídico/moral importantíssimo: a Constituição Cidadã de 1988. Naquele ano, conquistamos direitos importantíssimos como a Saúde e a Educação para todos, pois todos agora são iguais perante à lei. O Direito está no papel. Não se pode abrir mão. Mas a jornada do povo continua, na luta pela efetivação desses direitos. Nem um passo atrás. Junto com o Direito à Saúde e à Educação, veio o direito à liberdade de expressão das opiniões e manifestação das ideias. É o direito que garante todos os outros direitos. Não se pode abrir mão do direito de opinar, de participar da vida política de nossas comunidades, de frequentar audiências públicas, conselhos, assembleias, associações civis diversas. Temos que ensinar os jovens a não aceitarem que os governantes e parlamentares tomem decisões sem considerar a opinião do povo. Dessa cultura de participação popular nos processos depende o futuro de nosso país, para ficarmos livres dos políticos que acham que podem fazer o que querem com aquilo que é de todos sem ouvir ninguém. Por isso era importante que a comunidade fosse ouvida, tanto na indicação do diretor quanto na pintura do muro. Por uma questão didática.
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CHARGE DO MÊS
InforMar Ubatuba Diretora de jornalismo Renata Takahashi (MTB: 0076209/SP) Editor de conteúdo Leandro Cruz Tiragem 5000 Periodicidade mensal Distribuição gratuita
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ARTE
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Novo diretor apaga grafite no Tancredo Último colocado em eleição da escola, indicado de Sato afirma que cores da obra incentivavam a violência
por Leandro Cruz
O engenheiro químico Jayro Bento Rodrigues, 69, é o novo diretor da conceituada Escola Municipal Presidente Tancredo Neves. Ele havia ficado em último lugar nas eleições internas da escola realizadas em novembro, com apenas 207 votos. Na disputa, o escolhido pela comunidade escolar foi o professor de artes Rui Cláudio Chagas, com 393 votos, e em segundo lugar ficou a pedagoga Maria de Fátima Barros, a Fatinha, com 285 votos. Mas como a regra permite que o prefeito de Ubatuba escolha entre os três mais votados pela
comunidade escolar e só havia três candidatos, Jayro pode assumir o comando da escola, por ser o preferido de Délcio José Sato (PSD). O diretor assumiu tomando medidas polêmicas. A primeira delas foi mandar apagar o grafite pintado pelo artista Alexandre Filiage. A obra que trazia representações de animais, aves e povos indígenas fazia parte do projeto Muros da Mata Atlântica, projeto financiado pelo ProAC, programa de Ação Cultural, da Secretaria de Cultura do Estado e p a t ro c i n a d o r e s d a i n i c i a t i v a privada, que pintou mais de 15 muros em lugares significativos de cidades paulistas. Além de
embelezar, o projeto teve por objetivo conscientizar para a importância da Mata Atlântica. Cada mural custou cerca de R$ 4.500 quando feitos em 2015. Em novembro de 2016, o mural do Tancredo foi retocado ao custo de mil reais pagos pela APM. Para Jayro, até as paredes externas das escolas devem ter apenas tons pastéis. Segundo ele ‘‘cores escuras, principalmente a cor negra, não facilita a aprendizagem, pelo contrário, instiga e incentiva a violência’’. Prova de sua teoria, segundo o engenheiro, seriam palavrões escritos em paredes e vidros quebrados acintosamente por alunos.
O artista Alexandre Filiage, que vive em Vinhedo (SP), disse lamentar o ocorrido, mas se colocou à disposição da comunidade escolar do Tancredo para fazer nova pintura, envolvendo alunos no projeto. Jayro concedeu entrevista ao informarubatuba.com cujo áudio está disponível na íntegra no site . Na conversa, o engenheiro que leciona matemática no Tancredo desde sua aposentadoria há 16 anos, comentou a decisão sobre o grafite e outros assuntos, como sua intenção de implantar tecnologias ecológicas na escola, a importância da presença dos pais na escola e as mudanças nos projetos esportivos.
AGENDA
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O Festival NÃO TOCO RAUL! vai juntar os talentos da cena autoral de Ubatuba em dois dias de celebração da nossa música e
criatividade. No palco do festival se apresentarão 12 talentos locais além de participações especiais mostrando toda a diversidade e qualidade da cena autoral ubatubense. O festival será realizado nos dias 18 e 19 de fevereiro a partir das 14 horas no Vibe Clube & Videokê e a entrada é franca. O endereço é Rua Guarani, 245, Itaguá. Veja os participantes:
Carnaval em Ubatuba
FOTOS: DIVULGAÇÃO
PROGRAMAÇÃO
Rua Guaicurus, 265 - Itaguá (12) 3833-8297
23 e 24 da primeira e segunda etapas eliminatórias na qual são 24 de fevereiro a 1º de março escolhidas cinco composições em Carnaval de Blocos cada dia. A ordem de apresentação Blocos agitam foliões em diversos locais do município. Também estão das dez composições selecionadas previstos shows musicais no é definida no fim da noite do dia 24 e a disputa final – eliminatória e Carnaval na Praia da Maranduba. classificatória – bem como a premiação acontecem no sábado, 25. 23 a 25 de fevereiro Festival de Marchinhas As 5 melhores marchinhas serão Local: Coreto da Praça da Matriz premiadas da seguinte forma: 1º lugar – R$ 1.500,00 mais troféu Um total de 33 composições foram inscritas para o XII Festival de 2º lugar – R$ 700,00 mais troféu M a r c h i n h a s d e U b a t u b a , 3º lugar – R$ 400,00 mais troféu o r g a n i z a d o p e l a Fu n d a r t . A 4º lugar – R$ 300,00 mais troféu comissão de organização decidiu 5º lugar – R$ 200,00 mais troféu selecionar todas as marchinhas inscritas para a etapa eliminatória. O festival também premia o melhor Um 1º ensaio preparatório com a intérprete com R$ 600,00. banda foi realizado dia 30 de janeiro no Sobradão do Porto, e os demais 26 a 28 de fevereiro, 16h-18h acontecerão entre os dias 15 e 22 Matinê Infantil de fevereiro. No dia 22, será Local: Coreto da Praça da Matriz realizado o ensaio geral e o sorteio p a r a a p r e s e n t a ç õ e s n a s 26 a 28 de fevereiro, 21h-1h eliminatórias (1ª e 2ª). O Festival Baile de Marchinhas começa com a realização nos dias Local: Coreto da Praça da Matriz
ARTE
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PERFIL
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Escultor Da Motta comemora 85 anos RENATA TAKAHASHI
Artista é figura popular e querida em Ubatuba, cidade que escolheu para criar os filhos e estabelecer seu ateliê
Da Motta em seu ateliê no Perequê-Açú da Redação
O escultor, entalhador e pintor José Vicente Dória da Motta Macedo, ou simplesmente “Da Motta”, completou 85 anos no último dia 22 de janeiro. Na semana de seu aniversário, a equipe do InforMar Ubatuba esteve em sua oficina na Avenida Félix Guizard no Perequê-
Açu. O ateliê é um espaço de chão de terra, cheio de ferramentas, tintas, pincéis, pedaços de madeira e MDF naval onde o artista vive de bem com a vida produzindo peças. Nesse espaço, Da Motta e seu filho mais velho, Sergio Zanin da Motta, que seguiu o mesmo caminho do pai, passam horas transformando os materiais em arte. Apesar de dividirem a oficina,
cada um trabalha em suas próprias peças. No local eles também atendem clientes e recebem familiares e amigos. Sergio considera seu pai um mestre, tanto nas artes como na vida. Durante a entrevista, ele ajuda o pai a recordar detalhes de sua história quando a memória falha. São tantas obras espalhadas pelo Brasil e o mundo que é preciso mesmo uma força para lembrar. “A gente está por aí e nem se dá conta. Precisa o Sergio lembrar alguma coisa”, reconhece Da Motta. “Tenho trabalhos na Índia, Rússia, Alemanha, Itália, Japão. Tem trabalho meu no mundo inteiro”, conta. No canto da sala, um palhaço de madeira observa calado um novo São Francisco em tamanho natural ir surgindo do tronco de uma árvore caída. Nas estantes presas na parede, que ficam atrás da mesa em que Da Motta trabalha, ele guarda objetos, livros, papéis e fotos. Da Motta recebeu a reportagem do InforMar Ubatuba ali mesmo, em pé, do jeito que costuma trabalhar todos os dias em suas esculturas e entalhes. E n q u a n to d i v i d i a s u a s memórias e pensamentos, ele desenhava o que será mais um
quadro entalhado da Santa Ceia, inspirado no famoso afresco de Leonardo Da Vinci, “A Última Ceia”. Ele estima já ter feito mais de 1.200 desses quadros, de todo tamanho, e sempre chegam novas encomendas. “Eu tenho que comer muito feijão para dar conta de tanto entalhe”, diz. ARTE SACRA O artista também é conhecido por suas imagens de santos católicos, que ao longo das décadas fez para igrejas e capelas de Ubatuba. Embora a arte sacra cristã/católica seja uma parte importante de seu trabalho e o artista se refira ao exemplo de Cristo com reverência, hoje em dia Da Motta se declara simplesmente um devoto do amor e da natureza, sem se prender a nenhum credo “Eu nasci católico, fui coroinha, congregado mariano, seminarista, estudei em colégio de padre, tentei fazer um pouco de evangelismo, não deu certo, fiz 15 anos de umbanda e hoje eu sou naturalista. Eu sou natureza, como todos nós. Na umbanda eu aprendi que pra viver em paz a gente tem que arrancar as cascas do orgulho, da vaidade, do egoísmo, do ódio. E praticar o amor, o bem. E só”, resume.
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RENATA TAKAHASHI
HISTÓRIA Da Motta Macedo nasceu no turbulento ano de 1932, na capital paulista, onde completou o primário. Depois, morou em cidades do interior como Botucatu, Campinas, São Manuel e Jaú. Ele conta que com vinte e poucos anos foi morar em Lorena, onde teve uma granja e, principalmente, onde conheceu aquela que viria a ser sua esposa, Izabel, com quem teve seis filhos: Antonio Augusto, Lavínia, Daniel, Maria Lúcia, Paulo e Sergio. Da Motta diz que foi “uma voz psicológica” que o fez vir para Ubatuba. Foi em 1967. “Ubatuba era humilde, simples, ruas de terra, a rua Maria Alves era de terra, a rua Thomaz Galhardo era de terra. Morei na Thomaz Galhardo, morei em diversos pontos, até montar aqui [no PerequêAçú]”, conta. "Naquela época Perequê tinha rã, cobra, guaiamum. Sumiu tudo. Libélula, mariposa de noite. Tinha um besouro azul brilhante, parecia metálico, sumiu", lamenta o artista amante da natureza. Quadros da Santa Ceia entalhados e pintados por Da Motta são muito procurados IDALINA De uma prateleira, o artista pega um livro contendo uma poesia de seu filho Paulo sobre Idalina do Amaral Graça, personagem da história de Ubatuba com quem teve profunda ligação. “Idalina virou uma mãe espiritual”, recorda. A poetisa o acolheu quando de sua chegada a Ubatuba. No fim da vida, já viúva, a Solitária de Iperoig, como ficou
conhecida, foi acolhida na casa da deira, mas também utiliza outros família Motta no Perequê-Açú. materiais. “Barro, gesso, mármore, qualquer material que for necessário utilizar eu utilizo”, afirma. DOM O trabalho de Da Motta tem O escultor lembra que desde criança gostava de desenhar. influências da tradição local de en“Desenhava em casa, no chão, com talhadores e também dos mestres caco de telha, carvão, com qualquer italianos do Renascimento. O esmaterial disponível, e fui crescendo cultor considera que sua arte está fazendo arte”, resume. Da Motta “quase que dentro do acadêmico”. Além do talento, a dispositrabalha principalmente com ma-
SÍTIO RECANTO DA PAZ GENGIBRE DE UBATUBA CULTIVO DE GENGIBRE E HORTA ORGÂNICA PROCESSAMENTO DE DERIVADOS DE GENGIBRE GASTRONOMIA CAIÇARA COLONIAL TURISMO RURAL ECOLÓGICO MATA ATLÂNTICA, TRILHAS
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ção para o trabalho impressiona. “É todo dia, sábado, domingo, qualquer hora. Só de noite que eu não aguento, porque de dia a gente faz o que pode”, comenta. E o artista diz que nem pensa em parar. “É um movimento físico necessário. A gente abastece o corpo, tem que usar o abastecimento. Um carro usa gasolina para sair andando”, fala o mestre.
ARTE
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Obras de Da Motta para ver em Ubatuba Esculturas, telas, painéis e entalhes do artista estão espalhados pelo município DA MOTTA
da Redação
DA MOTTA
Quem estiver em Ubatuba e quiser ver as obras de Da Motta tem algumas opções. Lojas de artesanato da cidade expõem e comercializam o trabalho do artista. O quadro ao lado, por exemplo, está na Art Sea, na Rua Guarani. Já o quadro abaixo se encontra no Museu Histórico Washington de Oliveira, na Praça Nóbrega, centro. A imagem de Bom Jesus da Ilha Anchieta fica na capela da ilha. Outras igrejas como a Matriz e a São Francisco também possuem imagens esculpidas por Da Motta.
DA MOTTA
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R. R. Conceição, Conceição, 573, 573, Centro Centro Ubatuba Ubatuba -- SP SP
NOTAS E VERSOS
Cor
as
Ras Sotn
ANGÉLICA RODRIGUES
FESTA NA FLORESTA Para comemorar o lançamento do CD e do DVD, os guarani mbyá estão preparando uma bela festa nos dias 7 e 8 de abril e convidam as pessoas de outros povos para irem visitar a aldeia nesse dia a fim de conhecerem um pouco mais dessa adorável e sábia cultura. Haverá apresentação do coral e do Xondaro, a dança dos guerreiros, além de rodas de conversa, exposição de orquídeas e venda de artesanato. O evento acontece das 9 da manhã às 16 horas.
RAS SOTNAS O paulistano Rodrigo Souza dos Santos, mais conhecido como Ras Sotnas, vive em Ubatuba há um ano. Aqui, o rapaz de 22 anos tem se apresentado em bares e ruas. Filho de pai e mãe músicos, tocou seus primeiros acordes na igreja, quando tinha 14 anos. Tocava violino. Hoje, além de cantar composições próprias, o músico adepto da filosofia rastafari toca percussão e guitarra. Suas composições têm influências evidentes da música popular brasileira e do reggae raiz.
i al Guaran
FELIPE SCAPINO / GOPALA FILMES
O SOM DA ALDEIA Em abril, o coral do povo guaranimbyá da aldeia Boa Vista lança seu primeiro CD e DVD. Entre as canções selecionadas para o álbum está a faixa Tekoá Djaetka Porã, que fala sobre as coisas boas da própria Aldeia Boa Vista, um lindo e muito bem preservado lugar às margens do rio Prumirim. O DVD foi produzido pela Gopala Filmes e dirigido pelo cineasta Felipe Scapino.
PELAS TANTAS Sotnas lançou seu primeiro disco independente em novembro de 2016, o EP "Raízes", com canções da MPB. Em janeiro de 2017, lançou o primeiro disco com canções autorais, gravado em Ubatuba. O álbum "Pelas tantas" é composto por 6 faixas, com guitarra e voz. As músicas, segundo ele, foram escritas durante um período de viagens e aprendizado.
LITERATURA
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Conversas de pai e filha pequena viram livro Alicismos garante boas risadas e reflexões sobre a vida em textos curtos e simples como as crianças da Redação
Mesmo que não domine a escrita, Alice Cristo Gontijo é hoje a escritora mais jovem de Ubatuba. Aos seis anos, ela é personagem e coautora do livro ‘‘Alicismos’’. O pai, o jornalista Pedro Gontijo, assina com ela a obra que já está à venda na livraria Nobel e no hostel Na Praia, ambos na Rua Guarani. Escrito na forma de diálogos, como em textos de teatro, o livro traz registros anotados pelo pai das conversas da filha com ele próprio, com a mãe Cinthia, os avós e outros personagens quando Alice tinha quatro anos de idade. Em cada página, Pedro divide com o leitor as histórias de conversas, algumas vezes engraçadas, outras extremamente profundas. Ele costura as falas com reflexões breves, e descrições econômicas para não quebrar o dinâmico e gostoso ritmo narrativo que por vezes lembram as gags de espertas personagens infantis de tiras em quadrinhos como Mafalda, Kalvin e Armandinho. O leitor aprende junto com o pai, que aprende com a filha que aprende com o mundo. "Alicismos" causa certa saudade da infância e instiga a voltar a perguntar sem medo o porquê das coisas.
Eu queria ser menino só se for Eu vou se eu menino cavalo marinho, porque o quiser! Eu cavalo marinho é o menino que sou minha. tem bebê dentro da barriga. Tá bom! Eu tiro O nosso o que redisse! cocô vai pro mar? Mãe, a gente tá numa Vovô, você história de sente muita livro ou de saudade do devedê? seu pai? Eu Quem vou sentir inventou o saudades mundo? de você...
MEIO AMBIENTE
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Em 10 anos ninguém é autuado por poluir praias Dados da Secretaria de Meio Ambiente apontam grande número de crimes contra a flora e aumento dos flagrantes de caça por Renata Takahashi
A maior parte das infrações ambientais autuadas em Ubatuba entre 2006 e 2015 está relacionada à flora, como a extração do palmito juçara, ameaçado de extinção, no Parque Estadual da Serra do Mar. Nos últimos anos, a Coordenadoria de Fiscalização Ambiental da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e a Polícia Militar Ambiental, responsáveis por lavrar os Autos de Infração Ambiental (AIA), também têm registrado cada vez mais ocorrências de caça. É o que mostra o Data Geo (datageo. ambiente.sp.gov.br) sistema de
informações ambientais do Estado. O AIA é (ou deveria ser) o procedimento administrativo destinado à apuração e correção de toda ação ou omissão que viole regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente. Os números de autuações, no entanto, podem ser apenas a ‘‘ponta do iceberg’’, uma vez que os crimes registrados representam só aqueles que foram pegos pela deficiente fiscalização. Nas praias de Picinguaba e Perequê-Mirim, por exemplo, onde a Cetesb classifica a qualidade das águas como imprópria pela elevada
concentração de bactérias fecais, não houve nenhuma autuação por poluição nos últimos 10 anos, nem mesmo contra a Sabesp. De um modo geral, as ocorrências têm se concentrado na região central e sul do município. Verifica-se, ainda, que não houve qualquer autuação por “uso fogo” nem “corte”. E há apenas 3 autuações classificadas como “Poluição”, em 2011 (Jardim Samambaia), 2012 (divisa com Caraguá) e 2013 (no Rio Escuro). Além dos crimes contra a fauna e flora, no Data Geo é possível consultar ocorrências de crimes relativos a mineração, pesca em
local, modalidade ou período proibidos, poluição, degradação ou ocupação irregular de Unidades de Conservação, Área de Proteção de Manancial e de Preservação Permanente, entre outros. No site é possível consultar o mapa do Estado e ver onde ocorreram as autuações de 2006 a 2015. Dados anteriores e de 2016 não se encontravam disponíveis até o fechamento desta matéria. A Polícia Ambiental de Ubatuba foi procurada diversas vezes para responder a questões relativas às infrações ambientais no município, mas não se manifestou até o fechamento desta edição.
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