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COMUNICAÇÃO POPULAR FCT
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA - TIRAGEM 5.000 EXEMPLARES - EDIÇÃO Nº 016 - ANO 02 - OUTUBRO DE 2017 - UBATUBA - SP
Teatro, música, fotografia: veja agenda de eventos que movimentam Ubatuba Pág. 04
Incêndio destrói floresta entre as praias do Bonete, Cedro e Fortaleza
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Caiçara lança livros infantis artesanais e interativos Pág. 08
InforMar Ubatuba
Só teremos uns aos outros
Vivemos tempos de incerteza, tempos tão sombrios que fazem com que poemas da época da ascensão do Nazismo voltem a fazer sentido. Em 1933, Martin Niemöller, um pastor luterano alemão, escreveu: "Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu. Como não sou judeu, não me incomodei. No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista. Como não sou comunista, não me incomodei. No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico. Como não sou católico, não me incomodei. No quarto dia, vieram e me levaram; já não havia mais ninguém para reclamar..." Tristemente, a profecia de Niemoller se cumpriu. O Nazismo que havia começado perseguindo as minorias étnico-religiosas (judeus e ciganos) e adversários políticos (socialistas e liberais) não tardou a começar a perseguir e a eliminar artistas, intelectuais que se opusessem à violência do regime. Até mesmo os pacíficos crentes da denominação conhecida como ‘‘Testemunhas de Jeová’’ foram perseguidos e o próprio pastor Niemöller foi parar em um campo de concentração, como também aconteceu com o padre Maximiliano Maria Kolbe. Vigiar para impedir o renascimento de qualquer forma de tirania e absolutismo é dever de todas as gerações. Não podemos subestimar nem admitir sequer a mais sutil agressão à dignidade da pessoa humana, nem aos direitos constitucionais de nenhum brasileiro. Vivemos uma crise na Democracia e não se pode fechar os olhos ao fato de que ela pode se agravar, É preciso reconhecer que os direitos dos povos indígenas estão sendo violentamente desrespeitados quando existem interesses econômicos na exploração de seu território. Se os Direitos originários dos indígenas, reconhecidos pela Constituição de 88, não são respeitados hoje, o que impede que amanhã a violação irreversível seja cometida contra qualquer outro grupo da sociedade brasileira? Somos uma sociedade plural, formada por múltiplas raízes. Somos todos diferentes uns dos outros. No entanto, somos ‘‘o próximo’’ uns dos outros. Nos tempos de hoje, ou redescobrimos o significado e o valor de palavras como ‘‘empatia’, ‘‘solidariedade’’, ‘‘compaixão’’ e ‘‘apoio’’ ou seremos todos esmagados. E os primeiros brasileiros que estão precisando de todos os outros são os povos indígenas. Não podemos nos calar.
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CHARGE DO MÊS
Direito de reprodução cedido pelo Conselho Indigenista Missionário
EDITORIAL
InforMar Ubatuba Diretora de jornalismo Renata Takahashi (MTB: 0076209/SP) Editor de conteúdo Leandro Cruz Tiragem 5000 Periodicidade mensal Distribuição gratuita
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Organizações assinam carta após reunião na aldeia Boa Vista
CARTA DE UBATUBA - Fórum de Comunidades Tradicionais de Angra, Paraty e Ubatuba
RENATA TAKAHASHI / INFORMAR UBATUBA
Nos últimos dias 20 e 21 de setembro, o Fórum de Comunidades Tradicionais (FCT) de Angra dos Reis, Paraty e Ubatuba realizou reunião ampliada na Aldeia Boa Vista, em Ubatuba. Além de representantes de mais de uma dezena de comunidades tradicionais da região, no segundo dia a reunião foi aberta a convidados tais como representantes do Ministério Público Federal, do Instituto Chico Mendes, da Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo, entre outros. Da reunião resultou um documento que foi chamado de ‘’Carta de Ubatuba’’ (leia ao lado).
O Fórum de Comunidades Tradicionais Indígenas, Quilombolas e Caiçaras de Angra dos Reis, Paraty e Ubatuba, espaço de articulação das comunidades tradicionais desta região constituído em 2007, reunido na Aldeia Boa Vista, em Ubatuba (SP), e as o rg a n i z a ç õ e s a b a i x o a s s i n a d a s , manifestam seu repúdio ao intenso processo de privatização do patrimônio comum - terras, florestas e águas, essenciais à vida dos povos e comunidades tradicionais - em curso no país. Chamando atenção ao consequente acirramento dos conflitos fundiários e disputa pelos recursos naturais que derramam o sangue de indígenas, quilombolas, caiçaras, trabalhadores rurais, defensores da floresta e de direitos humanos em uma proporção perversa e sem precedentes no Brasil. Dia 14 de setembro de 2017, feriado municipal que celebra o Tratado de Paz de Iperoig, os Indígenas das Aldeias Boa Vista, Renascer e Rio Bonito marcharam até a Praça da Paz de Iperoig, no Centro de Ubatuba, para realizar Ato em memória à resistência
indígena ao primeiro grande extermínio decorrente do acordo intermediado pelos padres jesuítas, José de Anchieta e Manoel da Nóbrega, e traído pelos portugueses. Extermínio perpetuado por anos a fio até hoje. Os indígenas de Ubatuba e região afirmam seus direitos originários aos territórios tradicionais, e dizem não à tese do marco temporal. Os Quilombolas de Ubatuba e da região se somam à campanha “Nenhum Quilombo a Menos, o Brasil é Quilombola” defendendo a constitucionalidade do Decreto 4.887/2003 e também dizem não à tese do marco temporal. As comunidades tradicionais Caiçaras, lutam pela caracterização, reconhecimento e fortalecimento de seus territórios tradicionais, seja em terra como as reservas pesqueiras no mar, para permanência de suas moradias e usos tradicionais. Reunidos para fortalecer a luta pela defesa de nossos territórios e modo de vida, nos manifestamos: ( i ) Pe l o re c o n h e c i m e n to ,
regularização fundiária e titulação coletiva dos territórios tradicionais quilombolas e caiçaras do Litoral Norte de São Paulo pela SPU, INCRA, ITESP, com apoio do MPF e DPE/SP; (ii) Contra a privatização dos Parques Estaduais por meio de parcerias público-privada, política em curso pela Fundação Florestal, em detrimento das experiências de turismo de base comunitária; (iii) Contra a paralisação das atividades dos Conselhos Gestores de Unidades de Conservação do Litoral Norte pela SMA/Fundação Florestal e pela retomada imediata de suas atividades; (iv) Contra a criminalização ambiental das comunidades tradicionais pela Polícia Militar Ambiental; (v) Contra a implantação de grandes empreendimentos terrestres e marítimos sem a consulta prévia, livre e informada às comunidades diretamente afetadas e sem sua devida caracterização nos estudos de impacto ambiental pelos grandes empreendimentos públicos e privados.
Ubatuba, 28 de setembro de 2017 Fórum de Comunidades Tradicionais Indígenas, Quilombolas e Caiçaras de Angra/Paraty/Ubatuba (FCT), Coordenação Nacional das Comunidades Tradicionais Caiçaras (CNCTC), Comissão Nacional de Fortalecimento das Resex e Povos Tradicionais Extrativistas Costeiros e Marinhos (CONFREM), Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ), Comissão Guarani Yvyrupa (CGY), Articulação das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Estado do Rio de Janeiro (ACQUILERJ), Articulação Estadual de Agroecologia do Rio de Janeiro (AARJ), Fórum Contra a Privatização da Baía da Ilha Grande, Associação dos Amigos e Remadores da Canoa Caiçara, Associação dos Bananicultores do Sertão de Ubatumirim, Sociedade Amigos e Moradores do Bairro do Prumirim, Associação de Moradores da Almada, Associação dos Moradores Originários da Praia do Sono, Associação dos Moradores e Produtores Rurais de São Gonçalo, Associação dos Remanescentes de Quilombo de Caçandoca, Associação dos Remanescentes de Quilombo da Comunidade do Sertão do Itamambuca, Associação da Comunidade dos Remanescentes de Quilombo da Fazenda, Associação dos Moradores do Quilombo do Campinho, Associação da Comunidade dos Remanescentes de Quilombo de Santa Rita do Bracuí, Tembiguai Associação Indígena – TI Boa Vista, Associações Comunitárias Indígenas Guarani das Aldeias de Paraty – Araponga, Itaxi, Rio Pequeno, Associação Comunitária Indígena Guarani da Aldeia Sapukai, Museu Caiçara de Ubatuba, Instituto de Permacultura da Mata Atlântica (Ipema), Associação Cunhambebe da Ilha Anchieta, Sociedade Angrense de Proteção Ecológica (Sapê)
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Outubro/2017 - Pág. 04 za ao público 77 imagens em macro fotografia de alguns habitantes da Mata Atlântica. Em busca da imagem mais impressionante, o fotógrafo percorreu lugares espetaculares do bioma no Estado de São Paulo. O Sobradão fica na Praça Anchieta, 38, Centro. A exposição está aberta de segunda a sexta das 9h às 12h e das 14h às 17h. Sábado, domingo e feriados das 14h às 22h.
Festa da Padroeira Nossa Senhora Aparecida no Quilombo da Caçandoca A Festa acontece na praia da Caçandoca, costa sul de Ubatuba. O acesso à comunidade é feito por uma estrada de terra a partir da rodovia SP-55 (RioSantos), entre os quilômetros 77 e 78. A distância até a praia é de aproximadamente 6 quilômetros. 11:00 Atrações diversas Fundart 9:30 Motoromaria 9:00 Oficina do Fundação de Arte e 9:30 Procissão marítima Tradicional Pau a Pique Cultura de Ubatuba 10:00 Missa Inculturada 16:00 Oficina de 16:00 Espetáculo 12:00 Maracatu Itaomi Dança com Vanessa Banzo com Will Vieira 12:00 Almoço Azul Marinho Soares e Vanessa Soares
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De 5 a 14 de Outubro de 2017 2º Festival dos Pequenos Espaços Teatrais - FePET A Resistência O festival será realizado entre os dias 5 e 14 de outubro. Durante dez dias, haverá quatorze apresentações em espaços estrategicamente distribuídos pela cidade, nos bairros do Itaguá, Centro, Sesmaria, Ipiranguinha, Taquaral, Perequê-Açu e Perequê-Mirim. Confira a programação: 05/10 – Espaço Consciência (Itaguá) às 20h: “A Maçã – Podem as Máquinas Pensar?” – Officina ArtAud 06/10 – Projeto Namaskar (Sesmaria) às 15h: “Romeu e Julieta Atemporal” – Grupo Teatral Atemporal Caiçara 07/10 – Projeto Namaskar (Sesmaria) às 15h : “Deixe-me Voar” – Grupo Bonde Visões Periféricas 08/10 – Projeto Gaiato (Ipiranguinha) às 19h: “De Saia não se Sobe
em Árvore” – Grupo de Teatro do Oprimido de Ubatuba 09/10 – Espaço Consciência (Itaguá) às 19h: Mesa Redonda sobre “Teatro Independente e Poder Público” 10/10 – Escola Municipal Simeão (Taquaral) às 09h e 15h – “As Aventuras de Tupã-Mirim” e “Tambores Cantados” – Grupo Abayomi Encantado às 09h. “Histórias com Pitada de Estórias” – Claudia Oliveira às 15h. 11/10 – Ubatuba em Foco (Perequê-Mirim) às 19h – “De Saia não se Sobe em Árvore” – Grupo de Teatro do Oprimido de Ubatuba 12/10 – Sobradão do Porto (Centro) às 15h, 16h e 17h - “A Saga do Negro Bainawá” – Palhaço Pilequinho às 15h. “Histórias com Pitada de Estórias” – Claudia Oliveira às 16h. “Zé Gambiarra Circo Show, Solo Mio” – Cia Fulô Circo Teatro às 17h.
13/10 – Sobradão do Porto (Centro) às 21h – “A Maça - Podem as Máquinas Pensar?” Officina ArtAud 14/10 – Convívio das Artes (Perequê-Açu) às 17h e 20h – “Um Amor de Passarinho” – Um, Dois, Três Coletivo Teatral às 17h. “Transântica” com atuação e criação de Barbara Buck, Cynthia Schauff e Rodrigo Caldeira às 20h. Mais informações: www.officinaartaud.org/fepet2017 De 6 de Outubro a 5 de Novembro Exposição fotográfica ‘Tesouros da Mata Atlântica’ NO SOBRADÃO DO PORTO A exposição fotográfica “Tesouros da Mata Atlântica” pretende fazer moradores e turistas refletirem sobre a importância da preservação da biodiversidade. Do dia 6 de outubro a 5 de novembro, no Sobradão do Porto, o fotógrafo Tadeu Fischer disponibili-
18 de Novembro 2º Festival Tarova NO ESPAÇO TXAI (ITAGUÁ) O Tarova – Festival da Canção Autoral de Ubatuba (SP) realizará sua 2ª edição no dia 18 de novembro, das 14h às 22h, no Espaço Cultural Txai (Av. Prof. Chico Santos, 326, Itaguá). O festival tem como objetivo divulgar e incentivar o trabalho de músicos autorais independentes, e também estimular a formação de público e a criação de um circuito musical autoral na cidade de Ubatuba (SP). As inscrições são gratuitas e estão abertas até 20 de outubro. Será permitida a inscrição de apenas uma canção por banda/artista, sem restrições de gêneros musicais. A banda/artista que tiver interesse em se inscrever para participar do festival, pode escrever para festivaltarova@gmail.com solicitando o regulamento e a ficha de inscrição.
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Incêndio florestal desfigura paisagem do Bonete Fogo consumiu área estimada em 72 mil m² de floresta no morro entre as paradisíacas praias do Bonete, do Cedro e da Fortaleza
O QUE ERA VERDE FICOU CINZA
WESLEY ALVES / CAIÇARA CRIATIVO
No último Domingo de setembro, dia 24, um incêndio que começou na trilha próxima à comunidade do Bonete se alastrou pela mata no morro em direção à praia do Cedro e da Fortaleza. O incêndio começou à tarde, antes das 16 horas, e seguiu queimando a floresta até depois das 22 horas. Moradores voluntários e três membros da Defesa Civil se uniram para apagar o fogo. Eles utilizaram paus, facões, baldes, abafadores e bolsas de água para conter as chamas. Utilizando GPS e mapas de satélite, os oceanógrafos Guilherme Fluckiger, Nathalye Mieldazis e Andréa Lima de Oliveira calcularam que a área atingida foi de aproximadamente 72 mil m², o que equivale a mais de 10 campos de futebol. Isso sem levar em conta a declividade do terreno, o que aumentaria consideravelmente o resultado do cálculo da superfície da área. O coordenador da Defesa Civil de Ubatuba, Guaraçay dos Santos, disse que “foi um incêndio de grandes proporções”. A Prefeitura de Ubatuba também fala em aproximadamente 70 mil m² atingidos pelo fogo.
O Secretário Adjunto da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Moacir Carpinetti Jr., disse que a Prefeitura não sabe de quem é a área, mas que está averiguando. Segundo ele, a Secretaria pretende elaborar um plano de recuperação da área. "A Secretaria está liderando um grupo de voluntários, moradores e outros interessados para desenvolver um plano de recuperação da área, inclusive já destinamos todo estoque de mudas oriundas das medidas de compensação para este fim. Elaboraremos um projeto técnico de recuperação em conjunto com outros profissionais voluntários, mas ainda há muitas questões a serem discutidas, inclusive a questão legal, pois são áreas particulares", afirmou Carpinetti. As causas do incêndio ainda são desconhecidas. "A responsabilidade da investigação é da Polícia Civil, pois pode ter sido praticado um crime ambiental", disse o Secretário. O Corpo de Bombeiros, a Polícia Civil e a Polícia Ambiental, até o fechamento desta matéria, ainda não haviam retornado os pedidos de informação de nossa equipe, que continua à disposição para publicar suas considerações sobre os fatos.
WESLEY ALVES / CAIÇARA CRIATIVO
da Redação
Essas imagens aéreas foram capturadas com uso de drone pelo caiçara e morador da Fortaleza Wesley Alves, do projeto "Caiçara Criativo". As fotografias foram tiradas no dia 26 de setembro, dois dias após o incêndio. O local por onde o fogo se alastrou é um terreno íngreme, de difícil acesso.
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FOGO CHEGOU PRÓXIMO ÀS CASAS
Sobre o impacto nas "casas" dos animais, o caiçara Gabriel Alexandre, que conhece bem a área, conta o que viu após o incêndio. "O habitat de todos os bichos que viviam lá foi 100% impactado. Vimos tocas, cobras queimadas, cinzas de passarinho. Meio difícil identificar os animais, o fogo foi forte, não sobrou muita coisa. "
Morador da Fortaleza, Arthur Ferreira não estava no bairro, mas voltou correndo quando foi avisado sobre o incêndio. Entrou na mata para combater o fogo de chinelo e bermuda. Em condições precárias, ele comemorou a chegada da Defesa Civil. "Foi a salvação nossa, o pessoal da Defesa Civil chegou numa hora boa, exata, tinha um foco bem grande de incêndio bem virando para a Fortaleza." Murilo Jesus da Costa, jovem de 15 anos do Bonete, subiu e desceu o morro várias vezes para encher baldes. "Eu fui pegando os baldes de água e levando lá pra cima, para apagar. A gente cortava uns galhos com folha para tentar apagar também", recordou o morador. “Entramos no fogo literalmente por que era a única coisa que a gente podia fazer pra acabar com o fogo antes que ele acabasse não só com a natureza, como também com algumas casas”, disse o morador do Bonete, Edson Silva, que também se preocupa com as nascentes de água localizadas na área atingida.
LEANDRO CRUZ / INFORMAR UBATUBA
WESLEY ALVES / CAIÇARA CRIATIVO
LEANDRO CRUZ / INFORMAR UBATUBA
O fogo no Bonete chegou a poucos metros das casas. Moradores da Fortaleza e do Bonete se uniram a funcionários da Defesa Civil e conseguiram combater o incêndio, que começou antes das 16 horas e só foi contido após as 22 da noite.
DEPOIMENTOS DOS MORADORES
GUILHERME FLUCKIGER
Ajude a prevenir incêndios. Não jogue cigarros, fósforos e lixo na mata. Não solte balões (é crime, Lei 9.605.98). Não queime folhas e galhos de poda. Em caso de incêndio, acione o Corpo de Bombeiros (193), a Polícia Militar (190) ou a Defesa Civil (199). Assista à reportagem sobre o incêndio em nosso canal do Youtube, página do Facebook ou no site informarubatuba.com.br
Agora sob o comando do chef Marcelo Machado Pça . Teodorico, 8 - Ilha Dos Pescadores Ubatuba - São Paulo - Brasil
LITERATURA
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COLUNA DO ATENEU
Festejando 50 anos Outubro é mês de comemorar o cinquentenário da Biblioteca Pública Municipal “Ateneu Ubatubense”. No #diadelertododia, 25 de outubro, 9h, a biblioteca vai amanhecer com uma oficina de criação de livros artesanais para crianças. Às 15h, Claudia Oliveira nos deliciará com o seu “Pirão de histórias”. Dia 26, às 14h, tem “No Meio do Caminho”, espetáculo com poemas de Drummond de Andrade, seguido da oficina “Texto Poético e Interpretação Teatral”. Na sexta, 27, tem o coquetel de premiação do concurso literário da FundArt, às 18h. A cereja do bolo será a instalação “Lembranças esquecidas”, com coisas deixadas dentro dos livros e uma exposição digital sobre a história da biblioteca. Acesse fb.com/bibliotecaubatuba para detalhes e venha comemorar a sua biblioteca!
*Foto de 1945, cedida por Edson Silva, mostra espaço que hoje é ocupado pela biblioteca e pela Praça 13 de Maio.
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Artista caiçara lança livros infantis interativos feitos à mão No mês das crianças, Claudia Oliveira apresenta coleção de livros de pano RENATA TAKAHASHI / INFORMAR UBATUBA
Keila Redondo
por Renata Takahashi Caiçara nascida na praia do Flamengo, Claudia Oliveira, 45 anos, tem dedicado parte de seu tempo às crianças. A conhecida contadora de histórias de Ubatuba já produziu mini-livros de colorir, revistas com jogos, músicas e outras diversões, e agora lança um trabalho inédito. São livros infantis artesanais de pano, cujas peças grudam e desgrudam das páginas, fazendo da leitura uma agradável brincadeira. São sete títulos diferentes: Quem sou eu?, Borboleteando, O Despertar, Na Fazenda, Vamos Contar, Monstros e AEIOU. Cada título tem dez páginas e foi repro-
duzido por ela até quatro vezes. “A história é a mesma, mas eles têm cores diferentes, personalidades diferenciadas”, explica Oliveira. A base dos livros é feita com feltro, mas também foram utilizados materiais como tecido chita, microfibra, enchimento, velcro, cola de silicone, EVA, colas de glitter, cola plástica, linhas de costura e canetinhas. Neste mês em que se comemora o dia das crianças, Claudia Oliveira estará em uma série de eventos em Ubatuba apresentando seus livros e contando pequenas histórias. Para mais informações, Oliveira responde no WhatsApp pelo número 12 997338264. Confira agenda da autora:
AGENDA DO LANÇAMENTO 06/10, 17h30 - Sebo Bambu (R. Esteves da Silva, 268, Centro) 07/10, 17h - O Limoeiro (R. dos Pescadores, 8, Centro) 11/10, 14h às 17h - Praça Nóbrega (Centro) 12/10 - Feira dos Artesãos da Fundart (em frente ao Sobradão do Porto) 13/10, 12h30 às 15h30 - Padma Padam (R. Tamoios, 80, Itaguá) 13/10 - Villa Guarani (R. Guarani, 663, Barra da Lagoa) 14/10, 18h - Caeté Bistro (R. Capitão Felipe, 426, Acaraú)
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AMENIZANDO O EFEITO DA MARESIA iver e passear perto da praia faz bem para as pessoas. Já para a saúde do seu carro, a proximidade do mar pode oferecer alguns riscos, tudo por causa da famosa maresia, aquela névoa fina que sobe do oceano. A maresia não é uma neblina comum, pois não é formada por vapor puro de água, mas também pelo ‘‘spray’’ das ondas que arrebentam nos costões. Essas gotículas são de água salgada, que acelera ainda mais o processo de oxidação, isso é, de ferrugem.
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É preciso ficar bem atento sobretudo às partes expostas da lataria, aqueles lugares que sofreram pequenos arranhes, por exemplo. Com alguns cuidados dá para manter a ferrugem afastada por muito mais tempo. Anote aí: - MANTER O CARRO EM LOCAL COBERTO à noite é algo que ajuda a manter as gotículas salgadas longe da lataria do seu carro. Existem também capas plásticas para cobrir o carro e deixá-lo ainda mais seguro. É importante amarrar bem essas capas para que elas não sejam arrancadas pelo vento; - LAVAR O CARRO DEPOIS DA PRAIA retira o sal e areia da superfície metálica. Vale a pena jogar uma água por baixo do carro, para tirar toda a areia que gruda ali; - ENCERAR o carro cria uma película protetora entre a lataria e o oxigênio, o que retarda a oxidação; - PEQUENOS AMASSADOS E RISCOS precisam ser concertados o quanto antes, pois é justamente nesses pontos vulneráveis que a ferrugem tende a se formar primeiro. Se o dono do carro demora muito para fazer o conserto, a ferrugem pode se alastrar rapidamente a partir daquele ponto.
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BAIXOS
INFORMAR Caciques UBATUBA reunidos na Renascer 27/09/2017
CONFEDERAÇÃO DOS TAMOIOS Caciques e lideranças indígenas do Estado de São Paulo realizaram uma reunião na escola da aldeia Renascer Ywyty Guaçu, em Ubatuba. Estiveram presentes representantes das etnias Tupi, Guarani, Terena, Kaigang e Krenak do litoral Norte e Sul, do interior e da capital. As lideranças decidiram realizar ações para demonstrar a união das mais de 34 aldeias de São Paulo, em defesa dos direitos de cada uma delas. A primeira das ações foi a
ocupação, já no dia seguinte, do prédio da Coordenação Regional Litoral Sudeste da Funai, em Itanhaém. Na pauta dos caciques: o destravamento do processo de demarcação das aldeias Renascer (em Ubatuba) e Paranapuã (São Vicente); a manutenção do direito dos Guarani sobre o Pico do Jaraguá (São Paulo); e também o direito dos indígenas da Terra Indígena Piaçaguera (Peruíbe) de serem consultados sobre a construção de uma usina termoelétrica cujo projeto prevê a passagem de dutos de combustível pelo território dos indígenas. Eleições da Santa Casa 01/03/2016
SANTA CASA INVESTIGADA
A Câmara Municipal de Ubatuba abriu uma CPI para investigar possíveis irregularidades na eleição para a provedoria da Santa Casa de Ubatuba, único hospital da cidade. A CPI foi aberta depois que o Ministério Público emitiu seu parecer sobre o processo 1001045-80.2016.8.26.0642, movido pelo presidente da chapa que perdeu por um voto a disputa pela provedoria no período 20162018. No entendimento do promotor Henrique de Miranda, ‘‘O fato de que associados foram impedidos de votar, no dia das eleições, sem que qualquer anotação tenha constado em ata, por si só, é capaz de anular a referida eleição’’, vencida pelo grupo encabeçado por Fanio Santos. O InforMar procurou a assessoria do hospital que, até o fechamento desta edição, não se manifestou sobre o assunto.
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Um brinde às mulheres!
Foi fundamental a participação feminina na trajetória da cerveja até ela se tornar a bebida mais consumida do mundo. Por milênios, as mulheres foram as responsáveis pelo feitio cervejeiro, que nos primórdios funcionava assim: o homem saía pra caçar enquanto a mulher cuidava dos filhos e preparava as refeições. Logo, a bebida (que era considerada nutritiva, não só recreativa) era servida junto com a comida dessas famílias através das mãos das matriarcas. Povos como os Sumérios (4000 a.C) consideravam as cervejeiras como seres especiais por seu “poder” de transformar água e cereais em cerveja. A deusa romana da colheita, Ceres, também era considerada deusa da cerveja e, inclusive, um desdobramento do seu nome serviu para batizar a bebida em vários lugares. Trilhando o histórico da bebida fermentada de cereal, passamos pelos impérios egípcio e inca, pelos vikings e pelas tabernas da Europa medieval. Encontramos por esses caminhos, muitas histórias sobre mulheres fundamentais no desenvolvimento e perpetuação da nossa amada cerveja. No século XII, por exemplo, a monja alemã Hildegard von Bingen foi a primeira pessoa a estudar o uso de lúpulo em cerveja devido, a princípio, às suas propriedades conservantes. Atualmente ela é considerada santa pela Igreja Católica (dê graças no próximo gole amargo!). O domínio delas sobre a produção só cessou no século XVIII, quando a cervejaria passou a ser um negócio de empresas de produção em grande escala. De lá pra cá, houve uma inversão de valores simbólicos em torno da cerveja: as mulheres deixaram de ser protagonistas e passaram a ser objetivadas em propagandas de cervejarias afim de atingir mais e mais homens para seu público. Isso explica muito sobre a visão machista que as gerações atuais têm sobre a relação mulher x cerveja. Mais recentemente (já nos anos 2000), uma boa parcela das empresas do ramo começaram a mudar sua postura. Não usam mais a imagem feminina em publicidade e as cervejarias estão cheias de profissionais voltando ao lugar que lhes pertence: são mestres-cervejeiras, donas de bares e cervejarias, sommelières e especialistas em vários segmentos do meio cervejeiro que, além de tudo, incentivam outras mulheres a se aventurar nesse mercado também como consumidoras! Hoje em dia ainda se vê em prateleiras de mercado cerveja com rótulo escrito “Mulher”, o que é, no mínimo, retrógrado e insolente. Como digo aos meus clientes: PALADAR NÃO TEM SEXO! Então, reocupemos nossas cadeiras no bar, e saúde!
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Outubro/2017 - Pág. 11
Instituto da Árvore finaliza projeto ‘Viveiro IA’ e inaugura espaço para educação ambiental Construção feita com material de baixo impacto ambiental está localizada na sede do IA, onde fica também o viveiro de mudas nativas
INSTITUTO DA ÁRVORE
O Instituto da Árvore acaba de inaugurar em sua sede o Espaço Embaúba, uma construção feita com material de baixo impacto ambiental destinada a funcionar como centro de formação, documentação e informação. O evento de inauguração do Espaço marcou também o encerramento do projeto Viveiro IA, iniciado em março de 2015, que produziu mais de 25 mil mudas de qualidade de 52 espécies nativas da Mata Atlântica. O projeto financiado pela Petrobras deixa como legado o Inauguração do Espaço Embaúba, no dia 23 de setembro
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Outubro/2017 - Pág. 12
Encontre os 7 erros e pinte os desenhos ARTE: Mariana Massarani/SMS Rio ADAPTAÇÃO: InforMar Ubatuba