SÍRIO LIBANÊS
Primeira cirurgia robótica sinaliza resultados da modernização da TI
BUSINESS INTELLIGENCE
IBM, SAP, Oracle e Microsoft respondem por metade do mercado. Saiba fazer a escolha certa
COMPUTAÇÃO EM NUVEM
Especialistas explicam como este conceito interfere (ou não) na arquitetura de TI
www.informationweek.com.br
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GERAÇÃO DINÂMICA E IMERSA EM TECNOLOGIA,
A NOVA GERAÇÃO DE PROFISSIONAIS REPRESENTA UM DESAFIO PARA A TI DAS EMPRESAS. ATENDER AOS ANSEIOS DESTES JOVENS SEM COMPROMETER A SEGURANÇA E AS POLÍTICAS DAS COMPANHIAS É UM PROBLEMA QUE CABE AOS CIOS SOLUCIONAR
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Índice
30 de Maio 2008 - Número 202
18
Afeitos à tecnologia desde criança, os jovens que integram a geração Y chegam ao mercado questionando o modo tradicional de as companhias ANALYTICS BRIEF CIOs trabalharem. podem ajudar a conciliar os anseios deles com as barreiras das empresas
SÍRIO LIBANÊS
Primeira cirurgia robótica sinaliza resultados da modernização da TI
BUSINESS INTELLIGENCE
IBM, SAP, Oracle e Microsoft respondem por metade do mercado. Saiba fazer a escolha certa
COMPUTAÇÃO EM NUVEM
Especialistas explicam como este conceito interfere (ou não) na arquitetura de TI
www.informationweek.com.br
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30 de maio de 2008 - Ano 10 - nº 202
GERAÇÃO
Fixas 4 Editorial 12 www.itweb.com.br 26 Conversa com CIOs 56 Estante 58 Inovação 27 | Analytics Brief |
DINÂMICA E IMERSA EM TECNOLOGIA,
A NOVA GERAÇÃO DE PROFISSIONAIS REPRESENTA UM DESAFIO PARA A TI DAS EMPRESAS. ATENDER AOS ANSEIOS DESTES JOVENS SEM COMPROMETER A SEGURANÇA E AS POLÍTICAS DAS COMPANHIAS É UM PROBLEMA QUE CABE AOS CIOS SOLUCIONAR
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Ao longo de 2008, InformationWeek Brasil publica análises sobre tendências e tecnologias que afetam diretamente os profissionais de TI. Nesta primeira edição (serão quatro no total), o mercado de BI está em evidência. O que muda e quais os prós e contras da consolidação dos fornecedores?
no horizonte 40 | Tecnologia |
A computação em nuvem está se tornando popular, mas ela assemelha-se mais com velhos conceitos (em uma apresentação nova) que com algo disruptivo. A opinião da indústria e de especialistas sobre como ela interfere (ou não) na arquitetura de TI das
>
companhias.
| Na Prática | 46 A CordCell, especializada em hematologia,
“queremos chegar a uma
prepara a sua TI para o crescimento da companhia. A modernização inclui virtualização de desktops e
prescrição eletrônica
servidores.
48 Pressionado pelas operadoras de planos de com assinatura saúde para reduzir os custos dos procedimentos médigital. mas 40 dicos, o Hospital Samaritano adotou BI e se adaptou não é uma ao novo modelo de relacionamento. realidade de 6 | Entrevista 49 Banco Prosper parte para a telefonia IP para 2008, eu acho Em abril, o Hospital Sírio Libanês realizou a primeira Mautner, da Localweb: empresa tem planos para oferecer modelo de cloud computing ainda em 2008uma vez que está em cortar gastos com ligações, que é para cirurgia robótica do País. Nesta entrevista, a superincontato diário com a Bovespa e a BM&F. 2012 ” tendente de TI, Margareth Ortiz de Camargo, conta qual Longe de ser algo único, um objeto ou um compodade”, explica o presidente da LocaWeb, Gilberto Mau-
novo DesenHo
Fotos: Guilherme Bessa
Do mercaDo De bI
Foto: Leandro Fonceca
ibm, sap, oracle e microsoft são responsáveis por metade do mercado de bi. aqui está o que você precisa saber para fazer 27 06certa a escolha
M A R Y H A foi Y EaSinfra-estrutura W E I E R / I N F O R M Apara T I Olevar N W EaEcabo K E nente aU A tecnológico, a computação em nuvem pare-Review tner. A| empresa já elabora planos para oferecer algum 50 | se Tech iWb – o objetivo foi modernizar a ti? necessária Tasy Wheb, criação do projeto de infra-estrutura. maggie – Isto, com foco sempre segurançatambém da Não os é fácil, é um projeto no você colocace em mais uma com um contêiner que abriga vários outros operação; enarevela projetos dequalmodernização cloud computing para modelo dedefinir Pare de “apagar incêndios”: os sistemas e os clientes ainda em informação, porque, se você não tem, principalmente planta baixa a instituição inteira. Já 2007, foi a execução conjuntos de dados mais importantes das organi2008, principalmente voltados para start-ups e pequeconceitos mais sólidos, discutidos e usados há alguns da TI da organização. em uma área crítica como a médica, é complicado. Não do projeto, a parte de infra-estrutura, do data center. zações éorieno primeiro paraempresas. avaliar os riscos naspasso e médias anos. Só para citar alguns, lista-se arquitetura dá para viver sem, né? lay_analytics brief.indd 27 5/22/08 3:33:33 AM associados ao ativo. Veja os princípios e pontos de iWb – Como era antes? 10 | Mercado Apesar de não existir inovações grandiosas, três fortada a serviços (SOA), software como serviço (SaaS), iWb – não... quais foram as diretrizes maggie – Nós tínhamos servidores separados, mas atenção para estruturar o gerenciamento de risco. ças impulsionaram que todos esses conceitos, antes disvirtualização de servidores, sob demanda, clusters, do projeto? com funcionalidades separadas. Por o exemplo, em um Marcos Aguiar assina artigo exclusivo sobre potencial maggie – Começou com a mudança de rodava um programa de agendamento de paciente, persos, fossem reunidos em um mesmo termo. Primeiweb enabled, business process management (BPM), brasileiro no mercado de TI administração do hospital há três anos. Entrou na em outro, um programa que fazia prescrição médica. ro, há uma demanda crescente por e-bussines. Segundo, thin client, compartilhamento e otimização de data presidência o dr. Maurício Ceschin, que sabia da Às vezes, você precisava cadastrar o mesmo paciente Correção os equipamentos ficam mais poderosos e mais baratos a centers e conexão. importância em dar um salto tecnológico, porque no em diferentes sistemas dependendo do que ele ia Na reportagem momento em que aquela diretoria se formou fizeram fazer. O médico não recebia nenhuma informação Em constante cada dia. E, terceiro, há a proliferação de informação onParece haver tantos termos quanto há gotículas de 24 | For IT by IT unificada. Hoje, é totalmente integrado e trabalhamos dadiagnóstico da situação e decidiram que não evolução,um line, seja na internet pública ou nas redes corporativas. haveria outro caminho a não ser reestruturar tudo. Isto com alta disponibilidade e redundância. água numa nuvem. Justamente por isto, tem se tornaedição número O gerente de planejamento de TI da Nossa Caixa, Carlos ocorreu três anos atrás e é um projeto de investimentos O estudo “A diversidade e a Explosão do Universo do uma benção para marqueteiros, mas um enigma de 200, ficaram detalha em um artigo quefalou as companhias em TI de R$ 10Lago, milhões entre 2006 e 2008. iWbo – voCê na adoção de erp. de fora dois Digital: Uma atualização do Crescimento da Informaesfinge para os profissionais de TI. “A computação em quando oCorreu e oum que usavam patrocinadores precisam se atentar na hora de elaborar plano antes? de ção até 2011”, realizado pelo instituto de pesquisa IDC a nuvem é cheia de benefícios que as empresas podem iWb – o que marCou Cada período? maggie – Em 1° de junho de 2007, nós viramos o do IT Forum governança maggie – Podemos dizer que 2006 foi um ano de sistema. Antes, usávamos alguns pacotes deaproveitar, mercado, 2008: everis e pedido da fabricante de tecnologia de armazenamento embora não exista nenhuma grande novipreparação, quando o projeto foi desenhado, com a Unisys escolha do ERP voltado para saúde, do fornecedor
30 de Maio de 2008 Brasil InformationWeek
que estavam bastante superados, com alguns desenvolvimentos internos. Trocamos tudo pelo Tasy
30 de Maio de 2008
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Editorial Presidente do Conselho Editorial:
ATITUDE Magdalena Gutierrez
NÃO CHEGUEI AOS 30 AINDA (FALTA 1,5 ANO), PORTANTO, NÃO POSSO SER CARACTERIZADA COMO AQUELE JOVEM QUE ACABA DE ENTRAR NO MERCADO DE TRABALHO, MAS, TAMPOUCO, TENHO O PERFIL DE GESTORES MAIS VELHOS. Estou no que os especialistas chamam de transição entre duas gerações. Ao pesquisar estudos e conversar com CIOs e especialistas em RH e mercado para escrever a reportagem Aperte os cintos descobri que, mais que idade, os integrantes da chamada geração Y são identificados por atitudes – e, assim, pessoas fora da faixa etária entendida para esta classificação passam a integrá-la. Pensando assim: sim, eu faço parte! Mas, afinal, o que esta “moçada” impõe de desafio para as corporações? Elas passarão não apenas por uma mudança cultural para atender aos anseios destes indivíduos – principalmente no que se refere à informalidade, flexibilidade, orientação por resultados, autonomia e necessidade por coaching – como o fator tecnologia influenciará de maneira significante. A tal da geração Y (também conhecida por geração Net) passou a maior parte da vida conectada, então, ao ingressar em uma companhia, trazem na bagagem conhecimento sobre programas e produtos. Isto obrigará o departamento de TI a buscar mais eficiência e qualidade. Mesmo porque outro traço marcante destes jovens é o questionamento – basta fazer uma analogia com a pronúncia do “y” em inglês, como bem me assinalou Paulo Biamino, da Kimberly-Clark.
Stela Lachtermacher – stela@itmidia.com.br Presidente–executivo: Adelson de Sousa – adelson@itmidia.com.br Vice-presidente executivo: Miguel Petrilli – mpetrilli@itmidia.com.br Diretor-administrativo e fi nanceiro: João Paulo Colombo – jpaulo@itmidia.com.br Diretor de serviços de marketing: Rogério Zetune – rzetune@itmidia.com.br
Unidade PROFISSIONAIS E NEGÓCIOS Diretor: Ricardo Barone - rbarone@itmidia.com.br EDI TORIAL Editora: Roberta Prescott - rprescott@itmidia.com.br Editora-assistente: Jordana Viotto - jviotto@itmidia.com.br Repórteres:
Gustavo Brigatto - gbrigatto@itmidia.com.br Ligia Sanchez - lsanchez@itmidia.com.br Tatiane Seoane- tseoane@itmidia.com.br
COMERCIAL Gerente-comercial: Karla Lemes - klemes@itmidia.com.br Gerentes de clientes: Patrícia Queiroz - pqueiroz@itmidia.com.br Executivos de contas: Leticia Suher - lsuher@itmidia.com.br Rodrigo Gonçalves - rgoncalves@itmidia.com.br Gerente de clientes corporativos: Regina Mota - rmota@itmidia.com.br Sandra Mletchol Ribeiro - sribeiro@itmidia.com.br MARKETING Coordenador para revista e web: Marcos Toledo - mtoledo@itmidia.com.br Analistas de marketing: Marcela Panhota - mpanhota@itmidia.com.br Meyke Menck - mmenck@itmidia.com.br Coordenador para eventos: Emerson Moraes - emoraes@itmidia.com.br Analista de marketing: Erika Amaral - eamaral@itmidia.com.br PRODUTORES DE ARTE: Bruno Cavini - bcavini@itmidia.com.br Leandro Montovani - lmontovani@itmidia.com.br Franscisco Yukio Porrino - fporrino@itmidia.com.br Rodrigo Martins - rmartins@itmidia.com.br Projeto gráfico: Rodrigo Martins - rmartins@itmidia.com.br REPRESENTANTE COMERCIAL Rio de Janeiro: Lobato Propaganda & Marketing Ltda. sidney_lobato@terra.com.br Tel.: (21) 2565-6111 Cel.: (21) 9432-4490 USA: Huson International Media Tel.: (1-408) 879-6666 - West Coast Tel.: (1-212) 268-3344 - East Coast - ralph@husonusa.com Europe: Huson International Media
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INSTITUTO VERIFICADOR DE CIRCULAÇÃO
CONSELHO EDIT ORIAL Carlos Arruda – Fundação Dom Cabral German Quiroga – Cyrela Lisias Lauretti – Tecban Mauro Negrete – Vision Group Consultoria e IBTA Sérgio Lozinsky – Booz Allen Hamilton
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“As opiniões dos artigos/colunistas aqui publicadas refletem unicamente a posição de seu autor, não caracterizando endosso, recomendação ou favorecimento por parte da IT Mídia ou quaisquer outros envolvidos nesta publicação.” InformationWeek Brasil é uma publicação quinzenal da IT Mídia S.A. InformationWeek Brasil contém artigos sob a licença da CMP Media LLC. Os textos desta edição são traduzidos com a permissão da InformationWeek e Optimize © 2004 CMP Media Inc. Todos os direitos reservados. © 2005 CMP Media LLC.
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Entrevista
A serviço
da saúde
Com mais de 20 anos trabalhando na área de tecnologia do setor hospitalar, Margareth de Ortiz Carmargo comanda a TI do Hospital Sírio-Libanês Roberta Prescott A aparência tímida esconde uma mulher crítica e sem “papas na língua”. Margareth de Ortiz Carmargo, 50 anos, tem mais de duas décadas dedicadas à TI voltada para saúde, seja em instituições privadas (como o Hospital SírioLibanês, onde é superintendente de TI hoje) ou públicas. Calcada em muita bagagem, Maggie – como é chamada – desenvolveu um olhar holístico sobre o mercado em que atua, o que lhe gabarita para dar continuidade a um projeto de investimentos da ordem de R$ 10 milhões, com objetivo de modernizar a TI de um dos mais reconhecidos hospitais do Brasil. Além disto, no início de abril, a TI foi uma das peças-chave para o Sírio-Libanês realizar a primeira cirurgia robótica do País. InformationWeek Brasil – O que é uma cirurgia robótica? Margareth de Ortiz Carmargo – É uma supernovidade na área de saúde, que, sem a tecnologia, não existiria. Não mudaram os métodos da cirurgia, mas sim sua forma. Ao invés da mão do médico usa-se o braço do robô, que é perfeito. Os médicos que trabalham conosco fizeram uso disto no exterior. E o robô fica no que chamamos de sala inteligente do centro cirúrgico. IWB – O que é? Maggie – É uma sala adaptada onde o médico tem toda a informação do paciente à mão, como prontuário, cadastro, histórico, exames de imagem em alta resolução e laudos. IWB – Qual foi o papel da TI? Maggie – Desde a infra-estrutura, que está atrás
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da parede, como cabeamento, porque você tem de garantir o sistema de informação, até a instalação junto com o pessoal da engenharia clínica, manutenção e engenharia elétrica. Ponto de rede era conosco; tomada elétrica, com a engenharia elétrica e a montagem dos equipamentos, com a engenharia clínica. IWB – Quanto tempo demorou? Maggie – Não foi tanto assim. Até porque é fruto de um trabalho que começou há um ano e meio voltado para a infra-estrutura de TI. IWB – Qual projeto? Maggie – Está relacionado à missão da área de tecnologia dentro do hospital, ou seja, garantir informação segura e desempenho. Quando você pensa nisto, está se referindo primeiro à infra-estrutura, como projeto da rede de dados e do data center. InformationWeek Brasil
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“Queremos chegar a uma com assinatura digital. Mas não é uma realidade de 2008, eu acho que é para 2012” IWB – o objetivo foi modernizar a TI? Maggie – Isto, com foco sempre na segurança da informação, porque, se você não tem, principalmente em uma área crítica como a médica, é complicado. Não dá para viver sem, né? IWB – Não... Quais foram as diretrizes do projeto? Maggie – Começou com a mudança de administração do hospital há três anos. Entrou na presidência o dr. Maurício Ceschin, que sabia da importância em dar um salto tecnológico, porque no momento em que aquela diretoria se formou fizeram um diagnóstico da situação e decidiram que não haveria outro caminho a não ser reestruturar tudo. Isto ocorreu três anos atrás e é um projeto de investimentos em TI de R$ 10 milhões entre 2006 e 2008. IWB – O que marcou cada período? Maggie – Podemos dizer que 2006 foi um ano de preparação, quando o projeto foi desenhado, com a escolha do ERP voltado para saúde, do fornecedor 30 de Maio de 2008
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Tasy Wheb, criação do projeto de infra-estrutura. Não é fácil, é um projeto no qual você coloca em uma planta baixa a instituição inteira. Já 2007, foi a execução do projeto, a parte de infra-estrutura, do data center.
Fotos: Guilherme Bessa
prescrição eletrônica
IWB – Como era antes? Maggie – Nós tínhamos servidores separados, mas com funcionalidades separadas. Por exemplo, em um rodava um programa de agendamento de paciente, em outro, um programa que fazia prescrição médica. Às vezes, você precisava cadastrar o mesmo paciente em diferentes sistemas dependendo do que ele ia fazer. O médico não recebia nenhuma informação unificada. Hoje, é totalmente integrado e trabalhamos com alta disponibilidade e redundância. IWB – Você falou na adoção de ERP. Quando ocorreu e o que usavam antes? Maggie – Em 1° de junho de 2007, nós viramos o sistema. Antes, usávamos alguns pacotes de mercado, que estavam bastante superados, com alguns desenvolvimentos internos. Trocamos tudo pelo Tasy
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Entrevista e agora está tudo integrado. Você cadastra o paciente na entrada e o vê como único no sistema. IWB – Como está estruturado o departamento de TI? Maggie – Não somos fábrica de software, o que precisamos desenvolver fazemos por meio de parceiros. A equipe tem 30 pessoas, entre analistas de negócio, de administração de dados, de banco de dados e de suporte. Além de mais 30 pessoas terceirizadas no help desk. IWB – Seu entendimento sobre TI na saúde é de longa data? Maggie – Trabalhei 15 anos no Hospital das Clínicas da Unicamp, na administração de dados, onde aprendi o que é uma informação médica. Depois, passei pelo Núcleo de Informática Biomédica da Unicamp, que foi uma parte mais acadêmica, quando estava fazendo mestrado. Recebi um convite para trabalhar no Hospital das Clínicas da USP, no Instituto Central. Assumi como gerente. Tenho mais de vinte anos de experiência nesta área. Do HC fui para a Secretária da Saúde da cidade de São Paulo implantar o Siga, um projeto maravilhoso que renderia uma entrevista enorme (risos)! IWB – O que é o Siga? maggie – Ele veio do Ministério. Baseado em software livre, informatizou 500 Unidades Básicas de Saúde. Está em código aberto, totalmente livre. IWB – Quando você entrou, o projeto de melhoria da TI já estava em andamento, como foi? Maggie – Não foi fácil. Se bem que eu teria feito a mesma escolha do software. A equipe ajudou muito,
é muito boa, gente que gosta do que faz, que está aqui há dez anos. Vim a convite do dr. [Antônio Carlos Onofre de] Lira, que é o nosso diretor-técnico. Ele é médico, mas tem uma carreira em informática. Entrou para assumir a diretoria de tecnologia, só que deu tão certo que ele hoje é o número um do hospital, abaixo do nosso presidente. Então, ele abraçou logo a outra careira e me trouxe; tínhamos trabalhado juntos já. IWB – Em hospitais, a TI precisa olhar não somente para a parte de back office, como também para a inovação tecnológica para a saúde. De que forma a sua experiência ajuda? Maggie – É importante entender que na área pública há bastante tecnologia, mas sem muita liberação de verba. Então, é um exercício que você leva para a vida toda: conseguir fazer muito com pouco. Em uma instituição como o Sírio, que tem uma vontade enorme de investir em tecnologia, não acho tão difícil chegar aonde eles querem. É preciso saber aonde se quer chegar; e temos isto claro. A TI participa do comitê executivo e, hoje, é um ponto estratégico. A maioria do nosso comitê é médico e discutimos todo e qualquer movimento na instituição. Então, além de acompanhá-lo, temos de antecipá-lo. IWB – Aonde o Sírio quer chegar? Maggie – Nós queremos chegar a uma prescrição eletrônica com assinatura digital. Mas não é uma realidade de 2008, eu acho que é para 2012, só que tenho de pensar nisto agora. IWB – Todos os hospitais vão caminhar para isso? Maggie – Sim, vamos começar com os médicos tendo assinatura digital, mas daqui a pouco o paciente terá.
hospital sírio
Com 87 anos de fundação, a Sociedade Beneficente de Senhoras do Hospital Sírio-Libanês possui 314 leitos e 3 mil funcionários. Em 2007, faturou R$ 432 milhões. Durante o ano passado, atendeu pouco mais de 301 mil pacientes.
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InformationWeek Brasil
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IWB – É um pouco do prontuário único? Maggie – Exatamente. Vamos chegar ao prontuário único do paciente dentro do Sírio. E espero evoluírmos para termos o prontuário único do País.
IWB – Os médicos mostram-se resistentes à tecnologia? Maggie – Há o perfil do médico que adora tecnologia, nós temos muitos deles aqui, que não querem fazer nada sem a tecnologia, e eles são os nossos grandes incentivadores. Mas eu diria que 70% deles ainda não estão totalmente confortáveis com a tecnologia. IWB – Agora tem uma geração que vai entrar do corpo médico chamada de geração Y (leia mais na página 18). Ela representará uma quebra desta barreira de tecnologia? Maggie – Há 20 anos, tínhamos muitos problemas para informatizar. Daí eu pensava que, quando as pessoas com a idade dos meus filhos, que eram pequenininhos na época, estivessem formados, nós teríamos um outro movimento. Vinte anos se passaram, eles já estão formados, e não mudou tanto. Enquanto eles não se sentirem totalmente confortáveis e seguros, achando que aquilo vai otimizar o tempo deles, não vão “embarcar”. Hoje, estamos em uma época de semear. O que eu quero dizer com isso? O médico faz uma prescrição eletrônica, que é uma evolução. A partir do momento em que eu implanto uma solução para isto, como a que estamos implantando agora em 2008. IWB – Qual é o marco para este ano do projeto de modernização da TI? Maggie – Será o ano assistencial, todos os nossos projetos estão indo neste sentido, com o robô, a prescrição. E as informações médicas estão todas integradas. 30 de Maio de 2008
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iWB – Como garantir que o meu prontuário só será visto por quem eu autorizei? Maggie – É aí que entra a tecnologia, a segurança da informação, o acesso restrito. Uma hora ou outra, teremos de ter um registro único de pessoas neste País, com as bases de dados conversando e um número do paciente. IWB – como tem nos Estados Unidos? Maggie – É, mas isto o Serra [José Serra, atual governador de São Paulo] tinha feito com o Cartão Nacional de Saúde. Virou na cidade de São Paulo, que tem 13 milhões de pessoas na base de dados. IWB – Você falou que este é o ano assistencial, o que isso significa? Maggie – Nós estamos registrando no sistema a prescrição, a administração eletrônica de medicamentos e tudo o que é feito para o paciente. IWB – O projeto de melhoria da TI acaba neste ano. E depois? Maggie – No ano que vem, partiremos para a qualidade da informação e melhoria do desempenho, vamos partir para o que chamamos de departamentais. É uma informação só, mas temos departamentos diferentes trabalhando e temos de colocar cada vez mais informatizado para começarmos a cruzar os dados. Aí o médico vai entender porque ele deu tanta iwb informação lá atrás.
Leia mais em: As sis t a en t r ev is t a sobr e a pr imeir a cir ur gia r obó t ica em: w w w.i t web.com.br/webcas t s
5/22/08 3:45:09 AM
Mercado
Muito se tem falado sobre companhias que atuam em economias emergentes e que estão se tornando globais ao conquistar mercados fora das fronteiras de seus respectivos países. Mas outro grupo de organizações de âmbito mundial está “permanecendo em casa” para conquistar e defender seus mercados nacionais. Os dínamos locais têm projetado excelentes modelos corporativos, com os quais podem controlar a dinâmica intensiva. O Brasil apresenta nove dínamos que comprovam o dinamismo de sua economia. A Totvs é a organização líder no segmento de ERP, tendo se estabelecido como uma importante adversária da SAP. A Gol Transportes Aéreos proporciona vôos de baixo custo em aviões novos, enquanto as Casas Bahia ajudam as famílias de baixa renda a comprarem equipamentos, móveis e utensílios. As Casas Bahia vendem computadores produzidos pelo Grupo Positivo, que tem uma participação maior do que os da HP e da Dell juntas no mercado local. Esses verdadeiros dínamos do Brasil incluem a B2W (Americanas e Submarino), a mais importante empresa varejista online brasileira; a TV Globo, cuja rede de televisão é assistida por 80 milhões de espectadores diariamente; a Votorantim Finanças, uma companhia de financiamentos pessoais; o Cosan Group, produtor de açúcar e etanol, e O Boticário, fabricante de cosméticos, que tem o impressionante número de 2,4 mil lojas. Mas o que é que faz essas companhias brasileiras se destacarem? Algumas das características comuns a todas elas são o profundo entendimento de seu mercado e a capacidade de desenvolver modelos corporativos que não somente resolvem os desafios encontrados, mas também os transformam em fontes de crescimento e vantagem competitiva.
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Foto: divulgação/BCG
Brasil: incubador do dinamismo corporativo Marcos Aguiar, parceiro e diretor-administrativo do Boston Consulting Group
A tecnologia também representa um papel importante na estratégia. Freqüentemente liberadas da carga de uma infra-estrutura herdada ou de metodologias enraizadas, são livres para experimentar as mais recentes inovações. Elas também substituem os modelos corporativos das economias desenvolvidas, ao encontrarem meios para empregar muitos profissionais locais, visando a obter vantagem ao procurar diminuir a dependência de mão-de-obra o quanto for possível. Para competir com essas companhias, as multinacionais de países desenvolvidos precisam aprender as lições ensinadas por esses dínamos locais e imitá-las de diversas maneiras. E o mais importante é que as gigantes devem operar seus modelos corporativos com a velocidade, flexibilidade e o comprometimento local típicos desses dínamos. Do contrário, elas serão, cada vez mais, superadas. Elas também necessitam utilizar suas vantagens globais – tais como sua ampla e profunda capacidade de inovação e sua forte presença de marca – ou seja, fazer o que esses dínamos não têm condições de realizar. Essencialmente, elas devem cumprir algumas etapas específicas para aproveitar e adaptar suas capacidades, visando se diferenciar das concorrentes, dentro do contexto específico das empresas locais. InformationWeek Brasil
5/22/08 6:27:57 AM
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5/22/08 6:28:12 AM
www.itweb.com.br
Fábrica e
P&D
Com o início da produção no Brasil, a EMC tem meta de dobrar, dentro de um ano, as vendas de sua linha de meio de Processo Produtivo Básico produtos CLARiiON (PPB), com atividades de pesquisa no País. A fabricação local,
em parceria com a indústria manufatureira Celestica, deverá reduzir os preços em 10%. A EMC levou um ano para negociar com o governo brasileiro o início de sua fabricação no País, que será feita com benefícios fiscais por
Fome de aquisição
A brasileira Bematech comprou ativos selecionados da Bios Blak, que desenvolve a solução Snack Control, para redes varejistas de alimentação (restaurantes, fast food, lanchonetes entre outros). Com a aquisição, a empresa complementa suas ofertas segmentadas, que já contam com os softwares Gemco Anywhere, Pharmacy, Smart e Practico. O portfólio é composto por produtos de empresas compradas desde 2006.
SaaS 12
lay_www.itweb.com.br 12
e desenvolvimento e exportação como contrapartidas. A área de P&D será feita com o Instituto de Pesquisas Eldorado, de Campinas (SP), com foco em software de código aberto e gerenciamento de recursos.
Apelação
A Microsoft vai apelar da multa de US$ 1,39 bilhão (899 milhões de euros) imposta pela União Européia em fevereiro. A entidade considera que ela não estava fornecendo as informações necessárias de interoperabilidade para empresas rivais. Questões de competitividade pautam o relacionamento entre elas. Em outubro de 2007, a companhia declarou que não iria mais apelar da multa estabelecida em mais de US$ 1 bilhão, referente à formação de monopólio, resultado de processo iniciado em 2004.
A Diveo delineou uma oferta no modelo de software como serviço no segmento de gestão de relacionamento com o cliente. A solução baseada no Microsoft Dynamics CRM está prevista para chegar ao mercado em agosto próximo.
InformationWeek Brasil
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Governo digital
A prefeitura de São Paulo equipou os ônibus urbanos com GPS e integrou o recurso a uma rede de monitoramento, que também inclui câmeras online, disponíveis na internet. O projeto Olho Vivo permite aos cidadãos conferir na web e em totens instalados nos principais terminais o tempo que levarão para cumprir seu itinerário.
Trabalhador informatizado O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, entregou as primeiras carteiras de trabalho informatizadas. Ela continua sendo de papel, mas contém uma tarja magnética que permitirá o acesso a todos os dados nas agências da Caixa Econômica Federal. Sua distribuição começa por São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal.
Software O mercado brasileiro movimentou de US$ 11,12 bilhões em software e serviços em 2007, crescimento de 22,3%em comparação ao ano anterior. Os números são da pesquisa Mercado Brasileiro de Software Panorama e Tendências edição 2008, conduzida pela IDC para a Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes). A exportação brasileira de software e serviços cresceu 26,7% em 2007, totalizando US$ 313 milhões.
Números Entre 2011 e 2012 o Brasil totalizará 100 milhões de computadores em uso, o dobro da base atual, segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, que aponta ainda que as empresas gastaram e investiram 5,7% da sua receita líquida em TI. Cerca de 4,4 mil empresas participaram do estudo.
Mobo A Positivo Informática lançou três famílias de computadores com sistema operacional Windows. Destaque para a linha Mobo, um notebook com tela de 7 polegadas, 1,1 kg e bateria com 4 horas de autonomia. A máquina poderá ser encontrada nas lojas a partir de 23 de maio, ao preço de R$ 999. Tem até versão Kids. 30 de Maio de 2008
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Phoenix A Nec do Brasil tem planos para atingir o mercado corporativo, no qual pretende faturar R$ 100 milhões em 2008, 40% acima do observado em 2007. A estratégia Phoenix 2.0 – que prega a colaboração entre os mercados da América Latina – define como pontos-chave os segmentos de comunicação unificada, rastreabilidade e serviços gerenciados.
Pense a BRQ comprou a ThinkInternational e ainda a carteira de clientes no segmento financeiro da Prodacon. Com o acordo, a companhia passa a se chamar Think BRQ para a operação nos EUA. A aquisição permitirá melhor relação remota entre a execução de serviços no exterior e o centro de desenvolvimento da BRQ no Brasil. A expectativa para este ano é alcançar um faturamento de US$ 8 milhões em offshoring. Em 2007, a empresa alcançou US$ 15 milhões com exportação de software, o que representa cerca de 15% do faturamento.
Mobilidade
A Microsoft e a RIM fecharam acordo para tornar os serviços de email e mensagens instantâneas da plataforma Windows Live disponíveis nos telefones Blackberry.
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www.itweb.com.br HP compra EDS por US$ 13,9 bi Nada que se compare ao furacão da compra da Compaq, mas a HP voltou a causar rebuliços no mercado na segunda semana de maio, quando confirmou a aquisição da EDS, gigante de serviços e outsourcing de TI, por quase US$ 14 bilhões. A operação deve ser fechada no segundo semestre de 2008 e mais que dobrará a receita da HP com serviços, que atingiu, em 2007, US$ 16,6 bilhões. Em conjunto, as unidades de negócio das empresas tiveram uma receita superior a US$ 38 bilhões no ano fiscal de 2007, com 210 mil funcionários e negócios em 80 países. O valor, no entanto, ainda está bastante distante da receita da IBM, que responde por US$ 54 bilhões dos US$ 748 bilhões estimados para o tamanho do mercado de serviços de TI, segundo o Gartner. A EDS fará parte de uma nova unidade de
negócios, batizada de EDS – an HP company, e permanecerá sediada em Plano (Texas, EUA). A unidade continuará a ser dirigida pelo atual presidente, CEO e chairman da EDS, Ronald A. Rittenmeyer, que será integrado ao conselho executivo da HP e responderá a Mark Hurd, CEO da HP. “A aquisição faz sentido estratégica e financeiramente”, defende Hurd. As empresas possuem clientes em comum, mas a sobreposição é pouca, afirma Rittenmeyer. O executivo também admitiu, embora tentando minimizar, cortes de funcionários, típicos nos processos de fusão. Hurd comentou também a complementaridade das operações, já que a EDS tem foco forte em infraestrutura e grandes contas, enquanto a HP dedica-se a um mercado mais pulverizado.
TI brasileira: agora vai? O governo federal anunciou metas ambiciosas para o setor: atingir US$ 3,5 bilhões em exportação de software e serviços correlatos em 2010, com a criação de 100 mil empregos formais, além de consolidar duas grandes empresas nacionais na área, com faturamento superior a R$ 1 bilhão. As medidas fazem parte da Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), lançada em 12 de maio. O governo avalia que há uma janela de oportunidade para conquista de parcela do mercado offshore. A próxima edição de InformationWeek Brasil traz uma reportagem em profundidade sobre os impactos desta política.
IT Web TV | www.itweb.com.br/webcasts Confira o que disseram executivos de TI e telecom em entrevistas para o webcast do IT Web
A superintendente de TI do Hospital Sírio Libanês, Margareth Ortiz de Camargo, revela a infraestrutura tecnológica que está por trás de uma cirurgia robótica.
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Projeto de automação comercial da Fox Film do Brasil pode virar referência dentro da empresa. Assista entrevista com o gerente de TI, Jefferson Magalhães.
No terceiro webcast sobre as novidades do Windows Server 2008, Alexander Moraes, gerente de produto da Microsoft, detalha aspectos de segurança.
Marcelo Kawanami, da Frost & Sullivan, e Frederico Tostes, da Fortinet, debatem sobre os desafios dos investimentos em segurança da informação.
InformationWeek Brasil
5/22/08 6:56:44 AM
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05/25/2008 11:16:25 PM
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Preocupação da SAP é atingir as médias Jordana Viotto*
Empresa espera que metade de seu faturamento venha deste mercado até 2010 e investe em formação de consultores No início de maio, a SAP anunciou que as vendas do primeiro trimestre de 2008 cresceram 15%, bem abaixo dos 24% previstos pela empresa. Na ocasião, o co-CEO da empresa, Henning Kaggerman, atribuiu o desempenho à desaceleração na economia dos Estados Unidos. Mas este resultado adiou as datas planejadas de lançamento de softwares, dos quais seus planos de crescimento dependiam, o que prejudicou suas ações. Durante o Sapphire, evento realizado para reunir parceiros e clientes, os executivos garantiram que os números do trimestre não devem ser um prenúncio de desaquecimento dos negócios. Bill McDemott, vicepresidente para Américas e APJ (Ásia, Pacífico e Japão), afirmou que o pipeline está “bastante sólido e saudável, o que mostra que foi uma situação isolada”. Henning Kaggerman, co-CEO da companhia, acrescentou que a situação não é a mesma vivida há seis anos, quando a economia norte-americana escorregou. “Naquela época, a própria indústria de TI havia contribuído para as dificuldades econômicas, pois prometeu o que não podia entregar”, afirmou o executivo. Mas a principal preocupação da SAP parece mesmo ser expandir sua atuação. Conhecida como fornecedora de sistemas de gestão integrada para grandes corporações mundiais, a empresa depara-se com o problema de todas as principais fornecedoras a indústria de TI: conquistar as médias empresas, o M da sigla PME. Além das soluções Business One, Business ByDesign e Business All-in-One, novas parcerias e programas específicos para canais, a empresa anunciou um programa de certificação profissional para companhias
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de médio porte. Focado no Fast-Start, programa de adoção de sistemas pré-configurados voltado as PMEs, o treinamento terá duração de dez dias úteis e vai contar com aulas presenciais e online. Só na América Latina, a SAP deve formar 1,5 mil profissionais até o fim de 2010. “Um dos problemas com a implementação é que, com a alta demanda, a consultoria fica muito cara. A formação visa a oferecer mais pessoas no mercado a preços mais baixos”, diz Luis Murguia, vice-presidente de PME para a região. Globalmente, a meta da SAP é que 50% de suas receitas venham de pequenas e médias até 2010. Atualmente, elas respondem por 30% do volume. No primeiro trimestre de 2008, a empresa conseguiu 1,5 mil novos clientes entre as médias, um aumento de 28% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo números apresentados pela corporação. No Brasil, a SAP tem buscado companhias locais que estão em expansão internacional. Para Alberto Ferreira, presidente para o País, este é o perfil de negócios que vai oferecer à companhia um lugar privilegiado no desejado mundo de médias empresas. A abordagem junto a este nicho consiste em falar da presença global da empresa, aliada a soluções de preços mais competitivos. “Elas têm de escolher, muitas vezes, entre comprar um insumo que está diretamente ligado ao negócio principal e investir em tecnologia”, diz ele. Por isso, a sensibilização do médio empresário está em focar no que ele pode perder sem um sistema de gestão, ao invés da clássica “adição de valor”. * A jornalista viajou a Orlando (EUA) a convite da SAP InformationWeek Brasil
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Gestão
Geração Reportagem de capa
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5/22/08 6:14:01 AM
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Roberta Prescott
Acostumados com tecnologia desde crianças, os jovens da chamada geração Y chegam nas empresas questionando a maneira de se trabalhar – e as barreiras impostas pelas corporações Eles são, dinâmicos, “antenados” e familiarizados com diversas tecnologias, afinal, cresceram navegando na internet em busca dos mais diversos conteúdos. Aliás, fazer várias coisas ao mesmo tempo é uma característica forte, até porque eles não têm paciência para atividades muito longas. Trabalham melhor em equipes, anseiam por flexibilidade de horário e mobilidade, necessitam de feedbacks constantemente, demandam planos de carreira (querem ascender rapidamente) e esperam reconhecimento instantâneo de seu trabalho. Informais, não se intimidam ao expor idéias a seus chefes – o que não é de se estranhar, pois se acostumaram com o apoio e retaguarda dos pais. Esses traços lhe parecem familiar? Consegue identificar algum funcionário de sua empresa nessa descrição? Se a resposta foi sim – e deve ter sido, caso existam pessoas na casa dos 20 anos – prepare-se para lidar com a chamada geração Y, também conhecida por Millennium ou Net. Os estudiosos do assunto nos Estados Unidos estabelecem que integram esta geração os nascidos entre 1977 a 1997. Aqui no Brasil – e até porque acabamos refletindo a realidade norte-americana algum tempo depois – pode-se definir a partir da década de 1980. 16 de Maio de 2008
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5/22/08 6:14:02 AM
Gestão
Reportagem de capa
Foto: Magdalena Gutierres
Extremamente “acelerados”, eles estão acostumados a ter uma resposta muito rápida, como se o tempo fosse escasso. Assim, podem preferir chats e mensagens instantâneas a e-mails. E é justamente neste ponto que alguns obstáculos começam a ser impostos para a TI. Toda organização é regida por normas e leis que têm por princípio resguardá-la. Ou seja, no ambiente de trabalho, entra a padronização e sai a liberdade de escolha. “No ecossistema deles, estes jovens têm acesso a “n” tecnologias que, normalmente, são bloqueadas no mundo corporativo, pois criamos barreiras”, lembra Luis Carlos Heiti Tomita, CIO da Philips para a América Latina. Somente a existência de limites seria suficiente para que qualquer membro da geração Y passasse horas tentando convencer o CIO sobre a injustiça das restrições e como elas o impedem de trabalhar – lembrem-se de que estes jovens querem ter flexibilidade e mobilidade para exercerem as suas funções e odeiam que decisões “burras” os impeçam de fazê-las. É preciso ponderar. E ninguém melhor que o diretor de TI para identificar os riscos para a companhia e criar políticas de segurança eficazes. Mas isto não basta. Estes jovens precisam entender o motivo das regras; e, uma vez (bem) justificadas, será mais fácil tê-los como aliados.
Biamino, da Kimberly-Clark: “Eles vão questionar as ferramentas, mas, se todos usassem o que acham melhor, não teríamos padronização”
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Na Kimberly-Clark, usa-se o pacote da Microsoft como ferramenta-padrão, porém, constantemente, a equipe do gerente de informática, Paulo Biamino, tem de explicar aos usuários que eles não podem instalar software livre em suas máquinas. “Eles emitem a posição deles e eu, a da empresa. Nos cabe mostrar o porquê estamos fazendo aquilo e os benefícios. Eles vão questionar as ferramentas utilizadas, mas, se todos usassem o que acham melhor, não teríamos padronização”, explica.
Exigência O questionamento, inclusive, mostra-se como outro traço marcante da geração Millennium; e reflete no trabalho da TI, que se virá obrigada a repensar a maneira que entrega serviços e produtos. Esta geração cresceu acessando a internet e afeita às novidades tecnológicas, tendo familiaridade com computadores desde criança. Por isto, seus representantes sentem-se confortáveis para discutir tecnologia em pé de igualdade com os profissionais de TI. Um impacto direto no service desk. “Há uma demanda maior por qualidade”, assinala Biamino. Contratar pessoas da geração Y para o service desk costuma ser uma manobra eficiente para equilibrar o atendimento do suporte com o restante da companhia – e até minimizar problemas de comunicação. “Não enrole este pessoal. Se não souber determinado assunto, é melhor dizer a verdade e buscar a resposta para não cair no descrédito”, ensina o principal executivo de TI para a Kimberly-Clark Brasil. A exigência desta turma extrapola as fronteiras do service desk. Junto com os pedidos de recursos que ofereçam a tão sonhada elasticidade para a realização de suas tarefas, eles querem maior capacidade de internet, de processamento, de desempenho e robustez dos equipamentos e utilização de objetos pessoais no ambiente corporativo, como o iPod. Atualmente, a KimberlyClark não permite instalação de softwares para uso pessoal, mas cada caso é analisado sob a óptica da segurança, legalidade e impactos para a empresa. “Estamos em mutação. Temos de manter a mente aberta. Por um lado, precisamos obedecer a política corporativa, mas, por outro, há uma demanda nascendo e temos de nos InformationWeek Brasil
5/22/08 6:14:13 AM
Foto: Ricardo Benichio
Heiti Tomita, da Philips: “Jovens têm acesso a “n” tecnologias que, normalmente, são bloqueadas no mundo corporativo, pois criamos barreiras”
adequar”, contrapõe Biamino, de 51 anos e pai de dois jovens representantes desta nova geração. Há ainda a questão da segurança. A familiaridade com as tecnologias encoraja estes usuários a buscarem novidades e a “fuçarem” mais. O que nem sempre combina com segurança. “Eles são mais ousados, aumentando o risco para as companhias, que ficam mais vulneráveis”, reflete Eliane Aere, diretora de RH e diretora-geral da Accor Services. Atender às expectativas desta parcela de funcionários requer jogo de cintura. Eles ficarão frustrados se não encontrarem o ambiente dos sonhos no trabalho. “Esta geração espera inovação, flexibilidade de horário, mobilidade e um processo de tomada de decisão muito ágil. O velho modelo de ‘recrutar, gerenciar e manter’ os empregados não funciona mais”, aponta Don Tapscott, diretor da New Paradigm e co-autor de Wikinomics e de outros
Esteja preparado
Dicas para aprender a lidar com usuários Y • não ignore o problema • não deixe que eles façam tudo que queiram • explique as regras e os regulamentos para que eles entendam os motivos • fale com eles: descubra suas frustrações com relação à infra-estrutura • pergunte a si mesmo o porquê das restrições • escute-os: eles têm idéias muito inovadoras que podem ser válidas Fonte: Steve Pretince/Gartner
30 de Maio de 2008
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dez livros (leia mais na página 22). No entanto, longe de liberar tudo o que eles estão acostumados (e desejam), uma opção que tem sido eleita pelos CIOs é repensar a infra-estrutura para avaliar possíveis adequações, levando em consideração os recursos necessários de acordo com a área de atuação. “Os softwares de gestão de identidade passarão a ser chave para o ambiente de colaboração e a interação funcionar”, avalia Heiti, da Philips. Outro grande desafio não tem nada a ver com tecnologias – mesmo porque elas vão evoluir. “Um enorme dilema é o lado cultural. Esta geração traz idéias inovadoras, mas como faremos a gestão dos novos padrões?”, alerta o CIO.
Paradigma cultural Ainda que os integrantes da geração Net sejam confidentes, criativos, independentes e tenham mente aberta, eles tendem a ser um grande desafio para gerenciar, na visão de Don Tapscott. “Eles gostam de autonomia, mas precisam receber dicas de como está indo o trabalho e o desempenho para, não só corrigir alguma coisa, mas principalmente porque são ‘movidos a elogios’ e adoram ser reconhecidos”, explica o professor de gestão de pessoas e da Fundação Getúlio Vargas, João Baptista Brandão. Como tendem a se identificarem mais a vínculos que cargos, projetos acabam os atraindo mais. Justamente por
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5/22/08 6:14:28 AM
Gestão
Reportagem de capa esta razão, estes jovens obrigam as companhias a repensarem seus padrões e estruturas de remuneração. “tem organizações que já especificam no cargo o que é esperado, de tal maneira que as pessoas tenham liberdade de opinar e melhorar a forma pela qual são valorizadas”, exemplifica brandão, destacando que a remuneração por desempenho aparece como uma das formas mais aceitas por este grupo. “desenvolvemos competências por projetos e por processos”, detalha eliane, da Accor services, uma companhia aonde esta realidade já chegou. com cerca de 60% dos funcionários entre 21 e 35 anos, a companhia viu aumentar o número de pessoas que passa uma temporada de alguns anos em uma filial em outro país. “tínhamos uma pessoa por ano e, em 2007, foram 12 funcionários”, destaca. A turma Y está mais focada em sua própria carreira e desenvolvimento. A orientação por processos é outra tendência que surge ao se analisar o que motiva esta talentosa geração. mas por trás disto há uma questão de sobrevivência. como o tempo médio de permanência deles nas empresas é bem mais curto se comparado a seus antecessores, estabelecer metodologias pode ser a salvação para a memória da corporação. “eu tenho 21 anos na Accor, guardo o histórico da companhia na minha cabeça, o que não ocorre com a geração Y”, conta eliane, que já respondeu também pela ti e área comercial. todas as mudanças trazidas por esta geração terão, sim, impactos nas companhias. seja na parte de segurança, uma vez que novas tecnologias requerem níveis mais sofisticados de proteção; no aumento da qualidade do service desk, já que os novos usuários vão argumentar os porquês de cada uma das regras; ou na forma de se exercer suas funções. e aí entram os mecanismos para proporcionar o trabalho remoto, os integrantes da geração Y logo verão seus anseios acatados – ou não – pelas companhias. para as corporações, resta o desafio de equacionar as novas demandas com a atual estrutura, de forma a não perder identidade, valores e cultura. porque os desafios de conciliar os desejos dos jovens com a estrutura da organização não terminam na Y (ou net ou millennium). IWB Leia mais Confira a integra da entrevista com Don Tapscott e um artigo exclusivo de João Baptista Brandão, da FGV, em www.itweb.com.br/iwb/geracaoy.
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Anseios de uma geração EM ENTREVISTA EXCLUSIVA À INFORMATIONWEEK BRASIL, DON TAPSCOTT, DIRETOR DA NEW PARADIGM E CO-AUTOR DE WIKINOMICS E DE OUTROS DEZ LIVROS, DESENHA COMO ESTES JOVENS MUDAM O AMBIENTE DE TRABALHO DAS COMPANHIAS.
InformationWeek Brasil – Como você define a geração Y (ou Net)? Don Tapscott – Nascidos entre 1977 e 1997, a geração Net é a primeira leva de jovens totalmente imersos na interatividade, hiperestimulação e ambiente digital. Globalmente, eles representam um quarto da população do mundo e daqui a pouco vão dominar a força de trabalho, consumo e política. IWB – Qual é o impacto da entrada desta geração para a TI das companhias? Tapscott – Muito grande. Esta geração nasceu em bits. Eles querem o estado da arte da tecnologia e das ferramentas de colaboração, tais como wikis e mensagens instantâneas. Anseiam por trabalhar desde outras localidades e esperam que as tecnologias estejam disponíveis nestas localizações remotas. IWB – Qual tipo de novos valores a geração Y traz para as companhias? Tapscott – Ainda que os integrantes da geração Net sejam confidentes, criativos, independentes e tenham mente aberta, eles tendem a ser um grande desafio para gerenciar. Eles demandam novas oportunidades para aprender, querem responsabilidades, anseiam por feedbacks instantâneos, primam por balancear a vida profissional e pessoal e desejam relacionamentos fortes no ambiente de trabalho. Por isto, as companhias precisam alterar sua cultura de gestão destes jovens, sem, no entanto, perder o respeito com as necessidades dos outros funcionários. Se cultivada propriamente, esta geração traz vantagens para organização no que se refere à inovação e à competitividade. IWB – Nos Estados Unidos já é nítido o impacto desta geração nas companhias? Tapscott – Sim, os representantes mais velhos da geração Net estão agora com uns 31 anos de idade e já impactaram bastante em como as companhias operam. O CEO da Deloitte me disse que a leva atual de jovens recrutados são os mais produtivos da história da organização. As empresas que não saciarem as necessidades desta geração verão seus novos empregados se frustrarem e saírem.
InformationWeek Brasil
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A PARTIR DE AGORA UMA NOVA SEÇÃO PARA VOCÊ
Um método para a governança de TI Transparência é um dos pontos que regem a governança; conheça as diretrizes para você elaborar um plano Carlos Eduardo P. Lago*
Experiência > Graduado em engenharia de produção com pós-graduação em administração de empresas > Tem 32 anos de experiência em desenvolvimento e gestão de TI em empresas como Universidade Mackenzie, Fundação Armando Álvares Penteado e Prodesp > Realizou implementações de Cobit, PMI, OPM3, PNQ
Foto: Divulgação
> Atualmente, é o gerente de planejamento de TI da Nossa Caixa
O processo de governar pressupõe algumas premissas básicas como “arrumação da casa”, visto que um dos alvos que se busca com a governança de TI é a transparência, analogamente a uma vitrine, sendo que de um lado está a área de negócios da organização e, na outra face, a tecnologia. Ambas devem estar translúcidas para permitir a visibilidade. Para tal, há necessidade de se ter as coisas devidamente arrumadas. Podemos admitir que administrar, fazer gestão e governar são componentes complementares. Então, no raciocínio de “arrumação da casa”, os diversos frameworks – aos quais chamamos de sopas de letras
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Organize seu laboratório de governança COBERTURA
% UTILIZADO
FRAMEWORK
Projeto / Pessoas
30%
Campanhas de marketing
Segurança da informação
20%
IEC 17799
Arquitetura corporativa
20%
TOGAF
Melhores práticas
30%
ITIL
Plano estratégico (PEN x PETI)*
20%
BSC
Gestão de projetos
30%
PMBOK OPM3
Maturidade (Processos x Controle)
10%
CMMI
Gestão de conhecimento
30%
KM
Inteligência nos negócios
20%
BI
Gestão de pessoas de TI
30%
P.CMM
Objetivos de controle
40%
COBIT
PEN: Plano estratégico de negócios PETI: Plano estratégico de TI
InformationWeek Brasil
5/22/08 6:22:22 AM
Visão estrutural do LAB/COG • Gestão dos processos corporativos • Planejamento estratégico • Gestão do portfólio • Gestão de comitês e comissões • Mensuração • Qualidade percebida • Segurança de TI • Consolidação • Compliance (conformidade) • Gestão de risco
• Planejamento e organização • Gerência de desenvolvimento organizacional
• Gestão • Indicadores • Controladoria
• Analisar os processos de TI • Analisar o desenvolvimento organizacional • Analisar a transformação
• Operacional
– são impulsionadores para atingirmos maturidade em nossos processos administrativos e em nossos processos de gestão, habilitando a organização a adotar processos de governança de TI. Há inúmeros frameworks, como Cobit, Itil, PMBOK, OPM3, Six Sigma, CMMI. Cada um deles cobre necessidades que devem ser articuladas por um laboratório de governança de TI, chamado de LAB. É de fundamental importância a declaração da implementação dos diversos frameworks que apóiam a “arrumação da casa”, visto que desta forma podemos ajustar as expectativas das partes interessadas, conforme exemplifica o quadro da página 24. Em seu dia-a-dia, o laboratório de governança de TI segue uma metodologia responsável por promover uma visão básica do projeto. Assim, após diagnóstico e entendimento das necessidades, inicia um ciclo virtuoso de promoção e adoção de controles e métricas, constante alinhamento entre o plano estratégico de negócios e de tecnologia, constituindo o que podemos denominar um centro operacional de governança com ações estratégicas, táticas e operacionais. Do laboratório à maturidade do centro operacional de governança de TI há um caminho a percorrer com funcionalidades próprias podendo se estruturar como exemplificado no quadro acima Visão estrutural do Lab/Cog.
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• Mensuração do valor TI
• Apoio administrativo
• Site
• TI
• Analisar as estruturas organizacionais
• Gestão orçamentária
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• Comunicação interna e externa
Controles internos Capacidade
Financeiro
Problemas e melhorias
Disponibilidade
SLM / SLA
Incidentes
Configurações
Projetos
Mudanças
Fornecedores
Riscos
Ambientes
Produção
Manutenção
Maturidade
Segurança
Documentação
Qualidade
A política de governança define os objetivos a serem alcançados, sendo o processo de gestão de demanda um dos eixos do programa de governança. Este processo deve: • Mensurar a contribuição de TI para os negócios; • Promover a mudança da visão da organização demonstrando que TI traz crescimento, agilidade e inovação aos processos de negócios; • Aumentar a competitividade dos negócios; • Quantificar e valorizar os ativos intangíveis traduzidos entre outros pelas bases de dados • Aprimorar a capacitação de pessoas envolvidas no processo da governança. No centro operacional de governança (COG), a implantação dos controles internos coexiste com a implementação do projeto de transparência, projeto de equidade, projeto de prestação de contas, projeto de compliance (alinhamento), projeto de ética, projeto de responsabilização, projeto de democratização, projeto de sustentabilidade e projeto de equanimidade, que impulsionam os objetivos propostos definidos na política iwb da busca da governança de TI. *Participe A Seção For IT by IT traz mensalmente histórias de implementação de projetos e análises de tecnologia escritas por gerentes e coordenadores de TI de diferentes empresas. Mande sugestões para: rprescott@itmidia.com.br
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Conversa com CIO
Você conhece esta sigla? Com certeza diversos dos senhores irão estranhar o título acima. Mas vale
lembrar que, em nossa Conversa com CIO da edição 196, o tema foi DPL-DPC, numa alusão a uma história que me havia sido contada sobre o “famoso protocolo” Disquete para lá e Disquete para Cá, usado há alguns anos como a forma mais segura de transferência de arquivos. Seguindo na linha das siglas, Febeapá tem como “tradução” o “Festival de besteiras que assola o País”. O termo foi cunhado na década de 1970 por Stanislaw Ponte Preta, pseudônimo do jornalista e escritor Sérgio Porto, que nos deliciava com crônicas muito divertidas e escritos como o Samba do Crioulo Doido, uma paródia sobre a história do Brasil. Pois este relato, que ao lerem vocês vão imaginar estar diante de uma estória, com “e”, e não de uma história, com “hi”, aconteceu de fato e me foi contada por um consultor de TI que se lembrou do fato a partir da publicação da referida Conversa com CIO. O fato aconteceu há cerca de seis anos, início dos anos 2000, portanto, não tão distante dos dias de hoje, em uma cidade do Espírito Santo. A empresa em questão passava por aqueles processos de profissionalização depois da família, fundadora e gestora até então, perceber que a organização havia atingido proporções que surpreendiam a eles próprios. E para manter o ritmo de crescimento foi contratada uma consultoria externa. Depois de avaliar a metodologia operacional e seus processos, a empresa de consultoria sugeriu o estudo para a implementação de um sistema de CRM, uma vez que o ERP acabara de ser implantado. Para coordenar todo o processo, foi sugerida a contratação de um gerente de tecnologia da informação, cargo até então inexistente. Mesmo em pleno processo de profissionalização, no lugar de uma seleção a partir de análise de
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Magdalena Gutierrez
Febeapá
Stela Lachtermacher é presidente do Conselho Editorial da IT Mídia
competências de candidatos, a vaga foi oferecida a um amigo de um dos diretores, um programador que havia ficado desempregado depois que a companhia onde trabalhava faliu. Decisão tomada, foi marcada uma primeira reunião para alinhamento entre a consultoria e o novo coordenador da área e para definição dos próximos passos com relação à escolha do CRM. Chegou a hora, e todos se apresentaram, com exceção do novo gerente de TI que chegou atrasado, acompanhado de uma pessoa desconhecida que vestia branco. Entraram e a conversa prosseguiu até o momento em que o novo gestor ergueu a mão pedindo a palavra e perguntou: quando iremos começar a falar de CRM? Diante da resposta de que este era exatamente o tema da discussão retrucou, “ainda não ouvi vocês falarem nada sobre medicina, trouxe até meu amigo que é médico e acabou de fazer a prova do CRM e sabe tudo a respeito!”. “Sem comentários, ficamos todos boquiabertos diante daquele quadro, pois ninguém tinha coragem de explicar que CRM não era Conselho Regional de Medicina, mas Customer Relationship Management”, conta nosso amigo consultor. Entenderam a razão do Febeapa no título? Até a próxima, mandem suas estórias para stela@itmidia.com.br InformationWeek Brasil
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30 de maio de 2008 - Ano 10 - nº 202
ANALYTICS BRIEF
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ibm, sap, oracle e microsoft são responsáveis por metade do mercado de bi. aqui está o que você precisa saber para fazer a escolha certa
novo DesenHo Do mercaDo De bI MARY HAYES WEIER / INFORMATIONWEEK EUA
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Next-Gen Data Center Xero do exerci tinissenit prat. Sed tin utet lorperaese facidunt velenit prat nisim ad mincil el ullaore mod dio con velissecte vullan ectem dui erilis eu feuis ad essissim doluptate magnis nullaor erilis alit prat, quisl et ut landreet, commy nos dolessequis dui blaore mincil dolessi tio con ver alit ent inci bla commodolor sed delit etumsan
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de business intelligence (BI, na sigla em It’s not your father’s data center. That sums up both the recommendations of our inglês para inteligência de negócios). Data Center report as well as the findings of our survey. Roughly half of those we Neste ano, trata-se da tomada de polled say it’s either certain or likely that they’ll have to upgrade their data center decisões. As quatro maiores fabricantes power and cooling systems within a year, and another quarter are on the fence. estão prometendo o mundo: “Você The conundrum facing most organizations is just how to go about that upgrade.
precisa de uma infra-estrutura completa Dad’s data center might not do the job for modern servers, storage, and networkpara atender todas as continue suas necessidades ing a gear-all of which to consume more watts per square foot-but building relativas à BI e ao gerenciamento de dados?
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Ro nocul consili tra, cultbis ad distrat, conteatra, conimur alius clatum No ano passado, a questão envolvia reis, que averi ina, vicivil icerenatque a consolidação massiva no mercado
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Pode contar com isso. Quer dar a mais centenas de empregados a capacidade da inteligência de negócios? Podemos fazer isso também”. Cada uma das quatro empresas quer que você adote sua visão específica de uma plataforma de BI. Compreender suas estratégias irá ajudá-lo a decidir se deve considerar a possibilidade ou ignorá-la. Em um ano, a Oracle adquiriu a Hyperion, a SAP comprou a Business Objects e a IBM incorporou a Cognos. Incluindo a Microsoft, estas quatro grandes Xero do exerci tinissenit prat.fabricantes Sed tin utetde produtos de BI, atualmente, respondem lorperaese facidunt velenit prat nisim ad mincil por cerca el ullaore mod dio con velissecte vullan ectemde metade do mercado, com um rendimento de US$ 7 bilhões por ano, e que deverá aumentar em dui erilis eu feuis ad essissim doluptate magnis 11% este ano, de acordo com a IDC. diatis eugiam, verci ex et, sustrud magna Xero do exerci tinissenit prat. Sed tin utet eum dolessi. Hoje em dia, as “4 Grandes” estão projetando plalorperaese facidunt velenit prat nisim ad Exercilis nulla aci tatummy nummy num consenibh esto odio dolore dio odolore taformas que fornecerão aos clientes abordagens de mincil el ullaore mod dio con velissecte velenit ea commy nim dipit augue cortie tetum alis delese faccum venis nummod corporativo ao software de BI, abrangendo todos âmbito quis numsandipit vel ut iuscilit sustie ea alisim nullandrerci tating doluptatum vullan ectem dui erilis eu feuis ad essissim volor osdoloborer sistemasiliquatue de TI dunt envolvidos informaverfornecimento sed magna con de hendre del ip enim vulputatet no doluptate magnis nullaor erilis alit prat, ecte dolorem exeritaperfeiçoando at alit ute veniam, secte loreet,relevantes conulla faccummod tin estrud Elas quisl et ut landreet, commy nos dolesseq- vent ções aos usuários. estão con henibh ea facinibh eugiam quam douis dui blaore mincil dolessi tio con ver alit ero dolore tat. a integração de consultas utilizando ferramentas de BI ent inci bla commodolor sed delit etumconvencionais, elaboração de relatórios e painéis de sanAd modolore ero dolesequam volortis Ro nocul tra,decultbis ad informações – comconsili os outros programas software que er atie dolore minciliquat. Tat praesenim conteatra, aliusmiddleware, clatum eles englobam, incluindo conimur bancos de dados, doluptatie el iusto dit prat ulput dio eugait distrat, at nos dit utatio odolumsan vendit autem reis, que corporativos averi ina, vicivil de icerenatque aplicativos e software colaboração. retris zzriusci blan vel euguerc incidui ssecte et Ao mesmo tempo, elas afirmam que continuarão a eumsan ver sequat ad eaLenis nis esed desenvolver e oferecer suporte técnico a ferramentas modipit nonullandiat laore molortisci blan Orpero dit amconsed doloreet luptat lore tem velesent prat. Esequam vel ecte de velent BI capazes de se integrar igualmente bemeu com vullumsan feummyononsequi eriureet praestrud magnisl duiscidunt exerit wis num illaorperit irilisi blamcons eniat, softwarealiquam de seus concorrentes. Não acredite nisto. Asdelismo dolese molobore con vel commolore dolor eugue ercipis sequip el ex eu feugue et lor- ipismodolor lessimfabricantes ipisi enibh ea terão conse dunt augiam, commy nullandigna alit nos das perostie moloborem quisl exeraestrud alitequipes de desenvolvimento de wisiscin nullum zzriustrud modoluptat wis euis- henibh ecte vullumsandio dolor se vullan elesequisi. ser seletivas sobre onde devem investir seu tempo e seu Estio dio odignis nonsed ex et verit, sequi- sectet, sent vulla facinibh ea facidunt hendigna facillan heniam am volorer susdinheiro, e você pode apostar que os produtos de sua pi smodolor sustie ming etuer sed modig- am zzrit luptat dolore dolore tat. Im do trud tat, verilis nos nim zzriusto doloreetue companhia virão em primeiro lugar. ulputetummy nullaor erciliquatio et el eum aut praesectem ip ero od eu facilit nim euisit in utpat. Duis aliquam commod odo Xero do exerci tinissenit prat. Sed tin utet lorperaese facidunt velenit prat nisim ad mincil el ullaore
Iriureet iliqui blaorper sectetue vent lor ipisci
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facilit la am non hendignim augue core
augait luptat landigniam dolum quiscidunt
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Analytics brief Um dos planos da IBM consiste em aproveitar o extensivo trabalho da companhia relativo ao processamento de linguagem natural para desenvolver novos produtos e capacidades, visando a analisar dados não estruturados, tais como transcrições de e-mails e serviços a clientes
Oracle, IBM e Microsoft irão incentivar
Quer seja de uma das quatro gran-
os clientes a comprar seus bancos de da-
des fabricantes ou de uma companhia
dos e suas ferramentas de BI, mas tome
independente, faz sentido adotar uma
cuidado para não depender demais de
plataforma padrão de ferramentas de
um só fabricante. “Os diretores de TI
BI. “Existem muitas ramificações inde-
querem recorrer a fabricantes que não
sejáveis da BI, que surgiram nas organi-
os deixem restritos e que possibilitem ter
zações, “pegando carona” como parte
flexibilidade”, comenta Michael Saylor,
de outro aplicativo”, afirma o analista
diretor-executivo da MicroStrategy, uma
do Gartner, Bill Hostmann. Isto leva os
das fabricantes independentes de produ-
gerentes a tentarem comparar relatórios
tos de BI. Naturalmente, ele insiste em
entre aplicativos que têm diferentes mo-
que “uma plataforma independente é a
delos de dados e vocabulários, ele expli-
opção mais viável”.
ca, e “isso torna impossível ter uma visão
Mas utilizar seu principal fabricante
Todas as quatro fabricantes debateram
construir uma plataforma de BI também
sobre incentivar o uso de ferramentas
tem suas vantagens. Eles podem ajudar
de BI para mais tipos de usuários, mas
a montar as peças do quebra-cabeça de
Oracle, IBM e SAP precisarão diminuir
tecnologia, que é mais amplo, para ga-
seus preços, se quiserem competir com
rantir o suporte técnico de uma iniciativa
provedores de código aberto de baixo
de BI abrangendo toda uma companhia,
custo, como a Pentaho e também com as
e minimizar o número de fornecedores
ferramentas básicas que estão recebendo
que você precisa gerenciar.
mais recursos, como Google Docs.
Será necessário avaliar os fabricantes em relação à sua própria visão daquilo que faz uma ótima plataforma de BI. Será que tudo se origina da capa-
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completa da companhia”.
de software ou de bancos de dados para
PARA A IBM, OS DADOS SÃO FUNDAMENTAIS
cidade dos bancos de dados? Sendo
A visão da IBM é de que a inteligência
assim, a Oracle ou a IBM podem fazer
de negócios pode ser mais bem aprovei-
mais sentido. Você quer dar aos usuá-
tada por um especialista em dados. A
rios mais meios de analisar dados em
companhia tem empregado sua capaci-
seus sistemas transacionais? Então, con-
dade no setor de bancos de dados e de
sidere a SAP. Se o diretor-financeiro for
middleware como uma base, acrescentan-
o principal usuário, neste caso, a me-
do inúmeras aquisições de software para
lhor opção está entre a Oracle e a SAP.
selecionar, gerenciar e organizar dados.
Você está preocupado com o gerencia-
Sua aquisição da Cognos, por US$ 4,9
mento e a qualidade dos dados? A IBM
bilhões e concluída em janeiro deste ano,
tem a experiência requerida para essas
proporcionou as ferramentas necessárias
funções. Se for necessário disponibili-
para acessar e analisar dados.
zar a BI para um maior número de fun-
A Cognos é crucial para a grande e
cionários, então, a Microsoft pode ser a
dispendiosa estratégia de informação
melhor escolha.
sob demanda da IBM iniciada há dois Information Week Brasil
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anos por Steve Mills, vice-presidente sênior de software, e ampliada por Ambuj Goyal, gerente-geral da divisão de software para gerenciamento de informações da Big Blue. Antes da compra da Cognos, a IBM havia direcionado diversas aquisições para esta estratégia, incluindo a da Ascential, uma fabricante de software de integração de dados que acabou adquirindo por US$ 1,1 bilhão, e a da FileNet, especializada em produtos para gerenciamento de conteúdo, cuja compra custou US$ 1,6 bilhão. Os produtos de busca da linha OmniFind, da IBM, também são parte da iniciativa de informação sob demanda. A IBM está se posicionando como a principal megafabricante que pode ajudar
O QUE ESPERAR IBM
Vínculos mais estreitos entre o Cognos e o Lotus Notes, visando a uma BI mais colaborativa. Mais recursos para procura e análise de dados não estruturados, utilizando as tecnologias de processamento de linguagem natural, da IBM Labs.
SAP
Um roteiro de como a BI operacional permitirá que os clientes de ERP analisem instantaneamente dados transacionais e modifiquem as transações com base nesse conhecimento.
ORACLE
O middleware da BEA Systems irá vincular as ferramentas de BI aos dados transacionais. Além disto, novos recursos de software – ou, talvez, outra aquisição – na área de gerenciamento de lucros.
MICROSOFT
O lançamento do SQL Server 2008, com melhor desempenho, maior integração com o Office e capacidade aprimorada de gerenciamento de armazenamento de dados, aumentará a credibilidade da companhia como uma provedora de plataforma de BI.
os clientes a criarem uma arquitetura de in-
algum momento, este se tornará um gran-
desenvolver novos produtos e capaci-
formações que abrange toda uma compa-
de ponto de transformação dentro das
dades, visando a analisar dados não-
nhia, desde os desktops até o núcleo dos
organizações: a abordagem centrada em
estruturados, tais como transcrições de
repositórios de dados. Mas as decisões
aplicativos versus a abordagem centrada
e-mails e serviços a clientes. A IBM tam-
de compra relacionadas a ferramentas de
em infra-estrutura”, diz.
bém está criando mais habilidades co-
BI são tipicamente tomadas com base na
A IBM também tentará convencer os
laborativas de BI, associando a Cognos
funcionalidade dos aplicativos, e não no
clientes de que eles não devem recorrer
ao Lotus Notes. “Existem muitas idéias
modo como eles trabalham com os siste-
a fabricantes de aplicativos, como a SAP,
e pesquisas inteligentes sendo desenvol-
mas de gerenciamento de dados.
para obter experiência em BI. Os fabri-
vidas a respeito de como tudo isto irá
A abordagem da IBM força os departa-
cantes de aplicativos são especialistas em
funcionar em conjunto em um ambiente
mentos de TI a considerarem não somente
automação de processos e transações,
social”, relata Ashe.
o que os usuários querem dos softwares
mas não em compreender os dados, defi-
Mas será que a IBM conseguiu se
de BI, mas também como eles se integram
ne Rob Ashe, que era diretor-executivo na
associar ao melhor fabricante de pro-
com os sistemas de busca, gerenciamento
Cognos quando a companhia foi adqui-
dutos de BI quando adquiriu a Cognos?
de conteúdo, gerenciamento dos dados
rida, e mantém este título como líder da
Isto é questionável. Depois da Business
principais, seleção, integração e armaze-
unidade da IBM dedicada à Cognos.
Objects, a Cognos é a segunda maior
namento de dados, a fim de formar um
No próximo ano, segundo o executi-
fabricante em termos de vendas de fer-
vo, as tecnologias da Cognos estarão
ramentas para elaboração de relatórios
A questão quanto é o enfoque certo que
mais estritamente associadas a um ver-
e análises (US$ 622 milhões, em 2006,
ainda será determinada pelo modo como
dadeiro “baú de tesouros” de recursos
de acordo com a IDC), o que a tornou
a maioria das companhias terminam im-
e capacidades da IBM. Um dos planos
uma plataforma popular entre os espe-
plementando a BI, declara Hostmann, do
consiste em aproveitar o extensivo tra-
cialistas em BI.
Gartner, que chama a estratégia da IBM
balho da companhia relativo ao pro-
Com o Cognos 8, lançado em novem-
de uma abordagem de infra-estrutura. “Em
cessamento de linguagem natural para
bro de 2005, a companhia levou para
conjunto totalmente coeso.
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Analytics brief Compreender as estratégias das quatro gigantes de business intelligence irá ajudar as empresas decidir se devem considerar a possibilidade ou ignorá-la
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o mercado sua primeira suíte integrada de BI, muito aperfeiçoada quanto à integração e escalabilidade. Os produtos
SAP: A CHAVE SÃO OS DADOS DE TRANSAÇÕES
anteriores não funcionavam bem juntos,
Para a SAP, as melhores oportunida-
nem tinham uma apresentação consis-
des estão na utilização da BI para obter
tente, afirma Simon Gratton, diretor de
maior percepção dos dados referentes
transformação corporativa da Telus,
ao ERP e nos sistemas de transação de
uma companhia de telecomunicações
gerenciamento da cadeia de forneci-
canadense, que tem um rendimento
mento, em vez de a partir dos dados que
anual de US$ 9 bilhões.
estão parados durante dias ou semanas,
A Telus está migrando de um aglo-
para depois serem transferidos aos siste-
merado de ferramentas de BI para o
mas de armazenamento de dados. Isto
uso, em toda a companhia, do Cog-
significa não somente aproveitar os apli-
nos 8, a fim de analisar as informa-
cativos da SAP, mas também os de sua
ções dos bancos de dados da SAP
principal concorrente, a Oracle.
Business Warehouse, IBM DB2 e Ora-
A SAP modificou suas diretrizes e re-
cle. Segundo Gratton, o Cognos 8 pa-
solveu insistir em tratar a Business Ob-
recia “realmente pretender lidar com
jects, adquirida em janeiro deste ano
as necessidades de informações em
por US$ 6,8 bilhões, como uma divisão
uma base corporativa”, com painéis
autônoma. Existe uma boa razão para
de informações e placares de classi-
esta abordagem: cerca de 60% das con-
ficação proporcionando visualizações
tas da BO estão padronizadas com o
personalizadas conforme as funções
uso de aplicativos ou bancos de dados
referentes ao trabalho.
da Oracle. A SAP insiste em que o fato
Com relação à fusão com a IBM,
de ela não dispor de bancos de dados
Gratton diz que é cedo demais para
relacionais e cubos de OLAP (proces-
afirmar como isto beneficiará a Telus,
samento analítico online) é seu aspec-
mas ele vê potencial, especialmente na
to positivo em relação às outras três
utilização do Cognos 8 com as ferra-
fabricantes, observando que algumas
mentas de middleware e federação da
ferramentas dos portfólios de suas con-
IBM, destinadas a tornar os dados mais
correntes funcionam somente com seus
utilizáveis para as análises.
próprios bancos de dados.
Isso se parece com o início de uma
Contudo, assim como ocorre com os
arquitetura de gerenciamento de infor-
outros fabricantes, essa afirmação de
mações. Se para você a visão da IBM
autonomia para a unidade Business Ob-
sobre como esses diversos níveis de ge-
jects é apenas parcialmente verdadeira,
renciamento de dados se conectam faz
porque a SAP detecta um grande poten-
algum sentido, então, essa pode ser sua
cial para a integração das ferramentas
plataforma de BI ideal, particularmente
da BO com o ERP da SAP. Grande parte
se você já tiver feito investimentos em
de seu trabalho no futuro será dedicado
bancos de dados e middleware da IBM
à BI operacional, o que permitirá aos
ou em ferramentas da Cognos.
clientes realizarem análises dos dados Information Week Brasil
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sendo executados por meio dos apli-
vo de middleware, sem precisar, primei-
cativos de ERP da SAP, com pouca ou
ramente, transferi-los para o sistema de
nenhuma latência; talvez, até mesmo,
armazenamento de dados.
evitando armazenar todo um conteúdo
A SAP afirma que sua estratégia de
em um único lugar. Os usuários podem
BI enfatizará a colaboração, focando
agir com base no que eles aprendem
as equipes em vez de os indivíduos, e
com esta análise, modificando, imedia-
tornando as ferramentas de análise dis-
tamente, os fluxos de trabalho dentro
poníveis nas redes sociais e nos wikis.
desses aplicativos de ERP.
Mas isto é mais uma visão do que uma
A BI operacional é uma iniciativa ino-
realidade, uma vez que grande parte
vadora, e a SAP ainda precisa explicar
de seu portfólio de produtos de BI está
seu planejamento de longo prazo para
direcionada ao mais alto escalão dos
a tecnologia. Todavia, ela está conse-
responsáveis pelas decisões. Essa par-
guindo avanços. Por exemplo, seu BI
te do empreendimento tem sido muito
Accelerator, criado há dois anos, é um
boa para a SAP.
dispositivo baseado na Intel, que utiliza
A SAP adquiriu a Virsa, uma compa-
processamento em memória para acele-
nhia de software para adequação em
rar o processo de consulta no sistema de
2006, e, em 2007, a OutlookSoft e a
armazenamento de dados denominado
PilotSoft, duas empresas de software de
Business Warehouse, da SAP. Jim Ko-
gerenciamento de desempenho. Estes e
bielus, analista da Forrester Research,
outros aplicativos compõem a nova uni-
também espera que a SAP (e outros
dade de otimização de desempenho,
fabricantes de produtos de BI) se dedi-
sob a liderança do vice-presidente-exe-
que mais ao processamento de eventos
cutivo, Doug Merritt. Os maiores clientes
complexos, o que possibilitará que os
internos da SAP são o diretor-financeiro
usuários obtenham dados diretamente
e seus assessores, que estão enfrentando
da fonte por intermédio de um dispositi-
o desafio de controlar o desempenho,
A aquisição da Business Objects é um benefício para os clientes da SAP, de acordo com as empresas, mas alguns clientes da BO provavelmente ficarão infelizes com a decisão da SAP de descontinuar determinados aplicativos
SAP
IBM
ASPECTOS POSITIVOS • Compromisso no sentido de permitir que a Business Objects – a companhia líder da indústria em ferramentas de BI – opere com autonomia. • Mais e melhores recursos de BI para grandes usuários de ERP da SAP incluindo a BI operacional. • Bons produtos de gerenciamento de desempenho para escritórios de diretores financeiros.
ASPECTOS POSITIVOS • Cognos é a ferramenta de BI padrão em muitas companhias. • Sólida plataforma de banco de dados. • Experiência em gerenciamento de dados, integração de dados e middleware.
ASPECTOS NEGATIVOS • Enfrenta desafios para manter a Business Objects autônoma, enquanto a integra mais estritamente com seu ERP. • Outros fabricantes irão melhorar a integração entre as ferramentas de BI e os bancos de dados; a SAP não fornece bancos de dados
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ASPECTOS NEGATIVOS • O enfoque no gerenciamento de informações exige que se pense de modo diferente sobre a aquisição e o gerenciamento de BI. • A IBM poderia “perder terreno” na corrida em direção a BI operacional, uma vez que ela oferece poucos aplicativos de negócios.
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Jim Kobielus, analista da Forrester Research,
espera que os fabricantes de produtos de BI se dediquem mais ao processamento de eventos complexos, o que possibilitará que os usuários obtenham dados diretamente da fonte por intermédio de um dispositivo de middleware, sem precisar, primeiramente, transferi-los para o sistema de armazenamento de dados
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assim como o de lidar com as regulamen-
algumas decisões difíceis sobre os pro-
tações, como a Lei Sarbanes-Oxley.
dutos com os quais irá continuar.
Outro grupo recém-formado, denomi-
A SAP identificou alguns aplicativos
nado Business Intelligence Platform, é
que ela planeja eliminar, incluindo o Busi-
chefiado pela vice-presidente-executiva
ness Profitability Management, o placar
da Business Objects, Marge Breya. Este
SEM BSC e o software de gerenciamen-
grupo inclui todos os relatórios, análi-
to de desempenho BusinessObjects-PM.
ses, painéis de informações e placares
Novos desenvolvimentos também serão
de classificação, além do software de
interrompidos em diversos aplicativos
gerenciamento de dados da SAP, que
de planejamento da Business Objects.
organiza, integra e gerencia os dados
Quanto aos recursos de BI, as ferramen-
de forma centralizada. Merritt e Breya se
tas de análise de OLAP, o BEx Web Ana-
reportam a Schwarz.
lyzer e o Excel Analyzer, da SAP, irão se
A Coca-Cola, que padronizou a utili-
fundir com a ferramenta de análise Voya-
zação do ERP da SAP, adotou o Business
ger OLAP, da BO, a fim de criar um novo
Warehouse, também da fornecedora, há
produto, denominado Pioneer.
alguns anos, como um repositório das
A companhia também vai integrar o
informações sobre o planejamento finan-
Data Quality, da Business Objects, com
ceiro. Inicialmente, o desempenho era
seu produto de controle de gerenciamen-
um problema, mas ele foi aperfeiçoado
to de dados, visando a desenvolver uma
com o BI Accelerator. A SAP conseguiu
solução combinada de gerenciamento
melhorar em 65% o desempenho do sis-
de dados e de qualidade. Em setores nos
tema de armazenamento da Coca-Cola.
quais persistirem produtos redundantes,
Atualmente, Jeff Irwin, diretor-global de
os analistas esperam que a SAP direcio-
TI da companhia, vê uma ótima opor-
ne os clientes para a Business Objects,
tunidade à sua frente, com os produtos
como sua suíte de ferramentas de BI e
da OutlookSoft, da Business Objects, e
diminua a ênfase dada à sua suíte SAP
também com outros aplicativos e ferra-
NetWeaver.
mentas adquiridos.
A aquisição da Business Objects é
A SAP precisa racionalizar, de algum
um benefício para os clientes da SAP,
modo, todos os produtos que ela já com-
de acordo com Colbert, uma vez que
prou. Juntas, a Business Objects e a SAP
ela resultará em desenvolvedores inte-
têm, pelo menos, seis produtos direcio-
grando mais intensamente as melhores
nados ao planejamento; três voltados
ferramentas de BI com os sistemas de
à consolidação de dados financeiros,
ERP da companhia. Mas alguns clientes
e uma variedade de ferramentas para
da BO provavelmente ficarão infelizes
placares de classificação e visualização
com a decisão da SAP de descontinuar
de dados, confirma o analista da BPM
determinados aplicativos. Em termos de
Partners, John Colbert. O suporte técnico
integração, ele recomenda que os CIOs
em longo prazo para esses produtos que
insistam para que a SAP e a Business
são redundantes é inviável, esclarece
Objects mostrem realmente como seus
Colbert, e a companhia precisa tomar
produtos serão associados para atenInformation Week Brasil
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der a exigências corporativas únicas,
passado, avaliada em US$ 3,3 bilhões,
“em vez de permitir que eles apenas
fortaleceu os produtos da Oracle no se-
impressionem os clientes com demons-
tor de software de gerenciamento de
trações e exibições de produtos previa-
desempenho. E considerando o grande
mente preparadas”.
número de companhias que padroniza-
Se você está procurando utilizar me-
ram a utilização dos bancos de dados da
lhor os dados de transações, a SAP pode
Oracle e, em menor grau, os aplicativos
ser a opção ideal. Mas a companhia ain-
da Siebel, não é surpresa que os leitores
da não se decidiu entre aproximar mais
da InformationWeek tenham classifi-
a BI de seus principais aplicativos de ERP
cado a Oracle como a mais importante
ou continuar a expandir suas vendas de
fabricante de produtos de BI na pesquisa
plataformas cruzadas, relacionadas à
realizada em 2007.
Business Objects. Na maioria dos casos,
A aquisição da BEA Systems pela Ora-
a tendência da SAP é de dar prioridade
cle, ainda pendente e avaliada em US$8,5
aos seus objetivos referentes ao ERP.
bilhões, irá expandir sua estratégia de BI.
O TRABALHO QUE A ORACLE ESTÁ DESENVOLVENDO
A BEA é uma fabricante de middleware, a chave para facilitar a obtenção de BI em tempo real fora dos sistemas de transação. Kobielus, da Forrester, prevê que a BEA irá
A Oracle iniciou alguns passos à fren-
emergir como a “pedra fundamental” da
te da SAP, no sentido de associar ferra-
tecnologia de processamento de eventos
mentas de BI a aplicativos corporativos,
complexos da Oracle.
com a aquisição da Siebel Systems, em
Aparentemente, a BEA está em sincro-
2005. O Siebel Analytics surgiu como o
nia com a ampla estratégia de infra-es-
produto de BI considerado carro-chefe
trutura de BI, descrita por John Kopcke,
da Oracle, sob o nome de Oracle Busi-
vice-presidente-sênior de gerenciamento
ness Intelligence Enterprise Edition.
de desempenho corporativo da Oracle,
A aquisição da Hyperion, no ano
em uma entrevista realizada por e-mail.
MICROSOFT ASPECTOS POSITIVOS • Menor custo por usuário. • O PerformancePoint e o SharePoint formam uma dupla de produtos para BI colaborativa, destinada a abranger toda uma companhia. • O SQL Server continua sendo aperfeiçoado em sua escalabilidade e em seu desempenho. ASPECTOS NEGATIVOS • Os anos de trabalho desorganizado na área de BI deixaram a impressão de que a Microsoft não é uma companhia séria nesse setor. • Experiência limitada na BI aplicada a grandes organizações (a menos que você considere o Excel uma ferramenta de BI).
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É interessante observar que a maioria dos analistas credita o sucesso da Microsoft à sua iniciativa de crescimento amplamente orgânica, que mostra um enorme contraste com a abordagem de expansão fragmentado por meio de diversas aquisições, da Oracle
ORACLE ASPECTOS POSITIVOS • Sólidos produtos na área de BI, além dos já relatados, incluindo aplicativos corporativos, bancos de dados, sistemas de armazenamento de dados, middleware e ferramentas de integração de dados. • Fabricante que é líder no setor de ferramentas de gerenciamento de desempenho utilizadas pelos escritórios de diretores financeiros. • O desenvolvimento centralizado no grupo de middleware Oracle Fusion proporcionará melhor integração entre os aplicativos de BI e de gerenciamento de desempenho da Oracle. ASPECTOS NEGATIVOS • Sinais de desorganização e a companhia não apresenta uma visão nítida de sua plataforma de BI, dando seqüência à aquisição da Hyperion, no ano passado. • É necessário esclarecer sobre o futuro desenvolvimento de cerca de 20 diferentes produtos de BI que têm se originado a partir de diversas aquisições.
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Analytics brief Além dos bancos de dados e do middleware, a Oracle tem produtos para monitoração de atividades corporativas, gerenciamento de identidade, controle de gerenciamento de dados e de conteúdo, afirma Kopcke, alguns dos quais são resultantes das diversas aquisições realizadas pela companhia, nos últimos anos. A Oracle pretende oferecer suporte técnico a todos os aplicativos que ela adquirir, desde que existam clientes para esses produtos. Esta é uma ótima atitude, mas que poderá tornar difícil determinar em que setor os desenvolvedores de BI da companhia devem se focar. “Para esses desenvolvedores, será muito difícil racionalizar seus recursos tendo mais de 20 diferentes produtos de BI”, comenta o analista da Forrester, Boris Evelson. Desde a aquisição da Hyperion pela Oracle, há um ano, a companhia não deu muitas explicações sobre quais pro-
Desde a aquisição da Hyperion pela Oracle, a
companhia não deu muitas explicações sobre quais produtos ela espera que sejam estratégicos e quais pretende apenas manter e fornecer suporte técnico 36
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dutos ela espera que sejam estratégicos e quais deles ela pretende apenas manter e fornecer suporte técnico. Na verdade, a Oracle declarou que seus executivos de BI estavam ocupados demais para serem entrevistados pela InformationWeek para a conclusão deste artigo, apesar de nossa solicitação ter sido feita com várias semanas de antecedência e de que Kopcke poderia ter respondido por e-mail. A descrição de Kopcke sobre a estratégia de BI da Oracle inclui outros temas familiares, tais como autonomia, facilidade de uso e integração. Uma das questões mais importantes é como uma companhia que faz quase uma aquisição por mês tem condições de conciliar toda essa base de códigos. Kopcke explica que todos os aplicativos de gerenciamento de BI e de desempenho são desenvolvidos Information Week Brasil
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de forma centralizada, dentro da organi-
mento amplamente orgânica, que mostra
zação para Oracle Fusion Middleware,
um enorme contraste com a abordagem
e eles são “estritamente adequados” à
de expansão fragmentada por meio de
estratégia de “fácil instalação”, da com-
diversas aquisições da Oracle.
panhia, que visa à integração com uma
A Oracle oferece os elementos de uma
variedade de aplicativos corporativos e
estratégia de BI para abranger toda uma
de bancos de dados. Essa descrição é
companhia, incluindo um excelente con-
simplista demais, segundo Evelson, ob-
junto de aplicativos e ferramentas de
servando que a Oracle realizou somen-
bancos de dados, armazenamento e ge-
te parte da integração dos produtos da
renciamento de dados, middleware e BI.
Hyperion com os seus próprios.
Mas, se você está mais inclinado a esco-
No próximo ano, espere para ver novas
lher a Oracle, deve procurar obter mais
ofertas da Oracle que darão aos clientes
informações sobre o futuro destes pro-
“a capacidade de entender a verdadeira
dutos, tais como: quais deles a Oracle
lucratividade de produtos, clientes e ser-
planeja aprimorar futuramente e quais
viços”, prevê Kopcke. Provavelmente, a
terminarão na categoria dos que apenas
Oracle considera programas de software
serão mantidos e terão suporte técnico;
que permitem que as empresas identifi-
e quando seus dois principais produtos,
quem seus clientes mais lucrativos como
o Oracle Business Intelligence Enterprise
um significativo argumento de venda, em
Edition e o Hyperion EPM, serão comple-
uma economia na qual varejistas, bancos
tamente integrados? Até que essas per-
e outras organizações estão lutando para
guntas sejam respondidas, a estratégia
obter o máximo de seus consumidores.
de BI da Oracle está incompleta.
No entanto, ainda não está definido se ele está falando sobre aperfeiçoamentos dos produtos já existentes ou se a Oracle está planejando outra aquisição.
MICROSOFT AMPLIA O ALCANCE DA BI
A Oracle parece estar satisfeita em
A Microsoft, uma líder na área de BI.
continuar como uma companhia de
Quem diria? Entre as quatro mega-fabri-
software abrangendo diversas marcas,
cantes, ela pode ser aquele cavalo aza-
e que inclui BI. Mas ela poderá ser for-
rão, que termina vencendo a corrida.
çada a repensar essa estratégia, agora
Depois de anos atuando como uma
que a IBM e a SAP detêm os mais bem-
empresa dedicada a um nicho específico
sucedidos fabricantes dedicados somen-
no mercado de BI, a Microsoft finalmente
te à BI, e que a Microsoft finalmente está
começou a avançar, em maio do ano pas-
mostrando bons resultados com sua es-
sado, quando realizou sua primeira con-
tratégia de BI, com o recente lançamento
ferência sobre inteligência de negócios,
do PerformancePoint Server 2007 e o
na qual estavam presentes 2,6 mil partici-
rápido aumento de sua participação no
pantes. Ela progrediu ainda mais quando
mercado. É interessante observar que a
lançou o PerformancePoint Server 2007,
maioria dos analistas credita o sucesso
em setembro de 2007, que encerrou sua
da Microsoft à sua iniciativa de cresci-
abordagem anterior de BI, que era am-
30 de Maio de 2008
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O objetivo da Microsoft é aproveitar a familiaridade que os usuários têm com sua suíte Office e atrair diferentes tipos de usuários ao setor de BI
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Analytics brief
Alguns pioneiros da indústria de BI não consideram a Microsoft como uma séria concorrente. As iniciativas de BI geralmente são associadas ao Oracle e ao DB2, não ao SQL Server, pelo menos, nas grandes organizações
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plamente divulgada. A companhia reuniu
atualização, manutenção e análise de
todos os seus produtos, incluindo Scorecard
hierarquias de dados em categorias es-
Manager, Excel e novos aplicativos para
pecíficas, tais como clientes e produtos.
planejamento, orçamentos e previsões, com
A base da plataforma de BI da Mi-
as avançadas tecnologias de visualização
crosoft é o banco de dados SQL Server,
e análise, adquiridas da ProClarity.
embora as ferramentas possam trabalhar
Em fevereiro último, o Gartner identificou
com o DB2, da IBM, e com bancos de da-
a Microsoft como a empresa líder na cate-
dos da Oracle e de outros fabricantes, de-
goria de plataforma de BI, afirmando que
clara Bill Baker, gerente-geral de BI para a
ela havia ultrapassado o Cognos, da IBM,
plataforma Office. Baker considera o SQL
e o Business Objects, da SAP, em sua ca-
Server 2008 como um importante incenti-
pacidade de operar em áreas como inves-
vo para a BI da Microsoft, com seu melhor
timento em produtos, definição de preços,
desempenho e integração com o Office.
capacidade de responder ao mercado e
A companhia também planeja fornecer re-
experiência com clientes. O rendimento da
cursos para gerenciar e monitorar grandes
Microsoft no setor de BI aumentou em 28%,
sistemas de armazenamento de dados.
chegando aos US$ 480 milhões, em 2006,
Entretanto, alguns pioneiros da indús-
mais rapidamente do que qualquer outro
tria de BI, incluindo o diretor-executivo
fabricante de produtos de BI, dando seqü-
da MicroStrategy, Saylor, não conside-
ência ao crescimento de 25%, em 2005,
ram a Microsoft como uma concorrente
de acordo com a IDC.
séria. As iniciativas de BI geralmente
O objetivo da Microsoft é aproveitar
são associadas ao Oracle e ao DB2, ele
a familiaridade que os usuários têm com
diz, não ao SQL Server, pelo menos, nas
sua suíte Office e atrair diferentes tipos
grandes organizações.
de usuários. A visão de “uma BI para to-
O principal produto de BI da Microsoft
dos os usuários” é fundamental e pode-
a suíte PerformancePoint, inclui tecnologia
ria, até mesmo, tornar ainda mais difícil
obtida a partir de sua aquisição da Pro-
para a Microsoft conquistar o respeito
Clarity, em 2006, que proporcionou uma
de clientes potenciais ou ganhar impulso
abordagem baseada em componentes
nas grandes companhias.
para criar aplicativos de BI personalizados.
Um segmento no qual a Microsoft
A Microsoft vinculou o PerformancePoint ao
não tem força é no de tecnologias que
Excel e ao seu software de colaboração, o
organizam e gerenciam dados, com a
SharePoint, criando uma plataforma para
finalidade de proporcionar melhor ca-
fornecer BI para “as massas”.
pacidade analítica. A companhia não
Gráficos simples, como placares, serão
acompanhou a escala e funcionalidade
mais atrativos e úteis para mais usuários
que alguns de seus concorrentes ofere-
em diversas tarefas, afirma Baker, enquan-
ceram. Isto pode mudar: em junho do
to os convencionais e geralmente imensos
ano passado, a Microsoft adquiriu a
relatórios de BI deixarão de existir. “As pes-
Stratature, uma pequena fabricante de
soas estão cansadas de tantos relatórios”,
software de controle de gerenciamento
comenta. “Se você receber um relatório to-
de dados, que cria um único local para
dos os dias por e-mail, na primeira vez, irá Information Week Brasil
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examiná-lo. No segundo dia, você
Não seria possível fazer isso com
poderá exclui-lo”. Enquanto isso,
as ferramentas de BI projetadas para
a Microsoft percebeu que precisa
os analistas de orçamentos e geren-
expandir suas capacidades de ge-
tes seniores, descreve Benz. Outras
renciamento de metadados e está
ferramentas de BI dos fabricantes
investindo nessa área, ele relatou,
têm seus preços definidos para aten-
sem apresentar detalhes.
der às necessidades de usuários
Mas será que a Microsoft está
específicos, e essa definição de pre-
correta ao tornar o Excel uma par-
ços não é adequada para centenas
te tão importante de sua estratégia
de milhares de pessoas, acrescenta
de BI? Embora seja amplamente
Benz. “Com o passar do tempo, al-
utilizado, o Excel freqüentemente
guns desses recursos de BI se torna-
é criticado por ser complicado.
rão praticamente tão disseminados
Mas neste caso, ele pode não ser
quanto o Excel é atualmente”, con-
a questão. “O Excel nunca foi o
clui Benz, “e gostaríamos de acredi-
problema, mas a consolidação de
tar que podemos disponibilizar es-
dados a partir dele, sim”, ressalta
ses recursos para qualquer pessoa
Randy Benz, CIO da Energizer,
na organização”.
que padronizou o uso da platafor-
A abordagem da Microsoft po-
ma de BI da Microsoft. A Energi-
deria ser uma grande vantagem
zer está utilizando um módulo do
para as companhias que querem
PerformancePoint que consolida
expandir seu uso das ferramentas
dados a partir de várias fontes e
de BI. Por outro lado, ela poderia
permite que os usuários as anali-
se tornar uma simplificação exces-
sem utilizando o Excel.
siva. Isso depende se você preferir
A estratégia da Microsoft faz
adotar a visão de BI da companhia
sentido na Energizer, uma fabri-
como sendo um aplicativo colabo-
cante de baterias que, atualmente,
rativo para desktops, em vez de
tem 1,3 mil empregados utilizando
considerá-la uma ferramenta espe-
ferramentas de BI e quer torná-las
cializada, e se você acredita que o
ainda mais disponíveis. Os fun-
SQL Server eventualmente acompa-
cionários nas áreas de vendas,
nhará a escala e o desempenho da
logística, gerenciamento de ca-
Oracle e do DB2. Outra preocupa-
deia de fornecimento, marketing,
ção se refere ao longo histórico da
finanças e outros setores, utilizam
Microsoft de sempre desenvolver
o PerformancePoint para analisar
principalmente para suas próprias
a contabilidade de empresas va-
plataformas. Mas com a oportuni-
rejistas. Os funcionários trabalham
dade oferecida pela indústria de BI,
com os placares que os varejistas
que apresenta rápido crescimento,
da Energizer utilizam para avaliar
a expectativa é de que a Microsoft
o desempenho da companhia na
continue atuando nesse setor por
área de fornecimento.
um longo tempo.
CMP
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der a exigências corporativas únicas,
passado, avaliada em US$ 3,3 bilhões,
“em vez de permitir que eles apenas
fortaleceu os produtos da Oracle no se-
impressionem os clientes com demons-
tor de software de gerenciamento de
trações e exibições de produtos previa-
desempenho. E considerando o grande
mente preparadas”.
número de companhias que padroniza-
Se você está procurando utilizar me-
ram a utilização dos bancos de dados da
lhor os dados de transações, a SAP pode
Oracle e, em menor grau, os aplicativos
ser a opção ideal. Mas a companhia ain-
da Siebel, não é surpresa que os leitores
da não se decidiu entre aproximar mais
da InformationWeek tenham classifi-
a BI de seus principais aplicativos de ERP
cado a Oracle como a mais importante
ou continuar a expandir suas vendas de
fabricante de produtos de BI na pesquisa
plataformas cruzadas, relacionadas à
realizada em 2007.
Business Objects. Na maioria dos casos,
A aquisição da BEA Systems pela Ora-
a tendência da SAP é de dar prioridade
cle, ainda pendente e avaliada em US$8,5
aos seus objetivos referentes ao ERP.
bilhões, irá expandir sua estratégia de BI.
O TRABALHO QUE A ORACLE ESTÁ DESENVOLVENDO
A BEA é uma fabricante de middleware, a chave para facilitar a obtenção de BI em tempo real fora dos sistemas de transação. Kobielus, da Forrester, prevê que a BEA irá
A Oracle iniciou alguns passos à fren-
emergir como a “pedra fundamental” da
te da SAP, no sentido de associar ferra-
tecnologia de processamento de eventos
mentas de BI a aplicativos corporativos,
complexos da Oracle.
com a aquisição da Siebel Systems, em
Aparentemente, a BEA está em sincro-
2005. O Siebel Analytics surgiu como o
nia com a ampla estratégia de infra-es-
produto de BI considerado carro-chefe
trutura de BI, descrita por John Kopcke,
da Oracle, sob o nome de Oracle Busi-
vice-presidente-sênior de gerenciamento
ness Intelligence Enterprise Edition.
de desempenho corporativo da Oracle,
A aquisição da Hyperion, no ano
em uma entrevista realizada por e-mail.
MICROSOFT ASPECTOS POSITIVOS • Menor custo por usuário. • O PerformancePoint e o SharePoint formam uma dupla de produtos para BI colaborativa, destinada a abranger toda uma companhia. • O SQL Server continua sendo aperfeiçoado em sua escalabilidade e em seu desempenho. ASPECTOS NEGATIVOS • Os anos de trabalho desorganizado na área de BI deixaram a impressão de que a Microsoft não é uma companhia séria nesse setor. • Experiência limitada na BI aplicada a grandes organizações (a menos que você considere o Excel uma ferramenta de BI).
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É interessante observar que a maioria dos analistas credita o sucesso da Microsoft à sua iniciativa de crescimento amplamente orgânica, que mostra um enorme contraste com a abordagem de expansão fragmentado por meio de diversas aquisições da Oracle
ORACLE ASPECTOS POSITIVOS • Sólidos produtos na área de BI, além dos já relatados, incluindo aplicativos corporativos, bancos de dados, sistemas de armazenamento de dados, middleware e ferramentas de integração de dados. • Fabricante que é líder no setor de ferramentas de gerenciamento de desempenho utilizadas pelos escritórios de diretores financeiros. • O desenvolvimento centralizado no grupo de middleware Oracle Fusion proporcionará melhor integração entre os aplicativos de BI e de gerenciamento de desempenho da Oracle. ASPECTOS NEGATIVOS • Sinais de desorganização e a companhia não apresenta uma visão nítida de sua plataforma de BI, dando seqüência à aquisição da Hyperion, no ano passado. • É necessário esclarecer sobre o futuro desenvolvimento de cerca de 20 diferentes produtos de BI que têm se originado a partir de diversas aquisições.
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5/27/08 4:53:36 AM
Analytics brief Além dos bancos de dados e do middleware, a Oracle tem produtos para monitoração de atividades corporativas, gerenciamento de identidade, controle de gerenciamento de dados e de conteúdo, afirma Kopcke, alguns dos quais são resultantes das diversas aquisições realizadas pela companhia, nos últimos anos. A Oracle pretende oferecer suporte técnico a todos os aplicativos que ela adquirir, desde que existam clientes para esses produtos. Esta é uma ótima atitude, mas que poderá tornar difícil determinar em que setor os desenvolvedores de BI da companhia devem se focar. “Para esses desenvolvedores, será muito difícil racionalizar seus recursos tendo mais de 20 diferentes produtos de BI”, comenta o analista da Forrester, Boris Evelson. Desde a aquisição da Hyperion pela Oracle, há um ano, a companhia não deu muitas explicações sobre quais pro-
Desde a aquisição da Hyperion pela Oracle, a
companhia não deu muitas explicações sobre quais produtos ela espera que sejam estratégicos e quais pretende apenas manter e fornecer suporte técnico 36
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dutos ela espera que sejam estratégicos e quais deles ela pretende apenas manter e fornecer suporte técnico. Na verdade, a Oracle declarou que seus executivos de BI estavam ocupados demais para serem entrevistados pela InformationWeek para a conclusão deste artigo, apesar de nossa solicitação ter sido feita com várias semanas de antecedência e de que Kopcke poderia ter respondido por e-mail. A descrição de Kopcke sobre a estratégia de BI da Oracle inclui outros temas familiares, tais como autonomia, facilidade de uso e integração. Uma das questões mais importantes é como uma companhia que faz quase uma aquisição por mês tem condições de conciliar toda essa base de códigos. Kopcke explica que todos os aplicativos de gerenciamento de BI e de desempenho são desenvolvidos Information Week Brasil
5/26/08 10:01:48 PM
Tecnologia
Nuvens Gilberto Pavoni Junior, especial para InformationWeek Brasil
A cloud computing é um amontoado de termos que estão amadurecendo rapidamente e protagonizando uma grande mudança no setor de TI. O futuro previsto é da virtualização e da alta disponibilidade em qualquer dispositivo
Se alguém fizer uma aposta com você sobre o futuro da computação em nuvem (cloud computing, em inglês) mude de assunto e evite uma simples escolha entre
sim e não. Como tendência, o conceito parece inegável, mas o termo é bastante nebuloso. Ele lembra muito o surgimento e o desenvolvimento do frisson sobre Web 2.0. A aposta atual é que este conceito desenhe um possível destino do mercado de TI, com um futuro de muita virtualização da infra-estrutura e alta disponibilidade das informações. Tudo isto muito mais democratizado do que jamais foi. 40
lay_tecnologia 40
Information Week Brasil InformationWeek
5/22/08 6:33:19 AM
Foto: Leandro Fonceca
no horizonte Mautner, da Localweb: empresa tem planos para oferecer modelo de cloud computing ainda em 2008
Longe de ser algo único, um objeto ou um componente tecnológico, a computação em nuvem se parece mais com um contêiner que abriga vários outros conceitos mais sólidos, discutidos e usados há alguns anos. Só para citar alguns, lista-se arquitetura orientada a serviços (SOA), software como serviço (SaaS), virtualização de servidores, sob demanda, clusters, web enabled, business process management (BPM), thin client, compartilhamento e otimização de data centers e conexão. Parece haver tantos termos quanto há gotículas de água numa nuvem. Justamente por isto, tem se tornado uma benção para marqueteiros, mas um enigma de esfinge para os profissionais de TI. “A computação em nuvem é cheia de benefícios que as empresas podem aproveitar, embora não exista nenhuma grande novi30 de Maio de 2008
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dade”, explica o presidente da LocaWeb, Gilberto Mautner. A empresa já elabora planos para oferecer algum modelo de cloud computing para os clientes ainda em 2008, principalmente voltados para start-ups e pequenas e médias empresas. Apesar de não existir inovações grandiosas, três forças impulsionaram que todos esses conceitos, antes dispersos, fossem reunidos em um mesmo termo. Primeiro, há uma demanda crescente por e-bussines. Segundo, os equipamentos ficam mais poderosos e mais baratos a cada dia. E, terceiro, há a proliferação de informação online, seja na internet pública ou nas redes corporativas. O estudo “A diversidade e a Explosão do Universo Digital: Uma atualização do Crescimento da Informação até 2011”, realizado pelo instituto de pesquisa IDC a pedido da fabricante de tecnologia de armazenamento
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5/22/08 6:33:25 AM
Tecnologia
Sob a ótica do mercado Embora pareça um hype, há tendências concretas na computação em nuvem. Um recente estudo global da consultoria McKinsey revela que o software como serviço (SaaS) está se consolidando. Uma pesquisa feita com 850 empresas usuárias revelou que três quartos delas são favoráveis ao modelo e pensam em adotá-lo. Em 2008, 19% do orçamento de TI será destinado a compras de SaaS. Pequenas e médias companhias serão as mais ávidas por isso, gastando 26% do orçamento de TI. As grandes devem desembolsar somente 11%. Outra pesquisa do Gartner mostra que o uso da virtualização em PCs também está previsto para crescer rapidamente. O número de computadores virtuais deve pular de menos de cinco milhões em 2007, para 660 milhões em 2011. Ambos são indícios de como a nuvem cresce. A expectativa de um aquecimento pode ser sentida nos investimentos do Google em data center. A companhia gastou US$ 842 milhões com servidores no primeiro trimestre de 2008, o maior volume da sua história. A empresa também deixou outros rastros da sua estratégia para popularizar a cloud computing. Ela colabora, desde o ano passado, na produção do novo MySQL, que deve surgir no mercado em 2009 e especula-se que seria mais um software a ser oferecido como o Google Docs, de forma online. Até a Microsoft entrou nesse ramo, anunciando o Live Mesh em abril. A plataforma deve migrar os produtos da empresa do CD para a web. A versão de teste inicial deverá estar disponível até o fim deste ano, com previsão de uma versão de teste completa em 2009. Outras empresas como Dell, EMC, IBM, HP, Sun, Cisco e Citrix já usam o termo em alguma solução. Por enquanto, cloud computing soa meio esotérico e tem sido muito mais difícil entendê-la quando o interlocutor vem do marketing. Mas, em termos de tecnologia, é impossível negar que todos os termos abrigados nesse conceito maior estão amadurecendo. Isso não é uma nuvem exatamente, é um horizonte. E já estamos bem perto dele.
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e gerenciamento EMC, estima que o mundo online abrigue atualmente 281 bilhões de gigabytes de dados, com crescimento anual de 60%. A projeção é que o total chegue a 1,8 zettabytes em 2011. Nessa quantidade imensa, com certeza, há muita informação de qualidade e a dificuldade é separála daquelas que não tem. Ao mesmo tempo, existe uma ociosidade imensa nos data centers. Esse nível chega a 70% em alguns casos. Isto ocorre não porque o negócio é mal gerenciado. Muitas empresas e configurações dos programas que rodam nas máquinas exigem servidores dedicados e exclusivos. “O hardware cai constantemente de preço, mas a manutenção dele não”, lembra o gerente de novas tecnologias da IBM Brasil, Cesar Taurion. É aí que entra a cloud computing como meio para fazer estes problemas se dissolverem. No conceito de nuvem, se o usuário necessitar de mais link, armazenamento, novo aplicativo de escritório ou acesso a uma rede qualquer ele usa sem pedir para o departamento de TI. “Se tudo que estiver contido no conceito de computação em nuvem for adotado, haverá uma nova camada na infra-estrutura, uma pele de colaboração”, diz Taurion. Por ela, a demanda e a oferta de informação trafegarão em várias infra-estruturas como um serviço público. Assim, nasce um outro termo: computação como utility.
Passos lentos A prova de que este conceito de as aplicações residirem em uma “nuvem” dá certo já existe, mas ainda é uma versão beta. No site de e-commerce Amazon, há o EC2 (Elastic Computing versão 2), no qual desenvolvedores podem criar um ambiente virtual e requisitar quantas máquinas forem necessárias. O produto pode ser oferecido de forma personalizada para outros Information Week Brasil
5/22/08 6:33:26 AM
A nuvem
Foto: Andre Conti
azul
Taurion, da IBM: “O hardware cai constantemente de preço, mas a manutenção dele não”
clientes. O preço é determinado pelo volume que foi usado. Se precisar de armazenamento, há outro serviço, o simple storage service (S3). Várias pequenas empresas tiraram proveito, mas a sedução atinge as grandes companhias, que querem economizar e podem lidar com essa nova cultura de compartilhamento de recursos e informação. É o caso do grupo de mídia New York Times, que abrigou lá sua nova ferramenta pública que permite navegar em 70 anos de notícia (de 1851 a 1922). A chamada Time Machine conta com 11 milhões de artigos em PDF, que podem ser consultados por ano, mês e dia. Google e Yahoo também têm produtos similares. Eles utilizam alta redundância nos servidores de custo baixo que possuem para oferecer este tipo de serviço. O objetivo é ganhar cada vez mais clientes para diluir o custo de operação. Especialistas apontam as empresas de data centers como os próximos players deste mercado. 30 de Maio de 2008
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Fora as empresas típicas de internet, a IBM parece ser a que mais aposta na cloud computing. A companhia tem uma parceria oficial com o Google para expandir esse pensamento sobre o futuro da computação. Mas suas ações não param aí. Em março, a Big Blue anunciou uma nuvem para pesquisas no Vietnã, por meio de um portal colaborativo. Governo local, institutos de pesquisa e universidades vão desenvolver programas educativos para uma nova multidisciplina chamada Gestão e Engenharia para Serviço de Ciências (Service Science Management and Engineering – SSME). No mesmo mês, oficializou o centro de computação em nuvem europeu em Dublin, Irlanda. Ele se une a outros que já estão sendo criados pelo mundo, como o cluster de desenvolvimento de software na China.
Os primeiros usuários do cloud computing devem ser as pequenas empresas, start-ups e centros de pesquisa. “Companhias maiores como bancos, operadoras de telecom e indústrias só devem entrar nisto quando tudo estiver mais estabilizado”, aponta o gerente de Marketing da HP Brasil, Luis Sena. O assunto já é comentado nas áreas de TI das empresas usuárias. A reportagem da InformationWeek Brasil entrou em contato com algumas delas, mas nenhuma quis se pronunciar oficialmente. O compasso de espera se deve a essa fase beta. Elas esperam um amadurecimento das ofertas. Tal atitude tem suas razões. Em fevereiro, o S3 da Amazon sofreu uma pane. Foram duas horas de interrupção. Aparentemente, um ataque de DDoS (distributed denial of service) não controlado fez vários executivos pensarem que o céu iria desabar sobre suas cabeças com nuvens e tudo. Há dois anos, a fornece-
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5/22/08 6:33:30 AM
Tecnologia Os primeiros usuários da computação em nuvem devem ser pequenas empresas, starups e centros de pesquisas; companhias maiores devem esperar estabilização
Foto: Divulgação
Sena, da HP Brasil: “Companhias maiores só devem entrar na computação em nuvem quando tudo estiver mais estabilizado”
dora de software de CRM sob demanda SalesForce. com, outra que se encaixaria no conceito de computação em nuvem, teve problema parecido. Há riscos a serem monitorados. A IBM defende que as empresas construam, em um primeiro momento, infra-estruturas próprias, ligadas com parceiros de negócio e sites confiáveis. Assim, teríamos um céu na verdade, povoado de nuvens de todos os tamanhos que podem se juntar ou não. Controle e segurança são as principais preocupações neste momento. Uma coisa é deixar disponíveis jornais antigos; outra é abrir-se e deixar qualquer um acessar políticas de preço e planos de negócio. Por este motivo ninguém deve apostar (ainda) cegamente no conceito. Há incógnitas no ar. Talvez ele não seja tão grandioso quanto fazem crer aqueles que defendem a computação em nuvem, mas talvez ela evolua e ganhe outro nome ou até mesmo resgate um. Você se lembra de pervasive computing? E o que há de errado com simplesmente grid computing? iwb
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Yahoo, Tata e o supercomputador O conceito de nuvem também parece perfeito para a atual convergência de interesses. Empresas de TI tradicionais e as de Internet estão juntando esforços. Um exemplo é a indiana Tata, especialista em terceirização, e o Yahoo. A primeira vai deixar disponível o seu EKA, o quarto maior supercomputador do mundo, para pesquisas e testes de computação em nuvem. Do seu lado, os pesquisadores da empresa americana vão experimentar o open source Apache Hadoop neste esquema. O EKA tem 14.400 processadores, 28 TB de memória e 140 TB de discos. O sistema garante uma performance para 180 trilhões de cálculos por segundo, conforme testes do benchmark LINPACK, que avalia o desempenho destas máquinas.
Information Week Brasil
5/22/08 6:33:40 AM
AF-Flyer ITWeb
3/14/08
3:58 PM
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Na Prática
Preparando o te Ligia Sanchez
Fotos: Leandro Fonseca
CordCell unifica sua TI com um projeto de virtualização de servidores e desktops
Baise, da CordCell: mudança radical no parque de servidores e desktops
A CordCell, parte de um grupo da especialidade de hematologia e pesquisas em terapia celular, dedicada ao congelamento de células-tronco, decidiu mudar seu sistema central para suportar o crescimento. Um dos requisitos para a migração para a nova plataforma referia-se à centralização do banco de dados. A questão foi solucionada com um projeto radical de virtualização, que abrangeu não só o par-
Em foco
Desafio: centralizar a infra-estrutura de TI e modernizar as estações de trabalho Solução: virtualização de servidores e desktops Resultado: redução de custos, ganhos em segurança, desempenho e energia
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que de servidores como o ambiente de produção dos desktops utilizados pela empresa, em um projeto de R$ 1,48 milhão. A idéia começou a ganhar forma com a terceirização da infra-estrutura de TI da CordCell com a NetExpress, parceira da VMware. Os 15 servidores da IBM e HP que suportavam as operações foram substituídos por cinco máquinas físicas da IBM, que rodam oito sistemas virtuais. “Temos planos de expandi-los para mais 15”, conta Mauricio Baise, gerente de TI do grupo médico. A distribuição dos servidores físicos foi feita de tal forma que um deles dedica-se ao gerenciamento dos demais; dois, redundantes, suportam os desktops virtuais, e os restantes rodam os oito servidores virtuais. No ambiente de trabalho, a CordCell utiliza 160 esInformation Week Brasil
5/26/08 10:14:28 PM
o terreno Com a centralização, infra-estrutura ganhou segurança; e desktops agora têm backup
tações de trabalho, das quais 120 foram virtualizadas. “Por enquanto, apenas as máquinas de administração, da TI, continuam no modelo antigo, por questão de desempenho”, explica Baise. “Até 2009, esperamos estabilizar o projeto e tornar todos os desktops virtuais”, adianta. A implementação começou em novembro de 2007, e encontra-se em fase de conclusão. Tanto que o sistema central da CordCell já foi migrado, segundo o gerente de TI. O trabalho de virtualização foi conduzido por Baise e executado pela NetExpress. Ao atender a necessidade de centralização, a infra-estrutura de TI da CordCell ganhou segurança. “Rodamos em Windows 2003 com políticas de configuração. Controlamos quais máquinas podem conectar-se a dispositivos USB, por exemplo, ou instalar programas”, detalha. Medidas que, segundo ele, diminuem ainda mais o risco de problemas nos desktops virtuais. Aliado a isso, a empresa usa a solução brasileira de filtro de conteúdo SmartWeb, da BR Connection, que evita o mau uso da internet. A TI da CordCell também aumentou a segurança de seu parque pelo fato de que os desktops ganharam backup, o que não era feito anteriormente. “Se roubarem minhas máquinas, não perco as informações e não corro risco de expor dados de clientes”, comenta, aludindo a uma preocupação especialmente sensível para empresas do ramo de saúde. 30 de Maio de 2008
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Sem gastos Baise declara que reduziu em 100% o custo total de propriedade dos desktops (TCO, na sigla em inglês). “Troquei o parque e agora só uso thin clients. Não quebram e dão menos problemas. Desde fevereiro, não recebi nenhuma chamada de suporte para os thin clients”, afirma Baise. Para atender aos problemas de sistemas, o técnico não precisa mais se deslocar até o desktop do usuário, faz tudo pela rede, segundo o gerente. Este fato é relevante na CordCell, já que as máquinas estão distribuídas em 30 unidades da empresa espalhadas no Estado de São Paulo. Para os usuários, Baise acredita que o projeto de virtualização ofereceu ganhos em velocidade e espaço físico. “O thin client ocupa apenas o tamanho de uma caixinha que fica atrás do monitor de LCD”, ilustra. O gerente também cita os benefícios da otimização dos servidores e o melhor desempenho das estações de trabalho. “Temos um equipamento mais rápido. Ganhamos em uso de processamento, memória e disco, capacidade que o usuário acabava não utilizando plenamente, em última análise”, avalia. Os custos de energia, um dos grandes apelos dos fornecedores das soluções de virtualização em tempos de discurso de sustentabilidade, também foram sentidos pela CordCell. Baise não revela números, mas diz que as contas de energia elétrica diminuíram, além de exigir menor resfriamento por ar-condicionado, ao usar um número menor de servidores. O projeto de virtualização também foi motivado pela necessidade de economizar com o link de comunicação MPLS, contratado da Telefônica. “Usamos telefonia VoIP entre as unidades da empresa, por meio da solução AsterRisk, um software livre para PABX”, revela Baise. Na ponta, solução Cisco, por meio de SIP (protocolo aberto). Com isso, a telefonia da CordCell foi centralizada, permitindo seu gerenciamento e bom uso. iwb
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5/26/08 10:14:30 PM
Na Prática
Preparando o terreno Ligia Sanchez
Fotos: Leandro Fonseca
CordCell unifica sua TI com um projeto de virtualização de servidores e desktops
Baise, da CordCell: mudança radical no parque de servidores e desktops
A CordCell, parte de um grupo da especialidade de hematologia e pesquisas em terapia celular, dedicada ao congelamento de células-tronco, decidiu mudar seu sistema central para suportar o crescimento. Um dos requisitos para a migração para a nova plataforma referia-se à centralização do banco de dados. A questão foi solucionada com um projeto radical de virtualização, que abrangeu não só o par-
Em foco
Desafio: centralizar a infra-estrutura de TI e modernizar as estações de trabalho Solução: virtualização de servidores e desktops Resultado: redução de custos, ganhos em segurança, desempenho e energia
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que de servidores como o ambiente de produção dos desktops utilizados pela empresa, em um projeto de R$ 1,48 milhão. A idéia começou a ganhar forma com a terceirização da infra-estrutura de TI da CordCell com a NetExpress, parceira da VMware. Os 15 servidores da IBM e HP que suportavam as operações foram substituídos por cinco máquinas físicas da IBM, que rodam oito sistemas virtuais. “Temos planos de expandi-los para mais 15”, conta Mauricio Baise, gerente de TI do grupo médico. A distribuição dos servidores físicos foi feita de tal forma que um deles dedica-se ao gerenciamento dos demais; dois, redundantes, suportam os desktops virtuais, e os restantes rodam os oito servidores virtuais. No ambiente de trabalho, a CordCell utiliza 160 esInformation Week Brasil
5/22/08 7:27:49 AM
Sem gastos
Com a centralização, infra-estrutura ganhou segurança; e desktops agora têm backup
tações de trabalho, das quais 120 foram virtualizadas. “Por enquanto, apenas as máquinas de administração, da TI, continuam no modelo antigo, por questão de desempenho”, explica Baise. “Até 2009, esperamos estabilizar o projeto e tornar todos os desktops virtuais”, adianta. A implementação começou em novembro de 2007, e encontra-se em fase de conclusão. Tanto que o sistema central da CordCell já foi migrado, segundo o gerente de TI. O trabalho de virtualização foi conduzido por Baise e executado pela NetExpress. Ao atender a necessidade de centralização, a infra-estrutura de TI da CordCell ganhou segurança. “Rodamos em Windows 2003 com políticas de configuração. Controlamos quais máquinas podem conectar-se a dispositivos USB, por exemplo, ou instalar programas”, detalha. Medidas que, segundo ele, diminuem ainda mais o risco de problemas nos desktops virtuais. Aliado a isso, a empresa usa a solução brasileira de filtro de conteúdo SmartWeb, da BR Connection, que evita o mau uso da internet. A TI da CordCell também aumentou a segurança de seu parque pelo fato de que os desktops ganharam backup, o que não era feito anteriormente. “Se roubarem minhas máquinas, não perco as informações e não corro risco de expor dados de clientes”, comenta, aludindo a uma preocupação especialmente sensível para empresas do ramo de saúde. 30 de Maio de 2008
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Baise declara que reduziu em 100% o custo total de propriedade dos desktops (TCO, na sigla em inglês). “Troquei o parque e agora só uso thin clients. Não quebram e dão menos problemas. Desde fevereiro, não recebi nenhuma chamada de suporte para os thin clients”, afirma Baise. Para atender aos problemas de sistemas, o técnico não precisa mais se deslocar até o desktop do usuário, faz tudo pela rede, segundo o gerente. Este fato é relevante na CordCell, já que as máquinas estão distribuídas em 30 unidades da empresa espalhadas no Estado de São Paulo. Para os usuários, Baise acredita que o projeto de virtualização ofereceu ganhos em velocidade e espaço físico. “O thin client ocupa apenas o tamanho de uma caixinha que fica atrás do monitor de LCD”, ilustra. O gerente também cita os benefícios da otimização dos servidores e o melhor desempenho das estações de trabalho. “Temos um equipamento mais rápido. Ganhamos em uso de processamento, memória e disco, capacidade que o usuário acabava não utilizando plenamente, em última análise”, avalia. Os custos de energia, um dos grandes apelos dos fornecedores das soluções de virtualização em tempos de discurso de sustentabilidade, também foram sentidos pela CordCell. Baise não revela números, mas diz que as contas de energia elétrica diminuíram, além de exigir menor resfriamento por ar-condicionado, ao usar um número menor de servidores. O projeto de virtualização também foi motivado pela necessidade de economizar com o link de comunicação MPLS, contratado da Telefônica. “Usamos telefonia VoIP entre as unidades da empresa, por meio da solução AsterRisk, um software livre para PABX”, revela Baise. Na ponta, solução Cisco, por meio de SIP (protocolo aberto). Com isso, a telefonia da CordCell foi centralizada, permitindo seu gerenciamento e bom uso. iwb
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5/22/08 7:27:52 AM
Na Prática
Informações saudáveis Gilberto Pavoni Junior, especial para InformationWeek Brasil
Hospital Samaritano usa BI para controlar os custos crescentes da saúde e se adaptar ao novo modelo de relacionamento com operadoras Em 2003, o Hospital Samaritano, um dos maiores de São Paulo, com 10 mil cirurgias realizadas por ano, enfrentava uma queda de braço comum nesse segmento. As operadoras de planos de saúde pressionavam para que a instituição diminuísse os custos dos procedimentos médicos, pagos por elas. Esse jogo é comum no modelo brasileiro e gera alguns atritos. Mas, com cerca de 90% dos pacientes atrelados a estas empresas, fica extremamente difícil um hospital ter poder de barganha quando surge um impasse assim. Como a probabilidade de enfrentar esse cenário truncado novamente era alta, a direção do Samaritano resolveu se precaver. A área de TI foi incumbida de selecionar um sistema de business intelligence (BI) para melhorar o conhecimento e no desempenho financeiro. “Queríamos uma gestão melhor que nos ajudasse na busca pela redução dos custos”, explica o superintendente-geral de operações do Hospital Samaritano, Sérgio Bento. No início do segundo semestre de 2004, o Samaritano iniciou o projeto de adoção do
Em foco
Desafio: reduzir os custos dos procedimentos médicos Solução: implementação de sistema de BI Resultado: adaptação ao novo modelo das operadoras
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BI. A solução escolhida foi da marca Sadig, fornecida pela Infoessência Serviços de Informática. O investimento foi de apenas R$ 50 mil em duas licenças de uso, uma para a controladoria e outra para o arquivo médico. Por três meses, dez profissionais dessas áreas, um analista de TI e um consultor do fornecedor fizeram a implementação. Os cubos foram construídos e colocados em uso para se descobrir como se formava a receita. Não faltavam dados para analisar. O Samaritano já possuía um ERP Microsiga, uma boa infra-estrutura de tecnologia da informação e módulo de atendimento a convênios da NexT. Tudo isso estava abastecido com as contas hospitalares – que são as descrições detalhadas de tudo que foi consumido pelo paciente. Bastava aplicar o software de BI aí. Em meados de 2005, com o conhecimento da receita proporcionado pelo Sadig, o Samaritano apresentou a redução de custos exigida pelas operadoras e ainda propôs a adoção de um patamar fixo para os valores. “Isso só foi possível porque eliminamos retrabalho e melhoramos os desempenhos por especialidade e procedimentos”, lembra Bento. Hoje, 20% da receita do hospital provém desta negociação, algo invejável nesse segmento tão carente de inovações na gestão administrativa. iwb Information Week Brasil
5/22/08 7:27:53 AM
Em uma plataforma Tatiana Vaz, especial para InformationWeek Brasil Banco Prosper investe pouco mais de R$ 1 milhão em infra-estrutura de telefonia IP e reduz drasticamente os custos com Todos os dias, diversas intermediações entre as compras e vendas de ações na Bolsa de Valores (Bovespa) e Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) são feitas pelos operadores do Banco Prosper, braço financeiro do Grupo Peixoto de Castro. Como a maioria dos tramites de pedidos e acordos se dá por telefone, a atenção dos funcionários torna-se tão imprescindível quanto um sistema de comunicação claro e econômico, com soluções de fácil acesso e manutenção. Para garantir tudo isto, o banco investiu R$ 1,25 milhão, em novembro de 2007, na troca de sua plataforma de dados e voz por soluções de telefonia IP e gravação digital de voz. O banco aproveitou a troca de endereço da sede (do centro carioca para o bairro de Botafogo) para adequar a infra-estrutura de telefonia. A implementação das soluções, feita pela integradora Wittel, incluiu serviços agregados da solução Nice Systems para gravação de voz e a rede wireless e plataforma IP Softphone
Em foco
Desafio: modernizar infra-estrutura de telecomunicações Solução: implementação de telefonia IP e gravação digital de voz Resultado: custos atuais representam 20% do que era gasto antes
da Nortel. “Aproveitamos a mudança para modernizar a tecnologia da empresa que facilitaria o dia-a-dia de nossos negócios”, conta Gláucia Rangel Miranda, gerente de TI do banco. Os usuários ganharam mobilidade depois da adoção do IP Softphone. Uma vantagem imensa, se considerar que eles, normalmente, falam ao mesmo tempo com até oito clientes em quatro rodas de pregão diferentes. Um outro lado da modernização é a redução de custos. O gasto com as ligações locais e interurbanas representa hoje 20% do que era pago antes. A expectativa é, em breve, adotar a padronização de mensagens e aumentar a estrutura de auto-atendimento dos clientes por meio do 0800. Com a mudança, não é mais preciso ter duas redes separadas, uma para o tráfego de informações de voz e outra de dados. Integrados em uma só plataforma, contratos de telefonia, mesa de operações e equipamentos de rede estão centralizados, o que torna o gerenciamento e manutenção do sistema muito mais fácil. “Antes, era complexo e custoso administrar as redes separadas. Hoje, economizamos tempo e dinheiro”, afirma a gerente. Já para os clientes, Gláucia garante que nada mudou. “Para a área de TI, a melhoria foi imensa”, resume. iwb
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5/22/08 7:27:55 AM
Tech Review
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InformationWeek Brasil
5/27/08 5:03:29 AM
Gerenciamento de
riscos Comece agora,
e da forma
correta! Greg Shipley, da InformationWeek EUA*
O modelo reativo não é a saída para se operar uma infra-estrutura de segurança. Aprenda como parar de
“apagar incêndios”
Os astrofísicos e os profissionais de segurança da informação têm algo em comum: os universos que eles monitoram estão se expandindo em um ritmo inexorável e voltar no tempo não é uma opção. Estamos sendo
bombardeados com demandas concorrentes relacionadas à adequação, à regulamentação e à próxima novidade na área de segurança, enquanto os problemas que combatemos estão causando um impacto maior. Nossos adversários passaram de hackers que invadiam computadores como um passatempo a criminosos organizados; as leis relativas à divulgação e à privacidade de informações continuam ultrapassadas; estão aumentando os custos para uma companhia se recuperar depois de ser atacada. A estratégia reativa aplicada à segurança das informações tem se mostrado ineficiente. Os interesses envolvidos são cada vez maiores em todos os segmentos e este é, claramente, o momento para se realizar uma importante mudança. Não é preciso ser nenhum cientista especializado para perceber isso: em um mundo com escassez de recursos, a priorização é um componente fundamental para se estabelecer uma agenda de segurança para a TI. Defina quais são os sistemas e os conjuntos de dados mais importantes das organizações e avalie os riscos associados ao ativo.
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Tech Review Identifique quais riscos são aceitáveis, quais deles podem ser reduzidos e transferidos. Desenvolva um plano e designe os recursos apropriadamente. Não é fácil e nem existe processo, tecnologia ou abordagem referente à segurança que seja único. Mas, depois de analisar sucessos e fracassos e de conversar com líderes da indústria, nota-se que uma tendência se destaca: as organizações estão mudando daquele sistema binário, antiquado de pensar na segurança da informação considerando apenas aspectos como sim/ não, bom/mau, e passando a utilizar uma abordagem pragmática de avaliar os riscos. É necessário assegurar que uma abordagem de gerenciamento de riscos está integrada em todos os processos, que permanece diligente sobre a seleção de projetos e vai além de apenas “apagar os incêndios”. Todos nós estamos saturados de jargões. "Adequação" e "gerenciamento de riscos" parecem ser obrigatórios em todos os posicionamentos relativos a produtos de segurança, e o termo "governança" não fica muito atrás. É questionável especificar quantos produtos realmente acrescentam aspectos como governança, gerenciamento
de riscos e adequação como uma filosofia, mas estes dois últimos são absolutamente relevantes. Desse modo, qual é o fator capaz de unificar? A maturidade. Manter o princípio do gerenciamento de riscos e gerenciar os riscos ativamente não são a mesma coisa. As áreas de gerenciamento de riscos variam em seu grau de maturidade. Contudo, independentemente da profundidade e da base de seu entendimento ou da probabilidade de que você adote uma estrutura formal de gerenciamento de riscos no ambiente de TI, alguns conceitos e ajustes necessários são vitais. Para os iniciantes, é importante saber quando comunicar um risco, a fim de entender o público e o enfoque. "Aprendi o modo difícil que resulta no desperdício de esforços direcionados aos aspectos de risco quando percebi que desenvolver projetos de TI em uma companhia que não tem métodos de segurança é uma iniciativa ruim", declara Mike Murray, da área indústria de serviços financeiros. A terminologia é importante e, historicamente, a TI não tem realizado o melhor trabalho possível nesse setor. Por exemplo, para a TI, a palavra "ativo" pode significar
Todas as tecnologias que já adoramos
Adotar seu próprio método de segurança pode ser arriscado. Algumas categorias de produtos continuam em desenvolvimento, mas muitas tecnologias que já foram populares tiveram suas funções absorvidas, enquanto outras simplesmente desaparecem. Completa criptografia de discos
Tecnologias de host
Sistema operacional Firewall de desktops Anti-spyware Antivírus Host IPS Application whitelisting Switch IDS de redes Tecnologias de rede
IPS de redes VPN de SSL VPN de IPsec Firewall Roteador Detecção de vazamento de dados 1999
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2001
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2003
2004
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2006
2007
2008
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Observação: As linhas cheias mostram que a tecnologia ainda está ativa. As linhas pontilhadas mostram que as tecnologias ainda são utilizadas, mas estão se tornando obsoletas. As linhas diagonais mostram que as tecnologias estão combinando suas funcionalidades.
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InformationWeek Brasil
5/27/08 5:03:54 AM
Para a TI, a palavra “ativo” pode significar qualquer coisa. Preencher esta lacuna é fundamental para se ter discussões produtivas sobre riscos qualquer coisa, desde um item físico (como um drive de USB), um sistema (de registro de pedidos) até conjuntos de dados. Preencher essa lacuna é fundamental para que se tenha discussões produtivas sobre riscos. As equipes progressivas de TI e de segurança têm realizado esses mapeamentos e – provavelmente, tão importante – comunicado as suas correlações. Os termos "vulnerabilidade" e "ameaça" também são muito importantes para o processo e, freqüentemente, são confundidos. Utilizando uma definição imprecisa, a vulnerabilidade é um estado ou defeito de um ativo, que pode ser explorada para criar perdas ou danos; já a ameaça é uma entidade ou ação que pode causar perdas ou danos.
O QUE PODE ACONTECER Identificar ativos, vulnerabilidades e ameaças nos leva ao infame estágio da probabilidade. Infelizmente, esta é outra área na qual o gerenciamento de riscos de TI precisa de aperfeiçoamento. Deixando de lado os princípios básicos do gerenciamento de riscos, eis em que aspecto reside o verdadeiro avanço: aprender a deixar mais “a situação caminhar por si só”. Quando se conversa com os tradicionalistas do setor de segurança da informação, o pensamento que vem à mente depois de "risco identificado", geralmente, é "mitigar", sendo que o conceito de "transferência de riscos" raramente é considerado e que a "aceitação de riscos" é freqüentemente muito contestada. A aceitação, por outro lado, é algo que certamente compreendemos e efetuamos freqüentemente, embora, geralmente, apenas nas áreas consideradas como sendo de baixo risco. Mas será que a aceitação deveria ocorrer com maior freqüência? Aceitamos riscos suficientemente e nas áreas certas? Colocadas no contexto das iniciativas táticas de segurança, será que as falhas na prevenção de worms 30 de Maio de 2008
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e vírus são mais importantes do que a necessidade de criptografar informações pessoalmente identificáveis? Se considerarmos a opção entre proteger tudo inadequadamente e proteger efetivamente uma parte dos ativos, o que a TI deveria escolher? A história sugere que preferimos a primeira opção; mas a segunda alternativa pode resultar no melhor caminho a seguir. Sem um método efetivo para avaliar e comunicar os riscos, não podemos esperar obter uma conversa eficaz sobre esse assunto; muito menos, tomar decisões bem orientadas. Conseguir compreender os termos referentes aos riscos, utilizando-os de modo consistente para comunicá-los, desenvolvendo um processo formal para identificar e quantificar os riscos e relacionar esses riscos a ativos em termos que façam sentido para os profissionais corporativos e também para os de TI dará às equipes de TI melhor oportunidade de priorizar, de modo que atenda às necessidades de todos os níveis da organização.
FIQUE ATENTO Quando se trata de iniciativas de segurança, o mantra "Seja pró-ativo, não reativo!" já vem sendo disseminado há algum tempo. Infelizmente, se percebe que muitas organizações continuam a definir suas prioridades com base nos incidentes que já ocorreram. Reagir aos eventos do mundo real não é uma má idéia, nem tampouco o envolvimento corporativo – na verdade, isso deveria ser encorajado. Mas tome cuidado para não permitir que sua agenda de segurança seja definida pela tirania do medo resultante de algum incidente. Dois riscos notáveis estão em desequilíbrio entre as iniciativas táticas e estratégicas e o problema de estar consistentemente alguns passos atrás das crescentes ameaças. Como fazer para romper com esse ciclo? Integrar mais abordagens centradas no gerenciamento de
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Tech Review A evolução dos CISOs
À medida que as companhias avançam em direção a um sólido gerenciamento de riscos, aumentam a autoridade e a função de supervisão dos CISOs (diretores de segurança de informações), enquanto diminui a responsabilidade pela prática das tecnologias Estágio de desenvolvimento
O CISO comumente se reporta ao
Influência
Propriedade técnica
Total ignorância
Diretor de infra-estrutura
Muito pequena
Muito grande
Consciência (centralizada)
Diretor de TI
Pequena
Muito grande
Consciência (disseminada)
Diretor de TI da sede
Moderada
Grande
Corretivo (centralizado)
Diretor de TI
Moderada
Grande
Corretivo (disseminado)
Diretor de TI corporativo
Grande
Moderada
Excelência (centralizada)
Diretor para riscos corporativos
Muito grande
Moderada
Excelência (disseminada)
Diretor para riscos corporativos
Muito grande
Pequena
Dados: Gartner
riscos certamente pode ajudar a evitar situações problemáticas e propiciar um processo mais racional, metódico e defensível para a tomada de decisões. Outra ferramenta consiste em assegurar que existe um plano para equilibrar todos os exercícios táticos de resolução de problemas com seu equivalente estratégico. Por exemplo, as principais vulnerabilidades de sistemas operacionais e de serviços – que freqüentemente são a causa-raiz dos worms, dos danos causados e do ocasional roubo direcionado a dados – podem ser resolvidaspelomodernoprocessodegerenciamentode vulnerabilidade, embora as questões sobre segurança de aplicativos sejam bem menos compreendidas. Muitas organizações começaram suas iniciativas de segurança de aplicativos somente nos últimos 12 a 24 meses, e a maioria delas ainda está em sua “infância”. Os esforços típicos incluem o uso de scanners de aplicativos na web; testes de penetração de aplicativos, análises de código realizadas por companhias de consultoria especializadas; e investimentos em tecnologias paliativas. Embora essas iniciativas sejam etapas na direção certa, sem seus equivalentes estratégicos, as equipes de segurança continuam a tratar os sintomas, enquanto ignoram sua causa.
DECISÕES SOBRE TECNOLOGIA A tecnologia certamente desempenha um papel central na segurança da TI, mas, infelizmente, a
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comunidade tem se sentido um pouco perdida nesse processo. Pensando no passado, é difícil acreditar que “nossas cabeças não estão enfiadas na areia” em muitos níveis, quando de trata de escolher uma tecnologia. Em uma breve recapitulação, podemos nos lembrar que nos primeiros dias do uso dos mainframes, colocávamos muita fé nos nomes de usuários e nas senhas, como mecanismos adequados de controle de acesso. De um modo bem estranho, fizemos as mesmas suposições quando as redes de IPX e IP, assim como a computação cliente-servidor conquistou seu espaço. Todos nós aprendemos algumas lições difíceis – incluindo que os nomes de usuários e as senhas não podiam nos livrar de todos os perigos. Isto levou à adoção das firewalls como o novo protetor do controle de acesso. Mais uma vez, colocamos nossa fé em uma tecnologia e, novamente, ficamos decepcionados. Dedicamos algum tempo negando as vulnerabilidades dos sistemas operacionais. As equipes corporativas e os fabricantes de produtos no segmento de TI ignoraram o que era óbvio, até que worms, spyware e a exploração do núcleo (stock) de sistemas operacionais tornaram a situação inevitável. Foram realizados enormes investimentos em detecção de vulnerabilidade e gerenciamento de correções. A jornada continua. Investimos centenas de milhões de dólares em sistemas de detecção de InformationWeek Brasil
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Dois riscos notáveis estão em desequilíbrio entre as iniciativas táticas e estratégicas intrusão, sem termos um verdadeiro entendimento de sua efetividade relativa e de seu custo total de propriedade. A “mania” pelos IDS (internal data services ou serviços internos de dados) levou a fazer reinvestimentos em sistemas de prevenção contra intrusão que, mesmo hoje, estão apenas parcialmente habilitados, e a infraestrutura de chave pública (PKI, na sigla em inglês) ainda não é bem-vinda em muitos círculos de TI. Não faltam decepções em outros setores de produtos. Os desenvolvimentos das suítes de protocolo de internet (IPSs, na sigla em inglês) com base em hosts foram muito difíceis. Todos parecem frustrados com a falta de inovação dos antivírus. Os gerenciadores de informações sobre eventos de segurança estão evoluindo, mas são caros, e os produtos de IPS e as "soluções de segurança de extremidade" raramente duram por muito tempo. Mas devemos generalizar e declarar que todas as tecnologias de segurança são ruins? Não, e como comunidade, aprendemos com nossos erros: os nomes de usuários e as senhas ainda são utilizados, mas somente quando alguém depende deles como um mecanismo exclusivamente de controle. Atualmente, os processos de correção/atualização são integrados em todos os sistemas operacionais e, mesmo ignorando todo o interesse no controle de acesso a redes, os dispositivos de operações no núcleo (stock) das redes estão cada vez mais capacitadas a oferecer segurança. E a segurança no processo de garantia de qualidade de software comercial está sendo aprimorado, apenas por alguns fabricantes selecionados. Devemos continuar a aprender com os erros e adotar estratégias inovadoras. Para os principiantes, é preciso estar atento à consolidação dos conjuntos de produtos. À medida que a funcionalidade da segurança se torna um fator de diferenciação para os principais produtos de TI, é preciso continuar a fazer a seguinte pergunta: "Isto é um produto ou um recurso?". Considere a completa criptografia de discos (FDE, na sigla em inglês). Com um 30 de Maio de 2008
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assustador número de divulgações de dados, resultantes de laptops perdidos ou roubados, não é surpresa que as iniciativas de FDE estejam em plena atividade. Embora a maioria das organizações tenha investido em suítes de FDE independentes, estão começando a surgir opções em importantes produtos de TI.
OLHE PARA O FUTURO A tecnologia e os produtos sempre representarão seu papel na segurança, mas a maioria das iniciativas se beneficiará de uma abordagem mais equilibrada. Será que a “mania” pela central de acesso a redes (NAC, na sigla em inglês) terá prioridade em relação à tarefa menos atrativa de assegurar que toda a mídia de backup está criptografada? As iniciativas que irão implementar a detecção de anomalias de comportamento de redes terão melhores resultados na redução do perfil de riscos da organização do que, digamos, a garantia de que os processos de abastecer e desabastecer os usuários são estritamente sólidos? A formulação de uma estratégia proteção de dispositivos móveis poderá ter um melhor uso de seu tempo do que tentar detectar as fontes de eventos gerados por IDS e IPS? Não existe nada de errado com nenhuma dessas tecnologias, mas se você não fizer essas perguntas poderá cair em armadilhas que já surpreenderam profissionais de TI. Pensando no futuro, todas as organizações devem adotar processos mais formais de gerenciamento de riscos. Na verdade, o papel de um diretor de gerenciamento de riscos (CRO, na sigla em inglês) já está se definindo nas organizações mais conscientes desse problema. Uma coisa é certa: os profissionais de TI irão evoluir para se tornar melhores gerenciadores de riscos ou outros profissionais irão avançar e realizar essa função. * Greg Shipley é diretor de tecnologia na Neohapsis e também colaborador da InformationWeek / EUA. cmp
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5/27/08 5:04:10 AM
Estante 4th Secret of the One Minute Manager: a Powerful Way to Make Things Better
Direito & Internet II – Aspectos Jurídicos Relevantes Em sua segunda edição, a obra coordenada por Newton De Lucca e Adalberto Simão Fillho, conta com diversos autores, inclusive a advogada especialista em direito digital Patricia Peck Pinheiro. O tema, em 23 capítulos, é abordado sob diferentes ângulos que vão desde crimes virtuais, comércio eletrônico, combate ao spam, controle de conteúdos, jurisdição e lei aplicável à internet, até o interesse de empresas no uso do e-mail, contratos e serviços. Editora: Quartier Latin Preço sugerido: R$ 104,00
Depois do best-seller One Minute Manager, o co-fundador da consultoria internacional Ken Blanchard Companies, o próprio Ken Blanchard, apresenta em sua obra assinada ao lado de Margret Mcbride o quarto segredo de uma boa gestão. Trata-se de um conceito que, quando devidamente implementado, pode ir muito além da esfera empresarial e reparar as relações entre empresa e empregado. A obra oferece uma maneira convincente e clara de aceitar que tomamos decisões erradas e como corrigí-las, começando por um pedido de desculpas. As técnicas descritas indicam maneiras de se responsabilizar por erros e lidar com a causa e os danos causados por eles. Imagens: Divulgação
Editora: William Morrow & Co Preço sugerido: US$ 19,95
Medidas do Comportamento Organizacional – Ferramentas de Diagnóstico e de Gestão Os profissionais que atuam com a gestão de pessoas poderão conferir ferramentas para medir os mais variados aspectos do comportamento organizacional na recém-lançada obra da psicóloga Mirlene Maria Matias Siqueira junto com outros colaboradores. Em 304 páginas, o livro distribui entre textos e testes, ferramentas para facilitar as análises de equipes de trabalho, saúde organizacional, confiança, satisfação, entre outros. Editora: Artmed Preço sugerido: R$ 62,00
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5/27/08 12:56:45 AM
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Inovação
A idéia de que as redes sociais online irão gerar lucros vendendo anúncios ou produtos é destituída da completa proposição de valor de uma rede social. A verdadeira oportunidade está em controlar os dados criados por aqueles que participam de conversas e interagem entre si. Recentemente, concluímos uma pesquisa sobre duas surpreendentes redes sociais no setor de assistência médica – a Sermo e a PatientsLikeMe – que parecem ter descoberto isso. O modelo em si não é complexo; ambas as comunidades comercializam seu valor referente aos dados sobre relacionamentos agregando-os e tornando-os anônimos e, então, descobrindo terceiros que se beneficiam dessa iniciativa e que querem pagar pelos valiosos dados criados pela comunidade. No caso dessas comunidades no setor de assistência médica, os “terceiros” são as indústrias farmacêuticas, as companhias de seguros e as empresas de serviços financeiros. Diferentemente do modelo de propaganda tradicional, as conversas e interações criam o valor, e não o número de membros. Se você pensa nas tradicionais medidas aplicadas na web, tais como a quantidade de acessos pelos usuários ou visitantes únicos, como uma medida de sucesso, nem a Sermo nem a PatientsLikeMe conseguirão uma boa classificação, mas com uma medida de avaliação com base em contexto, a situação se modifica drasticamente. Quanto ao Facebook, a rede social ainda precisa identificar um sólido modelo corporativo. Mas recentemente, a companhia anunciou um pequeno recurso analítico que apresenta dados de usuários anônimos, agregados, que podem, de fato, ser extremamente valiosos para companhias que fazem terceirização. O Facebook Lexicon, lançado com algum estardalhaço, permite que os usuários demonstrem em gráficos os “rumores” ou a popularidade “viral” de diversos termos.
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Foto: Magdalena Gutierrez
Capitalizando as redes sociais Don Tapscott é co-autor de Wikinomics e de outros dez livros na área de negócios. Ele também é diretorexecutivo da New Paradigm
É nesse sentido que existe a promessa da “economia promocional” ou a “economia de influência”. Essas novas formas de avaliação econômica focalizam o valor econômico contido nas incontáveis conversas, análises de clientes e discussões online, que ajudam a definir as ações dos consumidores, sem utilizar propaganda corporativa. E em nenhum outro lugar este valor é maior do que nos websites de redes sociais, como Facebook, Orkut e MySpace, nos quais, centenas de milhões de usuários compartilham histórias sobre suas vidas. Se for mantido o anonimato apropriado para assegurar a privacidade do usuário, a seleção desses dados promete ser extremamente lucrativa para as redes sociais, e, também, uma excelente nova ferramenta para fornecedores. Desse modo, o que era impossível de ser mensurado em um mundo utilizando métodos de propaganda tradicionais, agora, pode ser demonstrado em gráficos com ferramentas online que oferecerão um caminho direto para que os dados sobre relacionamentos sejam incorporados a uma estratégia de marketing. Por isso, quando falamos sobre o valor da importante propriedade das redes sociais da atualidade, o enfoque não deve ser somente no marketing para seus usuários, mas, sim, em descobrir o que seus usuários podem dizer a você sobre o que é bom, mau e “feio” sobre seus produtos e serviços. iwb InformationWeek Brasil
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