Information Week Brasil - Ed. 214

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Osmar Luis - osmar@itmidia.com.br Ana Luísa Luna - aluna@itmidia.com.br Gabriela Vicari - gvicari@itmidia.com.br Karla Lemes - klemes@itmidia.com.br - 11 7204-3508 Patrícia Queiroz - pqueiroz@itmidia.com.br - 11 7144-2540 Jonathas Ferreira - jferreira@itmidia.com.br - 11 7144-2547 Rodrigo Gonçalves - rgoncalves@itmidia.com.br 11 7103-7840 Rio de Janeiro: Sidney Lobato - sidney_lobato@terra.com.br (21) 2565-6111 Cel: (21) 9432-4490 Rio Grande do Sul: Alexandre Stodolni - stodolnimark@pop.com.br (51) 3024-8798 Cel: (51) 9623-7253 USA: Huson International Media Tel.: (1-408) 879-6666 - West Coast | Tel.: (1-212) 268-3344 - East Coast ralph@husonusa.com Europa: Huson International Media Tel.: (44-1932) 56-4999 - West Coast | t.holland@husonmedia.com

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INSTITUTO VERIFICADOR DE CIRCULAÇÃO

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INFORMATIONWEEK Brasil InformationWeek Brasil é uma publicação mensal da IT Mídia S.A. InformationWeek Brasil contém artigos sob a licença da United Business LLC. Os textos desta edição são traduzidos com a permissão da InformationWeek e da United Business LLC. Todos os direitos reservados United Business LLC. “As opiniões dos artigos/colunistas aqui publicados refletem unicamente a posição de seu autor, não caracterizando endosso, recomendação ou favorecimento por parte da IT Mídia ou quaisquer outros envolvidos nessa publicação. As pessoas que não constarem no expediente não têm autorização para falar em nome da IT Mídia ou para retirar qualquer tipo de material se não possuírem em seu poder carta em papel timbrado assinada por qualquer pessoa que conste do expediente. Todos os direitos reservados. É proibida qualquer forma de reutilização, distribuição, reprodução ou publicação parcial ou total deste conteúdo sem prévia autorização da IT Mídia S.A

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4/15/09 5:41:47 PM


Índice

Abril de 2009 - Número 214

Fixas

Especial

30 10 anos

Edição dE InformationWeek Brasil

03 Expediente 06 Editorial 14 Estratégia 26 Segurança 28 Telecom 96 Gestão 98 Mercado 100 Conversa com CIOs 102 Secret CIO 104 Estante 106 Inovação

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Especial Retrospectiva dos dez

anos de InformationWeek Brasil mostra o impacto das novas tecnologias para os negócios e a sociedade em geral e como os acontecimentos econômicos, políticos e sociais mudaram a TI e as telecomunicações.

32 | 1999 A luta contra o Bug do Milênio e os esforços no e-business. 30

Entrevista

36 | 2000

InformationWeek Brasil

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Depois da euforia, os estragos causados pelo estouro da bolha.

4/16/09 11:46:01 AM

www.itweb.com.br

Carreira

Passado, IBM-Sun: presente, ainda há possibilidade?

ANTES

O mercado vem assistindo com atenção às movimentações da IBM e da Sun Microsystems desde o dia 18 de março, quando a imprensa norte-americana noticiou que a Big Blue estaria negociando a compra da concorrente por US$ 6,5 bilhões. A Sun vinha enfrentando dificuldades e a desvalorização dos papéis era um motivador. Nenhuma das corporações comentou o assunto, mas por dias a história circulou na mídia. Falou-se em venda partilhada, questionou-se a possibilidade de monopólio e o assuntou meio que esfriou. Em abril, jornais dos Estados Unidos voltaram a bater na tecla, dizendo que a IBM teria abaixado o valor da oferta. Depois de rápido silêncio, uma informação, mas, desta vez, para dizer que a IBM teria desistido

16 Foto: Snapvillage

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08 | Entrevista lay_www.itweb.com.br 16

futuro

da aquisição. O mercado reagiu rapidamente e as ações da dona da linguagem Java sofreram uma forte queda, depois de viver períodos de valorização com a possibilidade de venda. O fato é que alguns analistas de mercado ainda acreditam na transação e avaliam que o movimento de abaixar a oferta, declinar da comprar, entre outros, serve para barganhar. Fontes próximas às negociações davam como certo o acordo, e afirmaram que a Sun poderia considerar segunda oferta, mais baixa. Além disso, correu no mercado o boato de que o poder na Sun estaria dividido, entre aqueles que apoiavam a venda e os contrários a ela. Até o fechamento desta edição, o imbróglio ainda não havia sido resolvido.

De técnico a estrategista, De especialista para generalista: como e por que muDaram Roberta Prescott o perfil e o papel “Executivos de TI: estão em suas mãos as Do cio Dentro Das rédeas para conduzir os negócios da empresa.” organizações Esta frase que marca o texto do editorial da

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primeira edição de informationWeek Brasil poderia estar estampada em qualquer uma das edições da publicação. Ela traz à tona a discussão sobre qual deveria ser papel do líder de tecnologia da informação dentro das organizações. Em 1999, o retrato que se tinha deste profissional mostrava alguém com um perfil muito mais técnico e operacional que estratégico. Se foi a dependência das companhias da tecnologia ou a disseminação e o impacto desta na sociedade (a exemplo da proliferação de computadores e celulares) que provocou uma ruptura na descrição do cargo, pouco importa neste contexto. Chegamos ao ponto de hoje praticamente não se admitir em uma grande companhia um líder de TI que não esteja envolvido nos processos e nos negócios da corporação.

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Leia mais:

Information Week Brasil

C onf ir a a cober t ur a comple t a em w w w.i t web.com.br/i w b/ibmsun

InformationWeek Brasil

lay_trajetoria 88

4/16/09 7:19:17 PM

Em meio a tantas rupturas tecnológicas, a internet desponta. A rede mundial de computadores revolucionou a forma como o homem se relaciona com a máquina e com a própria sociedade. Alex Dias, diretor-geral do Google Brasil, avalia a evolução e aponta os destinos da web .

16 | www.itweb.com.br Roberta Prescott Rumores sobre a compra da Sun Microsystems pela IBM por

4/16/09 8:41:45 PM

42 | 2001 A queda das Torres Gêmeas nos EUA impulsiona segurança e contingência.

46 | 2002 Seleção conquista o penta e as empresas iniciam projetos de governança.

50 | 2003 Lula assume a presidência e o Brasil vira o País do celular. Terceirização ganha força.

56 | 2004 Começo de uma era de ouro na economia nacional engorda orçamentos de TI.

62 | 2005 No ano do Mensalão, ERP e segurança foram prioridades dos CIOs.

66 | 2006 TI nacional se posiciona para concorrer contra indianos e chineses.

72 | 2007

Símbolo da revolução causada pela internet, o Google desponta como uma das76maiores | 2008 US$ 6,5 bilhões agitaram o mercado global de TI nas últimas semanas. No Brasil, uma pesquisa do IBGE mostrou que o setor de tecnologia perdeu participação na economia mesmo elevando faturamento e, no meio disso tudo, a Brasscom enviou uma carta ao G-20 defendendo o livre comércio.

rupturas da última década 88 | Carreira

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Quem foi sucesso apareceu na internet. Ano marcou a consolidação do mercado de BI.

Crise imobiliária abala os alicerces da TI ao redor do mundo.

De técnico duvida a estrategista, especialista para generalista: Ninguém dade transformação que o Google representou 82 para| a2009 internet. e por que mudaram o perfil e o papel do CIO dentro das O como mecanismo revolucionou de tal maneira a web que virou sinônimo de busca. Estados Unidos empossa primeiro organizações. presidente 2.0 da história. A empresa ganhou força, importância e, principalmente, relevância. Ameaçou diversos nichos — do mercado editorial, “roubando” verba de publicidade dos tradicionais jornais e revistas para o recém-nascido link patrocinado, ao de telefonia móvel, com o novato Android. Em seus poucos mais de dez anos — completados em setembro último —, o Google mostrou que nada tem de amador, jovem ou júnior. Entrou com sede de vencer e deixa claro que não medirá esforços para seguir imprimindo seu nome na vanguarda da tecnologia. Seus cerca de 21 mil funcionários são estimulados a pensar o novo. Desde agosto no posto de diretor-geral do Google Brasil, Alex Dias, 37 anos,

4/17/09 4:00:18 PM



Carta ao leitor

Dez em um Comprimir os principais acontecimentos dos últimos dez anos em apenas uma edição não foi nada fácil. Na verdade, muito pelo contrário — para mim, este número foi o mais trabalhoso para fazer. Para chegar ao formato que você, leitor, tem em mãos, levamos algumas reuniões de pauta entre jornalistas e também envolvendo o nosso conselho editorial. Com a ideia do texto na cabeça, ficou por conta do criativo Rodrigo Martins elaborar um projeto gráfico que deixasse, ao mesmo tempo, a revista dinâmica e agradável de ler. Enquanto isso, a redação, junto com o reforço de dois jornalistas free lancers, pesquisou muito, leu pilhas e pilhas de edições antigas, levantou estudos e análises, buscou tendências e entrevistou diversos especialistas para conseguir elabo-

rar as reportagens que compõem as retrospectivas de cada um dos anos. Mas até aí o trabalho estava apenas chegando à metade: ainda faltava diagramar, revisar e corrigir quantas vezes fosse necessário até tudo sair perfeito. Valeu a pena! A revista bateu recordes: não apenas no número de páginas (108, superando a edição de outubro de As 100+ Inovadoras), como também no faturamento (o mais alto desde o primeiro exemplar). Mas nenhuma linha da InformationWeek Brasil dez anos seria possível sem a dedicação, o profissionalismo, a competência e o companheirismo de cada um que está na foto abaixo. O meu muito obrigada a todos.

Uma excelen t e lei t ur a! Rober ta Pr escott - Editora En v ie c o men t á r io s e s ug e s t õ e s p a r a r p r e s c o t t@i t midia.c o m.b r

Foto: Roger Soares

Na frente, da esq. para dir.: Ana Luna Freire, Patricia Queiroz, Roberta Prescott, Gaby Loayza e Gabriela Vicari Atrás, da esq. para dir.: Felipe Dreher, Jonathas Nishimori, Rodrigo Martins, Karla Lemes, Vitor Cavalcanti, Andreia Marchione e Alberto Leite

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Information Week Brasil

4/17/09 2:45:35 PM



Entrevista

ANTES

Roberta Prescott

Símbolo da revolução causada pela internet, o Google desponta como uma das maiores

rupturas da última década

Carol Bittercourt

Ninguém duvida da transformação que o Google representou para a internet. O mecanismo revolucionou de tal maneira a web que virou sinônimo de busca. A empresa ganhou força, importância e, principalmente, relevância. Ameaçou diversos nichos — do mercado editorial, “roubando” verba de publicidade dos tradicionais jornais e revistas para o recém-nascido link patrocinado, ao de telefonia móvel, com o novato Android. Em seus poucos mais de dez anos — completados em setembro último —, o Google mostrou que nada tem de amador, jovem ou júnior. Entrou com sede de vencer e deixa claro que não medirá esforços para seguir imprimindo seu nome na vanguarda da tecnologia. Seus cerca de 21 mil funcionários são estimulados a pensar o novo. Desde agosto no posto de diretor-geral do Google Brasil, Alex Dias, 37 anos, absorveu bem a cultura e discorre com desenvoltura sobre o impacto da companhia para a internet, a aposta em computação em nuvem, plataformas abertas, mobilidade, o modelo de negócio, as políticas de segurança, entre outros temas sobre os quais o executivo conversou com InformationWeek Brasil.

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InformationWeek Brasil

4/16/09 11:21:18 AM


E DEPOIS INFORMATIONWEEK BRASIL — O GOOGLE TEM CONSEGUIDO CRESCER E CONQUISTAR ESPAÇO OFERECENDO SERVIÇOS GRATUITOS. ATÉ QUANDO ESTE MODELO SE SUSTENTA? ALEX DIAS — Uma coisa que nos diferencia, por mais obvio que pareça, é o foco no usuário. Por exemplo, muitas redes sociais na Rússia ou em países da Ásia começaram a cobrar por uploads, o que é impensável. Você engancha o cara e depois começa a cobrar pelo serviço? O nosso foco no usuário é um grande diferenciador prático, e não apenas um slogan de marketing. Um segundo ponto super-relevante: somos uma empresa de engenharia, de infraestrutura tecnológica — e não de conteúdo. Então, realmente, nos esforçamos para ter o melhor produto possível. Se, às vezes, tocamos um pouco no conteúdo, é para dar um empurrãozinho no mercado, não é nosso core. IWB — O SEGREDO FOI MANTER O FOCO? DIAS — Isto representou uma diferenciação muito grande. Do ponto de vista friamente de negócio, gerou escala e inovação no momento certo para, por exemplo, Abril de 2009

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mergulhar no modelo de publicidade. Você pode perguntar se a user content generation veio com o Google ou o Google com ela? Uma coisa levou a outra, e foram várias ferramentas se proliferando para chegar a este mundo totalmente transformado pela geração e gestão de conteúdo. Tem muito para acontecer ainda e o Google está muito bem-posicionado e atento a estes movimentos. IWB — QUAL FOI A FÓRMULA PARA O GOOGLE SOBREVIVER AO ESTOURO DA BOLHA DA INTERNET? DIAS — Apostar em uma tecnologia vencedora e não perder o foco da empresa. Mudou o core de 2000 para 2009? Não. O Google vive e respira search. Na época do IPO, em 2004, ninguém sabia que faturava tanto. Mas é uma tecnologia que começou a ser investida em 2000 e 2001, quando os links patrocinados, de uma maneira geral, começaram pela mão do nosso competidor Yahoo. Então, eu resumiria: simplicidade no foco da empresa e ter apostado, construído e trabalho fortemente numa tecnologia. Mas o Google trabalhou um monte de tecnologias? É verdade, porém, sempre dentro da regra

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4/16/09 11:21:51 AM


Entrevista de 70% do tempo das pessoas voltado para ferramentas de buscas, 20% para correlatos e 10% para novas ideias. IWB — Isto funciona na prática? Dias — Sim, é umas principais coisas que funcionam muito bem. Mas tem por trás um modelo de gestão forte. IWB — O grande marco nestes dez anos de tecnologia foi a ruptura causada pela internet. E o Google tem um papel importante nisto. Como você avalia o impacto da empresa para a sociedade? Dias – O Google, pelo fato de ter gerado tecnologia ao redor do tema “organizar informação”, trouxe muita relevância primeiro para o consumidor e agora ingressamos cada vez mais no universo corporativo com novas tecnologias, como cloud computing, e plataformas abertas, que faz com que se gere adoção em escala mais rapidamente. São ferramentas que visam a gerar mais valor e atendem ao que o mundo mais carece: produtividade. A tecnologia veio para ajudar e não ameaçar. IWB — O Google é um dos grandes entusiastas da computação em nuvem. Tenho observado que esta tecnologia tende a atrair mais pessoas físicas e pequenas empresas, porém, ainda assusta as corporações, que parecem “temer” o modelo. Como fazer com que as companhias adotem cloud? Dias — Você tem razão com relação à adoção, mas será como ocorreu com publicidade online, que começou pela mão das pequenas e médias empresas por uma questão econômica e de escala. É preciso entender que o histórico das grandes empresas vem de uma arquitetura fechada,

mas estão cada vez mais expandindo com a preocupação de capacidade, de desenvolvimento tecnológico e de gerenciamento de processo. Hoje, para fazer upgrade de um ERP a empresa tem de treinar os funcionários, passar por todos os ciclos, enquanto que a nuvem fornece micro mudanças no dia-a-dia. IWB — Mas você acredita realmente que as empresas vão passar sistemas mais robustos para nuvem? Dias — O Google não tem interesse em oferecer este serviço, mas em fornecer aplicativos. Não vamos abrir espaço em nossos data centers, porque acreditamos que várias empresas vão se beneficiar desta tendência como modelo de negócio. Mas é natural que exista uma certa resistência, porque não há cases preparados, há preocupações com relação à segurança ainda não respondidas e experiências boas e ruins sobre o nível de serviço. Os CIOs são cautelosos. IWB — Esta cautela também está na alta cúpula, preocupada, principalmente, com a segurança dos dados. Dias — Sim, mas é controverso, pois os executivos andam com os notebooks com todos os dados pelas perigosas ruas de São Paulo e tem medo da segurança do data center? Pegue as estatísticas... IWB — O Google aposta em uma adoção em massa de computação em nuvem? Dias — Não sei se ainda é uma aposta, já é um fato. É como mobile, quem duvida ela seja uma plataforma que vai se integrar? Cloud já não é mais uma aposta. No Vale do Silício, é muito comum as empresas utilizarem cloud — talvez não em seu DNA, mas no dia-a-dia.

Googol Em setembro de 1998, nascia pelas mãos dos colegas de Stanford Larry Page e Sergey Brin o Google, a companhia de engenharia de buscas que revolucionaria a internet. O nome é uma brincadeira com a palavra “googol” — termo matemático que designa o número um seguido de cem zeros. Em 2004, o Google fez IPO com cada ação valendo US$ 85.

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InformationWeek Brasil

4/16/09 11:22:33 AM


Iaas

Infrastructure as a Service. A resposta Microcity para os novos desafios.

A história da Microcity sempre foi de desafios. Desde sua criação, há 25 anos, o mercado passou por muita turbulência, mas a empresa sempre encontrou oportunidades que fizeram a diferença. Quando todos pensam em crise, nós pensamos em soluções. IaaS. Esse é o nosso negócio. O IaaS – Infrastructure as a Service - é a receita da Microcity para superar o mau humor da economia. Contratando infraestrutura como serviço, você evita a imobilização de investimentos em hardware e software e ganha uma série de benefícios financeiros e fiscais, além de reduzir custos com administração, logística, manutenção e gerência dos ativos e suporte aos usuários. Acesse www.microcity.com.br/iaas e conheça mais essa ideia inovadora Microcity.

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Entrevista estratégicas permeiam toda a organização. Adotar isto leva tempo. O Google nasceu assim. Se você for ver, o Larry [Page] e o Sergey [Brin] não precisavam ter pulverizado o poder da maneira como fizeram, mas a empresa não seria nem 10% do que é hoje.

IWB — o Google parece lidar muito bem com as novas gerações. Como funcionam as políticas internas? Dias — As pessoas são muito abertas para questionar o status quo e a ter uma postura jovem, apesar de serem barbudos velhos. Daí, você vai perguntar: Uma empresa automotiva pode fazer isto? Pode, mas enfrentará uma barreira e tanto. Você precisa formar as pessoas assim. Eu sou diretor-geral do Google Brasil e fui CEO de duas empresas. No Google, o poder de decisão é democratizado, pulverizado, diluído. Temos de ouvir a todos. IWB — Então, é mais uma questão de as empresas se anteciparem? Dias — Não seremos idealistas demais — até porque em outros aspectos o Google se parece com qualquer outra empresa —, mas, do ponto de vista de geração de produto e de tecnologia, o Google é uma empresa única, porque permite este questionamento. As discussões

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IWB — A companhia pisou no freio nas aquisições e anunciou demissões. De que forma a crise chegou ao Google? Dias — Esta redução do crescimento econômico chegou para todo mundo. É fato. Para nós, nos faz questionar se não avançamos rápido demais em algumas coisas. Vou te dar um exemplo: no passado, com uma taxa de crescimento muito alta, você podia contratar uma pessoa brilhante para determinado produto, que, se depois tivesse o crescimento diminuído, esta pessoa ficaria a mais, teria uma sobreposição, então, o que fazer com este profissional brilhante? Bom, nós estamos primeiro dando oportunidade de se realocar internamente. Se não achar, sai da empresa. É muito mais um momento de ajuste. No ano passado recrutamos 5 mil pessoas. IWB — O Google praticamente criou este negocio de que “tudo na internet é beta”, está aí o Gmail para comprovar. Qual é o segredo para a aceitação? Dias — A transparência é que faz a diferença. É falar para o usuário, deixar claro para que ele não se sinta traído. IWB — Quais são os planos para o Android? Dias — É uma aposta de uma plataforma aberta que gera escala, permite que empresas foquem no core e que a tecnologia se desenvolva pelas mãos daqueles que têm de InformationWeek Brasil

4/16/09 11:22:51 AM


estar focado nela. A mobilidade é um fato inexorável. O “cara” quando está no dispositivo móvel tem necessidades diferentes. E estas diferenciações de comportamentos precisam ser levadas em conta. O Google aposta no Android como sendo uma grande plataforma para os smartphones. Acreditamos que ele vá entregar a experiência que ainda não viu nem no SMS nem no WAP. IWB — E quanto às expectativas com relação ao Chrome? Dias — O browser hoje é um elemento muito importante na estratégia de cloud computing, e o Chrome vem com a proposta de interagir com o usuário, criar uma plataforma aberta. O Chrome tem o efeito de atrair por ser legal, rápido, eficiente, com features... É esta dinâmica que queremos imprimir para esta indústria que estava meio parada. É mais um papel de fomentador do que de querer abraçar o segmento de browser. Não ganhamos nada com ele, mas achamos estratégico fornecer ao usuário uma melhor experiência na web, porque com isto ele fica mais tempo conectado e usa mais serviços. IWB — Há muita discussão com relação a como o Google trata a segurança das informações de seus clientes. Como garantir a privacidade? Dias — São duas partes. Primeiro, temos de ser transparentes: todos os detalhes de nossa política estão claros e acessíveis para quem quiser acessar. Segundo: levamos este assunto super a sério; caso não levássemos, estaríamos mortos. As pessoas ainda têm medo? Olha, eu acho que elas confiam porque fazemos por merecer, tratamos o tema de uma maneira séria e com cuidado. O armazenamento por indexação de informação é feito por robôs, são algoritmos baseados no comportamento, não existe ninguém olhando individualmente. IWB — O Google completou dez anos em setembro de 2008. Qual balanço você faz da internet nesses anos e o que podemos esperar para a próxima década? Dias — Eu acho que existem duas formas de pensar. A mais cartesiana ou binária e a mais imaginativa. Abril de 2009

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“Daqui a cinco anos a postura dos CIOs terá de ser radicalmente diferente, porque, se ele não fizer, a empresa coloca outro” Tomando estas duas dimensões, do ponto de vista binário, foi um avanço enorme, os números das informações e a quantidade de servidores, de buscas, de vídeos e de conteúdo estão aí para confirmar. E não faltou gente lá atrás para dizer que a internet era uma porcaria e não viraria. Os dados provam o estrondoso sucesso que mudou muito a realidade das pessoas. Do ponto de vista imaginativo, começamos uma revolução e a próxima década estará comprimida nos próximos cinco anos em termos de transformações, que será gigantesca. Daqui a cinco anos a postura dos CIOs sobre todos os nichos — segurança, privacidade, processo de inovação, novas tecnologias — terá de ser radicalmente diferente, porque, se ele não fizer, a empresa coloca outro cara. IWB — Para onde caminhamos? Dias — Acho que estamos indo para muito do que falei nesta entrevista: o poder na mão do usuário, uma pulverização gigantesca da geração de conteúdo, cloud computing e os impactos dela na infraestrutura (uma coisa é falar de cloud e outra é implementar) e a questão da plataforma aberta. Se você analisar as empresas que tiveram sucesso, verá que o grau maior ou menor do sucesso está de acordo com uma maior ou menor taxa de adaptação delas. IWB — Você veio da DirecTV, uma mudança brusca. Você tinha experiência em internet? Dias — É muito diferente. Vim de uma indústria atacada por todos os lados para uma vanguardista. Eu tinha trabalhado com internet tanto em banco de investimentos como com consultoria, mas nunca em uma empresa de iwb internet ou TI. É um desafio superpositivo.

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Estratégia

“As modas passam, o estilo é eterno” (Ives Saint Laurent)

Como membro do Conselho Editorial da IT Mídia, participei das discussões que levaram ao conteúdo desta edição comemorativa. Isso motivou a ótima ideia de repassar os grandes acontecimentos que marcaram o mundo da tecnologia neste período. Minha contribuição para a apreciação do que aconteceu é justamente falar do que — penso — não mudou, e talvez não mude nunca, no mercado empresarial em que atuamos, e nos desafios que as novas tecnologias constantemente nos impõem. Uma coisa que nunca mudou, e que se torna cada vez mais valorizada no mercado, é a capacidade de execução: nesses dez anos proliferaram melhores práticas, padrões globais de processos de TI, impressionantes recursos de comunicação, sistemas cada vez mais inteligentes, mas o problema de colocar tudo isto em funcionamento continua o mesmo, se não ainda mais desafiante. Os profissionais capazes de planejar, liderar e operacionalizar todas estas ideias maravilhosas ainda são a minoria. E por isso mesmo muito valorizados. As organizações continuam precisando de pessoas que consigam transformar boas ideias em soluções práticas que façam uma diferença real na performance do negócio. Associada a essa necessidade de capacidade de execução, somam-se o conhecimento, a experiência e a especialização: se a evolução tecnológica está facilitando a vida dos usuários e dos clientes, é porque por trás desta facilidade reside uma arquitetura bastante complexa de soluções interconectadas que proporcionam tais benefícios. E, para que tudo funcione como esperado, é preciso a combinação entre especialistas nestas tecnologias e pessoas que consigam traduzir como os requerimentos de negócios devem

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Foto: Magdalena Gutierrez

O que não mudou nestes dez anos... Sergio Lozinsky é consultor de tecnologia e gestão empresarial E-mail: sergio.lozinsky@gmail.com

ser atendidos por essas soluções. A carência de melhores informações para avaliação do desempenho dos negócios também persiste em aparecer nos diagnósticos que indicam o que TI precisa fazer para melhorar a satisfação dos usuários, particularmente da alta administração. Isso ocorre não somente porque este tipo de informação é muito dinâmico — e difícil de acompanhar — como também pela maior concentração dos esforços no curto prazo, no suporte às operações, deixando pouco espaço para pensar o que é necessário medir hoje para que o negócio evolua no longo prazo e conquiste ou mantenha uma posição de liderança no futuro. Não esgoto o tema aqui, mas não posso deixar de lembrar que o entusiasmo e a motivação por estar envolvido em algo que valha a pena e que crie valor para a empresa e para a sociedade é um elemento poderoso na busca de cada profissional por aprimorar suas capacidades, seus conhecimentos e contribuir com empreendedorismo e inovação para criar valor adicional na organização em que atua. Ou seja, algo que NÃO MUDOU nesses dez anos de muita tecnologia, individualismo, menor solidariedade e visão de curto prazo é que as pessoas continuam fazendo a diferença. O talento (e principalmente a colaboração entre talentos) cria estas tecnologias e perpetua as organizações. Information Week Brasil

4/15/09 3:25:23 PM


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IBM-Sun: ainda há possibilidade?

Foto: Snapvillage

O mercado vem assistindo com atenção às movimentações da IBM e da Sun Microsystems desde o dia 18 de março, quando a imprensa norte-americana noticiou que a Big Blue estaria negociando a compra da concorrente por US$ 6,5 bilhões. A Sun vinha enfrentando dificuldades e a desvalorização dos papéis era um motivador. Nenhuma das corporações comentou o assunto, mas por dias a história circulou na mídia. Falou-se em venda partilhada, questionou-se a possibilidade de monopólio e o assuntou meio que esfriou. Em abril, jornais dos Estados Unidos voltaram a bater na tecla, dizendo que a IBM teria abaixado o valor da oferta. Depois de rápido silêncio, uma informação, mas, desta vez, para dizer que a IBM teria desistido

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da aquisição. O mercado reagiu rapidamente e as ações da dona da linguagem Java sofreram uma forte queda, depois de viver períodos de valorização com a possibilidade de venda. O fato é que alguns analistas de mercado ainda acreditam na transação e avaliam que o movimento de abaixar a oferta, declinar da comprar, entre outros, serve para barganhar. Fontes próximas às negociações davam como certo o acordo, e afirmaram que a Sun poderia considerar segunda oferta, mais baixa. Além disso, correu no mercado o boato de que o poder na Sun estaria dividido, entre aqueles que apoiavam a venda e os contrários a ela. Até o fechamento desta edição, o imbróglio ainda não havia sido resolvido.

Leia mais: C onf ir a a cober t ur a comple t a em w w w.i t web.com.br/i w b/ibmsun

InformationWeek Brasil

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Google de olho em startups O Google lançou um fundo de investimentos para colocar dinheiro em startups — o Google Venture terá US$ 100 milhões para aplicar em companhias promissoras. E, no mesmo mês em que anunciou tal iniciativa, surgiram rumores de que o gigante das buscas estaria interessado na compra do serviço de microblog Twitter. Como de costume, nenhuma das partes quis comentar o assunto. Mas não seria surpresa se a transação ocorresse. É esperar para ver.

Pelo livre comércio A reunião de líderes do G-20 chamou a atenção de todos. Na pauta, a crise econômica iniciada no ano passado e que ainda não se sabe quando terminará. Aproveitando o momento, a Brasscom, entidade que reúne prestadoras de serviços de TI, levou aos participantes do encontro uma defesa ao livre comércio. Em entrevista, o presidente da organização, Antônio Carlos Gil, afirmou que há preocupação geral com a sinalização de que algumas nações coloquem barreiras ao comércio de TI. O documento foi entregue pela Brasscom em conjunto com a Global Services Coalition, que tem o mesmo papel da brasileira, mas em nível mundial.

Smartphone da Dell? A indústria dava como certa a entrada da fabricante de computadores Dell no segmento de smartphones. Mas na época a companhia não quis comentar. No entanto, depois de surgirem boatos de que o protótipo do produto não havia tido boa aceitação entre as operadoras, veio a resposta: “é verdade que estamos explorando dispositivos móveis”, declarou Michael Dell, CEO da fabricante. “Não temos nenhum anúncio para compartilhar no momento, mas, assim que tivermos novidades, iremos informar”, continuou. Apesar dos fortes indícios, analistas de mercado avaliam como uma investida arriscada e acreditam que a fabricante teria dificuldades para se estabelecer neste concorrido mercado de celulares inteligentes.

Desmentido fim da Sony-Ericsson Diante do cenário de incertezas que ainda paira sobre a economia, ninguém se espanta com notícias de concordata, aquisições e fusões. Mas chamou atenção a informação de que a Ericsson poderia abandonar a joint venture de celulares que mantém com a Sony. A justificativa seria a fraca demanda por handsets, já que as previsões apontam para queda neste segmento de mercado. Dias depois, a Sony desmentiu o fim da Sony-Ericsson e informou que estava comprometida com a união. Abril de 2009

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Versão nova A Microsoft lançou, em março, o Internet Explorer 8, com a proposta de ser mais amigável, trazer mais padrões de suporte e ter ganhos de segurança. O navegador chega ao mercado traduzido para 25 idiomas; roda em Windows XP, Vista e Server em edições de 32 e 64 bit. No entanto, IE8 não estará disponível para o Mac.

Skype corporativo

A empresa anunciou uma versão do software de chamadas por internet que irá conectar sistemas de telefonia corporativos globalmente. Isso é possível devido à adoção do protocolo Session Initiation Protocol (SIP), que permite usuários aproveitar as chamadas de baixo custo para aparelhos fixos e móveis ao redor do mundo, além de receber ligações de usuários Skype diretamente no PBX. O aplicativo está em versão beta e, sendo bem sucedido, será aberto para todos os usuários até o final deste ano.

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Vaivém de executivos

> José Luiz Magalhães Salazar assumiu como CFO da Sadia. A nova diretoria que ele comandará integra finanças, administração e TI. A vaga de Ney Santos ainda não foi preenchida. > Luis Cesar Verdi assumiu a presidência da SAP Brasil, antes ele ocupava a vice-presidência de vendas para grandes empresas na América Latina. > Na PromonLogicalis, Rodrigo Pereira assumiu como COO para o mercado latino-americano. Antes ele ocupava o cargo de diretor-executivo da integradora no Brasil. > CPM Braxis anunciou Ronaldo de Araujo Barata como diretor de desenvolvimento de novos negócios. Executivo tem quase 30 anos de experiência no mercado de TI > Luiz Carlos Heiti Tomita não responde mais pela TI da Philips para América Latina. O executivo deixou a empresa devido a um programa de reestruturação global. > Washington Werner chegou à Tata Consultancy Services (TCS) do Brasil para assumir a direção comercial da vertical de telecomunicações. > O brasileiro Victor Baez, que comandava os negócios da Netgear na América Latina, passa a controlar também as operações na Índia, China e Ásia-Pacífico. > VMware escalou Steve Houck para a vice-presidência da companhia na América Latina.

Ganhando terreno

Startups brasileiras aproveitam a popularização dos smartphones no mercado nacional para faturar. A tendência é que mais empresas adotem soluções de mobilidades e façam uso dos dispositivos para melhorar desempenho de diversas áreas como força de vendas. Aproveitando a onda, a Valemobi, incubada na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), desenvolveu um BI para iPhone com exclusividade para o Grupo Esho. A empresa tem outros projetos, todos voltados para o aparelho da Apple. A expectativa é de avançar para outras plataformas em breve. No mesmo rastro aparece a MobilePeople, com dois anos e meio de mercado. A equipe de desenvolvimento produziu um sistema para o Grupo Pão de Açúcar onde executivos da empresa acompanham o desempenho das vendas pelo BlackBerry. Por fim, temos a Simova, situada em São José dos Campos, interior de São Paulo, que reposicionou a marca, em 2008, e mudou o foco da empresa que está 100% voltada para a mobilidade. Leia mais: Repor t agens complemen t ar es em w w w.i t web.com.br/i w b/s t ar t up

TI no Brasil

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou em abril o estudo “O Setor da Tecnologia da Informação e Comunicação no Brasil”. Os dados revelaram que a TI perdeu participação na economia, mas, em contrapartida, colecionou resultados positivos em outras medições: entre 2003 e 2006 (período avaliado), o faturamento do setor passou de R$ 139 bilhões para R$ 205 bilhões. Houve avanço de 18,3% no número de empresas e de 40,7% no contingente de funcionários. A pesquisa também mostrou que o setor de telefonia móvel avançou na TI e destacou o uso do Skype como um dos fatores que provocaram mudanças no setor. Outro dado do levantamento é que o Brasil ainda importa mais TI que exporta.

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Brasil outsourcing Estudo encomendado pela Softex e realizado pelo Everest Institute apontou oportunidades para o País aproveitar o mercado de outsourcing. A mesma pesquisa, no entanto, afirma que o Brasil ainda tem que mostrar como poderá integrar a estrutura global de TI. Eric Simonson, do Everest, que coordenou o estudo “The Impact of the

Global Economic Downturn on Outsourcing and Offshoring”, avaliou que embora a crise financeira crie oportunidades para o País, existem obstáculos nessa cruzada. “Os serviços serão mais focados em atender o mercado interno. A língua (portuguesa) e os custos limitam a sinergia para servir outros mercados”, avisou.

Sobreviver a um período de incertezas? É possível! É tempo de desafios para o gerenciamento de TI. O orçamento é baixo mas as expectativas são altas. Solicitam que você gaste menos dinheiro para cumprir mais tarefas com menos recursos. Então como você pode fazer tudo isso, melhorar desempenho e aumentar a produtividade da sua equipe? Fazendo investimentos inteligentes em TI. E Quest Software pode ajudar. Para receber uma cópia do nosso whitepaper, “Obtendo mais valor dos seus investimetnos em TI” envie um email para quest.brasil@quest.com.

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Windows ve A concorrência entre Windows e Linux tem se intensificado. A Microsoft vinha enfrentando desafios que, com a chegada da versão 7 do seu sistema operacional, parecem se dissipar. Um desses obstáculos é o crescente mercado de netbooks, que assustou a fabricante do Windows já que o Vista é considerado pesado demais para rodar nos minilaptops. O Linux ocupou o espaço, embora muitos usuários tenham instalado o XP. O fato é que além dos netbooks, a Microsoft se deparou com baixa aceitação do Vista, enquanto crescia a pressão por dispositivos de tecnologia de baixo custo. Há um debate

IT Web TV | www.itweb.com.br/webcasts

Imagens: ITWeb.com.br

Confira o que disseram executivos de TI e telecom em entrevistas para o webcast do IT Web.

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Executivos de grandes empresas contam experiências com projetos de TI no período entre 1999 e 2009, em comemoração aos dez anos da InformationWeek Brasil.

A gerente-geral da Sungard Higher Education no Brasil, Swinda Salazar-Piquemal, explica a estratégia da empresa para aumentar sua participação entre as instituições de ensino.

Reportagem traz imagens da noite de premiação do Executivos de TI do Ano e depoimentos dos presidentes da IBM e da Positivo sobre a importância do prêmio.

Em uma entrevista técnica, o gerente da Microsoft para Internet Explorer, Pedro Bojikian, explica as principais novidades e funcionalidades da nova versão do browser.

Infra

Otimiz de trá

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s versus Linux acalorado sobre o que há de significar o 7 tanto para o Windows quanto para o Linux. O último suspiro da Microsoft? Um novo inimigo de peso para o Linux? Uma inspeção detalhada nos mostra que não se trata de nenhuma dessas opções. O Linux traçou seus próprios caminhos no desktop e tornou possível construir netbooks a um custo baixo. Enquanto o Windows 7 vai quase certamente abocanhar uma parte deste mercado e impressionar os usuários Windows existentes ainda mais, o Linux se torna seu próprio propulsor.

Um especial de quatro reportagens levou toda essa discussão para o IT Web. Avaliou-se, por exemplo, como o Windows 7 e o desktop Linux se formam um contra o outro, principalmente sob a luz do que veio antes em ambos os lados. Não se trata de uma revisão formal. O objetivo não foi premiar a nova versão do sistema operacional da Microsoft tampouco o Linux. Mas sim compará-los lado a lado, para ver o que cada um faz.

Leia mais: C onf ir a a in t egr a da r epor t agem em w w w.i t web.com.br/i w b/w indow slinu x

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Blogs | www.itweb.com.br/blogs Confira alguns dos assuntos postados pelos blogueiros

Antonio Luiz Camanho ............................................................................ Diretor-sócio da Camanho Consultores estreia no IT Web abrindo a discussão sobre benchmarking de TI

Edison Fontes

............................................................................ Profissional de segurança da informação comenta o lançamento do livro O Culto do

Venda de operações Depois de anunciar concordata, em fevereiro, a BearingPoint informou que irá vender as operações no Brasil e América Latina. O processo, de acordo com a empresa, estaria em fase de conclusão. Quando fechado, os negócios da consultoria na região se converterão em uma empresa independente e de capital fechado, embora operando com a mesma marca. Segundo a companhia, não haverá grandes mudanças, permanecendo corpo diretivo, clientes e funcionários. No Japão, a BearingPoint fez manobra similar.

Amador — como blogs, MySpace, YouTube e a pirataria digital estão destruindo nossa economia, cultura e valores

Guilherme Ieno

............................................................................ Especialista em direito das relações do consumo e sócio da KLA — Koury Lopes Advogados atualiza leitores sobre o mundo das telecomunicações

Luis Minoru

............................................................................ Diretor da consultoria PromonLogicalis debate a neutralidade das redes com a ampliação do uso do Skype em celulares

José Milagre

............................................................................ Analista de segurança da informação e perito computacional discute TI verde sob a óptica da compra sustentável

Frank Meylan

............................................................................ Sócio da consultoria KPMG faz um balanço dos dez anos de desafios em segurança da informação

Blogs 22

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Pronta comprar Em passagem pelo Brasil, o presidente mundial da Novell, Ron Hovsepian, afirmou que a empresa tem US$ 1 bilhão em caixa para ir às compras. O foco será em data center e tecnologias de interoperabilidade. De acordo com Hovsepian, o grupo terá uma “política agressiva” de aquisições. Uma das últimas compras da empresa foi a Fortefi, provedora de soluções de compliance e gerenciamento de usuários. Durante o encontro com jornalistas, ele defendeu o uso de código aberto, dizendo que o mundo caminha para esse conceito, mas ressaltando que o ambiente atual é misto.

Apaixonado por crises Outro executivo que passou pelo País foi o CEO da Alcatel-Lucent, Ben Verwaayen. Em declarações à imprensa, ele disse que as turbulências econômicas ajudam empresas a buscarem mais eficiência. “Amo as crises”, disse. Verwaayen afirma que as turbulências macroeconômicas vividas nos últimos meses abrem precedentes para que as empresas promovam ajustes estratégicos e melhorem sua gestão. A opinião conecta-se, em especial, ao momento da fabricante que trabalha numa mudança de rumos para colocar ênfase em serviços e aplicações. InformationWeek Brasil

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Noite de premiação

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01— Adelson de Sousa, presidente da IT Mídia, na noite da premiação

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02 —Cibeli Tessari, da Andrade Gutierrez, recebe o prêmio de Karla Lemes, da IT Mídia 03 — Fábio Meta, CIO da Gradiente, de 30 anos, comemorou vitória

Pouco mais de 200 pessoas estiveram presentes na cerimônia da oitava edição do Prêmio Executivos de TI do Ano. O evento, realizado na sede da IT Mídia, em São Paulo, promoveu a entrega dos troféus para os 21 líderes de TI consagrados. Além da categoria voltada aos CIOs, neste ano a premiação reconheceu também os executivos de empresas fornecedoras de TI. Confira, nas páginas a seguir, algumas fotos da noite de premiação. Leia mais: C onf ir a a cober t ur a comple t a em w w w.i t web.com.br/i w b/execu t i vos20 08

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DLP, NAC, IPS, VPN

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www.itweb.com.br 04 — Ricardo Pelegrini, presidente da IBM Brasil, com Miguel Petrilli, da IT Mídia 05 — Laércio Cezar, do Banco Bradesco, recebendo prêmio de Stela Lachtermacher, da IT Mídia 06 — Fernando Wisnark, da SAP, com Roberta Prescott, da IT Mídia 07 — Cláudia Ferris, da Microsoft

Executivos

08 — Hélio Rotenberg, presidente da Positivo Informática

reconhecidos

09 — Cláudio Martins, da GM, discursando ao saber que havia sido o vencedor 10 — Maggie Camargo, do Hospital Sírio-Libanês, com Roberta Prescott, da IT Mídia

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11 — Marco Stefanini, da Stefanini, e Miguel Petrilli, da IT Mídia 12 — Nelson Cardoso, da Petrobrás Distribuidora, recebendo prêmio de Stela Lachtermacher, da IT Mídia 13 — Paulo Vassalo, da CCEE 14 — Nivaldo Marcusso, da Fundação Bradesco, e Osmar Luis 15 — Marco Barcellos, da Cisco, comemorou ao receber troféu

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Segurança

Há dez anos, os efeitos provenientes do avanço da globalização, da expansão do e-business, do aumento da competitividade e da crescente demanda por serviços eletrônicos exigiam das empresas mudanças profundas. Naquela época, o desafio da segurança era construir uma relação de confiabilidade com os clientes e parceiros de negócio. A visão ampliou e hoje a atuação é na segurança da informação e não só da TI, com políticas de segurança, programas de conscientização, gestão corporativa de riscos e planos de recuperação de desastres. O ano de 2001 foi marcante para o setor. Um grupo de trabalho, formado por especialistas de segurança, com o apoio da ABNT, estrutura a primeira norma brasileira de segurança, a NBR / ISO 17799 — Código de Práticas para a Gestão de Segurança de Informação, permitindo que as organizações brasileiras tivessem conhecimento e acesso às melhores práticas de segurança. A medida provisória 2.200 institui a ICP-Brasil, colocando o Brasil na vanguarda da certificação digital. O atentado terrorista de 11/9 abala o mundo e estabelece marco histórico, sob todos os aspectos. O “infalível” sistema de inteligência e informação americano e a segurança nacional daquele país ficaram expostos. Por meses, segurança foi tema central. A demanda das empresas e dos governos pelo estado da arte em segurança cresce absurdamente, exigindo avanços tecnológicos. O estouro da bolha da internet colocou fim ao glamour da economia digital. Acionistas passaram a questionar o valor de TI, o retorno sobre os investimentos e o papel do CIO nas organizações. Surge, então, o direcionador “Managing IT as a Business” e a necessidade de se elevar o CIO a executivo do board. Começam as primeiras discussões sobre a posição de Chief Security Officer (CSO). O caso Enron e tantos outros similares desencadeiam uma crise de credibilidade no mercado de capitais ame-

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Foto: Madalena Gutierrez

Evolução da segurança Edgar D’Andrea é sócio da área de segurança e tecnologia da PricewaterhouseCoopers

ricano. Com o objetivo de restabelecer a credibilidade deste mercado, Sarbanes-Oxley (SOX) é criada para definir obrigações, amplas e específicas a CEOs e CFOs de empresas listadas nos Estados Unidos e atrelar o descumprimento destas obrigações às penalidades da lei. Com isso, desde o fim de 2002, temas como controles internos, transparência, fraudes, governança, riscos e compliance são prioritários. Os impactos de SOX na segurança da informação foram profundos. Temas como governança, gestão de perfil e controle de acesso, matriz de segregação de funções, riscos de TI, classificação da informação, ISSO 17799 e 27000, plano de crises e continuidade do negócio, gestão de ameaças e vulnerabilidade, engenharia social, inteligência competitiva, objetivos de controles, Cobit, práticas ITIL, crimes cibernéticos, fraudes e sistemas integrados de GRC ganharam visibilidade. Diante da depressão econômica de 2008, tem se notado um crescimento das atividades de segurança nas empresas em direção a sistemas integrados de controle de acesso, proteção de dados críticos, unificação e sistematização das atividades de GRC, prevenção a vazamento e roubo de informação e investigação a fraudes. A evolução da segurança da informação na última década foi extraordinária. O mundo está menor e mais complexo. Os próximos dez anos dependem sobre maneira de fatores políticos, legais, econômicos, sócio-culturais e tecnológicos. Information Week Brasil

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Telecom

Seria muito bom se a atual turbulência econômica, que ninguém ainda sabe ao certo a gravidade, fosse similar a apreensão de dez anos atrás, não? Apesar das previsões pessimistas de que os sistemas entrariam em colapso total na virada do ano, também conhecido como o Bug do Milênio, a indústria fez seu dever de casa e o impacto foi mínimo. Mas o mundo também mostrou como enfrentar crises. O estouro da bolha da internet varreu do mapa diversas empresas, que viram seus valores virarem pó, transformando um momento de euforia em tragédia. Enquanto o mundo de TI e internet viviam seus altos e baixos, o setor de telefonia, totalmente distinto antes da tal convergência, cresceu continuamente, principalmente o de telefonia celular. Em 1999, os grandes nomes do mercado eram as operadoras privatizadas de telefonia fixa local e as operadoras de telefonia de longa distância. As operadoras de telefonia celular ainda estavam em fase de implantação das suas redes TDMA/CDMA. Acessar a internet em banda larga era um serviço restrito ao mercado corporativo. Abrir a internet de casa, por meio do acesso discado, era luxo para aqueles que possuíam uma placa de modem. Praticamente não existia aquela empresa de buscas com nome esquisito fundada em setembro de 1998, o Google. Assim como ainda não existia o Internet Group. Olhando para trás, surgem as perguntas: Como vivíamos sem a internet? Como era possível conviver com a internet discada? Como era a vida sem e-mail? Sem as ferramentas de busca? Sem telefone celular? Se em dez anos muita coisa aconteceu, muito mais coisas acontecerão nos próximos cinco anos. A velocidade da mudança é cada vez maior. Por essas e por outras razões, devemos pensar duas vezes antes de

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Foto: Magdalena Gutierrez

A brincadeira está só começando Luís Minoru Shibata é diretor de consultoria da PromonLogicalis e blogueiro do IT Web

torcer o nariz quando falamos de telepresença, sistemas unificados e colaborativos de comunicação (voz, dados, imagens), virtualização, cloud computing, comandos locais e remotos por voz, tradução simultânea etc. E, com isso, se fará necessário uma série de adaptações da sociedade. É o caso das soluções colaborativas internacionais que já existem hoje, que, em decorrências das quais a relação entre empresa—empregado deverá ser revista, por exemplo. Nas empresas e na vida das pessoas, a utilização de tecnologia estará presente o tempo todo. A internet deixará de ser privilégio do ser humano e passaremos à era da “internetização” de coisas. Os carros estarão conectados à rede, sendo monitorados o tempo inteiro, seja para avaliações de performance do motor até para o monitoramento de busca de rotas alternativas, com as devidas autorizações de privacidade. As casas estarão conectadas e monitoradas seja para economias de consumo, segurança ou acionamento remoto de atividades. Uma coisa é certa: diferentemente do passado, está cada vez mais difícil duvidar que inovações aconteçam. A dúvida que fica é quanto tempo levará para acontecer. Neste sentido, as empresas que não estiverem alinhadas em utilizar a tecnologia como transformadora de seus negócios certamente não sobreviverão. InformationWeek Brasil

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Especial Edição de 30 10 anos

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Retrato de uma década Retrospectiva mostra o impacto das novas tecnologias para os negócios e a sociedade em geral e como os acontecimentos econômicos, políticos e sociais mudaram a TI e as telecomunicações

O ano era 1999. Se, por um lado, os gerentes de informática enfrentavam o “monstro” chamado Bug do Milênio — ninguém sabia exatamente o que poderia acontecer com os sistemas na virada para o ano 2000 —, por outro, as empresas vislumbravam as oportunidades trazidas pelo novato ecommerce. Em comum, ambos os casos representavam maneiras de o líder de tecnologia mostrar seu papel para a corporação. Com estes tópicos em evidencia, surgia, em abril daquele ano, a primeira edição de InformationWeek Brasil. O discurso de que a TI tinha de provar seu valor para a companhia pautou as reportagens e tem sido a tônica da revista desde sempre. Não foi em vão. Nestes dez anos de InformationWeek Brasil, o chefe do CPD transformou-se em diretor de TI, CIO, gerente-geral — seja qual for a nomenclatura do cargo, este profissional teve sua atuação fortalecida. Também graças à atual dependência das organizações em relação à tecnologia. No período, companhias e seus funcionários tiveram de se adaptar às novas ordens mundiais que surgiram em decorrência de escândalos (com o caso da Enron que culminou na legislação Sarbanes-Oxley); de atentados terroristas (os ataques às torres gêmeas despertaram no mundo uma preocupação jamais vista com relação à segurança); da ascensão, queda e retorno das empresas pontocom; das diversas ondas e hypes de tecnologias; das crises e euforias econômicas; entre tantos outros acontecimentos. Observamos o avanço e as transformações das telecomunicações, com o foco deixando de ser apenas voz e passando a um mundo convergente e 100% conectado. Os milhões de celulares no Brasil ultrapassaram as linhas fixas e as empresas viram nos smartphones ferramentas úteis de trabalho. O avanço do protocolo internet reflete todas as rupturas do período. Se em 1999, o IP mostrava seu poder e sua força, hoje, tornou-se essencial, uma condição sine qua non. E o maior exemplo desta mudança está estampado em uma companhia que ainda engatinhava quando InformationWeek Brasil nasceu: o Google. O mundo mudou. E o impacto, nesta última década, das novas tecnologias para os negócios e para a sociedade em geral, além de como os acontecimentos econômicos, políticos e sociais mudaram a TI e as telecomunicações você acompanha na retrospectiva que marca o aniversário de dez anos de InformationWeek Brasil. Abril de 2009

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Especial Edição de 10 anos

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O mundo não acabou Felipe Dreher

Pessimistas achavam que o Brasil iria à bancarrota. No fim das contas, o País reverteu quadro grave, deixou o câmbio flutuar e as empresas puderam lutar contra o Bug do Milênio

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1999 O raiar do penúltimo ano do século 20 começou torpe. O baque na virada foi grande. O ano de 1998 deixou um clima de terra arrasada no mercado brasileiro. Em setembro de 98, a crise na Rússia aportou por aqui levando consigo US$ 15 bilhões em capital, em um só dia. No desenrolar dos fatos, a Bovespa caiu 15,82%, os juros chegaram à taxa de 42,12% e o dólar subiu, deixando para trás a marca de R$ 1,32. O Brasil retornou ao câmbio flutuante. A dor de cabeça só não era maior porque há exatos cem anos pesquisadores da Bayer haviam criado a Aspirina. Em janeiro de 99, previa-se um eminente desastre econômico.

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6 de janeiro Itamar Franco, então governador de Minas Gerais, decreta moratória

12 de janeiro País perde mais de US$ 1 bilhão em reservas 13 de janeiro Gustavo Franco pede demissão da presidência do Banco Central. Francisco Lopes o sucede, mas é demitido menos de um mês depois. Arminio Fraga assume

15 de janeiro Brasil adota câmbio flutuante 20 de Janeiro Governo chinês anuncia restrições quanto ao uso da internet

Fevereiro

Fotos: divulgação

Janeiro

1999

O IBGE calcula que o PIB em 1999 foi de R$ 1,06 trilhão, crescendo 0,25% frente ao ano anterior. 1º de Janeiro Moeda única começa a valer em 11 países da União Europeia

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2 de Fevereiro Hugo Chávez sobe ao poder na Venezuela

InformationWeek Brasil

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Fernando Henrique Cardoso entrava no segundo mandato presidencial, os computadores começavam a rodar versões (muitas delas, pirata) do Windows 98, o Google engatinhava e a Anatel desenhava novas regras para o setor de telecom (leia box na pág. 35). No calor do momento, viviase um constante desespero. No entanto, o ano acabou melhor do que começou. Em dezembro, a sensação era de alívio, com números bastante razoáveis. A inflação não explodiu, o desemprego mantevese na taxa de 7,5% e o desarranjo econômico grave não veio, com o real terminando o ano de pé, depois de ser fortemente bombardeado.

A despeito das previsões catastróficas, economistas avaliam que o Brasil naquele ano avançou em diversos pontos. O País foi o destino preferido para investimentos entre os emergentes recebendo cerca de US$ 29 bilhões. O dólar chegou a passar de R$ 2 em outubro, mas fechou o

ano cotado, em média, a R$ 1,85, com inflação de 8,29% e juros básicos de 19%. O mundo começava a atentar para o aquecimento global e para os benefícios da gestão do relacionamento com clientes. Levantamentos do E-Consulting e da Câmara-e.net apontavam investimentos de US$

16 de março Encol tem falência decretada

11 de março Um blecaute atinge as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil

31 de março O filme de ficção científica Matrix chega aos cinemas

20 de abril Massacre na escola norteamericana de Columbine vitima 13 pessoas

5 de maio Microsoft lança Windows 98

maio

4 de março IBM e Dell fazem acordo tecnológico avaliado em US$ 16 bilhões

abril

No dia 31 de dezembro, o dólar para compra estava cotado a R$ 1,78 e o Euro poderia ser comprado por R$ 1,80.

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25 de maio Gravações telefônicas mostram Fernando Henrique Cardoso autorizando André Lara Resende a usar seu nome para pressionar a Previ a entrar em um dos consórcios que disputou a privatização da Telebrás

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Especial EDIÇÃO DE 10 anos 16,3 bilhões em TI no mercado brasileiro durante 1999. Pelos cálculos da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), aproximadamente 70% dos 2,37 milhões de computadores comercializados naqueles doze meses vinham do mercado cinza. O Ibope/NetRatings calculava 4,8 milhões de usuários de internet no País. Diversas empresas já atentavam para as oportunidades de aliar a web aos negócios. Muito se falou em projetos de ebusiness como forma de aumentar a rentabilidade, reduzir custos e aproximar a corporação de seus clientes e parceiros. Estimava-se que, naquele ano, a internet movimentava

RÉVEILLON NA EMPRESA Em 1996, a Credicard começou a adequar seus sistemas para o ano 2000. A operadora de cartão de créditos dividiu a estrutura tecnológica em oito domínios, cada um com objetivo e prazo. “Todos os processos foram testados em oito datas no futuro”, relatou na época à InformationWeek Brasil Joaquim José Xavier da Silveira, então vice-presidente de tecnologia da companhia. O projeto se estendeu por três anos e consumiu cerca de US$ 20 milhões. Praticamente todas as empresas tiveram equipes de TI de plantão na noite de 31 de dezembro de 1999, monitorando sistemas e acompanhando a chegada do Ano Novo ao redor do mundo. Na Credicard, a equipes globais alinharam e definiram procedimentos de contingência para o caso das adequações não funcionarem 100%. Um site controlava a entrada no ano 2000, com cores indicando a evolução das etapas. “As ações foram extremamente importantes e necessárias”, avalia Silveira, dez anos depois. “O assunto foi discutido com os boards das corporações”, ressalta o executivo que atualmente lidera os negócios com meios de pagamento na EDS. Questionado se hoje faria algo diferente, o ex-VP é taxativo: “Acho que não mudaria nada”.

cerca de US$ 150 bilhões no mundo. E, nas companhias, os gerentes de centro de processamento de dados cediam lugar para o termo importado dos Estados Unidos chief information officer. O desafio do CIO? “Em meio à turbulência econômica, as empresas estão revendo os recursos planejados para suas áreas de TI”, afirmava reportagem da primeira edição de InformationWeek Brasil. E a principal missão? Lutar contra o Bug do Milênio! Os mais jovens devem dar boas gargalhadas com histórias que tratam do assunto. Basicamente, o pavor surgiu porque os sistemas “de antigamente” contemplavam apenas dois dígitos na casa do ano e a máquina não reconheceria um ano zero-zero, gerando uma pane que paralisaria computadores ao redor do mundo. Micros mais antigos (286, 386, 486) e mesmo alguns Pentiums novos poderiam sofrer com o Bug do Milênio, pois eram construídos utilizando-se BIOS (Basic Input Output System) e RTCs (Real Time Clock), chips internos considerados de gerações antigas, afetando agenda de bancos de dados, sistemas e equipamentos automatizados. Para os mais catastróficos, o ano 2000 traria consigo a aniquilação total da espécie ocasionada pela explosão da Terra. Acreditava-se que, caso os computadores entrassem em pane, isto poderia ocasionar o disparo de mísseis nucleares diretamente dos desertos norte-americanos ou da gélida Sibéria russa. Cassio Dreyfuss, vice-presidente de pesquisa do Gartner, calcula que os projetos contra o Bug do Milênio consumiram investimentos equivalentes a 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. O assunto chegou a ter uma secretaria ligada à presidência da Re-

A INFLAÇÃO MEDIDA PELO ÍNDICE DE PREÇOS AO CONSUMIDOR AMPLO (IPCA) ENCERROU O ANO EM 8,49%.

18 DE JUNHO Ao redor do mundo, população protesta contra globalização 21 DE JUNHO Apple lança o iBook

JULHO

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1º DE JUNHO O site de P2P Napster estreia na rede

1º DE JULHO Brahma e Antarctica anunciam sua fusão, que dá origem a AmBev 22 DE JULHO Microsoft disponibiliza primeira versão do MSN, seu programa de mensagens instantâneas

23 DE JULHO Reedição moderna do festival Woodstock, nos Estados Unidos

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InformationWeek Brasil

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152 milhões em ação No dia 29 de julho de 1998, um protesto na frente da Bolsa do Rio tentava impedir a privatização da Telebrás. Sem sucesso a estatal criada em 72 e detentora de 90% da planta de telecom do País foi arrematada em 12 holdings de telefonia por R$ 22,06 bilhões. O mercado brasileiro de telefonia pisava no mundo globalizado. Nas mãos do Estado, o setor estava travado. Conseguir uma linha — móvel ou fixa — exigia meses de espera e uma montanha de dinheiro. Segundo dados da Anatel, no ano da privatização, o Brasil tinha 27,4 milhões de telefones, sendo 7,3 milhões de serviços móveis. Nos anos seguintes, o celular explodiu. “O mercado precisava de uma mudança desse tipo”, opina Elia San Miguel, analista de telecom do Gartner, classificando a privatização como um fato positivo. A especialista recorda a demanda reprimida, a estagnação dos níveis de serviço prestados e o descompasso tecnológico como situações comuns à época. A divisão do mercado criou competição com certo equilíbrio no setor. “A Anatel fez um bom trabalho de regulamentação”, avalia a analista, listando como marcos da pós-privatização os leilões de frequência, a entrada das espelhos, a consolidação do mercado, a explosão da banda larga e das plataformas IP e a portabilidade numérica. Talvez por isso tudo que o mercado nacional ultrapassou a marca de 152 milhões de assinantes do serviço de telefonia móvel, em março de 2009.

pública. “Ninguém de fato sabia qual era a extensão do que poderia acontecer”, sentencia o especialista. Notícias da época listavam projetos grandes. O então BCN (Banco de Crédito Nacional, incorporado ao Bradesco em 1997) investiu R$ 6 milhões na adequação de sistemas. Já os R$ 11 milhões divulgados no projeto contra o Bug da Nossa Caixa contemplaram apenas hardware. As iniciativas da Itaipu Binacional verificaram 41 servidores, 1,5 mil micros e convertendo seis milhões de linhas de códigos. No entanto, contrariando o folclore, Dreyfuss é enfático: “Essa impressão de que não ocorreu nada não é verdadeira. Não

conheço ninguém que não teve pelo menos um problema”, reforça, dizendo que os brasileiros mostraram capacidade de reagir rapidamente. Na visão do especialista, a iminência do Bug desencadeou um movimento de adoção de novas plataformas de software de gestão. A faxina na TI virou um bom pretexto para “reformar a casa”, gerando, por exemplo, troca de ERPs caseiros por soluções de mercado. Mas a proximidade do evento exigia pressa, que veio acompanhada de imperfeição. A época foi generosa para os provedores de tecnologia. A Compuware, por exemplo, formatou uma solução focada nas demandas do Bug. Takahiko Yoshida, hoje vice-presidente da empresa no Brasil, recorda que naquele tempo as receitas globais batiam na casa dos US$ 2 bilhões (contra resultado aproximado US$ 1,2 bilhão em 2008). Atraídos por fartas recompensas, muitos especialistas em linguagens antigas de programação voltaram de sua aposentadoria para ajustar sistemas e aproveitar as oportunidades. Empresas pequenas foram criadas — algumas se mantêm até hoje, outras ficaram pelo caminho. Na virada do ano, não foram apenas os departamentos de tecnologia que brindaram o réveillon no escritório enquanto monitoravam os sistemas. Yoshida conta que um time de 40 pessoas da Compuware revezou-se em plantões. Nenhum incidente foi registrado na companhia e o Bug virou lenda. “Depois que se passa por um apuro acaba dando risada de toda situação”, reconhece o executivo, sem deixar de ressaltar que a preocupação com os projetos e do montante investido foram imporiwb tantes para dar conta da situação.

3 de novembro Dell inaugura fábrica de computadores em Eldorado do Sul/RS 18 de novembro Agilent Technologies, spin off da HP, realiza IPO

dezembro

12 de outubro A população global passa de 6 bilhões de pessoas

novembro

outubro

Já a taxa básica de juros, a Selic, estava em 19% ao ano. 31 de dezembro EUA assumem o controle do Canal do Panamá 31 de dezembro Boris Yeltsin deixa a presidência da Rússia. O primeiro ministro Vladmir Putin assume o posto

2000 Abril de 2009

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Especial EDIÇÃO DE 10 anos Existiam dois mundos naquela época: um real e outro virtual. O malabarismo do mercado consistia em fazer com que a nova ordem econômica trazida com o advento da internet não se contaminasse com os vícios e ranços do velho regime. Dois mil foi o ano do P2P (pier-to-pier), B2B (business-to-business), B2C (business-to-consumer), do inflar da bolha e, por fim, de cair na real. Parecia reedição moderna da corrida do ouro. Cinco anos após sua massificação, a web revolucionava a forma de fazer negócio, transformando-se em jeito fácil de ganhar dinheiro. As empresas ampliavam sua lucratividade na grandeza de 100% em trinta dias com o emergente e-business. E isso despertava a cobiça de uma legião de investidores que sequer tinha noção de como funcionava este novo mercado.

A fonte secou

2000 Fotos: divulgação

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1º DE JANEIRO Empresas sobrevivem, sem grandes problemas, ao Bug do Milênio 10 DE JANEIRO Aol anuncia acordo de fusão com Time Warner, negócio avaliado em US$ 162 bilhões

13 DE JANEIRO Steve Ballmer é nomeado presidente e CEO da Microsoft

FEVEREIRO

A MOEDA NORTE-AMERICANA FECHOU 2000 COM UM PREÇO MÉDIO DE R$ 1,83.

JANEIRO

2000

Felipe Dreher

14 DE JANEIRO Com empresas pontocom, Dow Jones atinge pico de negócios 17 DE FEVEREIRO Microsoft lança Windows 2000

18 DE JANEIRO Mais de 500 mil litros de petróleo vazam do duto da Petrobrás direto para as águas da Baía de Guanabara

InformationWeek Brasil

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mas não se sabia como conseguir receita”. Para ilustrar o caso, no primeiro trimestre de 1999, o Yahoo obteve lucro de US$ 16 milhões, mas a companhia estava avaliada em US$ 34 bilhões. Havia até uma fórmula mágica para quem queria entrar na dança. Vamos supor que um grande grupo varejista quisesse brincar nesse mundo virtual. Ele criava uma empresa pontocom paralela, captava recursos no mercado, supervalorizava a operação, abria capital, oferecia um futuro promissor aos investidores, captava mais recursos e seguia sem dar retorno monetário. Marcas eram construídas da noite para o dia. Os negócios iam bem. A consultoria Cambridge Technology Partners mensurou que as operações web no B2B, na América Latina, movimentaram US$ 76 bilhões durante o ano 2000. A cifra representou 1,2% de um total dos US$ 6,3 trilhões globais. Nas operações B2C, os latino-americanos ficaram com 1,3% do mercado total de US$ 454,4 bilhões. Só que as paredes da bolha não demoraram a demons-

MESMO NO ANO DO ESTOURO DA BOLHA, COMPANHIAS BRASILEIRAS BUSCARAM FORMA DE VENCER NO MUNDO VIRTUAL 4 DE MARÇO Sony lança Playstation 2. Dispositivo levou sete meses para cruzar (oficialmente) o Pacífico e chegar aos EUA 9 DE MARÇO Nupedia, antecessor do Wikipédia, é criado

7 DE MARÇO George W. Bush e Al Gore vencem as primárias e vão concorrer a presidência dos Estados Unidos

ABRIL

EM 29 DE DEZEMBRO, O EURO VALIA R$ 1,83. O PIB FOI DE R$ 1,17 TRILHÃO, ALTA DE 4,31% SOBRE O ANO ANTERIOR.

MARÇO

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O mundo vivia em êxtase. Falou-se que a televisão acabaria, que o rádio iria morrer, que o cinema deixaria de existir. Só que ninguém contava com o fracasso do autor Stephen King em sua tentativa de lançar um livro na web, nem com o sucesso de Harry Potter que, naquele ano, virou fenômeno literário suportado pelo papel. A nova ordem impunha paradigmas. Nesse contexto, só a justiça e a indústria fonográfica (que movimentava US$ 40 bilhões ao ano na época) não acharam a ideia de Shawn Fanning genial. O estudante norte-americano desenvolveu um programa que permitia compartilhar músicas via internet. O Napster nascera no ano anterior, mas em 2000 ganhou notoriedade colocando em xeque as convenções sobre como lidar com a posse em um mundo intangível. As pontocom se valorizavam mesmo sem ter um plano de negócios ou uma noção clara de como ganhariam dinheiro. A audiência valia mais do que qualquer ativo palpável. “Não era sustentável”, classifica Pedro Guasti, diretor-geral da e-bit, que dispara: “A despesa era clara,

3 DE ABRIL Após três anos de batalhas judiciais, Microsoft é culpada por praticas monopolistas. Empresa foi condenada a se dividir em duas (uma que produziria o Windows e outra que produziria aplicativos) durante dez anos. A medida fez a empresa se desvalorizar consideravelmente

14 DE ABRIL Ação das pontocom na Nasdaq despencam 18 DE ABRIL Às 21h40 é lançado o IT Web. A noite teve show dos Paralamas do Sucesso, num evento para 3,5 mil pessoas realizado em São Paulo

2006 Abril de 2009

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Especial Edição de 10 anos trar toda sua fragilidade. Em duas semanas promissoras, empresas pontocom viram suas ações despencarem, em um tranco de fraturar a coluna de muitos investidores. Na ocasião, os papéis do eBay perderam 64% de seu valor; os da Amazon caíram de US$ 33 bilhões para US$ 14 bilhões. A sexta-feira, 14 de abril, ficará marcada na memória de 88 milhões de norte-americanos. O povo que aplicava em média 8% da renda familiar na bolsa elevara estes aportes

Antes do tempo A internet aceitou todo tipo de negócio em 2000 e muita gente se aventurou nesta seara. No entanto, naquela época, a banda não era larga e poucos internautas sentiam-se seguros para fazer negócio na rede. Um dos projetos mais arrojados do período partiu do Grupo Pão de Açúcar ao criar o Amélia.com, portal que condensaria a essência do que mais tarde transformou-se em pãodeaçucar.com e extra.com. Focado em mulheres das classes A e B, o site oferecia serviços variados e consumiu algumas dezenas de milhões de dólares em investimentos. Mas a iniciativa veio muito antes do seu tempo e demorou para decolar. “Era um momento revolucionário no qual a TI passava a ser protagonista”, conta Luís Furtado, hoje VP de tecnologia e serviços da SulAmérica Seguros, que esteve na direção de tecnologia do projeto Amélia.com. O executivo cita que até hoje se colhem frutos daquele período, destacando a importância das soluções de alta disponibilidade e redundância adotadas e as iniciativas de software livre. A situação ensinou às empresas a conduzir melhor a TI. “Foi um momento de impulsionar a tecnologia e isto se incorporou ao dia-a-dia como um meio de viabilizar negócios.” Furtado ressalta que hoje é difícil conhecer alguma corporação que não dependa visceralmente da internet. Os projetos sólidos iniciados na época se mostraram rentáveis ao longo dos anos, o que mostra que o estouro da bolha serviu como lição e passou distante de matar indústrias com visão de longo prazo.

a 45%, tamanho o frenesi da época. O alvo dos investimentos eram companhias de tecnologia listadas na Nasdaq, que atingia índices estratosféricos. Mas, de uma hora para outra, o pregão mergulhou num abismo profundo. O ano fechou com perda acumulada de 40%. O estouro gerou desconfiança e as fontes de investimentos secaram. Com isto, operações foram descontinuadas, companhias quebraram e muita gente aprendeu à força duras lições. “Se a bolha não tivesse estourado, o mundo seria só internet, as lojas virtuais teriam mais de 50% do mercado”, diz Guasti, da e-bit. Por fim, o “e-stouro” mostrou às empresas que separar recursos reais das facilidades virtuais foi uma grande bobagem. Quem reconheceu o poder da estratégia multicanal e da complementaridade entre os mundos físico e virtual viu os negócios se equilibrarem nos anos seguintes, até atingirem a lucratividade (e darem retorno aos acionistas). E-commerce na pauta No Brasil, as empresas também conjugavam o verbo “navegar”: quinhentos anos após as naus portuguesas cruzarem o Atlântico, empresários tentavam singrar os mares da internet. Passado o Bug do Milênio, era hora de retomar os investimentos em tecnologia. A casa tinha sido arrumada, chegava a hora de evoluir. Segundo levantamento da E-Consulting e da Camara-e.net, os investimentos em TI tiveram um salto quantitativo e fecharam aquele ano na casa dos US$ 17,2 bilhões. O Ibope/NetRatings calculava 9 milhões de usuários de internet no País, dobrando a base frente a 1999.

26 de junho Cientistas fazem primeiro esboço do genoma humano

25 de julho Ícone da aviação supersônica, Concorde da Air France cai em Paris deixando 113 mortos

setembro

4 de maio Vírus ILOVEYOU assusta o mundo

5 de junho Primeiro filme feito exclusivamente para internet é lançado

julho

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a inflação medida pelo ipca ficou próxima a 6%, meta estabelecida pelo governo.

14 de setembro Lançamento do Windows ME

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Especial EDIÇÃO DE 10 anos O primeiro índice de e-commerce gerado no Brasil pela e-bit data de 2001. A consultoria aponta que naqueles 12 meses o faturamento do setor ficou em R$ 550 milhões, com crescimento entre 10% e 20% em relação a 2000. “O mercado eletrônico brasileiro movimentou algo em torno de US$ 300 milhões no ano 2000”, mensurou a PricewaterhouseCoopers, calculando que, na época, menos de 30% das empresas paulistanas possuíam algum tipo de e-business. Nas empresas, falava-se bastante sobre os primeiros projetos de mobilidade e engatinhavam iniciativas

de business intelligence. Discutiamse também os benefícios da descentralização da TI e a possibilidade de adotar ICQ como ferramenta de comunicação corporativa. Um estudo da IT Mídia conduzido junto a 135 CIOs das maiores empresas brasileiras mostrava que 51% dos entrevistados usava o Windows NT 4.0 como sistema operacional, 27% preferia o Solaris, 8% o Linux e apenas 1,5% já tinha provado o Windows 2000. O volume de tráfego começava a pesar nas redes. O terabyte dava seus últimos suspiros. A nova fronteira era o petabyte. Entre os fornecedores de software, apareciam

discursos sobre a ascensão do ASP, avô do SaaS (sigla em inglês para software como serviço). No entanto, de forma geral, o Brasil saiu-se bem no ano. Foi sólido na economia a ponto de receber elogios do Fundo Monetário Internacional (FMI). Ampliou a taxa de emprego. Manteve a inflação subjugada. Deu lições de democracia aos Estados Unidos após uma eleição (para lá de estranha) que colocou George W. Bush na presidência. Órgãos internacionais enalteceram nossas urnas eletrônicas. Ao final, crescemos cerca de 4%. O Brasil tinha tudo para IWB decolar, e 2001 seria “o ano”.

TEMPOS URGENTES Os negócios da Ikeda andavam acelerados até meados do ano 2000. Ricardo Ikeda, sócio da companhia especializada em soluções de internet calcula que tenha registrado naquele período um crescimento médio mensal entre 30% e 40%. “Passávamos noites em claro para entregar projetos. As pessoas estavam com muita urgência para colocar seus sites no ar”, recorda. A pressa fundamentava-se na crença de que aquela porta para o mundo virtual poderia se tornar um negócio grande. Ainda mais porque notícias retratavam desconhecidos que haviam criado e vendido empresas pontocom por quantias milionárias. Novas ideias surgiam diariamente. Ikeda conta que empresas brasileiras trabalhavam com expectativa de atrair fundos de investidores externos para bancarem seus projetos — o que em alguns casos realmente aconteceu. “Todo mundo trabalhava muito com dados e expectativas do mercado americano e existia a ilusão que, atraindo tráfego, se geraria

valor.” Só que, quando os investidores viram que a equação não era bem assim, frearam. Não demorou para o estouro da bolha nos Estados Unidos chegar no mercado brasileiro. O executivo estima que dois meses significou tempo suficiente para a situação mudar de forma drástica por aqui. Com os investidores receosos, os negócios praticamente desapareceram. “Os varejistas não acreditavam nos projetos de ecommerce”, diz, citando que aquele momento arranhou a credibilidade da internet. Quando sentiu o baque, a Ikeda respirou, refletiu e, só então, começou a desenhar suas alternativas. “Levamos um tempo para fazer uma análise e ver como caminhava o mercado.” A saída passou pela especialização com foco no comércio eletrônico. “Se não tivéssemos feito isso, provavelmente teríamos sucumbido”, avalia. Em 2006, a confiança na web se restabeleceu. No ano seguinte, os grandes projetos de ecommerce foram retomados e, agora, a Ikeda caminha a passos largos.

A TAXA BÁSICA DE JUROS ENCERROU 2000 A 15,75% AO ANO.

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7 DE NOVEMBRO Em pleito conturbado, George W. Bush se encaminha à presidencia dos EUA

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26 DE OUTUBRO Euro é cotado a US$ 0,82 14 DE NOVEMBRO Netscape Navigator 6.0 é lançado

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Especial EDIÇÃO DE 10 anos

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A queda

Felipe Dreher

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25 DE JANEIRO Primeiro Fórum Social Mundial, realizado em Porto Alegre/RS 11 DE JANEIRO Órgãos reguladores aprovam fusão entre AOL e Time Warner

12 DE JANEIRO Morre Bill Hewlett co-fundador da HP 15 DE JANEIRO Lançada a Wikipédia, que ganha versão em português em 11 de maio

20 DE JANEIRO George W. Bush assume a presidência dos EUA

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FEVEREIRO

O DÓLAR EXPLODIU EM 2001. A MOEDA AMERICANA FOI NEGOCIADA, EM MÉDIA, A R$ 2,35.

JANEIRO

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NO ANO DO APAGÃO ENERGÉTICO E DO ATAQUE ÀS TORRES GÊMEAS, A SEGURANÇA ENTRA NA PAUTA DAS EMPRESAS BRASILEIRAS

16 DE FEVEREIRO EUA e Inglaterra bombardeiam subúrbio de Bagdá

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11 de setembro de 2001. Em Brasília, os relógios marcavam 8h45, quando um Boeing 767 se chocou contra uma das Torres Gêmeas do World Trade Center, em Nova York (EUA). Dezoito minutos depois, a segunda torre é atingida por outra aeronave. Daquele momento em diante, o mundo nunca mais foi o mesmo.

No Brasil, o ano que iniciara com otimismo seguiu melancólico. Economicamente estável, o País estava prestes a deslanchar de uma vez por todas. Estava. Porque, daquela vez, Deus — que costuma vestir a camisa da Seleção Canarinho — mudou de lado. São Pedro fechou as torneiras expondo as feridas de uma infraestrutura energética deficiente, que não via investimentos há décadas. Uma pena capital para uma nação que conta com fartas bacias hidrográficas e tem mais de 90% de toda sua geração de eletricidade originária de hidroelétricas. Na época, os projetos de TI contemplavam, principalmente, infraestrutura da internet, migração para Windows 2000, e-commerce, Java e XML. Mas a iminência de um apagão energético colocou o avanço de várias destas iniciativas em stand by. Os CIOs precisavam reavaliar estratégias dentro de um cenário árido. Sob o risco de ficarem sem luz, empresas planejavam contingência. Os provedores de serviço de data center vislumbram horizontes de lucro com o apagão. Nas páginas da InformationWeek Brasil de 22 de agosto de 2001, um case mostrava as iniciativas da Eletropaulo para evitar o blecaute.

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16 de maio Brasil entra no maior racionamento de energia da história

junho

16 de março Fundada a Free Software Fundation Europe

17 de abril Perícia confirma violação do painel do Senado

maio

março HP cria unidade de serviços

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No dia 31 de dezembro, a cotação na compra estava em R$ 2,31. No último dia do ano, o euro poderia ser comprado por R$ 2,05.

março

19 de junho Colapso energético e crise argentina levam desvalorização de 27% do Real frente ao Dólar

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Especial EDIÇÃO DE 10 anos A concessionária inaugurou, em novembro de 99, uma central de contingência no centro da cidade de São Paulo capaz de monitorar a rede elétrica da metrópole e garantir o serviço. “Mas e se o prédio pegar fogo, e se um avião cair no local, e se...”, questionou o repórter numa epifania quase profética. “Desastres são sempre uma possibilidade”, respondeu-lhe a fonte, não sabendo que em menos de três semanas o improvável se tornaria real.

NADA SERÁ COMO ANTES As recordações de José Wellington Nogueira sobre 2001 transitam entre os desafios de integrar os sistemas de uma companhia em período crescimento, os avanços pelos quais a tecnologia passou de lá para cá e, obviamente, os planos de contingência para o caso de uma crise energética. Naquele tempo, o executivo — que hoje é sócio da consultoria Firsteam — respondia pela gerência de tecnologia da OPP Petroquímica, que, em 2002, juntou-se a outras cinco empresas para dar origem a Braskem. Sobre o apagão, Nogueira recorda das conversas que teve com geradoras de energia, principalmente na região Nordeste do Brasil. “Havia todo um modelo de contingenciamento que se buscava no caso de, eventualmente, ocorrer um apagão”, diz o ex-gerente, que lembra que um dos projetos era para de replicação de informações para garantir segurança e continuidade. Já acerca do 11 de setembro, ele conta que não houve impactos diretos. “Nenhum projeto foi descontinuado nem ganhou prioridade”, rememora. “Do ponto de tecnologia, a coisas melhoraram — e muito”, analisa o executivo, citando avanços em mobilidade, fortalecimento da internet apoiando estratégias empresariais e o advento da arquitetura orientada a serviços (SOA) que facilitou a integração de legados. “Conceitos que na época estavam começando”, aponta.

PONDERAR O IMPONDERÁVEL A segurança da informação ganhava importância com o tempo, porém, os projetos eram difíceis de ser justificados dentro de um já apertado orçamento de TI. Até 2001, as preocupações voltavam-se primordialmente para dentro das companhias, com adoção de firewalls, gateways, criptografia e antivírus. A Fundação Getúlio Vargas (FGV), na época, realizou uma pesquisa com 300 empresas brasileiras questionando suas estratégias de segurança. Do total, 63% afirmaram que o foco eram soluções de autenticação e senha; 45% optavam por firewall; 21%, criptografia; 8%, certificação e 5% tinham outras ações. As que possuíam planos de contingência consideravam problemas sensatos, como falta de energia, falta de água para resfriar os equipamentos, terremotos, enchentes, rompimento de redes de comunicação. Quando o Boeing derrubou o WTC nova-iorquino, o imponderável somouse a esta equação. Até então, ninguém imaginava que algum dia um avião poderia entrar em sua sala pela janela. Edgar D’Andrea, sócio da área de segurança e tecnologia da PricewaterhouseCoopers, lembra que até 2001 inclusive os hackers eram vistos de outra forma. “Existia a lenda do nerd que invadia micros, mas que não faria mal a ninguém”, comenta. Os desafios giravam dentro do perímetro corporativo a partir de um aparato de equipamentos. Mas o 11/09 destruiu esta tolerância, com os invasores entrando para a categoria de criminosos. “A segurança passou a ser um ponto de reflexão”, diz. Os desdobramentos no Brasil significaram uma mudança para gestão orientada a risco. Se o ataque às Torres Gêmeas teve um lado um positi-

4 DE SETEMBRO HP e Compaq concluem fusão criando empresa de US$ 87 bilhões 11 DE SETEMBRO Ataques terroristas às torres do World Trade Center, em Nova York (EUA). Milhares de pessoas morrem. A queda dos edifícios muda a maneira de as empresas pensarem a segurança e contingência

OUTUBRO

16 DE JULHO Rússia e China assinam acordo de cooperação

SETEMBRO

JULHO

COM EVOLUÇÃO DE 1,31% SOBRE O ANO ANTERIOR, O PIB BRASILEIRO FOI DE R$ 1,30 TRILHÃO. 7 DE OUTUBRO EUA invadem Afeganistão 25 DE OUTUBRO Microsoft lança Windows XP

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Energia alternativa Até 2001 inclusive os hackers eram vistos de outra forma, mas o 11/09 mudou a forma de as empresas enxergarem a segurança e a contingência vo, este foi sua capacidade de chacoalhar os empresários quanto à importância de considerar o imponderável em seus planos de contingência. “Naquela ocasião, muitas empresas conversaram pela primeira vez sobre segurança”, sinaliza Cassio Dreyfuss, vice-presidente de pesquisa do Gartner. Até então, falava-se em armazenagem segura de dados. Entretanto, morreram no ataque muitos profissionais que eram os únicos capazes de dar inteligência àquela massa de algoritmos que restaram nos backups. Em 2001, muita coisa não deu certo. A política brasileira voltou a mostrar sua face suja. Grampos, trocas de acusações, corrupção. Jader Barbalho tornou-se presidente do Senado, derrotando Antonio Carlos Magalhães. Magoado, ACM abriu o jogo e expôs muitos dos fatos podres que ocorriam em Brasília. Ministros caíram. Por sua vez, o dólar oscilou bastante. Depois de perder 40% de seu valor frente à moeda norte-americana, o real fechou o ano com desvalorização acumulada de 20%. Não foi tão ruim, pois a queda favoreceu a competitividade do Brasil no cenário global e atraiu investimentos estrangeiros. O País cresceu 2%, com taxa de juros na casa dos 19% e inflação de 7,4%. As chuvas no decorrer do ano encheram reservatórios

Por pouco que a falta de chuva não tirou mais do que alguns animais do rebanho brasileiro em 2001. A seca nos reservatórios ameaçou todo o sistema de geração de energia no País. O caso era grave e as empresas precisaram se mexer para não interromperem atividades. Planos de contingência pipocaram. Companhias compraram nobreaks movidos a gás e geradores a diesel para manter os computadores operando. Uma notícia da InformationWeek Brasil da época relatava investimentos de US$ 10 milhões feitos pela IBM em um projeto de infraestrutura de suprimento de energia elétrica em seu data center de Hortolândia, interior de São Paulo. Os equipamentos adquiridos garantiriam operação do local por 72 horas, ininterruptamente, quando o apagão chegasse. Octavius Augustus de Azevedo (Guto), atual gerente do data center da Big Blue no interior paulista, comenta que os planos de ampliar a infraestrutura energética para manter capacidade de operação em caso de um eventual blecaute datavam de 1999. “Estávamos preocupado com a continuidade de serviços”, recorda, salientando que o movimento não tinha relação tão direta aquele momento e vislumbrava expansão na prestação de serviços de outsourcing a partir do site. O projeto foi superdimensionado e conferiu tranquilidade para a empresa nos anos seguintes. De fato, o data center de Hortolândia suportou bem as evoluções da tecnologia de lá para cá. Segundo Azevedo, a infraestrutura elétrica passa por uma ampliação iniciada em 2008. O complexo reúne, atualmente, cerca de 16 mil servidores e atende 150 clientes locais e globais.

e salvaram o Brasil do apagão. A população também ajudou bastante racionando energia. Não ficamos no escuro, mas o conturbado cenário respingou no futuro a ponto de muitos especialistas afirmarem que a turbulência do período arranhou profundamente a imagem de FHC, que não conseguiu emplacar seu sucessor à presidência da reiwb pública nas eleições de 2002.

10 de novembro Após 15 anos de negociação, a China é aceita na Organização Mundial de Comércio (OMC) 13 de novembro OMC organiza rodada de Doha

22 de novembro João Paulo II envia o primeiro “e-mail papal” de um laptop em seu escritório 29 de novembro Morre o beatle George Harrison

dezembro

novembro

A inflação medida pelo índice de preços ao consumidor amplo (ipca) ficou na casa dos 7,4%.

2 de dezembro Enron entra em concordata, episódio depois se tornou a maior bancarrota da história americana desencadeando corrida à governança

2002 Abril de 2009

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Especial EDIÇÃO DE 10 anos

200 Incertezas e m Vitor Cavalcanti

NO MUNDO, DISCUSSÕES ACALORADAS SOBRE SEGURANÇA E, NO BRASIL, O INTENSO MOMENTO POLÍTICO COM A CHEGADA DA ESQUERDA AO PODER CAUSAM INSTABILIDADE

Fotos: divulgação

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JANEIRO FIFA concede direitos exclusivos ao Yahoo para criar websites oficiais dos mundiais de 2002 e 2006

23 DE FEVEREIRO Ingrid Betancourt, candidada à presidência da Colômbia, é sequestrada pela guerilha das Farc, sendo só libertada em julho de 2008 FEVEREIRO Dell inicia fabricação de notebooks no Brasil

MARÇO

22 DE JANEIRO Amazon.com anuncia primeiro lucro líquido trimestral da história, com alta de 15% nas vendas

FEVEREIRO

BRASIL ENCERRA O ANO DE 2002 COM PIB DE R$ 1,478 TRILHÃO, UM CRESCIMENTO DE 2,66% EM RELAÇÃO A 2001.

JANEIRO

2002

Um ano de transição, mudanças e surpresas: assim podese fazer um pequeno e singelo resumo de 2002. O mundo vinha observando as movimentações nos Estados Unidos ainda como reflexo dos atentados de 11 de setembro de 2001 e o Brasil vivia um clima de incertezas sem tamanho por conta da sucessão presidencial. A esquerda nunca tinha estado tão perto do poder — e, de fato, chegou com as eleições presidenciais de outubro que deram vitória a Luiz Inácio Lula da Silva.

1º DE MARÇO Intel anuncia metas agressivas para o mercado de celulares, depois de a Microsoft afirmar que produziria software para handsets

InformationWeek Brasil

4/17/09 6:25:07 PM


002 e mudanças

qual detalhou compromissos como pagamento da dívida externa, continuidade da política monetária, sinalizou (ainda que sem mostrar os meios) que haveria uma política industrial e também novo fôlego às empresas de tecnologia, que seriam beneficiadas por meio de linhas de financiamento. Até então, ressaltou Djalma Petit, diretor de mercado da Softex, não havia apoio à exportação do software made in Brazil já que a era FHC “não tinha uma política industrial”. “Dois mil e dois foi um ano de muitas incertezas. Havia a consolidação da esquerda no poder. O dólar e o risco-país altos prejudicaram os resultados. Houve fuga de capital externo pelo receio de nacionalização”, contextualiza Celina Ramalho, professora de história econômica da FGV-

30 de junho Seleção brasileira sagra-se pentacampeã mundial ao vencer a Alemanha por 2 x 0 na Copa do Mundo da Coréia e Japão

julho

12 de maio Ex-presidente dos EUA Jimmy Carter visita Fidel Castro em Cuba. Foi a primeira vez que um presidente no cargo ou fora dele a visitar a ilha desde 1959

junho

22 de abril Entra em operação o Sistema de Pagamentos Brasileiros (SPB) cuja premissa era minimizar os riscos das transações bancárias ao realizá-las somente quando houvesse saldo, tornando-as eletrônicas e dentro do conceito de tempo real

maio

A inflação (IPCA) ficou em 12,53%, superando a taxa do ano anterior.

abril

01.

O clima beirava a histeria, mas, refletem especialistas, não havia grandes motivações para isto. O País passava por um amadurecimento político, o presidente na ocasião, Fernando Henrique Cardoso, era o primeiro a assumir dois mandatos pelo voto popular. Com a União Soviética dissolvida, o viés comunista da esquerda havia se dissipado. No entanto, ainda assim, o mercado reagia com dúvida. O dólar chegou a quase R$ 4. Em outubro daquele ano, quando o Tribunal Superior Eleitoral confirmou Lula como novo presidente, a cotação da moeda norte-americana estava a R$ 3,62 e o risco-país, em 2.436 pontos. Para tentar acalmar os ânimos do mercado e também de parte da população, o então candidato elaborou um documento chamado de “Carta ao Povo Brasileiro”, no

25 de julho Escritor Paulo Coelho é eleito para ocupar a cadeira número 21 da Academia Brasileira de Letras

2002 Abril de 2009

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Especial Edição de 10 anos EAESP. Foi um ano difícil. A inclusão digital estava em alta, com projetos surgindo em todos os Estados; empresas essencialmente de web passavam por ajustes depois da quebradeira e ausência de capital; bancos corriam para se adequar ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) (leia case com Banco Bradesco ao lado); o e-procurement havia sido descoberto dois anos antes, mas se firmava na pauta dos CIOs e aumentava a preocupação com segurança da informação, como consequência aos atentados de 11 de setembro. Pesquisa da época, realizada pela IT Mídia, apon-

Aproveitando a onda O governo norte-americano tanto pressionou que grandes grupos de auditoria tiveram de vender suas divisões de consultoria. Depois de diversos escândalos corporativos, entendia-se que auditar um cliente no qual a empresa havia participado de processos por meio de sua consultoria não era uma prática honesta. Um dos casos mais emblemáticos foi a aquisição que a IBM fez, por US$ 3,5 bilhões, de parte dos serviços de consultoria da PricewaterhouseCoopers, a PwC Consulting. Era a entrada da Big Blue no setor para o fortalecimento da divisão de serviços. Ao fazer um balanço da compra, Ricardo Gomez, atual diretor de consultoria da IBM no Brasil, diz que, na ocasião, a companhia queria ampliar seu leque de serviços e oferecer uma solução mais completa. “Foi uma oportunidade interessante. O mercado questionava a independência de auditores. A PwC queria vender seu braço ou criar uma nova empresa e terminou com a oferta da IBM”, lembra. Além da adição de um serviço ao portfólio, a IBM passou a ter acesso a outras diretorias, ultrapassando o velho relacionamento com CIOs. Ao se analisar as cifras, o negócio se mostra ainda mais lucrativo: em 2002, a área de serviços representava 48,8% do faturamento total, com US$ 36,3 bilhões, sendo que, em 2008, esse porcentual estava em 57%, somando US$ 58,3 bilhões. Um grande avanço creditado por Gomez à entrada do serviço de consultoria.

tava que em 63% das companhias pesquisadas os departamentos de TI fariam mais investimentos em segurança. Informações à prova Além de todo alvoroço político, que provocou fuga de capital estrangeiro e redução de investimentos, o mundo das corporações caminhava cabisbaixo, e não eram apenas reflexos de crises financeiras dos anos anteriores. Os grandes conglomerados estavam com a autoestima arranhada por escândalos corporativos de anos recentes como os casos da norte-americana Enron, que maquiava resultados financeiros para esconder prejuízos e pediu concordata em 2001, da MCI e da italiana Parmalat. A governança corporativa estava mais forte que nunca, tudo por influência da lei Sarbanes-Oxley, promulgada pelo Congresso dos EUA em 2002 e que levava o nome dos senadores Paul Sarbanes e Michael Oxley. Na ocasião da aprovação, a legislação vigente era de 1930 e havia sido criada justamente após a crise de 1929. “A Sarbanes-Oxley veio resgatar a credibilidade e reforçar as regras de governança. Ela trouxe rigor na questão da responsabilidade corporativa, nos controles internos”, comenta Carlos Airton, diretor-presidente da Governance Solution. O texto obrigava proprietários a declararem total conhecimento do status de controle interno. Os dados precisavam ser confiáveis. Isto impactou diretamente os departamentos de TI, responsáveis pelos sistemas e também pelo controle de acessos e modificações/alterações de dados. “A governança de TI passou a ser crítica. Uma TI sem processo rígido de troca de programa ou parametrização permi-

11 de setembro O traficante Fernandinho Beira-Mar promoveu rebelião no presídio de segurança máxima Bangu I e matou quatro rivais 13 de setembro Microsoft completa 13 anos de Brasil

outubro

setembro

No último dia do ano, o dólar comercial oficial estava cotado em R$ 3,532. 10 de outubro A cotação da moeda norteamericana atingiu a marca dos R$ 4, a mais alta da história do real 22 de outubro Luiz Inácio Lula da Silva é eleito presidente do Brasil com 53 milhões de votos

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4 de outubro Petrobras estreia maior ERP da América Latina 4 de outubro IBM apresenta notebook ThinkPad T42, com leitor de impressões digitais

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InformationWeek Brasil

4/17/09 5:10:54 PM


SPB: a realidade do Bradesco Prestes a completar dez anos (em 1999, o Banco Central iniciou as discussões), o Sistema de Pagamentos Brasileiros (SPB) colocou o setor financeiro do País em evidencia. O SPB tinha como premissa minimizar os riscos das transações bancárias ao realizá-las somente quando houvesse saldo, tornando-as eletrônicas e trazendo o conceito de tempo real. Com a resolução assinada em 2001, o sistema entrou em operação em abril de 2002, provocando uma corrida dos departamentos de tecnologia. O Banco Bradesco, que hoje realiza mais de 160 milhões de transações diárias, alocou cerca de 200 pessoas dedicadas tempo integral ao projeto. “Os bancos tiveram muitas reuniões com o BC para disciplinar e ordenar o projeto, cada banco criou um comitê para lidar com o assunto. O SPB foi um passo importante para o sistema bancário”, pontua o vice-presidente-executivo de tecnologia do Bradesco, Laércio Albino Cezar. As instituições precisavam de um sistema. Inicialmente e por conta da rapidez necessária, o Bradesco contratou uma solução de mercado, que careceu de muita personalização para atender a todas as deliberações e acabou se mostrando insatisfatória. “Precisávamos de uma solução mais robusta”, lembrou o executivo. Assim, em 2003, a empresa partiu para o desenvolvimento interno de uma aplicação para estar de acordo com as determinações do BC, que congrega três grandes módulos: mensageria, criptografia e gerenciamento de filas. A equipe do VP trabalhou em plataformas alta e baixa, sendo a segunda usada para contingência. Atualmente, a capacidade do sistema é de processar 120 mil mensagens por hora e o banco processa 100 mil por dia, totalizando, em valores, R$ 9 bilhões.

tiria falha de funcionamento ou vício do programa, o que poderia impactar o resultado da empresa.” Embora houvesse um prazo para que as companhias se ajustassem ao texto da Sarbanes-Oxley, o que se viu entre 2002 e 2003 foi uma corrida por projetos de adaptação— da adoção de processos à troca do sistema de gestão. Estavam submetidas ao texto empresas norte-americanas e estrangeiras que negociavam papéis nas bolsas de Nova York. Mas, como havia crise de credibilidade, bancos dos Estados

Unidos passaram a exigir adoção de “boas práticas” para liberação de empréstimos causando um efeito cascata. “A governança veio para ficar. A legislação norte-americana foi boa para as empresas brasileiras. Elas tiveram que fazer parte do processo e a estabilidade econômica (como inflação controlada) possibilitava planejar no longo prazo”, analisou Celina, lembrando que essas movimentações impactaram mais à frente, quando o País assistiu a diversos processos de iwb IPOs na Bovespa.

26 de outubro Vivo anuncia rede 3G EV-DO em SP, Rio e Curitiba

Abril de 2009

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18 de novembro Consultoria britânica mi2g afirmou na época que o Brasil se tornava o maior exportador de criminalidade via internet, com os hackers brasileiros atingindo o topo no ranking mundial de ataques digitais

dezembro

11 de outubro DirecTV e Sky se fundem no Brasil

novembro

O euro para a compra estava valendo R$ 3,69. 14 de dezembro Lula é diplomado presidente pelo TSE 31 de dezembro Fim da era FHC, sociólogo ocupou presidência por oito anos

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Especial EDIÇÃO DE 10 anos

O ano das consolidações Depois de um ano de fortes emoções, com sucessão presidencial, quinta conquista do Brasil em Copa do Mundo, fechamento do cerco à governança corporativa e oscilações de mercado para deixarem qualquer operador de bolsa com os nervos derretidos, pode-se dizer que consolidação é uma das palavras que marcou 2003. Passado o medo da esquerda no poder, o mercado, aos poucos, voltava à normalidade, as empresas fortaleciam suas estratégias de terceirização — focando redução de custos e melhoria de processos — e o brasileiro declarava seu amor ao celular.

2003

Fotos: divulgação

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1° DE JANEIRO Luiz Inácio Lula da Silva é empossado como presidente do Brasil

30 DE JANEIRO AOL Time Warner anuncia prejuízo de US$ 100 bilhões, o maior da história corporativa dos Estados Unidos

FEVEREIRO

BRASIL ENCERRA O ANO DE 2003 COM PIB DE R$ 1,7 TRILHÃO, UM CRESCIMENTO DE 1,15% EM RELAÇÃO A 2002.

JANEIRO

2003

Vitor Cavalcanti

1º DE FEVEREIRO Sete tripulantes morrem na explosão do ônibus espacial Columbia. Acidente levantou debate sobre futuro do programa espacial norte-americano

14 DE FEVEREIRO Morre a ovelha Dolly, primeiro animal clonado do mundo

InformationWeek Brasil

4/17/09 2:28:19 PM


As operadoras de telefonia móvel assistiram naquele ano um movimento para ficar na história. O número de celulares superou a quantidade de linhas fixas. Em setembro, bem antes do fechamento do ano, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) já calculada mais de 40 milhões de celulares, número que ultrapassava em um milhão os acessos fixos. Havia diversos motivos para tal movimento. Um deles, sem dúvida, é a investida no modelo pré-pago, que encantou a população de baixa renda e passou a ser encarado como opção mais barata à telefonia tradicional, que obrigava pagamento de assinatura mensal. “Passamos a ter 45 milhões de celulares (no final do ano)”, estima Bruno Baptistão Neto, analista de pesquisa da Frost & Sullivan. Mesmo em um ambiente de redução de investimentos, já que houve grande fuga de capital em 2002 devido ao processo eleitoral, Baptistão Neto avalia que o setor de telecomunicação não sofreu impacto direto. Para ele, as empresas olhavam o Brasil como um mercado defasado, mas com potencial, o que teria motivado a continuidade das investidas. O setor vinha de uma recente abertura com as privatizações e demandava investimentos em rede e tecnologia. No mesmo ano, o Brasil assistiu à entrada de grandes players no mercado de telefonia móvel, como o surgimento da Vivo, representada pela fusão de diversas operadoras, a entrada da Claro (fruto da união de seis empresas,

entre elas a BCP) e a operação da TIM, que investiu fortemente na propaganda para atrair clientes. A briga se dava também no modelo tecnológico. A TIM apostava no GSM, a Claro vinha com o modelo misto de GSM e TDMA, enquanto a Vivo seguia irredutível com o CDMA. O SMS tornara-se popular e decretava, em definitivo, o fim do pager, devido à facilidade de envio e custo acessível. Apesar de nem todos os aparelhos possuírem naquele ano funcionalidade para enviar e receber mensagens de texto, os handsets com esta possibilidade faziam sucesso. Era uma forma a mais de rendimento para as operadoras e ainda um meio de comunicação mais econômico, que atraiu classes de rendas mais baixas e os estudantes. “O SMS era a principal novidade daquele momento. Estavam chegando os aparelhos com telas coloridas e os fabricantes começavam a prestar atenção no que o público queria”, lembra Baptistão Neto, acrescentando que os dispositivos maiores ficavam para trás, abrindo as portas para os modelos com design mais moderno. Houve ainda a popularização da internet, que, no mundo, conectava cerca de 600 milhões de pessoas. O crescimento no número de acessos contribuiu para que as empresas brasileiras de e-commerce passassem a operar com lucro líquido. O setor, em geral, vinha de momentos difíceis, ainda como reflexo da bolha de 2000, que fez secar as fontes de captação de recursos. (leia Box na pág. 54)

A INFLAÇÃO MEDIDA PELO ÍNDICE DE PREÇOS AO CONSUMIDOR AMPLO (IPCA) FICOU EM 9,30%, ABAIXO DO ÍNDICE REGISTRADO EM 2002. 19 DE MARÇO Estados Unidos iniciam guerra contra o Iraque ABRIL AMD lança o primeiro processador com tecnologia de 64 bits, o AMD Opteron para servidores e workstations 24 DE ABRIL Microsoft lança Windows Server 2003

MAIO

MARÇO Cisco compra Linksys Group por US$ 500 milhões e entra no mercado residencial

ABRIL

MARÇO

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ESQUERDA ASSUME O PODER NO BRASIL, LINHAS MÓVEIS ULTRAPASSAM AS FIXAS E AS EMPRESAS SE RENDEM À TERCEIRIZAÇÃO DE TI

25 DE MAIO Nestor Kirchner assume a presidência da Argentina, primeiro eleito após queda de De La Rúa. Político causou polêmica ao confrontar FMI

2003 Abril de 2009

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Especial EDIÇÃO DE 10 anos Se nas telecomunicações reinava a alegria e as operadoras, sobretudo as de telefonia móvel, colhiam bons resultados, os demais setores da economia pareciam mais calculistas. Mesmo depois da posse de Lula, o mercado carregava algumas dúvidas. O dólar e o risco-país foram se acomodando ao longo do ano e o time ministerial (com ajuda de um corpo técnico forte) trouxe confiança. No entanto, ainda assim, como assinalou Celina Ramalho, pro-

100% OUTSOURCING Ousadia é uma boa palavra para definir a terceirização da TI na General Motors. Parte de uma decisão global, o processo no Brasil (assim como no mundo) começou na fabricante de automóveis ainda em 1997, utilizando a EDS como fornecedor — até 1996 a EDS pertencia à GM. Porém, o número de prestadores de serviço aumentou a partir da segunda etapa, iniciada em 2003, quando HP e AT&T passaram a fazer parte do trabalho, como informou Mauro Pinto, atual CIO da GM para o Leste Europeu, mas que ocupou a mesma posição no Brasil entre 1997 e 2005. De acordo com o executivo, na época, a redução de custos representou o fator de maior peso. No entanto, ele vê uma evolução no conceito de outsourcing e diz que, hoje em dia, há uma relação de “desenvolvimento mútuo entre fornecedor e cliente”. Em 2003, a GM estava na segunda onda de terceirização. “Já dispúnhamos de parceiros reconhecidamente líderes em áreas específicas de TI e também utilizávamos processos de medição de nível de serviço.” Naquele mesmo ano, a GM estava também implantando metodologias como CMMI para gerenciamento e qualidade de projetos. “O modelo da GM sempre foi 100% outsourcing”, resume. Dificuldades? Sim, responde Pinto, assinalando as grandes mudanças e os impactos para a empresa. “Mais de 50% do tempo tem de ser dedicado a lidar com a equipeo.” Desde 2006 a empresa está no que o executivo chama de terceira onda, quando aumentou ainda mais o número de prestadores de serviço, mas com o diferencial de esquematizar uma forma para que todos trabalhassem integrados.

fessora de história econômica da EASP-FGV, o primeiro ano de Lula “foi delicado”. O resultado do PIB, que avançou 1,15% em 2003, refletia a fuga de investimentos registrada ainda em 2002. As empresas precisavam adaptar processos às boas práticas de governança corporativa (os primeiros projetos de adoção da Sarbanes-Oxley surgiam nos Estados Unidos em 2003) e, ao mesmo tempo, reduzir custos. Não é à toa que aquele ano foi considerado pela IDC como um marco da terceirização no Brasil e no mundo. Grandes projetos de outsourcing de TI se consolidaram na ocasião. (leia ao lado o case da General Motors Brasil) Naquele ano, a pesquisa Panorama de Tecnologia, realizada pela IT Mídia, confirmou as previsões da IDC. Em média, as companhias queriam terceirizar 19% de sua TI, um porcentual que, em alguns casos, poderia chegar a 25%. O estudo retratou também o clima de otimismo com os projetos de business intelligence (BI). A solução, que começava a se tornar popular no mundo corporativo, encantou a operadora GVT. “O BI nasceu e continua operando como um mapa de navegação dos executivos, promovendo a discussão a respeito dos processos de negócio e a colaboração entre diferentes departamentos”, enalteceram o vice-presidente de TI, Ruy Shiozawa, e o gerente de business intelligence, Walter Rodrigues, ambos da GVT, em reportagem de IWB daquele ano. Se as iniciativas de terceirização estavam em alta, quando o assunto se voltava para os fornecedores brasileiros, a situação não era das melhores. Como avalia Cassio Dreyfuss, vice-presidente de pesquisa do Gartner, entre

6 DE AGOSTO Câmara dos Deputados aprova Proposta de Emenda à Constituição da Reforma da Previdência. O Senado aprovaria o documento, em definitivo, em dezembro 10 DE AGOSTO Londres tem temperatura recorde de 37,9º graus. Calor na Europa provocou mortes

SETEMBRO

18 DE JULHO Congresso aprova lei 10.073 que torna obrigatório o cadastro nacional de donos de celulares pré-pago. Segurança era o principal argumento para medida

AGOSTO

20 DE JUNHO Presidente Lula faz visita a George W. Bush, na Casa Branca, nos EUA

JULHO

JUNHO

NO ÚLTIMO DIA DO ANO, O DÓLAR COMERCIAL ESTAVA COTADO EM R$ 2,888.

24 DE SETEMBRO Benedita da Silva, então ministra da Assistência e Promoção Social, viaja para um café, em Buenos Aires, com despesas pagas pela União. Ministra foi convidada a devolver o dinheiro

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InformationWeek Brasil

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Especial Edição de 10 anos 2003 e 2004, os fornecedores nacionais que tinham conseguido sucesso com outsourcing resolveram partir para internacionalização. “Mas de forma atrapalhada. Essa primeira tentativa de ir ao exterior foi frustrada, pois eles tentaram replicar o modelo indiano”, contextualizou. De acordo com Dreyfuss, o conceito de outsourcing era visto antigamente apenas como economia de custo e esta visão apenas passou a amadurecer gradativamente após o Bug do Milênio. “Mesmo assim, o que tínhamos de outsourcing no Brasil era data center, suporte ao ambiente distribuído e body shop. Esse cenário evoluiu para uma linha mais ampla

de serviço dentro de padrões internacionais com qualidade e a custos competitivos”, conclui. De volta à política de Brasília, 2003 serviu para um diálogo de classes e estabelecimento de algumas diretrizes. “No governo Lula, o software foi colocado como um dos quatro setores prioritários, o que desenhou a estrada para que empresas nacionais voltassem ao cenário internacional com força”, explicou o diretor de mercado da Softex, Djalma Petit. A Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos) ganhou força, passando a ser um Serviço Social Autônomo ligado ao Ministério do Desenvolvimento e, em 2004,

firmou o primeiro convênio com a Softex. O resultado foi um saldo de exportações, que dobrou entre 2001 e 2004, passando de US$ 120 milhões para US$ 246,698 milhões. Mas, na visão da Celina, da FGV, não é para se animar muito com o fato. A professora avalia que não houve, no início do primeiro mandato de Lula — e ainda não há —, uma política industrial bem estabelecida no País, delineando focos e objetivos. Para a especialista, redução de impostos para produção de PCs e as linhas de crédito no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para desenvolvimento tecnológico são iwb ações pontuais do governo.

Contas no azul Depois do estouro da bolha em 2000, que secou fontes de captação de recursos, as empresas de web que tinham estrutura adequada, princípios administrativos sólidos e haviam aproveitado a fartura de recursos dos anos antes da crise, chegaram a 2003 consolidando resultados e colhendo frutos como Ebtida positivo e lucro líquido. Foi o caso do Submarino — hoje parte do grupo B2W —, que, naquela época, registrou sua “virada” financeira, apresentando lucro. O consultor Flávio Jansen, hoje no conselho de administração de três empresas, entre elas a Locaweb, conhece bem o período e lembra que, depois da bolha, as empresas “tiveram de focar na rentabilidade”. Ele não acha correto afirmar que 2003 representou uma virada, já que o resultado colhido era fruto de um trabalho anterior. “A empresa em que eu estava na ocasião (o Submarino) foi concebida para ser grande, já tinha capital

disponível. Entrou em várias categorias, se preparando para o momento. Em 2002, chegou ao padrão”, relembra. O que ele quer dizer é que uma companhia não se consolida em apenas um ano, reforçando que o intenso trabalho nos primeiros anos de vida (como construção de sistemas, adequação do layout, desafios com logística, confiança junto aos fornecedores) faz toda diferença no futuro da empresa. Principalmente, quando se trata de um novo setor, como era o e-commerce em 1999. Jansen, que foi CIO e CEO do Submarino, lembra que as empresas, mesmo as bem-estruturadas, sofreram com a bolha e necessitaram de ajustes. “Precisava ter escala mínima senão não haveria lucratividade. Completamos o ajuste ao longo de 2002 e chegamos ao resultado em 2003”, comenta.

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24 de outubro Pessoas assistem, em Londres, ao último vôo do Concorde. Era o fim de uma história de três décadas para a aeronáutica

novembro Mais de 600 milhões de pessoas têm algum tipo de conexão de acesso à internet 10 de novembro Adobe anuncia compra da Yellow Dragon Software, empresa de troca de mensagens em XML

dezembro

12 de outubro Michael Schummacher é campeão da Fórmula 1 pela sexta vez e se torna recordista de títulos

novembro

outubro

o euro para a compra estava Valendo R$ 3,64.

02 de dezembro Embratel confirma compra da Vésper

2004 InformationWeek Brasil

4/15/09 9:30:56 PM


Fique tranquilo: sua política de viagens 100% sob controle

Corporações

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Especial EDIÇÃO DE 10 anos

2004 Ana Lúcia Moura Fé, especial para InformationWeek Brasil

BOM MOMENTO DO PAÍS REFLETE EM MAIOR ORÇAMENTO DE TI NAS COMPANHIAS E EXPLOSÃO NA VENDAS DE PCS E DE TELEFONES E MAIS ACESSO À INTERNET

O ÍNDICE DE PREÇOS AO CONSUMIDOR AMPLO (IPCA) FICOU EM 7,6%.

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24 DE JANEIRO O Orkut entra no ar 27 DE JANEIRO Cidade de Deus, filme brasileiro dirigido por Fernando Meirelles, é indicado no Oscar para quatro categorias: melhor diretor, melhor roteiro adaptado, melhor edição e melhor fotografia

FEVEREIRO

Fotos: divulgação

JANEIRO

2004

Os astros conspiraram a favor do Brasil em 2004. Encerradas as festas de fim de ano, o que se viu foi um desfile de indicadores positivos, recordes quebrados e alívio no sentimento de estagnação que prevaleceu nos anos anteriores. Nem mesmo mazelas históricas e renitentes, como a elevada taxa de juros básicos (o ano fechou com 17,75%), apagaram as pistas de retomada de crescimento econômico. O PIB cresceu mais de 5% — um feito inédito desde 1994, ano de estreia do Real —, o nível de desemprego encolheu ante 1,8 milhão de contratações formais. E tudo com o velho dragão da inflação devidamente neutralizado, com um índice ligeiramente acima da meta, mas dentro do tolerável.

17 DE FEVEREIRO Cingular compra AT&T Wireless por US$ 41 bilhões. Operações na AL são assumidas pela Telmex 19 DE FEVEREIRO Maracanã é o primeiro estádio do País com rede Wi-Fi

28 DE FEVEREIRO Dez anos do Plano Real: lançado em 1994, para ser implementado de forma gradativa, o programa de estabilização da economia foi desenvolvido no governo de Itamar Franco, que tinha Fernando Henrique Cardoso como ministro da Fazenda

26 DE FEVEREIRO Criadores do Google entram na lista Forbes de pessoas mais ricas do mundo

InformationWeek Brasil

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Pé no acelerador Na esteira dessa retomada, os brasileiros protagonizavam o início de um novo boom de uso de tecnologia, similar ao ocorrido com os telefones celulares, só que desta vez no mercado de PCs. Foram cerca de 4 milhões de máquinas vendidas, 32% a mais que no ano anterior e a maior alta desde 2000, segundo a IDC. O professor da FGV-EAESP Fernando Meirelles explica que, por trás deste aquecimento, havia a percepção em todas as camadas sociais de que o computador era um item indispensável. Com mais emprego e mais dinheiro no bolso, atraídos pela decantada internet, milhares de consumidores compraram seu primeiro micro. Outros milhares trocaram seus PCs antigos por máquinas mais possantes, com nível de processamento, memória para navegação e armazenamento suficientes para lhes propiciar todos os benefícios da rede mundial, seja na área de dados, imagem, som ou vídeo. A onda também impulsionou a venda de webcams e periféricos, incluindo as impressoras multifuncionais, que decretaram a morte do obsoleto fax. Na área de en-

tretenimento, a palavra “download” se popularizou como nunca e, junto com ela, dispositivos como gravadores de DVDs, iPod, MP3 e toda sorte de ferramentas para baixar música e vídeo a partir da rede. A febre do brasileiro pela internet era intensa em 2004, embora apenas 12% dos domicílios tivessem computador com acesso à rede mundial — ao todo, o País somava 22 milhões de usuários da web e ocupava o 10º lugar na lista das nações com maior população de internautas, segundo o relatório Information Economy Report, da Organização das Nações Unidas. Um dos vários indicadores que ilustram essa paixão ocorreu quando o Brasil ultrapassou os Estados Unidos em inscritos no Orkut, menos de seis meses após o site de relacionamento entrar no ar. O Orkut, aliás, foi apenas uma das várias investidas do Google em 2004, ano em que abriu o seu capital. A essa altura, pouca gente duvidava da ameaça potencial que o site de buscas representava.

11 DE MARÇO Terroristas ligados à Al-Qaeda atacam o metrô de Madri deixando 191 mortos e cerca de 2 mil feridos

07 DE ABRIL Mainframe faz 40 anos A IBM apresentou o System/360 ao mundo em 7 de abril de 1964 28 DE ABRIL Fotos de soldados americanos torturando prisioneiros iraquianos na prisão de Abu Ghraib chocam o mundo

MAIO

03 DE MARÇO Ambev e Interbrew fazem fusão e criam a maior cervejaria do mundo

ABRIL

O PAÍS ENCERRA O ANO COM PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) DE R$ 1,9 TRILHÃO, UM CRESCIMENTO DE 5,7% EM RELAÇÃO A 2003.

MARÇO

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10 DE MAIO Dia das Mães gera vendas de mais de um milhão de celulares nos dez primeiros dias do mês 18 DE MAIO IBM e Cisco anunciam jointventure para telefonia IP

18 DE MAIO Brasil Telecom compra iG por US$ 100,75 milhões 21 DE MAIO Rivais Oracle e Microsoft se unem pela primeira vez para integração de tecnologias

2004 Abril de 2009

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Especial Edição de 10 anos

O ano da virada Pergunte ao fundador e principal executivo da Positivo Informática, Hélio Rotenberg, o que houve de ruim em 2004 e ele responderá, de pronto: “Olha, não consigo lembrar de nada negativo naquele ano”. Não é falta de memória, pelo contrário. Aquele foi o primeiro ano do que o executivo considera o período áureo da fabricante brasileira de computadores. “Multiplicamos por quatro a produção, assumimos e nunca mais perdemos a liderança do mercado de PCs do Brasil, desbancando gigantes como Dell e HP e saltamos de um faturamento de R$ 118 milhões em 2003 para R$ 2,3 bilhões em 2008, quando atingimos 1,6 milhão de computadores comercializados”, resume o executivo. O mérito dessa arrancada Rotenberg atribui a uma série de fatores, como a estreia no mercado varejista, a estratégia de antecipação às necessidades específicas dos brasileiros e o cenário de retomada econômica, além da expansão da internet. “Em 2005, quando a MP do Bem reduziu o preço de equipamentos mediante isenção de PIS e COFINS, já tínhamos pronto o PC popular, diferentemente dos concorrentes”, lembra. O embalo da Positivo a partir de 2004 levou a empresa a acumular recordes de produção e a abrir o seu capital em 2006. O que faria diferente? Difícil enumerar, quando os resultados são melhores do que o esperado. Em 2009, Rotenberg, venceu o prêmio Executivo de TI do ano, da InformationWeek Brasil.

Ressurreição tecnológica No segmento corporativo, concretizaram-se projeções como a da IDC, que previu uma autêntica “ressurreição tecnológica” em 2004, com recuperação dos gastos de TI nos Estados Unidos, impulsionando o resto do mundo. De fato, diante dos sólidos sinais de retomada dos negócios, as empresas iniciaram o ano direcionando mais verbas para TI. O foco permaneceu na redução de custos operacionais, além de brechas de segurança, terceirização, privacidade e proteção de dados. Mas a abordagem mudou. “De 2001 a 2003, a senha era do more with less

(faça mais com menos)’. Em 2004, passou a ser earn as you go ”, mencionou à época Mark McDonald, vice-presidente do Gartner Executive Programs (EXP). No Brasil, os movimentos das empresas refletiram o ambiente favorável (interno e externo). Contrariando previsões, os gastos com informática não apenas aumentaram como pela primeira vez passaram de 5% do faturamento das empresas, segundo a FGV. Os orçamentos de TI das empresas ajudaram a alimentar o boom de vendas de PCs. Segundo a IDC, registrou-se em 2004 uma onda de atualização de parques de computadores obsoletos, renovados pela última vez antes do Bug do Milênio — com destaque para a arrancada das vendas para empresas de monitores LCD, com expansão acima de 160%. O ano também foi marcado pela nova onda de grandes implementações e upgrades de ERPs. “A busca agora era por mais integração e níveis elevados de funcionalidades, capazes de suportar o crescimento e modernização da companhia”, diz Meirelles, da FGV. Nas empresas de grande porte, muitos dos investimentos alocados em 2004 receberam motivação extra de fatores externos e incontroláveis, como a lei Sarbanes-Oxley, que em 2002 estabeleceu prazos rígidos de adequação a todas as companhias com ações negociadas nas bolsas americanas (prazo até 2005 para empresas americanas, e 2006 para não-americanas). Muitas viram na exigência a oportunidade não apenas de melhorar processos e incrementar a governança, como também alinhar a TI com a estratégia de negócios. No fim do ano, os brasileiros usavam 65,6 milhões te-

13 de agosto Começam os Jogos Olímpicos de Atenas 19 de agosto Google estreia na Nasdaq com alta de 18% nas ações

setembro

3 de junho Banco do Brasil recebe sinal da ICP Brasil para emitir e-CPF e e-CNPJ

16 de julho Michael Dell deixa a empresa que fundou, em maio de 1984 e que leva seu nome, mas permanece como chairman

agosto

1º de julho Mundo vê fascinado primeiras fotos de qualidade dos anéis de Saturno. Elas foram enviadas pela sonda Cassini, a 1,5 bilhão de Km da Terra

julho

junho

o dólar comercial oficial fechou o ano de 2004 cotado em R$ 2,75.

28 de setembro Silvio Genesini é nomeado presidente da Oracle do Brasil

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InformationWeek Brasil

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“A expansão realizada pela Digicomp em nosso principal Call Center, dentro das necessidades impostas pelo nosso negócio, foi fundamental para que a AeC atendesse a seus novos contratos. Hoje estamos dentre as 10 maiores empresas do setor de Contact Center do país.” Cláudio Xavier Diretor Administrativo da AeC www.aec.com.br

A ampliação no Call Center da AeC contemplou diversos serviços de engenharia, tais como a reforma e construção de salas, banheiros e área de convivência, a instalação de todos os sistemas elétricos e o cabeamento estruturado. Todas as atividades foram executadas sem nenhum transtorno às pessoas ou ao negócio da AeC e o projeto foi concluído dentro do prazo e qualidade desejados.

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Com 19 anos de experiência de mercado a Digicomp atua desde a elaboração do projeto até o gerenciamento e a execução das obras de montagem da infra-estrutura, em ambientes de Tecnologia da Informação e Telecomunicações, Data Centers e Call Centers. Saiba mais acessando nosso site: www.digicomp.com.br

Ampliação do Call Center

1.382 Posições de Atendimento

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Postos Administrativos


Especial EDIÇÃO DE 10 anos

No radar dos CIOs, MOBILIZAÇÃO GIGANTE estavam SOA, interação entre empresas, Linux, adoção de Itil, RFID, entre outros lefones móveis, contra 50 milhões de terminais fixos. O ano também assistiu à consolidação de redes sem fio no ambiente corporativo e a investimentos inovadores com a tecnologia Wi-Fi, beneficiada pela evolução do padrão, diminuição dos preços dos equipamentos e aumento da segurança. Projetos de mobilidade corporativa dos chamados early adopters começaram a se multiplicar. Um exemplo foi o consórcio Alumar, propriedade conjunta da Alcoa, Alcan, BHP Billiton e Abalco, que substituiu celulares, medidores e rádios usados em conjunto por seus operadores de chão de fábrica por um único dispositivo Wi-Fi. Com isto, conseguiu se comunicar e realizar tarefas remotas em tempo real, sem necessidade das frequentes e longas locomoções. No radar dos CIOs, entre outros temas, constava ainda a arquitetura orientada a serviços (SOA) e a interação entre empresas. Corporações brasileiras iniciaram migrações para Linux e surgiram as iniciativas locais para adoção de biblioteca de boas práticas Itil. A identificação por radiofrequência (RFID) também ocupava lugar de destaque na pauta de discussões dos CIOs, estando como uma das dez tecnologias que nortearam o cenário de TI em 2004 — pes-

O dia 4 de outubro de 2004 está gravado na memória de José Carlos da Fonseca, gerente-executivo da TIC da Petrobras. Naquela data, entrou em operação, sob sua responsabilidade, o ERP da corporação e distribuidora, investimento avaliado em US$ 240 milhões e uma das maiores implantações de SAP no mundo e a maior na América Latina idealizada ainda nos anos 1990. “Foi uma mobilização inesquecível, de Norte a Sul do País. Envolveu do presidente ao pessoal mais operacional, incluindo os milhares de usuários do sistema, 17 mil apenas da Petrobras”, relata Fonseca. Em retrospectiva, Fonseca diz que os desafios foram incontáveis, mas as lições aprendidas também. “Hoje, eu entendo que a implementação de um ERP é mais do que uma implantação de um sistema de informação. É a operacionalização dos processos da companhia por meio de uma ferramenta tecnológica”, Antes de se começar um projeto como esse, ele continua, é preciso prever as ‘amarrações’ que ele traz às operações e também as desvantagens de se ter um sistema integrado, não apenas as vantagens. O gerente ressalta que é essencial não apenas conhecer e nominar cada processo a ser implementado, como saber quem é “dono do processo” e o seu papel durante e após o projeto, de modo que se garanta o alinhamento. Os ganhos, segundo Fonseca, foram além do planejado. “Logo em seguida, a Petrobras teve que garantir e certificar suas operações de acordo com a Sarbanes-Oxley, tarefa tremendamente facilitada pelo ERP.”

quisa da Associação ECR revelou que 89% das empresas planejavam investir em RFID dentro de um ano. Ao fim de 2004, o Brasil, em geral, e a TI, em particular, tinham bons motivos para comemorar resultados e perspectivas extremamente positivas — embora turvados pelas imagens trágicas do Tsunami que matou milhares de asiáticos, em 26 de dezembro, pelo acirramento do terrorismo no mundo e pela dúvida que rondava o inconscienIWB te coletivo: “Esse crescimento veio para ficar?”.

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4 DE NOVEMBRO Brasil exporta urnas eletrônicas: MCT anuncia contrato de US$ 62,4 milhões com a República Dominicana para fornecimento de 13 mil urnas e programas de computador

8 DE DEZEMBRO Lenovo compra divisão de PCs da IBM por cerca de US$ 650 milhões, em dinheiro, e US$ 600 milhões, em ações. A Big Blue se torna a segunda maior acionista da Lenovo 13 DE DEZEMBRO Oracle compra Peoplesoft por US$ 10,3 bilhões e fica atrás apenas da SAP no ranking de fornecedores de sistemas corporativos

26 DE DEZEMBRO Tsunami atinge continente asiático e mata milhares

11 DE OUTUBRO DirecTV e Sky anunciam fusão no Brasil

11 DE NOVEMBRO Morre o líder palestino Yasser Arafat

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4 DE OUTUBRO Petrobras estreia maior ERP da América Latina

NOVEMBRO

OUTUBRO

NO ÚLTIMO DIA DO ANO, O EURO PARA A COMPRA ESTAVA VALENDO R$ 3,61.

2005 InformationWeek Brasil

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Especial EDIÇÃO DE 10 anos

Efeito contínuo Ana Lúcia Moura Fé, especial para InformationWeek Brasil

BRASIL ENCERRA O ANO DE 2005 COM PIB DE R$ 2,1 TRILHÕES, UM CRESCIMENTO DE 3,2% EM RELAÇÃO A 2004.

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11 DE JANEIRO IBM abre 500 patentes aos desenvolvedores de código aberto 19 DE JANEIRO Blackberry chega ao Brasil

9 DE FEVEREIRO Carly Fiorina deixa HP. Com a demissão, a executiva que arquitetou a fusão com a Compaq Computer embolsa pacote de benefícios de US$ 21 milhões

21 DE MARÇO Yahoo! compra a Flickr.com

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1º DE JANEIRO Prefeitos tomam posse em todo Brasil

FEVEREIRO

Fotos: divulgação

JANEIRO

2005

APESAR DOS ESCÂNDALOS POLÍTICOS, NA ECONOMIA PREDOMINA OTIMISMO E EMPRESAS RESERVAM ORÇAMENTOS “GORDOS” PARA TI

24 DE MARÇO Mobilidade no Banco do Brasil: os correntistas podem consultar saldos e extratos e fazer transferências e pagamentos diretamente do celular

InformationWeek Brasil

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A 2004.

Com a queda nos preços, os consumidores puderam adquirir tecnologia mais sofisticada, como os monitores de cristal líquido (LCDs), cujas vendas explodiram no ano. Os custos mais atraentes também provocaram um fato inédito no País: pela primeira vez, em dez anos, houve queda no mercado cinza de PCs, que passou de 74%, em 2004, para 61% em 2005. No ano em que a web comercial brasileira completava dez anos de idade, o fascínio dos brasileiros pela internet aumentou. Embora mais da metade da população ainda não tivesse computador em casa, os internautas do Brasil bateram diversos recordes de navegação e tempo de uso, à frente de países como Estados Unidos e Japão. Nesta toada, aumentou a febre por redes sociais, em especial o Orkut, dominado pelos brasileiros desde 2004. Serviços que já eram populares lá fora, como podcasting, ficaram mais conhecidos aqui, e o e-mail consolidou o seu reinado no cenário da comunicação corporativa. “Pela primeira vez, o e-mail assumiu a liderança no desktop, respondendo por 20% do uso total da estação de trabalho”, recorda Meirelles.

A INFLAÇÃO MEDIDA PELO ÍNDICE DE PREÇOS AO CONSUMIDOR AMPLO (IPCA) FICOU EM 5,69%. 12 DE ABRIL Anatel afasta Opportunity da gestão de fundos que controlam Brasil Telecom, Telemig Celular e Tele Norte Celular 19 DE ABRIL Bento XVI é eleito novo Pontífice no Vaticano

25 DE ABRIL Chegam as versões de 64 bits do Windows Server 2003 e Windows XP Professional

MAIO

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No cenário internacional, o planeta assistia ao fortalecimento da China e Índia nas áreas econômica e tecnológica — um fenômeno previsto desde 2001, quando economistas do grupo Goldman Sachs deram o alerta sobre o forte potencial que quatro países emergentes (Brasil, Rússia, China e Índia, chamados de BRIC) carregavam para mudar o equilíbrio e as regras do mundo globalizado. No Brasil, a indústria de TI assistia ao efeito dominó provocado pelo aquecimento de vendas de PCs, com reflexos em diversos segmentos, como áreas de software e hardware, de fornecedores de placas a fábricas de gabinetes e monitores. Segundo a IDC, 6,2 milhões de computadores foram vendidos naquele ano no País, 55% mais do que em 2004. O aquecimento foi turbinado por fatores como a valorização do real em relação ao dólar e iniciativas governamentais como o programa Computador Para Todos e a MP do Bem, que reduziram a carga tributária junto aos fabricantes, baratearam equipamentos e provocaram um sem número de outros efeitos, em um círculo virtuoso. “A MP do Bem impactou positivamente o comércio eletrônico no Brasil”, exemplifica Gerson Rolim, diretor da Camara-e.net.

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Se na política o ano de 2005 é lembrado pela onda de denúncias de corrupção que sacudiu o governo de Lula e que ficou conhecida como “escândalo do mensalão”, nas demais áreas o panorama foi bem positivo, na esteira da recuperação global iniciada em 2004. “O clima era de otimismo”, lembra Fernando Meirelles, professor da FGV, que no começo daquele ano pesquisou 4 mil empresas nacionais para traçar o mapa da informática no Brasil.

2 DE MAIO Lenovo, que pagou US$ 1,25 bilhão pela divisão de PCs da IBM, inicia operações no Brasil

14 DE MAIO Crise abala governo. Denúncia de corrupção citando os Correios e o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) deflagra grande crise envolvendo o governo e congressistas. Nos meses seguintes, o “mensalão” invade noticiário e gera três CPIs no Congresso

19 DE MAIO IBM, Microsoft, Intel, Cisco, CA, Macromedia, Adobe e Symantec, entre outros, passam a usar softwares SAP

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Especial EDIÇÃO DE 10 anos

O WIMAX AVANÇA Em 2005, o mercado voltou os olhos mais atentamente para o Worldwide Interoperability for Microwave Access, o WiMAX, nome comercial do padrão 802.16 de redes sem fio. Grande parte deste interesse deveu-se às movimentações da Intel, uma das maiores investidoras e incentivadoras da tecnologia. A fabricante anunciou a venda em volume do seu primeiro chip WiMAX e patrocinou projetos piloto no mundo, inclusive no Brasil. “Em 2005, intensificaram-se os testes de interoperabilidade, que culminariam com o surgimento efetivo de diversos equipamentos com o selo WiMAx Forum no ano seguinte”, diz Cássio Tietê, diretor de expansão de novos negócios da Intel. Naquele ano, a empresa de processadores trouxe ao Brasil o seu CEO mundial, Paul Otellini, para falar sobre o primeiro projeto WiMAX da fabricante no País, uma rede sem fio de longo alcance instalada na cidade de Ouro Preto (MG). Ao lembrar-se destas ações, Tietê ressalta o acerto da Intel em associar sua imagem ao WiMAX e investir pesado na tecnologia. “Está provado que o WiMAX provê banda larga real, muito superior à 3G”. Para o executivo, o padrão é o único capaz de atender à demanda exponencial por terabytes no mercado doméstico e empresarial. “Atualmente, o WiMAX já beneficia 400 milhões de pessoas no mundo, número que deve saltar para 800 milhões em 2010. No Brasil, a rede da Embratel já cobre 12 cidades.”

Junto com os PCs, cresceu também o número de provedores de Voz sobre IP (VoIP) para usuários domésticos e corporativos. A oferta desses serviços, além dos softphones gratuitos, causaram impacto nos resultados das operadoras de telefonia em 2005, forçando-as a pensar em estratégias para barrar a fuga de receitas, como investir em serviços de TI. Àquela altura já não havia como excluir a VoIP dos planos corporativos. Em novembro de 2005, somente o Skype somava 3,8 milhões de usuários no Brasil, enquanto a GVT acumulava 10 mil assinantes de VoIP residencial, segundo a Teleco.

Na área de mobilidade, soluções sem fio, como Wi-Fi e WiMAX, foram estrelas em feiras nacionais e internacionais, mas o celular ainda manteve seu posto de maior vedete, absorvendo recursos de voz e dados cada vez mais sofisticados e puxando o mercado de desenvolvimento de aplicações móveis. Em plena fase de expansão, o celular aumentou sua base em mais de 30%, enquanto a telefonia fixa mantinha-se estagnada. No fim do ano, havia 86,2 milhões telefones móveis, contra 50,5 milhões de linhas fixas. Como consequência, o País ostentava o título de maior em faturamento com transmissão de dados sem fio da América Latina. De acordo com a Pyramid Research, serviços como SMS, MMS e downloads geraram US$ 967 milhões de dólares no Brasil naquele ano. ERPS DERAM O TOM Nos departamentos de TI, os CIOs não puderam reclamar da falta de verba, com aumento da ordem de cerca de 15% nos investimentos em TI, segundo a IDC Brasil. Grande parte deste orçamento ainda se destinava aos sistemas de gestão integrada. De fato, o Panorama de TI 2005, pesquisa da IT Mídia junto a 158 empresas, constatou que os ERPs lideravam os investimentos naquele ano, tendo como pano de fundo uma disputa renhida entre os fornecedores e uma forte onda de fusões e aquisições. Um ponto alto deste movimento ocorreu no fim de 2004 e começo de 2005, com a longa e polêmica compra da Peoplesoft pela Oracle, fazendo desta a segunda maior fornecedora do segmento, atrás apenas da SAP. As ameaças do ambiente virtual também se sofistica-

15 DE JUNHO MP do Bem: isenção de PIS/ Pasep e Cofins na venda de PCs de até R$ 2,5 mil

16 DE JUNHO José Dirceu deixa a Casa Civil, acusado de envolvimento em esquema de corrupção

7 DE JULHO Serviço 3G chega ao País: Vivo anuncia serviço multimídia 3G com rede CDMA EV-DO e celular Evolution A895, capaz de reproduzir TV em tempo real e com alta qualidade

J 16 DE AGOSTO Tivit surge da fusão entre Optiglobe e Proceda

AGOSTO

JUNHO

2 DE JUNHO Sun Microsystems compra da StorageTek por US$ 4,1 bilhões

JULHO

NO ÚLTIMO DIA DO ANO, O DÓLAR COMERCIAL OFICIAL ESTAVA COTADO EM R$ 2,29.

19 DE AGOSTO IBM investe US$ 20 milhões em centro de tecnologia no Brasil. O ambiente, inaugurado com a presença do presidente Lula, tem infraestrutura capaz de gerenciar e hospedar as operações de TI de mais de cem clientes

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InformationWeek Brasil

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1 – Menassés Leon, Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos 2 – Nelson Cardoso, BR Distribuidora 3 – Washington Salles, Petrobras 4 – Alexandre Martins, Contax 5 – David Cardoso, Atento 6 – Glória Guimarães, Banco do Brasil

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ram e colocaram a segurança das redes corporativas mais uma vez no topo da lista de prioridades dos CIOs de todo o mundo, recorda o Gartner. A necessidade de maior alinhamento das políticas de segurança com as estratégias de negócio fez surgir, por essa ocasião, o chief security officer (CSO). “Esse profissional, em nível de diretoria ou gerência sênior, inclui em sua pauta temas como gestão de risco, compliance, políticas de segurança e classificação da informação, entre outros”, diz Ricardo Dastis, gerentesênior da PricewaterhouseCoopers. “Antes disso, havia o chief information security officer (CISO), profissional mais focado em temas tecnológicos de segurança.” O software livre, aponta a IDC, também constou da lista de prioridades dos CIOs brasileiros em 2005, atrás do ERP e da segurança. Sistemas de código aberto, como o Linux, vinham ampliando seu espaço no ambiente corporativo, com crescimento de um a dois pontos porcentuais por ano, segundo Meirelles, da FGV. Em 2005, o Linux detinha 14% do mercado, contra 63% do Windows. De outra parte, devido aos esforços de governança, intensificou-se em 2005 o interesse das empresas usuárias em consolidar os seus players. “A meta agora era passar mais trabalhos para menos parceiros, uma tendência que já existia, mas ficou mais forte a partir de 2005”, diz Marco Stefanini, presidente da Stefanini IT Solutions. O ano de 2005 também viu o Brasil avançar como plataforma de prestação de serviços de TI para a América Latina e para o globo. Apesar de o País ter recuado em 2005 três casas no índice global de melhores regiões para prestação de serviços, divulgado pela A.T.Kearney, per-

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O PREÇO DO PIONEIRISMO 4

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Glória Guimarães é fã de carteirinha do mobile banking do Banco do Brasil. E não apenas porque, na função de diretora de TI da instituição, esteve à frente do projeto desde o desenvolvimento e a implementação em 2005. Mas também porque se tornou usuária contumaz. Quando precisou fazer uma transferência de urgência e em trânsito para um parente em dificuldade teve a ideia exata da conveniência. Pioneiro no País, o projeto de mobilidade do BB — que soma hoje 700 mil usuários com acesso pelo celular — é um sucesso de público e já tem filhotes, como as versões para iPhone e para empresas, esta última a ser lançada brevemente. No entanto, como toda inovação, deu muita dor de cabeça para Glória e sua equipe nas fases pré-lançamento. “Os maiores desafios tinham relação com padrões e tecnologias não totalmente desenvolvidas. Foi complexo trazer as operadoras para o time e fazer o sistema funcionar em cada uma delas.” Para Glória, ultrapassar tais barreiras colocou o Banco do Brasil à frente da inovação tecnológica em mobilidade. “Não há razão para lamentar as dificuldades, porque são inerentes a qualquer projeto inovador”, diz. Mas, em pelo menos um aspecto, ela admite que poderia ter trabalhado melhor: a venda do projeto às diversas unidades de negócio do banco. “O mobile banking não era visto como prioridade naquele momento e isso dificultou a alocação de pessoal”, diz. Quanto aos demais desafios, são o preço do pioneirismo, ou seja, você erra, todos aprendem. PGs das fotos.indd 28

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maneceu entre os dez mais atrativos aos olhos do mundo. Longe de atingir estágio para disputar em igualdade de condições com a Índia, o País já se mostrava competitivo na exportação de software dentro da modalidade de offshore cativo, em que subsidiárias brasileiras atendem a demandas de filial e coirmãs no exterior. Ao longo do ano, os brasileiros fizeram transações bancárias pelo celular pela primeira vez, compraram milhares de micros e engrossaram as estatísticas da internet. Nas empresas, o ano IWB terminou com motivos de sobra para otimismo.

5 DE OUTUBRO Gradiente conclui compra da Philco por R$ 60 milhões

Abril de 2009

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11 DE NOVEMBRO Chega às lojas o PC Popular por até R$ 1,4 mil 22 DE NOVEMBRO Angela Merkel é eleita 1ª chanceler mulher da Alemanha 26 DE NOVEMBRO Cirurgiões franceses realizaram 1º transplante de rosto do mundo

DEZEMBRO

4 DE OUTUBRO Embratel incorpora Net e planeja oferecer VoIP para o segmento residencial

NOVEMBRO

OUTUBRO

JÁ O EURO PARA A COMPRA ESTAVA VALENDO R$ 2,74. 5 DE DEZEMBRO Adobe compra Macromedia por US$ 3,4 bi 16 DE DEZEMBRO UOL é o primeiro provedor brasileiro a estrear na Bovespa

28 DE DEZEMBRO Terra compra base de assinantes do AOL Brasil, que fecha as portas

26 DE DEZEMBRO T-Systems compra Gedas da Volkswagen

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2006

4/17/09 5:19:30 PM


Especial EDIÇÃO DE 10 anos

Mercado efervescente, Mercad empresa inteligent em Ana Lúcia Moura Fé, especial para InformationWeek Brasil

Fotos: divulgação

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10 DE JANEIRO Apple lança primeiros Macs com chip Intel 30 DE JANEIRO IBM anuncia versão gratuita do banco de dados DB2

27 FEVEREIRO Primeiro computador do mundo faz 60 anos: o ENIAC foi criado epelos cientistas americanos John Presper Eckert e John W. Mauchly

MARÇO

2 DE JANEIRO Terra paga de US$ 760 mil a US$ 1,9 milhão pela AOL BR

FEVEREIRO

BRASIL ENCERRA O ANO DE 2006 COM PIB DE R$ 2,3 TRILHÕES, UM CRESCIMENTO DE 4,0% EM RELAÇÃO A 2005.

JANEIRO

2006

Um ano de grandes emoções. O “quadrado mágico”, formado por Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Adriano e Ronaldo, não sobreviveu ao ataque da França e impôs ao País o vexame de ver sua seleção eliminada ainda nas quartas-de-final da Copa da Alemanha. Por outro lado, o presidente Lula não apenas sobreviveu à sucessão de escândalos que abalava o seu governo desde o ano anterior, como venceu a disputa contra o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, conquistando o seu segundo mandato, com quase 61% dos votos.

28 DE MARÇO Brasil cai seis posições no ranking de TI do Fórum Econômico Mundial,

29 MARÇO Marcos Pontes é o primeiro astronauta brasileiro no espaço

InformationWeek Brasil

4/16/09 3:46:02 PM


NA ECONOMIA DE GUIDO MANTEGA, BRASIL TENTA VENCER ÍNDIA E CHINA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE TI, PMES ACORDAM PARA TECNOLOGIA E CIOS SOFREM PRESSÃO PARA MELHORAR PROCESSOS DE NEGÓCIO

nte, ercado Mercado efervescente, efervescente, ligente empresa empresa inteligente inteligente multinacionais) passaram a disputar com unhas e dentes as companhias de menor porte, com ofertas compatíveis com orçamentos mais modestos. No radar, os atrativos da telefonia pela internet ganharam destaque. Pela primeira vez, de acordo com dados da IDC, a VoIP ocupou a terceira posição na lista de investimentos prioritários. Os gastos totais das empresas brasileiras com TI estavam em torno de 5,3% do faturamento, segundo a FGV. “A média dos investimentos aqui era bem maior que em toda a América Latina, que girava em torno de 3%”, diz Fernando Meirelles, professor da FGV. Em âmbito global, a TI sofria mudanças drásticas, captadas por pesquisa do Gartner junto a 1,4 mil executivos de tecnologia. Agora era “o mundo mudando a tecnologia da informação, depois de esta ter mudado o mundo”. A crescente pressão sobre os CIOs era para que eles entendessem bem os processos do negócio e atuassem mais

3 DE ABRIL Alcatel e Lucent anunciam fusão 12 DE ABRIL Totvs, dona da Microsiga e Logocenter, compra RM Sistemas por R$ 164 milhões

MAIO

3 DE ABRIL Receita testa NF-e em seis Estados

2 DE MAIO 62% das médias e grandes empresas usam venda eletrônica no Brasil 16 DE MAIO Infor compra SSA Global por US$ 1,36 bilhão

JUNHO

A INFLAÇÃO MEDIDA PELO ÍNDICE DE PREÇOS AO CONSUMIDOR AMPLO (IPCA) FICOU EM 3,14%.

ABRIL

5.

Na área econômica, a frase do então ministro da Fazenda, Antonio Palocci, à época suspeito de envolvimento em negócios escusos, traduziu o clima dos primeiros meses do ano. “Não é possível um País ter uma economia num céu de brigadeiro e o ministro da Fazenda estar no inferno”. Não foi possível mesmo. Palocci caiu, Guido Mantega ocupou sua vaga, e a economia seguiu sem fortes abalos, comemorando o avanço da 15ª para a 11ª posição no ranking das maiores economias do mundo graças ao PIB de R$ 1,9 trilhão do ano anterior. Assim, diante das expectativas otimistas, as empresas brasileiras iniciaram o ano dispostas a investir mais em tecnologia, priorizando, segundo a IDC, outra vez ERPs e segurança. Desta vez, os investimentos em sistemas de gestão provinham também das pequenas e médias empresas (PMEs). Diante do iminente saturamento do mercado de grandes corporações, os fornecedores (nacionais e

1º DE JUNHO Copa do Mundo da Alemanha: gol de Thierry Henry, da França, manda os brasileiros de volta para casa 15 DE JUNHO Bill Gates anuncia que vai sair gradativamente da Microsof

19 DE JUNHO Nokia e Siemens anunciam fusão 30 DE JUNHO Vivo se rende ao GSM 29 DE JUNHO Brasil escolhe padrão japonês de TV digital

2006 Abril de 2009

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Especial EDIÇÃO DE 10 anos como gestores. O papel-chave estava na aproximação da empresa com os seus públicos, no aumento da competitividade e no crescimento — e não somente um profissional dedicado meramente às questões técnicas. Não por acaso, as maiores prioridades dos CIOs ao redor do globo eram a melhoria dos processos combinada com a inteligência do negócio. O BI estava novamente na primeira página das agendas, agora amadurecido e ao lado de outras ferramentas analíticas como business process management (BPM). Mais do que eficientes, as empresas estavam empenhadas em ser inteligentes. De outra parte, em 2006 o código aberto continuou o

BOM E DESAFIANTE É assim que Luiz Hirayama, VP de business development da T-Systems, recorda de como foi o ano de 2006 para a empresa de terceirização de TI pertencente à alemã Deutsche Telekom. Desafiante, porque a operação brasileira teve de conciliar o esforço de absorver a recém-adquirida Gedas, braço de TI da Volkswagen, com a decisão estratégica de apostar na exportação de software. E bom, porque as iniciativas aumentaram em 7% a base de clientes e em 15% o faturamento — a filial se incluiu no mapa global de offshoring. “Unificamos as duas empresas sem perder o bonde do mercado.” Favorecida à época pela diferença cambial, a T-Systems inaugurou sua primeira fábrica de software em alemão fora da Alemanha na cidade de Blumenau (SC), que concentra grande contingente de pessoas que falam fluentemente o idioma. Quando lembra aquela época, o VP só se arrepende de uma coisa: ter protelado a decisão de investir em infraestrutura de processadores para diversificar o seu portfólio com oferta de serviços sob demanda, que a empresa fez posteriormente. “Não há arrependimentos pelo que realizamos, e sim pelo que deixamos de realizar. O cenário era ideal”, diz.

seu avanço no ambiente corporativo. No ano em que empresas e fabricantes de computadores conheceram antecipadamente o propagado Windows Vista, o domínio da Microsoft nos servidores do País se mantinha incólume, com 64% do mercado. Mas o Linux, em bom ritmo de crescimento, já estava presente em 16% das máquinas. Exemplo disto, a IBM investiu US$ 2,2 milhões na expansão do centro de tecnologia Linux no Brasil. Diante do mundo globalizado, o Brasil se tornou mais visível na prestação de serviços de TI. O País já vinha sendo utilizado como centro de offshoring por players como IBM, HP e Accenture, além de multinacionais que atendiam, a partir daqui, as demandas por desenvolvimento da matriz. Entretanto, em termos gerais, o atrativo do Brasil na globalização de serviços ainda era pequeno frente à Índia e à China, embora contasse com mercado interno de TI grande e sofisticado, leis de incentivo e ambiente social e político mais estável. De acordo com Djalma Petit, diretor de mercado da Softex, entre os pontos fracos do Brasil estavam (e ainda estão) as questões fiscal e tributária e os recursos humanos, vistos como menos capacitados em comparação com os da Índia e outros países. Em residências e escritórios, o brasileiro seguia batendo recordes na compra de computadores e no uso da internet. O programa de inclusão digital que previa condições facilitadas de financiamento para micros de até R$ 1,4 mil fechou 2006 com cerca de um milhão de unidades vendidas. E o IBGE apontou que cerca de 17% dos domicílios brasileiros tinham computador com acesso à internet. Neste contexto, novas tendências viravam vedetes na rede

24 DE JULHO AMD leva ATI por US$ 5,4 bilhões

3 DE AGOSTO Emilio Umeoka deixa presidência da Microsoft Brasil 8 DE AGOSTO Guilherme Ribenboim é o novo presidente da Yahoo! no Brasil 23 DE AGOSTO IBM compra ISS por US$ 1,3 bilhão

SETEMBRO

30 DE JUNHO EMC compra RSA Security por US$ 2,1 bilhões

AGOSTO

JULHO

NO ÚLTIMO DIA DO ANO, O DÓLAR COMERCIAL OFICIAL ESTAVA COTADO EM R$ 2,13 E O EURO ESTAVA EM R$ 2,81. 11 DE SETEMBRO Orlando Barbieri deixa diretoria geral da Symantec no Brasil

19 DE SETEMBRO Motorola compra Symbol por US$ 3,9 bilhões

12 DE SETEMBRO Escândalo afasta Patricia Dunn, CEO e presidente da HP

26 DE SETEMBRO Lula assina decreto que regulamenta Lei de Informática

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Especial EDIÇÃO DE 10 anos

O DESAFIO DA INTEGRAÇÃO Imagine implementar de uma vez 12 módulos de nova versão de ERP e mais oito sistemas complementares críticos, integrando os mesmos inclusive com operações internacionais e colocando tudo no ar em um único dia para cerca de 800 usuários. Rosane Rodrigues, da Cummins do Brasil, não recomenda este método. Ela sabe do que está falando. Fez isto entre 2006 e 2007 na multinacional fornecedora de motores, componentes e geradores da qual é gerente de TI. Ela lembra que tudo correu bem à época, dentro do planejado, mas admite: “Implementar simultaneamente vários projetos grandes e complexos pode não ser a solução ideal, e esta é uma lição que aprendemos e trouxemos para

mundial, como o mundo virtual do Second Life, que registrou expansão demográfica explosiva em 2006, passando de 170 mil cadastrados nos primeiros meses do ano para cerca de 2 milhões de inscritos em dezembro. Outras “revoluções silenciosas” ocorriam no cenário da rede mundial, como a explosão dos blogs — 100 mil novos blogs por dia, somando 57 milhões em setembro daquele ano, segundo o Technorati — e a Web 2.0, que constava da lista do Gartner das dez tecnologias que iriam fazer a diferença nos anos seguintes. Ao fim de 2006, havia um celular para cada dois brasileiros, e já se podia utilizar o aparelho até para fazer pagamentos. Vários projetos com a

outros investimentos”, diz a executiva. A empreitada a que Rosane se refere consistiu de mudança de versão do ERP Oracle e integração do mesmo com diversos sistemas, entre os quais o Ariba, de compras indiretas, que já era usado pela corporação fora do país. “Foi um projeto de integração de grande abrangência, que envolveu globalmente a parte financeira do negócio. Quebramos a cabeça, mas conseguimos muita bagagem e aperfeiçoamos procedimentos a partir dali”, diz a executiva. Iniciativas deste porte, que cobre várias unidades da empresa, exige disponibilidade de recursos adequados. “Se o projeto fosse hoje, eu cuidaria de ter mais recursos humanos com poder de decisão.”

tecnologia sem fio WiMAX tornavam um pouco menos distante o cenário de um mundo inteiramente conectado. A popularidade do YouTube crescia de tal forma na web que multiplicou o valor do site, sendo vendido para o Google por US$ 1,65 bilhão. Nas telecomunicações, milhares de consumidores puderam se beneficiar finalmente da concorrência na telefonia fixa, com a chegada da VoIP pelo cabo da TV, oferecida pela Net em parceria com a Embratel. Mas o ano também assistiu ao crescimento do “lado negro da tecnologia”. Cerca de 95% dos e-mails que trafegavam na rede mundial eram spam, mensagens de erro ou vírus, segundo a empresa de moni-

toramento Return Path. O número de páginas de phishing cresceu 15 vezes em relação a 2005 (dados da Netcraft), e a pedofilia na web atingiu níveis recordes, de acordo com a Internet Watch Foundation. Mesmo com toda a inclusão digital promovida pelo governo e auxiliada pelo cenário econômico, o Brasil ainda era o 71º colocado no ranking do índice de oportunidade digital da ONU, que avaliou o nível de acesso à tecnologia dos cidadãos de 180 países. Dados do Comitê Gestor da Internet no Brasil davam conta que mais de 50% dos brasileiros (67%) nunca havia acessado a internet, e 54,4% da população jamais havia IWB utilizado um computador.

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16 DE OUTUBRO Carlos Ribeiro deixa o comando da HP Brasil 29 DE OUTUBRO Lula é reeleito para o seu segundo mandato

21 DE NOVEMBRO Multidão engrossa filas nos EUA à espera do Wii, da Nintendo 30 DE NOVEMBRO A AMD mostra o primeiro processador em escala industrial quad-core x86 nativo para servidores

DEZEMBRO

09 DE OUTUBRO Google compra YouTube por US$ 1,6 bilhão

NOVEMBRO

OUTUBRO

A TAXA BÁSICA DE JUROS ENCERROU 2006 EM 13,25% AO ANO. 11 DE DEZEMBRO Positivo capta R$ 567,4 milhões em estreia na Bovespa

20 DE DEZEMBRO Sandisk apresenta pen drive com biometria

20 DE DEZEMBRO Ericsson compra Redback Networks por US$ 2,1 bilhões

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Especial EDIÇÃO DE 10 anos

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Fotos: divulgação

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4 DE JANEIRO Liminar da Justiça exige que YouTube saia do ar no Brasil por veicular vídeos da modelo Daniela Cicarelli 10 DE JANEIRO Presidente venezuelano, Hugo Chávez, toma posse de seu terceiro mandato

30 DE JANEIRO Microsoft lança o novo sistema operacional, Windows Vista 8 DE JANEIRO Lançamento o iPhone. Dispositivo da Apple combina celular e iPod e entra no mercado de telecomunicação. O produto só estaria à venda meses mais tarde

FEVEREIRO

NO DIA 28 DE DEZEMBRO DE 2007, A COTAÇÃO DA MOEDA NORTE-AMERICANA PARA COMPRA ESTAVA EM R$ 1,77.

JANEIRO

2007

Gilberto Pavoni Junior, especial para InformationWeek Brasil

GRANDES ASTROS E UM SUCESSO DO CINEMA NACIONAL MOSTRAM COMO A INTERNET PODE AMPLIAR UMA IDEIA E OFUSCAR O ESTRELATO. FOI O ANO QUE O AQUECIMENTO GLOBAL GANHOU DESTAQUE E O MERCADO DE TI ESTEVE QUENTE COMO NUNCA

1º DE FEVEREIRO Desempenho fraco faz o fundador Michael Dell voltar à presidência da empresa no lugar de Kevin Rollins

InformationWeek Brasil

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A Microsoft experimentou o mesmo efeito disseminador ao lançar o Windows Vista, em janeiro daquele ano. Imediatamente, milhares de mensagens prós e contras circularam pelo mundo. O último lançamento de sistema operacional da empresa tinha sido debatido somente em encontros fechados de imprensa e em conversas de especialistas. Com o Vista, o público estava lá, virtualmente, mas estava — e ávido por matraquear. Quem pegou carona muito bem nisso e mostrou o que é o marketing boca-a-boca foi o filme brasileiro Tropa de Elite, um sucesso nos downloads e camelôs antes mesmo de entrar em cartaz. Outro que se aproveitou do burburinho foi o iPhone, da Apple, um objeto de desejo declarado

em milhares de mensagens às vésperas do lançamento. E quem estava online, em redes sociais, soube antes do acidente com um Airbus A320 da TAM em São Paulo, o voo 3054. Nada de muito novo para quem viu a última capa da revista Time de 2006 que dizia: “Yes, you control the information age” (Sim, você controla a era da informação). Enquanto o mundo vivia seu noivado com a internet, no universo das empresas tradicionais de tecnologia, os ânimos estavam abalados. A fabricante de chips AMD encarava resultados muito ruins, o que levou seu CEO, Hector Ruiz, a declarar: “estragamos tudo”. Ninguém deu muita atenção para isto e mesmo o primeiro soluço da Bolsa de Valores de Xangai não foi levado a sério.

1º de março Oracle compra Hyperion Solutions por Us$ 3,3 bilhões e inicia uma forte consolidação no mercado de BI

4 de abril IBM faz 90 anos de Brasil e comemora a data com show de luzes em São Paulo.

maio

Naquele dia, o Euro poderia ser comprado por R$ 2,60.

abril

77.

Quem foi sucesso em 2007 passou pela rede mundial de computadores. O ano começou dando indícios de que o maior amplificador de informações do mundo estava consolidado e operando — e o conceito Web 2.0 começa a ganhar cada vez mais força. Em janeiro, Brasil Telecom e Telefônica bloquearam o acesso ao site de vídeos YouTube devido a um processo de uso de imagem ilegal que se arrastava desde 2006 e envolvia a modelo Daniela Cicarelli, flagrada em situações tórridas com seu namorado na praia. O caso, que já era comentado online, ganhou ainda mais destaque causando confusão de informações sobre o que estava (e poderia ser) restrito. Seria o site inteiro, o vídeo ou o acesso?

março

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Burburinho online

16 de maio Nicolas Sarkozy toma posse como novo presidente da França 18 de maio Microsoft compra a agência de marketing digital aQuantive por cerca de US$ 6 bilhões

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Especial Edição de 10 anos Por outro lado, a indústria compreendeu bem a discussão sobre o clima. Há anos, as empresas planejavam e tomavam medidas para economizar energia, principalmente em data centers. Por isto, quando o ex-candidato e vice-presidente americano Al Gore ganhou o Nobel da Paz com o documentário Uma Verdade Inconveniente, a tecnologia mostrou-se presente. Os fornecedores tiraram proveito da situação, oferecendo soluções “verdes”. Na indústria de tecnologia, o destaque do ano ficou por conta da consolidação do mercado de aplicativos

A classe C chega ao paraíso Foi em 2007 que os brasileiros com renda média de R$ 1.062 começaram a esquentar a economia. Dessa época até o fim de 2008, cerca de 20 milhões de pessoas com estas características impulsionaram setores como o de cartões de crédito, varejo, eletrônicos e construção civil. Os dados fazem parte de uma série de estudos que começaram a pipocar em 2007 e chegaram ao final de 2008 apontando que o Brasil estava se tornando um País de classe média (com 15% da população nas classes A e B, 46% na C e 39% na D e E), geralmente a que mais mantém a economia estável. O setor automotivo e de autopeças viu o primeiro semestre de 2007 entrar para a história como o melhor da indústria. Com isso, os departamentos de TI começaram a correr contra o tempo para atender às demandas das áreas de negócio. A Ford, por exemplo, desenvolveu um novo aplicativo web para gerenciar o estoque de peças e modernizou os sistemas de importação e exportação. A Volkswagen trocou a rede de comunicação e preparou a emissão de nota fiscal eletrônica para todo o sistema on-line. Planos de novas soluções para áreas de desenvolvimento de produtos e manufaturas foram apressados. O mesmo aconteceu com a integração com a cadeia produtiva e os projetos de CRM.

empresariais. A Oracle comprou a Hyperion por US$ 3,3 bilhões; a SAP levou a Business Objects por US$ 6,8 bilhões e a IBM pagou US$ 5 bilhões pela Cognos. Um sinal claro de que, se há um afunilamento do mercado e poucas empresas devem sobrar, estas três estarão entre elas. O fenômeno atingiu outros setores. Flextronics e Solectron, duas das maiores fabricantes terceirizadas de computadores do mundo, se uniram em um negócio de US$ 3,5 bilhões em junho. E, em agosto, foi a vez da Acer comprar a Gateway por US$ 710 milhões. Todos os índices de acesso à internet no Brasil cresceram em 2007. O que mais chamou a atenção foi o aumento de usuários de banda larga, impulsionado por uma briga de preços entre Speedy e Net. A baixa do dólar fez explodir o mercado de venda de computadores, criando um fenômeno de inclusão digital não oficial. Seja em casa, na LAN house, no telecentro ou no trabalho, o brasileiro começava a virar um dos povos mais conectados do mundo. Com tantos meios e preços convidativos, as classes C, D e E terminaram 2007 como personagens principais da economia. Os emergentes do mercado de consumo impulsionaram o comércio, os cartões de crédito, a construção civil, as vendas de produtos eletrônicos, acesso à internet, a indústria alimentícia, de cosméticos etc. A definição das regras da terceira geração (3G) de celulares ocorreu no fim do ano, com o leilão da Anatel arrecadando R$ 5,3 bilhões. Seria a semente da próxima revolução, o fenômeno visto nos cabos caminhava para as redes sem fios. Foi também o ano de lançamento da TV Digital brasileira, uma promessa do ministro das Te-

29 de junho A chilena Sonda adquire a brasileira Procwork por US$ 118 milhões para reforçar a presença no continente

30 de junho Avanço da classe C: famílias com renda entre quatro e dez salários mínimos lideraram o crescimento da economia nos cinco primeiros meses do ano

13 de julho Começam os Jogos Pan-Americanos no Brasil. O País tem seu melhor desempenho na história

agosto

4 de junho Flextronics e Solectron se fundem em um negócio de US$ 3,5 bilhões

julho

junho

O PIB brasileiro no ano foi de R$ 2,59 trilhões, evolução de 5,67% sobre 2006. 3 de agosto Telemig e Amazônia Celular são arrematadas pela Vivo 13 de agosto IPO da VMware obtém a maior valorização diária na Nasdaq desde que o Google lançou papéis

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Consolidação é a regra Especialistas sabem que quando o mercado fica consolidado só os gigantes sobrevivem. Mesmo empresas que oferecem um diferencial ou atuam em nichos rentáveis tem poucas chances de sobreviver independentemente. É a força do capital. Para se ter uma ideia sob um ponto de vista histórico, basta lembrar as montadoras de veículos. A GM, fundada em 1908 já por uma fusão de três empresas, agregou outras companhias nos anos seguintes. Hoje, tem uma lista imensa de marcas sob sua responsabilidade. No mercado de TI, o ano de 2007 foi marcante. Oracle, SAP e IBM abriram a carteira e saíram à caça de oportunidades e se consolidaram como as principais forças do mercado. De 1994 a 2008, o setor só perdeu para o de Alimentos (450 contra 547 aquisições). Para o especialista em fusões Ruy Moura, diretor da Acquisitions, o mercado se agitou pelo excesso de liquidez e pelo crescimento da economia mundial e brasileira. Essa tendência deve continuar após a crise amansar. “O mercado ficou menor para a mesma quantidade de players e as operações de fusão e aquisição serão influenciadas fortemente pelo viés da sobrevivência”, diz

lecomunicações, Helio Costa, desde 2005, quando disse que os brasileiros iriam assistir a Copa de 2006 em alta definição. A primeira transmissão oficial ocorreu em 2 de dezembro, em São Paulo. Porém, sem interatividade ou multiprogramação, a novidade não teve aprovação do consumidor. Não foram só as consolidações que impulsionaram a tecnologia em 2007. Em comparação ao ano anterior, os orçamentos de TI cresceram entre 8% e 10%. A SOX, que já havia promovido alguns projetos de governança e segurança continuou firme, assim como a adoção de VoIP e outsourcing. Foi um ano marcado pela aproximação da TI com as áreas

de negócio — a tecnologia impulsionando ideias e processos. Um exemplo claro da mudança foi a transferência do CIO da Odebrecht para um projeto de investimento em infraestrutura em fevereiro daquele ano. O hype foi o mundo virtual Second Life. Empresas como Cisco, Dell, Datasul, TAM e Bradesco tentaram fazer da plataforma um novo e-commerce e CRM — mas a euforia pela “segunda vida” não durou muito. Em 14 julho, uma reportagem do Los Angeles Times alertou para a fuga de empresas desapontadas com a falta de público no Second Life. E, no fim do ano, muitas delas abandonaram a novidade iwb por falta de público.

12 de novembro IBM compra a Cognos por US$ 5 bilhões, mais um marco da consolidação do mercado de BI

dezembro

16 de outubro Operação Persona prende executivos da Cisco e sua distribuidora Mude, suspeitos de fraudes na importação de produtos

novembro

outubro

A inflação ficou na casa dos 4,4%. 2 de dezembro Lula inaugura as transmissões da televisão digital 13 de dezembro Senado derruba prorrogação da CPMF

20 de dezembro 3G chega oficialmente ao Brasil com o leilão arrecadando R$ 5,3 bilhões

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22 DE JANEIRO Ator Heath Ledger é encontrado morto em Nova York (EUA)

11 DE FEVEREIRO O evento Campus Party reúne cerca de 3 mil aficionados por tecnologia de várias tribos, de programadores a blogueiros, em São Paulo 19 DE FEVEREIRO Fidel Castro renuncia à presidência de Cuba. O líder cubano sai da presidência após 49 anos no poder. Assume o irmão dele, Raúl Castro

MARÇO

15 DE JANEIRO Guga anuncia aposentadoria das quadras

FEVEREIRO

NO DIA 31 DE DEZEMBRO DE 2008, A COTAÇÃO DO DÓLAR PARA COMPRA ESTAVA EM R$ 2,33.

JANEIRO

2008

Em 2008, o principal lançamento tecnológico era quase invisível. Duas partículas subatômicas foram disparadas, em setembro, num acelerador gigantesco chamado LHC (Grande Colisor de Hádrons), construído na fronteira da França com a Suíça. Durante todo o ano, seus críticos disseram que ele iria criar um buraco negro e sugar o planeta. O equipamento falhou e o mundo não acabou. Ainda em setembro, o quarto maior banco dos Estados Unidos, o Lehman Brothers, decretou falência — o pontapé inicial para uma crise que vinha crescendo há mais de um ano. A lembrança da crise de 1929 foi imediata, muitos decretaram o fim do mundo capitalista.

12 DE MARÇO Prostituta brasileira envolve-se em escândalo sexual que derrubou o governador de Nova York, Eliot Spitzer

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O tombo da economia foi grande, empresas tradicionais como Citigroup, GM, Chrysler bateram na porta do governo pedindo dinheiro. No mundo, gigantes de tecnologia como NEC, AMD, Nokia, Nortel, HP e Microsoft anunciaram fechamento de fábricas, cortes de pessoal ou de salários. Mas não foi desta vez que o mundo acabou, muito embora os orçamentos, principalmente os de TI, tenham quase virado pó.

O O CAOS

ECLODE A CRISE ECONÔMICA, EXECUTIVOS-CHEFES DEIXAM SUAS COMPANHIAS, LANÇAMENTOS DISRUPTIVOS PROMETEM FIM DE UMA ERA. O ANO ABALOU O MERCADO

Gilberto Pavoni Junior, especial para InformationWeek Brasil

23 DE JUNHO Após 30 anos a frente da Microsoft, Bill Gates se aposenta, deixando Steve Ballmer como CEO 9 DE JUNHO Apple lança o iPhone 3G, uma nova coqueluche de consumo, agora com banda larga e loja virtual de aplicativos

JUNHO

13 DE MAIO A HP anuncia oficialmente a compra da EDS por US$ 13,9 bilhões e mostra que quer desafiar IBM em serviços

JUNHO

1º DE ABRIL Cubanos passam a poder comprar eletrodomésticos

MAIO

ABRIL

NAQUELE DIA, O EURO PODERIA SER COMPRADO POR R$ 3,23. A INFLAÇÃO FICOU NA CASA DOS 5,9%. 2 DE JULHO Após seis anos, Ingrid Betancourt é resgatada. Ela estava refém das Farc 2 DE JULHO Uma pane no sistema de transmissão de dados da Telefônica deixa milhões de usuários sem internet, inclusive serviços públicos, em grande parte de São Paulo

2008 Abril de 2009

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Especial Edição de 10 anos

Companhias de tecnologia anunciaram fechamento de fábricas e cortes; orçamentos, principalmente os de TI, quase viraram pó O desafio do gigante Itaú A união do Itaú com o Unibanco foi um dos movimentos de mercado mais marcantes de 2008. Feita em meio da crise mundial, na qual o setor financeiro é o mais afetado, ela também tem se mostrado um desafio monumental para a área de tecnologia da informação. Fusões entre empresas concorrentes costumam criar operações e cargos redundantes e a gestão destas duplicações é algo que exige grandes esforços. Na época da união, os presidentes dos bancos afirmaram que o crescimento da empresa sustentaria uma realocação de cargos, evitando demissões. Mas, para a TI, nas mãos do diretor-executivo, Alexandre de Barros, a questão é mais complicada. O Itaú tem algumas das tecnologias bancárias de maior reconhecimento do mercado. O presidente do banco, Olavo Setúbal, chegou a afirmar, na época, que esperava que elas fossem um dos produtos de maior destaque numa possível expansão internacional. Há também um trabalho de distribuir a todos os funcionários as melhores práticas e aplicativos utilizados em cada um dos bancos. Tudo isso interfere no negócio como um todo, inclusive na política de tarifas. Um desafio e tanto, que deve ser feito em plena crise mundial.

No Brasil, a liberdade irrestrita na internet sofreu golpes durante 2008. O ano começou com a proibição dos jogos CounterStrike e Everquest pela Justiça. A alegação era que eles incentivavam a violência. Em meio a este clima de vigilância, o maior encontro de fãs de novas tecnologias e internet ocorria em São Paulo. Com 3 mil inscritos, a Campus Party entrava para o calendário de eventos da cidade. O controle oficial ficou evidente naquele período, com a chamada Lei Azeredo (na verdade são dois textos, o Substitutivo ao Projeto de Lei da Câmara 89/2003 e Projetos de Lei do Senado 137/2000, e 76/2000), sobre crimes cibernéticos, do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), sendo discutido e gerando protestos online de internautas, juristas e acadêmicos. Páginas da rede social Orkut tiveram o sigilo quebrado e os executivos do Google no Brasil foram depor várias vezes no Congresso. A web se tornou o alvo principal também na lei que aumenta a punição e abrangência de crimes relacionados à pedofilia na internet, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em novembro. Para fazer cumprir estas regras, os provedores de acesso serão obrigados a guardar e ceder os dados de internautas à Justiça. No mercado, alguns dos principais executivos deixaram consumidores e investidores com a pulga atrás da orelha. Bill Gates se aposentou, no meio de 2008, bem no auge da maior briga da Microsoft com os novos paradigmas da internet. Jerry Yang, fundador do Yahoo, teve de deixar a empresa após evitar tentativas de compra de rivais. Na Apple, Steve Jobs aparecia mais magro a cada palestra. Na Macworld, em dezembro, seu sumiço fez as ações da empresa despencarem 5,5%. Mas o mundo dos Windows

O PIB brasileiro durante o ano foi de R$ 2,88 trilhões, evolução de 5,08% sobre os doze meses anteriores.

30 de julho O ministro da Cultura, Gilberto Gil, formaliza pedido de demissão

8 de agosto Cerimônia de Abertura da Olimpíada de Pequim com muita tecnologia, luzes e a força de 14 mil artistas 12 de agosto Anatel homologa o iPhone 3G

10 de setembro Em operação o Grande Colisor de Hádrons

setembro

24 de julho Rumores sobre a saúde do CEO da Apple, Steve Jobs, ficam fortes.

agosto

julho

22 de julho Totvs compra a Datasul por R$ 700 milhões

15 de setembro Lehman Brothers declara concordata e inicia uma crise na economia mundial 23 de setembro Google entra no mercado de celular com o G1, no mês, lança o Chrome

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Especial Edição de 10 anos

Rapidez para sobreviver às mudanças Em 2008, a terceira geração de telefonia celular foi uma das coqueluches do mercado. As operadoras lançaram várias promoções e soltaram as verbas de propaganda para angariar consumidores dessa nova facilidade. A Vivo é a operadora que conseguiu maior cobertura em número de municípios (379), embora perca para a Claro em usuários. A modernização da Vivo em 2008 foi recorde. Ela já oferecia a tecnologia HSDPA/HSUPA. Mas, em setembro, evoluiu a rede para o padrão WCDMA/HSPA e abriu canais para a oferta de banda larga móvel com elevadas taxas de transmissão. A substituição ocorreu em três meses. Aproveitando a tendência dos netbooks, a telco fechou acordos com

e macmaníacos também não acabou. No Brasil, a Totvs comprou a Datasul, consolidando o mercado e a fusão dos bancos Itaú e Unibanco criou o maior banco privado do País — pelo menos por enquanto. No entanto, o fim do mundo chegou sim, por três dias, aos usuários da rede da Telefônica. Uma pane, em julho, deixou milhões de pessoas sem acesso à internet no Estado de São Paulo. O caos foi consertado, mas aprendemos que tudo é complicado demais sem conexão. Em termos de lançamento, houve muito barulho em 2008 e muitas mortes decretadas. A coqueluche do ano foi iPhone 3G. O aparelho caiu no gosto popular a ponto de ser incluído no plano de CIOs após descobrirem

fabricantes (como a Positivo) para embarcar chip próprio. A empresa também reduziu os preços da conexão banda larga. “São movimentos que favorecem a popularização do consumo de serviços”, diz o gerente de ofertas premium da Vivo, Fabio Freitas. Quando a Vivo lançou a 3G, o foco era essencialmente no mercado corporativo, para acesso em notebooks. Isso mudou. “O serviço acabou se tornando cada vez mais atraente ao consumidor final também”, destaca Freitas. Em janeiro de 2009, o Brasil já possuía 2,91 milhões de aparelhos que acessam redes 3G, entre terminais de dados e celulares.

que vendedores e executivos acessavam os sistemas com o novo device da Apple. E o gosto do consumidor demonstrou mudanças. Foram vendidos mais notebooks que desktops pela primeira vez na história da indústria (38,6 milhões contra 38,5 milhões no último trimestre de 2008). Uma vitória ainda a se consolidar, já que outro destaque do ano ficou por conta dos netbooks: com pouco hardware e storage e muita mobilidade com telas pequenas e armazenamento em SSD. Na Amazon.com, eles chegaram, em 2008, a representar 90% da venda de portáteis. Mas o PC não sumiu, nem a TV ou o notebook. A única morte mesmo em 2008 foi do HD DVD. Abandonado pela Toshiba, o formato de mídia

digital de alta definição deu o mercado de graça para o BluRay, pelo menos enquanto guardamos arquivos em discos assim. Dois lançamentos do Google prometeram rupturas (e de fato movimentaram bem o mercado): o navegador Chrome e a plataforma Android. Entretanto, o melhor produto de 2008 foi o presidenciável dos Estados Unidos Barack Obama. O democrata pôs no papel tudo que se cogitava em termos de propaganda e comunicação pela web. Usando Youtube, Twitter, Facebook e hotsites, teve recordes de arrecadação. Incentivou norteamericanos a votar e criou um entusiasmo com as possibilidades das novas mídias. Obama decretou o fim da iwb política como a conhecemos.

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3 de novembro Unibanco e Itaú anunciam fusão; logo depois, no dia 20, Banco do Brasil compra Nossa Caixa por R$ 5,38 bilhões 5 de novembro Barack Obama é eleito presidente dos EUA

18 de novembro CEO do Yahoo, Jerry Yang, pede demissão 22 de novembro Após chuvas, governo de Santa Catarina decreta estado de emergência

dezembro

5 e 26 de outubro Eleições municipais consagram PMDB em 1.201 cidades. PT sai derrotado em capitais importantes

novembro

outubro

a taxa básica de juros, selic, terminou 2008 em 13,75% ao ano.

18 de dezembro Anatel aprova compra da Brasil Telecom pela Oi, em um negócio que gerou em torno de RS$ 5,8 bilhões

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Os ensinamentos do

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Obama toma posse. Comentários e fotos foram postados em redes sociais a partir de smartphones, celulares com câmeras de pelo menos 5 megapixels, netbooks e LANs públicas. Uma pequena busca pelo Google remete à milhares de páginas sobre o fato. E tudo isto é acompanhado e incentivado pelo homem mais poderoso do mundo

Janeiro

Em março de 2009 o Banco Central reduziu de 3,2% para 1,2% sua projeção para o crescimento da economia brasileira no ano. 1º de janeiro Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa entre em vigor 4 de janeiro A montadora Chrysler coloca acesso à internet wireless nos modelos de carro. É uma parceria com a Autonet Mobile

7 de janeiro B. Ramalinga Raju, fundador e chairman da Satyam Computer Service, admite que inflou lucros da companhia indiana nos últimos anos. Empresa seria vendida em 13 de abril para a conterrânea Tech Mahindra, por US$ 500 milhões

14 de janeiro Steve Jobs pede afastamento dos encargos de CEO da Apple para cuidar de problemas de saúde

15 de janeiro Avião da US Airways faz um pouso forçado no rio Hudson, em Nova York. Todo mundo sobrevive

17 de janeiro Israel declara cessarfogo unilateral, após 22 dias de conflitos na Faixa de Gaza, e põe fim na Operação Chumbo Fundido

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Invista em soluções de virtualização e reduza seus custos com gerenciamento >> 2049 > 2059 > 2069 > 2079 > 2089 > 2099 > 2199 de infra-estrutura de TI. A Bizmart, através de sua parceria com a Citrix, oferece soluções corporativas que resultam em economia e aumento da eficácia no gerenciamento de seus aplicativos.

Em 20 de janeiro de 2009, o mundo assistiu à posse do primeiro presidente negro dos Estados Unidos da América. O fato, que por si só já é um marco histórico, deve também ser lembrado daqui a alguns anos como um ponto de ruptura na tecnologia mundial. Barack Obama passou os anos de 2007 e 2008 na internet. Como boa parte dos jovens do mundo, ele usou a rede para se relacionar, o que, no caso de um candidato americano à presidência, significa conseguir votos e donativos para campanha.

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2009 20 de janeiro Barack Hussein Obama toma posse como o 44º presidente dos Estados Unidos e monta uma equipe de tecnologia com executivos vindos de startups

Abril de 2009

FEVEREIRO

A estimativa fica abaixo dos 2% estipulados pelo Ministério da Fazenda. 12 de fevereiro Satélites da Rússia e dos Estados Unidos colidem no espaço 18 de fevereiro BearingPoint pede concordata. No Brasil, mais tarde, executivos anunciam acordo de aquisições das ações da operação no País

benefícios em sua organização: Redução nos custos de gestão em até 50% e no suporte e manutenção em até 40%. • Entrega das aplicações para os usuários em qualquer lugar instantaneamente. • Maior segurança, com controle centralizado e acesso seguro aos dados e aplicativos. •

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22 de fevereiro “Quem quer ser um Milionário” ganha o Oscar de Melhor Filme de 2009

25 de fevereiro Data center da Telefônica, em Barueri (SP), pega fogo paralisando serviços

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Especial Edição de 10 anos

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As áreas de TI devem lidar

com orçamentos mais enxutos e com a falta de novos paradigmas Geração Y De 2009 em diante, as empresas terão cada dia mais gente da geração Y, jovens nascidos a partir da década de 1980, em suas fileiras. O movimento natural de aposentadoria dos profissionais da geração X, nascidos entre 1965 e 1979, e uma procura cada vez maior por gente que saiba lidar com os novos paradigmas da internet nos negócios irá impulsionar isto. Na Kimberly-Clark, esta já é uma realidade. O gerente de informática, Paulo Biamino, 51 anos e quase 30 de TI, coordena uma equipe na qual existem três funcionários da geração Y. Este grupo exige cuidados distintos. “Eles demandam mais coaching, feedback contínuo e frequente”, ensina. Os profissionais da geração Y entendem rapidamente as vantagens de uma rede social como o LinkedIN, mas podem ficar decepcionados e improdutivos com uma estrutura de tecnologia da informação cheia políticas de acessos restritivas. O incentivo e o reconhecimento devem ser mais utilizados com eles. O gestor de TI deve ser flexível, da mesma forma como essa geração Y é. Como retorno, a empresa terá um funcionário engajado, produtivo e que foi nascido e criado no ambiente virtual que as corporações estão brigando para conquistar. “São pontos importantes para o mercado corporativo, principalmente quando buscamos novas respostas e novas soluções”, define Biamino.

Um ano depois, o novo presidente reafirmou suas apostas no novo paradigma que a web representa. Sua equipe de tecnologia é oriunda do mundo de startups. Sonal Shah, chefe de desenvolvimento global do Google, e Chris Hughes, um dos dois criadores do Facebook, ajudarão Obama a criar o governo eletrônico. Uma iniciativa já está no ar. É o site do American Recovery and Reinvestment Act (www.recovery.gov), uma ferramenta que vai ajudar os cidadãos a controlar os gastos públicos e colecionar ideias de onde e como devem ser os investimentos nessa época de crise. Muito do que o mundo espera para o futuro das tecnologias de informação e comunicação (TICs) deve sair da administração Obama. Para a professora e pesquisadora em mídias sociais da Universidade Católica de Pelotas, Raquel Recuero, o novo presidente é um exemplo de como utilizar as ferramentas novas da internet dentro de uma proposta de trabalho com públicos determi-

12 de fevereiro Satélites da Rússia e dos Estados Unidos colidem no espaço 18 de fevereiro BearingPoint pede concordata. No Brasil, mais tarde, executivos anunciam acordo de aquisições das ações da operação no País

22 de fevereiro Quem quer ser um Milionário ganha o Oscar de Melhor Filme de 2009 25 de fevereiro Data center da Telefônica, em Barueri (SP), pega fogo paralisando serviços

MARÇO

FEVEREIRO

Segundo documento DO MINISTÉRIO, mesmo que a taxa Selic se estabilize ao redor de 9,75% ao ano, a alta do IPCA ficaria em 4,1% 18 de março Surgem rumores de que a IBM estaria interessada em comprar a Sun Microsystems 19 de março O psicopata austríaco Josef Fritzl é condenado à prisão perpétua, acusado de manter a filha refém por 24 anos em um porão e ter 4 filhos com ela, matando um

24 de março iPhone é responsável por 33% do tráfego móvel medido pela empresa de publicidade AdMob

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Profissional

A grande chance das PMEs

em TI

Para as pequenas e médias empresas (PMEs), a diferença entre crise e oportunidade está na continuidade ou não dos investimentos para conseguir agilidade e conquistar novos mercados. Empresários e governos sabem disso. Não é por acaso que este segmento é visto como uma tábua de salvação em meio ao dilúvio de números ruins e cortes anunciados todo o dia por causa da crise econômica. Se os últimos números divulgados por institutos de pesquisa especializados em TI não são animadores e mostram um 2009 de estagnação ou recessão. De outro lado, há pesquisas animadoras sobre as PMEs no Brasil. Um levantamento da Microsoft junto a 600 especialistas nesse nicho de mercado aponta que 50% das PMEs vão manter ou aumentar os investimentos em TI anualmente, avaliando-os cuidadosamente. O estudo, de abril, vai na mesma linha de outro, do Sebrae, também do mesmo mês, que aponta que 49% dos empresários deste segmento devem aumentar o investimento no próprio negócio e 62% esperam vender mais em 2009. As PMEs querem aproveitar o momento e se consolidar no mercado enquanto as grandes estão em dificuldades e sofrem com o próprio gigantismo. Mas, elas são late adopters e só adotam tecnologias maduras e que estão com preços estabilizados. Uma grande oportunidade para a cadeia produtiva de TI .

nados. “Muitas empresas simplesmente acham que é suficiente fazer um site ou manter um blog para estar em contato com seus públicos”, pondera. No entanto, o ideal é saber o que e quando usar. “Não necessita ter 500 ferramentas, precisa-se usar bem as que forem escolhidas para isso”, considera. Com Obama, a web virou mainstream. Mas nem tudo deve ser uma festa de inclusão e disseminação de cultura livre. Muito controle sobre esta nova plataforma vai surgir. Entre seus aliados nessa batalha tecnológica estão ex-membros da

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Federal Communications Commission (FCC), órgão equivalente à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) no Brasil. Há até um ex-defensor da Recording Industry Association of America (RIAA), a associação das gravadoras que luta contra os downloads de música, Tom Perelli, indicado para um dos cargos altos no Ministério da Justiça. Nesta miscelânea, especialistas esperam um reforço jamais visto para a colaboração e captação de dados online, mas também um controle e uso mais preciso dos dados e ideias de cidadãos.

Microsoft IBM Linux Governança em TI

em 2009 e em 4,4% em 2010, abaixo dos 4,5% perseguidos pelo governo. DE CARREIR MENTO ajuda a ssional PLANEJA er metas EM NUVEM AÇÃO em xeque COMPUT a coloca cloud RAIA rede se deve DROGA nto da de TI

2 de Abril O grupo dos 20 países mais ricos do mundo, o G20, anuncia injeção de US$ 1 trilhão, como forma de conter a crise mundial

7 de Abril Terremoto destrói a cidade histórica de L’Aquila, na região central da Itália, provocando mais de 290 mortes e 70 mil desalojamentos

SETEMBRO

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30 de setembro Prazo limite para entrega dos arquivos do Sped Fiscal referentes aos meses de janeiro a agosto de 2009. Em fevereiro, o assunto foi matéria de capa

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IndústrIa

Para onde caminha o ERP? Fornecedores apontam o futuro do software

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Tendências da década Essa captação de dados relevantes e maior controle sobre eles também deve alcançar as empresas. Não se espera grandes novidades para os próximos anos em termos de surgimento de tecnologias. As áreas de TI devem lidar com orçamentos mais enxutos por mais um bom tempo e com a falta de novos paradigmas durará anos. Portanto, imaginar algo tão transformador quanto foram os ERPs ou a arquitetura cliente-servidor para os próximos anos resume-se em puro exercício de otimismo. O que se aguarda é um uso mais eficiente daquilo que se tem ou a adoção de produtos que promovam isto — como fizeram o smartphones ou o e-commerce. Contudo, há indícios de que alguns conceitos tecnológicos podem finalmente eclodir. A consolidação do mercado de sistemas operacionais nas mãos de Oracle e SAP deve causar uma nova onda nos ERPs, agora não mais automatizando processos operacionais conhecidos, mas criando um novo leque de funcionalidades e módulos para ajudar na decisão de apoio à venda e especialização para o nicho de cada empresa. É um passo a mais nesta plataforma que começou timidamente na manufatura, como material resource planning (MRP) e se viu obrigada a migrar para o financeiro e recursos humanos.

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Como CIOs estão lidando com seus projetos e investimentos em TI diante

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CIO da Casas Bahias explica entrada tardia no ao e-commerce

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Edição 2199 Qual seria a capa de uma suposta edição de InformationWeek Brasil no ano de 2199? Ou, antes disto, o formato de revista em papel sobreviverá para imprimir os acontecimentos e relatar as novidades? Haverá o cargo de CIO? Como será a tecnologia?

o futuro à tI pertenCe Mande sua sugestão de capa do ano de 2199 para: redacaoti@itmidia.com.br

Com essa evolução dos sistemas de gestão integrada, deve surgir um novo entusiasmo em cima de business intelligence (BI) e customer relationship management (CRM). As principais consultorias do mundo têm despejado centenas de documentos sobre a tal nova fase. É na espinha de TI da empresa — a partir de agora ampliada com os dados que estão fora dela (sem repetições ou incoerências) — que está a solução para o corte de custos, a conquista e a retenção de novos clientes, a melhoria da força de vendas e o aprimoramento dos processos de negócio. Fiscalizações orçamentária e fiscal também devem aproveitar essa nova onda de controle de custos, facilidades online e pressão por lucros convivendo mutuamente. E muita segurança e controle também, como iwb o presidente Obama tem insistido em ensinar.

EM 2010 AS Vendas de hardware serão influenciadas pelos certificados de emissão de carbono em 75% das empresas, diz Gartner 2010 Estudo do InStat prevê que MP3players venderão 286 milhões de unidades, com controle maciço da Apple no mercado.

FUTURO

2011 Impressoras 3D em residências virarão realidade e criarão todo um ecosistema de negócios novo, aponta Gartner

2012 Softwares abertos estarão, de alguma forma, em 80% de dos programas comerciais, diz Gartner 2012 Modems WiMax alcançam vendas de 200 milhões de unidades ao ano no mundo, diz ABI Research

2013 BluRay vai parar de ser fabricado. Banda larga e custos impulsionarão o download de conteúdo em alta definição, prevê Samsung 2013 Forrester aponta que onde quer que olhemos haverá algum vídeo passando, será a febre do digital signage

2018 Ciberataques a empresas transformarão escritórios em fortalezas virtuais, com robôs e agentes virtuais de ficção científica, prevê Chartered Management Institute

2025 Celular se tornará o controle remoto de sua vida, relata estudo da Ofcom 2025 Para o Merrill Lynch, este será o ano da estagnação da indústria de computadores como a conhecemos, isto impulsionará a nanotecnologia

2020 Um dos projetos de nanotecnologia da HP, um anel que lembrará todos os seus gostos e informações por meio de 2012 2030 seus gestos estará no mercado 2012 2018 Softwares alugados (on-demand) Demanda por energia será Notebooks serão substituídos serão adotados por um terço Brasil, Índia, Rússia e China (Bric) 82% maior que em 1990, diz por dispositivos mais leves, das empresas no mundo, aponta tornar-se-ão mercados decisores de 2020 Global Insight, o que causará menores e eficientes, com preços Gartner políticas comerciais e não apenas Japan National Project aponta desconforto para fabricantes inferiores a US$ 400, prevê figurantes, no mundo, aponta que teremos TV 3D movida a que não cuidarem da ética Gartner Chartered Management Institute toque e com cheiros nas lojas ambiental

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Carreira

Passado,

presente, futuro

De técnico a estrategista, de especialista para generalista: como e por que mudaram Roberta Prescott o perfil e o papel “Executivos de TI: estão em suas mãos as do CIO dentro das rédeas para conduzir os negócios da empresa.” organizações Esta frase que marca o texto do editorial da

primeira edição de InformationWeek Brasil poderia estar estampada em qualquer uma das edições da publicação. Ela traz à tona a discussão sobre qual deveria ser papel do líder de tecnologia da informação dentro das organizações. Em 1999, o retrato que se tinha deste profissional mostrava alguém com um perfil muito mais técnico e operacional que estratégico. Se foi a dependência das companhias da tecnologia ou a disseminação e o impacto desta na sociedade (a exemplo da proliferação de computadores e celulares) que provocou uma ruptura na descrição do cargo, pouco importa neste contexto. Chegamos ao ponto de hoje praticamente não se admitir em uma grande companhia um líder de TI que não esteja envolvido nos processos e nos negócios da corporação.

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Foto: Marco Antonio Sa

Cuoco, do Itaú: "Aumentou a dimensão do cargo, já não é apenas tecnologia"

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Mas será que, apesar disto, mudou a essência do líder de TI? Mauro Rehm, que foi CIO por cerca de 16 anos na Odebrecht, acredita que não. “A missão está em dar informações qualificadas, adequadas, relevantes e no momento certo, pois a informação é a matéria-prima para a decisão”, pontua o executivo que migrou, há cinco anos, para diretorias de outras áreas. Contudo, não se pode negar a evolução pela qual passa a carreira deste profissional. Seu escopo aumenta na medida em que crescem a necessidade e a velocidade por dados — sempre em volumes maiores. “Em 1999, a característica técnica era mais importante, porém, atualmente, é o ‘i’ do CIO [chief information officer]. Ele precisa ser um gestor da informação”, concorda Ione Coco, VP dos Programas Executivos (EXP) do Gartner na AL, que justifica lembrando que o BI aparece nas pesquisas da instituição há quatro anos como prioridade número um dos CIOs. Essa guinada acompanha os movimentos das próprias companhias e também reflete os acontecimentos mundiais. A maior preocupação com segurança, contingência e redundância, por exemplo, emergiu com os ataques terroristas de 11 de setembro. “Foi no Bug do Milênio que o negócio acordou para a importância da TI, pois se sentiu refém”, ressalta Laís Machado, CIO da Syngenta. O “apagão” da energia elétrica fez com que as pessoas se acostu-

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Foto: Ricardo Benichio

Carreira

Dourado, da Serasa: crises separam amadores de profissionais

“Em 1999, a característica técnica era mais importante, porém, atualmente, é o ‘i’ do CIO”, Ione Coco, do Gartner

massem a viver com menos custos e a cortar gastos — o que refletiria, então, principalmente nos data centers. As crises — não apenas a atual, mas tantas outras que dificultaram o desenvolvimento das empresas — representaram oportunidades para este executivo mostrar soluções. “A régua fica muito elevada e o CIO precisa rapidamente sair do foco técnico para entender do que não conhecia do negócio”, salienta Fabio Faria, diretor-corporativo de TI da Votorantim. Diversos CIOs recordam o período entre 1999 e 2002 como significativos para a área. A pressão econômica, a necessidade de ter integração entre países e empresas voltou o papel da tecnologia para o estratégico. “Grandes saltos são feios em momentos de crise, que separa os amadores dos profissionais”, ressalta Dourival Dourado, presidente da unidade de ITS da Serasa. A explosão dos projetos de internet também se traduziu em mudanças para a área, que começou a deixar

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de ser vista essencialmente como centro de custo para virar parceira do negócio. “Na Americanas.com, a TI era diferencial competitivo e participava do board; era uma diretoria estratégica”, lembra German Quiroga, CIO que idealizou a loja online desde a primeira reunião para a sua criação em outubro de 1999. Já quando a bolha explodiu e o valor das pontocom começou a ser questionado, elas tiveram de se reinventar. Internamente nas companhias, o sucesso e a necessidade dos projetos de e-business foram questionados. “As empresas evoluíram bastante ao longo do tempo devido à conjuntura econômica, à globalização, à profissionalização e à governança”, avalia Quiroga, atual presidente da PontoFrio.com. “Na euforia da internet, os CIOs eram cobrados por inovação, avanços, sair na frente e buscar oportunidades no mundo virtual. Falava-se que companhias iriam desaparecer no mundo real. Com a bolha, muitas empresas acordaram para a nova realidade no mundo real e CIOs passaram a ser cobrados por uma maior eficiência e redução de custos”, sinaliza João Batista Araújo, diretor-corporativo de tecnologia e marketing das Empresas Rodobens.

Camaleão Tais fatos contribuíram para a formação do novo líder de tecnologia: um profissional mais antenado com as necessidades da empresa e de quem se espera, antes de tudo, uma postura proativa. À antiga descrição da funInformation Week Brasil

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Next Generation Excellence in IT Consulting

PERDENDO ESPAÇO? Em meio a todas as discussões sobre o papel e para onde caminha o CIO, profissionais da área se perguntam se este executivo poderia estar perdendo importância e espaço dentro das companhias. Nos últimos meses, por conta de reestruturações globais, líderes regionais de TI de grandes multinacionais foram cortados no organograma. “As organizações passaram a juntar áreas. Acho que foi benéfico. Lá atrás deram um peso excessivo à função. Não vejo o CIO como CEO — a TI cumpre seu papel e não há diferenças entre CIOs e outros diretores”, defende João Batista Araújo, diretor-corporativo de tecnologia e marketing das Empresas Rodobens. A visão não é compartilhada por Jairo Okret, sócio-diretor responsável pela prática de tecnologia na Korn/ Ferry, que discorda que o CIO tenha perdido importância. “Acho que mudou o papel. Tem gente que mede sua importância pelo número de subordinados ou pelo orçamento, mas não é bem assim.” Para Rehm, da Odebrecht, esta percepção decorre de movimentos cíclicos. “O CIO se promoveu, porque tecnologia tem apelo até para você como individuo. É muito mais sensação do que fato — e a crise é um momento fantástico para mostrar seu valor”, resume. Do lado contrário das demissões, há exemplos de líderes de TI que chegaram lá Flávio Jansen foi CIO e também CEO do Submarino. No entanto, na opinião dele, não são todos os executivos que têm o perfil para ocupar a presidência. “Quando uma pessoa ocupa um cargo de diretoria teoricamente está apta, porque precisa entender das outras áreas. Mas não são todas que conseguem dar este passo; é uma questão de perfil”. “Como o executivo de TI vira presidente? Trabalhando muito”, enfatiza German Quiroga, que foi CIO da Americanas.com e é o atual presidente do PontoFrio.com.

ção somaram-se responsabilidades mais amplas como gestão de pessoas (da equipe e dos terceiros), inovação, conhecimentos de administração, finanças (para controlar e coordenar orçamentos), marketing, entre outros. “Aumentou a dimensão do cargo, já não é apenas tecnologia”, pondera Renato Cuoco, 64 anos, sendo os últimos 50 no Itaú. Executivos do setor apontam a incorporação de outros focos como sendo a principal mudança desde 1999. “Mesmo assim, ainda hoje, o líder de TI precisa ter a parte técnica, além da gestão”, pontua Flavio Jansen, hoje consultor e membro do conselho de três empresas, mas ex-CIO e ex-CEO do Submarino. O lado de especialista, então, continua sendo requisitado. Ou seja, as companhias esperam que seu CIO tenha, sim, visão estratégica, mas seu departamento não pode deixar de dar o suporte técnico necessário — ainda que para se focar no cerne do Abril de 2009

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negócio muitas funções tenham sido terceirizadas. “O perfil mudou de altamente operacional para articulador e estrategista. O papel de operador migrou para os terceiros”, enfatiza Jairo Okret, sócio-diretor responsável pela pratica de tecnologia na Korn/ Ferry. Na opinião de Ione, do Gartner, o outsourcing mudou a forma de gerenciar, deixando-a mais complexa. No entanto, como a terceirização havia “chegado para ficar”, os CIOs tiveram de aprender a nova ordem de administrar seu departamento. E, uma vez mais, as desenvolturas gerenciais tiveram de se sobressair. Provas assim são constantes na vida desse profissional. Com o amadurecimento das corporações, o departamento de TI tendeu a ganhar espaço e importância — e diversos fatores contribuíram para que ele fosse visto como fundamental, principalmente em empresas que dependem da tecnologia.

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Carreira "Foi no Bug do Milênio T e s t e p a r a m e d i r que o negócio acordou o “grau de risco” do CIO 1.Você dedica mais de 15% de seu tempo a questões de para TI, pois se sentiu infraestrutura, seja porque quer, seja porque a operação assim o exige? refém dela" 2.Você gerencia alguns processos operacionais Laís Machado da Syngenta

Na Serasa, Dourado conta que a área não era vista como core, mas em um movimento estratégico a corporação colocou-a no front office. Hoje, o papel vai muito além de apenas suportar a instituição: é fonte de faturamento. “Somos uma unidade de negócios com metas claras. A TI entrega 95% da receita todos os meses”, explica Dourado, na Serasa há quatro anos e trabalhando com tecnologia há 34 anos. Para Wilson Maciel Ramos, vice-presidente de planejamento e TI da Gol, a função ideal do CIO é não ser meramente um diretor de informática, mas também dono de uma parte do negócio. A internacionalização das empresas e os movimentos de fusão e aquisições representam fatores cruciais na transformação do perfil e do papel da TI. Para acompanhar o movimento de desbravar novos países ou incorporar operações, a tecnologia tem de estar preparada. “A globalização foi o maior gerador das mudanças que ocorreram para o CIO. É preciso ter soluções escaláveis e flexíveis nas diversas áreas para atender o negócio”, reflete Faria, que na Votorantim passou por complexos processos para entrada em outros mercados. Nestes dez anos também, diversas companhias brasileiras abriram capital. E preparar a empresa para fazer IPO tornou-se uma tarefa a mais no portfólio. “A responsabilidade quintuplica; tem uma série de regras muito rígidas e a TI fica exposta”, conta Mendel Szlejf, diretor de TI da Lojas Marisa, que ingressou na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) em outubro de 2007. Assento no board Entre tantos caminhos abertos para os CIOs, vislumbrou-se a presidência (leia mais na página 91). É claro que nem todos possuem o perfil exigido para galgar este

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pessoalmente, como administração da rede, suporte ou processos de garantia da continuidade do negócio?

3.Você gasta muito tempo com seu próprio staff? 4.Implementar soluções tecnológicas para requerimentos definidos por outros é uma de suas funções principais?

5.Seus objetivos estão mais associados a métricas de TI

(custos como porcentagem das vendas, disponibilidade de TI), do que a métricas de negócios (suporte a inovações, absorção de organizações adquiridas)?

6.Você depende de provedores e fornecedores para definir sua arquitetura tecnológica e os processos requeridos para gerenciá-la?

7.Como uma forma de reduzir os custos, você investiga principalmente recursos como cloud computing, SaaS (software as a service), BPO ou hosting?

8.Você raramente faz uma apresentação para a diretoria, ou raramente é convidado para discussões estratégicas?

9.Você é percebido como “político” e defensivo? Quanto mais “sim” como resposta, maior o risco de que a posição executivo de TI seja percebida como “descartável” Fonte: PwC

posto, mas a década mostrou que o líder de cavou espaços importantes dentro das corporações. O primeiro passo foi deixar de responder para o diretor-financeiro (CFO) para, então, buscar uma cadeira definitiva entre os diretores e conselheiros. Estar subordinado diretamente à presidência virou o sonho do CIO. E vários conseguiram. “É muito difícil ser estratégico respondendo para o CFO, porque sempre é avaliado apenas por números”, reflete Szlejf. “Está aumentando o número de CIOs no board. O fato de sair debaixo da área financeira é uma grande evolução”, completa Dourado, da Serasa. Fazer parte do board é essencial para influenciar a corporação, não que a TI vá definir, por exemplo, uma Information Week Brasil

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Foto: Magdalena Gutierrez

aquisição. Mas, certamente, as estratégias para integração, o tempo de incorporação da nova operação e como ambas conviverão estão sob a batuta da tecnologia. “Há dez anos, o CEO via o CIO apenas como um gerente de informática. Isto amadureceu de forma geral. Hoje, um CEO preparado consegue entender a importância do CIO para impulsionar os negócios e demandar coisas importantes”, analisa Dourado. Tudo depende também do posicionamento do profissional, porque analisando friamente as empresas vão depender cada vez mais de informações — e quem sabe melhor manejá-las e as detém é justamente a TI. “O ideal é a área participar do board para que possa ser proativa e mostrar caminhos inovadores. Jamais estar debaixo do financeiro”, sentencia Maciel Ramos, que participou da criação da Gol Linhas Aéreas Inteligentes. Com isso, o CIO do futuro incorpora em sua alçada funções mais estratégicas e responsabilidades que não tinha há dez anos. “Esta pessoa tem de entender rapida-

Rehm, da Odebrecht: “TI saiu de mal desnecessário para incômodo necessário”

iwb

Abril de 2009

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Carreira “O perfil mudou de altamente operacional para articulador e estrategista. O papel de operador migrou para os terceiros”, Jairo Okret, da Korn/Ferry Foto: Magdalena Gutierres

Novo perfil do CIO Jairo Okret, sócio-diretor responsável pela pratica de tecnologia na Korn/Ferry, pontua três transformações essenciais Faria, da Votorantim: "A globalização

1 - mudança na liderança: de fazer para ouvir e delegar

mente o processo de transformação da tecnologia e antecipar a mudança”, assinala Okret, da Korn/Ferry, que viu aumentar a demanda por executivos com este perfil. “Teremos vários CXOs, porque o executivo poderá vir de qualquer área e será de missão corporativa, cada vez mais pautado pela capacidade de gerar resultado e não precisará ser nenhum especialista. No futuro, o negócio é time e habilidade de liderar”, prevê Dourado. No meio do caminho, há ainda pela frente um obstáculo desafiador chamado geração Y — aqueles nascidos partir da década de 1980 e que vão impor às companhias uma profunda revisão de seus conceitos. “Eles mudarão a forma de gerenciar, pois esta moçada já vem com tecnologia”, antecipa Laís, da Syngenta, lembrando que, apesar da vantagem tecnológica, estes jovens carecem de formalismo. São pessoas, como definiu Rehm, que entram exigindo muito mais do CIO. “Mas na minha percepção as empresas continua tratando todos iguais”, avalia Laís. A nova geração como cliente de TI vai dar (muito) trabalho. O motivo? Ela vem de um momento quando a informação está sempre pronta. E no mundo corporati-

2 - mudança no raciocínio: menos focado na decisão em si e

foi o maior gerador de mudanças para o CIO"

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mais focado no processo analítico de entendimento do cenário e dos impactos

3 - mudanças emocionais: hoje tem empatia, entende o impacto das decisões nas pessoas e está mais tolerante a divergências

vo nem sempre a velocidade deles conseguirá ser atendida. “Eles vão ser mais exigentes, mas também mais criativos e com mais demandas”, diz Laís. Se o papel do líder de TI começou no processamento de dados, ele foi drasticamente ampliado. Os clientes estão, cada vez mais, exigentes; e as empresas sempre têm necessidade por informações qualificadas. “A TI saiu de mal desnecessário para incômodo necessário. Hoje, ela é fundamental”, resume Mauro Rehm, da Odebrecht. Mas, no fundo, divaga Renato Cuoco, do Itaú, o líder de TI é uma peça no meio do conjunto, pois isolada a TI não significa nada. “O papel central da TI é atender às necessidades das empresas. Os desafios sempre existiram. Hoje, há mais recursos, mas mais complexidade. O êxito do líder de TI é adequar os recursos existentes e iwb definir o que se quer.” Information Week Brasil

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Assim pensam os Presidentes e CIO’s dos principais hospitais do País quando o assunto é Tecnologia da Informação. A ITC sabe qual a importância que a tecnologia exerce em um hospital, qualquer deslize pode ser fatal. Com 15 anos de experiência, a ITC auxilia o mercado corporativo de todo Brasil a se modernizar, com ofertas de soluções em Cabeamento estruturado, Telefonia, Automação, Sistemas elétricos, Data Centers, Virtualização, Outsourcing, VoIP, CFTV e CATV. Assim a ITC está apta a oferecer soluções completas de acordo com a necessidade do seu projeto. Em parceria com fabricantes do setor, a ITC oferece soluções consistentes, funcionais e de qualidade reconhecidas por empresas líderes dos mais diversos setores: Hoteleiro, Saúde, Indústrias, Educação, Call Centers, entre outros.

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Uma retrospectiva de TI da última década traz à mente a velocidade como as mudanças ocorreram e necessidade de adaptação exigida. Há dez anos começava a se falar no uso da tecnologia como ferramenta estratégica. Os executivos de TI ainda ocupavam papel secundário e poucos eram os gestores reconhecidos como peça decisiva. O termo CIO era novo e não se entendia muito bem qual seria o seu papel nas companhias. O surgimento de novas tecnologias, combinado com a evolução na forma como essas passaram a ser aplicadas aos negócios, exigiu que as empresas dessem mais poder aos gestores de TI, que precisaram aprender como fazer negócios e apresentarem-se como agentes de mudança e inovação, tarefa não muito fácil para pessoas com formação técnica. Comparando os profissionais que ocupam essas posições hoje com aqueles de dez anos atrás, percebemos uma grande diferença nos seus perfis. Depois de enfrentarem os movimentos de downsizing e da “reengenharia” e a corrida contra o Bug do Milênio, os CIOs vivenciaram o boom da internet e das telecomunicações, que disseminaram o conhecimento e a criaram uma nova via cibernética, transformando o mundo dos negócios. As melhores práticas, antes restritas a poucos, passaram a ser transferidas com muita velocidade entre as empresas. Os ERPs se tornaram a base para essas novas práticas e com eles vieram as grandes transformações nos modelos de gestão, deixando para trás os customizados e tradicionais sistemas legados. Paralelamente, as companhias viram na web uma plataforma para desenvolver negócios e melhorar o relacionamento com clientes e parceiros. A aplicação intensiva da TI aos negócios elevou a eficiência das empresas, possibilitou a construção de novos modelos de colaboração, acelerando o desenvolvimento de produtos e serviços. A eficiência passou a

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Foto: Divulgação

Década impressionante Mauro Negrete é chief operating officer (COO) da Gravames.com

ser mandatória para o sucesso, e com ela a exigência na utilização mais racional da tecnologia. A TI como disseminadora do conhecimento impulsionou mudanças sociais e comportamentais, passou a fazer parte do cotidiano das pessoas e as empresas, para acompanhar, tiveram de se adequar. Nasceram novos modelos de negócio baseados na oferta de produtos gratuitos, novas mídias e métodos de ensino, novas maneiras dos consumidores se relacionarem com as empresas e vice-versa, e principalmente, uma nova plataforma de comunicação suportada pelas redes sociais. As telecomunicações se democratizaram. Os celulares chegaram a todas as classes sociais, com tecnologias cada vez mais sofisticadas. Na trilha da telefonia móvel o acesso a banda larga também cresce e leva a conectividade a muitos lares. Impressionante, que tudo isso aconteceu em apenas uma década. A Era da Informação virou a Era do Conhecimento. A Tecnologia da Informação passou a ser a Tecnologia dos Negócios. O novo desafio parece ser a mobilidade e a utilização da tecnologia como forma de aproximar cada vez mais as empresas dos seus consumidores. A busca pela personalização dos produtos, dos serviços e do atendimento. A tecnologia migrando dos negócios para pessoas. A “humanização” da tecnologia. Como pudemos ver, a TI foi protagonista de uma das mais importantes mudanças vivida pela sociedade. Information Week Brasil

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Virtualização é apenas parte da batalha para a eficiência. Princípios da Arquitetura InfraStruXure® Pronta para Aplicações de Alta Densidade.

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1 Sistemas de rack compatíveis com alta densidade. 2 PDUs de medição no nível de rack. 3 Gerenciamento de temperatura no rack. 4 Software de gerenciamento centralizado.

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5 Software de operações com previsibilidade do gerenciamento da capacidade.

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6 Tecnologia de refrigeração InRow . 7 No-breaks flexíveis e escaláveis.

Virtualização está aqui para ficar. E não é para menos – a virtualização permite a economia de espaço e energia, e ainda possibilita que você maximize seus recursos de TI. Mas pouco espaço pode virar alto custo. Servidores virtualizados, mesmo que com 50% de capacidade, requerem atenção especial em termos de refrigeração, independente do tamanho ou localização.

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2. Ineficiência: Refrigeração perimetral não alcança os pontos de calor dentro dos

LEGENDA ESQUEMÁTICA:

1. Calor: Consolidação de servidores cria maiores densidades – e mais calor – por rack,

racks. E a super-refrigeração é cara e ineficiente.

UNIDADES CRAC

3. Eventos de potência: Cargas virtuais se movem constantemente, sendo difícil

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prever a energia e refrigeração disponíveis, podendo gerar danos na rede.

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A maneira certa para virtualizar. Com a nova arquitetura InfraStruXure® HD-Ready, você pode ter aplicações de alta densidade refrigerando a fileira de alta densidade virtualizada, controlando a potência no nível de rack, e gerenciando o sistema com software avançado e com simulações. Embora a virtualização gere uma economia de energia, a verdadeira eficiência também depende das eficiências relativas de potência, refrigeração e servidores. Dimensionar alguns, e outros não, (veja figura 1) é o mesmo que desperdiçar a economia de eficiência. Para dimensionar corretamente, conte com a eficiente e modular arquitetura InfraStruXure® HD-Ready e neutralize o calor desde a fonte. Os equipamentos estarão mais seguros e mais eficientes, operando perto de 100% de sua capacidade.

Figura 1

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Eficiência e Virtualização

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Mercado

Esta edição marca os dez anos de publicação ininterrupta da INformationWeek no Brasil. Como colunista desde a primeira edição, proponho um brinde para comemorar o fato. Mas somente depois que terminarmos esta coluna (afinal, não podemos beber em serviço!). Fui desafiado pela equipe editorial a produzir uma retrospectiva da evolução do mercado durante os últimos dez anos. Como dez anos não cabem no espaço de uma coluna, peço desculpas antecipadas pela visão incompleta: revisitando colunas escritas há muito tempo, percebi que uma boa parte delas ainda continua atual. É verdade que em 2005 uma placa de vídeo com 128 megabytes de memória era chamada de “gorda”, mas o uso dos recursos destas placas na interface do Windows Vista ainda não é generalizado. Várias colunas trataram, ao longo dos anos, da temática relacionada ao software livre. As primeiras sobre o assunto foram, de longe, as que receberam mais cartas de leitores. Em particular, uma delas gerou o tema da coluna de 2004, na qual avaliamos a informatização dos diretórios municipais, financiada por leasing do Banco do Brasil, envolvendo equipamentos de fabricantes estrangeiros e software do mundo ‘não livre’. Acredito que a visão do tema continua válida e o uso deste tipo de software no mundo corporativo segue as tendências que identificamos. Outras colunas trataram das ‘incursões’ da Microsoft no mercado de aplicativos empresariais (baseada em compras e desenvolvimento de produtos). O primeiro texto sobre o assunto tinha o título Desta água não beberás? e voltei ao tema por diversas vezes, mas a dúvida sobre o real papel da Microsoft neste mercado persiste ao até hoje.

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Foto: Magdalena Gutierrez

É festa!!! Roberto Carlos Mayer é diretor da MBI, presidente da Assespro São Paulo e membro do conselho da Assespro Nacional. E-mail: rocmayer@mbi.com.br

A primeira coluna, escrita há exatos dez anos, tinha como tema “Objetos distribuídos: o último round da luta Microsoft x Concorrência?”. As tecnologias citadas na coluna certamente não são as mesmas apregoadas hoje pelas empresas citadas na coluna (na época, Java era incipiente, e .net não existia), mas a luta em questão continua. Outra coluna, escrita há vários anos, chamava-se Um flash na sua vida, na qual avaliamos a substituição das unidades de disco rígido por unidades baseadas em memória sólida (flash), a semelhança dos pen drives. Embora estes já tenham tamanho equivalente ao de discos rígidos, o processo de substituição ainda é praticamente imperceptível. Com a citação destas colunas tenho como objetivo chamar a atenção para o fato de que, ao contrário do que normalmente os fornecedores nos fazem acreditar, a evolução de nosso mercado de TI é lenta e evolucionária na maior parte do tempo. Além de sermos especialistas técnicos, temos que desenvolver a habilidade de enxergar o que existe por trás da comunicação dos fornecedores, de forma a compreender aquela parte das mensagens que sobrevive no longo prazo. Se esta coluna tiver servido, neste sentido, ao menos uma única vez a cada leitor, ao longo destes longos dez anos, então, já temos motivos para dizer: é festa!!! E brindo então com uma taça de champanhe! Information Week Brasil

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Conversa com CIO

QUE DESAFIO ESCREVER PARA A EDIÇÃO COMEMORATIVA DE DEZ ANOS DE INFORMATIONWEEK BRASIL ! Para começar, a constatação de que o tempo passou . Depois, a de voltar no tempo e reviver lembranças, emoções... Lembro-me da preparação para trazer InformationWeek para o Brasil. Eu mesma visitei alguns CIOs, na época chamados de diretores de informática, que recebiam com um misto de surpresa e “descrédito” a notícia de que iríamos lançar uma revista voltada a eles. Uma das frases que mais ouvi foi: “mas já temos tanta coisa para ler que nem damos conta”, ao que eu retrucava, “mas alguma publicação voltada especialmente a vocês?”. E aí alguns me perguntavam: por que vocês escolheram os diretores de informática? Esta última pergunta mostra o quanto estes executivos não tinham suas posições nas empresas reconhecidas, no geral, nem por eles mesmos. E, no entanto, o mundo já estava em plena ebulição em discussões envolvendo globalização, ERPs, comércio eletrônico... e outras que mostravam o quanto a tecnologia era e seria cada vez mais fundamental para os negócios. Mas muitos ainda a viam como uma área suporte. Até que um desafio batizado de Bug do Milênio fez com que as empresas acordassem para o quanto de tecnologia havia embutida no negócio e o quanto o negócio dependia da tecnologia para sua sobrevivência. Sim, sobrevivência. Este era o mantra, principalmente depois da alta do dólar que chacoalhou todas as empresas cujos planejamentos haviam sido baseados numa moeda que quase se equiparava ao Real em termos de valor. Mas enquanto a maioria falava em sobrevivência (à variação do dólar, ao Bug e ao que mais viesse), o tempo passava na janela e com ele uma revolução nada silenciosa. Valores da ordem de US$ 150 bilhões circulavam pela internet nos chamados negócios eletrônicos; as redes de dados e de telefonia

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Magdalena Gutierrez

Parece familiar? Stela Lachtermacher é presidente do Conselho Editorial da IT Mídia

começavam a se unificar e um fenômeno chamado voz sobre IP prometia ligações internacionais a preço de local. Nossos especialistas já chamavam atenção para a importância da informação contribuindo para a organização, internamente, aumentando seus lucros, assim como para o melhor relacionamento entre a empresa e seus clientes e fornecedores. Um título de nossa primeira edição anunciava “Trabalhar em grupo está mais fácil”, mostrando o quanto os sistemas de mensagem poderiam melhorar a comunicação entre os departamentos. Enquanto uma reportagem da seção Internacional mostrava uma sala de aula na web, reforçando que as empresas estão partindo para o treinamento online e economizando dinheiro; e uma matéria da chamada Nas Empresas focava os sistemas de informações geográficas. Estes temas parecem familiar? Muito mais do que poderíamos imaginar, eu diria. E onde está a diferença então? Simples: em como utilizar tudo isso para melhorar o relacionamento entre as pessoas e não se deixar engolir pela tecnologia a ponto de enviarmos um e-mail para nosso colega de mesa e somente depois percebermos, ao levantar o rosto da tela do computador, que ele não está lá e, pensando bem, não bem há alguns dias. Será que ainda trabalha na mesma empresa que você? E que será que retrataremos nos próximos dez de InformationWeek? Se quiser brincar de futurologia conte-nos aonde você chegou. InformationWeek Brasil

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Secret CIO

Acabei de reler o artigo que escrevi em abril de 1999, publicado no primeiro número da InformationWeek Brasil. E, claro, fiquei pensando nas coisas que mais me marcaram de lá para cá. Em 1999, os EUA se preparavam para o que seria a mais confusa eleição presidencial de todos os tempos. Foi decidida no tapetão, semanas depois de fechadas as urnas, ao fim do ano 2000. Enquanto isso, o Brasil realizava eleições 100% informatizadas, com resultados divulgados dentro de poucas horas. Eleito, o autodenominado “presidente da guerra”, George W. Bush, assistiu as Torres Gêmeas desabarem em plena Nova York e saiu atirando pelos quatro cantos do mundo. Suas tropas não conseguiram sair do Iraque até hoje e o país mergulhou no maior déficit público da história americana. Bush começava a escrever a história da enorme crise mundial que vivemos dez anos depois. Mais um capítulo desta saga foram as falências bilionárias das gigantes de telecomunicações WorldComMCI e de energia Enron, envolvidas em uma enorme teia de fraudes. Apesar de a internet ser o maior fenômeno destes últimos dez anos, esteve no centro de outra crise. Procurava-se — e ainda procura-se — ganhar dinheiro com papéis no curto prazo ao invés de entrar na economia real. O melhor exemplo, também no ano 2000, foi dado pelo provedor de internet AOL, que valia US$ 5 bilhões e adquiriu o poderoso grupo Time-Warner, que valia cinco vezes mais. E, pasmem, a empresa resultante foi avaliada em US$ 185 bilhões. À época líamos estas

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Imagem: Snapvillage

Dez anos depois Tom Partner assinou secretamente uma coluna na InformationWeek Brasil até meados de 2005. Ele representava um CIO de uma grande empresa e contava diversas histórias de bastidores

notícias sem nos espantarmos e só acordamos com o barulho da bolha explodindo. Muitos de nós passamos o réveillon do ano 2000 dentro de data centers, achando que o Bug do Milênio foi um engodo. Na realidade, talvez só agora percebemos que o Bug não viria à meianoite, mas sim ao longo da década. Em solo pátrio, a privatização das telecomunicações em 1998 fez os custos desabarem e permitir que qualquer brasileiro tivesse acesso a um telefone. A penetração do celular passou de quase nada para 80% ou 152 milhões de celulares. Os usuários internet já são mais de 60 milhões. Quando minha segunda filha nasceu em 1998, Sergey Brin e Larry Page ainda não haviam fundado o Google. Hoje, ela prepara seus trabalhos escolares com o famoso buscador e com a Wikipédia. Atualmente, o presidente dos EUA é negro com nome muçulmano. Nos últimos dez anos, as mulheres passaram de 11% para 36% dos cargos de chefia, dentre as cem melhores empresas para trabalhar. A responsabilidade social e a sustentabilidade entraram na agenda de todas as empresas. Mas o que os CIOs tem a ver com tudo isso? Tenho certeza que cada um de nós, todos os dias, seja como profissional, seja como cidadão, estamos fazendo um pedaço desta história. E que apenas nossa consciência pode determinar para onde queremos conduzí-la. Seja muito feliz nos próximos dez anos!! Information Week Brasil

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Na crise econômica atual, as corporações têm enfrentado pressões para inovar e continuar competitivas. As pressões em favor da mudança organizacional não vêm somente de consultores e fabricantes de software, mas dos mercados — investidores, acionistas, preços de ações. Contra esta queda, os CEOs cada vez mais mostram abertura para as inovações capacitadas por novas tecnologias — especialmente se um caso de retorno de investimento (ROI) possa ser feito para a inovação. Duas áreas nas quais um caso de bottom-line pode ser feito por inovações capacitadas pela tecnologia são produção peer (espécie de produção colaborativa) e inovação aberta. Produção Peer é uma forma de colaboração em massa popularizada pelo Wikipedia. Especialistas dizem que, por difundir o poder para todos os lados (inclusive para fora da empresa), hierarquias gerenciadas já não são necessárias para organizar a produção. No mundo corporativo, a forma mais difundida é o wiki, que encorajam colaboração horizontal para resolver problemas. Eles são, em uma palavra, uma forma de crowdsourcing que oferece o melhor expertise — mesmo além das paredes da empresa — para desenvolver novos produtos. Os Wikis são cada vez mais utilizados tanto interna quanto externamente para melhorar a produtividade e construir capital social. A IBM lançou muito bem seu WikiCentral como veículo para expertise interno e então organizou uma plataforma de brainstorming chamada InnovationJam que logo atraiu mais de 150 mil participantes dentro e fora da empresa para ajudar a identificar as oportunidades de negócios emergentes. Mais e mais, a inovação não se limita aos departamentos de pesquisa e desenvolvimento (P&D), mas promove um processo dinâmico e aberto. Os executivos em um número de empresas estão buscando formas de delegar mais do gerenciamento de

Foto: Divulgação

ROI para a inovação Soumitra Dutta é reitor para relações exteriores do Insead e professor de negócios e tecnologia da Roland Berger

inovação às redes de fornecedores e especialistas independentes que interajam uns com os outros para cocriar produtos e serviços. A Proctor & Gamble terceirizou seu departamento de P&D por meio de sites como InnoCentive, que busca desenvolvimento de produtos e solução de problemas para seus clientes. Dentro da farmacêutica Eli Lilly, o InnoCentive demonstrou que os cérebros estão fora da corporação. A P&G agora se gaba de ter 50% dos novos produtos criados fora da empresa. Para os executivos tradicionais, abraçar essas inovações pode ser desafiador, especialmente quando a mudança ameaça seu poder. Mas a colaboração capacitada pela tecnologia prova ser eficiente. As novas plataformas estão quebrando os velhos modelos de negócios, e os executivos estão abraçando isto para aumentar a produtividade, alimentar a inovação e mostrar os novos produtos, uma vez que o ROI exista. patrocínio:

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